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Constâncio Ferrão Alfândega

Élia Pedro Geraldo Baloi

Evelina Fernando Matatei

Manuel Luís Paporo

Paticene Fone Paticene

Teedzai Manuel Bizeque

Educação Especial e Necessidades Educativas Especiais

Licenciatura em Estatística e Gestão de Informação

Universidade Licungo

Beira

2021
Constâncio Ferrão Alfândega

Élia Pedro Geraldo Baloi

Evelina Fernando Matatei

Manuel Luís Paporo

Paticene Fone Paticene

Teedzai Manuel Bizeque

Educação Especial e Necessidades Educativas Especiais

Licenciatura em Estatística e Gestão de Informação

Docente: DR. Dilsa Ho-Poon

Universidade Licungo

Beira

2021
Índice
Introdução..................................................................................................................................4

OBJECTIVOS............................................................................................................................5

Objectivo Geral..........................................................................................................................5

Objectivos Específicos...............................................................................................................5

Metodologia...............................................................................................................................5

1. Educação Especial..............................................................................................................6

A Educação Especial no século xx.............................................................................................6

2. Necessidades Educativas Especiais....................................................................................8

2.1. Conceitos de Necessidades Educativas Especiais...........................................................9

2.2. Tipos de Necessidades Educativas Especiais....................................................................10

Conclusão.................................................................................................................................11

Reflexão sobre Moçambique....................................................................................................11

Referências bibliográficas........................................................................................................12
Introdução

O presente trabalho tem como tema Educação Especial e Necessidades Educativas


Especiais.Procurou-se, através de levantamento bibliográfico, leitura e análise de várias
obrasde diferentes autores, apresentar aspectos relevantes sobre o tema abordado. Tendo em
contaestabelecer o conceito da história da Educação Especial Inclusiva, também traz presente
a Educação Especial no século xx e Educação Inclusiva com uma visão histórica.
Hoje, muitos autores defendem este sistema de Ensino Especial paralelo, criado paraeducar
os portadores de uma diferença, contribuem também para que sejam segregados, eexcluídos
da sociedade que os nega. Estes autores parecem que desconhecem a importânciade se
construir um processo de inclusão, gradativo, que é aconselhado por muitos.

Considera-se de grande relevância a oportunidade derealizar este trabalho que poderá trazer
contribuição significativa a atividade político-pedagógica do professor(a), no âmbito da
inclusão social das pessoas com necessidades e uma educação especial.
OBJECTIVOS

Objectivo Geral
 Descrever o historial da educação especial e necessidade educativa especial

Objectivos Específicos
 Demostrar a origem da educação especial e necessidade educativa especial;

 Descrever a utilização dessas necessidades a nível de Moçambique;

 Dinamizar as formas possíveis de trazer as pessoas com necessidades especiais a


sociedade sem que haja discriminação.

Metodologia
Para a concretização de qualquer trabalho científico, é inevitável o uso de caminhos e
metodologias científicas que possa possibilitar a obtenção de resultados cientificamente
credíveis, nisso, com o nosso trabalho não difere. Por isso, diante do presente trabalho,
usaremos o método bibliográfico, descritivo, Analítico, para poder resolver os exercícios,
com fundamentação em artigos compilados na estatística como forma de apoio na realização
do trabalho.
1. EducaçãoEspecial

A Educação Especial no século xx


A partir de 1930, a sociedade civil começa a organizar-se em associações depessoas
preocupadas com o problema da deficiência: a esfera governamentalprossegue a desencadear
algumas ações visando a peculiaridade desse alunado,criando escolas junto a hospitais e ao
ensino regular, outras entidades filantrópicasespecializadas continuam sendo fundadas, há
surgimento de formas diferenciadasde atendimento em clínicas, institutos psicopedagógicos e
outros de reabilitaçãogeralmente particular a partir de 1500, principalmente, tudo isso no
conjunto daeducação geral na fase de incremento da industrialização do BR,
comumenteintitulada de substituição de importações, os espaços possíveis deixados
pelasmodificações capitalistas mundiais (JANNUZZI, 2004 p.34).

Após a Segunda Guerra Mundial, devido ao grande número de lesionados, a Europa


aproximou-se na área da saúde para este atendimento. No Brasil, os deficientes sempre foram
tratados nesta área, porém agora surgem clínicas, serviços de reabilitação psicopedagógicos
alguns mais outros menos voltados à educação. Na década de (50) na Dinamarca
asassociações de pais começaram a rejeitar as escolas especiais do tipo segregadoras
ereceberam apoio administrativo incluindo em sua legislação o conceito de normalização
oqual consiste em ajudar o deficiente a adquirir condições e os padrões da vida cotidiana
omais próximo possível do “normal’ introduzindo essa pessoa na sociedade já na década de
70nos Estados Unidos, ouvia-se falar em inclusão.

Romanelli (2003) destaca que o período entre 1960 e 1968 foi marcado pela crise da nova
Pedagogia e pela articulação de tendência tecnicista, assumida pelo grupo militar etecnocrata.

Conforme Correia (1997), a história da educação especial remonta a idade antigaonde eram
comuns as práticas de exclusão das crianças que nasciam com algumadeficiência. Por
exemplo, em Esparta, antiga Grécia, algumas crianças deficientes eramabandonadas em
montanhas bem altas e desertas, a própria sorte, e geralmente morriamde fome ou eram
devorados por animais.

Na Roma antiga, as crianças consideradas com algum defeito, eram atiradas nosrios mais
fundos, ou de penhascos bem altos. Os egípcios matavam seus deficientes commarretadas na
cabeça e os enterravam em urnas nos sarcófagos, acreditando que assim,a alma se purificaria
e voltaria perfeita em beleza e inteligência (CORREIA, 1997, p. 56).
Registros comprovam que vem de longo tempo a resistência à aceitação socialdas pessoas
deficientes, e que suas vidas sempre foram ameaçadas. Misés (1977, p.14), demonstra o
pensamento daquela época:

Nós matamos os cães danados e touros ferozes, degolamos ovelhas, asfixiamosrecém


nascidos mal constituídos; mesmo as crianças se forem débeis, ouanormais, nós as
afogamos, não se trata de ódio, mas da razão que nos convida aseparar das partes sãs
aquelas que podem corrompê-las.

Já nos países europeus, na Idade Média, os deficientes eram associados aos demônios e
aos atos de feitiçaria. Por esse motivo eram perseguidos e mortos. Faziamparte da categoria
dos excluídos, devendo ser afastados do convívio social ou ser sacrificado. Havia posições
ambíguas: “Uma seria a marca da punição divina, a expiaçãodos pecados; outra dizia respeito
a expressão do poder sobrenatural, ou seja o acesso asverdades inatingíveis para a maioria”.
(FERREIRA, 1994, p. 67).

Segundo Ferreira (1994), a história do atendimento a pessoa com Necessidades


Educacionais Especiais, no mundo ocidental, começa em meados do século XVI quando a
questão da diferença ou a fuga ao padrão considerado normal vai passar da órbita
deinfluência da igreja para se tornar objeto da medicina.

No século XVII e meados do século XIX, inicia-se a chamada fase de institucionalização,


onde as pessoas deficientes eram segregados e protegidos eminstituições residenciais. Logo
no início do século XX, surgem as escolas e as classesespeciais dentro das escolas públicas,
visando oferecer ao deficiente uma educaçãodiferenciada.

Jean MarcItard, (1774-1838) no início do século XIX, passa a ser considerado o pai da
educação especial, após desenvolver tentativas de educar um menino de 12 anos chamado
Vitor, o menino lobo (menino considerado com deficiência mental profunda,criado por lobos
na floresta). Esse caso ficou conhecido como o caso do Selvagem de Aveyron. Itard foi
reconhecido como o primeiro estudioso a usar um método sistematizadopara ensinar
deficientes. Ele acreditava que a inteligência de seu aluno “retardado” era educável. Até os
dias atuais ele é referência para os estudiosos. (JANNUZZI, 1992).

De acordo com Casagrande (2011) apud Mendes (2006), pode-se destacar que,em meados
do século XVI, a iniciativa de alguns profissionais (médicos e pedagogos) preocupados com
o descaso em relação à atenção às pessoas deficientes eraassistencial, sendo atendidas em
asilos e manicômios.

2. Necessidades Educativas Especiais


O conceito de necessidades educativas especiais surgiu em 1987 a partir da formulação do
relatório Warnock, apresentado pelo parlamento do Reino Unido, presidido por Mary
Warnock.

Segundo a Internacional Classification ofImpairments Disabilitiesand Handicacaps uma


pessoa com necessidades especiais é uma pessoa com uma falta ou uma restrição de
capacidade para executar atividades, tarefas, habilidades e comportamentos na forma
considerada normal para a maioria dos seres humanos.

Nesta visão se enquadra os problemas neurológicos que afetam a capacidade do cérebro


para entender, recordar ou comunicar informações ou devido a fatores fisiológicos ou
ambientais.

Segundo Elisabet Dias Sá, o conceito está ligado a definição de inclusão já que a autora
considera inclusão o fato de perceber que todos somos diferentes e, acima de tudo, perceber
que todos somos diferentes e muito mais que respeitar as diferença, é uma questão de
cidadania, ou seja, busca um mundo social inspirado na diversidade porque o mundo humano
é assim.

Para pensarmos em inclusão temos que mudar os paradigmas que a acompanham pela
história educacional e formação profissional, ou seja, mudar práticas, valores conteúdos
programáticos e materiais utilizados.

Segundo Hegarty (1986), necessidades educativas especiais é um conceito relativo que se


define em função da necessidade de ajuda adicional que as crianças requerem quando
frequentam as escolas comuns.

No livro branco pela reforma do sistema educativo espanhol, os autores colocam que
todos os alunos precisam, ao longo da sua vida escolar, de diversas ajudas pedagógicas do
tipo pessoal, técnico ou material, de modo a garantir a consecução dos fins gerais da
educação. Mas as necessidades educativas especiais são preconizadas para aqueles alunos
que, adicionalmente e de forma complementar, possam precisar de algum tipo de ajuda
menos habitual.
2.1. Conceitos de Necessidades Educativas Especiais
Desta forma, o conceito de necessidades educativas especiais vai além dos conteúdos das
disciplinas para um conjunto de ajudas técnicas para concretizar os objetivos da educação.

Consideram-se estudantes com Necessidades Educativas Especiais (NEE) aqueles que, por
apresentarem determinadas condições específicas, podem necessitar de um conjunto de
recursos educativos particulares, durante todo ou parte do seu percurso escolar, de forma a
facilitar o seu desenvolvimento académico, pessoal e sócio emocional. Assinale-se que estas
condições podem ser permanentes ou temporárias.

Neste sentido é necessário reconhecer a estes estudantes igualdade de direitos para que
possam participar em todas as esferas da vida académica com sucesso.

Segundo Correia(1999), “o conceito de necessidades educativas especiais (NEE), (…)


surge de uma evolução nos conceitos que até então se usavam, quer eles fossem de cariz
social, quer educacional. O termo NEE vem, assim, responder ao princípio da progressiva
democratização das sociedades, reflectindo o postulado na filosofia da integração e
proporcionando uma igualdade de direitos, nomeadamente o que diz respeito à não
descriminação por razões de raça, religião, opinião, características intelectuais e físicas, a
toda a criança e adolescente em idade escolar.”

O termo NEE indica Necessidades Educativas Especiais.

Este conceito abrange crianças e adolescentes que apresentam dificuldades em


acompanhar o currículo que se tem por base, apresentando deficiências ou dificuldades de
aprendizagem.Este conceito pode abranger tanto, crianças com dificuldades na aprendizagem
como crianças sobredotadas e crianças com problemas de conduta ou emocionais.

Sendo um problema é necessário arranjar uma forma de solucionar. É necessário criar


métodos alternativos tendo em conta as capacidades destas crianças.

Os problemas que podem ser inseridos neste termo são o autismo, a surdo-cegueira, a
deficiência auditiva, a deficiência visual, os problemas intelectuais, os problemas motores
graves, as perturbações emocionais, as dificuldades de aprendizagem específicas, os
problemas de comunicação, o traumatismo craniano, a multideficiência e os problemas de
saúde.
2.2. Tipos de Necessidades Educativas Especiais
Existem dois tipos de Necessidades Educativas Especiais: permanentes e temporárias.
As NEE permanentes exigem adaptações gerais e acompanha a criança durante o seu
percurso escolar. As temporárias impõem apenas alterações parciais de forma a adequar as
capacidades do aluno na respetiva altura.

Nos dias que correm, nem todas as escolas do Ensino Básico oferecem serviços de
Educação Especial. Os encarregados de educação das crianças com este tipo de problema
destacam a falta de acompanhamento por parte das escolas.

Necessidade Educativa Especial Permanente

Exigem adaptações generalizadas do currículo; Este deverá ser adaptado às características


do aluno. As adaptações mantêm-se durante grande parte ou todo o percurso escolar do aluno.

Necessidade Educativa Especial Temporária

Exigem modificações parciais do currículo escolar, adaptando-o às características do


aluno num determinado momento do seu desenvolvimento.
Conclusão
Concluímos que a educaçãoinclusiva é um processo em desenvolvimento e depende de muita
reflexão e ação para chegara práticas concretas eficientes da educação inclusiva que se
pretende alcançar.O papel da educação é inigualável e insubstituível. Para que este papeltão
importante da educação aconteça na prática é preciso qualidade, eficiência,
competência,diálogo e afetividade para transformar sonhos em alegrias concretas.

Este trabalho aponta para a necessidade de repensar e redignificar a prática pedagógica


docente, efectivando a construção de uma metodologia de ensino em que a prioridade seja
levar o aluno a “aprender a aprender”, a incorporação de uma proposta pedagógica
humanacentrada no aluno, que desenvolva atitudes e valores humanos.

Reflexão sobre Moçambique


Moçambique é um dos países em que a inclusão de pessoas com deficiência se for analisado
de uma forma crítica, quase que não existe, tendo em conta as dificuldades que pessoas
portadoras de tais deficiências encontra no seu dia-a-dia. Portanto, a ação de pais e
professores deve incluir o oferecimento deoportunidades adequadas ao
desenvolvimentoestratégias pedagógicas.

A ACAMO, uma entidade que trabalha com pessoas portadoras de deficiências físicas,
psíquicas e mais, enfatizam a entrega e o apoio do governo para acabar a estigmatização das
pessoas que vive com essas deficiências e que haja a sua inclusão em todas áreas não limita-
los apenas pelo seu estado físico ou psíquico que se encontra.
Referências bibliográficas
CARVALHO, Rosita Elder. O Direito de Ter Direito. In: Salto para o futuro.
EducaçãoEspecial: Tendências atuais/ Secretaria de Educação a Distância. Brasília:
Ministério daEducação, SEEP, 1999.

CORREIA, L.M. (1997). Alunos com Necessidades Educativas Especiais nas


classesregulares. Porto, Porto Editora.

KASSAR, Monica de Carvalho Guimarães. Deficiência Múltipla e educação no


Brasil.Discurso e Silêncio na história dos sujeitos. Campinas. Autores Associados, 1999.

NIELSEN, Lee Brattland. Necessidades Educativas Especiais na Sala de Aula: um guia para
professores.3. ed. Porto Editora, 1997.

PITTA, Maria Ortega. Psicóloga especializada em Educação Inclusiva e Psicopedagogia.


Londrina, 2008.

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