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Instituto Médio Beira Índico

APARELHO REPRODUTOR MASCULINO

Discente: Chica Samuel Muazangasse

Beira

Maio 2021
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Instituto Médio Beira Índico

APARELHO REPRODUTOR MASCULINO

Discente: Chica Samuel Muazangasse

Docente: Nomene Microsse

Beira

Maio 2021
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Índice
Introdução ......................................................................................................................... 5

Objectivos: ........................................................................................................................ 6

I. Objectivo Geral ......................................................................................................... 6

II. Objectivos Específicos .............................................................................................. 6

Metodologias .................................................................................................................... 6

1. APARELHO REPRODUTOR OU SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO .... 7

1.1. Órgãos externos do sistema reprodutor masculino ................................................ 7

1.1.1. Órgãos internos do sistema reprodutor masculino ............................................. 8

1.2. TESTÍCULOS ....................................................................................................... 9

1.2.1. Características gerais dos testículos ................................................................. 10

1.3. VESÍCULA SEMINAIS ..................................................................................... 11

1.4. EPIDÍDIMOS ...................................................................................................... 12

1.5. CANAL DEFERENTE ....................................................................................... 13

1.6. VESÍCULA SEMINAIS ..................................................................................... 13

1.7. URETRA ............................................................................................................. 14

1.8. PÉNIS .................................................................................................................. 16

1.8.1. Anatomia do pénis ........................................................................................... 17

2. ESPERMATOGÊNESE .......................................................................................... 19

3. ESPERMATOZOIDES ........................................................................................... 22

3.1. Estrutura dos espermatozóides ............................................................................ 23

Conclusão ....................................................................................................................... 25

Referências bibliográficas .............................................................................................. 26


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Introdução

O presente trabalho tem como tema APARELHO REPRODUTOR MASCULINO. O


objectivo deste trabalho é apresentar os órgãos reprodutivos masculinos de um ponto de
vista anatómico e funcional.

Tendo em conta que produz os gâmetas masculinos e o hormônio testosterona. Esse


sistema apresenta órgãos externos e internos, o sistema reprodutor masculino é
responsável pela produção dos espermatozóides e pela produção de testosterona, um
importante hormônio. O Sistema Reprodutor Masculino é formado por órgãos internos e
externos. Eles passam por um lento amadurecimento concluindo-se na puberdade, ou
seja, quando as células sexuais ficam disponíveis para originar outro ser.

Espermatogênese é um processo que ocorre no interior dos testículos e é responsável


pela produção dos gâmetas masculinos: os espermatozóides. Espermatozóide, o gâmeta
masculino dos animais, é uma célula móvel flagelada formada por três partes básicas:
cabeça, colo e cauda.

Disca-se acerca da uretra que é uma câmara-de-ar fina, fibromuscular que comece no
mais de pequena abertura da bexiga e estenda através dos diafragmas pélvicos e
urogenital à parte externa do corpo, chamada o orifício uretral externo.

Sobre o pénis, juntamente com o escroto, são os órgãos reprodutores externos


masculinos. O tecido esponjoso envolve a uretra e a protege, enquanto o tecido
cavernoso se enche de sangue, fazendo com que o pénis fique maior e duro (erecção),
pronto para o ato sexual, geralmente levando à ejaculação (processo de expulsão do
sémen).

O pénis é o órgão responsável pela transferência dos gâmetas masculinos para o meio
externo, os quais serão discutidos a seguir.
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Objectivos:

I. Objectivo Geral

 Apresentar o aparelho reprodutor masculino de ponto de vista funcional e


anatómico.

II. Objectivos Específicos

 Explicar os órgãos reprodutivos masculinos de um ponto de vista anatómico;


 Descrever o aparelho reprodutor masculino quanto função;
 Identificar os órgãos internos e externos de um aparelho reprodutor masculino.

Metodologias

Na elaboração do trabalho, recorreu-se a metodologias de consulta de obras que versam


sobre o tema nela inclinada e que tais obras estão referenciadas na lista bibliográfica.
Para tal o trabalho encontra-se dividido em três partes nomeadamente: a introdução,
desenvolvimento e conclusão. Na introdução, onde constam os objectivos e conteúdos
do trabalho, no desenvolvimento, onde irão se abordar os conteúdos referidos na
introdução e por último a conclusão, aqui onde constarão os desfechos dos conteúdos
abordados no desenvolvimento.
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1. APARELHO REPRODUTOR OU SISTEMA REPRODUTOR


MASCULINO

O aparelho reprodutor ou sistema reprodutor masculino é responsável pela produção


dos espermatozóides e pela produção de testosterona, um importante hormônio. produz
os gâmetas masculinos e o hormônio testosterona. Esse sistema apresenta órgãos
externos e internos.

1.1. Órgãos externos do sistema reprodutor masculino

Externamente, o sistema reprodutor masculino é formado pelo pénis e pelo saco


escrotal.

 Pénis: O pénis é um órgão responsável pela cópula, formado por tecido eréctil
envolvido por pele. Esse tecido eréctil forma três corpos cilíndricos, sendo dois
corpos cavernosos do pénis e um corpo cavernoso da uretra, também chamado
de corpo esponjoso. O tecido eréctil possibilita a erecção, uma vez que se enche
de sangue nesse momento. Na extremidade do pénis, observa-se uma dilatação, a
qual constitui a glande. O interior do pénis é atravessado pela uretra, estrutura
que permite a eliminação do sémen e também da urina.
 Saco escrotal: No saco escrotal ou bolsa escrotal, estão os testículos, os quais
ficam suspensos na extremidade do cordão espermático. A localização dos
testículos no saco escrotal é importante, pois garante que essas estruturas fiquem
em um local com temperatura inferior àquela encontrada no restante do corpo.
Normalmente, a temperatura no saco escrotal é cerca de 2 ºC abaixo da
temperatura corporal.
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1.1.1. Órgãos internos do sistema reprodutor masculino

Principais partes do sistema reprodutor masculino

Reconhecemos como órgãos internos pertencentes ao sistema reprodutor masculino:


o testículo, o epidídimo, o ducto deferente, ducto ejaculatório e a uretra, além das
glândulas acessórias. Essas glândulas são responsáveis por produzir secreções que,
junto com os espermatozóides, formam o sémen.

 Testículo: O testículo é a estrutura responsável por produzir o espermatozóide e


a testosterona. Esse hormônio tem grande influência no desenvolvimento do
corpo do homem, estando relacionado com a diferenciação sexual e o
desenvolvimento de características sexuais secundárias, além, é claro, de seu
papel na espermatogênese. A produção de espermatozoides ocorre nos túbulos
seminíferos, e o hormônio é produzido nas células de Leydig.
 Epidídimo: Estrutura altamente enovelada onde o espermatozoide adquire
mobilidade e se torna móvel.
 Ducto deferente e ducto ejaculatório: Os ductos deferentes partem de cada
epidídimo e encontram o ducto da vesícula seminal, formando o ducto
ejaculatório. Esses últimos se abrem na uretra.
 Uretra: Canal que percorre o pénis e é comum ao sistema reprodutor e urinário.

Glândulas acessórias:
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 Vesículas seminais: Produzem uma secreção rica em substâncias importantes


para o espermatozóide. Entre essas substâncias, destaca-se a frutose, que está
relacionada com o fornecimento de energia aos espermatozóides. Cerca de 70%
do sémen é formado por secreção proveniente dessa glândula.
 Próstata: A próstata produz secreção que é eliminada durante a ejaculação. O
material secretado é espesso e leitoso e contém enzimas e nutrientes.
 Glândulas bulbouretrais: Produzem uma secreção clara que actua como um
lubrificante e também neutralizante, retirando qualquer resto de urina que possa
ter ficado no canal urinário.

1.2. TESTÍCULOS

Os testículos são importantes órgãos do sistema genital masculino que são


encontrados, normalmente, em número de dois. São eles os responsáveis pela produção
de espermatozóides e também pela síntese do hormônio testosterona, o qual está
relacionado com o desenvolvimento das características sexuais secundárias, impulso
sexual, libido e espermatogênese

Os testículos são corpos ovais que têm em média 4 a 7 cm de comprimento e 2 a 3


colheres de chá (20 a 25 ml) de volume. Geralmente, o testículo esquerdo é mais caído
que o direito. Os testículos têm duas funções primárias:

 Produção de esperma (que carrega os genes masculinos)


 Produção de testosterona (o principal hormônio sexual masculino)

Os testículos são duas glândulas de forma oval, que estão situadas na bolsa escrotal.
Na estrutura de cada testículo encontram-se tubos finos e enovelados chamados "tubos
seminíferos".

Nos testículos são produzidos os espermatozóides, as células reprodutoras (gâmetas)


masculinas, durante o processo chamado espermatogênese, além de diversos hormônios.

O principal hormônio é a testosterona, responsável pelo aparecimento das


características sexuais secundárias masculinas, como os pelos, modificações da voz, etc.
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1.2.1. Características gerais dos testículos

Os testículos são envolvidos por uma cápsula denominada de túnica albugínea, a


qual é formada por tecido conjuntivo denso. Ela é espessada na superfície dorsal e
forma o mediastino do órgão, local de onde saem os septos fibrosos. Os septos dividem
o órgão em várias porções piramidais que recebem o nome de lóbulos testiculares.

Geralmente, há de um a quatro túbulos em cada um dos lóbulos, e é possível


encontrar de 250 a 1000 túbulos em cada testículo, os quais são responsáveis pela
produção diária de 50 a 150 milhões de espermatozoides. Os túbulos são envolvidos por
tecido conjuntivo frouxo, vasos sanguíneos, nervos e pelas chamadas células de
Leydig, as quais secretam o hormônio testosterona.

Enquanto o bebé desenvolve-se, os testículos localizam-se no interior da cavidade


abdominal. Próximo ao nascimento, os testículos descem para o saco escrotal. Por causa
dessa migração, observa-se no testículo um folheto do peritônio que é chamado de
túnica vaginal. Em alguns homens, a descida do testículo não ocorre para bolsa escrotal,
uma situação conhecida como criptorquidia.

Os testículos, como dito anteriormente, estão localizados no interior da bolsa


escrotal. Essa característica é extremamente importante quando o assunto é a produção
dos espermatozóides, pois, para isso acontecer, são necessárias temperaturas inferiores
àquelas encontradas no interior do corpo humano. Em geral, a temperatura do testículo é
2º C inferior a do restante do corpo.
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1.3. VESÍCULA SEMINAIS

As vesículas seminais são duas bolsas membranosas lobuladas, colocadas entre o


fundo da bexiga e o recto, obliquamente acima da próstata, que elaboram um líquido
para ser adicionado na secreção dos testículos. Tem cerca de 7,5 cm de comprimento. A
face ventral está em contacto com o fundo da bexiga, estendendo-se do uréter à base da
próstata.

As vesículas seminais secretam um líquido que contém frutose (açúcar


monossacarídeo), prostaglandinas e proteínas de coagulação (vitamina C). A natureza
alcalina do líquido ajuda a neutralizar o ambiente ácido da uretra masculina e trato
genital feminino, que, de outra maneira, tornaria inactivos e mataria os
espermatozoides. O líquido secretado pelas vesículas seminais normalmente constitui
60% do volume de sémen
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1.4. EPIDÍDIMOS

Os epidídimos são canais alongados que se enrolam e recobrem posteriormente a


superfície de cada testículo. Corresponde ao local onde os espermatozóides são
armazenados. O epidídimo, estende-se longitudinalmente na borda posterior do
testículo.

Ele apresenta uma dilatação superior que ultrapassa o pólo superior do testículo, que
é denominada cabeça; um seguimento intermediário que é o corpo e inferiormente, uma
porção mais estreitada, que é a cauda do epidídimo.

Na cabeça do epidídimo, os dúctulos eferentes do testículos continuam por dúctulos


novamente muito tortuosos que em seguida vão se anastomosando sucessivamente para
constituir um único tubo que é o ducto do epidídimo.

Este ducto é tão sinuoso que ocupa um espaço de aproximadamente dois centímetros
de comprimento, quando na realidade ele tem seis metros de extensão.

Inferiormente, a cauda do epidídimo, tendo no interior o ducto do epidídimo,


encurva-se em ângulo agudo para trás e para cima, dando seguimento ao ducto
deferente. É justamente nessa curva constituída pela cauda do epidídimo e inicio do
ducto deferente que ficam armazenados os espermatozoides até o momento do ato
sexual, em que são levados para o exterior.
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A primeira porção do ducto deferente é mais ou menos sinuosa e ascende


imediatamente por trás do epidídimo. Tanto o testículo como o epidídimo e a primeira
porção do ducto deferente são diretamente envoltos por uma membrana serosa que é a
túnica vaginal.

1.5. CANAL DEFERENTE

O canal deferente é um tubo fino e longo que sai de cada epidídimo. Ele passa
pelas pregas ínguas (virilha) através dos canais inguinais, segue sua trajectória pela
cavidade abdominal, circunda a base da bexiga e alarga-se formando uma ampola.

Recebe o líquido seminal (proveniente da vesícula seminal), atravessa a próstata,


que nele descarrega o líquido prostático, e vai desaguar na uretra.

O conjunto dos espermatozoides, do líquido seminal e do líquido prostático, constitui o


“esperma” ou “sêmen”.

O canal deferente consiste em um tubo firme (do tamanho de um fio de esparguete)


que transporta o esperma a partir do epidídimo. Esse canal estende-se a partir de cada
epidídimo até a parte posterior da próstata e junta-se com uma das duas vesículas
seminais. No escroto, outras estruturas, como as fibras musculares, os vasos sanguíneos
e os nervos, acompanham os canais deferentes no seu percurso e, juntos, formam uma
estrutura entrelaçada, o cordão espermático.

1.6. VESÍCULA SEMINAIS

As vesículas seminais são duas bolsas membranosas lobuladas, colocadas entre o


fundo da bexiga e o reto, obliquamente acima da próstata, que elaboram um líquido para
ser adicionado na secreção dos testículos. Tem cerca de 7,5 cm de comprimento. A face
ventral está em contacto com o fundo da bexiga, estendendo-se do uréter à base da
próstata.

As vesículas seminais secretam um líquido que contém frutose (açúcar


monossacarídeo), prostaglandinas e proteínas de coagulação (vitamina C). A natureza
alcalina do líquido ajuda a neutralizar o ambiente ácido da uretra masculina e trato
genital feminino, que, de outra maneira, tornaria inactivos e mataria os
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espermatozóides. O líquido secretado pelas vesículas seminais normalmente constitui


60% do volume de sémen.

1.7. URETRA

A uretra é um canal que, nos homens, serve ao sistema urinário e ao sistema


reprodutor. Começa na bexiga, atravessa a próstata e o pénis (sua maior porção) até a
ponta da glande, onde há uma abertura pela qual são eliminados o sémen a urina.

Importante ressaltar que urina e esperma nunca são eliminados ao mesmo tempo
graças à musculatura da bexiga, na entrada da uretra, que impede que isso ocorra.

A uretra é uma câmara-de-ar fina, fibromuscular que comece no mais de pequena


abertura da bexiga e estenda através dos diafragmas pélvicos e urogenital à parte
externa do corpo, chamada o orifício uretral externo. A uretra igualmente conecta aos
deferem do ductos nos homens, para a ejaculação do esperma. Há um esfíncter na
extremidade superior da uretra, que serve para fechar a passagem e mantém a urina
dentro da bexiga.
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Porque a passagem precisa de atravessar o comprimento do pénis, é


significativamente mais longa nos homens do que fêmeas. É aproximadamente 4 cm de
comprimento para fêmeas, visto que é aproximadamente 20 cm no corpo masculino.

A uretra masculina consiste em três porções:

 A parte prostática desce através da próstata e pode dilatar-se para mudar


significativamente em tamanho
 A parte membranosa existe entre a próstata e o começo do pénis e é a secção
visada se um cateter precisa de ser introduzido
 A parte esponjosa atravessa o pénis à extremidade no orifício uretral externo.

A função fisiológica do uréter é permitir a passagem da urina fora do corpo para a


excreção. Quando os receptores na bexiga detectam que está completa, um caminho da
resposta ocorre para permitir que o esfíncter abra e a urina à passagem na uretra. Este
processo envolve controlos voluntários e involuntários, que permite que os indivíduos
ditem quando urinam a menos que a bexiga se tornar enchida em demasia quando pode
ocorrer espontaneamente.
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A uretra serve uma finalidade adicional nos homens, porque está utilizada
igualmente como um corredor para o sémen quando um homem ejacula. Similarmente,
isto envolve um caminho complexo que libere o sémen dos deferem do ductus para a
ejaculação.

1.8. PÉNIS

O pénis é o órgão reprodutor masculino, ou seja, é o órgão responsável pela


transferência dos gâmetas para o meio externo. O pénis e o escroto são os órgãos
sexuais externos masculinos.

O tecido esponjoso envolve a uretra e a protege, enquanto o tecido cavernoso se


enche de sangue, fazendo com que o pénis fique maior e duro (erecção), pronto para o
ato sexual, geralmente levando à ejaculação (processo de expulsão do sémen).

A erecção, no entanto, não ocorre apenas como preparação para uma actividade
sexual. Ela pode acontecer por diversos estímulos fisiológicos, por exemplo, quando a
bexiga está cheia ou quando o homem tem um sonho à noite.
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1.8.1. Anatomia do pénis

O pénis humano apresenta formato cilíndrico e é constituído por tecido esponjoso


bastante vascularizado. Esse tecido é constituído por três colunas: dois corpos
cavernosos e um corpo esponjoso.

Na região medial, há a uretra, responsável pela transferência tanto do esperma


quanto da urina para o meio externo. A pele que recobre o pénis é fina e termina
projectando-se sobre a glande do pénis, região mais sensível aos estímulos. Essa região
é recoberta por tecido epitelial e mucoso, denominado de prepúcio. O prepúcio,
também denominado de pele anterior, fica frouxamente aderido e fornece protecção
mecânica.

Essa pele pode ser removida por meio da realização de um procedimento cirúrgico
simples, a circuncisão. No entanto, a realização da circuncisão, que também pode
envolver questões religiosas, vem, a cada dia, recebendo menos indicações médicas.

Excitação sexual
O processo de excitação sexual é importante para que possa ocorrer a relação sexual.
Ele é um mecanismo controlado pelo sistema nervoso parassimpático e envolve
factores físicos e psicológicos.
Diante de algum estímulo (visual, auditivo, entre outros), ocorre a miotonia, que é o
aumento da tensão muscular, e a vasocongestão, causando a dilatação das artérias do
pénis, aumentando a quantidade de sangue nos tecidos esponjosos. Isso causa a
expansão dos tecidos, levando ao fechamento das veias que drenam o pénis, impedindo
a drenagem desse sangue.
Com isso, o pénis fica rígido, facilitando a cópula. O pénis retoma a
forma relaxada, após a contracção das artérias, e há a liberação das veias para fazerem
a drenagem. Geralmente, isso ocorre após a ejaculação, que é o lançamento do sémen
para o meio externo. A ejaculação acontece mediante estímulos do sistema simpático,
antagónico ao parassimpático.
Escroto
O escroto é uma bolsa cutânea que contém os testículos e partes inferiores do funículo
espermático. Consiste em duas camadas: pele (superficialmente) e fáscia profunda do
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escroto (fáscia de dartos). Fibras musculares lisas do músculo dartos permeiam através da
fáscia de dartos. A contracção do músculo dartos dá ao escroto sua aparência enrugada.

Cada conjunto desses órgãos (direito e esquerdo) ocupa compartimento completamente


separado, uma vez que o escroto é subdividido em duas lojas por um tabique sagital
mediano denominado septo do escroto.

Superficialmente esse septo corresponde a um rafe cutânea (linha rugosa mediana), bem
evidente.

O escroto é constituído por camadas de tecido diferentes que se estratificam da periferia


para a profundidade, nos sete planos seguintes.

Cútis: é a pele, fina enrugada que apresenta pregas transversais e com pelos esparsos.
Na linha mediana encontramos a rafe do escroto.

Túnica dartos: a túnica dartos constitui um verdadeiro músculo cutâneo, formado por
fibras musculares lisas.

Tela subcutânea: é constituída por tecido conectivo frouxo.

Fáscia espermática externa: é uma lâmina conjuntiva que provem das duas fáscias de
envoltório do músculo oblíquo externo do abdómen, que desce do ânulo inguinal
superficial para entrar na constituição do escroto.

Fáscia cremastérica: este plano é representado por uma delgada lâmina conjuntiva que
prende inúmeros feixes de fibras musculares estriados de direcção vertical.

No conjunto, essas fibras musculares constituem o músculo cremáster e derivam das


fibras do músculo oblíquo interno do abdómen.

Fáscia espermática interna: lâmina conjuntiva que deriva da fáscia transversal.


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Túnica vaginal: serosa cujo folheto parietal representa a camada mais profunda do
escroto, enquanto o folheto visceral envolve o testículo, epidídimo e inicio do ducto
deferente.

É importante ressaltar que o escroto permite que os testículos fiquem posicionados


fora do corpo. A principal função do escroto é manter uma temperatura adequada para
os testículos produzirem espermatozóides. Isto é possível devido à acção conjunta de
dois músculos: o músculo dartos do escroto, que regula a área de superfície do escroto
através da contracção e enrugamento da pele, e o músculo cremaster, cuja contracção
puxa os testículos para mais perto do corpo quando a temperatura externa é baixa.

2. ESPERMATOGÊNESE

Espermatogênese pode ser definida como processo em que ocorrem a formação


e o desenvolvimento do espermatozoide. Esse processo ocorre nos testículos, mais
precisamente nos túbulos seminíferos. De uma maneira geral, a espermatogênese dura,
em média, sete semanas.
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Durante a fase embrionária do indivíduo, formam-se células germinativas que, nos


testículos maduros (puberdade), dão origem a espermatogônias após passarem pelo
processo de mitose (divisão celular em que a célula-mãe dá origem a células-filhas com
mesmo número de cromossomos). As espermatogônias podem dividir-se e dar origem a
outras espermatogônias (espermatogônias do tipo A) ou se dividirem e tornarem-se
espermatogônias do tipo B. As espermatogônias do tipo B dividem-se também por
mitose e dão origem ao espermatócito primário.

Observe atentamente as etapas da espermatogênese

O espermatócito, então, entra no processo de meiose, processo de divisão celular que


dará origem a células com metade do número de cromossomos da célula-mãe. Ao final
da meiose I, os espermatócitos primários passam a ser chamados de espermatócitos
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secundários e possuem metade do número de cromossomos. Essas células entram em


mitose II e dão origem às chamadas espermátides. Um espermatócito primário será
responsável, ao final da meiose, pela origem de quatro espermátides, cada uma com 23
cromossomas.

Todo esse processo pode ser dividido, portanto, em três etapas: multiplicação,
crescimento e maturação. Na multiplicação, temos o aumento do número das
espermatogônias. No crescimento, temos a formação dos espermatócitos primários. Na
etapa de maturação, temos a ocorrência da meiose e a consequente formação das
espermátides.

Após formadas, as espermátides entram no processo de espermiogênese, que se


caracteriza pelo surgimento de várias mudanças responsáveis pela diferenciação da
célula e pela formação do espermatozoide.

Os espermatozoides são formados nos túbulos seminíferos

Na espermiogênese, fase final do processo, as espermátides sofrem mudanças e


formam os espermatozoides. Dentre as principais modificações ocorridas, podemos
destacar:

 Formação do acrossoma: Essa estrutura forma-se a partir do complexo


golgiense e destaca-se pela presença de várias enzimas que ajudarão o
espermatozoide a penetrar no ovócito (gameta feminino).
 O núcleo condensa-se e alonga-se.
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 Perde-se parte do citoplasma.


 Forma-se o flagelo, responsável pela mobilidade do espermatozoide.

Ao final desse processo, temos um espermatozoide com características típicas


(cabeça, colo e cauda) que será liberado no interior dos túbulos seminíferos. As gametas
masculinas agora estão prontas para realizar o importante processo de fecundação.

Os espermatozoides, gametas masculinos, são responsáveis pela fecundação

3. ESPERMATOZOIDES

Os gâmetas masculinos são os espermatozóides, células móveis flageladas que


garantem a reprodução sexuada dos animais. Essas células são formadas nos
testículos, por meio de um processo denominado espermatogênese, e são liberadas no
momento da ejaculação.

Formação dos espermatozóides

Os espermatozóides são formados nos testículos, mais precisamente nos túbulos


seminíferos, por meio de um processo denominado de espermatogênese. No processo
formativo dos espermatozóides, as células germinativas dos homens formam as
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espermatogônias (células que darão origem aos espermatozóides), que se dividem e


formam os espermatócitos primários. Os espermatócitos primários iniciam o processo
de meiose (divisão celular que leva à formação de células com número de cromossomos
reduzido pela metade) e, ao fim da meiose I, são chamados de espermatócitos
secundários. Na segunda divisão da meiose, são formadas as espermátides haploides
(células com metade do número de cromossomos da qual foi originada).

As espermátides, então, iniciam um processo de espermiogênese, que levará à


diferenciação dessas células e a consequente formação do espermatozóide. Durante
esse processo, é formado o acrossoma (estrutura rica em enzimas formada a partir do
complexo golgiense), o núcleo celular é condensado, a cauda é constituída e o
citoplasma da célula é reduzido, dando origem a um espermatozóide com características
típicas.

É importante destacar que, durante a formação dos espermatozóides, pode ocorrer a


formação de espermatozóides morfologicamente anormais, por exemplo, com mais de
uma cabeça, com tamanhos fora da média ou ainda com diferentes números de caudas.
Estima-se que pelo menos 10% dos espermatozóides que são eliminados na ejaculação
do homem apresentam alguma anormalidade morfológica observável.

3.1. Estrutura dos espermatozóides

Os espermatozóides são formados por três partes básicas:


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 Cabeça: Nesse local, é encontrado o núcleo da célula. Sua porção anterior é


coberta pelo acrossoma, uma estrutura em formato de capuz rica em enzimas
que ajudam a penetração do ovócito (gameta feminino) no momento da
fecundação.
 Colo: Região que une a cabeça à cauda do espermatozoide.

Partes básicas de um espermatozóide

 Cauda: Parte do espermatozóide que garante sua movimentação. É formada por


três porções: peça intermediária, peça principal e peça terminal. Na
intermediária, são encontradas mitocôndrias, organelas celulares responsáveis
pela produção de energia necessária para a locomoção do espermatozóide.

O espermatozóide é, portanto, uma célula altamente especializada, capaz de


movimentar-se e adentrar o gâmeta feminino, garantindo, assim, a fecundação dessa
célula e, consequentemente, a reprodução animal.

Aproveite para ler sobre o método contraceptivo: Espermicida


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Conclusão

Concluímos que os órgãos sexuais masculinos compreendem um arranjo complexo de


órgãos genitais internos e externos. Sua função está relacionada com a reprodução e o
prazer sexual. Os órgãos genitais internos são as gônadas masculinas (testículos), o
epidídimo, uma série de ductos e as glândulas acessórias. O pênis e o escroto compõem
os órgãos sexuais externos.

O pénis é um órgão responsável pela cópula, formado por tecido eréctil envolvido por
pele. Esse tecido eréctil forma três corpos cilíndricos, sendo dois corpos cavernosos do
pénis e um corpo cavernoso da uretra, também chamado de corpo esponjoso. O tecido
eréctil possibilita a erecção, uma vez que se enche de sangue nesse momento. Na
extremidade do pénis, observa-se uma dilatação, a qual constitui a glande. O interior do
pénis é atravessado pela uretra, estrutura que permite a eliminação do sémen e também
da urina.

Ainda, a localização dos testículos no saco escrotal é importante, pois garante que essas
estruturas fiquem em um local com temperatura inferior àquela encontrada no restante
do corpo. No entanto, normalmente, a temperatura no saco escrotal é cerca de 2 ºC
abaixo da temperatura corporal.

Por fim, após formadas, as espermátides entram no processo de espermiogênese, que se


caracteriza pelo surgimento de várias mudanças responsáveis pela diferenciação da
célula e pela formação do espermatozóide.
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Referências bibliográficas

CHALITA, Gabriel. Anatomia humana. 12ª Ed. São Paulo: Gente, 2004.

FREIRE, Paulo. Biologia e vida. São Paulo: Paz e terra, 1996.

PERRENOUD, P. Anatomia. Lisboa: Nova Enciclopédia, 1993.

ROGERS, C. R. Fisiologia I. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987.

www.biologia.net.br/ acessado em 09/05/2021

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