Você está na página 1de 19

Escola Secundária da Soalpo

Trabalho de Investigação

Disciplina de Biologia - 12a Classe

Tema: Sistema reprodutor masculino e feminino; Ciclo menstrual e


regulação Hormonal; Métodos anticonceptivos; Fisiologia do parto e suas
fases; Ortogeneses e Desenvolvimentos embrionários do homem.

Discente:

Manuela

Turma: 4A – Curso: Diurno

Professor:

dr. Sozinho Gravata

Chimoio, Maio de 2022

Manuela
Introdução...................................................................................................................................1

Sistema reprodutor......................................................................................................................2

Sistema reprodutor masculino.....................................................................................................2

Sistema reprodutor feminino.......................................................................................................4

Ciclo menstrual e regulação hormonal.......................................................................................6

2.4. Métodos anticonceptivos.....................................................................................................7

Fisiologia do parto e as suas fases..............................................................................................9

Ortogenese................................................................................................................................10

Desenvolvimento embrionário do homem................................................................................11

Órgãos de sentidos....................................................................................................................14

Conclusão..................................................................................................................................16

Referências bibliográficas.........................................................................................................17
Introdução
O presente trabalho fala sobre a Anatomia e Fisiologia humana, sendo a sua abordagem é
inerente a alguns capitulo deste conteúdos principalmente o sistema de reprodução, métodos
anticonceptivos e os desenvolvimentos embrionários.
Devido o modelo da nossa sociedade entre os estudantes sempre há um suscitado discussões
receioso sobre estes conteúdos nos debates, por ser considerados conteúdos anti-sociais pelos
adultos não escolarizados, por envolver aspectos sociais, pois estamos inseridos em um
quadro de desigualdade de direitos, de oportunidades e de recursos financeiros até aspectos
políticos, uma vez que os programas de atenção a sua saúde não estão efectivamente
implementados. O trabalho procura apresentar ao longo desse estudo teórico uma visão de
como é os aspectos filogenética do ser humano assim como o desenvolvimento ontogenético,
considerando o contexto sociocultural onde o indivíduo está inserido.

A realidade do organismo humano e seu funcionamento é diferente do que se pensa. Muitos


conteúdos sobre a anatomia e fisiologia humana não são conhecidos pelos alunos estudante do
nível básico e médio em maioria das escolas africanas.

1
Sistema reprodutor
Dá-se o nome de reprodução à capacidade do ser vivo gerar outro ser vivo da mesma espécie.
Através desta importante função é que ocorre a perpetuação da espécie. A actividade
reprodutora é limitada a certos períodos de vida, iniciando-se ao final da puberdade, atingindo
seu clímax na fase adulta e decrescendo com o avançar da idade. A função cessa mais cedo na
mulher que no homem, e neste, em idades variáveis.

Sistema reprodutor masculino


O sistema reprodutor humano possui uma série de órgãos e estruturas que permitem a
realização da reprodução sexuada. O sistema reprodutor masculino é constitui-se dos
seguintes órgãos:
 Órgão da cópula - é o pénis; ou seja, órgão que vai penetrar nas vias genitais femininas,
possibilitando o lançamento nelas dos espermatozóides
 Gônadas- são os testículos, produtores de gâmetas.
 Vias condutoras de gâmetas - são as vias percorridas pela gameta masculino, o
espermatozóide, desde o local da sua produção até sua eliminação nas vias genitais
femininas. São os tubos e ductos dos testículos, epidídimo, ducto deferente, ducto
ejaculatório e uretra.
 Órgãos genitais externos - são aqueles visíveis na superfície do corpo: pénis e escroto,
sendo este uma bolsa que aloja os testículos.
 Glândulas anexas - cujas secreções irão facilitar a progressão dos espermatozóides nas
vias genitais. São as vesículas seminais, próstata e glândulas bulbo-uretrais.

2
Os testículos são os órgãos produtores dos espermatozóides sendo que a partir da puberdade,
produzem também harmónios, que são responsáveis pelo aparecimento dos caracteres sexuais
secundários. Os testículos são formados na cavidade abdominal, e durante o desenvolvimento
fetal descem na direcção do escroto, para ocupá-lo definitivamente, o que ocorre em geral até
no oitavo mês de vida intra-uterina, (MÜLLER, 1997).

Considerando-se que os testículos estão localizados externamente à parede da pelve e que o


ducto ejaculatório encontra-se dentro da cavidade pélvica, torna-se necessária a existência de
um túnel através da parede do abdómen para permitir a passagem do ducto deferente.

Vesículas seminais - São bolsas situadas na parte póstero-inferior da bexiga. Sua extremidade
inferior se junta ao ducto deferente para constituir o ducto ejaculatório. Tanto o líquido
produzido pelas vesículas seminais quanto o líquido da próstata, activam os espermatozóides
e facilitam a sua progressão através das suas vias de passagem.

O epidídimo é uma estrutura em forma de letra C, situada contra a margem posterior dos
testículos. Os espermatozóides são aí armazenados até o momento da ejaculação. Descreve-se
cabeça, corpo e cauda do epidídimo. O ducto deferente é a continuação da cauda do pidídimo
e conduz os espermatozóides até o ducto ejaculatório.

A uretra masculina é um canal comum para micção e para ejaculação, com cerca de 20cm de
comprimento e dividida em 3 partes: prostática, membranosa e esponjosa, iniciando-se na
base da bexiga e terminando na glande peniana.

O ducto ejaculatório é formado pela junção do ducto deferente com o ducto da vesícula
seminal. É a via condutora de menor dimensão e de calibre mais reduzido. Em quase todo o
seu trajecto está situado na apóstata e vai desembocar na uretra.

O pénis é o órgão masculino da cópula, normalmente flácido, mas quando seus tecidos
lacunares se enchem de sangue, há aumento de volume e torna-se rígido, ao que se dá o nome
de erecção. Basicamente o pénis é formado por 3 cilindros de tecido erétil, os corpos
cavernosos e o corpo esponjoso, envolvidos por fáscias e externamente por pele fina e
distensível. Os corpos cavernosos fixam-se a ossos do quadril. A glande é recoberta por uma
camada dupla de pele denominado prepúcio.
O escroto é uma bolsa situada atrás do pénis. É dividida por um septo em dois
compartimentos, cada um contendo um testículo. O aspecto do escroto varia com o estado de

3
contracção ou relaxamento do pénis. O escroto tem como função propiciar uma temperatura
favorável para espermatogênese.

Sistema reprodutor feminino


Segundo BERQUÓ (2004) O Sistema reprodutor o feminino é um conjunto de órgãos
encarregados da reprodução na mulher. Do ponto de vista da reprodução, o organismo
feminino é mais complexo pelo fato de possuir mais de um órgão e consequentemente mais
uma função.

A vergonha no debate sobre este é a complexa dos sistema. Este sistema e constitui-se dos
seguintes órgãos:
 Gônadas- glândulas produtoras de gâmetas: os ovários
 Gâmetas – óvulos
 Vias condutoras de gâmetas – tubas uterinas
 Órgão que abriga o novo ser – útero
 Órgão da cópula – vagina
 Glândulas anexas – glândulas vestibulares maiores e menores
 Órgãos genitais externos – vulva

Os ovários, as tubas uterinas e o útero estão situados na cavidade pélvica entre a bexiga que é
anterior a eles e o repto que é posterior. Os ovários produzem os gâmetas femininos ou

4
óvulos, ao final da puberdade. Antes da primeira ovulação (expulsão do óvulo através da
superfície do ovário), este é liso e rosado, mas depois se torna branco acinzentado e rugoso,
devido às cicatrizes deixadas pelas sucessivas ovulações. Além desta função, produzem
também harmónios, os quais controlam o desenvolvimento dos caracteres sexuais
secundários, e actuam sobre o útero nos mecanismos de implantação do óvulo fecundado e
início do desenvolvimento do embrião.

O óvulo já fecundado pode ocasionalmente fixar-se na tuba uterina e aí se dar o início do


desenvolvimento do embrião, conhecido como gravidez tubária. As tubas uterinas
transportam os óvulos do s ovários para a cavidade do útero. Por elas passam, em direcção
oposta, os espermatozóides e a fecundação ocorre habitualmente dentro da tuba. Esta possui
cerca de 12 cm de comprimento, formada por músculo liso e dividida em 4 partes, que indo
do útero para o ovário são: uterina, istmo, ampola e infundíbulo.

O corpo é a porção principal enquanto o cérvix faz projecção na vagina. O útero varia de
forma, tamanho, posição e estrutura. Estas variações dependem da idade, estado de plenitude
e gestação. O útero é o órgão que aloja o embrião e no qual este se desenvolve até o
nascimento. Tem em geral o formato de uma pêra invertida e nele se distinguem 4 partes:
fundo, corpo, istmo e cérvix ou colo do útero. O corpo se comunica de cada lado com as tubas
uterinas e a porção que fica acima delas é o fundo.

O útero apresenta 3 camadas: o endométrio, que sofre modificações com as fases do ciclo
menstrual ou na gravidez; o miométrio, constituindo a maior parte da parede uterina; e o
5
perimétrio. Mensalmente o endométrio se prepara para receber o óvulo fecundado, ou seja, o
futuro embrião. Na ausência deste, toda a camada do endométrio sofre descamação, com
hemorragia, e consequente eliminação através da vagina, fenómeno chamado de menstruação.

A vagina é o órgão da cópula feminino, um tubo musculomembranoso cujas paredes


normalmente se tocam, A cavidade uterina e a vagina constituem em conjunto o canal do
parto, através do qual o feto passa durante o nascimento. Além de ser órgão da cópula, a
vagina dá passagem ao feto no parto e mensalmente aos produtos da menstruação.

O clitóris é o homólogo do pénis, ou mais exactamente dos corpos cavernosos. No local onde
se fundem os pequenos lábios constitui-se o clitóris; este é uma estrutura ligada à
excitabilidade sexual feminina. O bulbo do vestíbulo é formado por duas massas de tecido
erétil, alongadas, dispostas ao redor do óstio da vagina. Quando cheios de sangue, dilatam-se
e desta forma proporcionam maior contacto entre o pénis e o orifício da vagina.

Ao conjunto das estruturas sexuais externas feminina, denomina-se vulva, que constitui-se de:
grandes lábios e pequenos lábios, pregas cutâneas alongadas, o monte púbico, que é uma
elevação anterior à sínfise púbica constituída por tecido adiposo e irá apresentar pêlos após a
puberdade. As glândulas vestibulares maiores são duas e durante o coito são comprimidas e
secretam um muco que lubrifica a porção inferior da vagina. O espaço entre os lábios menores
denomina-se vestíbulo da vagina.

Ciclo menstrual e regulação hormonal


Ciclo menstrual inicia-se na puberdade, onde o corpo feminino começa a aumentar a secreção
de gondotrofinas. É nesta fase em que o corpo prepara o sistema reprodutivo para a gravidez

O ciclo menstrual nada mais é do que um processo cíclico decorrente da secreção alternada de
quatro principais harmónios: estrógeno e progesterona (secretados principalmente nos
ovários), Harmónio Luteinizante e Harmónio Folículo Estimulante, os dois últimos,
secretados pela hipófise. A hipófise é uma glândula endócrina situada na sela túrcica,
cavidade óssea localizada na base do cérebro.

Segundo KIERSZENBAUM (2008), A partir da puberdade, por acção hormonal, os folículos


ovarianos passam a ser estimulados em períodos cíclicos, durante os chamados ciclos
ovarianos. A cada ciclo ovariano, cerca de 9 a 12 folículos primordiais são hormonalmente
estimulados. Como consequência, as células foliculares tornam-se cúbicas e começam a
6
proliferar formando os folículos primários e secundários, como já estudados na disciplina de
Histologia. Comumente na reprodução humana, a cada ciclo ovariano, apenas um folículo
ovariano torna-se maduroe capaz de produzir o ovócito secundário, o qual será ovulado.

No início de cada ciclo, quando a menstruação ocorre, há liberação hipofisária de pequenas


quantidades, que juntos provocam o crescimento e amadurecimento dos folículos ovarianos .
O crescimento destes folículos induz o aumento da produção de estrógeno. Este é secretado
em uma taxa crescente, estimulando a proliferação endometrial, e atingindo o seu pico
aproximadamente na metade do ciclo.

2.4. Métodos anticonceptivos


A contracepção é o conjunto de acções, dispositivos ou medicamentos empregados com o
intuito de prevenir a gravidez. De acordo com o seu princípio de acção, os métodos
contraceptivos são classificados em cinco grupos: Métodos hormonais; Métodos
comportamentais; Métodos de barreira; Dispositivo intra-uterino; Métodos cirúrgicos,
(BRASIL, 2002b).

Métodos hormonais – existem uma ampla variedade de métodos de contracepção hormonal


que interferem no ciclo ovariano, impedindo a ovulação pela acção de harmónios sintéticos
administrados por via oral, injectável, epidérmica ou dérmica. Para tal, são utilizadas
combinações dos harmónios sexuais femininos estrógeno e progesterona. Actuam
7
também na regularização dos ciclos reprodutivos, na diminuição da tensão pré-menstrual, na
redução da intensidade das cólicas menstruais (e na diminuição do fluxo menstrual.
Apresentam alta eficácia, de 98 a 99%. (DUARTE; ALVARENGA; OSIS; FAGÚNDES e
SOUSA, 2003), Os principais métodos hormonais são:
a) Contraceptivos orais – devem ser administrados diariamente, preferencialmente no mesmo
horário do dia, garantindo assim a manutenção dos níveis hormonais. O uso das pílulas deve
seguir rigorosamente as indicações contidas no verso das cartelas, pois cada pílula contém
quantidades específicas de estrógeno e progesterona, de acordo com o período do ciclo
reprodutivo. Existem também as chamadas minipílulas, que contêm apenas progesterona, e
são utilizadas principalmente por mulheres que estão amamentando ou que apresentam
contraindicações ao uso de estrógeno.

b) Contraceptivos injectáveis – podem ser utilizados mensal ou trimestralmente. São de fácil


uso, pois a mulher não precisa lembrar todos os dias de tomar a pílula. O uso prolongado de
harmónios injectáveis pode provocar menstruação irregular, contudo, sob supervisão médica,
pode ser utilizado para impedir a ocorrência da menstruação.
c) Implantes – cápsulas ou bastões contendo harmónios, implantados pelo médico sob a pele,
sendo mantidos funcionais por até 3 anos.

d) Adesivos– são aplicados sobre a pele e devem ser trocados semanalmente durante 3
semanas. Faz-se uma pausa de uma semana, quando ocorrerá a menstruação, e reinicia-se o
seu uso.

Métodos comportamentais – são baseados no conhecimento de que é necessário impedir o


encontro das gametas e, assim, evitar a gravidez. Não utilizam dispositivos ou medicamentos.
Diferentes comportamentos são adoptados principalmente pelas mulheres na tentativa de
identificar o período ovulatório através de características, como o ligeiro aumento da
temperatura basal e as mudanças na fluidez do muco cervical, resultantes principalmente da
acção dos harmónios durante o ciclo reprodutivo. Esses métodos, para ter alguma eficácia,
requerem a alteração do comportamento sexual do casal. É importante salientar que o uso
frequente desse método exige que os ciclos reprodutivos sejam muito regulares, para que se
possa identificar com segurança o período ovulatório, conhecido popularmente como período
fértil. Em resumo, esses métodos apresentam baixa eficácia, alteram o comportamento do
casal, dependem de motivação e do aprendizado e não protegem contra doenças sexualmente
transmissíveis. Os principais métodos comportamentais são os da tabelinha (ou método do
8
ritmo/calendário), da temperatura basal, do muco cervical e o da ejaculação extravaginal
(coito interrompido)( FIGUEIREDO; PORTO ALVES; ESCUDER PUPPO, 2008).

Métodos de barreira – são os métodos mais amplamente usados de toda a história e baseiam-
se na utilização de barreiras físicas que impedem que os espermatozoides cheguem à tuba
uterina, onde se encontra o ovócito secundário. Os principais métodos de barreira são as
camisinhas masculina e feminina e o diafragma. A camisinha, em especial, além de método
contraceptivo, também é eficaz na protecção contra as doenças sexualmente transmissíveis.

Dispositivo Intra-uterino (DIU) – é um dispositivo, geralmente em forma de haste, que pode


apresentar fio de cobre ou reservatório de progesterona. O DIU é colocado no interior da
cavidade uterina sob supervisão médica. Esse dispositivo pode levar a modificações da parede
interna do útero e da tuba uterina, alteração do muco cervical e ter acção espermicida. O DIU
apresenta durabilidade de cerca de 7 anos. Possui alta eficácia, de 99%.

Contracepção cirúrgica – único método de contracepção definitiva, tendo, porém, indicação


bastante específica, e pode ou não ser reversível. A esterilização feminina consiste na ligadura
tubária, ou laqueadura, e a masculina consiste na vasectomia, como veremos a seguir:

a) Laqueadura, ou ligadura tubária– as tubas uterinas são obstruídas ou cortadas, evitando


com que o ovócito II e os espermatozoides se encontrem. É um método definitivo, de modo
que poucas técnicas cirúrgicas apresentam possibilidade de reversão. Indicado para mulheres
com idade superior a 25 anos que já tenham pelo menos dois filhos.

b) Vasectomia – o canal deferente é seccionado, impedindo que os espermatozóides sejam


exteriorizados com o ejaculado. Não provoca impotência. Requisitos: idade mínima de 25
anos ou dois filhos. Há técnicas reversíveis.

Fisiologia do parto e as suas fases


A gestação causa modificações em todos os órgãos e sistemas maternos, a maioria retorna
ao normal após o parto. De maneira geral as mudanças são mais drásticas em gestações
múltiplas se comparadas à gestação única. As fases do trabalho de parto normal ocorrem de
forma seguida e, incluem, de forma geral, a dilatação do colo do útero, período expulsivo e a
saída da placenta. O início espontâneo, baixo risco no início do trabalho de parto,
permanecendo assim durante todo o processo até o nascimento. O bebe nasce

9
espontaneamente, em posição cefálica de vértice, entre 37 e 42 semanas completas de
gestação. Após o nascimento, mãe e filho em boas condições.

1ª Fase - Dilatação
A primeira fase do parto é caracterizada pela presença de contracções e ao processo de
dilatação do colo do útero e do canal de parto até que atinja 10 cm. Esta fase é dividida
em latente, em que a dilatação do colo do útero é menor que 5 cm e é caracterizada pelo
aumento gradual da actividade uterina, presença de contracções uterinas irregulares e aumento
das secreções cervicais, havendo perda do tampão mucoso, e activa, em que a dilatação é
superior a 5 cm e a mulher já começa a apresentar contracções regulares e dolorosas.

A duração da primeira fase do trabalho do parto pode variar de mulher para mulher, no
entanto dura em média 8 a 14 horas. Durante esse período é comum que a mulher sinta dores
devido às contracções, que ficam mais regulares e com intervalo menor entre uma e outra à
medida que é verificada maior dilatação do colo do útero e do canal vaginal.

2ª Fase - Expulsão
O seguimento da fase activa do trabalho de parto se dá pela fase de expulsão, em que o colo
do útero já atingiu a dilatação máxima e se inicia a fase do período expulsivo, que pode
demorar entre 2 e 3 horas. O início da fase de expulsão recebe o nome de período de
transição, que é relativamente curta e bastante dolorosa e o colo do útero adquire uma
dilatação entre 8 e 10 cm ao final do período. Ao ser verificada dilatação adequada, a mulher
deve começar a fazer força para a descida da apresentação fetal. Além disso, a posição para
realização do parto pode ser escolhida pela gestante, desde que esteja confortável e que
favoreça a segunda fase do trabalho de parto.

3ª Fase - Dequitação: Saída da placenta


A fase da dequitação é a fase 3 do trabalho de parto e ocorre depois do nascimento do bebe,
sendo caracterizada pela saída da placenta, que pode sair espontaneamente ou ser retirada pelo
médico. Nessa fase é normalmente feita a administração de ocitocina, que é um harmónio que
favorece o trabalho de parto e o nascimento do bebe.

Ortogenese
A ontogenia (ou ontogênese) (do grego ὀντογένεση, composto de ὄντος, transl. ontos, 'ser,
ente' e γένεσις génesis, 'criação') diz respeito à origem e ao desenvolvimento de um
10
organismo. É muito comum falar em ontogenia para se referir ao período que vai do momento
da fertilização do ovo até que o organismo atinja sua forma madura e completamente
desenvolvida – embora o não sabemos termo também possa ser usado de forma mais ampla
para se referir ao estudo de um organismo durante todo o seu ciclo de vida, não se
restringindo somente ao desenvolvimento embrionário.

A ontogenia, ao contrário da filogenia, trata da história de um organismo em seu próprio


tempo de vida e desenvolvimento. Já a filogenia se refere à história evolutiva de uma ou mais
espécies. Enquanto processos do desenvolvimento (neste caso, ontogenéticos) podem
influenciar processos evolutivos (filogenéticos) como consequência, organismos individuais
se desenvolvem (ontogenia), ao passo que as espécies evoluem (filogenia).

Ontogenia, embriologia e biologia do desenvolvimento são estudos intimamente relacionados


e algumas vezes os termos podem ser (e de fato são) usados de forma intercambiáveis. O
termo ontogenia já foi usado, por exemplo, em biologia celular para descrever o
desenvolvimento de vários tipos celulares em um organismo, (WEYGOLDT, 1985).

Segundo Kamler (2002), O termo ontogenia, portanto, pode ser aplicado em diversos
contextos e estudos, estendendo-se para além da zoologia e do desenvolvimento animal e
sendo usado, por exemplo, para descrever o desenvolvimento embrionário de estruturas
vegetais como flores. Outros usos da ontogenia, mas de formas um tanto quanto distintas, são
nos campos da Psicologia do Desenvolvimento, Neurociência Cognitiva e do
Desenvolvimento e Psicobiologia do Desenvolvimento. Ontogenia também é um conceito
usado em antropologia como “o processo através do qual cada um de nós incorpora a história
da nossa própria formação”.

Desenvolvimento embrionário do homem


Segundo CARLSON (1996), os principais eventos do período embrionário estão relacionados
às mudanças na forma do disco embrionário, que adquire o formato de um tubo, ao mesmo
tempo em que os folhetos embrionários se diferenciam e começam a estruturar os tecidos,
órgãos e os sistemas orgânicos. Esses eventos, que ocorrem de forma gradativa ao longo
dessas cinco semanas, são responsáveis também por mudanças externas no embrião, o qual
passa a apresentar o aspecto humano. Inicialmente, a presença da notocorda no disco
embrionário trilaminar irá induzir a formação de um espessamento celular, a placa neural, em
uma área específica do ectoderma, a qual invaginará para formar o tubo neural. O tubo neural

11
é a estrutura primordial que dará origem ao sistema nervoso. Por ora, interessa-nos abordar a
contribuição do tubo neural para as mudanças que ocorrem na forma do embrião.
O ciclo de vida humano é marcado por eventos como a fecundação, o nascimento de um novo
indivíduo, a passagem pela infância, pela adolescência e a chegada à idade adulta, quando os
indivíduos atingem a maturidade sexual e tornam-se capazes de produzir gâmetas,
(SCHOENWOLF; BLEYL; BRAUER e FRANCISWEST, 2009).

No primeiro trimestre já se formaram todos os principais sistemas. No segundo trimestre, o


feto cresce e torna-se possível observar detalhes anatômicos em um exame de
ultrassonografia. Além disso, o feto tem chances de sobrevivência caso nasça
prematuramente. No terceiro trimestre, o feto ganha peso e geralmente sobrevive se nascer
prematuramente. A data do nascimento é calculada como sendo 266 dias após a data estimada
da última ovulação ou 280 dias.

Ao longo do crescimento embrionário alguns genes são activados e outros desactivados.


Dessa maneira surge a diferenciação celular, ou seja, tipos celulares com formatos e funções
distintos, que organizam os diversos tecidos e posteriormente formarão os órgãos. O pequeno
tamanho do embrião e dos órgãos exige a utilização de uma nomenclatura apropriada e
específica para a identificação e localização espacial e temporal de todas as estruturas
embrionárias. Dessa forma, na anatomia e na Embriologia são utilizados vários termos para
indicar a posição e a direcção, assim como nas secções são feitas referências aos vários planos
do corpo.

Na espécie humana as principais fases do desenvolvimento do embrião são a clivagem ou


segmentação, gastrulação e organogênese. Durante a clivagem as divisões mitóticas são
rápidas e dão origem as células chamadas blastômeros. Diante da velocidade com que as
células se dividem, o embrião apresenta aumento do número delas, mas não de tamanho,
(SCHOENWOLF; BLEYL; BRAUER e FRANCISWEST, 2009).

O primeiro estágio da clivagem é a mórula, um maciço celular originado entre o terceiro e


quarto dia após a fecundação. Na segunda e última etapa ocorre a blástula, onde as células
delimitam uma cavidade interna chamada blastocele, cheia de um líquido produzido pelas
próprias células. A partir da blástula, inicia a fase de gastrulação, onde o embrião começa a
aumentar de tamanho e surge o intestino primitivo ou arquêntero e ocorre a diferenciação dos
folhetos germinativos ou embrionários. Até a fase de blástula as células embrionárias são
12
chamadas de células-tronco, que podem originar todos os diferentes tipos de célula do corpo,
(CARLSON, 1996).

Ectoderme: epiderme, unhas, pelos, córnea, cartilagem e ossos da face, tecidos conjuntivos
das glândulas salivares, lacrimais, timo, tireóidea e hipófise, sistema nervoso, encéfalo e
neurônios, entre outros.

Endoderme: pâncreas, sistema respiratório (excepto cavidades nasais), pulmões, fígado e


epitélio da bexiga urinária, entre outros.

Mesoderme: derme da pele, músculos, cartilagens e ossos (excepto da face), medula óssea,
rim, útero, coração, sangue, entre outros. Ao final da gastrulação, o embrião é chamado de
gástrula.

A última fase do desenvolvimento embrionário é a organogênese, onde ocorre a diferenciação


dos tecidos e órgãos. O primeiro estágio dela é a neurulação, quando há formação do tubo
neural, que se diferenciará no sistema nervoso central. Durante a neurulação, o embrião
recebe o nome de nêurula.

A organogênese termina até a oitava semana de gestação, por volta do 56º dia. Nesse período,
o embrião mede cerca de 3 cm de comprimento. Depois da nona semana até o nascimento, o
indivíduo em formação passa a ser chamado de feto. O nascimento ocorre em média durante a
38ª semana de gestação.

13
Órgãos de sentidos
Segundo Alves; Tubino e Tubino, (2016), Os sentidos podem ser classificados de acordo com
o grau de complexidade (gerais ou específicos) e de acordo com a localização dos receptores
(somáticos ou viscerais). Os sentidos gerais, também chamados somáticos, são os que estão
dispersos pelo corpo e são estruturalmente simples: tacto, sensibilidade à pressão, variações
de temperatura e dor.

Para PINTO e MAIA (2004), Os sentidos especiais estão localizados em órgãos receptores
complexos e constituem extensas vias (tratos) no encéfalo: gosto, olfacto, visão, audição,
equilíbrio. Os receptores somáticos estão localizados nas paredes do corpo: receptores
cutâneos (pele) e no interior dos músculos, tendões e articulações; os viscerais estão no
interior de órgãos viscerais.

Tacto
O tacto compreende quatro habilidades sensoriais: sentir o toque, sentir a temperatura, a dor e
a propriocepção (a posição e o movimento do corpo). As sensações de toque, temperatura
e dor começam na pele onde se localizam os receptores de cada modalidade. Utiliza
informações da pele e sinais dos músculos e das articulações para informar a posição dos
membros e da cabeça ao cérebro.

Paladar
Paladar ou gosto é a sensação experimentada durante a estimulação dos quimiorreceptores
orais (células receptoras especializadas dos botões gustativos ou calículos gustatórios). Todas
as formas de vida (da mais simples à mais complexa) avaliam a sua fonte de alimentação. A
percepção do sabor é consequência da detecção e do processamento da estimulação gustativa,
olfativa e trigeminal. O paladar é auxiliado pelos sentidos do olfacto e da visão, mas a
selecção e o reconhecimento final dependem de processos quimiorreceptores na cavidade
oral.

Olfacto
O olfacto permite a interacção com o meio ambiente pela percepção de seus odores, auxilia na
busca do alimento e na percepção do sabor, como já visto anteriormente. Sensação que se
origina a partir da estimulação dos neurônios olfatórios localizados no teto da cavidade nasal,
no bulbo olfatório. Um aspecto marcante do olfacto é sua relação com a memória e a emoção,
como no caso de um perfume ou o aroma de um alimento específico desencadeando
14
lembranças de uma ocasião com a qual o cheiro se associa. Outra importante função é
identificar situações de perigo.

Audição
A orelha é o órgão da audição e do equilíbrio e, anatomicamente, se divide em orelha externa,
orelha média e orelha interna. A orelha externa é formada pelo pavilhão auricular (orelha) e
meato acústico externo, um tubo encurvado que termina na membrana timpânica.

Visão
A visão permite ver os objectos através do órgão olho. O globo ocular é constituído por três
túnicas concêntricas: a mais externa, fibrosa, é formada pela córnea e pela esclera; a camada
média vascular, ou úvea, consiste na coroide, no corpo ciliar e na íris; a camada interna, ou
sensorial, é formada pela retina.

15
Conclusão
Pois feito o trabalho, concluiu-se que durante a fase inicial do desenvolvimento intra-uterino,
meninos e meninas apresentam gônadas indiferenciadas, ou seja, idênticas morfologicamente.
As gônadas indiferenciadas são formadas por cordões sexuais primitivos, derivados das
células somáticas e pelas células germinativas, as quais originarão espermatogônias ou
ovogônias. Também conclui-se que o corpo humano tem muitas diferenças entre os géneros,
principalmente externas, entre os indivíduos que não são idênticos e sim semelhantes. Em
anatomia, quando dizemos que o indivíduo é normal, estamos nos reportando ao fato de que
ele tem características anatómicas que são frequentes entre as pessoas.

O sistema reprodutivo da espécie humana há muitas diferenças entre as células reprodutoras


masculinas e feminino sendo espermatozóide para os homens e óvulo para as mulheres. Tanto
o espermatozóide como o óvulo caracterizam-se por apresentar somente a metade do número
de cromossomas encontrados normalmente nas células que constituem o corpo humano.

Métodos anticoncepcionais são métodos anticoncepcionais que têm por objectivo evitar a
gravidez, impedindo que haja o encontro do espermatozóide com o óvulo maduro na trompa
uterina bem como mulheres das Infecções Sexualmente Transmissíveis.

16
Referências bibliográficas
BERQUÓ, E. Ainda a questão da esterilização feminina. In: Giffin K, Costa SH,
organizadores. Questões da saúde reprodutiva. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ; p. 113-
26, 2004.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Política de Saúde. Área Técnica de


Saúde da Mulher. Assistência em Planejamento Familiar: Manual Técnico. 4ª edição,
Ministério da Saúde. Brasília: Ministério da saúde, 152 p. 2002b.

CARLSON, B. M. Embriologia humana e biologia do desenvolvimento. Rio de Janeiro:


Guanabara-Koogan, 1996. 408 p.

DUARTE, G. A.; ALVARENGA, A. T.; OSIS, M. J. D.; FAGÚNDES, A.; SOUSA, M. H.


Participação masculina no uso de métodos contraceptivos. Cad Saúde Pública;
19:207-16, 2003.

FIGUEIREDO, R; PORTO ALVES, M. C.; ESCUDER, M. M.; PUPPO, L. R. Impacto do


uso de contracepção de emergência sobre uso de preservativos entre adolescentes.
Anais da Conferência Internacional de AIDS, México, 2008.

KIERSZENBAUM, A. L. Histologia e biologia celular. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 677


p.
PINTO F, MAIA I. Rastreio oftalmológico na pediatria ambulatória. Saúde Infantil. 2004

SCHOENWOLF, G. C.; BLEYL, S. B.; BRAUER, P. R.; FRANCISWEST, P. H. Larsen:


embriologia humana. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. 472 p.

WEYGOLDT, Peter (1985). Ontogeny of the Arachnid Central Nervous System. Springer,
Berlin, Heidelberg 20–37. ISBN 9783642703508. doi:10.1007/978-3-642-70348-5_2

17

Você também pode gostar