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INSTITUTO AGRÁRIO DE MARERA

CURSO MÉDIO EM AGRO-PECUÁRIA

ESPECIALIDADE: AGRICULTURA

NÍVEL: CV5 TURMA A

PLANO DE PRODUÇÃO DE FEIJÃO VERDE

Autores

Hélio Jaime Solomone

Marera, Abril de 2022

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INSTITUTO AGRÁRIO DE MARERA

CURSO MÉDIO EM AGRO-PECUÁRIA

ESPECIALIDADE: AGRICULTURA

NÍVEL: CV5 TURMA A

Projecto integrado de PRODUÇÃO DE FEIJÃO VERDE

Autores

Hélio Jaime Solomone

Supervisor:

Engº. Nursan Age

Marera, Abril de 2022

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CAPITULO 1: PLANIFICAÇÃO

1.1. Introdução
O presente projecto visa propor um plano de produção da cultura de feijão verde, no Distrito de
Macate na comunidade de Maonga numa área de 3 hectares. A proposta surgiu por se verificar
que em certas épocas os mercados não conseguem satisfazer a demanda de feijão verde, tornando
maior défice e dificuldades de obtenção desta proteína vegetal criando especulação do preço.
Para minimizar a carência destes produtos e outras supostas dificuldades e problemática ligada a
escassez, viu-se a necessidade de elaborar um Projecto de plano de negócios atractivo aos
investidores, pois a produção desta cultura é sustentavel, resistente ao ataque de pragas e
doenças. Além disto, a uma grande motivação por abrir um negócio voltado para a área de
agricultura. A ideia é proporcionar a produção de hortícolas com qualidades em quantidade
alinhado a segurança alimentar no meio rural e peri-urbana, satisfazendo o desejo a demanda dos
mercados. Não será apenas a realização de produção e comercialização de hortícolas, mas sim
uma organização como diferencial estruturado que se preocupa com a qualidade da saúde dos
indivíduos e da populacao em geral.

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2. Objectivos
2.1. Geral
Produção e comercialização de 18 tonelada de feijão verde por campanha, na Província de
Manica, Distrito de Macate, comunidade de Maonga, numa área de 3 hectares, num período de 2
anos.

2.2. Específicos
 Identificar a área de produção para a cultura de feijão verde;
 Produzir a cultura de feijão verde em 3 hectares;
 Identificar reais clientes e potenciais clientes (a retalho e a grosso)

3. Justificativa
Ao decorrer da formação vi a produção agrícola como fonte de renda bastante rentável. Desta
forma, a produção desta cultura torna-me uma oportunidade de negócio para auto-emprego como
forma de implementar o aprendizado durante a formação _______________ para fornecer os
mercados.

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4. Metodologia

Para a presente pesquisa será utilizada os seguintes procedimentos metodológicos:


Pesquisa bibliográfica: que foi usada para a revisão bibliográfica de várias obras e artigos
científicos que consistiu informações referentes ao problema em questão como forma de
verificacao a veracidade, observando as possíveis contradições que as obras possam apresentar.
Estudo de caso: quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objectivos de
maneira que permita o seu amplo e detalhado conhecimento (Yin, 2001).

O projecto é caracterizado como uma pesquisa Aplicada, na qual se busca a aplicação prática de
conhecimentos para a solução de problemas sociais (Boaventura, 2004).

5. Módulos e tópicos abrangidos pelo projecto integrado

Os Projectos integrados exigem que os candidatos integrem os conhecimentos, compreensão e


habilidades, adquiridas nos módulos independentes (genéricos e vocacionais) e aplicá-los a uma
situação de resolução de um problema

5.1. Módulos de competências genéricas


5.1.1. MO HG034002: Investigar e resolver problemas económicos simples da vida pessoal
e da comunidade

 R.A .3. Resolver problemas que envolvem custos, receitas e lucros.

5.1.2. MO HG044001: Interpretar e produzir enunciados orais adequados a diferentes


contextos

 R.A.1. Interpretar informação contida num texto, retirando a mensagem principal e os


seus elementos constituintes para elaborar um esquema.

5.2. Módulos vocacionais relacionados com o projecto


5.2.1. MO AGR01402161: Realizar o maneio da fertilidade do solo e nutrição das plantas.

 R.A .3. Implementar a preparação e a correcção do solo.

 R.A. 2. Aplicar nutrientes, usando equipamento especializado.

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5.2.2. MO AGR01403161: Aplicar princípios de maneio integrado no controle de pragas,
doenças e infestantes.

 R.A.1. Demonstrar uma compreensão básica dos princípios e métodos do Maneio


Integrado de Pragas Doenças e Infestantes.

5.2.3. MO AGR01404161 Operar e realizar a manutenção de sistemas de rega e drenagem.

 R.A.4 Irrigar uma cultura de acordo com o plano de rega estabelecida.

1.2. Quadro das operações de produção

1.3. Análise FOFA


Forcas Oportunidade
 Equipa técnica altamente capacitada;  Produção de grande escala;
 Empresa reconhecida no mercado  Prestar serviços.
nacional;
 Capacidade de exportação
 Parceria com grandes clientes;
Fraquezas Ameaças
 Marketing;  Existência de produtores locais;
 Certificação;  Falta de sistemas de conservação
 Informalidade do sector; avançado;
 Insuficiência de insumos no processo de
produção.

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1.4. Cronograma de actividades
Tabela 1: Cronograma de actividades
Ano 2022
Meses
Actividades Março Abril Maio Junho Julho Agosto
Semana Semana Semana Semana Semana Semana
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Reconhecimen
to da área
Desbache
Lavoura
Gradagem
Sementeira
Adubação
Instalação de
sistema de
rega
Sacha
Colheita

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1.5. Feijão verde
1.6. Descrição da Feijão verde
O feijão verde é uma planta anual e herbácea, de germinação epígena (os cotilédones emergem à
superfície). São plantas geralmente anuais, erectas ou trepadoras, com caules estriados e
glabrescentes, isto é, com tendência a perder os pelos que se dispõem na suas hastes.

As suas folhas são trifolioladas, com apêndices (estípulas) na base do pecíolo, sendo os dois


folíolos laterais oblíquos em relação ao plano do folíolo central. As flores dispõem-se em
pequenos grupos semelhantes a cachos, com poucas flores, que partem da base do pecíolo das
folhas (ou seja, em pseudocachos paucifloros axilares).

Condições para o desenvolvimento

O feijão verde é uma planta de crescimento rápido, com um ciclo de 3 ou 4 meses, conforme a
época de cultivo e a variedade a utilizar. Prefere solos de textura média, franca, arenoargilosa ou
franco-arenosa, profundos e com reacção próxima da neutralidade. O feijão Verde, adapta-se
melhor a solos ligeiros, bem drenados e arejados, com um pH compreendido entre 5,5 e 7,0.

As temperaturas críticas da planta ficam na faixa de 15 a 29º C, sendo considerada


uma temperaturas agradáveis na faixa óptima entre 20 e 25º C. É importantes na época de
florescimento da cultura.

Os solos demasiado frios e húmidos podem provocar grandes atrasos na germinação e


emergência das sementes, sendo esse seu atraso aproveitado por pragas e doenças, como as
moscas dos viveiros (Phorbia platura) e fungos do solo como o Pythium,Rhizoctonia e outros
contra os quais se deverão fazer tratamentos preventivos após a sementeira

Local da produção

Escolha do local

O local deve ser de fácil acesso, com condições favoráveis de irrigação, solo solto, leve, fértil,
com boa drenagem, rico em matéria orgânica e, de preferência, que não tenha sido cultivado com
feijão verde.

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Este legume será produzido no Distrito de Macate, Posto Administrativo de Boa Vista,
comunidade de Maonga.

1.7. Impactos ambientais com a implantação


Algumas práticas podem provocar a erosão dos solo.
Positivo
O impacto ambiental que afectará positivamente na zona de Maonga é o facto de aplicar técnicas
de conservação do solo simples eficiente e eficaz, que poderão culminar com a redução da erosão
e assoreamento naquela região.

Negativos
Com a implementação deste plano, um dos impactos que afectará o meio ambiente é o
desflorestamento devido a remoção de espécies florestais.

1.8. Matérias necessárias


1.8.1. Orçamento geral
Tabela 2: Materiais de produção

Ordem Descrição Unidade Quantidad Custo Unitário (MTS) Valor total


e (MTS)
01 Enxadas 15
02 Botas 15
03 Fardamentos 15
04 Catanas 15
05 Ancinho 15
06 Cordas (300m) Metros 1
Fita métrica Metros
07 1
(100 m)
Pulverizador Litros
08 5
(16 litros)
Regador (5 Litros
09 30
litros)
Subtotal (1)

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Tabela 3: Insumos
Ordem Descrição Unidade Quantidade Custo Unitário Valor total
(MTS) (MTS)
01 Sementes de feijão verde kg 30
02 Adubos (NPK) kg 100
03 Pesticida (350 ml) ml 1
Subtotal (2)

Tabela 4: Custo de produção


Ordem Descrição Quantidade Custo Unitário Valor total
(MTS) (MTS)
01 Preparo do solo (lavoura) 1
Preparo do solo 1
02
(gradagem)
Sementeira/ adubação de 1
03
fundo
04 Sacha 1
05 Colheita 2
06 Transporte 2
Subtotal (2)

Tabela 5: Custo total de produção (resumo)


Ordem Necessidades Custos (MTS) Percentagem
01 Materiais de produção
02 Insumos
03 Custo de produção
TOTAL
CONTINGÊNCIA (10%)
GRANDE TOTAL (TOTAL 100
GERAL)

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CAPITULO 2: EXECUÇÃO
I.1. Etapas do plano de produção
I.1.1. Época de produção
A cultura do feijão deve ser instalada em local estratégico (através de analise topográfica da
área). A época de produção é realizada entre os meses de Março a Junho consoante a variedade
escolhida e as características da região.

I.1.2. Preparação do solo


O preparo do solo é essencial para o bom desenvolvimento do feijão verde. Escolhido o terreno
para a sementeira, é importante fazer a análise química do solo.
No preparo do solo será feita através da gradagem onde há remoção da terra, e para que a feijão
verde se desenvolve e produz bem em qualquer tipo de solo, desde os franco-arenosos, até os
mais argilosos (podzólicos).
O preparo do solo compreenderá as seguintes práticas:
Limpeza do terreno:

Lavoura: para traçar sulcos mais ou menos profundos na terra com uma ferramenta de mão ou
com um arado.
De acordo com MAZOYER e ROUDART (2010), A lavoura é acção de lavrar a terra mediante
um arado é referida como «arar». A palavra «lavrar» deriva do latim laborāre, que tinha o
significado genérico de trabalhar

Gradagem: o intuito de romper os torrões de solo formados pela pressão do arado. Como
resultado, deixa a terra plana para a semeadura. É a etapa de preparação
do solo para cultivo agrícola posterior à aração, porque após a aração, o solo ainda poderá conter
muitos torrões, o que dificultaria a emergência das sementes e o estabelecimento das culturas.
Com a utilização do implemento grade, os torrões serão desfeitos e a superfície do solo torna-se
mais uniforme.

Sementeira
As sementes serão colocadas a cerca de 3 cm de profundidade,  colocando de 1 a 2 sementes por
“covinha”. As sementes serão colocadas no solo distanciadas 10 cm entre plantas e 35 cm entre
linha.

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I.1.3. Práticas culturais
O manejo destes organismos é um dos grandes desafios para os produtores da oleaginosa e, a
cada safra a pressão de insetos praga é mais expressiva (SIMONATO; GRIGOLLI;
OLIVEIRA, 2014).

Controlo de pragas e doenças


Para esta actividade sera desenvolvidas as actividade de controlo de plantas/ ervas daninhas
através de:
Sacha: como forma de eliminar as plantas infestantes ou ervas daninhas, com objectivo de fazer
com que as infestantes não compitam com a cultura em nutrientes, água e luz.

Pulverização: será aplicada produtos agro-tóxicos sendo:


Controle químico: Aplicação de substâncias químicas que causam mortalidade no controle de
pragas.
Através de substancias químicas inorgânico –  Esses insecticidas a base de enxofre. Estes são
principalmente venenos estomacais e, portanto, são eficazes somente contra insectos
mastigadores, como as lagartas.
A insecticida a ser aplicada para o controlo de pragas é _________________
Para o controlo de doenças, será feito o controle cultural através de erradicação de plantas
doentes:Esta prática evita que haja aumento da quantidadede inóculo no ambiente, sobretudo de
doenças viróticas transmitidas por insetos e ácaros e tem sido uma constante no cultivo do
mamoeiro.

I.1.4. Colheita
A planta é frágil, por isso vamos tentar não danificar os ramos, as vagens e as flores mais tenras
quando colhemos. A colheita será depois da planta apresentar vagens com as sementes com
muito pouco desenvolvimento e consistência tenra é uma boa altura para começar a colheita.
Normalmente este período coincide com os meses de Junho e Julho. Uma vez que o feijão verde
não tem um grande poder de conservação deve ser consumido imediatamente após a colheita. O
método de conservação mais utilizado é o congelamento, embora a situação ideal é que os seus
feijões-verdes vão directamente da sua horta para o seu prato.

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CAPITULO 3: AVALIAÇÃO
Análise de rentabilidade
O aumento da oferta do grão permite quea cultura seja uma importante fonte geradora de
divisas econômica doméstica (MENEGATTI; BARROS, 2007).

Indicadores de rentabilidade
Para a análise da rentabilidade foram usados os indicadores definidos por MARTIN et al.(1998),
e descritos na metodologia empregada por MIGUEL et al.(2012) os quais são:

Receita Bruta (RB)


É a receita esperada para determinada produção por hectare, para um preço de venda pré-
definido ou efectivamente recebido, ou seja:
RB=∏ . x Pu (1)

Formula 1: Cálculo de receita bruta (RB).


Onde:
 Prod. = Produção da actividade por unidade de área;
 Pu= preço unitário do produto.
MARTIN, N. B.; SERRA, R.; OLIVEIRA, M. D. M., ANGELO, J. A.; OKAWA, H.
Sistema integrado de custos agropecuários – Custagri. Informações Econômicas, São Paulo,
v. 28, n. 1, p. 7-28, 1998.

I.1.5. Receita líquida (RL)


É tida como a diferença entre a receita bruta e o custo operacional total por hectare. Este
indicador mede a lucratividade da actividade no curto prazo, mostrando as condições financeiras
e operacionais da actividade, representada algebricamente pela fórmula (2) abaixo:
RL=RB – cot (2)

Formula 2: Cálculo de receita liquida (RL).


Onde:
 RB = receita bruta;
 COT = custo operacional total de produção.

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I.1.6. Margem Bruta (MB)
É a margem, em relação ao custo operacional, considerando-se o preço unitário de venda e a
produtividade do sistema de produção. A margem bruta indica qual a disponibilidade para cobrir
o risco e a capacidade empresarial do proprietário, sendo:
MB=(RT −cot)/ cot x 100 (3)
Formula 3: Cálculo de margem bruta (MB).
Onde:
 RT = receita total;
 COT = custo operacional total da produção.

Cultur RL = RB- MB = (RB - COT)/ COT


COT (MTS) Pu (MTS) RB = Prod*Pu
a COT x 100
Milho

Tabela 6: Análise de rentabilidade (resumo)

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I.2. Referências bibliográficas
MENEGATTI, A. L. A.; BARROS, A. L. M. Análise comparativa dos custos de
produção entre soja transgênica e convencional: um estudo de caso para o Estado do
Mato Grosso do Sul. Revista EconomiaSociologia Rural, Brasília, DF, v. 45, n. 1, p. 163-
183, 2007.

BACCI, L.; PICANÇO, M.C.; FERNANDES, F.L.; SILVA, N.R.; MARTINS, J.C.
Estratégias e táticas de manejo dos principais grupos de ácaros einsetos-praga em hortaliças no
Brasil. In: ZAMBOLIM, L.; LOPES, C.A.; PICANÇO, M.C.; COSTA, H.(Org.). Manejo
Integrado de Doenças e Pragas - Hortaliças. 1° ed., Viçosa: Suprema, 2007, p. 463-504.

MAZOYER, Marcel e ROUDART, Laurence. História das Agriculturas do Mundo: do neolítico


à crise contemporânea. São Paulo: Editora UNESP; Brasília, DF: NEAD, 2010. ISBN 978-85-
7139-994-5 (Editora UNESP); ISBN 978-85-60548-60-6 (NEAD). Título original: Histoire des
Agricultures du monde: du néolithique à la crise contemporaine.

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I.3. Anexos
Anexar a facturas proformas

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