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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PALMEIRAS DE GOIÁS


CURSO DE AGRONOMIA
VINÍCIOS EDUARDO VIEIRA BARBOSA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO:
ATIVIDADES DE EXPERIMENTAÇÃO AGRÍCOLA DESENVOLVIDAS NA
EMPRESA SEMEAR ENGENHARIA AGRONÔMICA

PALMEIRAS DE GOIÁS – GO
2021
VINÍCIOS EDUARDO VIEIRA BARBOSA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO:
ATIVIDADES DE EXPERIMENTAÇÃO AGRÍCOLA DESENVOLVIDAS NA
EMPRESA SEMEAR ENGENHARIA AGRONÔMICA

Relatório de Estágio Supervisionado Curricular


Obrigatório, apresentado ao curso de Agronomia da
Universidade Estadual de Goiás – Unidade
Universitária de Palmeiras de Goiás, como requisito
à obtenção do título de Engenheiro Agrônomo.

Orientador de Campo: Eng. Agrônoma Kéllen Peres


Orientador acadêmico: Prof. Dr. Jales Teixeira

PALMEIRAS DE GOIÁS – GO
2021
SUMÁRIO
1 AGRADECIMENTOS ............................................................................................... 4
2 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5
3 REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................... 6
4 ATIVIDADES REALIZADAS ..................................................................................... 7
4.1 Delineamento de área e estaqueamento dos ensaios ....................................... 7
4.2 Acompanhamento de plantio.............................................................................. 8
4.3 Avaliação de área foliar ...................................................................................... 9
4.4 Amostragem de solo ........................................................................................ 10
4.5 Ensaios de diferentes adubos .......................................................................... 11
4.6 Ensaio “Caixas” ................................................................................................ 12
4.7 Preparo de caldas ............................................................................................ 13
4.8 Avaliação de Stand .......................................................................................... 14
4.9 Contagem de vagens ....................................................................................... 15
4.10 Colheita manual ............................................................................................. 16
4.11 Trilhagem da soja ........................................................................................... 17
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 18
6 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 19
1 AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por estar concluindo mais uma etapa desta
longa jornada.
Obrigado a empresa Semear, pela disponibilidade e aceitação, para que eu
fizesse meu Estágio Obrigatório nela, empresa a qual contribuiu demasiadamente
para minha formação profissional e pessoal.
Obrigado as pessoas e aos professores que trabalharam juntos durante este
processo, para que cada detalhe fosse resolvido e que este trabalho fosse possível
de estar concluído.
E por fim, mas não menos importante, agradeço a minha mãe Eliane Maria
Vieira, por ter batalhado, dia após dia, para que este sonho se realizasse.
5

2 INTRODUÇÃO

O estágio foi realizado em uma Estação Experimental, a qual tem finalidade


de testar e comprovar tecnologias que estão sendo desenvolvidas ou utilizadas dentro
do mercado e informar Consultores e Assistentes Técnicos, quais ensaios foram
eficazes, podendo julgar com dados concisos qual produto possuir maior eficiência
em relação a outros, quais metodologias o produtor deve adotar para realização de tal
atividade de forma mais rápida e barata, buscando sempre praticidade e otimização
de atividades.
O Estágio Supervisionado foi realizado na empresa Semear Engenharia
Agronômica, localizada a sede no munícipio de Edéia – GO, na área da
Experimentação Agrícola, auxiliando nas atividades do Departamento de Pesquisa &
Desenvolvimento, entre 19 de Novembro de 2020 a 10 de Março de 2021, perfazendo
um total de 434 horas.
A Empresa Semear Engenharia Agronômica, localiza-se na Avenida Dom
Pedro II, N° 112, Casa 2, Bairro Centro, Edéia – Goiás. Além da sede, a empresa
possui também duas filiais, situadas em Uruaçu – GO e outra em Gurupi – TO.
A empresa possui uma trajetória de 25 anos de atividades, fundada pelo
agrônomo e empresário Leonardo de Moura Borges. Aos dias atuais, a presidência
da empresa está à frente de: Leonardo de Moura Borges e Kéllen Peres da Silva.
A principal área de atuação da empresa é por meio da Consultoria
Agronômica, a qual tem princípio de auxiliar o produtor rural na elaboração de suas
atividades, orientando a realiza-las da melhor forma possível, sempre com ética e
comprometimento. A mesma ainda conta com a Estação Experimental, dando suporte
aos Consultores, informando-os sobre o que está sendo efetivo dentre o mercado de
insumos agrícolas.
A missão da empresa é garantir soluções agronômicas eficazes e inovadoras,
voltadas para a sustentabilidade econômica, social e ambiental da atividade
agropecuária, gerando satisfação aos clientes e colaboradores, pelos resultados
alcançados e pela contribuição para o desenvolvimento do setor e do país.
A realização do estágio é de suma importância, tanto para o acadêmico,
quanto para a empresa mediadora do mesmo, pois as atividades desenvolvidas
contribuem para a formação profissional do acadêmico e tais feitorias auxiliam a
empresa de forma técnica e operacional.
6

A escolha da empresa, deveu-se ao seu comprometimento, excelente


capacidade profissional e renome junto aos agricultores e instituições comerciais
ligadas ao setor do agronegócio da região.
Devido a dinamicidade da empresa, auxilia na movimentação da economia da
cidade, pois a mesma possui convênios com diversos estabelecimentos, ocasionando
fluxo de capital e frequente presença de clientes em seus conveniados.
Neste trabalho apresentado, será demonstrado quais atividades foram
exercidas durante este período de estágio, detalhando e opinando sobre as mesmas.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) aponta que a expectativa


para o exercício 2020/21 é de continuação no crescimento da área plantada da
oleaginosa, atingindo 3,6% em comparação à safra anterior, estimada em 38,3
milhões de hectares (CONAB, 2021). Ainda ressalta um crescimento na safra 2020/21,
na produção total esperada de 4,4% em relação ao obtido em 2019/20, devendo
alcançar 268,3 milhões de toneladas (CONAB, 2021).
Para que se tenha sucessos em uma lavoura e para que as plantas consigam
expressar o máximo do seu potencial genético, tendo como consequência o aumento
da produção, além dos fatores de produção como as condições de solo (fertilidade,
umidade, características físicas, químicas e biológicas) e clima (temperatura,
pluviosidade, radiação solar) é necessário levar em consideração também o mínimo
de competição entre plantas (EMBRAPA SOJA, 2007, 2013; EMBRAPA RORAIMA,
2017).
Isso ocorre através da distribuição mais homogênea e uniforme que só é
possível através de uma semeadura bem feita, da maneira como é realizada, por isso
antes da regulagem da semeadora, é importante identificar a população de plantas
(densidade de plantio) e o espaçamento ideal, para fins de cálculo da quantidade de
sementes a serem utilizadas no momento da operação (EMBRAPA MILHO E SORGO,
2015; EMBRAPA RORAIMA, 2017).
Para sementes de soja, a colheita é a fase mais crítica de todo o processo de
produção, pois pode ocasionar perdas na qualidade (FRANÇA NETO et al., 2007).
O sucesso da recomendação de corretivos e fertilizantes depende
sobremaneira dos procedimentos adotados na coleta, dos equipamentos utilizados e
7

do preparo da amostra de terra. Portanto, as amostras de solo devem representar


adequadamente a área que será corrigida e/ou adubada, para se obter aumento de
produtividade e racionalização do uso dos corretivos e fertilizantes (OLIVEIRA et al.,
2007)
Ao se elaborar trabalho de calibração da análise do solo para o
estabelecimento de níveis de adubação, é necessário modificar, através da fertilização
química, os níveis dos elementos a serem estudados (VASCONCELLOS et al., 1982).
O aumento da produtividade (produzir mais na mesma área) e a conversão
das áreas degradadas de pastagens para produção de grãos poderão levar o Brasil a
ser o principal fornecedor de alimentos do mundo (SANTOS, 2010)
Santos (2010), ressalta que estas condições climáticas que favorecem a
agricultura, provocam também o aumento, concentração e surgimento de fatores
biológicos nocivos, com maior incidência e diversidade de pragas. Esta concorrência
obriga o produtor rural a tomar medidas para controlar a evolução dessas pragas.
Dentre os insumos químicos, existem os defensivos agrícolas, que tem por
finalidade o controle da população dos alvos biológicos que estejam causando danos
ou concorrendo para a redução da produtividade em áreas agrícolas (SOUZA, et al.,
2010).

4 ATIVIDADES REALIZADAS

4.1 Delineamento de área e estaqueamento dos ensaios

Para realização de todo ensaio, é necessário que delimite a área o qual ele
será instalado, com o número de parcelas e o tamanho da mesma. Esta atividade é
realizada utilizando-se de fitas métricas de 50 metros cada, para medir o tamanho do
ensaio, com as metragens delimitadas, utiliza-se de estacas de madeiras ou
bandeirolas, para demarcar o limite de cada parcela dentro de um bloco. O tipo de
delineamento utilizado é Blocos Casualizados, com finalidade de obter repetições
aleatórias dos tratamentos, diminuindo assim a interferência do ambiente (erro
experimental), buscando alcançar resultados mais precisos. Por meio da casualização
reduz “vícios” ou “favorecimento sistemáticos” para alguns tratamentos em relação a
outros, evitando assim resultados tendenciosos (DUARTE, 1996).
8

Lopes (2013) afirma que usualmente a semeadura é feita com espaçamento


de 45 a 50 cm para uma produtividade esperada de 2.500 a 3.000 kg/ha, com
populações de plantas no máximo 310.000 plantas/ha.
Figura 1 – Imagem demonstrativa de parcelar demarcadas.

Foto: Vinícios Eduardo, 2021.


4.2 Acompanhamento de plantio

Em uma área experimental, o plantio é realizado em parcelas, no padrão


Semear utiliza-se parcelas de 4m (comprimento) x 7m (largura), sendo 28m²,
entretanto isso pode alterar, conforme os protocolos estabelecidos pelas empresas
contratantes do serviço. No caso da estação o espaçamento utilizado foi padronizado
50 cm para as culturas para fins de facilidade de operação, com adensamento
razoável, facilitando o fechamento rápido pela cultura e dificultando a competição com
as plantas espontâneas. Outro fator relevante para o sucesso da lavoura é a
profundidade de semeadura que no caso da estação experimental foi padronizado
para soja a 3 cm, ou seja, dentro da profundidade ideal informada por Lopes (2013).
A metodologia do plantio irá ocorrer conforma as orientações das empresas
solicitantes. Os ensaios são montados em quatro blocos, com por exemplo cinco
tratamentos/parcelas, cada tratamento é uma variante diferente. Utilizando como
9

exemplo um ensaio de sementes: cada tratamento/parcela dentro de um bloco é uma


semente diferente, ao plantar cada tratamento é necessário que realize a troca e
limpeza das caixas de sementes para plantar o próximo tratamento, isso é realizado
para todos os tratamentos, evitando que haja contaminação de uma semente com a
outra dentro da plantadeira.
Figura 2 - Acompanhamento de plantio de soja – Ensaio: Competição de cultivares.

Foto: Vinícios Eduardo, 2021.

4.3 Avaliação de área foliar

Os métodos para determinação da área foliar podem ser destrutivos ou não


destrutivos (MARSHALL, 1968). Aqueles métodos que exigem a retirada da folha ou
de outras estruturas são denominados destrutivos ou laboratoriais, sendo que as
desvantagens desse método é não ser aplicável em estudos onde a quantidade de
amostras é limitada. Por outro lado, com os métodos não destrutivos, as medidas são
realizadas nas plantas, sem amostragens destrutivas, preservando sua integridade e
permitindo a continuidade das medidas na mesma planta durante todo ciclo de
desenvolvimento (ADAMI et al., 2008).
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Dentre os métodos não destrutivos destacam-se aqueles em que a área foliar


verdadeira é estimada por meio de medidas lineares do limbo foliar tomadas
diretamente nas folhas das plantas (FAGUNDES et al., 2009)
Com os ensaios plantados, são realizadas periódicas avaliações em cada um,
conforme solicitado nos protocolos pelas empresas contratantes do serviço. Nesta
avaliação citada, são contabilizadas o comprimento e largura de cada folíolo, a altura
da planta e o número de trifólios da soja, para que posteriormente o/a Pesquisador (a)
responsável pela estação experimental, gere a estatística referente a esta avaliação
e repasse os dados para a empresa solicitante da mesma.
Figura 3 – Imagem demonstrativa de um trifólio da soja.

Foto: Vinícios Eduardo, 2021.


4.4 Amostragem de solo

Os equipamentos mais utilizados na amostragem de solo, no Brasil, são o


trado de rosca, o trado holandês, o trado calador (sonda) e a pá-de-corte em que os
três primeiros coletam menor volume de solo e são mais práticos no manuseio
(SCHLINDWEIN & ANGHINONI, 2002).
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A furadeira elétrica tem sido utilizada com o uso de uma haste de rosca;
entretanto, tem-se observado que a quantidade de solo coletada é menor que a de
outros equipamentos (ROSOLEM et al., 2010).
Para a realidade da estação experimental, utiliza-se deste último citado. Antes
da instalação de um ensaio e após a retirada do mesmo, deve-se realizar amostragem
de solo naquela determinada área em específico, para que identifique os níveis
nutricionais antes e depois da presença da cultura naquela região. Esta avaliação é
feita por meio de furadeiras adaptadas, que perfuram o solo em profundidades
conhecidas e desejadas, retirando uma massa de solo de proporção
consideravelmente útil. Esta amostragem acontece dentro de cada parcela do
experimento/ensaio, onde são coletados em média 10 pontos, o qual a empresa
Semear identificou que é o necessário para obter a massa de solo necessária para
realização das análises laboratoriais. Essas amostras são feitas individualmente e
devidamente identificadas, para que realize analises separadamente de cada
amostra, obtendo assim um resultado confiável e preciso.
Figura 4 – Furadeira elétrica de amostragem de solo.

Foto: Vinícios Eduardo, 2021.


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4.5 Ensaios de diferentes adubos

Neste tipo de ensaio, os adubos são jogados manualmente, sem o padrão que
é na plantadeira. As dosagens estabelecidas são pesadas, utilizando balanças
apropriadas para esta atividade, a qual demanda precisão, pois o ensaio é sobre estes
valores. Os sulcos de plantio são abertos com a plantadeira, com os carrinhos das
sementes erguidos (para não ocorrer o fechamento dos mesmo), e as botinhas de
abertura de sulco do adubo, são adaptadas/modificadas para esta atividade,
buscando facilitar o manuseio e etapas do processo de implantação do ensaio. Após
a abertura do sulco, os adubos são distribuídos manualmente, linha por linha,
correspondente a parcela de cada tratamento. Com as dosagens distribuídas é
necessário o fechamento do sulco, este processo é realizado manualmente com o
auxílio de enxadas. Após fechados, o plantio ocorre normalmente, porém a ala do
adubo da plantadeira é desligada, para que não interfira neste processo.

4.6 Ensaio “Caixas”

Neste ensaio é utilizado de caixas plásticas, popularmente conhecidas como


caixas de verduras, as quais são enterradas no solo para melhor identificação da área
radicular da soja. Para isto, são cavados de covas que comportem toda a caixa,
ficando exatamente ao nível do solo, buscando o mais linear possível para que não
haja interferência na hora do plantio. As covas são realizadas por meio de enxadões,
enxadas, alabancas e outros. O solo retirado é separado, para que não haja
interferência no ensaio, o solo da parte mais profunda e mais superficial do solo são
separados para que ao colocar as caixas nestas covas o solo retorne da mesma forma
que foi retirado. Após estes processos, é realizado o plantio normal com a plantadeira.
Após o período determinado, estas são retiradas de forma total, com todas as plantas
ali dentro. As plantas são retiradas de dentro da porção de solo de dentro da caixa
com muito cuidado, buscando manter a total integridade de mesma, para que não
perca pedaços de raízes ou número de nódulos. Com a soja total retirada, são
realizadas avaliações biométricas e registro fotográficos para comprovação dos dados
apresentado pela avaliação.
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Figura 5 - Avaliação do ensaio “Caixas”.

Foto: Vinícios Eduardo, 2021.

4.7 Preparo de caldas

A utilização de agroquímicos é um fator importante na manutenção de altas


produtividades agrícolas. Entretanto, há grande preocupação com os efeitos da sua
aplicação sobre o meio ambiente, visto que a maioria deles caracteriza-se por ser
poluidor (SOUZA, et al., 2010).
Cada ensaio demanda um cuidado diferente e específico, conforma as
variáveis que se buscam alcançar em cada tratamento. Para isso são realizadas
aplicações de diferentes produtos em determinados estágios da cultura. Para a
aplicação das caldas, são utilizadas bombas costais do tipo: Bomba costal motorizada,
com capacidade de 20 litros, popularmente conhecida como D-20. Esta é utilizada
quando se aplica um determinado produto em uma área maior, normalmente em todo
o ensaio. Para aplicações mais precisas, e situada em cada tratamento, é utilizada
uma bomba costal pressurizada por CO², a qual possui capacidade de 2 litros. Para o
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cálculo da dosagem do produto a ser inserido em determinada bomba é realizado da


seguinte forma:
O Assistente de Pesquisa da Estação, identificou que uma bomba tratorizada
precisa de 150 L para cobrir um hectare (10.000m²); com base nesta informação
utilizamos a dosagem do produto recomendado e dosamos para a necessidade do
experimento.
Exemplo: Produto X - recomenda-se 250 mL por hectare.
Então faz-se o cálculo: 250 mL X 2 L (Garrafa Pet) / 150 L = 3,33 mL de
produto em cada garrafa pet (2L). E então realiza a aplicação.

Figura 6 - Acompanhamento de aplicação com bomba de Co².

Foto: Vinícios Eduardo, 2021.

4.8 Avaliação de Stand

A metodologia adotada pela Estação Experimental é de realizar duas


amostragens dentro de cada parcela, sendo elas de dois metros cada amostragem e
contabilizar quantas plantas estão neste espaço. Essa atividade é feita para
determinar o número de plantas por hectare ou área de interesse.
Mauad et al., (2009), trabalhando com a influencia da semeadura sobre a soja,
verificou que o stand final com menor número de plantas apresentou-se mais positivo
do que o inverso, em uma densidade maior de semeadura.
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Figura 7 - Avaliação de Stand de soja.

Foto: Vinícios Eduardo, 2021.

4.9 Contagem de vagens

A densidade de semeadura é fator determinante para o arranjo das plantas


no ambiente de produção e influencia o crescimento da soja (MARTINS et al., 1999).
Mauad, et al., (2009), chegou a conclusão que, quanto maior a densidade de
plantas por metro, menor será a ramificação, resultando em menor quantidade de
vagens e grãos por vagens.
Esta atividade consiste em contabilizar quantas vagens cada planta possui, e
quantidade de grãos por vagens. Por meio desta avaliação é possível determinar a
estimativa de produção da área.
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Figura 8 - Contagem de vagens.

Foto: Vinícios Eduardo, 2021.

4.10 Colheita manual

Consiste no arranque da parte área da planta, garantindo a integridade da


mesma, para que não haja perca de vagens e/ou grãos, podendo interferir na
apuração dos dados. A metodologia adotada é da seguinte forma: quando em parcela
é descartado as duas linhas das extremidades dos dois lados, e meio metro das
pontas. Exemplo: uma parcela com sete metros, possui oito linhas plantadas, colhe-
se então as quatro linhas internas, onde cada linha possui seis metros de
comprimento. Esta área colhida, é chamada de parcela útil. Quando o ensaio é em
forma de faixa, ou seja, não há tratamentos/parcelas dentro dela, retira-se cinco
amostras de cinco metros aleatoriamente dentro da faixa, adotando o mesmo sistema
de descarte das duas linhas das laterais de cada lado.
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A aferição de umidade foi realizada por meio do medidor GEHAKA AGRI


(G919) o mesmo é de fácil manuseio e é configurado com base na cultura estimada.
Já o peso de mil grãos é obtido por meio de contagem manual ou com auxílio
de tabuleiro e pesagem de 800 grãos, com o valor do peso divide-se por 8 e multiplica-
se por 10, isso é importante porque segundo Silva (2015) faz parte de um dos
componentes necessários para obter a estimativa de produtividade.
Figura 9 – Apresentação da área útil colhida.

Foto: Vinícios Eduardo, 2021.

4.11 Trilhagem da soja

Em decorrência da colheita ser de forma manual, necessita-se então de uma


metodologia para retirar os grãos de dentro das vagens, para isso utiliza-se de uma
trilhadeira acoplada ao trator, que funciona semelhante ao processo ocorrido dentro
de uma colheitadeira.
Neste processo, cada parcela é trilhada individualmente, devidamente
identificada, para que posteriormente seja realizado as devidas avaliações com os
grãos obtidos.
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Ormond et a., (2015), trabalhando com ensaios de soja, sob diferentes tipos
de semeadura, tambem utilizou da mesma metodologia de colheita manual e uso de
trilhadora estacionária acoplada ao trator.
Figura 10 – Trilhadeira de grãos.

Foto: Vinícios Eduardo, 2021.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

É notável a importância do estágio para a formação profissional do


acadêmico, haja visto, que neste em específico, foi possível relacionar as atividades
exercidas com disciplinas como: mecanização agrícola, entomologia, grandes
culturas, fitopatologia, dentre outras. Disciplinas as quais foram de suma importância
para fácil assimilação das atividades descritas.
Entretanto, mesmo com esta bagagem teórica adquirida no decorrer dos anos
acadêmicos, é visto que a ausência de aulas práticas na universidade influencia no
desempenho de algumas atividades vivenciadas no dia a dia do campo.
Ressalvo que as atividades aqui citadas, somaram demasiadamente para
minha formação profissional, visto que todas as atividades, mesmo que de simples
execução, possuem embasamento teórico de o porquê estar realizando-a, alcançando
assim o objetivo de domínio sobre as mesmas.
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6 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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