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ROSILAINE APARECIDA DE OLIVEIRA RODRIGUES

RELATÓRIO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO

GO SEEDS COMÉRCIO, IMPORTAÇÃO E


EXPORTAÇÃO DE SEMENTES LTDA

ANÁLISE LABORATORIAL DE SEMENTES FORRAGEIRAS

JATAÍ - GO

2023
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ROSILAINE APARECIDA DE OLIVEIRA RODRIGUES

Orientadora: Profª. Drª. Vera Lúcia Banys

RELATÓRIO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO

GO SEEDS COMÉRCIO, IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE SEMENTES LTDA

ANÁLISE LABORATORIAL DE SEMENTES FORRAGEIRAS

Relatório de Estágio Curricular Obrigatório

apresentado à Universidade Federal de Jataí,

como parte das exigências para a obtenção do

título de Bacharel em Zootecnia.

JATAÍ – GO

2023
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Ao Senhor Jesus Cristo,


autor e consumador da
minha fé, e à minha
família, dedico.
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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pela minha vida, e por me permitir alcançar e ultrapassar
com fé e determinação todos os obstáculos encontrados ao longo da graduação.

A minha família, principalmente, ao meu companheiro de vida, Gesner Célio Rodrigues


Machado e ao meu filho Miguel Arthur Oliveira Rodrigues.

À Universidade Federal de Jataí (UFJ) pelo acolhimento para a realização do Curso de


Zootecnia.

À minha orientadora, Professora Dra. Vera Lúcia Banys, minha sincera gratidão, respeito
e admiração.

A empresa Sementes Lima pela oportunidade única de estágio e à minha supervisora MSc.
Gabriela Fernandes Gama, pela dedicação em transmitir todo seu conhecimento na área.
v

Aluna: Rosilaine Aparecida de Oliveira Rodrigues Matrícula: 201806917


Orientadora: Profa. Dra. Vera Lúcia Banys
Empresa: GO SEEDS Comércio, Importação e Exportação de Sementes Ltda
Supervisora: Gabriela Fernandes Gama
Estágio Início: 29/05 /2023 Término: 07/10/2023 Carga Horária Total: 760h

Esse relatório foi corrigido por Vera Lúcia Banys e está de acordo com as normas do
Relatório Final de Estágio Obrigatório do Curso de Zootecnia - UFJ

Jataí, 18 de Setembro de 2023.


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SUMÁRIO

1. Caracterização da empresa ........................................................... 1

2. Atividades desenvolvidas ............................................................... 1

2.1. Recebimento de amostras ............................................................. 2

2.2. Protocolo de amostragem .............................................................. 2

2.3. Identificação da amostra ................................................................ 2

2.4. Homogeneização da amostra ........................................................ 3

2.5. Pesagem ........................................................................................ 4

2.6. Umidade ......................................................................................... 4

2.7. Peneira ........................................................................................... 5

2.8. Soprador ........................................................................................ 6

2.9. Qualidade física das sementes .................................................... 7

2.10. Cálculo para a determinação da pureza ........................................ 8

2.11. Teste de tetrazólio .......................................................................... 9

2.12. Plantio, germinação e leitura ......................................................... 10

3. Análise crítica de um problema observado ................................... 12

4. Considerações finais ...................................................................... 13

Referências .................................................................................... 14
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1. Caracterização da Empresa
O estágio curricular foi realizado no Laboratório de Análise de Sementes na
empresa GO SEEDS Comércio, Importação e Exportação de Sementes Ltda.
(Sementes Lima), localizada à esquerda da Rodovia GO 184, km 2,8 em Jataí –
GO, na segunda Unidade de Beneficiamento de Sementes (UBS).
A empresa Sementes Lima, atualmente, é considerada a maior produtora de
sementes forrageiras do Estado de Goiás.
A primeira unidade de beneficiamento fica localizada na Fazenda Beija-flor
no Município de Jataí – GO onde as sementes são produzidas em uma área de
aproximadamente 3 mil hectares.
Com sede em Jataí desde 2006, a empresa atua no ramo de produção de
sementes forrageiras padrão exportação, com elevado percentual de pureza,
germinação e vigor, disponibilizando aos seus clientes, sementes com percentual
de valor cultural elevado, livres de nematoides, pragas, doenças, infestação de
plantas daninhas e menores custos.
As análises laboratoriais são realizadas constantemente seguindo a
metodologia da Regra para Análise de Sementes – RAS (BRASIL, 2009), criada
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.
Na RAS 2009 há definições e métodos padronizados para serem utilizados
na avaliação de sementes o que permite obter resultados uniformes, dentro dos
limites de tolerância aceitáveis para garantir a qualidade a que a empresa se
propõe trabalhar.
Antes das análises, as sementes passam ou não pelo processo de
beneficiamento. Nesse processo, é possível realizar a limpeza parcial com a
retirada de palhas, talos, sementes de plantas daninhas, torrões, insetos e outras
impurezas presentes no lote.

2. Atividades Desenvolvidas
Foram desenvolvidas atividades relacionadas às análises da qualidade das
sementes, tais como pureza, umidade, viabilidade, plantio na casa de vegetação
e acompanhamento da germinação das sementes.
Atualmente, trabalham no laboratório quatro analistas, sendo que todos os
processos de análise que passam pelo laboratório, são de responsabilidade da
Engenheira Agrônoma Gabriela Fernandes Gama, supervisora técnica desse
setor.
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2.1. Recebimento das Amostras


Quando uma amostra chega ao laboratório, a pessoa que a recebe, deve se
certificar de que a embalagem esteja lacrada, contendo todas as informações
necessárias para prosseguir com o processo de análise.
A embalagem deve conter a identificação da semente, ou seja, qual espécie
será avaliada, se a amostra se refere a um lote ou carga, se é resíduo e a qual
carga pertence, o peso total representado pela amostra, a origem da mesma, ou
seja, se é oriunda da própria UBS, se veio da fazenda ou se é uma possível
compra ou venda de lote. Se for da própria UBS a amostra ainda deve ter
explícito na embalagem quantas vezes foi beneficiamento, e por fim, a data que
a amostra foi retirada da sua origem.

2.2. Protocolo de Amostragem


Após todas as certificações, a amostra é inserida no caderno de protocolo de
correspondência, sendo indispensável, a assinatura do responsável por levar a
amostra ao laboratório.
Caso o responsável pela entrega da amostra ao laboratório, esteja com o
próprio caderno de protocolo, àquele que recebe a amostra deve assiná-lo.

2.3. Identificação da Amostra


Para identificação interna do laboratório, após o registro da amostra no
caderno de protocolo, cada amostra recebe uma numeração em ordem
cronológica, iniciada a cada safra.
Essa identificação, deve seguir a ordem numérica do caderno e na planilha
excel ao qual refere-se a semente a ser analisada. Dessa forma, existem três
grupos com sequência numérica independente, para sementes escarificadas,
nuas e tratadas, sementes revestidas e as sementes que passam pelo processo
de beneficiamento e que podem gerar resíduos como palha, torrão, trie e colunas
de ar 1, 2 e 3 seguem a ordem numérica de outra planilha.
Nas colunas de ar são gerados resíduos do beneficiamento nos quais pode
ou não haver sementes puras. Todos esses resíduos passam por análise de
pureza, para determinar se houve perda ou não de sementes durante o processo
de beneficiamento.
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2.4. Homogeneização da Amostra

Para realizar esse processo de forma eficaz, toda a amostra contida na


embalagem deve ser homogeneizada (Figura 1). Para isso, o conteúdo deve ser
colocado em uma das cubas coletoras do equipamento homogeneizador
uniformemente.
De maneira uniforme e lateral, toda a amostra da cuba deve ser despejada
nas canaletas do homogeneizador, dessa maneira, a amostra se dividirá em duas
partes iguais e serão recolhidas das cubas coletoras na parte inferior do
equipamento.
As cubas cheias são trocadas pelas vazias, repetindo essa sequência por
três vezes. A cada sequência realizada, são feitas batidas leves nas laterais do
homogeneizador, para que todo material retido nas canaletas, se juntem as
cubas.
Após repetir por três vezes o processo, um lado da cuba é devolvido à
embalagem. O lado que não foi descartado é utilizado para reiniciar o processo
de homogeneização, só que dessa vez o lado contrário será descartado e assim,
segue o descarte intercalando os lados (esquerdo e direito) até que o peso se
enquadre na indicação da cultivar a ser analisada.

Figura 1. Homogeneização da amostra


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2.5. Pesagem
Ao iniciar qualquer processo de pesagem é necessário ajustar a tara do
equipamento, utilizando sempre um recipiente que contenha a identificação para tal.
No momento da pesagem, caso o peso ultrapasse ou não alcance o indicado na
tabela, as sementes são novamente homogeneizadas até que o peso seja acertado.
Quando o peso é alcançado (Quadro 1), tanto o peso para a determinação da
pureza quanto para a Determinação de Outras Sementes por Número (DOSN), são
registrados em um papel para posterior cálculo percentual e registro nas planilhas.

Quadro 1. Quantidade utilizada para análise de pureza e determinação de outras


sementes por número (DOSN) de acordo com a espécie

Pureza (g) DOSN (g)


Nome Científico
Mínimo Máximo Mínimo Máximo

Urochloa brizantha 18,00 18,54 180,00 185,40


Urochloa ruziziensis 16,00 16,48 160,00 164,80
Urochloa decumbens 15,00 15,45 150,00 154,50
Urochloa humidícola 12,00 12,36 120,00 123,80
Panicum maximum 4,00 4,12 40,00 41,20
Crotalária ochroleuca 15,00 15,45 150,00 154,50
Crotalária spectabilis 35,00 36,05 180,00 185,40
Penisetum glaucum 15,00 15,45 150,00 154,50
Fonte: Adaptado de BRASIL (2009).

2.6 Umidade
Para aferir o grau de umidade das sementes, uma porção da amostra é colocada
no recipiente do medidor de umidade, sendo que a quantidade a ser analisada varia de
acordo com a granulometria da semente.
As sementes devem ser colocadas de forma que ocupem todo o espaço do
recipiente e evitando a sobreposição umas às outras (Figura 2).
Ao fechar o equipamento, o início da leitura é automático, com duração de alguns
minutos até o término.
Ao final, quando o equipamento desliga, anota-se o resultado que aparece no visor
e as sementes são descartadas no lixo.
Em função da calibragem do equipamento, para as sementes revestidas é preciso
adicionar um ponto a mais ao fator da umidade registrada pela máquina e, nas demais
sementes, tais como, sementes nuas, escarificadas, tratadas e sementes de leguminosas,
são adicionados mais dois pontos.
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Figura 2. Equipamento medidor de umidade

2.7. Peneira
Após a pesagem da amostra homogeneizada, para dar início ao processo da
análise de pureza, o uso da peneira pode ser indispensável, uma vez que, ela contribui
para a separação das sementes puras do material mais fino, tal como, terra, palha, torrões,
pedriscos e outras sementes menores (Figura 3).
Após o uso da peneira de metal a amostra deve ser dividida em dois volumes, o
maior (que não passou pela peneira) será levado para o soprador e o que ficou no
recipiente da peneira é analisado na mesa.
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Figura 3. Peneira utilizada para a separação do material mais fino

2.8. Soprador
O soprador auxilia no processo de separação, de tal forma que, sementes murchas,
mal granadas, engessadas (duras e sem cariopse), material inerte (MI) e outras sementes
que sejam mais leves (OS), sobem e caem em um recipiente, enquanto que as sementes
puras (SP) e fisiologicamente maduras permanecem no cadinho.
A sopragem é feita por duas vezes, ambas com duas calibragens diferentes, a
depender da espécie analisada (Figura 4).
A primeira calibragem sopra o material mais leve e a segunda calibragem sopra o
material um pouco mais densos, como as sementes engessadas, melhorando a qualidade
da limpeza.
Após colocar as sementes no cadinho, o equipamento é acionado, sendo que cada
soprada tem duração de aproximadamente 3 minutos.
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Durante a segunda e última soprada, é possível dar início à análise do material


separado da primeira soprada. Posteriormente, a segunda soprada é analisada e, por fim,
o material retido no cadinho é analisado.

Figura 4. Sopragem das sementes. (A) Soprador. (B) Cadinho do


soprador

Vale ressaltar que, nas sementes não palhentas como crotalárias (Ochroleuca e/ou
Spectabilis), milheto, trigo mourisco e nabo forrageiro, não se faz necessário o uso do
soprador. Em função disso, a análise é realizada somente com a ajuda de uma pinça e da
lupa, quando as sementes são separadas manualmente de todas as impurezas e sem
apertar, detectando se há ou não sementes de outras espécies presentes na amostra.

2.9. Qualidade Física das Sementes


Esse teste afere a integridade das sementes e a composição física do lote e permite
a obtenção do grau de contaminação com sementes de plantas invasoras, de outras
espécies cultivadas e com material inerte.
Para isso, é preciso entender que, semente pura é toda semente que está sendo
analisada e que esteja em bom estado atendendo as especificações contidas na Regra de
Análise de Sementes (RAS; BRASIL, 2009) e que também esteja de acordo com as
especificações de controle de qualidade da empresa.
Para esse teste, todas as sementes provenientes da peneira e do soprador devem
passar pelo teste físico com a ajuda de uma pinça (Figura 5).
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Ao apertar firme a semente não pode ceder à pressão. Porém, quando isso ocorre,
essas devem ser separadas junto com o material inerte. Já quando outra espécie é
identificada, a mesma é separada para que ao final da análise, seja contabilizada e descrita
na embalagem e nas planilhas.

Figura 5. Teste de pressão. (A) Semente revestida. (B) Semente nua

2.10. Cálculo para a Determinação da Pureza


A análise de pureza tem por objetivo determinar a composição do percentual de
sementes puras, bem como o percentual de material inerte e de outras sementes de uma
amostra, permitindo inferir assim, o percentual dessas frações no lote de sementes.
Para obter o percentual de pureza, é somado o peso das sementes puras (SP),
material inerte (MI) e outras sementes (OS) resultando no peso final (PF).
O peso final não deve ser menor nem maior do que 3% do peso inicial (PI) da
amostra (Quadro 2). A pureza então é obtida por meio da divisão das sementes puras pelo
peso final multiplicado por 100.
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Quadro 2.Ficha utilizada para anotações e cálculo da pureza


Data da análise: Pureza (%):
Viabilidade pelo teste de Tetrazólio
N° da amostra:
(%):
Peso inicial (g):
Sementes puras (g):
Material inerte (g):
Outras sementes (g):
Peso final (g): Identificação e quantidade de
Umidade (%): outras sementes encontradas na
pureza e no DOSN:
Peso de mil sementes (g):
Determinação de Outras Sementes por N° (DOSN):
Observação:

Fonte: Sementes Lima.

2.11. Teste de Tetrazólio


Para a análise da viabilidade das sementes, é realizado o teste de tetrazólio. A
dormência em sementes recém-colhidas contribui para que o teste de tetrazólio seja
rotineiramente utilizado a fim de estimar a viabilidade dessas sementes.
Para obter melhores resultados quanto à coloração do embrião das sementes, foi
feita uma adaptação na metodologia da RAS, uma vez que a concentração de sal sugerida
é de 0,1% de sal de tetrazólio por litro de água destilada, mas a empresa obteve melhores
resultados utilizando a concentração de 0,5% de sal de tetrazólio por litro de água. Dessa
maneira, se o preparo for em 1 litro de água, deve-se diluir 5 gramas de sal.

1000 mL de água destilada * 0,5% = 5 g de cloreto trifenil tetrazólio

As sementes para esse teste devem ser retiradas das sementes puras obtidas no
teste físico. Para isso, são colocadas no papel filtro duas repetições (R1 e R2) de 100
sementes cada, identificandos com a espécie, lote/carga, número da amostra e origem da
semente.
As sementes devem ficar embebidas em água por no mínimo 14 horas, por isso,
sempre ao final do dia, as mesmas são colocadas na água para que no dia seguinte, seja
realizado o corte.
Sementes da espécie Megathyrsus maximum cv. Massai, Mombaça e Miyagui,
devem ser cortadas antes das outras espécies. Já sementes que receberam algum tipo de
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revestimento, como as grafitadas ou encrustadas, independente da espécie, devem ser


cortadas por último.
O corte das sementes deve ser realizado central e longitudinalmente para que não
danifique as estruturas internas e não comprometa a leitura por meio da coloração do
embrião.
Cada repetição é cortada separadamente, sendo que somente um dos lados será
analisado, por isso, o lado que será analisado deve ser criteriosamente escolhido. Além
disso, é preciso manter as sementes sempre úmidas até o final do processo de corte.
Ao final do processo, as 100 metades são colocadas em um copo plástico e são
cobertas pela solução de tetrazólio e, posteriormente, em um recipiente com tampa para
ser levado em banho-maria (Figura 6), onde permanecem por um período de 3 a 4 horas,
após o que é iniciada a leitura da viabilidade das sementes pela coloração ou não do
embrião.
Anota-se o resultado de cada repetição avaliada para posterior cálculo da média, a
qual será anexada na caixa de identificação e na planilha física e digital correspondente.

Figura 6. Teste de viabilidade das sementes. (A) Umedecimento das sementes. (B) Papel
mata borrão, pinça e bisturi. (C) Sal de tetrazólio. (D) Sementes em banho-maria

2.12. Plantio, Germinação e Leitura


Os plantios são realizados na casa de vegetação logo após a análise de pureza de
cada amostra.
As sementes são distribuídas em substratos apropriados e mantidas em condições
ambiente necessárias ao desenvolvimento das plântulas (Figura 7).
Para que o plantio ocorra de maneira homogênea, é utilizado um marcador de 100
furos no formato 5 x 20 furos para que haja exatamente 100 sulcos da mesma
profundidade.
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As sementes das cultivares de Urochloa brizantha, U. decumbens, U. ruziziensis e


das leguminosas, são plantadas na mesma profundidade pressionando o marcador no
substrato até o final da base.
Por outro lado, as cultivares de Panicum maximum, como Massai, Mombaça e
Miyagui devem ser plantadas em uma profundidade menor já que, por isso, podem
germinar antes das outras, uma vez que colocamos todas no mesmo horário, às 17h30min.

Figura 7. Plantio. (A) Preparo do vaso para plantio. (B) Molde dos
sulcos. (C) Plantio das sementes nos sulcos.

Para acompanhar a germinação realiza-se o acompanhamento da emergência de


cada planta de acordo com o Quadro 3, uma vez que as cultivares apresentam tempo
distinto de germinação a partir da data de plantio.

Quadro 3. Tempo de emergência das plântulas, em dias, para cada cultivar, como
orientador das leituras de germinação a partir da data de plantio
Espécie Nome comum Germinação (dias)
Crotalaria ochroleuca Ocroleuca 4 e 10
Crotalaria spectabilis Espectabilis 4 e 10
Pennisetum glaucum Milheto 3e7
Fogopyrum esculentum Trigo Mourisco 4e7
Raphanus sativus Nabo Forrageiro 4 e 10
Brizantha, Ruziziensis, Humidícola
Urochloa spp. 7,14 e 21
e Decumbens
Panicum maximum Mombaça, Massai e Miyagui 7, 14, 21 e 28

Fonte: Adaptado de BRASIL (2009).


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A leitura refere-se à quantidade de sementes germinadas em percentual, ou seja,


das 100 sementes plantadas, quantas germinaram no decorrer dos dias até a data final da
leitura.
Após cada leitura, é realizado o lançamento em uma planilha para
acompanhamento interno da empresa. Nesta planilha contém todos os dados anexados na
embalagem da amostra recebida outrora pelo laboratório, incluindo o número de amostra
gerado e a data do plantio.

3. ANÁLISE CRÍTICA DE UM PROBLEMA OBSERVADO


A identificação das cultivares é feita com o auxílio de placas no momento do plantio,
o que demanda tempo, visto que, anteriormente ao plantio, os vasos também precisam ser
preparados com o substrato, que será nivelado e furado com o molde para determinar a
posição e profundidade de cada semente.
Além disso, as placas são de plástico, pequenas e frágeis, podendo ressecar com
o tempo (Figura 8).
Buscando praticidade e padronização na identificação das sementes plantadas, o
uso de placas maiores, feitas com material mais resistente e que possam ser reutilizadas
após a contagem final da germinação, seria alternativa mais viável e satisfatória.
Além disso, a identificação feita com caneta permanente e não com lápis, como tem
sido feita, seria mais conveniente pois poderia já conter a identificação da espécie a ser
plantada, da origem da semente e por fim, a data de plantio.
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Figura 8. Placa utilizada na identificação da cultivar plantada no teste de germinação

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O laboratório da empresa Sementes Lima busca garantir que sementes de alta
qualidade sejam colocadas no mercado, em termos de aspectos físicos, químicos e
biológicos desempenhando papel fundamental com rigor técnico e excelência nas ações.
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Por isso, o aprendizado ao longo do período de estágio, proporcionou a visualização


da grandeza e da importância desse setor produtivo para a pecuária e para o país e como
o Zootecnista se insere no mesmo.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para Análise de


Sementes. Brasília: MAPA/ Secretaria de Defesa Agropecuária, 2009. 399p.

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