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CAMPUS FLORESTAL

DIRETORIA DE EXTENSÃO E CULTURA


SERVIÇO DE RELAÇÕES EMPRESARIAIS E ESTÁGIO SUPERVISIONADO
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RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

E HABILITAÇÃO PROFISSIONAL

Nome: Jeane Natália Resende Marques


Curso: Agronomia
Área de Atuação: Produção de rações

Julho/2022
Trabalho apresentação para avaliação profissional de estágio curricular obrigatório do Curso
agronomia, da Universidade Federal de Viçosa – Campus UFV Florestal (CEDAF), tendo como
orientador Clarindo Inácio de Aparecida Queiroz e como supervisor Israel Alves Lara.

ESTAGIÁRIO:
Nome: Jeane Natália Resende Marques
Curso: Agronomia
Matrícula: EF02605
Endereço Completo: Rua Maria Jovelina de Faria, nº 40; Bairro: Califórnia – Florestal/ Minas
Gerais
Telefone: (31) 99662-4827
E-mail: jeane.marques@ufv.br

ESTÁGIO:
Período de realização: De 29/07/2019 a 09/08/2019
Carga Horária Total: 80 horas

EMPRESA:
Nome: Rações Piracema Ltda.
Endereço: Fazenda Rosário, S/N – Zona Rural; Piracema – MG
CNPJ:18.024.692/0001-73
Principal Atividade: Produção de rações animais

SUPERVISOR DE ESTÁGIO:
Nome: Israel Alves Lara
Formação ou cargo que ocupa na empresa: Médico veterinária
Telefone: (37) 98818-2295
E-mail: racoespiracema@gmail.com

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SUMÁRIO:
1. Introdução 4
2. Descrição das atividades 4
2.1. Descrição da fábrica 4
2.2. Ingredientes utilizados 5
2.3. Recebimento de matéria prima 5
2.4. Descrição do processo de fabricação 5
2.5. Processo de limpeza e higienização da fábrica 6
2.6. Análise de matéria-prima e produtos acabados 6
2.7. Controle de microorganismos e pragas 7
2.8. Expedição de produtos acabados 7

3. Conclusão 8

4. Referência bibliográfica 9

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1. Introdução
A indústria de rações vem crescendo cada vez mais, aumentando o critério dos
consumidores. Os procedimentos são cada vez mais tecnológicos para manter a qualidade e a
segurança dos produtos para os consumidores. A estratégia é buscar o sucesso em otimização,
organização e novas ferramentas de gerenciamento. (CAPIOTTO; LOURENZANI, 2010).
Segundo Machado et al. (2015) as Boas praticas de Fabricação (BPF) é uma ferramenta e
um requisito da legislação para alcançar nível adequado de segurança alimentar. O Ministério da
Agricultura, Pecuária e abastecimento – MAPA estabeleceu procedimentos e certificações para
que comercializem ração de maneira adequada a normas de higienes sanitária, segurança e
rastreabilidade (FORMIGONI et al., 2017)..
Esse relatório de estágio curricular obrigatório teve como objetivo agregar o conhecimento
teórico a prática, visando cada vez mais a melhoria no setor de alimentos destinado a animais.

FIGURA 1- Vista aérea da Fazenda do Rosário FONTE: Google Maps

2. Descrição das atividades


2.1. Descrição da fábrica
A fábrica de Rações Piracema está localizada na zona rural da cidade de Piracema,
Minas Gerais, dentro da Fazenda do Rosário.
A propriedade contém escritório, balança, galpão de estoque, galpão de produção,
oficina e vala para a descarga de grãos, onde os silos de armazenamento são dentro do
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galpão que possuem elevador de caneco para o galpão de produção. Geralmente são feitas as
batidas (1000kg) de produção. A fábrica possui paletizadores.

FIGURA 2- Vista da parte frontal da Fabrica de Rações Piracema-MG. FONTE: Arquivo pessoal.

2.2. Ingredientes utilizados


As fórmulas das rações usadas pela empresa utiliza-se predominantemente milho
(grão), sorgo (grão e farelo), farelo de soja, casca de soja, farelo de arroz e quirela de milho.
Além do uso de outros ingredientes como sal branco (NaCl), ureia pecuária ou amiréia
(ureia protegida), enxofre, melaço, bicabornato de sódio, calcário calcítico, óxido de
magnésio além de outros compostos, como aromatizantes, vitaminas e prebióticos.
2.3. Recebimento de matéria prima
Os recebimentos dos alimentos são feitos pela moega e armazenados nos silos e
caixas de madeiras. Os micros ingredientes são recebidos em embalagens lacradas, onde os
lotes são separados de acordo com as datas de fabricação e validade. As sacarias são
colocadas em um depósito do lado da fábrica de rações onde são colocadas sobre paletes e
forma de pilha a uma distância de 50 cm das paredes.
2.4. Processo de fabricação
Segundo o MAPA, pela portaria 368 exige registros dos estabelecimentos que
comercializam ração de forma adequada. As BPF asseguram as normas de higiene e
segurança em conjunto com os procedimentos operacionais padrão (POP), onde é descrito a
execução de trabalho a ser realizado com qualidade e eficácia.
De acordo com Rohr (2019), o POP deve conter a descrição detalhada e objetiva de

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instruções, técnicas e operações rotineiras a serem usada na fábrica de forma que é planejada
a segurança, a preservação de qualidade das matérias primas e produto final.
2.5. Processo de limpeza e higienização da fábrica
O processo de limpeza da empresa é rigoroso. Os funcionários recebem seus
uniformes e equipamentos de proteção individuais (EPI), de acordo com a demanda de
necessidade, respeitando o período de utilização do mesmo.
A fábrica possui piso na parte interna, onde são limpos diariamente evitando acúmulo
de poeira e sujeira indesejadas. Os silos e caixas de madeiras são limpas de acordo com a
necessidade, a fim de que as matérias primas não permaneçam armazenadas por longos
períodos, além dos projetos do silo e caixas que facilitam o escoamento da matéria, evitando
que acumule resíduos.
Os equipamentos de produção são limpos quando vão receber uma nova batida de
ração, que não é igual a anterior. Além das limpezas de manutenção dos equipamentos para
o melhor funcionamento da fábrica. A balança possui sistema de vibração que evita o
acúmulo de produtos nas superfícies.
Os caminhões de entrega são lavados semanalmente, portanto, antes dos
carregamentos é feito uma vistoria para não que não apresente inconformidades, evitando
perdas de produtos por danos na embalagem e contaminação.
2.6. Análise de matéria-prima e produtos acabados
A recepção dos ingredientes é de suma importância para a qualidade do produto
final. Quando há a chegada da matéria prima é feito a amostragem da carga (Figura 3) e
analisada para a autorização do descarregamento. Nesse momento o responsável pelo
recebimento do ingrediente tem o controle do produto de qualidade e conformidade.

FIGURA 3- Processo de coleta de milho para análise de conformidade. FONTE: Arquivo pessoal.

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O POP é avaliado e monitorado para o controle do processo. É indicado um lote de
fabricação da ração por uma sequência numérica, onde em cada lote é coletado e
armazenado em embalagens apropriadas, em locais onde esse produto pode ser rastreado de
acordo com o lote e feitas análises futura dessa ração. São feitas algumas análises de
conformidade e homogeneidade antes do produto ser escoado para a venda.

Figura 4- Processo inicial para medir a umidade no sensor infravermelho e processo de mensurar a
densidade de ração. Fonte: Arquivo pessoal

2.7. Controle de pragas


As atividades para o controle de pragas é feita por um cronograma, podendo ser
diárias, semanais e mensais, onde o funcionário responsável descreve em documento a
situação e data de realização.
Há uma empresa terceirizada que é responsável pela dedetização e o controle
integrado de pragas, descrito e realizado para o melhor controle.
A fábrica de rações Piracema é toda cercada para evitar a entrada e o trânsito de
animais no seu interior. Nas janelas e nos dutos de ventilação contêm telas para evitar a
entrada de pássaros e outros animais.
2.8. Expedição e controle de carregamento
A expedição das rações se inicia com o pedido, notas fiscais e separação das rotas. O
motorista e o encarregado recebem as notas fiscais com lista de produtos, quantidade e a rota
que irá realizar. A entrada do veiculo que transporta o produto a granel, são carregados
primeiramente, na parte da manhã. Os caminhões que levam a sacarias geralmente são
carregados na parte da tarde e na manhã seguinte realiza a entrega. Todas as cargas para
saída da fabrica precisam ser autorizadas pelo gerente de logística.

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3. Conclusão
A fábrica de rações Piracema desenvolve o protocolo de Boas Práticas de Fabricação (BPF),
que é de extrema importância para a produção das rações, onde priorizam por um alimento de
qualidade e nutritivo devido aos procedimentos higiênicos sanitários aplicados em todos os
processos.
O estágio curricular obrigatório evidência que as BPF são de suma importância para que a
produção do alimento animal seja de qualidade. Além de demostrar e deixar evidente que os
colaboradores são cientes da importância dos BPF e POP (Processo operacional padrão) para o
produto final apresentarem as características desejadas.

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4. Referência bibliográfica
o BUTOLO, J.E. Qualidade de Ingredientes na Alimentação Animal. Campinas: Colégio
brasileiro de alimentação animal, p. 430, 2002.
o BUTOLO, J.E. Qualidade de ingredientes na ração animal. 2ª Ed. Campinas, SP. p. 17-50.
2010.
o CAPIOTTO, G.; LOURENZANI, L.W. Sistema de gestão de qualidade na indústria de
alimentos: caracterização da norma ABNT NBR ISO 22.000:2006. Sociedade Brasileira de
Economia, Administração e Sociologia Rural, Campo Grande, 2010.
o FORMIGONI A.S.; MARCELO G.C.; NUNES A.N. Importância do programa de qualidade
“boas práticas de fabricação” (BPF) na produção de ração. Revista Nutritime, v. 14, nº 06,
2017.
o MACHADO R.L.P.; DUTRA A.S.; PINTO M.S.V. Boas Práticas de Fabricação (BPF).
Embrapa Agroindústria de Alimentos, 2015.
o MAPA. Instrução normativa nº 4, de 23 de fevereiro de 2007. Regulamento técnico sobre as
condições higiênico-sanitárias e de boas práticas de fabricação para estabelecimentos
fabricantes de produtos destinados à alimentação animal e o roteiro de inspeção.
o ROHR S.F. Boas práticas de produção em fábricas de ração para uso próprio em granja de
suínos. SEBRAE, ABCS, Brasília, 2019.
o SILVA, Paula Stefane de Morais et al. Processo produtivo e boas práticas em fábrica de
ração. 2022.

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