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Instituto Médio Técnico Profissional

Curso: Técnico de Medicina Geral


Disciplina: Anatomia e Fisiologia Humana
Turma: TMG 20
Tema: Imunidade
Formandos:
Agostinho Catique Quirampe
Cudacuache Moisés Manuel
Domingos Jacinto Vasco
Manuela Abílio da Costa
Maria Jaime Bruno de Morais
Minês Jorge David
Paulino Abel Chingore Paulino

Chimoio, Abril de 2023


1. Introdução
O conhecimento e a compreensão sobre o sistema
imunológico, sua estrutura, seu desenvolvimento, as respostas
imunológicas e a função desempenhada por cada célula na
defesa do corpo humano são processos que vêm se construindo
ao longo do tempo de extrema importância para formandos em
saúde e profissionais de saúde.
O presente trabalho faz uma breve abordagem sobre a
imunidade no corpo humano. A compreensão do
funcionamento desse sistema é fundamental como objecto de
seu trabalho. Por isso, o presente trabalho, é inerente a sistema
imunológico, fazendo uma brevemente descrição, para melhor
consolidação de que forma o nosso organismo reage frente à
presença do antígeno, a acção do sistema de protecção e como
nos tornamos imunes a determinadas doenças através da
administração dos imunobiológicos.
2. Imunidade
2.1. Conceitos básicos da imunidade
O sistema imune é um conjunto de órgãos, tecidos, células,
moléculas, e processos que protegem o organismo de doenças,
identificando e eliminando patógenos e outras ameaças como células
cancerosas, (ABBAS e LICHTMAN, 2008).
2.2. Tipos de Imunidade
A imunidade consiste de um conjunto de processos inespecíficos e
específicos.
2.2.1. Imunidade inespecífica
São chamadas inespecíficas as barreiras desencadeadas
independentemente do microrganismo ou do tipo de agressão, ou
mesmo sem agressão alguma. Muitas são as funções executadas pelo
corpo, diariamente, sem que se pense na sua importância
imunológica. A barreira mais óbvia é a pele, que delimita nosso
espaço corporal no ambiente, ou seja, delimita o que está dentro e o
que está fora do nosso corpo, (CRUVINEL et al., 2010). Os dois
2.2.2 Imunidade Específica
O sistema de defesa imunológico específico não são completamente
eficazes quando o indivíduo nasce e requer certo tempo para
desenvolver-se após exposição ao agente infectante ou seus
antígenos. A imunidade específica pode ser adquirida naturalmente
por infecção ou artificialmente pela imunização, (ABBAS;
LICHTMAN e POBER, 2010). Ela é dividida em componentes
mediados por anticorpos e por célula. As reacções efectuadas pelos
anticorpos são denominadas reacções imunológicas humorais.
2.3. Mecanismos de acção
O ser humano possui diferentes mecanismos de defesa, tanto de
ocorrência natural como adquiridos após estímulos, contra os
antígenos (microrganismos patogénicos, substâncias químicas,
físicas e outras). Os mecanismos de defesa do corpo humano são
complexos. Apesar dos constantes desafios microbianos do meio
ambiente, o organismo humano se previne de infecções através de
inúmeros mecanismos específicos e inespecíficos, isoladamente ou
juntos. Os mecanismos de defesa do ser humano podem ser
2.4. Classificação da imunidade
Imunoprofilaxia são processos de prevenção (profilaxia) os quais
utilizam-se de activações do sistema imune, também chamada
de imunização. Essas medidas podem ser classificadas como activas
ou passivas:
2.4.1. Quanto à sua produção
a) Imunidade passiva: pode ser obtida naturalmente, através da via
placentária e/ou da amamentação, ou artificialmente pela
administração de anticorpos específicos.
b) Imunidade activa: obtida por produção de anticorpos específicos
pelo organismo, após a introdução do agente nocivo por contacto
resultante de infecção, inoculação acidental ou através de vacinas
próprias.
2.4.2. Quanto aos agentes que geram resposta imunológica no
organismo:
a) Imunidade humoral: trata da resposta imunológica realizada por
moléculas existentes no plasma sanguíneo.
b) Imunidade celular: traduz a capacidade da resposta imunológica
2.4. Tecidos do sistema imune
o sistema imune é composto por órgãos , que intervêm de várias
maneiras:
Órgãos linfáticos primários: medula óssea e timo.
Órgãos linfáticos secundários: amígdalas, baço, gânglios, fígado,
tecido linfóide associado às mucosas.
Nódulos linfáticos (gânglios): onde ocorre a interacção entre as
células do sistema imune com os antígenos, e a activação dos dois
tipos de resposta imunológica (humoral e celular).
Baço: órgão também envolvido nas respostas imunológicas celular e
humoral, para além de funcionar como filtro para a retirada de
eritrócitos não viáveis na circulação sanguínea.
Figado: órgão envolvido na defesa celular (através das células de
Kupfer) contra microrganismos
Amígdalas: constituem o primeiro mecanismo de defesa perante a
patógenos ingeridos ou inalados.
Tecido linfóide localizados nas mucosas, especialmente respiratória
e gastrointestinal, que se encontra disperso em diferentes pontos,
2.5. Imunidade Mediada por Anticorpo Imunoglobulinas
Imunoglobinas são moléculas de glicoproteínas que são produzidas
por plasmócitos ( linfócitos B activados) na resposta contra um
imunógeno na qual funcionam como anticorpos.
2.5.1. Classes de Imunoglobulinas
Imunoglobulina A (IgA): é a classe predominante na saliva,
lágrimas, leite materno, líquido seminal, secreções mucosas de nariz,
pulmões e tracto gastrointestinal.
Imunoglobulina D (IgD): encontra-se sobre toda a superfície das
células B.
Imunoglobulina E (IgE): importante na resposta alérgica. Encontra-
se na superfície dos basófilos.
Imunoglobulina G (IgG): esta imunoglobulina quando está ligada ao
antígeno pode activar a cascata de complemento.
Imunoglobulina M (IgM): apresenta-se em polímeros de cinco
unidades iguais. São os primeiros anticorpos que se formam na
2.6. Estrutura básica das imunoglobulinas
As imunoglobulinas podem ser divididas em fragmentos:
O fragmento principal, F(ab’)2: é a “cabeça” de uma
estrutura em forma de Y e é composto por dois
subfragmentos, Fab. Cada fragmento Fab tem um local de
união, de forma que existem dois locais de ligação na
molécula IgG. A IgM tem dez locais de união (2 x 5).
O fragmento Fc (a “perna” da estrutura em Y): não possui
locais reactivos ao antígeno, porém dá a molécula
determinada actividades biológicas, incluindo a habilidade de
activar o complemento e se combinar com receptores e
macrófagos.
2.7. Funções das imunoglobulinas
A função principal das imunoglobulinas é servir como anticorpos.
Isto é executado pela porção de ligação da molécula do antígeno
(Fab).
 A IgM, a maior imunoglobulina, está confinada principalmente na
corrente sanguínea e é menos capaz de passar através das paredes
capilares. A IgM não atravessa a barreira placentária.
 A IgA é a segunda imunoglobulina mais abundante no sangue. A
IgA é a imunoglobulina predominante nas secreções dos tratos
gastrointestinal e respiratório, como também no colostro e leite
humanos. A IgA promove imunidade mucosa local contra vírus e
limita o crescimento bacteriano nas superfícies mucosas.
O recém-nascido é capaz de responder a inúmeros antígenos, porém
em nível mais reduzido que o adulto. Existe pouca ou não resposta
a antígenos polissacarídicos
2.8. Desenvolvimento normal das imunoglubulinas
sanguíneas

A síntese da imunoglobulina começa antes do nascimento. A


IgM tem se mostrado presente na 10ª semana, a IgG na 12ª
semana e a IgA na 30ª semana de gestação.
A maior parte dos anticorpos sintetizados pelo feto é IgM. Não
obstante, o feto cresce em meio estéril e a produção de
imunoglobulinas pelo feto saudável é extremamente limitado
até o nascimento. Em alguns fetos a síntese de imunoglobulina
pode ser retardada ou pode não ocorrer.
No primeiro ano de vida os níveis de imunoglobulina aumentam
rapidamente sob a influência das provocações antigênicas do
meio ambiente (infecções) e através do contacto com antígenos
de vacinas(ABBAS; LICHTMAN e PILLAI, 2008).
3. Considerações Finais
Entende-se que imunológica nada mais é que a geração de
anticorpos mediante a introdução no organismo de elementos
nocivos que tenham a capacidade de estimular e provocar o
sistema imune.
Contudo, quando o organismo entra em contacto com um
antígeno, ocorre a produção de imunoglobulina M (IgM),
para combater o agressor, e, também, de IgG, para formar
uma memória contra ele.
Obrigado
O Que Fazemos na Vida Ecoa Na Eternidade.

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