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Estas formas de exploração do continente africano duraram até 1885, quando os países
europeus passam a exercer controle político das regiões africanas partilhando-os em
colônias. Em 1830 missionários e exploradores adentram no continente com a finalidade
de “salvar as almas selvagens”, mascarando pela religiosidade que a verdadeira intenção
era a da conquista da África pela Europa. Os missionários tinham como intensão
construir cidades aos moldes europeus, desrespeitando as culturas locais. Além disso
prepararam os nativos para o cultivo dos produtos de exportação, incentivando o
trabalho livre e denunciando a escravidão. Estes missionários estavam seguindo a
propaganda inglesa da época. Os exploradores foram responsáveis por transmitir aos
europeus os eixos de acesso ao centro do continente, colocando nos mapas europeus,
por exemplo, a nascente do Rio Nilo; as descobertas do Rio Níger (com cerca de 4.200
quilômetros na região da África Ocidental) e do Rio Zambeze (com aproximadamente
2.700 quilômetros, unindo a costa Atlântica à costa Índica). A descoberta deste rio fez
com que os portugueses sonhassem em ter um território que ligasse a parte atlântica
africana, Angola, e a parte índica, Moçambique, que resultaria no mapa “cor-de-rosa”.
Este projeto teve início com as incursões do Major Serpa Pinto entre 1877-1879. Estes
empreendimentos ajudaram a acelerar os processos da partilha do continente africano
pelas potências europeias.
Foi então que França, Grã-Bretanha, Portugal, Alemanha, Bélgica, Itália, Espanha,
Áustria-Hungria, Países Baixos, Dinamarca, Suécia e Noruega, Turquia e EUA
assinaram a ata da Conferência de Berlim em 1885, com o objetivo de assegurar as
vantagens de livre navegação e o livre comércio sobre os principais rios africanos que
desaguam no Atlântico e delimitaram os novos territórios africanos para cada país. É
necessário entender que os povos africanos não aceitaram de forma passiva, e é
importante pensar esses povos como múltiplos, e múltiplas foram as suas reações, sejam
elas favoráveis ou contrárias, as resistências à partilha da África foram diversas.
Leia também:
Referência:
Partilha da África
Professora de História
Como ocorreu?
Países como Portugal já se encontravam no continente desde o século XVI.
Utilizavam a África como fornecedor de mão de obra escrava, num comércio
lucrativo em que participavam Inglaterra, Espanha, França e Dinamarca.
Portugal
Bélgica
O país também ocupa Ruanda e ali instaura um sistema de divisão étnica, entre
hutus e tútsis que terá consequências desastrosas no futuro no Genocídio em
Ruanda (1994).
Inglaterra
A Inglaterra foi ocupando territórios como os atuais Nigéria, Egito, África do Sul.
Tal era a certeza de superioridade inglesa que alimentava-se a ideia de construir
uma ferrovia ligando o Cairo e a Cidade do Cabo.
Para isso, o país invade áreas entre esses território como o Quênia, Sudão,
Zimbábue e vai entrar em conflito com praticamente todos os outros países
europeus com o intuito de manter ou expandir suas possessões.
França
No entanto, foi no século XIX que conseguiu, entre 1819 e 1890, acertar 344
tratados com chefes africanos. Assim ocuparam a Argélia, Tunísia, Marrocos,
Chade, Mali, Togo, Benin, Sudão, Costa do Marfim, República Centro Africana,
Djibuti, Burkina Faso e Níger.
Itália
Tenta conquistar o reino da Etiópia, mas este foi ajudado por França e Rússia.
Somente o fará na década de 1930 sob comando de Benito Mussolini.
Alemanha
A Alemanha queria garantir seu quinhão de mercados na África. Após
a Unificação Alemã, em 1870, qualquer decisão europeia tinha que passar pelo
poderoso chanceler Bismarck.
Conferência de Berlim
Consequências
Antes da Partilha da África, os reinos africanos estavam dentro de fronteiras
naturais definidas de acordo com os grupos étnicos que compunham estes
reinos.