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AGRADECIMENTO

Agradecemos primeiramente a Deus, pelo dom da vida, agradecemos aos nossos pais,
familiares, colegas, amigos e a todos que participaram de forma directa e indirecta para a
elaboração deste trabalho, sem esquecer a colaboração do nosso estimado professor.

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DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho aos nossos pais, familiares, colegas, amigos e a todos que
participaram de forma directa e indirecta para a elaboração deste trabalho, sem esquecer a
colaboração do nosso estimado professor.

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INTRODUÇÃO

A ocupação do continente africano não aconteceu de maneira pacífica. Houve


tentativas de resistência organizada por diferentes povos em todas as partes da África. A
resistência buscava expulsar os invasores europeus ou, ao menos, tentar diminuir a influência
dos europeus quando não fosse possível expulsá-los.
No entanto, em todos os casos, a vitória dos europeus ocorreu, principalmente, por
causa da superioridade dos seus armamentos em relação aos africanos. Veja a seguir alguns
exemplos de movimentos de resistência que aconteceram no continente africano.

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DESENVOLVIMENTO DO TRÁFICO DE ESCRAVOS E A
RESISTÊNCIA AFRICANA
Tráfico de escravos
No início do transporte de escravos para o Novo Mundo, eram utilizados vários tipos
de embarcações, desde charruas às caravelas, com arqueações também variáveis de 100 à
1000 tonelada. Entretanto, com o passar do tempo, o tráfico foi empregado embarcações mais
específicas. Passando de naus de apenas uma cobertura (neste caso os escravos eram
transportados nos porões dos navios), para naus de 3 coberturas permitindo uma distribuição
dos escravos por categoria (homens, adultos, crianças, mulheres e grávidas).
No Reino do Kongo, o tráfico de escravos era inicialmente monopólio do rei. Mas
com a penetração, os portugueses comerciantes e missionários envolveram-se cada vez mais
neste negócio.
Os Portugueses e os Espanhóis foram os pioneiros no comércio de escravos africanos
para o continente americano. Em 1518, chegava o primeiro carregamento de escravos negros
ao continente americano. Era a mudança na rota do comércio de escravos, isto é, da Europa
para a América. Mais tarde, os Ingleses também entraram no negócio, e em 1562 enviaram o
primeiro carregamento de escravos a partir da Serra Leoa.
As plantações de cana-de-açúcar e de tabaco no continente americano aumentaram a
necessidade da mão-de-obra africana. Por isso os escravos eram vendidos a preços altos, o
que transformou este comércio num grande negócio.
O circuito deste comércio chamou-se “Comércio Triangular”, porque tinha três lados,
e cada um deles dava lucros. Os produtores de vários países da Europa (britânicos, franceses,
portugueses, espanhóis, holandeses, dinamarqueses e outros) vendiam os seus produtos aos
exportadores dos grandes portos do Atlântico. Entre os vários produtos destacam-se os
artigos de lã, de algodão barato, armas de fogo, pólvora e bebidas alcoólicas. Esses produtos
eram levados para a África, onde eram trocados por escravos. Era este o primeiro lado do
comércio.
Os produtores vendiam os seus artigos por preços muito mais elevados do que o custo
do seu fabrico. Por isso, davam enormes lucros aos seus produtores.
Os escravos eram levados para o outro lado do Atlântico e vendidos nos merca- dos
americanos. Este era o segundo lado do comércio. Os comerciantes de escravos também
lucravam muito porque vendiam os escravos a preços muito superiores aos que os tinham

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comprado. Com o dinheiro obtido compravam carregamentos de açúcar e de tabaco,
cultivados pelos escravos para os venderem nos países da Europa. Este era o terceiro lado do
comércio. Esta fase dava lucros aos plantadores e aos proprietários dos navios cargueiros.
O trabalho dos escravos africanos nas Américas gerou grandes fortunas na Europa, e
isto ajudou alguns países a transformarem-se em nações comerciais poderosas, como a
Inglaterra e a França.
Resistência africana ao tráfico de escravos
A ocupação efectiva do continente africano pelas potências europeias foi feita na
época em que ocorriam algumas transformações económicas e sociais na Europa. Estas
transformações foram provocadas pela invenção de máquinas industriais na Inglaterra. Os
Europeus precisavam de definir urgentemente o papel da África na aquisição das matérias-
primas. Para isso era necessário ter um controlo efectivo dos territórios. A Conferência de
Berlim contribuiu para este controlo efectivo dos territórios e para regular a concorrência
entre as potências coloniais. Cada potência tinha que dar provas de controlo sobre os
territórios que possuía.
Foram assinados vários tratados bilaterais para delimitação do espaço que cada
potência deveria ocupar, bem como as suas respectivas fronteiras. Os tratados assinados entre
africanos e europeus foram apenas proveitosos para os europeus, pois utilizaram a força como
fonte de todo direito.
Deste modo, as potências europeias dividiram o continente africano em dezenas de
colónias, e todos os actuais países africanos ficaram dependentes deste ou daquele país
europeu. Os chefes africanos viam os europeus como seus concorrentes rivais, que tinham
adquirido a sua riqueza através do comércio negreiro.
O comércio que se exercia nas trocas só era possível com uma ocupação efectiva do
território. Os europeus romperam a velha aliança com os mercadores e intermediários
africanos e passaram a recorrer à força para terem o direito exclusivo de comercializarem.
Assim começa a resistência africana à penetração europeia.
O resultado de tudo isso foi uma resistência feroz por parte dos merca- dores e chefes
africanos que dominavam o comércio de escravos. Estes lutaram contra a penetração e a
dominação europeia. Em resposta, os europeus trataram de destruir as bases económicas dos
Estados africanos, estabelecendo uma nova forma de troca desigual e ocupando militar-
mente as zonas produtoras.

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 Líbia
A Líbia, localizada no norte da África, foi invadida pelos italianos em outubro de
1911. Os invasores atacaram quatro grandes cidades líbias, Trípoli, Benghazi, Homs e
Tobruk, e conquistaram-nas dos turcos otomanos, que até então dominavam o país. No
entanto, a ação italiana provocou um grande levante de líbios que buscava a expulsão dos
invasores.
A resistência Líbia foi, a princípio, vitoriosa em impedir a expansão dos italianos, que
ficaram reclusos a essas quatro cidades. No entanto, após a Primeira Guerra Mundial, os
italianos deram início a uma ofensiva que gradativamente resultou na conquista da Líbia em
definitivo.
 Costa do Ouro
A região chamada de Costa do Ouro (atualmente Gana) era habitada pelo povo
ashanti. Os ashanti organizaram um dos maiores movimentos de resistência enfrentados pelos
britânicos no continente africano. Os primeiros conflitos entre britânicos e ashantis remontam
ao século XVIII. A conquista parcial da região aconteceu em 1874, após uma grande ofensiva
britânica na região, mas o controle definitivo sobre a Costa do Ouro só ocorreu oficialmente
em 1896. Nessa época, os líderes ashanti haviam concordado em encerrar a disputa com o
Reino Unido. Para consolidar seu poder na região, os britânicos prenderam e mandaram esses
líderes para as ilhas Seychelles, localizadas no meio do Oceano Índico.
 Madagascar
Na década de 1880, o Reino de Madagáscar era independente e liderado pelo
primeiro-ministro Rainilaiarivony. Nessa época, estava sendo instituído em Madagáscar um
programa de modernização para que o país pudesse desenvolver-se e, assim, evitar o domínio
das potências europeias.
No entanto, politicamente pressionados por uma classe colonialista francesa e
temendo o crescimento da influência britânica em Madagáscar, os franceses iniciaram o
ataque ao país. A chegada dos franceses provocou o início das duas guerras dos malgaxes
(habitantes de Madagáscar) contra esses invasores.
Com a derrota e a consequente destituição do governo malgaxe, o domínio dos
franceses em Madagáscar foi consolidado e só chegaria ao fim em 1960.

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Movimentos de resistência na África
Com o processo de neocolonialismo que se iniciou na segunda metade do século XIX,
surgiram na África inúmeros movimentos de resistência contra os invasores europeus. A
ocupação europeia da África levou ao surgimento de movimentos de resistência em diferentes
partes do continente.
Durante a segunda metade do século XIX, iniciou-se o processo de neocolonialismo
que resultou na ocupação do continente africano pelas potências industrializadas da Europa.
A ocupação da África veio acompanhada de movimentos de resistência, os quais surgiram em
praticamente todas as partes desse continente.
Neocolonialismo
Na segunda metade do século XIX, a Europa passava por intensas transformações
tecnológicas que resultaram em inúmeros avanços no consumo de energia, na produção
industrial etc. Esses avanços contribuíram para o desenvolvimento do capitalismo e levaram
as nações europeias a novas demandas por fontes de matérias-primas e novos mercados
consumidores.
Essa demanda fez com que as nações europeias gradativamente promovessem a
ocupação do continente africano com o intuito de explorá-lo economicamente. Essa ocupação
visando à exploração da África foi justificada como uma missão civilizatória que tinha como
objetivo levar, juntamente com o cristianismo, os benefícios da civilização aos povos
“atrasados”.
A missão civilizatória defendida pelos europeus baseava-se em ideais racistas da
época, as quais afirmavam que o homem branco era naturalmente “superior” ao homem
negro. No entanto, esses argumentos eram utilizados para esconder o real e único interesse
dos europeus: a imposição de exploração econômica intensa sobre a África.
A ocupação do continente africano foi, por fim, organizada e estabelecida pelos países
europeus a partir da Conferência de Berlim, realizada pelo primeiro-ministro alemão, Otto
von Bismarck. Os dois únicos países que não foram ocupados pelos europeus nesse período
foram Etiópia e Libéria.
A importância histórica das resistências africanas
As resistências africanas contra a penetração europeia foram de longa duração, e os
Estados africanos utilizaram todos os meios ao seu alcance. Mostraram o seu talento táctico e
estratégico, habilidade e perícia.

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Em todas as regiões de África destacaram-se figuras de resistência, tais como Shaca
Zulu (África do Sul), Ngungunhana (Moçambique), Menelik II (Etiópia), Ekuikui II e
Mandume (Angola), entre outros.
Em toda a extensão do continente africano os exércitos europeus tiveram algumas
derrotas no campo de batalha. Essas vitórias militares dos africanos, embora poucas, foram
muito significativas. Tais vitórias demonstraram o grau de preparação dos africanos, a sua
capacidade de organização e os objectivos que pretendiam nessa luta, que eram a conservação
da independência e soberania nacionais. Isto estava bem patente (visível) em todas as regiões
de África. As resistências africanas duraram aproximadamente duas décadas, e em algumas
regiões três décadas (1880–1914). Houve casos particulares que se estenderam até 1917.
Os Estados africanos tinham um único propósito: defender e proteger a sua
independência e o seu estilo tradicional de vida. Para isso, tinham de optar pelo confronto
directo, a aliança ou a aceitação da submissão. Em algumas partes de África as resistências
tiveram estas características.

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CONCLUSÃO
Depois de termos feito uma pesquisa deste trabalho com o tema acima mencionado,
chegamos à conclusão que o tráfico de escravos era uma das formas de comércio, altamente
lucrativa, já exercida pelos mercadores fenícios. Nas sociedades mediterrâneas grega e
romana, os escravos constituíam um importante “artigo” comercial.
Os indivíduos eram capturados em incursões noutros territórios, nas guerras ou
vendidos pela aristocracia tribal. Os seres humanos, incluindo crianças, eram negociados nos
mercados como animais ou qualquer outra mercadoria. Em alguns centros de comércio havia
mercados especiais de escravos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. A manila e o libambo. A África e a Escravidão de 1500 à 1700, Rio de Janeiro, Nova


Fronteira: Fundação Biblioteca Nacional, 2002, *Cap. 9, O Benin e o delta do Níger, pp
309 – 357; *Cap. 11, Angola, pp 407– 450; *Cap. 18, Na Zambézia, pp 657–701.
2. História Geral da África - Volume V: África do século XVI ao XVIII.
3. KI-ZERBO, Joseph. História da África Negra, 3ª edição, ed. Universitária, 1999.
4. MONTEIRO e ROCHA, Fernando Amaro ao século XIX. O testemunho dos manuscritos,
impérios subsaharianos, pp 15–50.
5. SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia. São
Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 81.
6. FERREIRA, Roquinaldo. África durante o comércio negreiro. In.: SCHWARCZ, Lilia
Moritz e GOMES, Flávio (orgs.). Dicionário da escravidão e liberdade. São Paulo:
Companhia das Letras, 2018, p. 55.
7. RODRIGUES, Jaime. Navio Negreiro. In.: SCHWARCZ, Lilia Moritz e GOMES, Flávio
(orgs.). Dicionário da escravidão e liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p.
344.

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ÍNDICE

AGRADECIMENTO.................................................................................................................1

DEDICATÓRIA........................................................................................................................2

INTRODUÇÃO.........................................................................................................................3

DESENVOLVIMENTO DO TRÁFICO DE ESCRAVOS E A RESISTÊNCIA AFRICANA4

Tráfico de escravos.................................................................................................................4

Resistência africana ao tráfico de escravos............................................................................5

Movimentos de resistência na África.....................................................................................7

Neocolonialismo.....................................................................................................................7

A importância histórica das resistências africanas.................................................................7

CONCLUSÃO...........................................................................................................................9

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................................10

11
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO EDUCAÇÃO
ESCOLA DO Iº CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO Nº 3059-IERA

O DESENVOLVIMENTO DO TRÁFICO DE
ESCRAVO E A RESISTÊNCIA AFRICANA

DOCENTE
________________________
ORLANDO MAURÍCIO

LUANDA/2024

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REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO EDUCAÇÃO
ESCOLA DO Iº CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO Nº 3059-IERA

TRABALHO DE HISTÓRIA
O DESENVOLVIMENTO DO TRÁFICO DE
ESCRAVO E A RESISTÊNCIA AFRICANA

Grupo nº: 05
Classe: 8ª
Sala nº: 03
Turma: A
Período: Tarde

DOCENTE
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ORLANDO MAURÍCIO

LUANDA/2024

INTEGRANTES DO GRUPO Nº 05
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