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INTRODUÇÃO

No presente trabalho iremos falar sobre “A Ocupação Colonial Em África”,


porém importa o estudo da ocupação colonial em África pós foi um processo marcado
por muita violência e intensa exploração das riquezas dos países africanos que, após
conquistarem a independência, ficaram instáveis politicamente e economicamente, visto
que os colonizadores simplesmente abandonaram a região em meio a diversos conflitos
étnicos e separatistas.

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DESENVOLVIMENTO
Colonização é um acto de criar colônias em territórios estrangeiros, com vista a
exploração, promovendo ou impondo os seus valores culturais e civilizacionais junto
dos povos dominados política e economicamente.

Colônias eram os territórios conquistados pela metrópole, a colônia de


exploração servia como um gerador de lucro para a metrópole, que estava interessada
em explorar os recursos da região conquistada e enviar todos os lucros obtidos para o
país de origem.

OCUPAÇÃO COLONIAL EM ÁFRICA


A ocupação colonial da África iniciou-se com os descobrimentos e com a
ocupação das Ilhas Canárias pelos portugueses, no princípio do século XIV.

O processo de ocupação territorial, exploração econômica e domínio político


do continente africano por potências europeias tem início no século XV e estende-se até
a metade do século XX.

Ligada à expansão marítima europeia, a primeira fase do colonialismo africano


surge da necessidade de encontrar rotas alternativas para o Oriente e novos mercados
produtores e consumidores. No século XIV, exploradores europeus invadiram a África.
Através de trocas com alguns chefes locais, os europeus foram capazes de sequestrar
milhões de africanos e de os exportar para vários pontos do mundo naquilo que ficou
conhecido como a escravidão.

No princípio do século XIX, com a expansão do capitalismo industrial, começa


o neocolonialismo no continente africano. As potências europeias desenvolveram uma
"corrida à África" massiva e ocuparam a maior parte do continente, criando muitas
colônias. Entre outras características, é marcado pelo aparecimento de novas potências
concorrentes, como a Alemanha, a Bélgica e a Itália.

A partir de 1880, a competição entre as metrópoles pelo domínio dos territórios


africanos intensifica-se. A partilha da África tem início, de fato, com a Conferência de
Berlim (1884), que institui normas para a ocupação, onde as potências coloniais
negociaram a divisão da África, propuseram para não invadirem áreas ocupadas por
outras potências.

Os únicos países africanos que não foram colônias foram a Etiópia e a Libéria,
que tinha sido recentemente formada por escravos libertos dos Estados Unidos da
América.

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COLONIZAÇÃO PORTUGUESA

Em 1444, Dinis Dias descobre Cabo Verde e segue-se a ocupação das ilhas
ainda no século XV, povoamento este que se prolongou até ao século XIX.

Durante a segunda metade do século XV Portugal foi


estabelecendo feitorias nos portos do litoral oeste africano. No virar do
século, Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa Esperança, abrindo as portas para a
colonização da costa oriental da África pelos europeus.

Foram os seguintes os actuais países africanos que se tornaram independentes de


Portugal no século XX ( antigas colónias de Portugal): Angola, Cabo Verde, Guiné-
Bussau, Moçambique, São Tomé e Príncipe.

COLONIZAÇÃO FRANCESA

Na África, foi no Senegal que os franceses primeiro estabeleceram entrepostos


em 1624, mas não formaram verdadeiras colônias até ao século XIX, limitando-se a
traficar escravos para as suas colónias nas Caraíbas.

No Oceano Índico, os franceses colonizaram a Île de Bourbon (atual Reunião),


em 1664, Île Royale (actualmente Maurícia), em 1718 e as Seychelles, em 1756.
Durante o reinado de Napoleão, o Egito foi também conquistado por um breve período,
mas a dominação francesa nunca se estendeu para além da área imediatamente à volta
do Nilo.

O verdadeiro interesse da França por África manifestou-se em 1830 com a


invasão da Argélia e o estabelecimento de um protectorado na Tunísia, em 1881.
Entretanto, expandiram-se para o interior e para sul, formando, em 1880, a colónia
do Sudão Francês (actual Mali) e, nos anos que se seguiram ocupando a grande parte
do Norte de África e da África ocidental e central. Em 1912, os franceses obrigaram
o sultão de Marrocos a assinar o Tratado de Fez, tornando-se outro protetorado.

Foram os seguintes os actuais países africanos que se tornaram independentes de


França no século XX : Marrocos, Tunísia, Guiné, Camarões, Togo, Senegal,
Madagáscar, Benim, Níger, Burquin Fasso, Costa do Marfim, Chade, República Centro-
Africana, República do Congo, Gabão, Mali, Mauritânia, Argélia, Camarões, Djibouti.

COLONIZAÇÃO BRITÂNICA

No final do século XVIII e meados do século XIX, os ingleses, com enorme


poder naval e econômico, assumem a liderança da colonização africana. Combatem a

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escravatura, já menos lucrativa, direcionando o comércio africano para a exportação de
ouro, marfim, tapetes e animais. Em consequência disso, os africanos ficam com o
mercado dominado pelos interesses do Império Britânico.

Para isso, os britânicos estabelecem novas colónias na costa e passam a


implantar um sistema administrativo fortemente centralizado na mão de colonos brancos
ou representantes da coroa inglesa. Os ingleses estabelecem territórios coloniais em
alguns países da África Ocidental, no nordeste e no sudeste e no sul também do
continente.

Os atuais estados africanos que se tornaram independentes do Reino


Unido foram: África do Sul, Egito, Sudão, Gana, Nigéria, Somália Serra Leoa,
Tanzânia, Uganda, Quénia, Malawi, Zâmbia, Gâmbia, Lesoto, Ilhas Maurícias,
Essuatini, Seicheles, Zimbábue.

COLONIZAÇÃO NEERLANDESA

Os neerlandeses estabeleceram-se na litorânea Cidade do Cabo, na África do


Sul, a partir de 1652 e dominaram o que antes de 1994 era a província do Cabo.
Desenvolvem na região uma nova cultura e formam uma comunidade conhecida como
africâner ou bôer. Mais tarde, os bôeres perdem o domínio da região para o Reino
Unido na Guerra dos Bôeres.

COLONIZAÇÃO BELGA

A Bélgica colonizou o Congo Belga (atual República Democrática do Congo),


Ruanda e Burundi.

COLONIZAÇÃO ESPANHOLA

A Espanha colonizou a Guiné Equatorial, o Saara Espanhol e o norte do


atual Marrocos.

COLONIZAÇÃO ITALIANA

A Itália conquistou a Líbia, a Eritreia e a região autónoma da Somália;


a Somalilândia ou Somália Italiana.

COLONIZAÇÃO ALEMÃ

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A Alemanha colonizou as regiões correspondentes aos
atuais Togo, Camarões, Tanzânia (a parte continental
ou Tanganica), Namíbia, Ruanda e Burundi.
CONCLUSÃO

Portanto a ocupação da África pelas potências europeias prosseguiu até depois


do final da Segunda Guerra Mundial, quando as colónias começaram a obter
a independência, num processo que se chamou descolonização. Com exceção do Egito,
que tinha proclamado unilateralmente a sua independência em 1922, e da África do Sul,
que se tinha tornado autónoma em 1910, na forma de domínio do Império Britânico, os
restantes territórios africanos começaram a obter a independência a partir da década de
1950 e, principalmente, a partir da Conferência de Bandung, em 1958, em que
participaram os quatro países africanos independentes nessa data.

A descolonização não foi pacífica, embora nem sempre fosse forçada através
de guerras de libertação, como foi o caso das colónias portuguesas e da Argélia; as
potências coloniais tentaram manter o seu domínio através do seu apoio a políticos
amigos ou através de vínculos entre os territórios semi-autónomos e a Europa.

Os últimos países africanos a alcançarem a independência, já na década de 1990,


foram a Namíbia e a Eritreia, que tinham ficado sob administração, respetivamente da
África do Sul e da Etiópia, ao abrigo de uma antiga tutela da Sociedade das Nações.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1) Fonseca, Afonso H Lisboa "Belafrica e os afrodescendentes" no site


Geocities.com acesso em 15 de setembro de 2009.

2) Araújo, Adriene Pereira (2006) “A descolonização da África e do Mundo


Árabe” no site JulioBattisti.com.br acessado a 12 de março de 2010.

3) Ocupação Colonial em África: disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist


%C3%B3ria_da_coloniza%C3%A7%C3%A3o_de_%C3%81frica em
17/02/2023.

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