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História da colonização da África

A colonização fenícia
A Fenícia foi um antigo reino cujo centro se situava na planície costeira do que é hoje
o Líbano, no Mediterrâneo oriental. Esta civilização desenvolveu-se entre
os séculos X e V a.C., estabelecendo colónias em todo o norte de África. Uma das
colônias fenícias mais importantes desta região foi Cartago.
A colonização grega
A partir de 750 a.C. os gregos iniciaram um longo processo de expansão, formando
colônias em várias regiões, como Sicília e sul da Itália, no sul da França, na costa
da Península Ibérica, no norte de África, principalmente no Egito, e nas costas do mar
Negro. Entre os séculos VIII e VI a.C. fundaram aí novas cidades, as colónias, as quais
chamavam de apoíkias, palavra que pode ser traduzida por "nova casa".
A colonização romana
Em 146 a.C. Cartago foi destruída por Roma no que se pode considerar a implantação
daquele império no Norte de África. O Império Romano dominou toda a África
Mediterrânica, ou seja, a parte do norte da África e que rodeia o Mar Mediterrâneo,
quando ocorreu a descolonização na África.
A colonização árabe
A colonização dos árabes ocorreu durante os séculos VIII e IX e abrangeu todas as
terras que formam o Deserto do Saara e grande parte da África Ocidental e a zona
costeira da África Oriental.[1]
Omã
Durante o século XVIII o Omã estabeleceu várias colónias ultramarinas, dentre as quais
estão o Baluchistão (atual Paquistão),
as Comores, Moçambique, Madagascar e Tanzânia. Porém, com o declínio do sultanato,
tais colónias foram perdidas quando, em 1891 o sultanato vira protetorado britânico.
A colonização recente da África

Impérios coloniais do ocidente, de 1492 até o presente.

Bélgica
França
Alemanha
Grã-Bretanha
Itália
Portugal
Espanha
Estados independentes (Libéria e Etiópia)
Pode dizer-se que a colonização recente da África iniciou-se com os descobrimentos e
com a ocupação das Ilhas Canárias pelos portugueses, no princípio do século XIV.
O processo de ocupação territorial, exploração econômica e domínio político
do continente africano por potências europeias tem início no século XV e estende-se até
a metade do século XX. Ligada à expansão marítima europeia, a primeira fase do
colonialismo africano surge da necessidade de encontrar rotas alternativas para o
Oriente e novos mercados produtores e consumidores.
No século XIV, exploradores europeus chegaram a África. Através de trocas com
alguns chefes locais, os europeus foram capazes de capturar milhões de africanos e de
os exportar para vários pontos do mundo naquilo que ficou conhecido como
a escravidão.
No princípio do século XIX, com a expansão do capitalismo industrial, começa
o neocolonialismo no continente africano. As potências europeias desenvolveram uma
"corrida à África" massiva e ocuparam a maior parte do continente, criando muitas
colônias. Entre outras características, é marcado pelo aparecimento de novas potências
concorrentes, como a Alemanha, a Bélgica e a Itália.
A partir de 1880, a competição entre as metrópoles pelo domínio dos territórios
africanos intensifica-se. A partilha da África tem início, de fato, com a Conferência de
Berlim (1884), que institui normas para a ocupação, onde as potências coloniais
negociaram a divisão da África, propuseram para não invadirem áreas ocupadas por
outras potências. Os únicos países africanos que não foram colônias foram
a Etiópia (que apenas foi brevemente invadida pela Itália, durante a Segunda Guerra
Mundial) e a Libéria, que tinha sido recentemente formada por escravos libertos dos
Estados Unidos da América. No início da Primeira Guerra Mundial, 90% das terras já
estavam sob domínio da Europa. A partilha é feita de maneira arbitrária, não
respeitando as características étnicas e culturais de cada povo, o que contribui para
muitos dos conflitos atuais no continente africano, tribos aliadas foram separadas e
tribos inimigas foram unidas. No fim do século XIX, início do XX, muitos países
europeus foram até a África em busca das riquezas presentes no continente. Esses países
dominaram as regiões de seu interesse e entraram em acordo para dividir o continente.
Porém os europeus não cuidaram com a divisão correta das tribos africanas, gerando
assim muitas guerras internas. Os seguintes países dividiram a África e "formaram"
países africanos existentes ainda hoje.
A colonização portuguesa
Em 1444, Dinis Dias descobre Cabo Verde e segue-se a ocupação das ilhas ainda no
século XV, povoamento este que se prolongou até ao século XIX.
Durante a segunda metade do século XV Portugal foi
estabelecendo feitorias nos portos do litoral oeste africano. No virar do
século, Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa Esperança, abrindo as portas para a
colonização da costa oriental da África pelos europeus.
A partir de meados do século XVI, os ingleses, os franceses e os holandeses expulsam
os portugueses das melhores zonas costeiras para o comércio de escravos.
Foram os seguintes os actuais países africanos que se tornaram independentes de
Portugal no século XX (data da independência, em ordem cronológica):
País Criação/Independência
11 de
Angola
novembro de 1975 (45 anos)
Cabo Verde 5 de julho de 1975 (45 anos)
Guiné-Bissau 10 de setembro de 1974 (46 anos)
Moçambique 25 de junho de 1975 (45 anos)
São Tomé e Príncipe 12 de julho de 1975 (45 anos)
A colonização francesa
Na África, foi no Senegal que os franceses primeiro estabeleceram entrepostos em 1624,
mas não formaram verdadeiras colônias até ao século XIX, limitando-se a
traficar escravos para as suas colónias nas Caraíbas. No Oceano Índico, os franceses
colonizaram a Île de Bourbon (atual Reunião), em 1664, Île
Royale (actualmente Maurícia), em 1718 e as Seychelles, em 1756. Durante o reinado
de Napoleão, o Egito foi também conquistado por um breve período, mas a dominação
francesa nunca se estendeu para além da área imediatamente à volta do Nilo.
O verdadeiro interesse da França por África manifestou-se em 1830 com a invasão
da Argélia e o estabelecimento de um protectorado na Tunísia, em 1881. Entretanto,
expandiram-se para o interior e para sul, formando, em 1880, a colónia do Sudão
Francês (actual Mali) e, nos anos que se seguiram ocupando a grande parte do Norte de
África e da África ocidental e central. Em 1912, os franceses obrigaram
o sultão de Marrocos a assinar o Tratado de Fez, tornando-se outro protetorado.
Foram os seguintes os actuais países africanos que se tornaram independentes de França
no século XX (data da independência, em ordem cronológica):
País Criação/Independência
Marrocos 2 de março de 1956 (64 anos)
Tunísia 20 de março de 1956 (64 anos)
Guiné 2 de outubro de 1958 (62 anos)
Camarões 1 de janeiro de 1960 (60 anos)
Togo 27 de abril de 1960 (60 anos)
Senegal 20 de junho de 1960 (60 anos)
Madagáscar 26 de junho de 1960 (60 anos)
Benim 1 de agosto de 1960 (60 anos)
Níger 3 de agosto de 1960 (60 anos)
Burkina Faso 7 de agosto de 1960 (60 anos)
Costa do Marfim 7 de agosto de 1960 (60 anos)
Chade 11 de agosto de 1960 (60 anos)
República Centro-Africana 13 de agosto de 1960 (60 anos)
República do Congo 15 de agosto de 1960 (60 anos)
Gabão 17 de agosto de 1960 (60 anos)
Mali 22 de setembro de 1960 (60 anos)
28 de
Mauritânia
novembro de 1960 (60 anos)
Argélia 5 de julho de 1962 (58 anos)
Comores 6 de julho de 1975 (45 anos)
Djibouti 27 de junho de 1977 (43 anos)
Entretanto, vários territórios africanos continuam sob administração francesa, depois de
vários referendos:
a ilha de Mayotte, nas Comores; e
a ilha da Reunião e várias outras ilhas que dependem administrativamente
deste departamento ultramarino francês.
A colonização britânica
No final do século XVIII e meados do século XIX, os ingleses, com enorme poder naval
e econômico, assumem a liderança da colonização africana. Combatem a escravatura, já
menos lucrativa, direcionando o comércio africano para a exportação de ouro, marfim,
tapetes e animais. Em consequência disso, os africanos ficam com o mercado dominado
pelos interesses do Império Britânico. Para isso, os britânicos estabelecem novas
colónias na costa e passam a implantar um sistema administrativo fortemente
centralizado na mão de colonos brancos ou representantes da coroa inglesa. Os ingleses
estabelecem territórios coloniais em alguns países da África Ocidental, no nordeste e no
sudeste e no sul também do continente.
Os atuais estados africanos que se tornaram independentes do Reino Unido foram (por
ordem cronológica):
País Criação/Independência
31 de março de 1910 (110 anos)
(Criação da União da África do Sul)
África do
31 de março de 1961 (59 anos)
Sul
(deixa de ser um domínio)1990 marca o fim do domínio
do Apartheid
Egito 28 de fevereiro de 1922 (98 anos)
Sudão 1 de janeiro de 1956 (64 anos)
Gana 6 de março de 1957 (63 anos)
Nigéria 1 de janeiro de 1960 (60 anos)
Somália 26 de junho de 1960 (60 anos)
Serra Leoa 27 de abril de 1961 (59 anos)
Tanzânia 9 de dezembro de 1961 (59 anos)
Uganda 9 de outubro de 1962 (58 anos)
Quênia 12 de dezembro de 1963 (57 anos)
Malawi 6 de julho de 1964 (56 anos)
Zâmbia 24 de outubro de 1964 (56 anos)
Gâmbia 18 de fevereiro de 1965 (55 anos)
Lesoto 4 de setembro de 1966 (54 anos)
Maurícia 12 de março de 1968 (52 anos)
Essuatíni 6 de setembro de 1968 (52 anos)
Seicheles 29 de julho de 1976 (44 anos)
Zimbabwe 18 de abril de 1980 (40 anos)
A colonização neerlandesa
Os neerlandeses estabeleceram-se na litorânea Cidade do Cabo, na África do Sul, a
partir de 1652 e dominaram o que antes de 1994 era a província do Cabo. Desenvolvem
na região uma nova cultura e formam uma comunidade conhecida como africâner
ou bôer. Mais tarde, os bôeres perdem o domínio da região para o Reino
Unido na Guerra dos Bôeres.
A colonização belga
A Bélgica colonizou o Congo Belga (atual República Democrática do Congo), Ruanda e
Burundi.
País Criação/Independência
República Democrática do Congo 30 de junho de 1960 (60 anos)
Ruanda 1 de julho de 1962 (58 anos)
Burundi 1 de julho de 1962 (58 anos)
A colonização espanhola
A Espanha colonizou a Guiné Equatorial, o Saara Espanhol e o norte do atual Marrocos.
País Criação/Independência
Guiné Equatorial 12 de outubro de 1968 (52 anos)
Saara Ocidental 27 de fevereiro de 1976 (44 anos)
Marrocos 07 de abril de 1956 (64 anos)
A colonização italiana
A Itália conquistou a Líbia, a Eritreia e a região autónoma da Somália;
a Somalilândia ou Somália Italiana.
País Criação/Independência
Líbia 10 de fevereiro de 1947 (73 anos)
Eritreia 24 de maio de 1993 (27 anos)
Somália 01 de julho de 1960 (60 anos)
A colonização alemã
A Alemanha colonizou as regiões correspondentes aos
atuais Togo, Camarões, Tanzânia (a parte continental
ou Tanganica), Namíbia, Ruanda e Burundi.
País Criação/Independência
Togo 27 de abril de 1960 (60 anos)
Camarões 01 de outubro de 1961 (59 anos)
Tanzânia 26 de abril de 1964 (56 anos)
Namíbia 21 de março de 1990 (30 anos)
Ruanda 1 de julho de 1962 (58 anos)
1 de julho de 1962 (58 anos)
Burundi

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