Você está na página 1de 6

Ao longo da 

história, a formação de colónias foi a forma como a espécie humana se


espalhou pelo mundo.
Na pré-história, a colonização de territórios não era geralmente acompanhada pelo uso
da força, a não ser para lutar contra eventuais animais que os ocupassem.
Em tempos mais recentes, no entanto, o crescimento populacional e económico em vários
países da Europa e da Ásia (os Mongóis e os japoneses) levou a um novo tipo de
colonização, que passou a ter o carácter de dominação (e, por vezes, extermínio)
de povos que ocupavam territórios longínquos e dos seus recursos naturais, criando
grandes impérios coloniais. Um dos aspectos mais importantes desta colonização foi
a escravatura, com a "exportação" de uma grande parte da população africana para
as Américas, com consequências nefastas, tanto para o Continente Negro, como para os
descendentes dos escravos, que perduram até hoje.
No século XIII, os reis mongóis sucessores de Genghis Khan construíram o maior império
colonial de sempre, abrangendo quase toda a Ásia e parte da Europa de leste. Nos finais
do século XIX, os japoneses começaram a expandir-se e, na altura da Segunda Guerra
Mundial, dominavam a Coreia, grande parte da China, a Indochina, as Filipinas e a então
colónia das Índias Orientais Holandesas (atual Indonésia).
O colonialismo europeu foi o que abrangeu a maior parte do mundo, fora daquele
continente, tendo sido ocupadas completamente as Américas e a Austrália até ao século
XVII e a maior parte de África até ao início do século XIX. Em 1885, as diferentes regiões –
actuais países - de África foi distribuída pelas potências coloniais europeias,
na Conferência de Berlim.

Ecologia da colonização humana


Muitas espécies de plantas úteis são trazidas pelos colonizadores para serem cultivadas
nas frentes de colonização. Quando os sítios são abandonados ou quando os
colonizadores morrem, gerando as taperas, as plantas podem sobreviver por longo tempo,
ocasionando frequentemente invasões vegetais nos ecossistemas no entorno. O estudo
dessas plantas pelos ecólogos pode informar aos arqueólogos e historiadores as origens
prováveis das infestações, possibilitando o encontro dos sítios arqueológicos. Dessa forma
a Etnobotânica e a Ecologia são ferramentas auxiliares da Arqueologia e da História.[1] [2]
Ondas de colonização em frentes com alta densidade de colonizadores podem ter tido
grande sucesso ao explorar, como nas América, ecossistemas muito favoráveis a eles,
habitados por manadas de mamíferos de grande porte até então desconhecidos,
possibilitando caça abundante e segurança alimentar. [3]

Colonização alemã
Em África
 Colonização alemã de África
A Alemanha só passou a administrar colônias na África (o Tanganyika e o Sudoeste
Africano, actual Namíbia) a seguir à Conferência de Berlim e perdeu-as com a sua derrota
na Primeira Guerra Mundial.

Nas Américas
No Brasil

 Colonização alemã no Brasil


 Colonização alemã no Paraná
 Colonização alemã no Rio Grande do Sul
 Colonização alemã em Santa Catarina
Na Oceania

Colonização britânica
Os ingleses lançaram-se à conquista do mundo durante o reinado de Henrique VII (1485–
1509), que promoveu a indústria naval, como forma de expandir o comércio para além
das Ilhas Britânicas. Mas as primeiras colónias britânicas só foram fundadas durante o
reinado de Isabel I, quando Sir Francis Drake circunavegou o globo nos
anos 1577 a 1580 (Fernão de Magalhães já a tinha realizado em 1522). Em 1579, Drake
chegou à Califórnia e proclamou aquela região "colónia da Coroa", chamando-lhe "Nova
Albion" ("Nova Inglaterra"), mas não promoveu a sua ocupação. Humphrey Gilbert chegou
à Terra Nova em 1583 e declarou-a colónia inglesa, enquanto Sir Walter Raleigh organizou
a colónia da Virginia em 1587, mas ambas estas colónias tiveram pouco tempo de vida e
tiveram de ser abandonadas, por falta de comida e encontros hostis com
as tribos indígenas do continente Americano.
Foi apenas no século seguinte, durante o reinado de Jaime I da Inglaterra, depois da
derrota da Armada Invencível de Espanha, que foi assinado o Tratado de Londres,
permitindo o estabelecimento da colónia da Virginia em 1607. Durante os três séculos
seguintes, os ingleses expandiram o seu império a praticamente todo o mundo, incluindo
grande parte de África, quase toda a América do Norte, a Índia e regiões vizinhas e várias
ilhas ao redor do mundo.
Assim, em 1670 já existiam colónias inglesas estáveis na América do Norte (Nova
Inglaterra, Virgínia, Carolina) e em Antígua, Barbados, Belize e Jamaica, bem como uma
penetração comercial na Índia desde 1600, graças à Companhia das Índias Orientais.
A partir de 1660, organiza em África, entrepostos de captação de escravos para as
plantações americanas, apossando-se, no século seguinte, em 1787, de inúmeros
territórios entre o Rio Gâmbia (encravado no Senegal francês) e a Nigéria, abarcando a
famosa Costa do Ouro, o actual Gana. O século XVIII é deste modo, o período de
afirmação e maturação do projecto colonial britânico.
O seu único revés neste período foi a independência dos Estados Unidos, em 1776.
Posteriormente houve o início da colonização da Austrália em 1783 e mais tarde da Nova
Zelândia a partir de 1840.
A sua armada mantém-se superior às demais com a Batalha de Trafalgar em 1805],
impondo uma vez mais uma pesada derrota a um adversário. O domínio de novas colónias
é constante nesta altura - Malaca, desde 1795, Ceilão, Trindade e Tobago,
em 1802, Malta, Santa Lúcia e Maurícia, em 1815, depois da derrota napoleónica e do seu
bloqueio continental.
Singapura é fundada por Thomas Raffles em 1819. No Canadá regista-se o avanço para
oeste, abrindo novas frentes de colonização, o mesmo sucedendo na Índia, com a
exploração do interior do Decão e de Assam, Bengala e outras regiões.
O século XIX marca o auge do Império Colonial Britânico, cuja expansão económica e
humana é favorecida pelo desenvolvimento do capitalismo financeiro e industrial, bem
como pela pressão demográfica elevada.
Por outro lado, marca uma nova administração e gestão da realidade colonial. Exemplo
disso é o governo directo da Coroa na Índia. Aí, porém, despoletará a primeira grande
revolta contra o domínio colonial britânico: a Revolta dos Sipais, em 1858, que ditará o fim
da Companhia das Índias Orientais.
Em 1877, a rainha Vitória - num gesto de coesão face às autonomias ou aspirações mais
radicais - proclama-se imperatriz da Índia, que compreendia um extenso território entre a
fronteira irano-paquistanesa e a Birmânia e entre o Oceano Índico e o Tibete. Na China,
estabelece-se em Xangai. Na África, alimenta-se cada vez mais o sonho de construir um
império inglês entre o Cairo, no Egipto, e a Cidade do Cabo, na África do Sul, o que é
conseguido depois da Conferência de Berlim (1884-1885), que legitima a anexação de
todos os territórios ao longo desse corredor africano
(Egipto, Sudão, Quénia, Tanzânia, Uganda, Rodésia, Transvaal e a Província do Cabo).
Aqui, entre 1899 e 1902, se travará a primeira guerra do império, contra
os bóers (descendentes de colonos holandeses estabelecidos desde o século XVII na
África do Sul), que se tornarão autónomos em 1910 (União Sul-Africana).
Este conflito demonstra o desaparecimento gradual dos últimos obstáculos para a plena
soberania das colónias desde o começo da segunda metade do século XIX. Nesse
período, é dada autonomia às colónias de maioria de população europeia, como o
Canadá, a Austrália, a Nova Zelândia e as regiões da África do Sul (Cabo, Orange, Natal e
Transvaal), que ganham um estatuto de "domínios" (soberania quase total, mas leais à
Coroa britânica), respectivamente, em 1867, 1901, 1907 e 1910. Aliás, já só dependiam
da metrópole, até essa data, para assuntos externos e de defesa.
Estes domínios participarão ao lado da Inglaterra na Primeira Guerra Mundial, o que
origina uma nova organização do império, cada vez mais diminuto devido à independência
daqueles domínios de população maioritariamente europeia, embora associados à
Inglaterra através da Commonwealth (Estatuto de Westminster,
1931). Irlanda, Canadá e África do Sul aceitam o Estatuto nessa data, fazendo-o mais
tarde a Austrália, em 1942, e a Nova Zelândia, em 1947, perdendo assim o vínculo ao
Reino Unido, apesar de reconhecerem a soberania simbólica da Coroa britânica.
No resto do império - que o Egipto é a primeira colónia não branca a abandonar -, de
população basicamente autóctone, novas fórmulas de associação política e económica
são adoptadas: na Índia, por exemplo, tenta-se aproximar a população da administração,
embora com custos elevados. De facto, após a Segunda Guerra Mundial e com o
despertar dos nacionalismos, Índia e Paquistão tornam-se independentes e a Irlanda
passa a república.
As décadas seguintes serão o cenário histórico da desagregação do império,
nomeadamente em África. Actualmente, depois da devolução de Hong Kong, em 1997, à
China, o Império Colonial Britânico resume-se a Gibraltar, à Ilha de Man e às ilhas do
Canal da Mancha, na Europa, o Território Britânico do Oceano Índico, Pitcairn e
dependências no Pacífico, Ilhas Malvinas, Anguilla, Bermudas, Geórgia do Sul, as Ilhas
Caimão, Turks e Caicos, Montserrat, Ilhas Virgens Britânicas e Santa Helena (território) e
dependências (Tristão da Cunha e Ascensão) no Atlântico..

Colonização espanhola
Os espanhóis começaram as suas explorações pelo ocidente, com a descoberta das
"Índias ocidentais" por Cristóvão Colombo. Em 1492, iniciaram imediatamente a
colonização forçada do continente americano. Em meados do século XVI,a dengue tomou
conta do país que foi obrigado a pedir ao Império Espanhol que controlava quase toda a
zona costeira das Américas, desde o Alasca à Patagónia, no ocidente, e desde o atual
estado norte-americano da Geórgia, toda a América Central e o Caribe até a Argentina –
com excepção do Brasil, que Portugal tinha conseguido manter graças à mediação
do Papa (ver Tratado de Tordesilhas). Na África, a Espanha ocupou as Ilhas
Canárias (cedidas por Portugal, em 1479), o Saara Ocidental (e partes de Marrocos) e a
actual Guiné Equatorial. Na Ásia, a Espanha dominou as Filipinas e, na Oceania, as Ilhas
Marianas e Carolinas..

Colonização francesa
A França demorou a conquistar terras devido a problemas internos, referentes a
centralização política. As primeiras tentativas dos franceses para estabelecerem colónias
no Brasil, em 1555, e na Florida, em 1564 (em Fort Caroline, actualmente Jacksonville, na
Flórida), realizada por huguenotes, não tiveram sucesso, devido à vigilância dos
portugueses e espanhóis. A tentativa seguinte foi em 1598, em Sable Island, no sueste da
actual província da Nova Escócia do Canadá; esta colónia não teve abastecimentos e os
12 sobreviventes tiveram de voltar a França. A história do império colonial francês
começou em 27 de Julho de 1605 com a fundação em Port Royal, actualmente Annapolis
(igualmente na Nova Escócia), da colónia da Acadie. Em 1608, Samuel de Champlain
funda Quebec, que passa a ser a capital da enorme, mas pouco povoada, colónia de Nova
França (também chamada "Canada"), que tinha como objetivo o comércio de peles.
À medida que os franceses expandiam o seu império na América do Norte, também
começaram a construir outro, menor, mas mais lucrativo, nas "Índias Ocidentais"
(as Caraíbas). A ocupação da costa sul-americana começou em 1624 onde é hoje
a Guiana Francesa e fundou uma colónia em Saint Kitts em 1627 (a ilha teve que ser
partilhada com os ingleses até ao Tratado de Utrecht em 1713, quando a França o
perdeu). A "Compagnie des Îles de l'Amérique", formada em 1664, estabeleceu as colónias
de Guadeloupe e Martinica em 1635 e em Santa Lúcia em 1650. As plantações destas
colónias foram mantidas por escravos trazidos de África. A resistência dos povos
indígenas locais resultou na Expulsão dos Caribes em 1660. A mais importante possessão
colonial francesa nas Caraíbas só foi conseguida em 1664, com a fundação da colónia de
"Saint-Domingue" (o actual Haiti) na metade ocidental da ilha Hispaniola (enquanto os
espanhóis dominavam a parte oriental). No século XVIII, Saint-Domingue tornou-se a mais
rica colónia de plantações de cana-de-açúcar das Caraíbas. A parte oriental da ilha
Hispaniola foi oferecida à França pela Espanha, depois da perda de Saint-Domingue com
a Revolução Haitiana.
Em 1699, as possessões francesas na América do Norte expandiram-se ainda mais com a
fundação da Louisiana perto do delta do Rio Mississippi; embora a França tivesse
declarado soberania de toda a bacia do Mississippi, só tinha controlo efectivo na região
costeira, perto das cidades de Mobile (Alabama) e New Orleans (fundada em 1718). Mais
tarde, os Estados Unidos compraram a colónia francesa.
Na África, foi no Senegal que os franceses primeiro estabeleceram entrepostos em 1624,
tendo-se depois expandido para o interior e para sul, formando, em 1880, a colónia
do Sudão francês (actual Mali) e, nos anos que se seguiram ocupando a grande parte
do Norte de África e da África ocidental e central. A França formou ainda colónias na Índia
(Chandernagore em Bengala e Pondicherry no sueste, em 1673-1674) e, mais
tarde, Yanam (1723), Mahe (1725) e Karikal (1739). No Oceano Índico, a França
implantou-se na "Île de Bourbon" (actual Reunião), em 1664, "Île Royale" (Maurícia,
em 1718) e Seychelles (1756). Durante os primeiros anos do reinado de Napoleão,
o Egipto esteve também sob domínio francês por um curto período, mas apenas à volta do
rio Nilo.

Colonização holandesa
Finalmente, os neerlandeses formaram, em 1602 a Companhia Neerlandesa das Índias
Orientais (com o nome formal de Companhia Unida das Índias Orientais, ou "Vereenigde
Oost-Indische Compagnie", em neerlandês, com a sigla VOC) - dois anos depois da
formação da Companhia Inglesa das Índias Orientais – com o objectivo de tentar excluir os
competidores europeus daquela importante rota comercial. Em 1605 mercadores
neerlandeses armados capturaram o forte português de Amboyna (ou Ambon), nas Ilhas
Molucas, em 1619, invadiram Jayakarta, que renomearam Batavia (o
nome latino dos Países Baixos) e transformaram em sua capital e, em 1682, tomaram
Bantam, que era o último porto importante ainda em mãos dos nativos. A partir dessa
altura, a colónia das "Índias Orientais Neerlandesas" (actual Indonésia) passou a ser
administrada pela VOC, até à sua liquidação em 1799 – pois já se tinha tornado mais
poderosa que o próprio reino. Concentrando o seu monopólio nas especiarias, os
neerlandeses encorajaram a monocultura: Amboyna para o cravinho, Timor para
o sândalo e as Bandas para a noz moscada.
Em 1609, o explorador inglês Henry Hudson, ao serviço da VOC, tentou uma passagem
para as "Índias" pelo noroeste e acabou descobrindo regiões da América do Norte, dando
o seu nome ao Rio Hudson e à Baía de Hudson e proclamando as terras circundantes
propriedade da VOC. Depois de algumas expedições, a primeira colónia foi fundada
em 1615: Fort Nassau, em Castle Island, perto da actual cidade de Albany, capital do
estado de Nova Iorque.
Em 1621, foi formada uma nova companhia para estabelecer um monopólio comercial
neerlandês nas Américas e África ocidental, a Companhia Neerlandesa das Índias
Ocidentais (Westindische Compagnie or WIC), que pediu o reconhecimento da sua colónia
de Novos Países Baixos como uma nova província, o que foi concedido em 1623 (nessa
época, os Países Baixos tinham a designação de "República das Sete Províncias Unidas").
Em 1626, a WIC "comprou" a ilha de Manhattan aos índios e começou a construção do
forte de Nova Amsterdão. No mesmo ano foi construído o Forte Nassau onde é
hoje Gloucester, no estado de Nova Jersey e, mais tarde, outros entrepostos
em Delaware e Filadélfia. Em 1655, os neerlandeses capturaram as
colónias suecas de Nova Suécia e Forte Cristina. Entretanto, em África, os neerlandeses
construiram outro Forte Nassau no actual Gana (nessa época, o país era governado
pela Casa de Orange-Nassau).
Em 1664, tropas inglesas sob comando do Duque de York (que se tornou Jaime II de
Inglaterra) atacaram os Novos Países Baixos e mudaram o nome de Nova Amsterdão
para Nova Iorque. Este incidente levou à Segunda Guerra Anglo-Neerlandesa (1665-
1667), que terminou com o Tratado de Breda, no qual os neerlandeses desistiam de Nova
Amsterdão, em troca do Suriname. Entre 1673 e 1674, estes territórios foram novamente
capturados pelos neerlandeses durante a Terceira Guerra Anglo-Neerlandesa e foram
devolvidos à Inglaterra através do Tratado de Westminster.
Mais a sul, em plena rota das "Índias", Jan van Riebeeck, da Companhia Neerlandesa das
Indias Orientais, fundou a Cidade do Cabo em 6 de Abril de 1652, no extremo sul
da África. Durante os séculos XVII e XVIII, a Colónia Neerlandesa do Cabo viu chegar e
instalarem-se calvinistas, principalmente dos Países Baixos, mas também
da Alemanha, França, Escócia e doutros lugares da Europa. Estes calvinistas não
conseguiram "disciplinar" os khoisan para as suas actividades agrícolas e quase os
exterminaram nas guerras conhecidas como "Guerras do Desconhecido" ("Cape Frontier
Wars"). Então, começaram a importar escravos da Indonésia, de Madagáscar e da Índia.
Os descendentes destes escravos e dos colonos, passaram a ser mais tarde conhecidos
como "Mulatos do Cabo" ("Cape Coloureds" ou "Cape Malays"), chegando a constituir
cerca de 50 % da população da Província do Cabo Ocidental.
Nas Antilhas, a colonização neerlandesa começou em Sint Maarten, em 1620 (embora
esta ilha tenha mudado de mãos pelo menos 16 vezes até 1816, quando foi
permanentemente dividida entre a França e os Países Baixos). Seguiram-se Bonaire,
em 1633, Curaçao, em 1634, Sint Eustatius, em 1635, Aruba, em 1636 e Saba, em 1640.
Actualmente, estas ilhas formam as Antilhas Neerlandesas, que são ainda parte do Reino
dos Países Baixos, embora autónomas.

Colonização portuguesa
Ver artigo principal: Império Português
Pode dizer-se que a colonização recente do mundo iniciou-se com os descobrimentos e
com a exploração das Ilhas Canárias pelos portugueses, no princípio do século XIV; a
primeira ocupação violenta foi a conquista de Ceuta, também pelos portugueses, em 1415.
Os navegadores continuaram a explorar a costa de África para sul e depois ao longo
do Oceano Índico, chegando finalmente ao seu "destino", a Índia, onde ocuparam Goa,
em 1510. Em 1511, Afonso de Albuquerque invadiu Malaca (sultanato na Malásia),
estabelecendo aí o domínio português. Finalmente, chegaram à China, onde fundam a
colónia de Macau, em 1557.
Entretanto, Pedro Álvares Cabral, ainda com a intenção de chegar à Índia, "descobre"
o Brasil, em 1500; a partir de 1534 inicia-se a colonização do Brasil com a criação das
primeiras capitanias. Em março de 1549, chegou à Bahia o primeiro governador-geral do
Brasil, Tomé de Sousa.
Ao longo destes cerca de dois séculos e meio, Portugal não estabeleceu verdadeiras
colónias, limitando-se a construir entrepostos (que por vezes eram fortificados) para
servirem de abastecimento aos navegadores que, nessa altura eram mais comerciantes
que verdadeiros colonizadores. No entanto, quando encontravam resistência dos
habitantes locais, atacavam e, por exemplo, em 1505 destruíram Kilwa Kisiwani (na
actual Tanzânia).

Colonização russa
Ver artigo principal: Império russo
Os russos foram os últimos europeus a colonizarem as Américas. Na busca de expandir
seu grandioso império, muitas expedições foram feitas na segunda metade do século
XVIII na busca de uma passagem entre o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico.
Descobriram o Alasca e as Ilhas Aleutas que rapidamente foram colonizadas. O Alasca era
rico em madeira e peles de animais selvagens, tornando o Império Russo líder nestes
mercados.
Por causa do intenso frio e da escassez de comida da região, colonos russos imigraram
para o sul instalando-se na colônia de Fort Ross, no Noroeste dos Estados Unidos. A
região era mais fresca além de ter um solo fértil e clima mediterrânico.
A colônia extinguiu-se em 1840. O povoamento do Alasca era cara demais para ser
mantida pelo Império Russo. Por esse motivo, a Rússia vendeu a região aos Estados
Unidos por 7,2 milhões de dólares.

A descolonização
Ver artigo principal: Descolonização
A exploração desenfreada dos recursos dos territórios ocupados – incluindo a sua
população, transformada em escravos que espalharam pelo resto do mundo – levou a
movimentos de resistência dos povos locais e, finalmente à sua independência, num
processo denominado descolonização, terminando estes impérios coloniais em meados
do século XX.

Você também pode gostar