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Índice
Introdução..............................................................................................................................................3
1. As fases do imperialismo Britânico..............................................................................................4
1.1 Fase solitária....................................................................................................................................4
1.2. A Fase das Rivalidades...................................................................................................................7
A importância dos ingleses para a colonização africana.....................................................................9
Os primeiros impactos da ocupação colonial.......................................................................................9
Conclusão.............................................................................................................................................10
Bibliografia..........................................................................................................................................11
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Introdução
No final do século XVIII e meados do século XIX, os ingleses, com enorme poder naval e
econômico, assumem a liderança da colonização africana. Combatem a escravatura, já menos
lucrativa, direcionando o comércio africano para a exportação de ouro, marfim, tapetes e
animais. Em consequência disso, os africanos ficam com o mercado dominado pelos interesses
do Império Britânico. Para isso, os britânicos estabelecem novas colónias na costa e passam a
implantar um sistema administrativo fortemente centralizado na mão de colonos brancos ou
representantes da coroa inglesa. Os ingleses estabelecem territórios coloniais em alguns países da
África Ocidental, no nordeste e no sudeste e no sul também do continente

O império britânico foi um conjunto das colónias que os exploradores ao serviço dos reis da Grã-
Bretanha foram ocupando em praticamente todo o mundo, a partir do século XVI. Em 1921,com
a assinatura do tratado de Versalhes, que terminou oficialmente a Primeira guerra mundial, o
Reino unido obteve o mandato de administras algumas das antigas colónias alemãs. Chegou
desse modo a estender o seu domínio a uma área de cerca de 36 milhões de km² e uma população
de cerca de 500 milhões de pessoas, na América do norte (o canada), na África (toda a África
oriental e parte da ocidental), na Ásia (parte do médio oriente e do subcontinente indiano) e
ainda a Austrália e partes da Oceânia.

Portanto, neste trabalho tem como tema Instalação dos Britânicos em África.

Objectivos específicos:

 Explicar a consolidação dos estados ingleses;


 Caracterizar as fazes do imperialismo britânico.

Desta feita, para se elaborar este trabalho usou- se o método de investigação onde se fez várias
consultas bibliográficas de diferentes autores que fizeram menção sobre o tema em destaque.

Assim, o trabalho obedece a seguinte estrutura: Índice; Introdução; Desenvolvimento do tema;


Conclusão e Bibliografia.
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No final do século XVIII e meados do século XIX, os ingleses, com enorme poder naval e
econômico, assumem a liderança da colonização africana. Combatem a escravatura, já menos
lucrativa, direcionando o comércio africano para a exportação de ouro, marfim, tapetes e
animais. Em consequência disso, os africanos ficam com o mercado dominado pelos interesses
do Império Britânico. Para isso, os britânicos estabelecem novas colónias na costa e passam a
implantar um sistema administrativo fortemente centralizado na mão de colonos brancos ou
representantes da coroa inglesa. Os ingleses estabelecem territórios coloniais em alguns países da
África Ocidental, no nordeste e no sudeste e no sul também do continente, (ARAÚJO, 2006).

1. As fases do imperialismo Britânico

São duas as fazes do imperialismo britânico, numa primeira fase denomina-se de solitária, e a
segundo ao que os historiadores chamam de fase das rivalidades, a seguir faz a caracterização de
cada uma das fazes

1.1 Fase solitária


Os ingleses lançaram-se à conquista do mundo durante o reinado de Henrique VII (1485-1509),
que promoveu a indústria naval, como forma de expandir para além das ilhas Britânicas. Mas as
primeiras colónias Britânicas so foram fundadas durante o reinado de Isabel I, quando Sir
Francis Drake circum-navegou o globo nos anos 1577 a 1580 (Fernão Magalhães já a tinha
realizado em 1522). EM 1579, Drake chegou a Califórnia e proclamou aquela região colónia da
coroa, chamando-lhe Nova Albion (Nova Inglaterra), mas não promoveu sua ocupação.

Humphrey Gilbert chegou a terra Nova em 1583 e declarou-a colónia inglesa, enquanto Sir
Walter Raleigh organizou a colónia da Virgínia em 1587, mas ambas estas colónias tiveram
pouco tempo de vida e tiveram de ser abandonadas, por falta de cómoda e encontros hostis com
as tribos indígenas do continente americano, (MARTIN, 1997).

Foi no reinado do Jaime I da Inglaterra, depois da derrota da Armada Invencível de Espanha, que
foi assinado o Tratado de Londres, permitindo o estabelecimento da colónia da Virgínia em
1607. Durante os três séculos seguintes, os ingleses expandiram o seu império praticamente todo
o mundo, incluindo grande parte da África, quase toda América do norte, a índia e regiões
vizinhas e várias ilhas ao redor do mundo, (VICENTINO;2002).
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Assim, em 1670 já existiam colónias inglesas estáveis na América do norte (nova Inglaterra,
Virgínia, carolina) e em antiga, barbados, Belize e Jamaica, bem como uma penetração
comercial na índia desde 1600, graças à companhia das índias orientais, fundada desde 1660, em
África, entrepostos de capitação de escravos para as plantações americanas, apossando-se, no
século seguinte em 1787, de inúmeros territórios entre o rio Gâmbia e a Nigéria, abarcando a
famosa costa do ouro., o actual Gana.

Desta feita, no século XVIII foi o período de afirmação e maturação colonial britânico

O seu único revés neste período, forte aliás, será a independência dos EUA, em 1776. Esta perda
será compensada com o início da colonização da Austrália em1783 e mais tarde de nova
Zelândia a partir de 1840, para onde envia inicialmente deportados, (BOHAEN, 1991).

A sua armada mantêm-se superior às demais com a batalha de Trafalgar em 1805, impondo uma
vez mais uma pesada derrota a um adversário. O domínio de novas colónias e constante nesta
altura Malaca, desde 1795, Ceilão, trindade e Tobago, em 1802, malta, santa Lúcia e Maurícias,
em 1815, depois da derrota napoleónica e do seu bloqueio continental. (idem, 1991).

Singapura e fundada por Thomas Raffles em 1819. N Canada regista-se o avanço para oeste,
abrindo novas frentes de colonização, o mesmo sucedendo na índia, com a exploração do interior
do Decão e de Assam, Bengala.

Os debates sobre o imperialismo começaram na ciência económica burguesa nas décadas de


1880-90. Foi já no debate do século XX que apareceram as obras fundamentais do inglês J.A.
Hobson e dos Auto marxistas Otto Bauer e Rudolf Hilferding. Seriam porem, como se sabe,
Rosa Luxemburgo, Lenine e Bukarine a resgatar definitivamente este tópico fundamental para a
teoria revolucionária.

Vivia-se no rescaldo das guerras anglo-bóer, hispano estadunidense, depois russo-japonesa, sem
falar já das ameaças que pesavam sobre o coração da Europa em virtude das rivalidades coloniais
das grandes potências, (KI-ZERBO, 2010).

Algumas boas almas sociais reformistas propugnavam então um capitalismo pacifista e


humanitário, que renunciasse voluntariamente a volúpia da pólvora, da conquista ultramarina e
do afrontamento inter-imperialista. Foi neste âmbito que avultou a teoria de Kautsky (retomando
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no essencial de Bernstein) sobre o advento de um ultra imperialismo. Tratava-se da previsão


mais ou menos apologética da formação de uma espécie de associação voluntaria e cooperante
das nações imperialistas, que regularia pacificamente os seus conflitos de interesse, marcando o
compasso ao processo económico mundial, (VICENTINO;2002).

A expansão ultramarina da Grã-Bretanha foi um caso especial. Não foi apenas política, como a
da Franca, nem apenas económica, como a da Alemanha, mas envolveu amplamente a sociedade.
Isso explica porque não houve a princípio nenhuma necessidade de expansão política.

Aqueles que seguravam o chicote quase não precisavam o estalar, tudo isso tornava o império e
o imperialismo britânicos ímpares, e causava muita confusão. Quem quer que estude o
imperialismo ira naturalmente dedicar-se primeiro ao exemplo mais bem-sucedido, e este foi o
da Grã-Bretanha, exactamente por ser um caso exemplar, a Grã-Bretanha era típica.

Outros países com a franca e Alemanha seguiram-no ao longo do caminho colonial mas, por
serem sucessoras seu imperialismo tinha de ser diferente: inspirados no modelo britânico, mas
aplicado num diferente contexto nacional e internacional.

O imperialismo britânico teve sucessores, isto é, competidores, seu próprio carácter também
mudou. Imperialismo em meio a outros imperialismo e necessariamente diferente que foi uma
aventura solitária. (WESSELING, 1985).

Na verdade a Grã-Bretanha do século XIX não passou por um período essencialmente anti-
imperialista. Todo o século foi um século de expansão, um século imperial. A sociedade
britânica foi a mais dinâmica de todas no século XIX, ou pelo menos ate o último quarto do
século. (Wesseling, 1985).

A expansão ultramarina foi uma consequência lógica. Essa expansão assumiu variadas formas
emigração e colonização, comercio e investimentos alem mares, transferência de cultura e
religião e estabelecimento de bases navais.

O imperialismo na forma de autoridade sobre povos foi apenas um e não o mais importante ou
duradouro, aspecto desse processo, o motivo pelo qual se escolheu com mais frequência essa
forma em fins do século XIX do que antes não foi uma mudança na política britânica, mas
consequência da transformação da situação internacional, (VICENTINO;2002).
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Não significa que não houve mudanças no método ou atitude no passado, as colónias tinham sido
descritas como pesados fardos em volta dos pescoços dos ingleses.

De acordo com, BOHAEN, (1991), o século XIX marca o auge do império colonial Britânico,
cuja expansão económica e humana é favorecida pelo desenvolvimento do capitalismo financeiro
e industrial, bem como pela pressão demográfica elevada. Por outro lado, marca uma nova
administração e gestão da realidade colonial a exemplo disso é o governo directo da coroa na
índia.

Ai, despoletara a primeira grande revolta contra o domínio colónia britânico: a revolta dos sipais,
em 1858, que ditara o fim da companhia das índias orientais. Em 1877, a rainha vitoria num
gesto de coesão face as autonomias ou aspira coes mais radicais proclama-se imperatriz da índia,
que compreendia em extenso território entre a fronteira irano-paquistanesa e a Birmânia e entre o
oceano indico e o Tibete. Na China, estabelecem-se em Xangai.

Por isso e que podemos diferenciar duas fases no que foi, sob outro prisma, um continuo
processo de expansão britânica: a solitária fase imperialista de meados da era vitoriana e a fase
de imperialismo rivais de fins do século XIX. (idem, p. 44).

1.2. A Fase das Rivalidades


Lord Salisbury notou uma mudança completa de perspectiva nos assuntos externos da Grã-
Bretanha. Quando deixou o Ministério das Relações exteriores em 1880, ninguém se quer havia
pensado na África. Quando o assumiu em 1885, as nações da Europa quase se rivalizavam umas
com as outras em torno das várias porções de África que podiam obter.

Na Grã-Bretanha surgiu movimento colonial e uma ideologia imperial. Em 1886, existia um


louvor em torno da raça anglo-saxónica. Apelava-se uma maior unidade em torno do projecto
imperial, considerada importante e necessária em tempos de impérios cada vez maiores.

Foi na mesma altura que se debatia sobre a existência de comunidade de nacções independentes
britânicas. Assim, os anos de 1880 trouxeram grandes mudanças e uma nova visão imperial e a
Intervenção britânica no Egipto foi um exemplo marcante.

O Egipto era o primeiro premio na lotaria africana. Desde que Napoleão, em 1798, travara uma
batalha ao lado das pirâmides, a Franca sentiu uma vocação especial para disseminar civilização
no antigo império dos faraós, (FAGE, 1995).
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Para a Grã-Bretanha, o Egipto foi um dos países mais importantes elos na corrente imperial,
desde a abertura do canal de Suez em 1869.a Franca pode ter dado os passos mais importantes na
questão egípcia, mas foram os britânicos que acabaram se apoderando do Egipto. O imperialismo
britânico demonstrou ser mais forte que a variedade francesa.

Na África, alimentava-se cada vez mais o sonho de construir um império inglês entre o cairo, no
Egipto, e a cidade do cabo, na África do Sul, o que foi conseguido depois da conferência de
Berlim (1884-1885), que legitima anexão de todos os territórios ao longo desse corredor africano
(Egipto, Sudão, Quénia, Rodésia, Transval). Neste ultimo, entre 1899 e 1902, foi travada a
primeira guerra do império, contra os bóeres, que se tornaram autónomos em 1910.

Com VICENTINO (2002), este conflito demonstrou o desaparecimento gradual dos últimos
obstáculos para a pena soberania das colónias de maioria de população europeia, como o a nada,
a Austrália, a nova Zelândia e as regiões da África do sul (Orange, natal, e Transval), que
ganham um estatuto de domínios (soberania quais total, mas leais à coroa britânica),
respectivamente, em 1867, 1901, 1907 e 1910. Alias, já só dependiam da metrópole, ate essa
data, para assuntos e de defesa.

Estes domínios participaram ao lado da Inglaterra na primeira guerra mundial, o que origina uma
nova organização do império, cada vez mais diminuto devido à independência daqueles
domínios de população maioritariamente europeia, embora associados a Inglaterra através da
Commonwealth estatuto de Westminster, 1931). Irlanda, canada e África do sul aceitam o
estatuto nessa data, fazendo-o mais tarde a Austrália em 1942 e a nova Zelândia em 1947,
perdem assim o vínculo ao Reino Unido, apesar de reconhecerem a soberania simbólica da coroa
britânica.

Actualmente depois da devolução de Hong Kong, em 1997, à China, o império colonial britânico
resume-se a Gibraltar, à ilha de Man e às ilhas do canal da Mancha, na Europa, o território
britânico do oceano indico, Pitcairn e dependências no pacífico, ilhas Malvinas, Anguila,
Bermudas, Geórgia do sul, as ilhas Caimão, Turks e Caicos, Montserrat, ilhas virgens britânicas
e Santa helena e dependência Tristão da Cunha e Ascensão no atlântico, (VICENTINO;2002).
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A importância dos ingleses para a colonização africana


No final do século XVIII e meados do século XIX, os ingleses, com enorme poder naval e
económico, assumem a liderança da colonização africana. Combatem a escravatura, já menos
lucrativa, direcionando o comércio africano para a exportação de ouro, marfim, tapetes e
animais, (MARTIN, 1997).

Os primeiros impactos da ocupação colonial


Ao nível político o primeiro impacto foi a instauração de um grau maior de paz e de estabilidade.
Após a ocupação colonial e a implantação de vários aparatos administrativos, guerras de
expansão e resistência, (WESSELING, 1985).
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Conclusão
No final do século XVIII e meados do século XIX, os ingleses, com enorme poder naval e
econômico, assumem a liderança da colonização africana. Combatem a escravatura, já menos
lucrativa, direcionando o comércio africano para a exportação de ouro, marfim, tapetes e
animais.

A expansão ultramarina da Grã-Bretanha foi um caso especial. Não foi apenas política, como a
da Franca, nem apenas económica, como a da Alemanha, mas envolveu amplamente a sociedade.
Isso explica porque não houve a princípio nenhuma necessidade de expansão política.

O século XIX marca o auge do império colonial Britânico, cuja expansão económica e humana é
favorecida pelo desenvolvimento do capitalismo financeiro e industrial, bem como pela pressão
demográfica elevada. Por outro lado, marca uma nova administração e gestão da realidade
colonial a exemplo disso é o governo directo da coroa na índia.

Ao nível político o primeiro impacto foi a instauração de um grau maior de paz e de estabilidade.
Após a ocupação colonial e a implantação de vários aparatos administrativos, guerras de
expansão e resistência.

O Egipto era o primeiro premio na lotaria africana. Desde que Napoleão, em 1798, travara uma
batalha ao lado das pirâmides, a Franca sentiu uma vocação especial para disseminar civilização
no antigo império dos faraós

Para a Grã-Bretanha, o Egipto foi um dos países mais importantes elos na corrente imperial,
desde a abertura do canal de Suez em 1869.a Franca pode ter dado os passos mais importantes na
questão egípcia, mas foram os britânicos que acabaram se apoderando do Egipto. O imperialismo
britânico demonstrou ser mais forte que a variedade francesa.
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Bibliografia
ARAÚJO, Adriane Pereira (2006) “A descolonização da África e do Mundo Árabe”.

BOHAEN, A. Adu. História Geral de África: África sob Dominação colonial 1880-1935. S.
Paulo: Ed. Ática, 1991.

FAGE, J. D. História da África, 1995.

KI-ZERBO, Joseph. História geral da África, VIII: África desde 1935 / editado por Ali A.
Mazrui e Christopher Wondji. Brasília: UNESCO, 2010.

VICENTINO, Cláudio. Historia Geral: São Paulo. Spione. 2002.

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