Você está na página 1de 8

Introdução

África é um continente pobre devido a várias razões históricas como as que serão mencionadas
no decorrer deste trabalho, refiro-o exactamente a ocupação colonial. África foi por muitos anos
dominada pelas colónias não conseguindo desta forma criar as suas próprias bases de
desenvolvimento, mas vários esforços foram envidados até que em 1960, muitos países africanos
alcançaram suas independências, por isso esse ano foi conhecido como ano de África, depois de
várias batalhas travadas. A Resistência Africana foi uma Resistência armada, que começou nos
finais do século XIX e princípios do século XX, e era levada a cabos por homens que
executavam o trabalho forçado.

No presente trabalho iremos falar de África ocidental nela consta as tribos de resistência em
predominância é a estratégia da resistência era activa submissa à aliança (onde pode se notar em
quase todos os territórios da África ocidental. O impacto das resistências foi negativo uma vez
que os francês com parte dos africanos.

A África ocidental sofreu a ocupação dos franceses e dos ingleses. Tal como em outras partes do
nosso continente, a dominação colonial na África ocidental assumiu formas militares ou
diplomáticas, dependendo das condições encontradas pelos chefes locais.

A partir de 1880, a França decidiu aumentar a sua influência sobre os territórios da África
ocidental, que se estendiam do Senegal ao Níger e dai ao Chade.

Para realizar estas conquistas, os franceses usaram preferencialmente a força militar


(contrariamente aos ingleses que dominaram através de acordos diplomáticos e alianças).

A esta actuação, os chefes locais africanos opuseram uma forte resistência militar com
características de muita violência.

Portanto, o trabalho elaborou- se graças ao método de investigação onde se fez várias consultas
bibliográficas de diferentes autores.

Desta feita, este trabalho obedece a seguinte ordem de estrutura: Índice; Introdução,
Desenvolvimentos dos itens; Conclusão e Bibliografia. Assim, as críticas e as sugestões são
bem-vindas porque é só com elas que se vai melhorar nos próximos trabalhos de campo.
África ocidental

Segundo ILIFFE, (1994), a África Ocidental é uma região do oeste da África. Inclui os países na
costa oriental do Oceano Atlântico e alguns que partilham a porção ocidental do deserto do
Saara.

A partir de 1880, os franceses adoptaram uma política de ampliação da sua zona de influência
sobre toda a região, do Senegal ao Níger e dai ao Chade, unindo os territórios conquistados
graças aos postes avançados do Golfo da Guiné, na costa do Marfim e no Daomé.

A aplicação dessa política foi confundida aos oficiais de Marinha. Que de 1881 em diante,
tornaram-se responsáveis pela administração da área do general.

Segundo KI-ZERBO, (1977), os franceses tinham escolhido quase exclusivamente a conquista


militar, em vez de concluir tratados de protectorado. Todavia como veremos um diante sua
grande maioria os dirigentes preferiam a estratégia da resistência activa a submissão e a aliança.
Sudão Ocidental El Hady Omar Tall era um indivíduo bastante culto que estudou nas
universidades egípcias e possuía uma forte educação Islâmica.

Para BOHAEN, (1991), diante de uma África ocidental bastante flagelada pela escravatura, o
Islão representava uma solução para os anseios das populações foi neste contexto que, em 1850,
El Hady Omar Tall se fixou em Pinguiraye (Próximo do maciço de feita Johan), onde
estabelecem seu quartel General.

A partir de Dinguiraye, El Hadj Omar Tall minou uma guerra santa na direcção, atacando em
primeiro lugar as regiões de maioria animista e conquistando territórios ricos em ouro. Em 1854,
rumo em direcção ao oeste, alem da oposição dos curandeiros e feiticeiros locais, vai entrar a
resistência dos Franceses sedeados em Dacar, que era governado por Faid Herbe. Mesmo assim,
El Hadj Omar Tall ordenou que se atacasse uma das fortificações Franceses, que ficou tremida,

Os países que fazem parte da África Ocidental

De acordo com ILIFFE, (1994), os países que são normalmente considerados parte da África
Ocidental são: Benim, Burquina Fasso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné,
Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.
Para KI-ZERBO, (1977), os países insulares desta região e alguns do Golfo da Guiné,
normalmente considerados parte da África Central, são para alguns efeitos, incluídos nesta sub-
região:

Camarões, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Gabão e São Tomé e Príncipe.

Antigas fronteiras coloniais formaram a base das actuais fronteiras entre estes países, muitas
vezes dividindo culturas e etnias entre vários países, bem como agrupando culturas e etnias
diferentes em um mesmo país.

A sub-região que estabelece a transição entre o deserto do Saara e a região equatorial é


denominada Sahel.

Organizações regionais

BOHAEN, (1991), disse que os 15 países desta região encontram-se unidos numa organização de
integração regional, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (ou ECOWAS,
da sua denominação em inglês, Economic Community of West African States).

Por outro lado, sete destes países agregam-se na União Económica e Monetária dos Estados da
África Ocidental, com a sigla UEMOA, e partilham a mesma moeda, o franco CFA

A resistência de Lat-Dior na Senegâmbia

Para ILIFFE, (1994), a resistência na Senegâmbia (constituído por Senegal e Gâmbia, dois países
vizinhos da África ocidental, através de um pacto que unia instituições comuns e forças
armadas), foi dirigida por Lat-Dior, rei de Cayor, um dos territórios que constituíam a
Senegâmbia. Lat-Dior usou como meios de resistência acções militares, acções diplomáticas e
desobediência as autoridades coloniais francesas.

Em 1879, Lat-Dior incitou o seu povo e outros chefes a não colaborarem com os franceses no
seu projecto de construir uma linha férrea.

Respondendo ao administrador francês sobre a ideia da construção da linha férrea, Lat-Dior


escreveu:
No entanto, o projecto de construir a linha férrea foi realizado. Lat-Dior não desistiu da sua luta:
mobilizou o seu povo para não cultivar amendoim, um dos produtos preferidos dos franceses
para a sua indústria na Europa. Mobilizou ainda o seu povo para abandonar as regiões que
ficavam perito das guarnições francesas, refugiando-se no interior.

Em 1982, os franceses atacaram militarmente rei Cayor. Lat-Dior refugiou-se em jolof e dai
organizou a sua resistência. Em Outubro de 1986, La-Dior morreu em combate depois de ter
causado pesadas baixas aos franceses na batalha de Dekle.

A resistência de Samori Touré

Segundo BOHAEN, (1991), Samori Touré optou também pela resistência militar contra a
dominação francesa. Para alcançar os seu objectivos, disponha de um exercito profissional,
também trienado, disciplinado e equipado com armas compradas aos europeus em troca de ouro,
marfim, escravos e cavalos.

O primeiro ataque francês deu-se em 1882 quando Touré se recusou a cumprir uma ordem dos
franceses para abandonar keneram, um importante corredor por onde o império recebia as armas
europeias. Em 1885, os franceses ocuparam a região mineira de bure e Touré.

Para evitar novos confrontos com os franceses, Touré decidiu aliar-se aos ingleses.

Quando reinos vizinhos começaram a pressionar o seu poderio, Samori assinou, em 1886-1887,
acordos com os franceses cumprimentando-se a entregar parte dos territórios.

Porem, em pouco tempo descobriu que os franceses o traiam e apoiavam os seus inimigos.
Decidiu, então, reiniciar a resistência militar, (FAGE, 1995).

Touré derrotou os franceses na batalha de Dabadugu, em Setembro de 1891. Em 1892, os


franceses contra-atacaram com um exército numeroso (cerca de 4 mil homens) e bem equipado.
Apesar de neste confronto Samori ter perdido Bisandugu ,Sanankoro e Ker wane, o imperador
infligiu pesadas baixas as tropas invasoras, ao mesmo tempo que mobilizou o povo para
abandonar a região, (ILIFFE, 1994).

Depois de se ter organizado, e de ter criado um novo império no Interland da costa do marfim e
de Ashante, voltou a atacar os franceses, em Julho de 1895 e Janeiro de 1896, recuperando parte
dos territórios que tinha perdido. A 28 de Setembro de 1898 foi capturado e deportado para o
Gabão, onde veio morrer em 1900.

A resistência do rei de Daomé

Tal como Samori Touré, Behanzin, o rei de Daomé, que dirigia o povo Fon, decidiu travar um
confronto militar contra a dominação francesa. Em Fevereiro de 1890, os franceses tinham
ocupado Cotonou como forma de impor o seu domínio, (ILIFFE, 1994).

Em resposta, Behanzin mobilizou o seu exército, atacou a guarnição francesa e destruiu a cultura
de palmeiras, em Setembro de 1890, como forma de pressionar os franceses a assinarem um
acordo de paz.

KI-ZERBO, (1977), afirma que em Outubro de 1890, os franceses enviaram a Abomey um


emissário, o padre Dorgere, com uma proposta de paz. Nessa proposta, os franceses
comprometiam-se a pagar a Behanzin uma renda anual de 20 mil francos em troca do
reconhecimento dos seus direitos sobre Cotonou, onde, para alem de poderem exercer a
actividade comercial, poderiam manter a sua guarnição. Behanzin aceitou os termos do acordo e
este foi assinado a 3 de Outubro.

Porem, em 1892, aproveitando-se de um incidente em tropas de Behanzin atacaram um barricam


francês e delícia o rio Weme, os franceses voltara ofensiva militar.

Este novo conflito, em Outubro de 1892, foi dirigido pelo coronel Dodds, um mestiço Senegales
e dirigia um numeroso e bem equipa exército francês, e infligiu pesadas derrotas aos soldados de
Behanzin.

BOHAEN, (1991), afirma que derrotados, os Fon pediram paz. Em resposta, os franceses
impuseram condições inaceitáveis, tais como o pagamento de uma pesada indemnização, o que
behanzin fosse preso na sequência de uma traição.

Nos territórios ingleses.

FAGE, (1995), explica que contrariamente aos franceses, os ingleses, no seu processo de
dominação da África ocidental, privilegiaram negociações pacíficas, fazendo tratado de
protecção com os estados africanos. Porem, em muitas outras regiões, os ingleses também
recorreram ao uso da forca militar. Vamos, de seguida, estudar como os povos africanos dos
territórios dominados pelos ingleses resistiram a dominação colonial.

A resistência de Ashanti em Gana.

Segundo KI-ZERBO, (1977), a confederação de Ashanti ocupava numerosos territórios da


África Ocidental que constituíam os seus estados vassalos. O reino Ashanti teve uma longa
história de confrontos militares contra os ingleses, iniciada em 1760, tendo o seu ponto mais alto
em1824 quando os Ashanti mataram Sir Charles MacCarthy, governador da costa do Ouro. Em
1826, os ingleses vingaram-se desta morte na batalha de Dowa.

Entre 1869 e 1872 os Ashanti atacaram varias vezes e ocuparam os territórios costeiros e do sul
da Costa do Ouro. Em 1874, os ingleses contra-atacaram, saquearam Kumasi e fizeram o
exército Ashanti recuar até ao rio Pra.

Esta derrota levou a desagregação do império Ashanti que teve de reconhecer a independência
dos estados situados a sul do Pra e dos que se situavam no rio volta, na sequência do tratado de
Fomena. Para evitar a reconstituição do império Ashanti, os ingleses incitaram Dwaden, Kokofu,
Bekwai e Nsuta a desmembrarem-se ou levarem os seus povos s abandonarem os territórios para
se juntarem ao protectorado britânico, (ILIFFE, 1994).

Prempeh, sucessor do rei que morrera em 1884, conseguiu reconstituir o império, em 1888, e ate
convencer alguns dos antigos estados vassalos a retomarem a confederação.

Os estados que não aceitaram foram anexos a força em 1892.

Temendo que o novo imperador se aliasse a franceses ou alemães, os ingleses propuseram-lhe a


instalação de um representante em Kumasi e o pagamento de uma renda anual.

O rei recusou, ao mesmo tempo que enviava um emissário seu para falar com a rainha britânica
em Londres, em 1895. Porem, a rainha não só não recebeu a comitiva como impôs que Ashanti
lhe pagasse uma pesada indemnização, o que foi prontamente recusado.

Na sequência desta recusa, os ingleses invadiram Kumasi, em Janeiro de 1896, sem encontrar
nenhuma resistência por parte de Prempeh, que tentava evitar o sofrimento do seu povo e tomar a
superioridade militar britânica, (BOHAEN, 1991).
Conclusão

A África ocidental sofreu a ocupação dos franceses e dos ingleses. Tal como em outras partes do
nosso continente, a dominação colonial na África ocidental assumiu formas militares ou
diplomáticas, dependendo das condições encontradas pelos chefes locais.

A África Ocidental é uma região do oeste da África. Inclui os países na costa oriental do Oceano
Atlântico e alguns que partilham a porção ocidental do deserto do Saara.

A partir de 1880, os franceses adoptaram uma política de ampliação da sua zona de influência
sobre toda a região, do Senegal ao Níger e dai ao Chade, unindo os territórios conquistados
graças aos postes avançados do Golfo da Guiné, na costa do Marfim e no Daomé.

A aplicação dessa política foi confundida aos oficiais de Marinha. Que de 1881 em diante,
tornaram-se responsáveis pela administração da área do general.

Os países que são normalmente considerados parte da África Ocidental são: Benim, Burquina
Fasso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali,
Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.

A resistência na Senegâmbia (constituído por Senegal e Gâmbia, dois países vizinhos da África
ocidental, através de um pacto que unia instituições comuns e forças armadas), foi dirigida por
Lat-Dior, rei de Cayor, um dos territórios que constituíam a Senegâmbia. Lat-Dior usou como
meios de resistência acções militares, acções diplomáticas e desobediência as autoridades
coloniais francesas.

Samori Touré optou também pela resistência militar contra a dominação francesa. Para alcançar
os seu objectivos, disponha de um exercito profissional, também trienado, disciplinado e
equipado com armas compradas aos europeus em troca de ouro, marfim, escravos e cavalos.
Bibliografia

BOHAEN, A. Adu. História Geral de África: África sob Dominação colonial 1880-1935.
S. Paulo: Ed. Ática, 1991
FAGE, J. D., História da África, Lisboa: Edições 70, 1995.
ILIFFE, John. Os africanos: História de um Continente. 1994.
KI-ZERBO. História da África Negra. VolII. 3ª ed. Mira Sintra, 1977

Você também pode gostar