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POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS

AJUDÂNCIA-GERAL

BOLETIM GERAL
DA
POLÍCIA MILITAR

Nº 062

BELO HORIZONTE, 22 DE AGOSTO DE 2002.

Para conhecimento da Polícia Militar de Minas


Gerais e devida execução, publica-se o
seguinte:
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PRIMEIRA PARTE
ASSUNTOS NORMATIVOS

Norma: DECRETO 42843 2002 Data: 16/08/2002 Origem: EXECUTIVO

REGULAMENTA A CONCESSÃO DE RECOMPENSAS, O CONSELHO DE


ÉTICA E
DISCIPLINA MILITARES DA UNIDADE - CEDMU, DE QUE TRATA A LEI Nº
Ementa: 14.310, DE 19 DE JUNHO DE 2002, QUE DISPÕE SOBRE O CÓDIGO DE
ÉTICA E
DISCIPLINA DOS MILITARES DO ESTADO DE MINAS GERAIS - CEDM, E DÁ
OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
Fonte: PUBLICAÇÃO - MINAS GERAIS DIÁRIO DO EXECUTIVO - 17/08/2002 PÁG. 2
COL. 1
REGULAMENTAÇÃO, DISPOSITIVOS, REQUISITOS, CONCESSÃO,
RECOMPENSA, PESSOAL MILITAR, (PMMG), CORPO DE BOMBEIROS
MILITAR.
DISPOSITIVOS, COMPETÊNCIA, AUTORIDADE, CONCESSÃO, RESTRIÇÃO,
ANULAÇÃO, RECOMPENSA, PESSOAL MILITAR, (PMMG), CORPO DE
BOMBEIROS MILITAR.
DISPOSITIVOS, COMPETÊNCIA, CRITÉRIOS, PARTICIPAÇÃO, PESSOAL
MILITAR, FUNCIONAMENTO, CONSELHO DE ÉTICA, DISCIPLINA, UNIDADE
ADMINISTRATIVA, (PMMG), CORPO DE BOMBEIROS MILITAR.
DISPOSITIVOS, OBRIGATORIEDADE, NOTIFICAÇÃO, MILITAR, HIPÓTESE,
FALTA DISCIPLINAR, EFEITO, COMPARECIMENTO, AUDIÊNCIA, CONSELHO
Indexação: DE ÉTICA, DISCIPLINA, (PMMG), CORPO DE BOMBEIROS MILITAR.
DISPOSITIVOS, PRAZO DETERMINADO, EFEITO, EFETIVAÇÃO, CONTAGEM,
PONTUAÇÃO, CONCESSÃO, RECOMPENSA, PESSOAL MILITAR, (PMMG),
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR.
DISPOSITIVOS, APLICAÇÃO, CIRCUNSTÂNCIA AGRAVANTE, HIPÓTESE,
INEXISTÊNCIA, JUSTIFICAÇÃO, FALTA DISCIPLINAR, PESSOAL MILITAR,
(PMMG), CORPO DE BOMBEIROS MILITAR.
ESPECIFICAÇÃO, PRAZO MÍNIMO, APLICAÇÃO, PENA DISCIPLINAR,
SUSPENSÃO, PESSOAL MILITAR, (PMMG), CORPO DE BOMBEIROS
MILITAR.
DISPOSITIVOS, CONTAGEM, TEMPO DE SERVIÇO, MILITAR, HIPÓTESE,
DESERÇAO.
Catálogo: (PMMG), CÓDIGO DE ÉTICA, PESSOAL MILITAR.
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, CÓDIGO DE ÉTICA.
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Regulamenta a concessão de recompensas, o


Conselho de Ética e Disciplina Militares da Unidade -
CEDEMU, de que trata a Lei nº 14.310, de 19 de
junho de 2002, que dispõe sobre o Código de Ética e
Disciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais -
CEDM, e dá outras providências.

O Governador do Estado de Minas Gerais, no uso de atribuição que


lhe confere o artigo 90, inciso VII, da Constituição do Estado de Minas
Gerais, e nos termos do disposto no artigo 91 da Lei nº 14.310, de 19 de
junho de 2002,

DECRETA:

CAPÍTULO I
Da Concessão de Recompensas

Seção I
Definições e Especificações

Art. 1º - Recompensas constituem benefícios materiais e morais,


Texto: definidos em legislação e regulamentação especiais, concedidos aos
militares na forma deste Regulamento.

Art. 2º - Para a concessão de recompensas as autoridades devem,


nos diversos níveis, atentar para os seguintes princípios:
I - proporcionalidade;
II - individualidade;
III - oportunidade;
IV - merecimento;
V - justiça.

Art. 3º - Os princípios previstos no artigo anterior são assim


conceituados:
I - proporcionalidade: a recompensa será proporcional ao fato gerador,
devendo considerar o nível de relevância de cada um e atendidas as
peculiaridades e a intensidade da ação do militar em cada caso;
II - individualidade: cada militar a ser recompensado deverá receber o
prêmio na exata medida da sua participação no fato gerador da
recompensa, garantindo a distinção que cada um merece segundo o seu
envolvimento ou comprometimento com o resultado positivo alcançado;
III - oportunidade: a recompensa será concedida no momento certo, de
modo a tornar-se fator de motivação, satisfação e elevação do moral de
tropa, devendo ser concretizada o mais próximo possível do fato gerador;
IV - merecimento: a concessão de recompensa será precedida de análise
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acurada da situação motivadora e demais circunstâncias que influenciaram
a ação ou atividade desempenhada, evitando-se concessões coletivas e
benefícios a quem não os mereça.
V - justiça: os comandantes, nos diversos níveis, deverão manter um
acompanhamento permanente dos seus comandados para que no ato da
concessão de uma recompensa todos os requisitos sejam analisados com
apurado critério, de forma a propiciar o alcance da justiça neste ato.

Art. 4º - Para os fins deste regulamento serão considerados os eguintes


conceitos:
I - ficha de alterações exemplar: aquela em que se verifique
supremacia de registros positivos e que não comprometa aspectos
fundamentais de hierarquia e disciplina;

II - atividades relevantes: aquelas que produzam repercussões positivas


à Instituição, perante o público interno e externo, com indiscutível
reconhecimento pela sociedade;
III - conduta exemplar: aquela que destaque valores
profissionais, familiares e sociais na vida cotidiana do militar;
IV - bons e leais serviços: cumprimento dos deveres
profissionais e compromisso com a preservação da Instituição e dos seus
valores.

Art. 5º - Constituem recompensas, por ordem decrescente de


importância:
I - elogio;
II - comendas concedidas pela Instituição;
III - nota meritória;
IV - dispensa do serviço;
V - cancelamento de punições;
VI - menção elogiosa escrita;
VII - menção elogiosa verbal.

Seção II
Elogio

Art. 6º - O elogio é a maior recompensa que a autoridade pode Conceder


ao seu subordinado sendo, preferencialmente, uma Concessão
individual.
Parágrafo único - Para ser concedida a mais de um militar é
Indispensável que se possa mensurar a participação individual e que
todos tenham contribuído para o sucesso da missão.

Art. 7º - São condições para recebimento de elogio decorrente de


atuação operacional na atividade-fim:
I - atuação destacada, contendo a maioria dos seguintes
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Requisitos: ação consciente e voluntária, risco à vida,
Transcendência da ação em audácia e coragem, que denote
Inteligência e perspicácia relacionadas ao planejamento e à ação e
Inexistência de qualquer conduta negativa ou ilícita;
II - repercussão positiva, no âmbito da comunidade, da ação
Praticada.
Parágrafo único - Caso a ação preencha os requisitos
previstos para promoção por ato de bravura, o fato deverá ser levado ao
conhecimento da comissão de promoção para julgamento do mérito da
ação.

Art. 8º - São condições para recebimento de elogio decorrente da


atividade administrativa:
I - inovação, criação ou execução de atividade com extremo
grau de dificuldade e complexidade, que tenha exigido uma
dedicação além do normal, culminando na obtenção de pleno sucesso;
II - atuação destacada em atividade que tenha produzido
efeitos positivos, com reflexos além da Unidade.

Art. 9º - O chefe direto, ao indicar o militar paras receber um elogio,


descreverá as razões da indicação e encaminhará relatório à autoridade
competente.

Art. 10 - A autoridade competente para concessão do elogio designará


um militar mais antigo que o indicado ou diligenciará junto ao escalão
superior para que sejam apuradas sumariamente as circunstâncias e
condições do fato, emitindo um parecer e encaminhando toda
documentação ao Conselho de Ética e Disciplina Militares da Unidade -
CEDMU.

Art. 11 - O CEDMU julgará o mérito da ação ou atuação, quanto à


existência dos requisitos exigidos neste Regulamento, e emitirá seu parecer
ao Comandante.

Art. 12 - Havendo discordância entre o parecer do Conselho e a decisão


do Comandante da Unidade, toda a documentação produzida será
encaminhada à autoridade imediatamente superior, que decidirá sobre a
concessão da recompensa.

Seção III
Comendas Concedidas pela Instituição

Art. 13 - Além dos requisitos previstos em normas específicas, o


militar indicado ao agradecimento das comendas concedidas deverá
possuir:
I - elevado conceito junto a seus superiores, pares e
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subordinados;
II - ficha de alterações exemplar, com predominância de aspectos
positivos;
III - atuações em atividades relevantes na Unidade;
IV - conduta exemplar na vida pessoal e social.
§ 1º - Para a concessão do atestado de mérito, previsto na
habilitação do processo da Medalha de Mérito Militar, é indispensável
que o militar possua registros de bons e leais serviços prestados, além de,
necessariamente, possuir uma ficha de alterações dentro dos requisitos
legais.
§ 2º - Este artigo não se aplica à Medalha de Mérito Intelectual.

Art. 14 - Para indicação à Medalha de Mérito Militar caberá a


Secretaria/Ajudância preparar o processo de habilitação e encaminhar
ao Conselho de Ética que se pronunciará sobre o atestado de mérito do
candidato.

Art. 15 - Caberá ao Comandante da Unidade a emissão do atestado


de mérito, que deverá certificar ao militar a prestação de bons e leais
serviços à Corporação, bem como a atuação em atividades relevantes na
Unidade.

Art. 16 - A indicação de militar ao recebimento da Medalha Alferes


Tiradentes ou Medalha de Mérito Profissional, será precedida de parecer
do Conselho de Ética e Disciplina Militares da Unidade-CEDMU.

Seção IV
Nota Meritória

Art. 17 - Para recebimento de nota meritória o militar deverá ter destacada


atuação, com relevantes benefícios para a comunidade na atividade-fim, ou
para Unidade, na atividade administrativa.

Art. 18 - A nota meritória deverá ser concedida, preferencialmente,


de forma individual.
Parágrafo único - Para ser concedida a mais de um militar é
indispensável que se possua mensurar a participação individual e que todos
tenham contribuído para o sucesso da missão.

Art. 19 - A concessão da nota meritória seguirá as mesmas regras


previstas nos artigos 9º ao 12 deste Regulamento.

Seção V
Dispensa de Serviço

Art. 20 - Para conceder a dispensa de serviço, a autoridade competente


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deverá reconhecer os relevantes serviços prestados pelo subordinado que se
enquadrar em uma ou mais situações seguintes:
I - possuir reiteradas ações destacadas no âmbito operacional ou
administrativo;
II - atuação em ocorrência policial que não chegou a enquadrar-se
nas condições estabelecidas para o ato de bravura, elogio ou nota
meritória, mas que, pelas circunstâncias e características da atuação e
repercussão na sociedade, seja merecedora de uma recompensa mais
graduada;
III - pela participação em atividades que ensejam uma dedicação
além da jornada normal de trabalho.

Art. 21 - O chefe direto do militar indicado para recebimento de dispensa


de serviço, nos casos constantes dos incisos do artigo anterior, deverá
descrever as razões da indicação e encaminhará relatório à autoridade
competente que, antes da concessão, ouvirá o CEDMU.
§ 1º - Para a concessão da dispensa de serviço, aplica-se o previsto
no artigo 12 deste Decreto.
§ 2º - Caso a indicação seja da própria autoridade, a mesma deverá
encaminhar o relatório ao CEDMU, com as razões da indicação, para
emissão de parecer.

Art. 22 - A dispensa de serviço será formalizada em documento escrito,


em duas vias e publicado em Boletim, sendo a primeira via arquivada na
pasta funcional do militar e a segunda entregue ao beneficiário.

Art. 23 - O militar deverá ajustar com o seu chefe direto o período da


dispensa, sendo esta concedida por dias de vinte e quatro horas, a partir da
hora de seu início.
Parágrafo único - Salvo por motivo de força maior, não se concederá
a dispensa de serviço a discentes, durante o período letivo, nem a militar,
durante o período de manobras ou em situações extraordinárias.

Art. 24 - A dispensa de serviço, para ser gozada fora da sede, fica


condicionada às mesmas regras da concessão de férias previstas no
Estatuto dos Militares do Estado de Minas Gerais.

Seção VI
Cancelamento de Punições

Art. 25 - As punições canceladas, nos termos do Código de Ética e


Disciplina dos Militares, não poderão ser consideradas e nem servir de
referência para qualquer fim, a partir do ato de cancelamento.
Parágrafo único - O cancelamento de punições previsto no inciso III
do artigo 50 da Lei nº 14.310, de 19 de junho de 2002, está vinculado ao
decurso do prazo descrito no artigo 94 da referida Lei.
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Seção VII
Menção Elogiosa Escrita

Art. 26 - A menção elogiosa escrita será concedida pelos


Comandantes, nos diversos níveis, aos subordinados que se
destacarem no desempenho de suas atividades, em ações ou atuações
que, por sua importância e repercussão, sejam merecedoras de registro.

Art. 27 - A menção elogiosa escrita deverá ser concedida,


preferencialmente, de forma individual.
Parágrafo único - Para ser concedida a mais de um militar é
indispensável que se possa mensurar a participação individual e que todos
tenham contribuído para o sucesso da missão.

Art. 28 - O chefe direto do militar indicado para o recebimento da


menção elogiosa escrita descreverá os fatos motivadores da
recompensa e os encaminhará ao Comandante da Unidade.

Art. 29 - A decisão sobre a concessão da menção elogiosa escrita é


atribuição inerente ao Comandante da Unidade e não será precedida de
parecer do CEDMU.

Art. 30 - A menção elogiosa escrita deverá ser publicada em Boletim


Interno.

Seção VIII
Menção Elogiosa Verbal

Art. 31 - A menção elogiosa verbal será concedida pelos


Comandantes, nos diversos níveis, aos subordinados que se
sobressaiam no desempenho de suas atividades, em ações ou atuações
que sejam merecedoras de destaque.
Parágrafo único - Aplica-se a este artigo o previsto no artigo 29
deste Decreto.

Art. 32 - A menção elogiosa verbal deve ser concedida,


preferencialmente, de forma individual.
Parágrafo único - Para ser concedida a mais de um militar é
indispensável que se possa mensurar a participação individual e que
todos tenham contribuído para o sucesso da missão.

Art. 33 - O chefe direto do militar indicado para o recebimento da


menção elogiosa verbal realizará a menção, preferencialmente, no
início das atividades, por ocasião de chamadas ou em outra e, sempre
que possível, na presença da tropa.
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Art. 34 - A menção elogiosa verbal deverá ser concedida o mais


próximo possível da ação ou atuação merecedora da recompensa,
considerando, em especial, o princípio da oportunidade.

Seção IX
Competência para concessão

Art. 35 - A concessão de recompensa é função inerente ao Cargo e


não ao grau hierárquico, sendo competente para fazê-la aos Militares que se
achem sob o seu Comando:
I - o Governador do Estado, as previstas nos incisos I, III, V, VI e VII
do artigo 5º deste Regulamento;
II - o Comandante-Geral, as previstas no artigo 5º deste
Regulamento, sendo a dispensa de serviço por até 20(vinte) dias;
III - o Chefe do Estado-Maior, as recompensas previstas nos Incisos
I, III, IV, V, VI e VII do artigo 5º deste Regulamento, Sendo a dispensa de
serviço por até 15(quinze) dias;
IV - o Chefe do Gabinete Militar, Corregedor, Diretores,
Comandantes de Comandos Intermediários, Comandantes de Unidades,
Chefes de Centros e Chefe de Seção do Estado-Maior, as recompensas
Previstas nos incisos I, III, IV, V, VI e VII do artigo 5º deste Regulamento,
sendo a dispensa de serviço por até 10(dez) dias;
V - Comandante de Companhia e Pelotão destacados, as
Previstas nos incisos IV e VII do artigo 5º deste Regulamento, Sendo a
dispensa do serviço por até 3(três) dias.

Seção X
Ampliação, Restrição e Anulação

Art. 36 - A recompensa concedida por uma autoridade poderá ser


ampliada, restringida ou anulada por autoridade superior, que motivará seu
ato.
Parágrafo único - Quando o serviço ou ato meritório prestado pelo
militar ensejar recompensa que escape à alçada de uma autoridade,
esta diligenciará a respectiva concessão perante a autoridade superior
competente.

CAPÍTULO II
Conselho de Ética e Disciplina Militares da Unidade

Art. 37 - Compete ao Conselho de Ética e Disciplina Militares da


Unidade - CEDMU assessorar o Comandante, Diretor ou Chefe de
Unidade nos assuntos de natureza disciplinar, recompensas e recursos
disciplinares, analisando e emitindo parecer motivado sobre a
documentação que lhe for encaminhada.
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Art. 38 - Funcionarão na Unidade tantos conselhos quantos forem


necessários para atender a demanda, visando maior celeridade na solução
dos procedimentos administrativo-disciplinares, respeitadas as prescrições
legais, bastando-se o encaminhamento por intermédio de despacho do
Comandante, Diretor ou Chefe.
§ 1º - Os CEDMU’s designados pela autoridade competente não
ficarão adstritos ao caso concreto que for primeiramente analisado,
cabendo-lhes a apreciação de outros casos para os quais não haja
impedimento, sem necessidade de outra designação formal.
§ 2º - A designação para atuar como membro do CEDMU constitui um
encargo a ser cometido pelo Comandante da Unidade, o qual, na
composição do Conselho, deverá pugnar por uma participação
democrática e legítima de oficiais e praças, inclusive do mesmo ciclo,
porém mais antigos.
§ 3º - O ato de designação dos integrantes do CEDMU deverá ser
publicado em Boletim Interno.

Art. 39 - Nenhum militar poderá compor mais de um conselho


simultaneamente.

Art. 40 - O Comandante, Diretor ou Chefe é a autoridade competente


para designar formalmente os membros do CEDMU para funcionar no
âmbito da sua Unidade.
§ 1º - O militar designado para fazer parte do CEDMU deverá estar,
no mínimo, no conceito “B”, sem pontuação negativa.
§ 2º - O membro de um Conselho que estiver no exercício do seu
encargo e for devidamente apenado será imediatamente substituído.
§ 3º - O membro mais moderno do CEDMU é o responsável pelo
recebimento da documentação que for encaminhada pela Secretaria, bem
como pela manutenção do seu controle.
§ 4º - A jornada de trabalho e a pauta de audiências a cargo do
CEDMU serão fiscalizadas pelo Subcomandante da Unidade ou
autoridade equivalente, que também deverá propugnar para que não
ocorram objeções ou entraves ao funcionamento do Conselho,
mormente quanto a outras atribuições nos dias de audiências
previamente marcadas.

Art. 41 - A documentação a que se refere o artigo 80 da lei nº 14.310,


de 19 de junho de 2002(Código de Ética e Disciplina Militares - CEDM)
deverá estar instruída, no mínimo, com o original ou cópia autenticada
da ficha de alterações ou com o extrato de registros funcionais, com as
razões escritas de defesa, que deverá ser encaminhada ao CEDMU pela
Secretaria da Unidade ou equivalente.
Parágrafo único - Mesmo que o Processo/Procedimento Administrativo-
Disciplinar, após a apresentação das razões escritas de defesa, conclua que
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não há transgressão disciplinar a punir, a documentação referida nesta artigo
deverá ser analisada pelo CEDMU.

Art. 42 - Na Unidade em que funcionar o CEDMU deverá ser


disponibilizado espaço físico adequado para tratamento da
documentação a ser examinada pelo CEDMU e a realização das
audiências.
§ 1º - O CEDMU terá prazo de 5(cinco) dias úteis para analisar e
emitir parecer em comunicações disciplinares, propostas de recompensas e
recursos disciplinares e de 10(dez) dias úteis para procedimentos
administrativos regulares, contados a partir do recebimento da documentação
oriunda da Secretaria, não se contando o dia do recebimento.
§ 2º - O prazo para que o Comandante da Unidade exare a sua
decisão será de 10(dez) dias úteis, contados a partir do recebimento
da documentação capeada pelo parecer do CEDMU, em consonância com
o capuz do artigo 74 da lei nº 14.310, de 19 de junho de 2002, não se
contando o dia do recebimento.

Art. 43 - Na análise a ser levada a efeito pelo CEDMU deverão ser


observados aspectos relacionados aos fundamentos legal e fático, nos
termos do artigo 80 da Lei nº 14.310, de 19 de junho de 2002, com vistas a
propiciar uma decisão equânime e justa por parte do Comandante, Diretor ou
Chefe da unidade.
Parágrafo único - Na análise de mérito deverão ser
especificadas as possíveis causas de justificação que envolvam a conduta
transgressora praticada, bem como o parecer emitido pelo CEDMU
devidamente fundamentado.

Art. 44 - Consideram-se casos de impedimento para o militar fazer parte


do CEDMU os relacionados no § 3º do artigo 66 da Lei nº 14.310, de 19 de
junho de 2002.

Art. 45 - São considerados casos de suspeição para o militar compor o


CEDMU os especificados no § 4º do artigo 66 da Lei nº 14.310, de 19 de
junho de 2002.

Art. 46 - O “termo próprio”, a que se refere o artigo 80 da Lei nº 14.310,


de 19 de junho de 2002, relaciona-se à ata dos trabalhos, na qual estará
incluso o parecer, que será devidamente assinada por todos os membros do
CEDMU e se referirá a cada caso concreto analisado.
Parágrafo único - A ata a que se refere este artigo é a descrita no
modelo constante no Anexo I deste Decreto.

Art. 47 - O militar a quem é imputada a prática de transgressão


disciplinar deverá ser notificado formalmente do dia, hora e local em que o
CEDMU se reunirá para apreciar a documentação a seu respeito, sendo
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que, em caso de interesse em comparecer, o mesmo ficará liberado de
qualquer atribuição no horário da audiência.
§ 1º - A notificação do militar que desejar comparecer à audiência
em que se verificará a análise de documentação que lhe envolver é de
responsabilidade do próprio CEDMU, com uma antecedência mínima de
48(quarenta e oito) horas, devendo ser encaminhada à fração a que
pertence o militar para fins de adequação de escala.
§ 2º - O comparecimento do militar perante o CEDMU ocorrerá sem
ônus para o erário.
§ 3º - Durante a audiência é vedada a manifestação por parte do
militar que não fizer parte de CEDMU.
§ 4º - A notificação a que se refere este artigo é a especificada
no modelo constante no Anexo II deste Decreto.

Art. 48 - Em caso de dúvidas que inviabilizem a formação de juízo de


valor por parte dos membros do CEDMU, o Presidente retornará toda a
documentação ao Comandante da Unidade, solicitando providências para
que sejam complementadas informações ou realizadas diligências
complementares.
Parágrafo único - A solicitação de providências de que trata este
artigo não poderá ser renovada.

Art. 49 - A comunicação entre a Corregedoria da Instituição Militar


Estadual e o CEDMU, no caso previsto no § 4º do artigo 79 da Lei nº
14.310, de 19 de junho de 2002, será feita por intermédio do Comando
da Unidade em que funcionar o CEDMU.

Art. 50 - Nos procedimentos determinados pelo Comandante-Geral,


Chefe do Estado-Maior ou por titular de Unidade de Direção Intermediária,
em que se verificar a prática de transgressão disciplinar, deverá ser ouvido
o CEDMU onde o militar for lotado.

CAPÍTULO III
Disposições Finais

Art. 51 - Para os fins do disposto no § 2º do artigo 18 da Lei nº 14.310,


de 19 de junho de 2002, o cómputo dos pontos decorrentes das
recompensas previstas no artigo 5º, deste Decreto, será efetivada apenas no
período de doze meses, contados a partir da data de concessão.
§ 1º - o total da pontuação prevista neste artigo será utilizado
apenas para uma falta disciplinar;
§ 2º - Caso reste, da pontuação utilizada na forma do § 1º deste
artigo, saldo positivo, este poderá ser utilizado na apuração de pontos de
novas faltas disciplinares.

Art. 52 - Para os efeitos do inciso III do artigo 21 da Lei nº 14.310, de 19 de


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junho de 2002, considera-se também reincidente o militar que cometer falta
disciplinar não justificada, independentemente da aplicação ou não da
sanção.

Art. 53 - Para os fins do disposto nos incisos I, II, III e IV do parágrafo


único do artigo 31 da Lei nº 14.310, de 19 de junho de 2002, os mínimos
dos dias de suspensão ficam estabelecidos, respectivamente, da seguinte
forma:
I - 1(um) dia, na hipótese do inciso I do parágrafo único do artigo 31
referido;
II - 4(quatro) dias, na hipótese do inciso II do parágrafo único do
artigo 31 referido;
III - 6(seis) dias, na hipótese do inciso III do parágrafo único do
artigo 31 referido;
IV - 9(nove) dias, na hipótese do inciso IV do parágrafo único do
artigo 31 referido.

Art. 54 - Para os efeitos do artigo 96 da Lei nº 14.310, de 19 de junho de


2002, a contagem de tempo para o militar desertor estável será contada a
partir da data em que for consumada a deserção.

Art. 55 - Para efeito do CEDM, uma prisão equipara-se a duas detenções e


uma detenção equivale a duas repreensões.

Art. 56 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação,


produzindo efeitos a partir de 4 de agosto de 2002.

Art. 57 - Revogam-se as disposições em contrário.

Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 16 de agosto de 2002.


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Anexo I

(a que se refere o parágrafo único do artigo 46 do Decreto nº 42.843, de 16 de


agosto de 2002)

ATA DE REUNIÃO DO CONSELHO DE ÉTICA E DISCIPLINA MILITARES DA


UNIDADE

PROTOCOLO _____________________________
Nº de registro da Secretaria)

Aos _____ dias do mês de ____________, de 2002, nesta Cidade de


___________/MG, na __________________, local onde funciona o Conselho
de Ética e Disciplina Militares da Unidade (CEDMU), reuniu-se o Conselho nº
____________, oficialmente designado, por meio da _____________,
constituído pelo ________, Presidente do Conselho, ______________, Membro e
____________ Membro e escrivão, todos presentes neste ato, para analisar e
dar parecer nos documentos em pauta, (não) tendo comparecido o
acusado/recompensado. Analisada a documentação, emitiu o CEDMU o
seguinte parecer:
_________________________________________________________________
_
_________________________________________________________________
_
_________________________________________________________________
_
_________________________________________________________________
_
____________________________________________________Concluídos os
trabalhos previstos em pauta, o Sr. Presidente do Conselho deu por encerrada a
audiência, às ___:___h, determinando a lavratura da presente ata, que vai
assinada pelos membros do CEDMU e pelo envolvido (se estiver presente).
Eu, _____________________, servindo de escrivão, digitei e subscrevo.

________________________________
PRESIDENTE
_______________________________
MEMBRO
________________________________
MEMBRO
________________________________
INTERESSADO
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Anexo II

(a que se refere o § 4º do artigo 47 do Decreto nº 42.843, de 16 de agosto de


2002)

NOTIFICAÇÃO PARA COMPARECIMENTO Nº _____

Ao nº ______________, ______________________PM
______________________________________
Assunto: Audiência do Conselho de Ética e Disciplina Militares da
Unidade.
O Conselho de Ética e Disciplina Militares da Unidade nº _______, por
intermédio do seu Presidente, notifica o nº _____________, ________PM
__________________________, da faculdade de comparecer ao (à) (local)
_______________________,às ___:___h do dia ____/___/___, para assistir a
audiência de análise e parecer em documentos de seu interesse, conforme
previsto no parágrafo único do artigo 83, do Código de Ética e Disciplina dos
Militares do Estado de Minas Gerais, previsto na Lei nº 14.310, de 19 de junho de
2002.

_________________________________
Presidente do Conselho
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( - BGPM Nº 062 de 22 de agosto de 2002 -)

COMANDO-GERAL

RESOLUÇÃO N o 3666, DE 02 DE AGOSTO DE 2.002.

Aprova o Manual de Processos e Procedimentos


Administrativos-Disciplinares da Polícia Militar de
Minas Gerais (MAPPAD/PM), para primeira edição.

O CORONEL PM COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MILITAR DE MINAS


GERAIS, no uso de suas atribuições previstas nos incisos VI e XI do artigo 6o do R-100,
aprovado pelo Decreto no 18.445, de 15Abr77,

RESOLVE:
Art. 1o - Aprovar o Manual de Processos e Procedimentos Administrativos-
Disciplinares da Polícia Militar de Minas Gerais (MAPPAD/PM), que acompanha esta
Resolução, para 1a edição.
Art. 2o - Esta Resolução entra em vigor em 04 de agosto de 2002.
Art. 3o - Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Resolução no
1.102, de 23Dez82, que aprova as “Normas de Elaboração de Sindicância na Polícia Militar e
Formulários, a Resolução no 3.235, de 29Nov95 que aprova as modificações para o Manual
de Sindicância–MASIN/PM, MTP-1–2–PM, para segunda edição e a Resolução no 3056, de
18Abr94, que regula os procedimentos a serem seguidos por ocasião das exclusões com
baixa do serviço ex officio, nos termos do Art. 146, V, a) e exclusão disciplinar, nos termos do
Art. 146, IV, ambas do Estatuto de Pessoal da Polícia Militar.

Comando-Geral, em Belo Horizonte, 02 de agosto de 2002.

(a) ÁLVARO ANTÔNIO NICOLAU, CORONEL PM


COMANDANTE-GERAL
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( - BGPM Nº 062 de 22 de agosto de 2002 -)

ESTA SENDO PUBLICADO EM SEPARATA DESTE BGPM:

• O MANUAL DE PROCESSOS E PRODECIMENTOS ADMINISTRATIVOS-


DISCIPLINARES DA POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS (MAPPAD/PM),
PARA PRIMEIRA EDIÇÃO, REGULAMENTADO PELA RESOLUÇÃO Nº 3666,
DE 02 DE AGOSTO DE 2.002

SEGUNDA PARTE
ASSUNTOS DE PESSOAL

Atos assinados pelo Senhor Coronel PM Comandante-Geral da Polícia


Militar de Minas Gerais:

Promovendo e Transferindo,

- de conformidade com o Art. 11 do Decreto 12.460/70, e nos termos do art. 11, do Decreto
12.460/70, c/c o inciso I do art. 136, c/c inciso II do art. 159 da Lei 5.301/69, transfere a
pedido para o Quadro de Oficiais da Reserva Remunerada, com os proventos integrais de
seus Postos, de acordo com o art. 2º da Lei Delegada 37/89 c/c art. 1º §§ 1º, 2º e 3º da Lei
Delegada 43/2000, e com o parágrafo único do art. 31, e parágrafo 11, do art. 39 da CE, os
seguintes militares:
Ao Posto de Coronel PM
049.333-8, Ten-Cel QOPM Moacyr Carlos de Oliveira, do 9º BPM, a partir de 20/06/2002, e
sua transferência a partir de 21/06/2002, data de sua real liberação.

Ao Posto de Capitão PM
049.163-9, 1º Ten PM QOA José Xisto de Freitas, da Ajudância-Geral, a partir de 27/06/2002,
e sua transferência a partir de 28/06/2002, data de sua real liberação. Fez jus ao adicional
trintenário em 01/03/98, conforme o inciso VI do Art. 31, da CE.
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( - BGPM Nº 062 de 22 de agosto de 2002 -)

- de conformidade com o Art. 1º, inciso V e Art. 27 do Decreto 12.397/70, e nos termos do art.
136, I, Art. 159, II, da Lei 5.301/69, transfere a pedido para o Quadro de Praças da Reserva
Remunerada, com os proventos integrais de suas graduações, de acordo com o art. 2º da Lei
Delegada 37/89 c/c art. 1º §§ 1º, 2º e 3º da Lei Delegada 43/2000, e com o parágrafo único do
art. 31, e parágrafo 11, do art. 39 da CE, os seguintes militares:

À Graduação de 2º Sargento PM
049.832-9, 3º Sgt QPPM Altino Raimundo Filho, do 7º BPM, a partir de 24/03/2002, e sua
transferência a partir de 25/03/2002, data de sua real liberação. Fez jus ao adicional
trintenário em 01/05/2000, conforme o inciso VI do Art. 31, da CE;

À Graduação de 3º Sargento PM
049.706-5, Cabo QPPM José Teodoro dos Reis, do 13º BPM, a partir de 30/04/2002, e sua
transferência em 01/05/2002, data de sua real liberação.

Transferindo,

- de conformidade com o Art. 1º, inciso III, do Decreto 36.885/95, e nos termos do art. 136, I,
da Lei 5.301/69, transfere a pedido para o Quadro de Praças da Reserva Remunerada, com
os proventos integrais de suas graduações, de acordo com o art. 2º da Lei Delegada 37/89
c/c art. 1º §§ 1º, 2º e 3º da Lei Delegada 43/2000, e com o parágrafo único do art. 31, e
parágrafo 11, do art. 39 da CE, os seguintes militares:

052.754-9, Subtenente QPPM Luiz Antônio Fonseca Scofield, do 6º BPM, a partir de


25/04/2002, data de sua real liberação;
053.821-5, 2º Sgt QPPM Jair Lúcio da Silva, do 20º BPM, a partir de 01/03/2002, data de sua
real liberação;
069.709-4, 3º Sgt QPPM Antônio Neilton Araújo, do 12º BPM, a partir de 26/02/2002, data de
sua real liberação;
053.589-8, Cabo QPPM Lazaro Pereira de Lima, da 6ª Cia M Amb a partir de 27/03/2002,
data de sua real liberação;
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( - BGPM Nº 062 de 22 de agosto de 2002 -)

054.151-6, Cabo QPPM Antônio Francisco do Amaral, do 15º BPM, a partir de 28/03/2002,
data de sua real liberação;
055.716-5, Soldado QPPM Ilzo Gomes de Souza, do 23º BPM, a partir de 09/03/2002, data
de sua real liberação;
053.528-6, Soldado QPPM Arsênio Tomás Teixeira, do 4º BPM, a partir de 08/04/2002, data
de sua real liberação;
051.260-8, Soldado QPPM José Luiz dos Santos, do 15º BPM, a partir de 16/03/2002, data de
sua real liberação.

Requerendo afastamento preliminar à aposentadoria,

O MASP: 254.743-8, Júlia Ferreira da Costa, ocupante do cargo de Auxiliar Técnico da Saúde
III, D, do Quadro Setorial de Lotação desta Secretaria, vem requerer o seu afastamento
preliminar à aposentadoria, nos termos do art. 36, parágrafo 6º, da Constituição do Estado de
Minas Gerais, promulgada em 21/09/89 e Resolução nº 2008, de 28/09/89, desta repartição.

(a) ÀLVARO ANTÔNIO NICOLAU - CORONEL PM


COMANDANTE-GERAL

MATÉRIA PUBLICADA NO MINAS GERAIS Nº 156, DE 20/08/2002


Página: ( - 2946 - )

( - BGPM Nº 062 de 22 de agosto de 2002 -)

COMANDO GERAL

CONCESSÃO DA MEDALHA DE MÉRITO INTELECTUAL

O Comandante-Geral da Polícia Militar de Minas Gerais, no uso de suas


atribuições e de conformidade com a Lei N.º 11.317, de 07 de dezembro de 1993,
regulamentada pelo Decreto N.º 35.347, de 14 de janeiro de 1994, nos termos do Art. 1º do
Decreto N.º 35.397, de 17 de fevereiro de 1994, resolve conceder a Medalha de Mérito
Intelectual “Capitão PM Médico Guimarães Rosa” ao N.º 095.582-3, Cap PM Júlio César
Rachel de Paula, por haver concluído, em 1º lugar - média 9,64 - o Curso de Especialização
em Segurança Pública – CESP/CAO/2002.

QCG, em Belo Horizonte, 02 de agosto de 2002.

(a) ÁLVARO ANTÔNIO NICOLAU, CORONEL PM


Comandante-Geral
PÁGINA : ( - 2947 - )

( - BGPM Nº 062 de 22 de agosto de 2002 -)

CERTIDÃO DE CONTAGEM DE TEMPO DE SERVIÇO

Certifico, calcado nos documentos arquivados na pasta funcional do


servidor (a) e na certidão de inteiro teor da Unidade, que o nº 055.319-8 PROFESSORA
nível 6 grau b ÁGUEDA MARIA BRACARENSE FANTINI
do ( a ) CTPM/IUBERABA apostilado ( a ) no quadro de DIRETORA PEDAG. D.3.B
conta de 12-mar-75 a 21-mar-01 com 11344 dias de
serviço, o equivalente a 31,079452 fração anual ou 31 anos e 29
dias de serviço, pela seguinte contagem :
efeivo serviço prestado à Corporação ( período supra) 9507 dias;
tempo averbado prestado a ( ao) ESTADO 1837 dias;
férias prêmio dias;
arredondamento dias;
dias a deduzir dias;
Para fins de aposentadoria nos termos do: Art. 8º inciso I e II, alínea ''a'' e ''b'' da EC nº 20 de 15-12-98

Percebe as vantagens previstas no ( s) Art. 47 e 48 da Lei 8.517/84, § 3º da Lei 7.109/77, Lei


9.263/86, Art 5º da Lei 6.797/92, Lei 6.277/73. Alteradas pelas Leis 11.050/93, 8.980/85, 11.091/93 e 9.831/89
e art. 5º inciso XXXVI da CE.
Regeu classe no (s) período (s ) 01-fev-82 a 21-mar-01 sendo o
biênio a partir de .
Perde
Faz jus ao 6º quinquênio e 10% de adicional, a partir de 03-set-99
e a de média mensal de aulas facultativas. Deixaram de ser computadas, 180
dias de férias-prêmio.
Tem direito a perceber em espécie 090 dias de férias-prêmio do 5º lustro e 090 dias ref. ao
6º lustro. Fica assegurado ao Professor, enquanto no exercício do cargo de Diretor de Escola, o direito a continui-
contidade da percepcáo do biênio, conforme § 3º do Art. 5º da Lei 10797, de 07 de julho de 1992.
Torna-se sem efeito a publicação contida no BGPM Nº 028 de 16-04-2002, por conter erro de origem.
O referido é verdade e dou fé, pelo que, eu, Chefe do Centro de Administgração de Pessoal, mandei
digitar, conferir e assinei.
Certidão de nº 23 SCTT/CAP

Belo Horizonte-MG, 02 de agosto de 2.002.

( a ) - Juarez Nazareth, Ten-Cel PM


Chefe do CAP
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( - BGPM Nº 062 de 22 de agosto de 2002 -)


FÉRIAS ANUAIS - CASSAÇÃO

O CORONEL PM CHEFE DO ESTADO-MAIOR, no uso de suas atribuições


conferidas pelo artigo 5º, § 2º, item XIV, da Resolução 3277, de 16Abr96, que contém o R-
102, e considerando o previsto no Art. 3º, item II, da Resolução 2112, de 24Jan89, resolve
cassar 15 (quinze) dias de férias anuais, do exercício de 2001, concedidas ao nº 051.339-0,
Cel PM JOSÉ ASCÂNIO FERREIRA, por absoluta necessidade do serviço.

Belo Horizonte, 20 de agosto de 2002.

(a) JAIME PIMENTEL DE SOUZA, CORONEL PM


CHEFE DO ESTADO-MAIOR

TRANSFERÊNCIA DE OFICIAL - NECESSIDADE DO SERVIÇO

O COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MILITAR , em conformidade com o art. 1º,


Inciso II do Decreto Nr 36.885, de 23Mai95, e art. 168, Inciso. I, da Lei Nr 5.301, de 16Out69,
resolve transferir para a DF, o Nr 084604.8, Cap PM HUMBERTO SALLES CORDEIRO, do
26o BPM.

QCG em Belo Horizonte, 08 de agosto de 2002.

(a) ÁLVARO ANTÔNIO NICOLAU, Cel PM


Comandante-Geral

TRANSFERÊNCIA DE PRAÇA – INTERESSE PRÓPRIO

O COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MILITAR , em conformidade com os art.


180, Inciso II alínea “b” e 175, Inciso III da Lei Nº 5.301, de 16Out69, transfere para o 01o
BPM, o Nr 100677.4, 2o Sgt PM CÉLIA MARIA BENEVIDES CORDEIRO, do 26oBPM.

QCG em Belo Horizonte, 12 de agosto de 2002.

(a) ÁLVARO ANTÔNIO NICOLAU, Cel PM


Comandante-Geral
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( - BGPM Nº 062 de 22 de agosto de 2002 -)

TERCEIRA PARTE
ASSUNTOS DIVERSOS

POLICIA MILITAR DO ESTADO DE MINAS GERAIS


ESTADO MAIOR

REDISTRIBUIÇÃO DE VIATURA

Nº 4012 /2002

O CORONEL PM CHEFE DO ESTADO-MAIOR DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO


DE MINAS GERAIS, no uso das atribuições que lhe confere o Capítulo II, Seção II, Item
2.2.1.1, do Manual de Gerenciamento da Frota da PMMG, aprovado pela Resolução nº 3.395,
de 31Dez97, resolve redistribuir a viatura abaixo relacionada:

Reg. Geral Unidade de origem Marca Ano CL S CL Unidade de


Modelo Fab de stino
PMMG 4735 8ª RPM GM-Corsa 1996 VP PB CICOP/EMPM
Obs.: Publicado novamente por haver saído com o prefixo PMMG 4535, sendo o correto
conforme quadro acima.

Belo Horizonte, 19 de agosto de 2002.

(a) JAIME PIMENTEL DE SOUZA, CORONEL PM


CHEFE DO ESTADO-MAIOR
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QUARTA PARTE
JUSTIÇA E DISCIPLINA

APELAÇÃO Nº 2.204
Origem: Processo nº 16.915/2ª AJME
Relator: Juiz Cel PM Paulo Duarte Pereira
Revisor: Juiz Décio de Carvalho M itre
Apelantes: 3º Sgt PM Warley de Almeida Reis
Sd PM Oscar dos Reis Santos
Apelada: Sentença do CPJ da 2ª AJME
Advogado: Dr. Cléber de Andrade Pinto

SUMÁRIO
Apelação – Não indicação de fato novo, interpretação das leis, equívoco quanto ao fato
criminoso, dúvida ou contradição nas provas ou circunstância formal – Improvimento.

EMENTA
- Improve-se o apelo que não indica, nas razões recursais, fato novo, erro de interpretação
das leis, equívoco quanto ao fato criminoso, dúvida ou contradição nas provas ou
circunstância formal que possa invalidar ou modificar a sentença.

ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos da Apelação nº 2.204, em que figuram
como apelantes o 3º Sgt PM Warley de Almeida Reis e o Sd PM Oscar dos Reis Santos,
apelada a sentença do CPJ da 2ª AJME e advogado o Dr. Cléber de Andrade Pinto, acordam
os Juízes do Tribunal de Justiça Militar do Estado de Minas Gerais, por unanimidade de
votos, em negar provimento ao recurso, para manter a sentença de 1ª Instância.

RELATÓRIO
Foram os apelantes 3º Sgt PM Warley de Almeida Reis e Sd PM Oscar dos Reis Santos
processados e julgados pelo Conselho Permanente de Justiça da 2ª AJME, pela prática dos
crimes de lesão corporal leve, violação de domicílio e violência arbitrária, consoante
transcreve a peça exordial, às fls. 01 a 04.
Julgando procedente a acusação, foram condenados a 01 (hum) ano e 11 (onze) meses
de detenção, pena a ser cumprida em regime aberto e com direito ao benefício do “sursis”.
A sentença condenatória vem às fls. 248/258, cuja decisão transcrevo, “in verbis”:

“(Fundamentos de fato e de direito)


A seguir, passou o Conselho de Justiça a deliberar:
Verifica-se dos autos que os acusados, integrantes da VP- 4636, além de adentrarem
na residência de Carmelino Anastácio Gonzaga, durante o repouso noturno, teriam agredido
fisicamente o civil, Nilo Gonzaga, no dia 28 de março de 1998, por volta de 01:00 horas, em
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( - BGPM Nº 062 de 22 de agosto de 2002 -)


Betim/MG, em um campo de futebol. Praticaram violência contra Nilo Gonzaga e Gleyson de
Souza, no Posto da PM de Teresópolis.
O acusado Warley de Almeida Reis, 3º Sgt PM, declarou que o policial do policiamento
velado estava com uma pessoa presa, sendo ele traficante de drogas. A Central determinou
ao acusado que atendesse a essa ocorrência.
O acusado Oscar dos Reis Santos, Sd PM, declarou que compunha a guarnição
juntamente com o 1º acusado. A Central de Betim determinou que a guarnição se deslocasse
para essa ocorrência de tráfico de drogas.
A testemunha Antônio Carlos de Freitas Gomes disse que ia passando ao local e ouviu
a vítima Nilo gemendo e pedindo ‘pelo amor de Deus para não fazerem aquilo com ele’. Pelo
movimento parecia que um policial estava batendo em Nilo e ele gemia, mas não pode
reconhecê-lo.
A testemunha Benedita Lopes dos Santos disse que o seu filho Gleyson apareceu em
casa dizendo que tinha sido espancado por policiais militares, mas não falou quais foram os
policiais que o agrediram. Não sabe se os acusados agrediram o seu filho Gleyson e não
pode acusá-los.
A testemunha Lucas Rosa Pena, Sd PM, disse que nada sabe a respeito da denúncia e
desconhece as agressões dos acusados contra Nilo e Gleyson.
A testemunha Carmelino Anastácio Gonzaga disse que a denúncia é verdadeira pois
policiais entraram na residência do declarante, contra a sua vontade, pegaram o seu filho Nilo
Gonzaga e o levaram. Depois espancaram Nilo Gonzaga. Reconheceu na audiência, os
acusados Warley e Oscar como sendo os PMs que levaram Nilo Gonzaga e depois o
devolveram espancado.
A testemunha Nilo Gonzaga (ofendido) disse que depois que apanhou, piorou o seu
problema de cabeça. Reconhece o réu Oscar dos Reis Santos como sendo um dos policiais
que o agrediu fisicamente lá no quartinho. O Réu Warley de Almeida Reis não agrediu
fisicamente o declarante. O Réu Oscar deu tapas, pescoções e porretadas.
A testemunha Gleyson de Souza (ofendido) disse que ninguém agrediu fisicamente o
declarante e também não viu ninguém agredir fisicamente Nilo Gonzaga. Os policiais
apanharam o declarante e Nilo e perguntaram sobre um crime que nada sabia e depois
soltaram. Confirmou as declarações, de fls. 21 da precatória (fls. 160 dos autos), referente às
suas declarações na fase de IPM, onde consta: ‘que no posto havia um policial mais novo que
chegou a ‘escamá-los’, dando-lhes ‘borrachadas nos pés’; ‘que já na casa do Nilo os policiais
revistaram a casa toda e nada encontraram’; ‘que já no campo, os policiais desceram Nilo da
viatura deixando os outros dois dentro da viatura’; ‘que o depoente viu quando os policiais
ameaçaram Nilo com uma arma dizendo que iriam jogá-lo no barranco caso ele não
entregasse os objetos roubados’; ‘que novamente retornaram para o Posto Policial de
Teresópolis onde novamente tomaram algumas b ‘ orrachadas’ e chegaram a fazer ‘roleta
russa’ com os três colocando um cartucho no revólver e acionavam o gatilho, ora na direção
da testemunha, ora nos outros dois’.
O Exame de corpo de Delito na pessoa de Nilo Gonzaga se acha às fls. 67, registrando:
‘EXAME: Várias equimoses lineares paralelos nas regiões escapulares: interescapular, no
ombro esquerdo e no braço esquerdo. Escoriações na região cervical anterior esquerdo e
mandibular esquerda’, definindo-se como lesão leve.
São quatro as acusações contra os acusados:
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1ª ACUSAÇÃO: - A 1ª acusação consiste em ter entrado na residência de Carmelino
Anastácio Gonzaga, contra sua vontade expressa, durante o repouso noturno, com
inobservância das formalidades legais.
Carmelino Anastácio Gonzaga apresenta declarações coerentes desde o primeiro
momento. Com efeito, já em 23/04/1998, apresentou declarações em que por volta de 01:00
hora da manhã de 26 de março de 1998, seu filho chegou e os dois policiais o colocaram no
carro (viatura) e saíram (fls. 23). Já às fls. 25/26, perante a Promotoria de Justiça de Betim,
disse que ‘a polícia entrou na casa do declarante, sem mandado, fazendo vistorias dentro e
fora da casa, no quintal e nada foi encontrado’. Na fase de Sindicância (fls. 35 e 36) e em
Juízo (fls. 183) confirma essas suas declarações.
Gleyson de Souza disse que já na casa do Nilo os policiais revistaram a casa toda e
nada encontraram (fls. 15). O próprio 1º acusado declarou que compareceu a casa a
residência do Nilo Gonzaga (fls. 11). Em Juízo, declara que se deslocou até o local, por volta
de 22:00 horas, que chegou no portão da casa do Nilo, chamou do portão e foi atendido por
uma pessoa que se disse pai do Nilo e que o Nilo não estava em casa. O 2º acusado declara
que compareceu à residência de Nilo Gonzaga sem adentrar.
Não há dúvidas, portanto, de que os acusados compareceram a casa de Carmelino
Anastácio Gonzaga, por volta das 22:00 horas, conforme eles próprios declaram, dizendo que
não entraram na casa. As declarações de Carmelino estão coerentes e compatíveis, desde o
primeiro momento. Os acusados dizem que compareceram à sua residência por volta das
22:00 horas, o que completa o quadro de provas. A primeira acusação é procedente.
2ª ACUSAÇÃO: A segunda acusação de que os acusados ofenderam a integridade
física de Nilo Gonzaga encontra respaldo nas seguintes provas: 1) no Exame de Corpo de
Delito, de fls. 67; 2) no depoimento de Antônio Carlos de Freitas Gomes que disse que ouviu
a vítima Nilo gemendo e pedindo ‘pelo amor de Deus para não fazerem aquilo com ele’; 3) no
depoimento de Carmelino Anastácio Gonzaga que disse que os acusados levaram Nilo
Gonzaga e depois o devolveram espancado; 4) as declarações da vítima Nilo Gonzaga que
disse que um dos policiais o agrediu fisicamente no quartinho; 5) o depoimento de Gleyson de
Souza. Assim, a segunda acusação é verdadeira.
3ª e 4ª ACUSAÇÕES: A terceira e quarta acusações é de terem os acusados praticado
violência arbitrária contra Nilo Gonzaga e contra Gleyson de Souza no interior do Posto
Policial de Teresópolis. Gleyson de Souza, às fls. 160, confirmou suas declarações, de fls. 21,
onde diz que no Posto havia um policial mais novo que chegou a ‘escamá-los’, dando-lhes
‘borrachadas nos pés’, ‘que novamente retornaram para o Posto Policial do Teresópolis onde
novamente tomaram algumas ‘borrachadas’ e chegaram a fazer ‘roleta russa’. A testemunha
Antônio Carlos de Freitas disse que além dos gemidos ouviu Nilo dizendo; ‘pelo amor de
Deus, gente, não faz isso comigo’; que interpelou (o pai de Nilo), querendo saber o porque de
Nilo estar apanhando da Polícia. Na verdade, os acusados conduziram as vítimas para o
Posto da PM onde houve as violências. Assim, as terceira e quarta acusações são
verdadeiras.
As alegações da Defesa de que Nilo Gonzaga é doente mental; que a testemunha
Antônio Carlos de Freitas Gomes não reconheceu os acusados ; que Benedita Lopes dos
Santos não pode reconhecer os acusados; que Gleyson disse que ninguém o agrediu e não
viu ninguém agredir; e que não houve violação de domicílio sem permissão – não encontram
apoio no conjunto das provas constantes dos autos. Conforme análise anterior, verifica-se
perfeita harmonia do conjunto das provas, inclusive com as próprias declarações dos
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( - BGPM Nº 062 de 22 de agosto de 2002 -)


acusados que declaram que realmente receberam determinação para atenderem a ocorrência
de tráfico de drogas. O horário, os locais, as pessoas, são perfeitamente compatíveis. Por
outro lado, a análise das provas não se pode fazer isolada e separadamente, cada uma de
per si, - sim pelo seu conjunto – considerando cada prova que se fazem em partes.
Os acusados agiram em co-autoria, nos termos do Art. 53, do CPM. Houve
convergência de vontades na realização dos tipos penais em que incidiram os acusados.
Trata-se da teoria unitária, ou monista, ou igualitária, esposada pela nossa lei.
Os acusados trabalhavam juntos sob o comando do 1º acusado e agiram em
colaboração um com o outro.

‘O Código Penal, no art. 25 (art. 29 vigente) adotou a teoria da equivalência da causa.


Havendo convergência de vontades para a realização de um fim, aderindo um dos agentes à
ação do outro, a não identificação do resultado não importa autoria incerta. Todos respondem
pelo resultado’ (STF – RT – 575/466).
‘Em face da adoção do princípio unitário do concurso de agentes, basta, pela lei penal,
que cada um dos concorrentes tenha conhecimento de que contribuiu à ação de outro. Assim,
embora incerta a autoria dos atos de cada um no crime, devem ser todos condenados pela
prática do mesmo delito’ (TJMG – RT 651/323).

Com efeito, o Art. 297, do CPPM, diz que o Juiz formará convicção pela livre apreciação
do conjunto das provas colhidas em Juízo. Na consideração de cada prova, o Juiz deverá
confrontá-las com as demais, verificando se entre elas há compatibilidade e concordância.
Cada elemento de prova levado ao conjunto, tornam os fatos compatíveis e
concordantes.
As acusações são total e inteiramente procedentes. Os acusados agiram em co-autoria
( Art. 53, do CPM).

CONCLUSÃO
Por isso, o Conselho Permanente de Justiça, depois de analisar as provas dos autos e
confrontá-las com as alegações das partes, por maioria de votos, condena os acusados nas
penas do Art. 226, § 1º e 2º (violação de domicílio, na forma qualificada, com agravação de
pena); Art. 209, ‘caput’, (lesão leve); Art. 333 (violência arbitrária), em duas incidências –
todos do CPM.
FIXAÇÃO DA PENA DO 1º ACUSADO
- WARLEY DE ALMEIDA REIS – 3º Sargento PM
1) Circunstâncias judiciais (Art. 69, do CPM):O acusado tem contra ele mais três
processos, mas todos eles sem decisão definitiva. É, pois, primário, sem antecedentes. A
NPC do mesmo registra 25 Notas Meritórias; 11 Elogios Individuais, encontrando-se no bom
comportamento. É um policial militar operacional e com grande número de ocorrências
atendidas. As circunstâncias judiciais lhe são favoráveis, fixando-se, por isso, a pena base, no
mínimo legal: 1) pelo crime de violação de domicílio, na forma agravada, em seis meses de
detenção; 2) pelo crime de lesão leve, em três meses de detenção; 3) pelo crime de violência
arbitrária, em duas incidências, em seis meses para cada incidência.
2) Circunstâncias legais (circunstâncias agravantes e atenuantes – Art. 70 e 72, do
CPM): Não existem.
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( - BGPM Nº 062 de 22 de agosto de 2002 -)


3) Causas de aumento e de diminuição (Art. 76, CPM): Existe a agravação prevista no
Art. 226, § 2º, do CPM, no crime de violação de domicílio. Então, a pena base para esse
crime fixada na forma qualificada em seis meses de detenção passa a ser de oito (8) meses
de detenção.
4) Pena definitiva: aplicando-se a regra do Art. 79, do CPM, a pena única é a soma de
todas, por serem da mesma espécie. Então a pena definitiva é de 23 meses de detenção, ou
UM ANO E ONZE MESES DE DETENÇÃO, que se transforma em prisão, nos termos do Art.
59, do CPM.
FIXAÇÃO DA PENA DO 2º ACUSADO -
OSCAR DOS REIS SANTOS – Soldado PM
1) Circunstâncias judiciais (Art. 69, do CPM): É primário, sem antecedentes. Sua NPC
revela que está no bom comportamento, tendo 09 Notas Meritórias e 05 Elogios Individuais.
Não tem punição disciplinar. As circunstâncias judiciais lhe são favoráveis, fixando-se, por
isso, a pena base, no mínimo legal: 1) pelo crime de violação de domicílio, na forma
agravada, em seis meses de detenção; 2) pelo crime de lesão leve, em três meses de
detenção; 3 ) pelo crime de violência arbitrária, em duas incidências, em seis meses para
cada incidência.
2) Circunstâncias legais (circunstâncias agravantes e atenuantes – Art. 70 e 72, do
CPM): Não existem.
3) Causas de aumento e de diminuição (Art. 76, CPM):Existe a agravação prevista no
Art. 226, § 2º, do CPM, no crime de violação de domicílio. Então, a pena base para esse
crime fixada na forma qualificada em seis meses de detenção passa a ser de oito (8) meses
de detenção.
4) Pena definitiva: aplicando-se a regra do Art. 79, do CPM, a pena única é a soma de
todas, por serem da mesma espécie. Então a pena definitiva é de 23 meses de detenção ou
UM ANO E ONZE MESES DE DETENÇÃO, que se transforma em prisão, nos termos do Art.
59, do CPM.
Fixa-se o regime aberto inicial de cumprimento de pena, para ambos os acusados, sob
as seguintes condições:
I – permanecer no local do estabelecimento prisional que for designado, de Segunda a
Sábado, das 23:00 às 06:00 horas, e aos domingos, em tempo integral;
II – sair para suas atividades policiais militares que lhe for determinada e retornar nos
horários fixados;
III – não se ausentar da cidade onde reside, sem autorização judicial;
IV – informar e justificar as atividades ao Juízo, por intermédio de sua organização
policial militar, quando for determinado;
V – não cometer faltas disciplinares de natureza grave ou gravíssima;
VI – não praticar fatos definidos como crimes ou contravenções;
VII – Sair do estabelecimento prisional, sem escolta, de Segunda a Sábado, das 06:00
às 23:00 horas para suas atividades normais.
O Órgão a quem compete os encargos administrativos de execução penal, deverá
comunicar a este juízo, sucintamente, as condições em que vem o acusado cumprindo a pena
em regime aberto, relatando sobre a autodisciplina e senso de responsabilidade do mesmo.
Considerando que os acusados preenchem os requisitos para a concessão da
suspensão condicional da pena, é-lhes concedido este benefício, nos termos do art. 84 e
seguintes do CPM, e art. 606 e seguintes do CPPM, pelo prazo de dois (2) anos.
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( - BGPM Nº 062 de 22 de agosto de 2002 -)


São as condições do ‘sursis’:
- não se embriagar, nem cometer outro crime, contravenção cuja pena seja privativa da
liberdade, nem cometer transgressão disciplinar de natureza gravíssima;
- não praticar jogos de azar, nem freqüentar lugares incompatíveis com a moral e os
bons costumes, exceto em serviço;
- comunicar à Justiça Militar toda e qualquer alteração de seu endereço.
O Juiz-Militar 1º Ten Márcio Jeremias Simão julgou parcialmente procedente a
acusação, absolvendo o 1º acusado, 3º Sgt PM Warley de Almeida Reis, de todas as
imputações, por insuficiência de provas. Condena o 2º acusado, Oscar dos Reis Santos, Sd
PM, no art. 209, ‘caput’ (lesão leve), e art. 333 (violência arbitrária), ambos do CPM, a pena
mínima de 03 (três) meses e 06 (seis) meses, respectivamente, perfazendo um total de 09
(nove) meses de detenção, a ser cumprida em regime aberto. Concede o ‘sursis’.”

Não se conformando com o “decisum” recorrem os condenados, apresentando razões


do recurso às fls. 264 “usque” 272. Contra-arrazoa o Ministério Público às fls. 273 “usque”
278.
Pugna a defesa pela absolvição dos apelantes e o Ministério Público pela manutenção
da sentença condenatória, nos seus exatos termos.
Neste egrégio Tribunal, manifesta-se o ilustre Procurador de Justiça, às fls. 287/290,
requerendo seja negado provimento ao recurso, mantendo-se a anterior decisão de primeiro
grau.

VOTOS
JUIZ CEL PM PAULO DUARTE PEREIRA, RELATOR
Como se observa da r. sentença, os apelantes 3º Sgt PM Warley de Almeida Reis e Sd
PM Oscar dos Reis Santos foram julgados pela prática dos crimes de lesão corporal leve,
violação de domicílio e violência arbitrária, e condenados à pena de 01 (um) ano e 11 (onze)
meses de detenção, a ser cumprida em regime aberto. Foi-lhes concedido o benefício da
suspensão condicional da pena.
A decisão soi acontecer como as oriundas da 2ª AJME, bem fundamentada e de
indiscutível clareza.
Contudo, com ela não se conformando, apelaram a este e. Tribunal Militar os policiais
militares apenados, pugnando pela sua reforma e, em decorrência, pela absolvição, vez que
as “provas testemunhais e periciais trazidas aos autos, nada comprovaram”. A certeza que se
busca no processo penal é a verdade real, e esta não foi devidamente provada. O Ministério
Público não prova o alegado na denúncia (fls. 271).
Com clareza, vê-se do processado a ocorrência dos fatos como descritos na peça
exordial, agressões às vítimas, comprovadas pelas testemunhas e materialmente visíveis no
ACD; a invasão de domicílio sem ordem judicial foi confirmada pelo proprietário e por duas
testemunhas; finalmente, a violência arbitrária, com duas incidências, suficientemente
comprovadas.
O Conselho Permanente de Justiça os condenou, à existência de provas materiais e
testemunhais, às sanções dos artigos 226, § 1º e § 2º (violação de domicílio), 205, “caput”
(lesão corporal leve) e 333 (violência arbitrária), todos do CPM, à pena definitiva de 01 (um)
ano e 11 (onze) meses de detenção, em regime aberto e com direito ao “sursis”.
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( - BGPM Nº 062 de 22 de agosto de 2002 -)


Em suas alegações, os apelantes sofismaram, nada apresentando de concreto que
pudesse modificar a decisão condenatória. Nesses mesmos termos se firmaram o douto
Promotor de Justiça e o ilustre Procurador de Justiça, que propuseram o improvimento do
recurso.
Com os jurídicos fundamentos da r. sentença condenatória e com fulcro no parecer
ministerial, nego provimento ao apelo, mantendo a decisão de primeiro grau.

JUIZ DÉCIO DE CARVALHO MITRE, REVISOR


Os militares foram acusados por quatro fatos:
1) entraram na residência do ofendido Carmelino Anastácio Gonzaga, contra sua
vontade e durante o repouso noturno;
2) pegaram a vítima Nilo Gonzaga em sua residência e a levaram para um campo de
futebol, espancando-a;
3) deslocando-se até o Posto Policial de Teresópolis, aí continuaram a ofender
fisicamente Nilo Gonzaga;
4) ainda no posto policial, praticaram violência contra o civil Gleyson de Souza.
Tais fatos ocorreram após as 23 horas, quando adentraram na casa de Carmelino, no
dia 28 de março de 1998, em Contagem.
Em razão das acusações, o Conselho de Justiça, por maioria de votos, condenou os
acusados nas penas do art. 226, parágrafos 1º e 2º (violação de domicílio na forma
qualificada, com agravação de pena); art. 209, “caput” (lesão leve); art. 333 (violência
arbitrária) em duas incidências – todos do CPM.
Em perfeita análise das circunstâncias e causas de aumento e diminuição, foi fixada a
pena definitiva de 23 (vinte e três) meses de detenção para cada um dos indiciados, a ser
cumprida em regime aberto, com as condições previstas ao final da sentença.
O eminente magistrado, Dr. Waldyr Soares, como é seu feito, bem analisou as provas, o
que vai às fls. 252 e seguintes, configurando a violação de domicílio durante o repouso
noturno, a ofensa à integridade física contra Nilo, a violência arbitrária praticada contra Nilo e
Gleyson no interior do Posto Policial de Teresópolis.
A defesa, na pessoa da ilustrada Dra. Suzana Maria Dias Guieiro, em bem elaborada
peça, recorre pedindo a absolvição, porquanto das provas não emergem certeza e, na dúvida,
absolve-se o acusado. Alega, ainda, que a vida pregressa dos apelantes é límpida, sendo
excelentes policiais.
O Sr. Procurador de Justiça, Dr. Epaminondas Fulgêncio Neto, oferece seu parecer, no
sentido de ser negado provimento à apelação, constatando que “cada elemento de prova
levado ao conjunto tornaram os fatos compatíveis e concordantes, o que nos leva a pugnar
pela manutenção da sentença condenatória proferida em primeira instância”.
Creio que o processo foi bem relatado e pouco tenho a acrescentar.
Nego provimento à apelação, mantendo a decisão recorrida.

JUIZ JOSÉ JOAQUIM BENFICA


Com a alteração do Regimento Interno, os juízes, para o julgamento da apelação,
recebem, agora, não mais a denúncia, mas a sentença recorrida, causa e objeto do recurso,
que tem de ser examinada.
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( - BGPM Nº 062 de 22 de agosto de 2002 -)


Neste caso, a sentença recorrida merece ser destacada pela precisão e técnica, que me
levam a mantê-la, seguindo os votos proferidos.

JUIZ CEL PM JAIR CANÇADO COUTINHO


Nego provimento ao recurso, nos termos dos votos dos Juízes relator e revisor.

Belo Horizonte, sala das sessões do Tribunal de Justiça Militar do Estado de Minas
Gerais, aos 30 de abril de 2002.

(a) Juiz Décio de Carvalho Mitre


Presidente e Revisor

(a) Juiz Cel PM Paulo Duarte Pereira


Relator

(a) Juiz Cel PM Jair Cançado Coutinho

Juiz José Joaquim Benfica

Ciente,

(a) Dr. Epaminondas Fulgêncio Neto


Procurador de Justiça
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( - BGPM Nº 062 de 22 de agosto de 2002 -)

ESTADO-MAIOR

Portaria nº 133/2002 – EMPM – SR

Ao: Nº 118.666-7, 1º Ten PM Reginaldo de Andrade Teixeira, do CET


Assunto: Instauração de Sindicância Regular
Anexo: Despacho nº 092.646/02-EMPM, de 13Mai02 e seus anexos, num total de 06(seis)
folhas.

Tendo chegado ao meu conhecimento, através dos documentos juntos, que no dia
04Jun02, por volta das 11:00 horas, na rua Moacir Menezes, nº 1483, bairro Sevilha, em
Ribeirão das Neves/MG, um Cabo PM do Btl ROTAM teria comparecido na residência de um
Cabo PM da 7ª RPM e, de arma de fogo em punho, ameaçado-o de morte, em decorrência de
um atrito anterior, envolvendo o menor JONATHAN PEREIRA DE ALMEIDA, determino sejam
os fatos apurados através de Sindicância Regular, nos termos do inciso II, do artigo 2º, das
Normas para Elaboração de Sindicância na Polícia Militar, aprovadas pela Resolução nº
1102, de 23Dez82, com as modificações introduzidas pela Resolução nº 3235, de 29Nov95,
com a possível urgência, delegando-lhe, para esse fim, as atribuições que me competem.
Publique-se, registre-se, cumpra-se.

Belo Horizonte, 03 de julho de 2002.

(a) JAIME PIMENTEL DE SOUZA, CORONEL PM


Chefe do Estado-Maior

publicado novamente por erro de origem


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( - BGPM Nº 062 de 22 de agosto de 2002 -)

ESTADO-MAIOR

Portaria nº 145/2002 – EMPM – IPM

Ao: N.º 079.539-3, Ten Cel PM Elói Lopes Filho, do CET


Assunto: Instauração de Inquérito Policial Militar.
Anexo: Cópias das fls. 40 a 44, 136 a 139, 148 a 153, 160,161, 170 a 177, 297 a 299, 364,
367 a 370, 377 a 382, 446, 449, 454, 462, 463, 465, 466, 469 a 475, 488 a 490, 493,494,
499,500,511,512, 587 a 589, 609 a 612, 615 a 617, 621 a 665, 708 a 729 e 741 a 750, todas
integrantes dos autos do Processo Nr 16.965/2ª AJME.

Tendo chegado ao meu conhecimento, através dos documentos juntos, que no


decorrer do ano de 1997, diversos autos de infração, lavrados pelos militares que pertenciam
à 8ª Cia PFlo, teriam desaparecido no quartel daquela UEOp e tais irregularidade não teriam
sido devidamente apuradas no IPM de Portaria Nr 032/98-EMPM, de 16Jul98; tendo em vista
o requerimento do Ministério Público e a requisição judicial anexo, e, considerando que as
condutas dos militares podem se amoldar, em tese, aos tipos penais previsto nos artigos 303,
308, 316 e 319, do CPM, determino seja, com a possível urgência, nos termos da alínea “c”
do artigo 10, do CPPM, instaurado a respeito, o devido Inquérito Policial Militar, delegando-lhe
para esse fim as atribuições de polícia judiciária militar que me competem.

Publique-se, registre-se, cumpra-se.

Belo Horizonte, 04 de julho de 2002.

(a) JAIME PIMENTEL DE SOUZA, CORONEL PM


Chefe do Estado-Maior
Página: ( - 2960 - )

( - BGPM Nº 062 de 22 de agosto de 2002 -)

ESTADO-MAIOR

Portaria nº 173/2002 – EMPM – IPM

Ao: Nº 089.066-5, 1º Ten PM Cláudio Duani Martins, do CTP


Assunto: Instauração de Inquérito Policial Militar
Anexo: Ofício nº 343/02/L-PDDH, de 08Jul02 e seus anexos, num total de 16(dezesseis)
folhas.

Tendo chegado ao meu conhecimento, através dos documentos juntos, que no dia
23Mar02, militares não identificados teriam agredido fisicamente o Sr. WILLIANS DE JESUS
LOPES JÚNIOR, durante a sua abordagem e prisão ; tendo em vista o requerimento do
Ministério Público anexo e considerando que a conduta dos militares amolda-se em tese ao
tipo penal previsto no artigo 209, do CPM, determino seja, com a possível urgência, nos
termos da alínea “c” do artigo 10, do CPPM, instaurado a respeito o devido Inquérito Policial
Militar, delegando-lhe para esse fim as atribuições de polícia judiciária militar que me
competem.

Publique-se, registre-se, cumpra-se.

Belo Horizonte, 30 de julho de 2002.

(a) JAIME PIMENTEL DE SOUZA, CORONEL PM


Chefe do Estado-Maior
Página: ( - 2961 - )

( - BGPM Nº 062 de 22 de agosto de 2002 -)

ESTADO-MAIOR

Portaria nº 174/2002 – EMPM – IPM

Ao: Nº 051.889-4, Maj PM Romildo Rodrigues Abreu, da 3ª RPM


Assunto: Instauração de Inquérito Policial Militar
Anexo: Memorando nº 1144.2/02-EMPM, de 26Jun02 e demais documentos, num total de
10(dez) folhas.

Tendo chegado ao meu conhecimento, através dos documentos juntos, que um


Cabo PM do 10º BPM teria sido ofendido por um Oficial Superior, daquela UEOp, através de
palavras rudes, quando procurado para solicitar-lhe solução dos seus problemas funcionais;
considerando que a conduta do Oficial amolda-se em tese ao tipo penal previsto no artigo
174, do CPM, determino seja, com a possível urgência, nos termos da alínea “a” do artigo 10,
do CPPM, instaurado a respeito o devido Inquérito Policial Militar, delegando-lhe para esse
fim as atribuições de polícia judiciária militar que me competem.

Publique-se, registre-se, cumpra-se.

Belo Horizonte, 30 de julho de 2002.

(a) JAIME PIMENTEL DE SOUZA, CORONEL PM


Chefe do Estado-Maior
Página: ( - 2962 - )

( - BGPM Nº 062 de 22 de agosto de 2002 -)

ESTADO-MAIOR

Portaria nº 176/2002 – EMPM – IPM

Ao: Nº 113.860-1, 1º Ten PM Terence P. Floriano Guimarães, do 27º BPM


Assunto: Instauração de Inquérito Policial Militar
Anexo: Despacho nº 94.106/02-EMPM, de 08Jul02;
Ofício nº 2405/2.2002-2ª AJME de 28.06.02, tendo como anexo o Doc. Nº 511/02
demais documentos, num total de 89(oitenta e nove) folhas.

Tendo chegado ao meu conhecimento, através dos documentos juntos, que em


21Jan01, por volta das 03:00 horas, na rua Antônio Carlos, esquina com rua Tancredo Neves,
no Centro de Lima Duarte/MG, militares do 4º Pel/33ª Cia/27º BPM teriam cometido
arbitrariedades e lesões corporais contra o menor JESIEL FRANCISCO DE DEUS, durante
uma abordagem policial; tendo em vista o requerimento do Ministério Público e a requisição
judicial anexos, e, considerando que as condutas dos militares podem se amoldar, em tese,
aos tipos penais previstos no artigo 209 e 222, do CPM, determino seja, com a possível
urgência, nos termos da alínea “c” do artigo 10, do CPPM, instaurado a respeito, o devido
Inquérito Policial Militar, delegando-lhe, para esse fim as atribuições de polícia judiciária
militar que me competem.

Publique-se, registre-se, cumpra-se.

Belo Horizonte, 30 de julho de 2002.

(a) JAIME PIMENTEL DE SOUZA, CORONEL PM


Chefe do Estado-Maior
Página: ( - 2963 - )

( - BGPM Nº 062 de 22 de agosto de 2002 -)

ESTADO-MAIOR

Portaria nº 186 /2002 – EMPM – IPM

Ao: Nº 113.820-5, 1º Ten PM Murilo César Ferreira, do CET


Assunto: Instauração de Inquérito Policial Militar
Anexo: Termo de Declarações do Sr. Fabiano Ribeiro dos Santos;
Termo de Declarações do Sr. Rodney Silva e demais documentos, num total de 48(quarenta e
oito) folhas.

Tendo chegado ao meu conhecimento, através dos documentos juntos, que no dia
09Set01, por volta das 23:40 horas, na rua Santa Cruz, próximo ao nº 56, bairro Venda Nova,
em Belo Horizonte/MG, militares do 13º BPM, escalados de serviço no Grupo Tático da 14ª
Cia (TPO-5778), teriam efetuado disparos de armas de fogo contra os ocupantes do
GM/Chevette, de cor bege, placa GOR-1582, ocasionando danos no automóvel; durante as
abordagens os senhores FABIANO RIBEIRO DOS SANTOS e RODNEY SILVA teriam sido
agredidos fisicamente pelos militares, resultando-lhes lesões corporais; considerando que a
conduta dos militares amoldam-se, em tese aos tipos penais previstos nos artigos 209 e 259
do CPM, determino seja, com a possível urgência, instaurado a respeito o devido Inquérito
Policial Militar, delegando-lhe para esse fim as atribuições de polícia judiciária militar que me
competem.

Publique-se, registre-se, cumpra-se.

Belo Horizonte, 12 de agosto de 2002.

(a) JAIME PIMENTEL DE SOUZA, CORONEL PM


CHEFE DO ESTADO-MAIOR
Página: ( - 2964 - )

( - BGPM Nº 062 de 22 de agosto de 2002 -)

ESTADO-MAIOR

Portaria n.º 187/2002 – EMPM – IPM

Ao: Nº 083.901-9, Cap PM José Amilton Campos, do CAE


Assunto: Instauração de Inquérito Policial Militar
Anexo: Ofício n.º 0850/OP/02-Ouvidoria da Polícia, de 02Jul02 – denúncia nº 2894;
Ofício n.º 332/02/A-PDDH, de 025Jul02 e demais documentos, num total de
07(sete) folhas.

Tendo chegado ao meu conhecimento, através dos documentos juntos, que em


01Jul02, por volta de 01 20 hora, nas proximidades da rua Desembargador Bráulio, bairro Alto
Vera Cruz, em Belo Horizonte-MG, militares do Btl ROTAM que encontravam-se de serviço
nas guarnições GTM 7332 e GTM 7336, teriam agredido fisicamente o Sr. ROBSON
RAIMUNDO DA SILVA durante a sua abordagem e prisão, inclusive, teriam contra ele
efetuado diversos disparos de armas de fogo; tendo em vista o requerimento do Ministério
Público, e, considerando que a conduta dos militares amolda-se, em tese, ao tipo penal
previsto no artigo 209, do CPM, determino seja, com a possível urgência, nos termos da
alínea “c” do artigo 10, do CPPM, instaurado a respeito, o devido Inquérito Policial Militar,
delegando-lhe para esse fim as atribuições de polícia judiciária militar que me competem.
Publique-se, registre-se, cumpra-se.

Belo Horizonte, 12 de agosto de 2002.

(a) JAIME PIMENTEL DE SOUZA, CORONEL PM


Chefe do Estado-Maior
Página: ( - 2965 - )

( - BGPM Nº 062 de 22 de agosto de 2002 -)

ESTADO-MAIOR

Portaria nº 188/2002 – EMPM – IPM

Ao: Nº 100.461-3, Cap PM Washington Mendes Pereira, da CPM


Assunto: Instauração de Inquérito Policial Militar
Anexo: Ofício nº 8.212/CB/43.702, de 16Jul02 e demais documentos, num total de
11(onze) folhas.

Tendo chegado ao meu conhecimento, através dos documentos juntos, que no dia
30Dez98, por volta das 16:00 horas, na rua Modelo, próximo ao nº 371, bairro Suzana, em
Belo Horizonte/MG, militares do 13º BPM, em serviço e em trajes civis, teriam praticado
agressões físicas contra o Sr. JOSÉ VALDECI LOURENÇO DE SOUZA durante a sua
abordagem e prisão; inclusive os militares teriam conduzido o preso até uma mata no
município de Santa Luzia/MG, onde teriam exigido dinheiro para evitar a sua prisão;
considerando que as condutas dos militares, em tese, amoldam-se aos tipos penais previstos
nos artigos 209 e 305 do CPM, determino seja, com a possível urgência, instaurado a respeito
o devido Inquérito Policial Militar, delegando-lhe para esse fim as atribuições de polícia
judiciária militar que me competem.

Publique-se, registre-se, cumpra-se.

Belo Horizonte, 12 de agosto de 2002.

(a) JAIME PIMENTEL DE SOUZA, CORONEL PM


CHEFE DO ESTADO-MAIOR
Página: ( - 2966 - )

( - BGPM Nº 062 de 22 de agosto de 2002 -)

ESTADO-MAIOR

Portaria nº 189 /2002 - EMPM - SR

Ao: Nº 064.748-7, 1º Ten PM Antônio de Pádua Lima, do CAP


Assunto: Instauração de Sindicância Regular
Anexo: Despacho nº 94.615/02/EMPM, de 24Jul02 e demais documentos, num total de
09(nove) folhas

Tendo chegado ao meu conhecimento através dos documentos juntos, que no dia
08Jun02, por volta das 03:00 horas, no setor de internação do Hospital Militar-HPM, teria
ocorrido um atrito verbal entre um Cabo PM do 16º BPM e um Cabo PM do HPM, decorrente
da demora no atendimento da filha do graduado do 16º BPM, determino sejam os fatos
apurados através de Sindicância Regular, com a possível urgência, delegando-lhe, para esse
fim, as atribuições que me competem.

Publique-se, registre-se, cumpra-se.

Belo Horizonte, 12 de agosto de 2002.

(a) JAIME PIMENTEL DE SOUZA, CORONEL PM


Chefe do Estado-Maior
Página: ( - 2967 - )

( - BGPM Nº 062 de 22 de agosto de 2002 -)

ESTADO-MAIOR

Portaria nº 191/2002 - EMPM - SR

Ao: Nº 095.613-6, Cap PM Carlos Iomag Maximiano, do CTP


Assunto: Instauração de Sindicância Regular
Anexo: Despacho 94546.02-EMPM de 17.07.02;
Autos de Sindicância Regular nº 094/2001-Btl Rotam e demais documentos, num
total de 61(sessenta e uma) folhas.

Tendo chegado ao meu conhecimento através dos documentos juntos, que no dia
17Set01, por volta das 09:00 horas, militares de Unidades distintas teriam violado e danificado
os domicílios dos Senhores ANDRÉ LUIZ PEREIRA e RONALDO RAMALHO FERRREIRA
DE ALMEIDA, situados na rua Congonhas, nº 70, bairro Sevilha B, em Ribeirão das
Neves/MG e rua das Capuchinas, nº 70, bairro Rosaneves, Ribeirão das Neves/MG,
respectivamente, tendo em vista que esse fatos não foram cabalmente apurados através dos
autos de Sindicância Regular de Portaria nº 094/2001-Btl ROTAM, de 08Out01, determino
sejam os fatos apurados através de Sindicância Regular, com a possível urgência,
delegando-lhe, para esse fim, as atribuições que me competem.

Publique-se, registre-se, cumpra-se.

Belo Horizonte, 12 de agosto de 2002.

(a) JAIME PIMENTEL DE SOUZA, CORONEL PM


Chefe do Estado-Maior
Página: ( - 2968 - )

( - BGPM Nº 062 de 22 de agosto de 2002 -)

( a ) - ÁLVARO ANTÔNIO NICOLAU, CORONEL PM


COMANDANTE-GERAL

CONFERE COM O ORIGINAL:

FRANCISCO NEVES TINOCO, Ten-Cel PM


AJUDANTE-GERAL

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