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AJUDÂNCIA-GERAL
SEPARATA
DO
BGPM
Nº 99
Assunto:
Orientações para a elaboração do ato de sanção disciplinar
Belo Horizonte/MG
Dezembro de 2014
( - SEPARATA DO BGPM Nº 99, de 30 de Dezembro de 2014 - ) Pag. ( - 2 - )
GOVERNADOR DO ESTADO
Dr. Alberto Pinto Coelho
COMANDANTE-GERAL DA PMMG
Cel PM Márcio Martins Sant’Ana
CHEFE DO ESTADO-MAIOR
Cel PM Divino Pereira de Brito
REDAÇÃO
Ten Cel PM Peterson Rodrigo Brandão Silveira
Maj PM Vitor Flávio Lima Martins
Maj PM Wanderlúcio Ferraz dos Santos
Maj PM Cláudio Márcio Pogianelo
Maj PM Silma Regina Gomes da Rocha Oliveira
Cap PM Ivana Ferreira Quintão
Cap PM Maurício José de Oliveira
Cap PM Wesley Barbosa Rezende
Cap PM Luciana Ferreira André Rezende
Cap PM Sônia Rúbia de Matos Figueiredo
1° Ten PM Aires Fernando Moreira Simões
2° Ten PM Marcos Gonçalves Farias
REVISÃO FINAL
Ten Cel PM Jaqueline Rocha
Ten Cel PM Wagner Adriano Augusto
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1. INTRODUÇÃO
Desta forma, o presente Boletim Técnico Conjunto tem por objetivo orientar os
operadores do Sistema de Recursos Humanos (SRH), auxiliares da pasta de Justiça
e Disciplina e aos Chefes de Seção de Recursos Humanos, a trabalharem de forma
mais detalhada e refinada em relação a escorreita elaboração do ato de sanção
disciplinar.
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b) reincidência:
c) serviços relevantes:
Deve ser entendido como sendo externo, uma vez que nessa situação deve
o policial militar primar pela máxima correção e exemplo.
RE n. 498.949 / MS STJ
Recurso Especial
Relator: Min. Felix Fischer
Julgamento: 12/08/2003 Órgão Julgador: Quinta Turma
Ementa: Penal. Recurso Especial. Concussão. CPM. Agravantes. Bis in idem.
As agravantes só podem ser aplicadas, em regra, quando não pertencem ao tipo
(básico ou derivado), sendo vedado o bis in idem.
Recurso provido (BRASIL, 2003, grifo nosso).
QUADRO 1
Tipos administrativos x agravantes que podem redundar em duplo enquadramento
(continua)
Art. 13, VIII- “[...] divulgar ou Art. 21, V, alínea “e”- “[...] A presente transgressão disciplinar
contribuir para a divulgação de com abuso de confiança somente pode ocorrer “[...] com
assunto de caráter sigiloso de inerente ao cargo ou abuso de confiança inerente ao
que tenha conhecimento em função”. cargo ou função”.
razão do cargo ou função” (grifo
Nesse caso, o abuso de confiança
nosso).
decorrente do cargo ou função faz
parte do próprio tipo administrativo,
não se podendo, por isso, aplicar a
agravante do art. 21, V, alínea “e”
da Lei n. 14.310/02.
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(continua)
Art. 13, XV- “[...] dormir em Art. 21, V, alínea “a”- “[...] Inaplicabilidade da agravante “[...]
serviço [...]” (grifo nosso). durante a execução do durante a execução do serviço [...]”.
serviço [...]”.
Circunstância incorporada ao tipo
administrativo. Não pode referida
circunstância agravar a pena,
protagonizando-se indesejável bis
in idem.
Art. 13, XVIII- “[...] induzir ou Art. 21, V, alínea “h”- “[...] A presente transgressão disciplinar
instigar alguém a prestar com o fim de obstruir ou somente pode ocorrer com a
declaração falsa em procedi- dificultar a apuração finalidade de “[...] obstruir ou
mento penal, civil ou admi- administrativa, policial ou dificultar a apuração administrativa,
nistrativo ou ameaçá-lo para judicial, ou esclarecimento policial ou judicial, ou
que o faça [...]”. da verdade”. esclarecimento da verdade”. Nesse
caso, a circunstância agravante
nada mais é do que o mero dolo
em cometer a transgressão (vale
lembrar que o dolo é elemento
nuclear do tipo subjetivo).
Art. 14, I- “[...] executar Art. 21, V, alínea “a”- “[...] Inaplicabilidade da agravante “[...]
atividades particulares durante durante a execução do durante a execução do serviço [...]”.
o serviço [...]” (grifo nosso). serviço [...]”.
Circunstância incorporada ao tipo
administrativo. Não pode referida
circunstância agravar a pena,
protagonizando-se indesejável bis
in idem.
Art. 14, VII- “[...] faltar com a Art. 21, V, alínea “h”- “[...] A presente transgressão disciplinar
verdade, na condição de com o fim de obstruir ou somente pode ocorrer com a
testemunha, ou omitir fato do dificultar a apuração finalidade de “[...] obstruir ou
qual tenha conhecimento, administrativa, policial ou dificultar a apuração administrativa,
assegurado o exercício judicial, ou esclarecimento policial ou judicial, ou
constitucional da ampla da verdade [...]”. esclarecimento da verdade [...]”.
defesa”.
Nesse caso, a circunstância
agravante nada mais é do que o
mero dolo em cometer a
transgressão (lembramos apenas
que o dolo é o elemento nuclear
do tipo subjetivo).
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(conclusão)
Fonte: MINAS GERAIS. Lei Estadual 14.310 de 19 de junho de 2002. Dispõe sobre o Código de Ética e Disciplina dos
Militares do Estado de Minas Gerais.
Nota: Elaborado pelos autores.
Assim, para que os atos daquele que responde pelo Comando, mesmo
temporariamente, tenham validade, é necessário que essa designação temporária
seja devidamente registrada com sua publicação em Boletim Interno ou BGPM, sob
pena de todos os atos serem inválidos por falta de pressuposto legal, ou seja,
competência.
do MAPPA. Embora o art. 546 do MAPPA autorize a notificação por outros meios,
além dos previstos na norma, desde que haja a devida comprovação da ciência ao
interessado, importante ressaltar que a regra é a notificação pessoal do sancionado,
conforme dispõe o art. 25 da Lei Estadual n. 14.310/02.
Após a vigência do MAPPA houve alguns incidentes por parte das SRH de
Unidades que ativaram sanções disciplinares de militares que tinham direito ao
segundo recurso disciplinar com efeito suspensivo, apesar do texto expresso no
sentido de observar a transição das regras do MAPPAD para o MAPPA.
Noutro giro, tem sido verificado que as Unidades não adotam procedimento
uníssono quanto à ativação das sanções quando da verificação da ausência de um
dos pressupostos de admissibilidade (tempestividade). O art. 87 do CEDM dispõe
que “a não interposição do recurso disciplinar no momento oportuno implicará
aceitação da sanção, que se tornará definitiva”.
Para que a peça recursal seja apta a produzir seus efeitos, inclusive
referente à retratação da autoridade sancionadora, deverá possuir todos os
pressupostos de admissibilidade previstos no art. 472 do MAPPA, quais sejam a
tempestividade, a legitimidade para recorrer, o interesse recursal e o cabimento.
É muito importante reforçar esta orientação, uma vez que o art. 326, §§ 4° e
5° do MAPPA tem sido frequentemente desrespeitado.
A sua aplicação, também, deve ser orientada por situações que importem
em não concessão por vezes reiteradas a um mesmo militar, haja vista estar
atrelada a verificação dos dados funcionais do servidor e o cometimento de várias
transgressões disciplinares implica em não merecimento do benefício.
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Neste viés, não podemos deixar de mencionar que o fato jurídico principal é
a decisão judicial, sem a qual o fato jurídico acessório (fixação de obrigação
laborativa) não existiria. À luz dessas considerações, temos a convicção de que o
brocardo jurídico “o acessório segue o principal” não fica restrito ao campo teórico,
uma vez que na prática é inadmissível a assertiva de que “o principal segue o
acessório”.
4. ORIENTAÇÃO TÉCNICA
Salienta-se, por oportuno, que este Boletim não tem por objetivo revogar as
orientações contidas na IRH n. 239/02 – DRH e nas demais normas que já dispõem
sobre a matéria, mas apenas e tão somente aclará-las, isto em face do surgimento
de modernas doutrinas do Direito Administrativo Sancionador que abrangem o ato
de sanção disciplinar.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
______. Polícia Militar de. Estado Maior. Memorando n. 10.453/12 – EMPM. Belo
Horizonte, 2012.
OLIVEIRA, Silma Regina Gomes da Rocha. Reformatio in pejus nos atos de sanção
disciplinar na Polícia Militar de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2011.
(a) Cel PM Renato Batista Carvalhais (a) Eduardo César Reis, Cel PM
Corregedor da Polícia Militar Diretor de Recursos Humanos
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Assunto:
Indicadores de resolutividade
dos processos administrativos disciplinares
Belo Horizonte/MG
Dezembro de 2014
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GOVERNADOR DO ESTADO
Dr. Alberto Pinto Coelho
COMANDANTE-GERAL DA PMMG
Cel PM Márcio Martins Sant’Ana
CHEFE DO ESTADO-MAIOR
Cel PM Divino Pereira de Brito
REDAÇÃO
Maj PM Vitor Flávio Lima Martins
Maj PM Cláudio Márcio Pogianelo
Maj PM Silma Regina Gomes da Rocha Oliveira
Cap PM Ivana Ferreira Quintão
Cap PM Wesley Barbosa Rezende
Cap PM Sônia Rúbia de Matos Figueiredo
1° Ten PM Aires Fernando Moreira Simões
2° Ten PM Marcos Gonçalves Farias
2° Ten PM Jorge Araújo de Alcântara
Sub Ten PM Tarciso Bento da Costa
REVISÃO FINAL
Ten Cel PM Jaqueline Rocha
( - SEPARATA DO BGPM Nº 99, de 30 de Dezembro de 2014 - ) Pag. ( - 24 - )
1. INTRODUÇÃO
≤ 0,40 - VERDE
≤ 0,60 - AMARELO
> 0,60 - VERMELHO
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2.1.3 Polaridade:
Menor melhor.
≤ 0,50 - VERDE
≤ 0,75 - AMARELO
> 0,75 - VERMELHO
( - SEPARATA DO BGPM Nº 99, de 30 de Dezembro de 2014 - ) Pag. ( - 27 - )
2.2.3 Polaridade:
Menor melhor.
4. ORIENTAÇÃO TÉCNICA
ANEXO A
Fonte: Regiões/Diretorias
Observações:
1) A planilha preenchida deverá ser encaminhada diretamente à DRH.1, no primeiro dia útil
de janeiro de cada ano (a mensuração do indicador é anual, e abrangerá o ano anterior);
2) Na identificação da portaria, deverão ser lançados os seguintes dados: a) número da
portaria; b) ano;
3) Tanto a data do fato quanto a data da publicação da solução serão lançados por meio de
números inteiros;
4) O índice de resolutividade será calculado automaticamente, isto após as
Regiões/Diretorias alimentarem os outros dados da planilha.
( - SEPARATA DO BGPM Nº 99, de 30 de Dezembro de 2014 - ) Pag. ( - 30 - )
ANEXO B
Fonte: Regiões/Diretorias
Observações:
2) A planilha preenchida deverá ser encaminhada diretamente à DRH.7 no primeiro dia útil
de julho do ano (com os dados correspondentes aos meses de janeiro a junho do ano
corrente) e no primeiro dia útil de janeiro de cada ano (os dados correspondentes ao meses
de julho a dezembro do ano anterior);
2) Na identificação da portaria/despacho, deverão ser lançados os seguintes dados: a)
número da portaria/despacho; b) ano;
3) Tanto a data do fato quanto a data da publicação da solução serão lançados por meio de
números inteiros;
4) O índice de resolutividade será calculado automaticamente, isto após as
Regiões/Diretorias alimentarem os outros dados da planilha.
( - SEPARATA DO BGPM Nº 99, de 30 de Dezembro de 2014 - ) Pag. ( - 31 - )
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS