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DGPM-315 OSTENSIVO

CAPÍTULO 2
CONTROLE DAS CONTRAVENÇÕES DISCIPLINARES E COMPORTAMENTO

2.1 - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR E DO REGISTRO DAS


CONTRAVENÇÕES DISCIPLINARES
2.1.1 - O processo administrativo disciplinar compreende a realização dos atos destinados à
apuração de infração e a consequente aplicação de punição disciplinar e deve ser
composto dos seguintes atos:
a) parte de ocorrência;
b) defesa escrita e oral reduzida a termo;
c) audiência disciplinar, registrada em ata de audiência contendo a transcrição da
defesa oral e do julgamento, se proferido na própria audiência.
2.1.2 - Audiência Disciplinar quando houver a presença de defensor regularmente
constituído:
a) O militar infrator deverá informar previamente à OM que pretende se fazer
acompanhar por advogado constituído;
b) A OM deverá informar ao militar, por Comunicação Interna, com antecedência de
2 (dois) dias, o dia e a hora da audiência para que o mesmo possa dar conhecimento
ao seu advogado;
c) O não comparecimento do defensor na audiência não constitui motivo para adiar
a sua realização, uma vez que compete ao militar as providências para o
comparecimento do seu advogado;
d) Quando o navio estiver em viagem, caso seja solicitado ao Comandante a
realização da audiência em porto onde possa constituir advogado, este deverá avaliar
se a situação ocasionará ou não prejuízo à disciplina militar e, assim, deferir ou
indeferir a solicitação;
e) Presente o advogado do infrator, deverá ser informado que lhe será franqueada a
palavra após a oitiva do militar;
f) Por analogia com a audiência de instrução e julgamento do processo judicial, a
audiência disciplinar também poderá ser só de instrução, sendo recomendável que a
autoridade julgadora profira a sua decisão em momento posterior, após o

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encerramento da audiência, a fim de que possa avaliar melhor os argumentos


trazidos pelo advogado do militar;
g) Tanto a defesa oral do militar quanto as alegações do advogado deverão ser
reduzidas a termo e, caso sejam por escrito, deverão ser anexadas ao processo
disciplinar e registradas na ata de audiência; e
h) O Anexo L contém instruções para a realização da audiência disciplinar quando
houver a presença de defensor constituído.
2.1.3 - Para Sargentos, Cabos e Marinheiros, deverão ser utilizados os modelos constantes
do Anexo A (LRCD) e para Oficiais e Suboficiais, Anexos E, F e G.
2.1.4 - Com fundamento nos princípios constitucionais da ampla defesa e da razoável
duração do processo, bem como no intuito de evitar gastos desnecessários com
deslocamentos de militares para serem submetidos à audiência disciplinar, poderá
ser realizada a audiência do Comandante pelo sistema de videoconferência, nos
termos da DCTIMBOTEC 32/001/2011 (Normas de uso de Videoconferência na
RECIM) quando o militar estiver em local distante, cujo deslocamento implique em
custos para a MB.
2.1.5 - As penas disciplinares serão impostas na forma abaixo:
Para oficiais e suboficiais, por meio de expedição de Ordem de Serviço (Anexo D)
contendo o resumo da falta, seu enquadramento no art. 7º do RDM e o resumo do
julgamento proferido na audiência.
Para sargentos e demais praças, mediante transcrição do julgamento na ata da
audiência do Anexo A (LRCD).
2.1.6 - Cópias das OS de punições aplicadas aos oficiais e suboficiais serão remetidas à
DPMM/CPesFN, conforme o caso, e ao CIM, a fim de serem anexadas aos
documentos de informação referentes ao oficial ou suboficial punido.
2.2 - REVISÃO DE JULGAMENTO EX OFFICIO
2.2.1 - A revisão do julgamento, prevista no art. 38 do RDM, é a possibilidade da autoridade
superior da cadeia comando de anular, atenuar ou agravar a pena imposta ou relevar
o seu cumprimento e apenas poderá ocorrer em até 120 dias após a data da
imposição. Trata-se de reforma do julgamento (novo julgamento) que foi realizado
pela autoridade inferior, afetando apenas a pena imposta e não o processo
disciplinar.

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2.2.2 - A anulação da pena por meio da revisão Ex officio do julgamento não se confunde
com a anulação em virtude da interposição de recurso da decisão do processo
disciplinar, cujo fundamento é o art. 49 do RDM.
2.3 - CANCELAMENTO DE PUNIÇÃO
2.3.1 - O cancelamento de punições disciplinares (Modelo do Anexo H), conforme previsto
no art. 39 do RDM, confere um benefício ao militar mas não apaga o julgamento e a
punição. Poderá ser feito mediante requerimento do interessado, desde que satisfaça
às seguintes condições simultaneamente:
a) não ter sido a falta cometida atentatória à honra pessoal, ao pundonor militar ou ao
decoro da classe (ver inciso 2.3.2);
b) haver decorrido o prazo de cinco anos de efetivo serviço, sem qualquer punição, a
contar da data do cumprimento da última pena;
c) ter bons serviços prestados no período acima, mediante análise de suas Folhas de
Alterações (FA); e
d) ter parecer favorável de seu Chefe, Comandante ou Diretor.
2.3.2 - Na análise das condições para requerer o cancelamento das punições, deverá ser
observado o art. 28 da Lei nº 6.880/1980 (Estatuto dos Militares), o qual relaciona os
preceitos da ética militar, que deverão ser confrontados com as faltas cometidas, para
esclarecer se não atentaram à honra pessoal, ao pundonor militar ou ao decoro da
classe, assim entendidas àquelas previstas nos itens 21, 23, 33, 34 e 76 do art. 7º do
RDM. Na referida análise, considerando a situação individual do requerente, a
autoridade competente poderá conceder o cancelamento, em caráter excepcional e de
forma fundamentada, ainda que a falta esteja relacionada às hipóteses citadas.
2.3.3 - O militar, cujas punições disciplinares tenham sido canceladas, poderá concorrer, a
partir da data do ato de cancelamento, em igualdade de condições com seus pares em
qualquer situação da carreira.
2.3.4 - Além do CM, a competência para autorizar o cancelamento de punições cabe aos
Oficiais-Generais em cargo de Chefia, Comando ou Direção, obedecendo-se à Cadeia
de Comando do interessado, não podendo ser delegada.
2.3.5 - O cancelamento concedido não produzirá efeitos retroativos, para quaisquer fins de
carreira.

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2.3.6 - A DPMM realiza a compilação de dados que alimentam, entre outros, os Sistemas de
Promoção de Praças (SISPP) e de Pontos (SISPONTO), com propósito de subsidiar a
avaliação das praças.
2.4 - LANÇAMENTO/REGISTRO DAS PUNIÇÕES NO SISTEMA
INFORMATIZADO DA DPMM E DO CPesFN
De acordo com o art. 37 do RDM, todas as penas impostas, exceto a repreensão
particular, deverão ser registradas nos assentamentos do contraventor. O registro é feito
mediante lançamento no SISPUNIÇÃO, o qual, para Sargentos e demais praças, levará
automaticamente a informação para o SISEVENTO, onde constam seus dados de
carreira.
Atualmente, como o processo disciplinar é escrito, não há mais a imposição de
repreensão apenas de forma verbal como prevista no art. 28 do RDM. Todas as penas
serão impostas de forma escrita na ata de audiência (a qual, para praças, corresponde ao
LRCD), na parte destinada ao julgamento. A repreensão sempre será imposta por escrito
e, caso esteja escrito no julgamento repreensão particular, não será registrada no
sistema e, portanto, não constará dos assentamentos do militar (SISEVENTO), em
cumprimento ao art. 37 do RDM.
2.4.1 - Oficiais e Suboficiais, exceto do CFN:
As penas impostas aos oficiais e suboficiais serão lançadas/registradas pela OM do
militar diretamente no Sistema de Punição da DPMM (SISPUNIÇÃO), após
aprovação do Titular da OM, conforme o julgamento registrado na ata de audiência
do processo
disciplinar e transcrição na OS que publicou a punição. As OS que publicaram as
punições serão encaminhadas para as caixas postais SECOM@PESMIL e
SECOM@CIMBRA.
2.4.2 - Oficiais e Suboficiais do CFN:
O lançamento das punições será efetuado no módulo de punição do SIGeP pelo
CPesFN, o qual fará o registro utilizando a cópia das OS recebidas das OM pela
caixa postal SECOM@PESCFN.
2.4.3 - Praças do CPA, CAP e CPFN
As penas impostas às praças serão lançadas/registradas diretamente pelas OM no
Sistema de Punição da DPMM (SISPUNIÇÃO) ou do CPesFN (SIGeP), conforme o

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caso, após aprovação do Titular da OM, de acordo com o julgamento registrado na


ata de audiência do processo disciplinar. Os lançamentos realizados no Sistema de
Punições gerará automaticamente o registro das informações nos assentamentos do
militar (SISEVENTO), atendendo ao disposto no art. 37 do RDM.
2.4.4 - Os lançamentos das punições no Sistema de Punição da DPMM ou do CPesFN
devem ocorrer logo após a imposição das penas.
2.5 - ATUALIZAÇÃO E RETIFICAÇÃO DE DADOS NO SISTEMA DE PUNIÇÕES
2.5.1 - A comunicação à DPMM, ao CPesFN e ao CIM, de alteração ou de cancelamento de
punições disciplinares de oficiais e de praças já transcritas, consoante o § 2º do art.
38 e o § 3º do art. 39, do RDM, obedecidas as condições inerentes a cada caso, será
efetivada mediante o envio de cópia da OS (modelos do Anexo H e I).
2.5.2 - A atualização dos dados cadastrais será processada pela DPMM e CPesFN, cabendo à
OM onde serve o militar proceder ao lançamento em CR, de acordo com as Normas
sobre Caderneta-Registro, no caso de Praças com graduação inferior a suboficial.
2.5.3 - A retificação de eventual discrepância no sistema (penas não lançadas, punições
ativas que já tenham sido canceladas, punições lançadas de forma equivocada, etc.)
deverá ser procedida pela DPMM ou CPesFN, conforme o caso, após o recebimento
de ofício explicativo da OM do militar, acompanhado dos documentos necessários à
comprovação da discrepância.
2.6 - DA IMPOSSIBILIDADE DO LANÇAMENTO NO SISTEMA
INFORMATIZADO
2.6.1 - Em casos excepcionais, quando não for possível cumprir o disposto nos incisos
precedentes, ou seja, na impossibilidade de lançamento no SISPUNIÇÃO, deverão
ser adotados os seguintes procedimentos:
a) em relação aos oficiais e suboficiais, as OS de punição (Anexo D), deverão ser
encaminhadas à DPMM ou ao CPesFN por meio de Correspondência Eletrônica
(CE), participando a impossibilidade do cumprimento dos incisos 2.4.1 e 2.4.2,
conforme o caso; e
b) com relação às penas impostas às demais praças do CPA, CAP e CPFN, será
preenchido de acordo com as instruções constantes do Anexo C, trimensalmente,
o Mapa de Punições de Praças (MPP), que compõe o Anexo B a esta Norma, que

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deverá ser encaminhado à DPMM ou ao CPesFN, por CE, participando a


impossibilidade do cumprimento do inciso 2.4.3.
2.7 - DO CÔMPUTO DO COMPORTAMENTO
2.7.1 - O cômputo do comportamento obedecerá a uma escala decrescente de cem a zero.
Quando o total de pontos perdidos for superior a cem (100), a pontuação será
negativa, mediante conversão das punições disciplinares e condenações por crime ou
contravenção penal em “Pontos Perdidos”, que serão deduzidos da pontuação
máxima de cem (100) pontos, em conformidade com os seguintes critérios:
a) Um (1) ponto, para cada repreensão, dia de impedimento ou dia de serviço
extraordinário, exceto a repreensão particular verbal;
b) Dois (2) pontos, para cada dia de prisão simples; e
c) Três (3) pontos, para cada dia de prisão rigorosa.
2.7.2 - Quando o número de pontos anteriormente perdidos for inferior a dez, a recuperação
de que trata a alínea anterior será igual a este valor;
2.7.3 - A “repreensão particular” não será convertida em pontos perdidos no cômputo do
comportamento e nem será transcrita nos assentamentos das praças;
2.7.4 - Cada semestre sem punições corresponderá à recuperação de dez (10) pontos
anteriormente perdidos, salvo o disposto no inciso seguinte.
2.7.5 - O comportamento é computado:
a) semestralmente, iniciando-se em 1° de janeiro e em 1° de julho, e terminando em
30 de junho e 31 de dezembro, respectivamente; e
b) a qualquer tempo, sempre que o comportamento for requisito para decisões
administrativas relacionadas com a carreira.
2.7.6 - O cômputo de comportamento será efetuado, semestralmente, iniciando-se a 1º de
janeiro e 1º de julho e terminando-se a 30 de junho e 31 de dezembro,
respectivamente.
2.7.7 - Os Terceiros-Sargentos iniciarão novo cômputo de comportamento, a partir da sua
promoção a essa graduação.
2.8 - DA CONVERSÃO DO CÔMPUTO DO COMPORTAMENTO POR
CONDENAÇÃO POR CRIME OU CONTRAVENÇÃO PENAL
O tempo de condenação por crime ou contravenção penal, aplicado às praças, converte-
se em pontos perdidos para o cômputo de comportamento, que serão deduzidos,

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também, da pontuação máxima de cem (100) pontos, de acordo com os seguintes


critérios:
2.8.1 - No caso de aplicação de pena privativa de liberdade:
a) Se decorrente de crime de natureza dolosa, cada mês de condenação equivale a
trinta
(30) pontos perdidos;
b) Se decorrente de crime de natureza culposa, cada mês de condenação equivale a
vinte (20) pontos perdidos; e
c) Se decorrente de contravenção penal, cada mês de condenação equivale a dez (10)
pontos perdidos.
2.8.2 - No caso de aplicação de pena restritiva de direito e/ou multa:
a) Se decorrente de crime de natureza dolosa, qualquer que tenha sido o período
cominado e/ou seu valor, a pena corresponderá a trinta (30) pontos perdidos;
b) Se decorrente de crime de natureza culposa, qualquer que tenha sido o período
cominado e/ou seu valor, a pena corresponderá a vinte (20) pontos perdidos; e
c) Se decorrente de contravenção penal, qualquer que tenha sido o período cominado
e/ou seu valor, a pena corresponderá a dez (10) pontos perdidos.
2.8.3 - Tratando-se de jurisdição penal comum, não serão computadas, para efeito de pontos
perdidos, as penas restritivas de direito e/ou multa aplicadas com fundamento no art.
76 da Lei Federal nº 9.099/1995, que dispõe sobre Juizados Especiais Cíveis e
Criminais e dá outras providências.
2.9 - DO REGISTRO
2.9.1 - Nos registros das praças deverá ser lançada a condenação, seguida da equivalência de
que trata o artigo anterior.
2.9.2 - Os pontos perdidos decorrentes de condenação, transitada em julgado, deverão ser
contados como se tivessem sido perdidos no semestre correspondente à data do
recebimento da denúncia.
2.9.3 - Quando imposta pena privativa de liberdade ou pena restritiva de direitos, cumulada
com pena de multa, para o cômputo de comportamento das praças e lançamento em
seus assentamentos, somar-se-ão os pontos perdidos correspondentes à pena de multa
com os correspondentes à pena privativa de liberdade ou à pena restritiva de direito.

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2.9.4 - Quando houver fração de mês, por ocasião da imposição da pena, far-se-á o
arredondamento para baixo.
2.9.5 - O instituto do “SURSIS” não dará direito a qualquer abatimento na conversão dos
pontos perdidos das praças.
2.9.6 - Caberá à DPMM e ao CPesFN, conforme o caso, realizar a conversão das penas
privativas de liberdade, restritivas de direito e multas em pontos perdidos e
informar à
OM da praça para que seja lançada em CR.
2.10 - DO DIREITO AO USO DO DISTINTIVO DE COMPORTAMENTO
2.10.1 - Os Cabos (CB), Marinheiros (MN) e Soldados (SD) terão direito ao Distintivo de
Comportamento, cuja descrição e instrução para o uso encontram-se dispostas no
Regulamento de Uniformes da Marinha do Brasil (RUMB), quando completarem
cinco anos de tempo de efetivo serviço na Marinha, sem terem sofrido qualquer
punição, independente do cancelamento destas, a contar da data de incorporação
no Corpo de Praças da Armada (CPA), bem como Corpo de Praças da Reserva da
Marinha (CPRM), Corpo Auxiliar de Praças (CAP) ou no Corpo de Praças de
Fuzileiros Navais (CPFN);
2.10.2 - A autorização para uso do Distintivo de Comportamento, bem como a perda dessa
autorização, será formalizada por ato administrativo interno, normalmente OS, da
OM onde a praça estiver servindo.
2.10.3 - Perderá, definitivamente, o direito ao uso do Distintivo de Comportamento a praça
que vier a ser punida, excetuando-se a Repreensão em Particular.
2.10.4 - A autorização para uso do Distintivo de Comportamento, bem como a perda dessa
autorização, compete à autoridade a que a praça estiver subordinada e deverá ser
lançada nos assentamentos do militar.
2.11 - DA REVISÃO DO CÔMPUTO DO COMPORTAMENTO POR
REABILITAÇÃO JUDICIAL
2.11.1 - Poderá ser concedida, pelo DPMM ou CPesFN, ex officio ou mediante requerimento
do interessado, revisão no cômputo de comportamento e a supressão dos pontos
perdidos em virtude da condenação criminal para a praça reabilitada por decisão
judicial transitada em julgado.

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2.11.2 - O Comandante ou a autoridade equivalente a que a praça estiver subordinada, após


receber documento sobre a Reabilitação Judicial transitada em julgado, ou após
verificar que a solicitação está de acordo com as Normas sobre Documentação
Administrativa e Arquivamento na Marinha (NODAM) e com a legislação
pertinente, encaminhará o expediente à DPMM ou CPesFN, conforme o caso.
2.11.3 - A supressão dos pontos perdidos, caso ocorra, dar-se-á até o limite dos pontos
perdidos decorrentes da condenação e será considerada a partir da data do trânsito
em julgado da reabilitação.
2.12 - DA INSPEÇÃO E DO ARQUIVAMENTO DO LIVRO DE REGISTRO DE
CONTRAVENÇÕES DISCIPLINARES:
2.12.1 - As folhas que compõem o processo disciplinar (Anexo A) dos SG, CB, MN e SD
deverão ser arquivadas em pasta tipo fichário, com as páginas numeradas
sequencialmente e após preenchidos quarenta (40) registros de Contravenções
Disciplinares no fichário, sem limite de páginas por registro, deverá ser procedido o
encerramento do volume e aberto um novo.
2.12.2 - Em se tratando de suboficiais e oficiais (Anexos E, F e G), os autos deverão ser
arquivados em pastas próprias com as páginas numeradas sequencialmente.
2.12.3 - Os autos, no caso das praças, deverão ser encadernados em papel de textura firme,
contendo OM e código da OM, além das designações “Livro de Registro de
Contravenções Disciplinares de Sargentos” ou “Livro de Registro de Contravenções
Disciplinares de CB/MN/SD”, conforme o caso.
2.12.4 - Os LRCD, já encerrados, pertencentes às diversas OM, que contiverem punições
aplicadas a Praças do CPA ou do CAP, deverão ser remetidos à DPMM, juntamente
com o Anexo J, para fins de inspeção, na parte relativa às praças do CPA ou do
CAP. Os LRCD que contiverem lançamentos exclusivamente de praças do CPFN,
deverão ser remetidos diretamente ao CPesFN.
2.12.5 - Posteriormente, a DPMM remeterá os livros inspecionados ao CPesFN, para os fins
citados no inciso anterior, quando neles constarem lançamentos referentes a praças
do CPFN.
2.12.6 - Uma vez cumpridas tais formalidades, deverão os mencionados livros ser restituídos
as OM de origem para cumprimento do prazo de arquivamento constante da Tabela

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de Temporalidade e Destinação de Documentos (TTDD) e posterior recolhimento à


DPHDM.
2.13 - DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES
2.13.1 - Os lançamentos realizados no Sistema de Punições gerará automaticamente a
inclusão dos dados nos assentamentos do militar (SISEVENTOS). Em caso de
eventual discrepância, deverá ser consultado o registro na ata de audiência do
respectivo processo disciplinar (LRCD), no caso das praças ou as respectivas OS nos
casos de punição de oficial e Suboficial.
2.13.2 - As OS citadas no inciso 2.5.1, tratarão, exclusivamente, de contravenções
disciplinares e serão classificadas como RESERVADO, quando se tratar de
oficial/suboficial.
2.13.3 - Para a contagem dos prazos referentes às penas disciplinares, mencionada no art. 14
do RDM, deverá ser considerado o dia do início do cumprimento da pena,
independente do horário, como sendo o primeiro dia do referido cômputo, de acordo
com o art. 16 do Código Penal Militar (CPM), encerrando-se às 24:00h do último dia
do cumprimento da pena. Por exemplo: se um militar foi punido com um dia de
prisão rigorosa, e iniciou o cumprimento da pena às 17:00h do dia 15 de janeiro de
2010, encerrará o cumprimento da referida punição disciplinar às 24:00h do mesmo
dia 15 de janeiro, podendo ser liberado a partir da 0:00h do dia 16 de janeiro de 2010.
2.13.4 - A perda de pontos relativos às transgressões disciplinares deverá ser contada dentro
do semestre em que o militar for julgado pela autoridade competente.
2.13.5 - No caso em que a transgressão seja presenciada pela própria autoridade julgadora,
ou que a mesma seja a autora da parte de ocorrência, esta deverá encaminhar toda a
documentação pertinente à Autoridade imediatamente superior, para o julgamento.
Em situações excepcionais, como no caso de OM situada em local muito afastado de
seu COMIMSUP, o Titular da OM poderá realizar o julgamento, desde que não haja
possibilidade de a Autoridade imediatamente superior realizá-lo por
videoconferência, e desde que seja imperiosa a solução célere da questão disciplinar
no caso concreto, a fim de que sejam resguardados os princípios da hierarquia e da
disciplina, devendo constar tais circunstâncias, de forma pormenorizada, do
respectivo ato de julgamento.

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Deve ser observado que em uma OM onde o seu Titular seja o único Oficial,
tomando conhecimento da prática de falta disciplinar presenciada por algum subalterno,
para os fins do § 2º do art. 26 e art. 27 do RDM, caberá a este subalterno redigir uma parte
de ocorrência na forma de uma comunicação interna dirigida ao Titular e este registrá-la no
LRCD, anexando a parte de ocorrência assinada pelo autor da parte, podendo, assim, efetuar
o julgamento disciplinar sem violação da imparcialidade.
2.13.6 - Quando houver necessidade de maiores esclarecimentos sobre a contravenção, a
autoridade mandará proceder a sindicância ou, se houver indício de crime a inquérito,
de acordo com estas normas.
2.13.7 - Por ocasião do cumprimento das penas de impedimento, prisão simples e rigorosa
não deverá ser retido o documento de identidade do impedido/preso. Quanto ao
cumprimento do disposto no art. 5º, LXII, apenas nos casos de prisão rigorosa deverá
haver a comunicação à família do militar diretamente pela OM. Nos demais casos,
como não há encarceramento, deve ser facilitado ao militar acesso a meios de
comunicação para, se desejar, entrar em contato com a família e optar sobre o que
será informado. Se o militar, na prisão rigorosa, não desejar que a família seja
comunicada, deverá assinar declaração que renunciou ao direito.

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