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DO
CAÇADOR
2003
CAPÍTULO 1
O CAÇADOR
1-1. GENERALIDADES
1-1
longas distâncias. Para isso, ele deve ser capaz de aplicar com perfeição os
fundamentos de tiro de armas longas, conhecer os ramos da balística, empregar
corretamente os sistemas de regulagem de tiro do fuzil e outras técnicas. O
caçador deve conhecer bem seu armamento para poder explorar ao máximo suas
potencialidades.
ARTIGO I
EMPREGO TÁTICO
1-3. GENERALIDADES
1-2
1-4. A MISSÃO DO CAÇADOR
1-3
menos de 350m de distância. Quanto mais distante do inimigo estiver a posição de
tiro, maior dificuldade ele terá para localizar o caçador.
1-4
g. Em determinadas situações, a única defesa contra o caçador
inimigo é o caçador amigo - o caçador adequadamente treinado foi submetido a
uma preparação específica, a qual lhe permite cumprir com eficiência as missões
que lhe são atribuídas. É, justamente, esta preparação que possibilita ao caçador
amigo a visualização e o melhor entendimento das ações que o seu similar inimigo
possivelmente irá realizar. Deste modo, pode-se sair de uma expectativa
defensiva, passando-se a uma antecipação de medidas ofensivas, quando se for
desencadear operações contra-caçador. Haverá, também, situações nas quais
“regras de engajamento” dificultarão ou impedirão o emprego de determinadas
armas contra o caçador inimigo. Nestes casos, será preciso empregar o caçador
amigo, como último recurso, para fazer fogo altamente seletivo contra ele, a fim
de eliminá-lo ou neutralizá-lo. O caçador amigo participa e assessora o comando
no planejamento e execução das medidas de contra-caçador.
1-5
a. O Caçador tem as seguintes atribuições:
(1) comandar a equipe;
(2) escolher e preparar uma posição de tiro protegida, camuflada e que
possibilite o cumprimento da missão da equipe;
(3) preencher o roteiro de tiro;
(4) revezar com o observador na observação do setor de tiro;
(5) localizar e identificar o alvo;
(6) avaliar a distância dos alvos;
(7) ajustar o aparelho de pontaria para atingir o alvo identificado;
(8) executar os tiros contra o alvo identificado;
(9) preparar-se para novos disparos, se necessário;
(10) realizar a “esterilização” da posição no caso de retraimento.
1-6
CAPÍTULO 2
SISTEMA DE ARMAMENTO
2-1. GENERALIDADES
ARTIGO I
ARMAMENTO
2-2 - FUZIL
2-1
c. A escolha por amas de repetição, em tese, de maior precisão no tiro,
pode ser justificada pelos seguintes argumentos:
(1) toda força dos gases propelentes é utilizada para impulsionar o projétil
(nos sistemas semi-automáticos existem perdas e variações devido a tomada de
gases no cano e/ou o recuo das peças móveis);
(2) maior confiabilidade (todas as etapas do funcionamento são
realizadas pela ação muscular do atirador);
(3) maior facilidade de fabricação e manutenção;
(4) menor custo.
A principal desvantagem é o menor poder de fogo, mas, salvo em missões
específicas, a cadência de tiro, não é fator determinante em relação a eficácia do
caçador, já que, na maioria das vezes, ele só terá a chance de executar um único
disparo.
2-2
pode não ser seguro. O mais pesado dificulta a técnica do acionamento devido a
força que o caçador deve imprimir na tecla do gatilho.
ARTIGO II
SISTEMAS DE PONTARIA
2-3. GENERALIDADES
2-3
b. O conjunto luneta é parte fundamental do sistema de armamento do
caçador. A qualidade e robustez da luneta, seus anéis de fixação e da base são
tão importantes para a precisão do armamento quanto os demais conjuntos.
CORREÇÃO EM
ELEVAÇÃO
1 CLIQUE = 1
MINUTO DE
ÂNGULO
CORREÇÃO
FOCO LATERAL
DA IMAGEM 1 CLIQUE = ½
DO ALVO MINUTO DE
ÂNGULO
2-4
e. Anéis de fixação devem permitir que a luneta esteja bem fixa na base.
Qualquer variação mínima que ocorra entre estas partes compromete o tiro, as
correções e “zeros”, tornando o sistema inoperante para a missão do caçador.
ANÉIS DA LUNETA
BASE DA LUNETA
2-5
correções em elevação e direção em curto espaço de tempo . Estes requisitos
apontam para o retículo mil-dot, desenvolvido inicialmente para suprir a
necessidade dos snipers do Corpo de Fuzileiros Navais Americano no final dos
anos 70. Este retículo apresenta pontos, distanciados entre si em um milésimo.
Utilizando seus pontos de forma precisa, o caçador treinado obtém uma avaliação
de distância para o alvo com um erro inferior a 5 % , o que não é suficiente para
interferir no local de impacto a ponto de errar o alvo. Com este retículo, o caçador
pode, ainda, estimar as correções laterais e de elevação para tiros subseqüentes,
inserir precessões para alvos móveis e realizar compensações de pontaria em
tempo restrito para alvos a diferentes distâncias ou no caso de ação do vento.
Estes assuntos serão abordados oportunamente.
1 MIL ENTRE OS
CENTROS DE
CADA PONTO
5 MIL
2-6
los. Nestes casos, aparelhos de pontaria convencionais podem ser de grande
valia.
2-7
CAPÍTULO 3
FUNDAMENTOS DE TIRO
3-1. GENERALIDADES
envolvidos na posição.
POSIÇÃO ESTÁVEL
3-2. DEFINIÇÃO
3-4. EMPUNHADURA
Quando não for possível apoiar, o caçador deve assumir a posição deitada
sem apoio, que possui relativa estabilidade.
A bandoleira deve ser fixada por uma das alças ao zarelho anterior. A outra
alça envolverá o braço (do lado da mão auxiliar), apertando-o somente o suficiente
para que ela não escorregue. A bandoleira passa por trás da mão auxiliar (que
estará empunhando a coronha), até fixar-se no zarelho.
3-7
3-8
3-10
ARTIGO II
PONTARIA
3-6. GENERALIDADES
d. Caso este lado não seja correspondente ao olho diretor, o caçador deve
escolher sua posição de tiro de acordo com o lado que possui mais coordenação
para disparar, não utilizando o olho diretor para a pontaria.
e. A pontaria sempre será realizada no centro do alvo, por ser o local onde
há maior probabilidade de acerto devido à massa exposta e por ser região vital do
corpo humano.
3-11
3-12
Aparelho
de
pontaria
metálico
Ponto de impacto
Linha
de mira
correta
Ponto de impacto
Linha
de mira
Luneta de correta
tiro
3-13
c. Linha de visada - linha imaginária que se constitui no prolongamento da
linha de mira até o alvo.
Fig 3-18. Linha de visada
Luneta de tiro
CONTROLE DA RESPIRAÇÃO
3-15
Fig 3-20. Controle da respiração
ARTIGO IV
ACIONAMENTO DO GATILHO
3-16
d. O sentido da força não deve ter vetores laterais. É importante não alterar
a firmeza da empunhadura durante a compressão do gatilho, ou seja, o
movimento do indicador deve ser totalmente independente da empunhadura,
mantendo-se, em conseqüência, a posição estável sem desfazer a pontaria.
3-11. ACOMPANHAMENTO
3-17
(2) continuar a acionar a tecla do gatilho até o final de seu curso, da
mesma forma que vinha sendo feito antes do disparo;
(3) manter o apoio da cabeça na coronha;
(4) manter o mesmo nível de tensão muscular da posição e firmeza
na empunhadura;
(5) evitar qualquer reação ao recuo ou ao estampido do tiro;
(6) liberar a tecla do gatilho somente após a linha de visada ter sido
restabelecida.
ARTIGO V
INDICAÇÃO DO TIRO
b. O tiro é indicado pela relação entre o local onde o fuzil estava apontado
no momento do disparo e o ponto de pontaria no alvo (a princípio, seu centro de
massa), por meio do processo do relógio, observando a direção e distância.
3-18
f. Para o caçador indicar o tiro, o fuzil, logicamente, deverá estar regulado
para acertar o ponto visado na distância em que o caçador estiver disparando.
Somente estando hábil em indicar o tiro, o caçador poderá realizar a regulagem
do armamento.
ARTIGO VI
3-19
analisar o tiro imediatamente após o disparo. Se o tiro atingiu o alvo, significa que
a ação integrada de atirar foi realizada corretamente. Caso o alvo não tenha sido
atingido o caçador deve analisar as possíveis causas e dar mais ênfase na
correção destes erros em tiros futuros. Ao disparar, o caçador deve abrir a arma
trazendo lentamente o ferrolho para a retaguarda com a parte anterior do polegar
da mão que atira. Aproximadamente na metade do curso do ferrolho, o dedo
indicador deve apanhar o estojo percutido. O caçador não deve ejetá-lo, evitando
deixar vestígios no terreno para o inimigo. Após isso, completa a ação de manejo
ao carregar novamente a arma, permanecendo pronto para realizar outro tiro, caso
necessário. Este reflexo é adquirido durante todas as sessões de treinamento de
tiro.
3-20
CAPÍTULO 4
4-1. GENERALIDADES
ARTIGO I
MINUTO DE ÂNGULO
4-2. EQUIVALÊNCIA
4-1
Fig 4-1. Variação da frente do minuto de ângulo em função da distância
Dist(m) 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600
Frente
2,5 3,8 5 6,3 7,5 8,8 10 11,3 12,5 13,8 15
(cm)
Minuto 1
Tab 4-1. Representação do minuto de ângulo nas
distâncias e frentes correspondentes
4-2
g. Com a arma clicada a 100 metros, dispara-se, por exemplo, num alvo a
distância de 300 metros com a mesma regulagem da luneta e observa-se que o
tiro caiu 41 centímetros abaixo do ponto visado. Nesta distância, um minuto
equivale a 7,5 centímetros. Para trazer este tiro para o ponto visado, o caçador
deverá realizar a seguinte correção:
ARTIGO II
TABELA DE REFERÊNCIA
4-3. GENERALIDADES
b. Não existe uma tabela perfeita. O caçador terá apenas uma tabela de
referência para o seu tiro. Como será visto oportunamente, diversos fatores
externos farão com que estes dados coletados provavelmente não expressem os
valores corretos em dias diferentes, mas estejam muito próximo deles. Cabe ao
caçador conhecer o efeito desses fatores, através de constante treinamento, bem
como registrá-los.
4-3
Dist(m) 100 200 300 400 500 600 700
4-4
(1) A 100 metros de distância, 1 minuto equivale a 2,5 centímetros. Para
corrigir o grupamento da figura acima:
(2) Se o caçador, após a segunda série, não conseguir zerar a arma, isto
é, obter a coincidência do ponto de pontaria com o centro do grupamento, deverá
executar novas correções e séries até consegui-lo.
(3) A posição dos botões de ajuste em elevação e direção, neste
momento, representam a zeragem da arma. O caçador deve ter este ponto como
referência para todas as outras regulagens da luneta, devendo, portanto, estar
registrado corretamente.
(4) No tiro de zeragem a 100 metros, o caçador deverá disparar em um
ponto preciso, como na figura acima, representado pelo canto inferior direito de
4-5
um quadrado pequeno, de 2,5 ou 5 centímetros de lado, facilitando a observação
da distância para os cálculos.
4-6
(4) A 600 metros, 1 minuto equivale a 15 centímetros de frente.
20 cm = 1,33 minuto ou 1 ¼
15
ARTIGO III
4-5. CONCEITO
a. Existe uma condição em que o caçador realiza seu tiro em combate que
diferencia-se dos disparados em treinamentos: a temperatura do cano.
Consideram-se os dois primeiros tiros como sendo de cano frio. Os subseqüentes
já são de cano quente. A maioria dos canos das armas apresenta uma diferença
de ponto de impacto entre estes dois tipos de tiro. Não há padrão de valor e
direção para esta mudança, mas ela, juntamente com outros fatores que
interferem no tiro, é suficiente para errar o alvo a longas distâncias. O caçador
deve, portanto, registrar seus dois primeiros tiros como de cano frio a cada dia de
treinamento. Deve procurar, em cada sessão de tiro, iniciar seus disparos em
distâncias diferentes, com o objetivo de obter um valor de correção para todo o
alcance útil de seu sistema. Os canos levam, em média, cerca de 3 horas para
resfriarem-se a ponto de estarem prontos para um novo tiro de cano frio.
Acrescentando seu significado, pode-se denominar de tiro de cano limpo e frio,
condições em que o caçador deve executar o tiro em sua missão. Esta é a coleta
de dados mais importante que o caçador deve realizar.
4-7
CAPÍTULO 5
BALÍSTICA
5-1. GENERALIDADES
5-1
ARTIGO I
BALÍSTICA INTERNA
5-2. GENERALIDADES
ARTIGO II
BALÍSTICA EXTERNA
5-3. CONCEITOS
5-2
(3) Linha de mira: é a linha reta que une o olho do caçador ao retículo da
luneta de tiro.
(4) Linha de visada: é a linha reta que se inicia no olho do caçador,
passando pelo aparelho de pontaria utilizado e prolonga-se até o alvo visado.
(5) Ângulo de sítio: é o ângulo formado pela interseção da linha de visada
com o plano horizontal. Este ângulo representa o desnível que pode haver entre o
caçador e o alvo.
(6) Trajetória: caminho percorrido pelo projétil da sua saída da arma até
atingir o alvo.
(7) Ordenada balística ou flecha: é o ponto mais alto da trajetória do
projétil. Este ponto deve ser conhecido para que o caçador não atinja nenhum
obstáculo durante a trajetória do projétil, que, aparentemente, pela linha de visada
não oferece risco.
(8) Tempo de vôo: representa a duração que o projétil leva durante sua
trajetória. Este dado da munição para as diferentes distâncias é essencial para
determinados tipos de tiro, como o engajamento de alvos em movimento.
(9) Queda da munição: representa o afastamento que o projétil irá cair
abaixo da linha de tiro nas diversas distâncias. Através destes valores, o caçador
poderá realizar as correções em elevação na luneta para poder engajar qualquer
alvo dentro do alcance do seu armamento.
(10) Ponto de queda ou impacto: é o local onde o ramo descendente da
trajetória do projétil encontra a linha de visada (exceção feita aos tiros a curta
distância, mais comum no tiro policial, em que o projétil encontra a linha ainda no
ramo ascendente). Se o sistema estiver corretamente regulado, o ponto de queda
coincidirá com o ponto visado no alvo.
5-3
POSIÇÃO
DE TIRO
LINHA DE
VISADA
ILUSTRADOS NA FIGURA:
-AS FLECHAS
-AS QUEDAS DOS PROJÉTEIS PELO EFEITO DA GRAVIDADE
-DISTÂNCIAS DE TIRO
5-4
e. Altitude - quanto maior a altitude, mais rarefeito é o ar, sendo menor sua
densidade. Desta forma, o projétil, encontrando menor resistência, tem seu ponto
de impacto mais elevado.
ALTITUDE EM RELAÇÃO
DISTANCIA PARA
AO NÍVEL DO MAR
O ALVO
800 m 1600 m 3200 m
100 m -0,05 -0,08 -0,13
200 m -0,1 -0,2 -0,34
300 m -0,2 -0,4 -0,6
400 m -0,4 -0,5 -0,9
500 m -0,5 -0,9 -1,4
600 m -0,6 -1,0 -1,8
700 m -1,0 -1,6 -2,4
800 m -1,3 -1,9 -3,3
5-5
Fig 5-2. Sistema do relógio para designação da direção de
entrada e valor relativo do vento
5-6
projétil. Se o foco estiver correto, o alvo estará embaçado e a reverberação será
vista claramente.
Ângulo da bandeirola
Velocidade do vento =
9
5-7
VENTO
45 = 5 m/s
9
45°
5-8
o alvo, a constante será 6,7. A 600 metros, a constante será 6,3. De 700 a 800
metros de distância, a constante será 5,8. Por exemplo, um vento que sopra de 1-
2 horas, a 5 metros por segundo, num alvo a 600 metros, será calculado da
seguinte forma:
Esta correção, 2 ½ minutos a 600 metros, caso não seja realizada pelo
caçador, fará com que o tiro passe a 36 centímetros deslocado do centro do alvo,
à sua esquerda, medida suficiente para não acertá-lo.
(4) Tabela de vento - existem softwares que realizam cálculos específicos
para cada tipo de munição, a partir da sua velocidade inicial, peso do projétil e
coeficiente balístico. Com uma tabela, específica para sua munição, o caçador não
necessita realizar estes cálculos a cada treinamento ou missão de tiro, mas fará
apenas uma rápida consulta à tabela e corrigirá sua luneta.
5-9
(5) Um erro comum em iniciantes é não realizar a correção, ou
subestimar a ação do vento. O medo de corrigir diminui com a prática freqüente
em diversos tipos de ventos e distâncias. O caçador que não realizar corretamente
as correções de vento não obterá sucesso nas missões de tiro.
Dist 5º 10º 15º 20º 25º 30º 35º 40º 45º 50º 55º 60º
100 0,01 0,04 0,09 0,16 0,25 0,36 0,49 0,63 0,79 0,97 1,2 1,4
200 0,03 0,09 0,2 0,34 0,53 0,76 1 1,3 1,7 2 2,4 2,9
300 0,03 0,1 0,3 0,5 0,9 1,2 1,6 2,1 2,7 3,2 3,9 4,5
400 0,05 0,19 0,45 0,76 1,2 1,7 2,3 2,9 3,7 4,5 5,4 6,3
500 0,06 0,26 0,57 1 1,6 2,3 3 3,9 4,9 6 7,2 8,4
600 0,06 0,31 0,73 1,3 2 2,9 3,9 5 6,3 7,7 9,2 10,7
700 0,1 0,4 0,9 1,6 2,5 3,6 4,9 6,3 7,9 9,6 11,5 13,4
800 0,13 0,5 1 2 3 4,4 5,9 7,7 9,6 11,7 14 16,4
Tab 5-4.Correção em minutos para o tiro em ângulo
da munição M118 Special Ball
ARTIGO III
BALÍSTICA TERMINAL
5-5. GENERALIDADES
5-10
c. Caso o caçador receba missões específicas de eliminação, ele irá se
posicionar a uma distância onde possa disparar e atingir o alvo com precisão em
uma região vital, preferencialmente, na caixa torácica, que oferece uma maior área
e probabilidade de acerto. Portanto, o ponto de pontaria no alvo inimigo, via de
regra, é o centro de massa do tórax. Alvos próximos, a distâncias inferiores a 300
m e com boas condições de tiro, podem ser engajados na cabeça, visando uma
incapacitação imediata.
d. Alvos que utilizam vestes balísticas devem ter como ponto de pontaria a
região pélvica, altamente irrigada, com chances, ainda, de se atingir a base da
coluna.
5-11
CAPÍTULO 6
6-1. GENERALIDADES
ARTIGO I
TRAÇO DO PROJÉTIL
6-2. DEFINIÇÃO
6-1
na superfície do projétil, fazendo com que o vapor d’água se condense
momentaneamente, tornando-se visível.
Eles não podem se tocar ou estar muito próximos, para que um não dificulte
o trabalho do outro.
6-2
Fig 6-3. Posição da equipe (visão frontal)
b. A distâncias a partir de 600 metros, o traço passa a ser difícil de ser visto
na munição 7,62 x 51mm. Com treinamento constante em todas as distâncias do
alcance do sistema, o observador consegue verificar pela flecha da trajetória do
projétil se a elevação está correta ou não para a distância aferida. O traço é mais
fácil de ser visto lateralmente do que verticalmente.
6-3
c. Pontaria da luneta de observação - o observador deve apontar sua
luneta para o alvo, permanecendo com ela o mais apoiada e imóvel possível. O
foco da luneta de observação deve ser feito num ponto imaginário a 2/3 da
distância para o alvo.
6-4
e. O observador que não enxerga o traço desde o início da trajetória,
dificilmente consegue informar ao caçador o local do impacto e as correções
devidas, muito menos, afirmar se o alvo inimigo foi eliminado.
ARTIGO II
CONDUÇÃO DO TIRO
Observador: “Indique”
Caçador: “Centro”
6-5
ARTIGO III
CORREÇÃO DO TIRO
Observador:
6-6
(2) A segunda forma de informar ao caçador o local do tiro só deve ser
utilizada por uma equipe experiente, onde o observador é hábil e rápido em
cálculos, em função de treinamento. O observador, neste caso, irá passar ao
caçador a correção que deve ser inserida nos botões de correção da luneta. A 700
metros de distância, 1 minuto de ângulo equivale a 17,5 centímetros.
6-7
Tiro nº 2 - ”1 hora, 50 centímetros”
6-8
Tiro nº 4 - ”12 horas, 90 centímetros”
ARTIGO IV
COMPENSAÇÃO DE PONTARIA
EM TEMPO RESTRITO
6-9
os subseqüentes. Neste caso, o caçador deve realizar uma compensação de
pontaria em tempo restrito. Conhecendo a queda de sua munição, mudará o ponto
de pontaria para as diferentes distâncias, de acordo com o valor conhecido de
queda entre elas.
Dist(m) 100 200 300 400 500 600 700
Queda(cm) 0,0 11 42 98 178 315 473
Minutos 0,00 2,25 5,50 9,75 14,25 21,00 27,00
Tab 6-1. Queda e valores de correção da munição Lapua 10,85g,
Vo 820m/s, Fuzil AGLC IMBEL
6-10
Fig 6-11. Ponto de pontaria 80 centímetros acima
do centro de massa a 500 metros
6-11
CAPÍTULO 7
ARTIGO I
PRECESSÃO
7-2. DEFINIÇÃO
7-1
7-3. FATORES A CONSIDERAR
Velocidade do alvo
Patrulha lenta 0,3 m/s
Patrulha rápida 0,6 m/s
Homem lento 1,2 m/s
Homem rápido 1,8 m/s
Tab 7-1.Velocidade de referência dos alvos
para cálculo de precessão
7-2
seu deslocamento até ser atingido. O caçador deve avaliar a distância para o alvo
no ponto onde será realizado o disparo, e não na posição de detecção ou de
início de deslocamento.
(4) Ação do vento – este fator deve ser considerado da mesma forma que
ocorre com alvos estáticos. O caçador deve realizar as correções de vento na sua
luneta para depois calcular a precessão do alvo móvel.
7-3
n = 1000 x 0,6 / 600
7-4
Fig 7-3. Ponto de precessão no retículo
da luneta (tipo mil-dot) em 0,5 mil
7-5
forma que o tiro saia de maneira natural, sem arranques. Para isso, o caçador
deve conhecer perfeitamente seu gatilho. O caçador deve manter-se muito
concentrado no tiro de alvo móvel. O estresse da situação e a possibilidade de
erro geram conseqüências indesejáveis na correta execução da técnica de tiro. A
fugacidade do alvo não deve fazer com que o caçador e observador deixem de
verificar também as condições atmosféricas, particularmente, a correção do vento.
ARTIGO II
TÉCNICAS DE TIRO
7-6
7-5. ACOMPANHAMENTO DO ALVO
7-7
BIBLIOGRAFIA
BOWDEN, M. Black Hawk Down. Nova Iorque: ed. Atlantic Monthly Press, 1999,
386 p. ISBN 0-87113-738-0.
BRADY, J. In Step With. The Seattle Times, Nova Iorque, 26 mai. 2002. Parade,
p. 6.
COX, M. Snipers. Army Times, Virgínia, 26 nov. 2001. Front Lines, p. 18.
HENDERSON, C. Marine Sniper. Nova Iorque: ed. Berkley, 1988, 291 p. ISBN 0-
425-10355-2.
PLASTER, J.L. The Ultimate Sniper. Dolorado: Ed Paladin Press, 1993, 452p.
ISBN0-87364-704-1.