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DISTRIBUIÇÃO DO ASSUNTO

Sequência didática nº 1: (5’)

- O instrutor ambientará os atiradores na Base de Instrução, através do giro no horizonte, indicando os


seguintes locais:
a. área de instrução/ linha de tiro
b. pistas de tiro (Bravo e Lima)
c. barraca de manutenção do armamento
d. banheiros
e. local de espera
f. ponto de água
g. equipe médica

Sequência didática nº 2: (10’)

- O instrutor fará a Leitura das dos Procedimentos de Segurança:

1. Tratar toda arma de fogo como se ela estivesse carregada;

2. Nunca apontar para si próprio e para algo que não tenha a intenção de destruir;

3. Sempre manter o dedo fora do gatilho e acima do guarda-mato até que esteja pronto para
atirar;

4. Manter a arma travada até que haja a intenção de atirar; e

5. Sempre ter conhecimento do que está aquém e do que está além do alvo.

6. Para a verificação do armamento será adotada a inspeção aos pares nas seguintes situações:

a) Ao apanhar o armamento na reserva;

b) Ao término de uma série de tiro;

c) Na devolução do armamento para a reserva; e

d) Sempre que a situação exigir a execução das medidas preliminares ou complementares


com o armamento.

Sequência didática nº 3: (30’)

-Instrução Teórica sobre Tiro de Combate:

1. INTRODUÇÃO

 Em muitas situações, principalmente em áreas urbanas, torna-se ineficaz o emprego do tiro


convencional (tiro de precisão) devido às pequenas distâncias dos confrontos e o pouco tempo para
reação. Daí a importância do adestramento da tropa no tiro de combate.
 Estudando os efeitos do estresse, por meio de relatos de inúmeras pessoas que estiveram envolvidas
em tiroteios e outras situações de semelhante grau de estresse, chegou-se à conclusão de que a
técnica, até então utilizada, não estava surtindo o efeito desejado.
 O objetivo do treinamento e do adestramento é ensinar o militar a se adaptar aos efeitos do estresse,
tendendo a minimizar a queda de rendimento no tiro (serviço).
 Na execução do tiro de combate é importante que o atirador observe o princípio da rapidez, a fim de
que reduza o seu tempo de exposição diante da ameaça que se apresentar. Deve observar, ainda, o
princípio da agressividade que pode ser descrita como a explosão súbita de uma força que
neutralizará a ameaça com a mínima possibilidade de uma reação inimiga.
a) Terminologia:

 Área de responsabilidade (ARP): Área predefinida cuja responsabilidade caberá a um determinado


elemento da fração. Se dentro de um cômodo, será um determinado setor de tiro cujos limites
ficarão a um metro da posição de seus companheiros. Se em áreas abertas, será um setor de tiro,
frontal, lateral ou à retaguarda.

 Armamento principal: arma longa que será prioritariamente empregada para o tiro de combate.

 Segunda arma: pistola que, em princípio, será utilizada caso o arma- mento principal apresente
alguma pane. Pode ainda ser utilizada em revistas ou condução de prisioneiros. Para o tiro de
combate, deve ser um armamento leve, sem arestas e de dupla ação.

 Cavado do ombro: região côncava localizada entre o ombro e o peitoral

 Controle do cano: procedimento a ser adotado pelo atirador durante o tiro com o objetivo de não
apontar, em nenhuma situação, o cano da arma na direção de outros integrantes da fração e de
inocentes. O atirador deverá movimentar o cano de seu armamento com o cuidado de apontá-lo para
direções neutras ou na direção das ameaças.

 Descanso do gatilho: pequeno deslocamento do gatilho que não interfere na ação de


desengatilhamento da arma. Folga longitudinal da tecla do gatilho.

 Fatiamento: ato de observar um ângulo aos poucos, lentamente, de forma a observar o máximo
possível antes de adentrar em um corredor, esquina ou cômodo.

 Técnica do Terceiro Olho: nesta técnica o atirador mantém a arma apontada na mesma direção que
está olhando, tendo seu foco alinhado entre a maça de mira e o alvo.

 Tiro em seco: consiste em disparar a arma, sem munição, usando ou não cartuchos de manejo,
aplicando todos os fundamentos do tiro.

 Tomada de ângulo: entrada em um corredor, esquina ou cômodo rapidamente, oferecendo a parte


frontal do colete.

2. DESENVOLVIMENTO

 Tiro de Combate, é a técnica utilizada para acertar em alvos próximos ao atirador - em torno de 10
metros - que surgem repentinamente, sendo necessária uma pronta ação - primeiro tiro realizado em
menos de um segundo.
 Todos os fundamentos do tiro serão realizados com maior rapidez.
 A diferença fundamental entre o tiro rápido e os demais é que neste, e no tiro noturno, não se faz a
visada utilizando o aparelho de pontaria
 Os dois principais fundamentos são: linha de visada e acionamento do gatilho.

3. FUNDAMENTOS DO TIRO DE COMBATE


1. POSIÇÃO ESTÁVEL

 Normalmente o tiro é executado na posição de pé.


 A tomada da posição é uma combinação de velocidade e precisão. A velocidade é obtida assim que
ocorre a identificação do alvo, quando a maça de mira chega ao centro do alvo e o primeiro disparo
acontece para, em seguida, os demais disparos, caso sejam necessários, serem executados com
intervalo de 1 a 1,5 segundo.
 A posição de tiro deve permitir que os cotovelos estejam colados para reduzir a silhueta; e que os
joelhos estejam flexionados, um dos pés à frente e o corpo tendendo para frente, a fim de permitir
rápidos deslocamentos e giros do corpo em todas as direções
 Uma excelente posição de tiro e empunhadura são fundamentais para que se aumente a estabilidade
do conjunto atirador-armamento e se absorva melhor o recuo da arma.
 O objetivo final da posição de tiro rápido é fazer com que a arma se integre à parte superior do
corpo. Arma e atirador devem compor um único sistema.

2. EMPUNHADURA
a. É o ajuste das partes do corpo à arma, proporcionando firmeza ao conjunto, facilitando a
realização da pontaria e o correto acionamento do gatilho.
b. Os pontos de contato do corpo do atirador com a arma são:
- Mão que atira, que segura o punho da arma e pressiona o gatilho (no momento do engajamento);
- A mão auxiliar, que segura a arma de maneira confortável em oposição de esforços;
- O cavado do ombro que apoia a chapa da soleira; e
- A cabeça do atirador, que fica ereta e sobre o delgado da coronha.

3. LINHA DE MIRA
 Linha imaginária que une o olho à maça de mira, passando pela alça. Ela é responsável pelo
alinhamento do armamento com a direção de tiro. Qualquer erro provoca um desvio angular do
ponto de impacto em relação ao ponto visado.
 O olho humano não consegue focalizar, ao mesmo tempo, objetos em planos diferentes. Portanto,
para uma perfeita fotografia, deve-se focalizar com clareza a maça de mira.
 Outra limitação do olho humano é que após focar a maça de mira ou qualquer outro objeto, o foco
se manterá nítido por um período inferior a 8 segundos.

4. LINHA DE VISADA
 É o fundamento mais importante.
 Linha imaginária que se constitui no prolongamento da linha de mira até o alvo.
 No tiro de combate, a linha de visada deverá ser feita com os dois olhos abertos.

5. ACIONAMENTO DO GATILHO
 É o segundo fundamento mais importante.
 Durante o acionamento, o atirador deve ter em mente: manter a posição estável, focalizar a maça,
procurar colocá-la no centro do alvo, prender a respiração e aumentar, suave e progressivamente a
pressão na tecla do gatilho até após ocorrer o disparo. A pressão no gatilho deve ser exercida de
forma suave e progressiva, sem movimentos bruscos, para a retaguarda e na mesma direção do cano
da arma, sem vetores laterais.
 O dedo indicador toca a parte central da tecla do gatilho com a região da parte média da falange
distal e a sua interseção com a falange média.
 No tiro de combate o atirador deve soltar o gatilho, apenas o suficiente para que o armamento
engatilhe novamente. Quando o gatilho atingir esta posição, o atirador ouvirá um “clique”.
 No tiro rápido, o atirador deve vencer o descanso do gatilho no intervalo entre o destravamento e a
tomada da linha de visada.

6. ACOMPANHAMENTO
1. É a fase que se inicia após o Fuzil ser disparado.
2. O Atirador Deve:
- Manter a linha de mira (foco na maça);
- Acionar lentamente o gatilho até o final de seu curso;
- No caso do fuzil, manter a cabeça ereta e apoiada na coronha;
- Manter o mesmo nível de tensão muscular da posição e firmeza na empunhadura; e
- Evitar qualquer reação ao recuo ou ao estampido do tiro.

7. RECUPERAÇÃO
 Em uma ação subsequente ao acompanhamento e visando a verificação do alvo, a execução de
outros disparos, ou ainda o engajamento de outros alvos, deve ser procedida a recuperação, que
nada mais é do que a retomada da posição de tiro com foco na maça.
 Após a recuperação, o atirador retira o dedo do gatilho, caso a ameaça tenha sido neutralizada. Caso
contrário, permanece com o dedo em contato com gatilho em condições de realizar outros disparos.

Sequência didática nº 4: (10’)

- Divisão dos instruendos.

b. 10 militares a retaguarda da Linha de Tiro; e


c. demais atiradores na área de espera.

Sequência didática nº 5: (30’)

- Ocupação da linha de tiro e treinamento em seco.

1. Ensinar aos atiradores que ao término de cada série de tiro, permaneçam a dois passos à retaguarda do
posto de tiro, mantenham a arma ao solo, travada, aberta e o carregador com o transportador voltado para a
retaguarda;
2. Ordenar aos militares a colocação dos EPI’s (protetor auricular, óculos de proteção, colete e capacete);
3. Ensinar aos atiradores a posição de retenção e executar o treinamento em seco;
4. Ensinar aos atiradores as posições de Pronto 1, Pronto 2 e Pronto 3 (P1, P2, P3) e realizar o treinamento
em seco;
5. Realizar treinamento em seco do carregamento rápido;
6. Realizar treinamento em seco da tomada de posição de Pé para Joelho Alto; e
7. Realizar treinamento em seco da posição abrigado.

Sequência didática nº 6: (180’)

- Execução do tiro de Fuzil: serão executadas as sessões de tiro de nº 101, 102, 201, 202, 207 e 207 do
Anexo “B” - Módulo de adaptação do Tiro de Combate, deste documento, e previstos no Caderno de Instrução
de Tiro de Combate - EB70-CL-11.416, seguindo os seguintes comandos:

Após a série ocupar a linha de tiro, comandar:

1) “Identifiquem seus Alvos”. Os atiradores levantam o braço e citam o número do alvo.


2) “ATIRADORES, apanhar o 1º carregador com 6 munições”
3) “Tiro de Fuzil nº 101”
4) “Tiro de Pé”.
5) “Partindo da posição inicial de pé pronto 3”.
6) “Ao silvo de apito”.
7) “Seis séries de um tiro”.
8) “Ordem aos atiradores: alimentar e carregar. Tomar a posição de pé pronto 1. Atiradores
prontos? Atiradores prontos? Atenção!”.
9) “Silvos de apito ou a voz”.
10) “Ordem aos atiradores: verificação aos pares. Linha de tiro em segurança!”.

- Depois de encerrado o último exercício de tiro de cada série de atiradores, o instrutor, auxiliado pelos
monitores, faz a inspeção final na própria linha de tiro.

Sequência didática nº 6: (10’)

- Verificar a aptidão dos militares no tiro; e


- Iniciar nova série de tiro com os próximos atiradores, conforme sequências didáticas de 1 a 6.

Sequência didática nº 7: (30’)

- Execução das Pistas de Combate em seco


1) Após a realização do Módulo de adaptação do Tiro de Combate, serão executadas duas pistas de
Treinamento: Pista Bravo e Pista Lima;
2) As Pistas de Tiro de Combate serão executadas pelos militares que atingiram no mínimo, o nível
intermediário no Módulo de adaptação do Tiro de Combate;
3) Pista Bravo: para os Soldados do Efetivo Profissional da OM;
4) Pista Lima: para os Cabos da OM;
5) Os instruendos serão dividos em 2 Grupamentos (Sd EP e Cb) de exercício e cada grupamento terá 1
(um) oficial responsável pelo treinamento em seco; e
6) Após a passagem de todos os militares pela pista em seco, o armamento utilizado na pista será
conferido e os instruendos colocarão os EPI’s (protetor auricular, óculos de proteção, colete e
capacete).

Sequência didática nº 8: (180’)

- Execução das Pistas de Combate


1) Os militares formarão uma fila a 10 metros da entrada de cada Pista, iniciando com a Bravo (1ª Pista) e
aguardarão o início do exercício;
2) As pistas serão executadas de forma individual e com acompanhamento do Oficial responsável;
3) Antes da entrada, e por ocasião da saída de cada Pista, será realizada pelo atirador, acompanhado por
um monitor, as medidas complementares de verificação do armamento;
4) O militar iniciará a pista com a arma fechada, travada e no coldre (no caso da Pistola);
5) Após isso, alimentará a arma com o carregador com 10 (dez) cartuchos;
6) Ao silvo de apito se inicia o exercício;
7) Executará dois tiros em cada alvo de papel;
8) A parte branca do alvo representa uma identificação negativa; e
9) Ao final das Pistas o Oficial contará a quantidade de impacto em cada alvo, para a menção do militar.

Sequência didática nº 9: (5’)


- Iniciar nova série de tiro com os próximos atiradores, conforme sequências didáticas de nº 8.

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