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MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

Maj Inf PABLO DAMASCENO SALES

TESTE DE APTIDÃO DE TIRO: PROPOSTA

Brasília

2015
Maj Inf PABLO DAMASCENO SALES

TESTE DE APTIDÃO DE TIRO: PROPOSTA

Trabalho elaborado por militar e


apresentado ao Centro de Doutrina do
Exército.

Brasília

2015
As ideias e conceitos contidos nesta monografia refletem as opiniões de seu
autor e não a concordância ou a posição oficial do Exército Brasileiro. Essa
liberdade concedida aos autores permite que sejam apresentadas perspectivas
novas e, por vezes, controversas, com o objetivo de estimular o debate de ideias.
SUMÁRIO

PREFÁCIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................................7
JUSTIFICATIVA...........................................................................................................7
OBJETIVOS.................................................................................................................9

CAPÍTULO I – GENERALIDADES

1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS ..............................................................................11


1.2 CONDIÇÕES GERAIS DE APLICAÇÃO DO TAT...............................................12
1.3 GLOSSÁRIO DE TERMOS ESPECÍFICOS.........................................................13

CAPÍTULO II – PROCEDIMENTOS DE PROVA


2.1 POSICIONAMENTO PARA O INÍCIO DA PISTA ................................................15
2.2 CONDUTAS DURANTE A EXECUÇÃO DO TAT................................................16

CAPÍTULO III – PENALIZAÇÕES..............................................................................19

CAPÍTULO IV – OBSERVAÇÕES QUANTO A MONTAGEM, CONDUÇÃO E


APURAÇÃO DE RESULTADOS
4.1 MONTAGEM DA PISTA.... ..................................................................................21
4.2 CONDUÇÃO DA PISTA.......................................................................................21
4.3 APURAÇÃO DE RESULTADOS..........................................................................22

CAPÍTULO V – NORMAS DE SEGURANÇA.............................................................25


5.11 ÁREAS DE SEGURANÇA..................................................................................26

CAPÍTULO VI – REPETIÇÃO DO TAT E RECONSIDERAÇÃO DO RESULTADO


FINAL…………………...……………………………………………………………………29

CAPÍTULO VII – CONCEITUAÇÃO DE MILITARES IMPOSSIBILITADOS DE


REALIZAREM O TAT.................................................................................................31

ANEXO A - DESENHOS DE PISTA PARA O TAT....................................................33


ANEXO B - DETALHES DOS ALVOS PARA O TAT.................................................35
ANEXO C - DETALHES DE MONTAGEM DA PISTA................................................37
ANEXO D - MODELO DE FICHA DE APURAÇÃO....................................................41
ANEXO E - RESULTADO E CONCEITUAÇÃO DO TAT...........................................43
ANEXO F - MODELO DE REQUERIMENTO.............................................................45
REFERÊNCIAS .........................................................................................................47
7

PREFÁCIO

INTRODUÇÃO

O Trabalho em questão pretende apresentar proposta para alteração do Teste


de Aptidão de Tiro (TAT), em vigor desde 1981.-
A necessidade de atualização da Portaria do TAT tem sido sinalizada por
diversos meios, dentre os quais a Portaria nº 101-EME, de 22 de maio de 2014, que
aprovou a Diretriz para a Conceituação do Militar de Carreira Impossibilitado de
Realizar o Teste de Aptidão de Tiro (EB20-D-10.019), e documentos correntes que
tem solicitado estudos e propostas a respeito do assunto.
A elaboração da presente Proposta girou em torno de apresentar um TAT na
forma de “Pista de Tiro”, utilizando adaptação dos princípios do Tiro Prático e suas
normas internacionais.
O Autor adquiriu experiência no assunto “Tiro Prático” através de participação
em diversas Pistas deste esporte, realizado no meio civil por homens, mulheres e
até crianças, tendo participado de competições desde o ano de 1999, e pela
realização de “Curso de Árbitro (Range Officer Auxiliar)”, cujo Certificado acompanha
a documentação do Trabalho.

JUSTIFICATIVA

O Trabalho “Teste de Aptidão de Tiro (Proposta)” faz a integração de diferentes


publicações referentes ao assunto, além de atualizar as antigas Instruções para a
Realização do Teste de Aptidão de Tiro – IR 20-04 (Portaria nº 051-EME, de 1º de
outubro de 1981). Cada item de cada um dos documentos foi adaptado, segundo a
visão do Autor, para a realidade do emprego do Exército Brasileiro e sua cultura. As
publicações em questão foram as seguintes:
1) Regras de Competição para Armas Curtas da Confederação Internacional de
Tiro Prático (International Practical Shooting Confederation – IPSC), edição de
janeiro 2015;
2) Diretriz para a Conceituação do Militar de Carreira Impossibilitado de
Realizar o Teste de Aptidão de Tiro – EB20-D-10.019 (Portaria nº 101-EME, de 22
de maio de 2014);
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3) Manual de Campanha Tiro das Armas Portáteis – C 23-1 – 1ª Parte – Fuzil


(Portaria nº 045-EME, de 23 de junho de 2003); e
4) Instruções para a Realização do Teste de Aptidão de Tiro – IR 20-04
(Portaria nº 051-EME, de 1º de outubro de 1981) (documento principal).
O Trabalho foi feito com o cuidado de se detalharem todos os conceitos e
procedimentos relacionados à atividade proposta. Atualmente, diversos tópicos
apresentados no Trabalho já são “de conhecimento geral” e são seguidos, apesar de
não constarem em outras publicações. Como exemplo, são apresentadas definições
para “sacar” e “coldrear” uma pistola, para que não restem dúvidas sobre estas
ações, que podem interferir nas Normas de Segurança propostas.
O Tiro Prático apresenta três princípios: precisão, potência e velocidade, que
devem ser equilibrados na montagem das pistas. O princípio “Precisão” é avaliado
pela acurácia dos impactos nos alvos. O princípio “Potência” é avaliado pela
diferenciação de poder entre os diferentes armamentos, obtida nas provas pela
concessão de mais pontos aos armamentos mais potentes. Tal fator não se aplica à
nossa questão, uma vez que os armamentos são padronizados em todo Exército. O
princípio “Velocidade” é avaliado pela mensuração do tempo de prova.
Para simplificar a montagem das Pistas propostas e visando atender aos
princípios citados, a Pista para Tiro de Pistola e a Pista para Tiro de Fuzil foram
feitas quase idênticas, diferenciando-se apenas pelas distâncias dos alvos em
relação ao Atirador, uma vez que há mais facilidade na Precisão utilizando-se armas
longas.
Não se seguiu a “lógica” de se colocar os alvos da Pista para Tiro de Fuzil com o
dobro da distância da outra Pista (Pistola) para não haver prejuízo na avaliação do
princípio “Velocidade”. Quanto maior a distância dos alvos, mais é exigida a
“Precisão” em detrimento da “Velocidade”.
O Exército recentemente adotou o Fuzil de calibre 5,56 mm IA2 IMBEL. Para que
não haja vantagens em relação ao Fuzil Automático Leve e suas versões, de calibre
7,62 mm, visando equalizar o princípio “Potência”, foi estabelecido que o TAT de
Fuzil deve ser realizado apenas com fuzis calibre 7,62 mm. Esta é uma proposição
inicial. Futuramente, o fator “Potência” pode ser diferenciado entre estes dois
calibres ou ainda ser padronizado o calibre 5,56 mm para a realização do TAT,
quando estes armamentos já estiverem disponíveis para todos os militares dotados
de fuzil.
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O corpo do trabalho não seguiu as formatações especificadas nas Instruções


Gerais para a Correspondência do Exército (EB10-IG-01.001), uma vez que só
haverá definição sobre seu formato após decisão final sobre seu destino. Apesar
disso, procurou-se seguir o modelo de Caderno de Instrução previsto naquelas IG,
com adaptações para facilitar a visualização e entendimento do Trabalho.
O Anexo E (Resultado e Conceituação do TAT) foi elaborado e definido pelo Autor
após montagem das planilhas do arquivo “Tabelas de pontos x segundos para
determinação dos conceitos (Anexo E)”, constante na mídia (CD) remetida. As
planilhas permitem uma visualização geral dos resultados conforme os pontos e
tempo, a fim de se estabelecerem as menções “Excelente”, “Muito Bom”, “Bom”,
“Regular” e “Insuficiente”.
Os valores estabelecidos para a conceituação carecem de experimentação, que,
caso feita futuramente, apresentará dados e sugestões de ajustes das tabelas de
conceito.

OBJETIVOS

O presente Trabalho tem como principal objetivo apresentar subsídios para


implementação de um novo TAT, com avaliação de atributos antes não
contemplados, como agilidade e aplicação de “letalidade seletiva”.
É esperado que os tópicos do Trabalho recebam alterações após futuras
testagens ou mesmo antes, caso seja adotado para a Força.
O TAT proposto altera as quantidades de munição a serem utilizadas nestas
provas, sendo esperado que os militares utilizem entre 12 (doze) e 15 (quinze)
cartuchos, tanto para a prova de Pistola como para a de Fuzil, ao invés dos atuais
15 (quinze) cartuchos para Pistola e 10 (dez) para Fuzil. A adoção do Trabalho tal
qual o proposto trará impacto logístico ao Exército a respeito de munição, cuja
extensão deverá ser estudada, se for o caso.
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CAPÍTULO I
GENERALIDADES

1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

1.1.1 A capacitação no tiro é condição essencial para o exercício da carreira militar.


O Teste de Aptidão de Tiro (TAT) é o meio que permite a avaliação dessa
capacitação.
1.1.2 Todos os Oficiais, Subtenentes e Sargentos deverão executar o TAT
anualmente.
1.1.2.1 O TAT deverá ser aplicado após o Tiro de Instrução Avançado (TIA), em uma
única sessão diurna.
1.1.2.2 Os Oficiais e Subtenentes realizarão o TAT com Pistola 9 mm adotada pelo
Exército.
1.1.2.3 Os Sargentos realizarão o TAT com Fuzil 7,62 mm adotado pelo Exército.
1.1.2.4 Para a realização do TAT não será permitido o uso de armas customizadas
ou com alterações em suas características de fábrica.
1.1.2.5 A impossibilidade de realização do TAT é tratada no Capítulo VII destas
Normas.
1.1.3 O TAT terá caráter voluntário para os militares que tenham 51 anos ou mais e
caráter obrigatório para os militares com 50 anos ou menos, enquanto
permanecerem na ativa.
1.1.4 A conceituação do TAT será estipulada conforme o constante no Anexo E e
será considerada para valorização do mérito conforme o previsto nas EB30-IR-
60.001.
1.1.5 O resultado do TAT deverá ser publicado no Boletim Interno da OM, sendo
lançados os pontos, tempo, Fator (ver Anexo E) e o conceito correspondente, que
deverá ser registrado na Base de Dados Corporativa de Pessoal (BDCP) por meio
do Sistema de Cadastramento de Pessoal do Exército (SiCaPEx).
1.1.6 A fim de melhorar o adestramento e diversificar o desafio do TAT, o EME
poderá padronizar, para um ano específico ou mais, outros modelos de pista e
complementos a estas Normas, de forma que, em um mesmo ano, todos os militares
realizem a mesma pista.
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1.1.6.1 Caso outros modelos de pista não sejam especificados, deverão ser
seguidos o modelos de pista e demais procedimentos constantes destas Normas.

1.2 CONDIÇÕES GERAIS DE APLICAÇÃO DO TAT

1.2.1 O TAT consistirá em uma pista de tiro, que considerará a precisão e a


velocidade do militar, contando para isso com alvos contendo diferentes zonas de
pontuação e contagem do tempo na execução da prova.
1.2.2 Os modelos das pistas para o TAT são os das Figuras 1 e 2 (Anexo A).
1.2.3 O modelo de alvo a ser utilizado é o clássico da International Practical
Shooting Confederation (IPSC), detalhado na Figura 3 (Anexo B) e pontuado
conforme as zonas de impacto descritas a seguir.
1.2.3.1 Zona central (A): 5 (cinco) pontos;
1.2.3.2 Zona média (C): 3 (três) pontos;
1.2.3.3 Zona externa (D): 1 (um) ponto; e
1.2.3.4 Borda externa: não pontuável.
1.2.4 Impactos que toquem a linha entre as zonas de pontuação receberão os
pontos da zona de maior valor. Em caso de dúvidas, observar o previsto nos itens
4.3.8, 4.3.9 e seus subitens.
1.2.5 Haverá dois tipos de alvos: “alvos ameaçadores” (ou alvos de pontuação) e
“alvos não ameaçadores” (também chamados de alvos de penalidade), que terão as
mesmas dimensões e faixas de pontuação anteriormente citadas. Estes alvos serão
diferenciados conforme o descrito a seguir.
1.2.5.1 Os alvos de pontuação deverão ser na cor parda (cor natural de papelão).
1.2.5.2 Os alvos de penalidade deverão ser na cor branca.
1.2.5.3 Caso não haja disponíveis alvos nas duas cores mencionadas, a pista
poderá ser montada apenas com alvos pardos ou brancos, devendo ser colocado
um “X” claramente identificável (faixas de 5 centímetros de largura, na cor preta) nos
alvos de penalidade, conforme o constante na Figura 4 (Anexo B). Esta marca
adicional não deverá ser colocada caso haja alvos pardos e brancos na pista.
1.2.6 O TAT será executado com o uniforme 4º A1 e equipamento individual (cinto
NA e suspensório ou colete tático).
1.2.7 O TAT será conduzido por uma Equipe de Arbitragem, composta de um Árbitro
e seus substitutos (pelo menos um), que poderão ser Oficiais, Subtenentes ou
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Sargentos, de preferência experientes em pistas de tiro assemelhadas. Esta Equipe


será a responsável pela montagem e aplicação do TAT.
1.2.7.1 A Equipe de Arbitragem será escolhida pelo Comandante da OM, que
publicará a designação de seus membros em Boletim Interno (BI).
1.2.7.2 Caso julgue necessário, o Comandante poderá solicitar a Equipe de
Arbitragem (um ou mais membros) a outras OM, devendo, também neste caso,
seguir o constante no item anterior.
1.2.7.3 O Árbitro e seus substitutos têm a autoridade outorgada pelo Cmt OM para o
exercício das atividades inerentes à arbitragem na aplicação do TAT.

1.3 GLOSSÁRIO DE TERMOS ESPECÍFICOS

1.3.1 Para estas Normas, o vocabulário que segue tem o seguinte significado:
1.3.1.1 “Alvo ameaçador”: alvo que deve ser engajado e que, caso receba impactos,
faz o Atirador ganhar pontos na pista. Mesmo que alvo de pontuação.
1.3.1.2 Alvo de penalidade: mesmo que “alvo não ameaçador”.
1.3.1.3 Alvo de pontuação: mesmo que “alvo ameaçador”.
1.3.1.4 “Alvo não ameaçador”: alvo que deve ser evitado e que, caso receba
impactos, faz o Atirador perder pontos na pista. Mesmo que alvo de penalidade.
1.3.1.5 Atirador: militar que realiza o TAT, independente de seu sexo.
1.3.1.6 Coldrear: ato de colocar uma pistola no coldre.
1.3.1.7 Direção de Segurança: é a direção que o cano da arma deve estar
apontando durante a execução do TAT e/ou onde há a intenção de que os projéteis
impactem sem risco a nenhuma pessoa, sendo compreendida por qualquer ângulo
de até 90 (noventa) graus em relação à direção geral de tiro.
1.3.1.8 Direção geral de tiro: direção do fundo do estande de tiro, para onde
normalmente são direcionados os tiros.
1.3.1.9 Disparo: o mesmo que tiro.
1.3.1.10 Engajar um alvo: executar pelo menos um disparo na direção de um alvo,
não necessariamente o acertando.
1.3.1.11 “Erro”: falta de um impacto em um alvo de pontuação.
1.3.1.12 Erro de Procedimento: ação inadequada do Atirador que tem como
consequência uma penalização.
1.3.1.13 Impacto: parte de um alvo atingida por um tiro.
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1.3.1.14 Incidente de tiro: falha no funcionamento de uma arma que impede a


realização de um tiro.
1.3.1.15 “Pane fatal”: incidente de tiro que só é solucionável com a desmontagem
parcial da arma ou com uso de ferramentas. Sobre este conceito, a retirada do
carregador não é considerada desmontagem parcial da arma.
1.3.1.16 Pára-balas: estrutura alta de areia, solo, ou outro material usada para
conter projéteis.
1.3.1.17 Penalização: dedução de pontos do Atirador.
1.3.1.18 Pista: mesmo que Prova.
1.3.1.19 Pista de tiro: percurso no qual um Atirador se desloca e executa disparos
contra alvos conforme as regras estabelecidas.
1.3.1.20 “Posição de Pronto”: forma que o Atirador deverá se posicionar antes do
início do TAT. É descrita da seguinte forma: de pé, tronco ereto, corpo e cabeça
voltados para a direção geral de tiro, braços pendendo naturalmente aos lados do
corpo.
1.3.1.21 Posição Inicial: local da pista de tiro indicado nas Figuras 1 e 2 (Anexo A),
aonde o Atirador deverá se posicionar antes de iniciar o TAT.
1.3.1.22 Posto de Tiro: local de onde o Atirador deverá engajar os alvos.
1.3.1.23 Prova: momento em que o Atirador percorre o trajeto estabelecido, devendo
engajar “alvos ameaçadores” e evitar acertar “alvos não ameaçadores”. Nestas
Normas, o Teste de Aptidão de Tiro também é chamado de Prova ou de Pista.
1.3.1.24 Recarregar a arma: reabastecer ou inserir munição adicional em uma arma
durante a execução de uma pista de tiro, seja com outro carregador ou seja
diretamente na câmara.
1.3.1.25 Sacar: ato de retirar uma pistola do coldre.
1.3.1.26 Tiro: acionamento do gatilho de uma arma que tem como consequência a
saída de um projétil pela boca do cano da arma.
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CAPÍTULO II
PROCEDIMENTOS DE PROVA

2.1 POSICIONAMENTO PARA O INÍCIO DA PISTA

2.1.1 Para dar início ao TAT, o Árbitro emitirá os seguintes comandos, que deverão
ser seguidos pelo Atirador:
2.1.1.1 “ATIRADOR, ENTRE EM POSIÇÃO!”
2.1.1.1.1 O Árbitro conduzirá o procedimento de segurança a seguir, que será
realizado pelo Atirador mantendo a arma voltada para a direção geral de tiro:
- COLOCAR O CARREGADOR MUNICIADO SOBRE A BANCADA (conferir se há
outro carregador na arma);
- CONFERIR SE A ARMA ESTÁ TRAVADA (fuzis) ou DESTRAVAR A ARMA
(pistolas);
- EXECUTAR DOIS GOLPES DE SEGURANÇA;
- INSPECIONAR A CÂMARA (Atirador confere e depois mostra ao Árbitro);
- FECHAR A ARMA;
- DESTRAVAR A ARMA (fuzis);
- DESENGATILHAR A ARMA (pistolas: não “conduzir” o cão à frente – deixar que
ele “bata” após pressionar o gatilho);
- TRAVAR A ARMA (fuzis); e
- ABRIR A ARMA.
2.1.1.1.2 Após essa conferência, o Atirador deverá se deslocar para a Posição
Inicial, colocar o armamento sobre a bancada (cano voltado para a direção geral de
tiro) e adotar a “Posição de Pronto”.
2.1.1.2 “O ATIRADOR ESTÁ PRONTO?” – o Atirador sinalizará caso não esteja
pronto. Se estiver pronto, basta ficar na mesma posição.
2.1.1.3 (Após verificar que o Atirador está pronto) “O ATIRADOR ESTÁ PRONTO. À
ESPERA...” – em até 5 segundos, o Árbitro emitirá o SINAL DE INÍCIO.
2.1.1.4 SINAL DE INÍCIO – breve e sonoro silvo de apito, ao que o militar poderá
iniciar a pista. Junto com o sinal, o Árbitro acionará o cronômetro.
2.1.2 Caso o Atirador mova as mãos em direção ao armamento ou carregador antes
do Sinal de Início, o Árbitro o interromperá e repetirá o procedimento de início da
pista. Ver desdobramento no item 3.5.
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2.2 CONDUTAS DURANTE A EXECUÇÃO DO TAT

2.2.1 Após o sinal de início, o Atirador pegará o armamento e carregador municiado


na bancada e deverá resolver a pista, engajando todos os “alvos ameaçadores” e
evitando acertar os “alvos não ameaçadores”, no menor tempo possível.
2.2.1.1 Cada “alvo ameaçador” deve receber 2 (dois) impactos, que serão pontuados
conforme o descrito no item 1.2.3 e subitens.
2.2.1.1.1 É permitido executar mais que dois disparos por alvo, entretanto,
pontuarão somente os dois melhores impactos.
2.2.1.2 Não se deve acertar os “alvos não ameaçadores”.
2.2.1.3 É proibido recarregar a arma durante a execução do TAT.
2.2.2 A pista tem mínimo de 12 disparos previstos e máximo de 15.
2.2.3 Em cada Posto de Tiro, a posição de tiro e a ordem de engajamento de alvos
são livres, devendo respeitar-se as restrições impostas pelos obstáculos.
2.2.3.1 É proibido realizar disparos encostando partes do corpo ou da arma em
qualquer parte da estrutura montada da pista.
2.2.3.2 As “paredes” (divisórias) da pista são consideradas obstáculos
impenetráveis.
2.2.4 Durante a prova, o armamento deverá estar voltado para a Direção de
Segurança, conforme o previsto no item 5.3.
2.2.5 Após realizar os disparos que julgar necessário em um posto, o Atirador
prosseguirá na pista por sua iniciativa.
2.2.6 Nos deslocamentos empunhando o armamento durante a prova, o militar
deverá estar com a arma travada, com o dedo visivelmente fora do gatilho e com a
arma voltada para a Direção de Segurança.
2.2.6.1 Caso o Atirador queira retroceder na pista, deverá fazê-lo em segurança, da
mesma forma que o descrito no item 2.2.6.
2.2.7 Os incidentes de tiro devem ser sanados pelo militar no decorrer da pista.
Nestes casos, o tempo de prova não será interrompido ou reiniciado. Caso seja uma
“pane fatal”, se aplica o previsto no item 2.2.8.
2.2.7.1 No caso de incidente de tiro, o Atirador pode tentar, com segurança, corrigir
o problema e continuar a prova. Durante essa ação corretiva, o militar deve manter o
cano da arma apontado para a Direção de Segurança e deve retirar o dedo do
gatilho.
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2.2.8 Caso tenha ocorrido uma “pane fatal”, o Árbitro interromperá a prova,
determinará que o Atirador conserte ou substitua seu armamento e reinicie a prova.
2.2.8.1 Caso o Árbitro verifique ou suspeite que o armamento não esteja em
condições de segurança (exemplo: armamento que executa rajada estando no
regime de tiro intermitente), realizará idêntico procedimento ao descrito no item
2.2.8.
2.2.9 Após realizar seu último disparo da prova, o militar deverá sinalizar que
encerrou a pista levantando uma das mãos, mantendo arma voltada para a Direção
de Segurança, ao que o Árbitro imediatamente deverá parar o cronômetro. O tempo
de execução será contado desde o sinal inicial até o “pronto” do militar ao final da
pista.
2.2.9.1 Visando manter a igualdade de condições nas diversas OM, não será
permitido o uso de cronômetro (timer) de tiro prático para a contagem do tempo do
TAT.
2.2.10 Após o encerramento da pista, o Árbitro conduzirá o procedimento de
segurança a seguir, que será realizado pelo Atirador mantendo a arma voltada para
a Direção de Segurança:
- TRAVAR A ARMA (fuzis);
- RETIRAR O CARREGADOR (colocar no bolso);
- EXECUTAR DOIS GOLPES DE SEGURANÇA (se houver cartucho na câmara,
deixá-lo cair no chão);
- INSPECIONAR A CÂMARA (Atirador confere e depois mostra ao Árbitro);
- FECHAR A ARMA;
- DESTRAVAR A ARMA (fuzis);
- DESENGATILHAR A ARMA (pistolas: não “conduzir” o cão à frente – deixar que
ele “bata” após pressionar o gatilho);
- TRAVAR A ARMA (fuzis e pistolas de dupla ação);
- COLDREAR ou CARREGAR PARA TRANSPORTAR (pela alça de segurança ou
bandoleira, se for o caso); e
- PEGAR O CARTUCHO QUE ESTÁ NO CHÃO (caso haja, guardar no bolso).
2.2.11 Caso o Árbitro tenha que interromper o Atirador após o início e antes do
término da prova por problemas estruturais da pista ou problemas de segurança que
independam do Atirador, providenciará a resolução do problema e determinará que o
Atirador reinicie a prova.
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2.2.12 Cada militar terá uma tentativa para realizar o TAT. As excepcionalidades são
tratadas no Capítulo VI.
2.2.13 Após a conclusão da pista, dar-se-á a Apuração de Resultados conforme o
especificado no item 4.3 e subitens.
19

CAPÍTULO III
PENALIZAÇÕES

3.1 Haverá penalização em pontos para os Erros de Procedimento estabelecidos


nestas Normas.
3.1.1 Cada penalização tem o valor de -5 (menos cinco) pontos.
3.2 Para cada “Erro” o militar receberá 1 (uma) penalização.
3.3 Caso o militar deixe de engajar um alvo, receberá 1 (uma) penalização, além das
relativas aos “Erros” daquele alvo.
3.3.1 Caso o militar atire na direção de um alvo e não o acerte, ele não será
penalizado por não engajar o alvo. Entretanto, receberá as penalizações de “Erro”
devidas.
3.4 Para cada impacto visível na área de pontuação de um “alvo não ameaçador”, o
Atirador receberá 1 (uma) penalização, até o máximo de 2 impactos por alvo deste
tipo.
3.5 Caso o Atirador mova as mãos em direção ao armamento / carregador antes do
Sinal de Início, conforme o citado no item 2.1.2, e o Árbitro não consiga interrompê-
lo antes que ele inicie seu deslocamento, o Atirador prosseguirá na pista e receberá
1 (uma) penalização.
3.7 Caso o militar esteja com a arma destravada ou com o dedo no gatilho durante
os deslocamentos, ou com o dedo no gatilho enquanto resolve um incidente de tiro,
contrariando os itens 2.2.6 ou 2.2.7.1, o Árbitro o alertará imediatamente para travar
a arma / retirar o dedo do gatilho, ao que o Atirador deverá corrigir-se e prosseguir
na sua ação. Para cada falta desta natureza, o militar receberá 1 (uma) penalização.
3.8 Caso o militar encoste partes do corpo ou da arma na estrutura da pista, o
Árbitro o advertirá sobre isso, ao que o militar deverá se corrigir. Caso realize
disparo(s) estando com parte do corpo ou da arma encostando na estrutura da pista,
contrariando o item 2.2.3.1, o Atirador receberá 1 (uma) penalização a cada disparo
executado nesta situação.
3.9 Caso o militar efetue disparo(s) deliberadamente na direção de uma “parede”,
ignorando o previsto no item 2.2.3.2, receberá 1 (uma) penalização a cada disparo
executado desta maneira.
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3.10 Durante a execução do TAT, o Atirador que venha a descumprir qualquer das
Normas de Segurança previstas no Capítulo V receberá 3 (três) penalizações por
procedimento desconforme, além das sanções disciplinares consideradas cabíveis.
21

CAPÍTULO IV
OBSERVAÇÕES QUANTO A MONTAGEM, CONDUÇÃO E APURAÇÃO DE
RESULTADOS

4.1 MONTAGEM DA PISTA

4.1.1 Devem ser seguidas as distâncias constantes nos modelos de pista constantes
no Anexo A.
4.1.2 As barreiras laterais de um posto de tiro devem bloquear a visada dos alvos de
outros postos.
4.1.3 A bancada deverá ter 80 cm de altura e deverá ser coberta com manta verde
oliva..
4.1.4 O piso da pista deverá ser uniforme, podendo ser de grama, terra ou outro que
não restrinja ou dificulte o movimento do Atirador.
4.1.5 Os alvos e conjuntos de alvos devem ser fixados em estacas de madeira e
grampeados nestas conforme o especificado no Anexo C.
4.1.6 Os conjuntos de alvos deverão ser montados observando-se os detalhes
constantes no Anexo C.
4.1.7 Deverá ser verificada a existência de objetos que possam causar ricochetes na
pista. Caso existam, deverão ser tomadas providências para removê-los ou cobri-los
com material adequado, de forma a eliminar a possibilidade de ricochete.
4.1.8 As obreias utilizadas deverão ser da mesma cor dos alvos (pardas / brancas).
4.1.9 Os alvos deverão ser trocados conforme a necessidade (caso haja muitas
obreias no mesmo alvo, se houver dificuldade de delimitação das zonas de impacto
etc).

4.2 CONDUÇÃO DA PISTA

4.2.1 O Árbitro deverá acompanhar o Atirador imediatamente à sua retaguarda, com


atenção para não esbarrar ou atrapalhar a execução da pista.
4.2.2 Nenhum militar terá permissão para entrar ou movimentar-se pela pista de tiro
sem a autorização da Equipe de Arbitragem.
4.2.3 A arbitragem poderá filmar ou autorizar a filmagem da execução da pista com
quaisquer meios que não interfiram na realização da prova. A gravação poderá ser
22

utilizada para se verificar possíveis Erros de Procedimento ou violações das Normas


de Segurança.
4.2.4 Demais condutas não especificadas nestas Normas serão analisadas e
julgadas pela Equipe de Arbitragem, que decidirá a respeito das mesmas, se
necessário, consultando o Oficial de Operações da Unidade / Subunidade ou seu
Comandante.

4.3 APURAÇÃO DE RESULTADOS

4.3.1 Após os procedimentos de segurança ao final da pista, o Árbitro dará o


comando “PISTA FRIA”, que significa que a linha de tiro está em segurança, e
iniciará a conferência dos impactos e obreagem dos alvos.
4.3.2 É facultado ao Atirador acompanhar a conferência dos impactos. Quaisquer
questionamentos devem ser feitos nesta ocasião.
4.3.3 Caso o Atirador não acompanhe o Árbitro na conferência dos impactos, não
caberão questionamentos posteriores sobre esta.
4.3.4 É proibido ao Atirador tocar nos alvos no momento da conferência. Caso
considere que o Atirador influenciou ou afetou o processo de pontuação com alguma
interferência, o Árbitro poderá:
4.3.4.1 pontuar o alvo afetado como alvo sem impactos (ou com dois “Erros”); ou
4.3.4.2 impor penalizações conforme a gravidade do ocorrido.
4.3.5 Ao final da conferência dos alvos, o Árbitro dará ciência ao Atirador de quantos
impactos de cada tipo foram verificados (A, C, D, “Erros” e impactos nos alvos de
penalidade), em quantas e quais penalizações o Atirador incorreu e qual foi o tempo
de prova.
4.3.6 A pontuação mínima da pista será zero.
4.3.7 O tempo de pista será contado em segundos, com até 2 (duas) casas
decimais.
4.3.8 Caso um disparo deixe dúvida sobre o toque em uma linha de pontuação,
deve-se considerar somente a parte do furo do tamanho do projétil. Os rasgos no
papel não são contados.
4.3.8.1 Para sanar a dúvida, o Árbitro pode utilizar um calibrador de mesmo diâmetro
do projétil ou ainda um cartucho intacto, encaixando-o no orifício de impacto e
verificando se sua borda toca a linha de pontuação.
23

4.3.8.2 A conduta anterior, caso necessária, deverá ser realizada apenas uma vez,
na presença do Atirador e de toda a Equipe de Arbitragem, que dará o veredito final
a respeito da dúvida.
4.3.8.3 Após realizada a verificação com calibrador ou cartucho, caso se mantenha a
dúvida, será considerado que o impacto tocou a linha.
4.3.8.4 Tal conduta se aplica tanto a alvos de penalidade quanto a alvos de
pontuação.
4.3.9 A área de pontuação dos alvos é considerada cobertura impenetrável.
4.3.9.1 Caso um projétil atinja um alvo totalmente dentro da área de pontuação,
continue e atinja em seguida a área de pontuação de outro alvo, o impacto sobre o
segundo alvo não será considerado.
4.3.9.2 Caso um projétil atinja parcialmente a área de pontuação de um alvo,
tocando em sua linha pontuável mais externa, continue e atinja em seguida a área
de pontuação de outro alvo, o acerto nos dois alvos contará para pontuação ou
penalidade, conforme seja o caso.
4.3.9.3 Caso um projétil atinja somente a borda não-pontuável do alvo mais à frente
(sem tocar na linha pontuável mais externa), continue e atinja a área de pontuação
de outro alvo, o impacto sobre o primeiro alvo não será considerado e o impacto do
segundo alvo contará para pontuação ou penalidade, conforme seja o caso.
4.3.10 Para cada Atirador, o Árbitro preencherá uma Ficha de Apuração (modelo no
Anexo D), que deverá ser preenchida durante e/ou ao término da conferência dos
impactos e mostrada ao Atirador após finalizada, que a assinará juntamente com o
Árbitro.
4.3.11 Caso o Atirador não concorde com qualquer parte dos resultados declarados
pelo Árbitro, procederá conforme os procedimentos especificados no Capítulo VI.
25

CAPÍTULO V
NORMAS DE SEGURANÇA

5.1 São aplicáveis as Normas de Segurança previstas no Manual de Campanha C


23-1 – Tiro das Armas Portáteis, com as adaptações aqui apresentadas.
5.2 Obrigatoriamente, o Atirador e o Árbitro deverão estar utilizando os seguintes
equipamentos de proteção individual:
- ÓCULOS DE PROTEÇÃO (qualquer cor);
- PROTETOR AUDITIVO; e
- CAPACETE BALÍSTICO.
5.2.1 Caso a Arbitragem considerar necessário, poderá determinar que todos os
presentes na área do estande de tiro, ou em áreas específicas dentro deste, utilizem
um ou mais dos equipamentos citados no item 5.2.
5.2.2 Se o Árbitro considerar que um Atirador está utilizando equipamento de
proteção inadequado, determinará a retificação da situação antes de iniciar a prova.
5.2.3 Se o Árbitro perceber que um Atirador perdeu ou deslocou um equipamento de
proteção durante a prova, ou que ele iniciou a pista sem eles, deverá imediatamente
pará-lo, determinar que sejam colocados os dispositivos de proteção necessários e
reiniciar a prova.
5.2.4 O Atirador que perceber que iniciou a prova sem qualquer dos equipamentos
de proteção obrigatórios previstos no item 5.2, ou que os perdeu durante a pista,
deverá parar, manter a arma apontada para a Direção de Segurança e indicar o
problema ao Árbitro, caso em que se aplicarão as disposições da regra anterior.
5.2.5 O Atirador que tentar se beneficiar com um reinício de prova retirando um
equipamento de proteção durante o TAT terá sua prova interrompida imediatamente
e receberá pontuação 0 (zero), além das sanções disciplinares consideradas
cabíveis.
5.3 Durante a execução do TAT, o armamento deverá estar sempre com seu cano
voltado para a Direção de Segurança.
5.4 O Atirador deve manusear seu armamento de forma que nenhuma parte de seu
corpo ou de outra pessoa esteja ou passe à frente da boca do cano de sua arma.
5.5 O Atirador que realizar disparo acidental durante a pista terá sua prova
interrompida imediatamente e receberá pontuação 0 (zero), além das sanções
disciplinares consideradas cabíveis.
26

5.5.1 Caso seja possível determinar que o disparo acidental ocorreu devido a quebra
ou defeito de algum componente da arma e o Atirador não tiver cometido nenhuma
falha que o tenha causado, não será aplicada a sanção descrita no item 5.5 e o
Atirador será autorizado a reparar ou substituir seu armamento e reiniciar a prova.
Se este for o caso, o Atirador deverá informar o problema no armamento de imediato
ao Árbitro, que inspecionará / testará o material e determinará se a queixa procede.
5.6 O Atirador que deixar sua arma cair ou provocar sua queda durante a realização
da pista terá sua prova interrompida imediatamente e receberá pontuação 0 (zero),
além das sanções disciplinares consideradas cabíveis.
5.7 Durante todo o período de permanência no estande de tiro as armas deverão
estar:
- TRAVADAS (exceto as pistolas de ação simples);
- ABERTAS (fuzis);
- COM O CÃO TOTALMENTE À FRENTE (pistolas); e
- SEM O CARREGADOR.
5.7.1 É permitido o manuseio do armamento somente durante a execução do TAT e
nas Áreas de Segurança existentes, conforme o descrito no item 5.11 e subitens.
5.7.2 As pistolas poderão ser transportadas pelos Atiradores em coldre, devendo
neste caso estarem sem o carregador e desengatilhadas (arma fechada e com o cão
totalmente à frente).
5.8 O manuseio de munições se dará exclusivamente no local de entrega de
munições, quando o Atirador deverá conferir a quantidade recebida e municiar seu
carregador, mantendo-o no bolso ou porta-carregador até o momento de se
posicionar para o início da prova. É proibido manusear munições em qualquer outro
lugar do estande de tiro.
5.9 Qualquer pessoa que observar ocorrência de ato atentatório à segurança deverá
comandar “SUSPENDER FOGO”.
5.10 Não deverá haver nenhuma pessoa na área de prova entre o Atirador e o pára-
balas.

5.11 ÁREAS DE SEGURANÇA

5.11.1 Deverá haver pelo menos uma Área de Segurança próxima ao local de
realização do TAT, que deverá atender os seguintes preceitos:
27

- ser facilmente identificada por sinalização;


- possuir uma ou mais mesas;
- possuir avisos sobre a direção segura do cano das armas; e
- ter limites claramente identificados.
5.11.2 Somente nas Áreas de Segurança serão permitidas as seguintes atividades:
- sacar e coldrear uma pistola;
- fazer inspeções, desmontagem, limpeza, reparos e manutenção do armamento e
suas peças e partes componentes;
- executar todas as condutas de tiro, estando o armamento sem munição (colocar /
retirar carregadores vazios na arma, engatilhar, desengatilhar etc); e
- praticar “tiro em seco”.
5.11.3 É permitido aos Atiradores usar a Área de Segurança sem supervisão para as
atividades relacionadas no item 5.11.2, desde que eles mantenham-se dentro dos
limites daquela Área e a arma esteja apontada para a direção estabelecida como
segura.
5.11.4 É proibido manusear munições de qualquer espécie na Área de Segurança.
29

CAPÍTULO VI
REPETIÇÃO DO TAT E RECONSIDERAÇÃO DO RESULTADO FINAL

6.1 Após encerrar a prova, caso o Árbitro considere que o Atirador foi prejudicado ou
beneficiado por problemas estruturais da pista, de apuração ou qualquer outro
motivo, providenciará a resolução do problema e determinará que o Atirador repita a
prova.
6.2 Após o término da pista, caso o Atirador se sinta prejudicado por motivo que
considere justo e razoável ou não concorde com qualquer parte dos resultados
declarados pelo Árbitro, reclamará imediatamente sobre tal situação ao Árbitro.
6.2.1 O Árbitro verificará se é aplicável o citado no item 6.1.
6.2.2 Caso o Árbitro julgue que a reclamação do Atirador não procede, prosseguirá
com a conduta de final de prova e a apuração do resultado.
6.2.3 Desempenho insuficiente ou aquém do desejado não serão justificativas para
realizar novamente o TAT.
6.3 Caso o Atirador discorde da decisão do Árbitro contra sua reclamação, poderá
encaminhar Requerimento ao Oficial de Operações da Unidade / Subunidade
(modelo constante no Anexo F), solicitando reconsideração sobre a parte do
resultado questionada ou repetição do TAT, apresentando suas razões de forma
clara e baseada em fatos.
6.3.1 No caso de contestações relacionadas a impactos, o Atirador solicitará ao
Árbitro que o alvo motivo de questionamento seja retirado da pista e separado para
análise até que a decisão final seja tomada. O Árbitro deverá proceder conforme o
solicitado e substituir o alvo em questão.
6.3.2 O Árbitro deverá apor seu visto no Requerimento, que atestará que a
reclamação em questão foi feita antes a ele. Se necessário, citará outras
informações relevantes para a análise.
6.4 Após análise do Requerimento e apuração dos fatos, o Oficial de Operações
emitirá seu parecer, aprovando alteração de pontos, encaminhando o militar para
nova realização do TAT ou mantendo a decisão do Árbitro. Em qualquer caso,
explicará os motivos de sua decisão.
6.5 Caso o Atirador não concorde com a decisão do Oficial de Operações, poderá,
em última instância, encaminhar Requerimento ao Cmt OM tal qual o descrito no
30

item 6.3, anexando o Requerimento enviado ao Oficial de Operações e o respectivo


parecer.
6.5.1 O Cmt OM emitirá seu parecer tal qual o descrito no item 6.4. Esta decisão
será final, não cabendo outras apelações ou protestos.
31

CAPÍTULO VII
CONCEITUAÇÃO DE MILITARES IMPOSSIBILITADOS DE REALIZAREM O TAT

7.1 A conceituação dos militares impossibilitados de realizarem o TAT seguirá os


preceitos estabelecidos neste Capítulo.
7.2 Em relação a militar com problema de saúde:
7.2.1 A impossibilidade de realização do TAT por motivo de saúde, no ano de
instrução correspondente, deve ser comprovada por meio de inspeção de saúde
realizada pelo Médico Perito da OM (MPOM) com a finalidade de Verificação da
Capacidade Laborativa (VCL) e parecer publicado em BI.
7.2.2 Nesse caso, deverá ser repetido o conceito do TAT do ano imediatamente
anterior, procedimento que será único e válido para o período de 5 (cinco) anos
adotado para efeito de computação para valorização do mérito, conforme as EB30-
IR-60.001. Em resumo, a repetição do resultado do TAT, nas condições do item
7.2.1, só será permitida por uma vez em um período de 5 (cinco) anos. Outro(s) TAT
porventura não realizado(s) no período considerado pelo motivo em foco não
deverá(ão) ser computado(s).
7.2.3 Na publicação do resultado do TAT, mencionada no item 1.1.5, deverá ser
citada a situação de repetição do conceito do TAT e o respectivo motivo. Exemplo:
“repetição de conceito, não realização do TAT por motivo de saúde”.
7.2.4 O conceito deverá ser registrado na Base de Dados Corporativa de Pessoal
(BDCP) por meio do Sistema de Cadastramento de Pessoal do Exército (SiCaPEx).
7.2.5 Por outro lado e sem interferência no prescrito no item 7.2.2 precedente, o
militar impossibilitado deve, se for o caso, ser submetido à inspeção de saúde anual
até o transcurso de 36 (trinta e seis) meses de sua restrição, quando será avaliado
para aplicação dos critérios de incapacidade definitiva (Art 82 e 106 do Estatuto dos
Militares).
7.3 Em relação à militar grávida:
7.3.1 A militar grávida estará dispensada da realização do TAT após comprovada
essa situação por meio de parecer médico e publicação em BI da OM. Essa
dispensa estender-se-á pelo período de Licença à Gestante.
7.3.2 Nesse caso, deverá ser repetido o conceito do TAT referente ao ano
imediatamente anterior.
32

7.3.3 Na publicação do resultado do TAT, mencionada no item 1.1.5, deverá ser


citada a situação de repetição do conceito do TAT e o respectivo motivo. Exemplo:
“repetição de conceito, não realização do TAT por motivo de gravidez”.
7.3.4 O conceito deverá ser registrado na Base de Dados Corporativa de Pessoal
(BDCP) por meio do Sistema de Cadastramento de Pessoal do Exército (SiCaPEx).
7.3.5 Devem ser direcionados esforços no sentido de realizar o TAT ao término da
Licença à Gestante, com a finalidade de evitar a segunda falta e a repetição do
conceito tendo como motivo uma mesma gravidez.
7.3.6 As prescrições relativas à militar em Licença à Gestante são válidas, no que
couber, para a militar em Licença à Adotante.
7.4 Em relação a militares em missão no exterior:
7.4.1 Militares nomeados ou designados para missão no exterior, nos termos das
Instruções Gerais para as Missões no Exterior (IG 10-55), estão autorizados a repetir
o conceito do último TAT realizado antes do exercício da função propriamente dita.
Se possível, procurar antecipar o Teste referente ao ano do início da missão. A
repetição do conceito é válida durante o período previsto para a missão.
7.4.2 Na publicação do resultado do TAT, mencionada no item 1.1.5, a OM a que o
militar está vinculado deverá citar a situação de repetição do conceito do TAT e o
respectivo motivo. Exemplo: “repetição de conceito, missão no exterior”.
7.4.3 O conceito deverá ser registrado na Base de Dados Corporativa de Pessoal
(BDCP) por meio do Sistema de Cadastramento de Pessoal do Exército (SiCaPEx).
33

ANEXO A
DESENHOS DE PISTA PARA O TAT

Figura 1 – Pista para o TAT de Pistola


34

Figura 2 – Pista para o TAT de Fuzil


35

ANEXO B
DETALHES DOS ALVOS PARA O TAT

Figura 3 – Alvo clássico de IPSC


36

Figura 4 – Alvos de penalidade com “X”


37

ANEXO C
DETALHES DE MONTAGEM DA PISTA

1. FIXAÇÃO DOS ALVOS

Figura 5 – Fixação correta dos alvos em estacas

1.1 As estacas de fixação não devem ter sobras acima do alvo.


1.2 Os alvos e os grupos de alvos devem ser posicionados de forma que sua base
esteja a 50 (cinquenta) centímetros do solo.
38

2. DETALHES DE MONTAGEM DOS CONJUNTOS DE ALVOS

Fig 6 – Conjuntos de alvos

3. DETALHE DO CONJUNTO 1

Figura 7 – Detalhe do Conjunto 1


39

4. DETALHE DO CONJUNTO 2

Figura 8 – Detalhe do Conjunto 2

5. DETALHE DO CONJUNTO 3

Figura 9 – Detalhe do Conjunto 3


40

6. DETALHE DO CONJUNTO 4

Figura 10 – Detalhe do Conjunto 4

7. DETALHE DO CONJUNTO 5

Figura 11 – Detalhe do Conjunto 5


41

ANEXO D
MODELO DE FICHA DE APURAÇÃO

Tabela 1 – Modelo de Ficha de Apuração do TAT

FICHA DE APURAÇÃO DO TAT


Atirador (Posto/Grad e Nome de Guerra):
OM/SU: Idade: TEMPO DE PISTA:
Tipo e Quantidade Totais
RESULTADOS

A
OBTIDOS

C
D
"Erros"
AP
EP
Legenda: AP - Alvo de Penalidade; EP - Erro de Procedimento.
Obs: descumprimento de item de Norma de Segurança implica em 3 (três) EP
(item 3.10).
Especificação
dos Erros de
Procedimento
cometidos:
Data Visto Atirador Visto Árbitro
43

ANEXO E
RESULTADO E CONCEITUAÇÃO DO TAT

1. DETERMINAÇÃO DO RESULTADO E DO CONCEITO

1.1 O resultado do TAT será o valor da divisão da pontuação de prova pelo tempo
de execução em segundos (considerando somente uma casa decimal) – o produto
desta divisão será chamado de FATOR.
1.1.1 O Fator terá até três casas decimais.
1.2 O Fator será conceituado conforme a Tabela 2.

Tabela 2 – Valores de Fator organizados por Conceitos e Faixas Etárias .

CONCEITO
FAIXA
ETÁRIA
Insuficiente Regular Bom Muito bom Excelente

Até 29 0,833 a
Até 0,713 0,714 a 0,832 1,429 a 1,999 2,000 ou mais
anos 1,428

De 30 a 0,769 a
Até 0,666 0,667 a 0,768 1,250 a 1,666 1,667 ou mais
39 anos 1,249

De 40 a 0,714 a
Até 0,624 0,625 a 0,713 1,111 a 1,428 1,429 ou mais
49 anos 1,110

50 anos 0,667 a
Até 0,588 0,588 a 0,666 1,000 a 1,249 1,250 ou mais
ou mais 0,999
44

1.3 Para se chegar à classificação da Tabela 2, determinou-se como referências


que o atirador deveria obter pelo menos 50 (cinquenta) pontos dentro dos limites de
tempo (em segundos) constantes na Tabela 3.

Tabela 3 – Referências dos limites de tempo para obtenção dos respectivos conceitos

CONCEITO
MUITO
FAIXA INSUFI- REGULAR BOM EXCELENTE
BOM
ETÁRIA CIENTE
50 pontos 50 pontos 50 pontos 50 pontos
50 pontos
em: em: em: em:
em:
Mais que Mais que
Mais que 60,00
35,00 e 25,00 e
Mais que e menos que Até 25,00
Até 29 70,00 70,00
menos que menos que
segundos
anos 60,00 35,00
segundos segundos (inclusive)
segundos segundos
(inclusive)
(inclusive) (inclusive)
Mais que Mais que
Mais que 65,00
40,00 e 30,00 e
Mais que e menos que Até 30,00
De 30 a 75,00 75,00
menos que menos que
segundos
39 anos 65,00 40,00
segundos segundos (inclusive)
segundos segundos
(inclusive)
(inclusive) (inclusive)
Mais que Mais que
Mais que 70,00
45,00 e 35,00 e
Mais que e menos que Até 35,00
De 40 a 80,00 80,00
menos que menos que
segundos
49 anos 70,00 45,00
segundos segundos (inclusive)
segundos segundos
(inclusive)
(inclusive) (inclusive)
Mais que Mais que
Mais que 75,00
50,00 e 40,00 e
Mais que e menos que Até 40,00
50 anos 85,00 85,00
menos que menos que
segundos
ou mais 75,00 50,00
segundos segundos (inclusive)
segundos segundos
(inclusive)
(inclusive) (inclusive)
45

ANEXO F
MODELO DE REQUERIMENTO

Tabela 4 – Modelo de Requerimento (Folha 1)


TESTE DE APTIDÃO DE TIRO
REQUERIMENTO DE RECONSIDERAÇÃO DE RESULTADO

REQUERENTE:
Posto / Grad: _____________ Nome de guerra:
_____________________________
OM/SU:
_____________________________________________________________
DESTINATÁRIO: ( ) Oficial de Operações da OM

( ) Comandante da OM

SOLICITAÇÃO(ÕES) E MOTIVO(S):

__________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Nestes termos, pede deferimento.


(Local e data)
Visto do Requerente Visto do Árbitro
(Citar observações na folha seguinte)

_________________________ _________________________
(Assinatura) (Assinatura)
46

Tabela 5 – Modelo de Requerimento (Folha 2)

OBSERVAÇÕES DO ÁRBITRO:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

______________________
(Nome, Posto / Grad)

PARECER DA AUTORIDADE:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

______________________
(Nome, Posto / Grad)
(Função)
47

REFERÊNCIAS

BRASIL. Exército. Instruções Reguladoras para o Sistema de Valorização do


Mérito dos Militares de Carreira do Exército (EB30-IR-60.001). Brasília, DF:
Departamento Geral de Pessoal, 2013.

BRASIL. Exército. Estado-Maior. Diretriz para a conceituação do militar de


carreira impossibilitado de realizar o Teste de Aptidão de Tiro (TAT) (EB20-D-
10.019). Brasília, DF: Estado-Maior do Exército, 2014.

BRASIL. Exército. Estado-Maior. Instruções para a realização do Teste de


Aptidão de Tiro (IR- 20-04). Brasília, DF: Estado Maior do Exército, 1981.

BRASIL. Exército. Estado-Maior. Manual de Campanha Tiro das Armas Portáteis


(C 23-1). 1ª Parte. Fuzil. Brasília, DF: Estado-Maior do Exército, 2003.

BRASIL. Exército. Instruções Gerais para a Correspondência do Exército (EB10-


IG-01.001). Brasília, DF: Comando do Exército, 2011.

BRASIL. Ministério da Defesa. Manual de Abreviaturas, Siglas, Símbolos e


Convenções Cartográficas das Forças Armadas. Brasília, DF: Ministério da
Defesa, 2008.

INTERNATIONAL PRACTICAL SHOOTING CONFEDERATION. Handgun


competition rules. Ontario: IPSC, 2015. Disponível em:
<http://www.ipsc.org/pdf/RulesHandgun.pdf>. Acesso em: 24 ago 2015.

INTERNATIONAL PRACTICAL SHOOTING CONFEDERATION. Regras de


competição para armas curtas. Tradução Oficial em Português para o Brasil.
Ontario: IPSC, 2015. Disponível em: <http://www.fctp.org.br/arquivos/regulamento-
ipsc-handgun-2015.pdf>. Acesso em: 24 ago 2015.

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