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INSTRUÇÃO DE MANUSEIO DA CARABINA TAURUS CT

40 Cal .40 E SUBMETRALHADORA MT 40 Cal .40

O emprego de armas de fogo é o momento mais sensível da


atividade policial, pois situações irreversíveis poderão surgir.
Desta forma existem algumas regras de segurança que vão
minimizar ou exterminar as possibilidades de erro do policial no
momento de solução da crise.
•Em nenhuma hipótese, aponte uma arma, carregada ou não, para
qualquer pessoa ou objeto que não deseja atingir, a não ser diante
de uma situação de defesa contra uma agressão armada
equivalente e letal;
•O controle do cano significa que o atirador deve manter o cano da
arma sempre apontado para uma direção segura, de modo, que não
haja nenhuma pessoa na sua direção, mesmo que não pretenda
acionar a arma. Este comportamento é considerado um símbolo
internacional de segurança demonstrando que o operador da arma
sabe que porta justamente um instrumento letal, no qual foi
treinado, e possui controle sobre as conseqüências dos seus atos;
•Trate sempre todas as armas como carregadas e não pergunte se
está carregada, verifique você mesmo;
•As Travas de segurança de uma arma são apenas dispositivos
mecânicos e não um substituto do bom senso;
•Ao receber ou passar uma arma faça-o com esta aberta (Ferrolho
aberto e sem o carregador);
•Mantenha o dedo fora da Tecla do gatilho até que seja decidida a
efetivação do disparo. Só aí colocar o dedo na Tecla do gatilho
para efetuar o disparo e logo em seguida retirar;
•Proceda no carregamento e descarregamento de sua arma com o
cano apontado para local seguro (caixa de areia);
•Em caso de suspeita de obstrução do cano, imediatamente,
descarregue a arma. Só então verifique o interior do cano;
•Em caso de queda da arma, verifique se o cano não está obstruído
e se não houve danos nos mecanismos da arma antes de voltar a
atirar;
•Evite efetuar disparos de advertência em superfícies rígidas ou
líquidas, pois conforme o ângulo de incidência, poderá haver
ricochete;
•Nunca disparar sua arma a esmo;
•Durante perseguições motorizadas, tiros em pneus são
extremamente perigosos, pois além de difíceis, podem atingir
terceiros que estão nas imediações;
•Nunca utilize Munição velha ou recarregada de má qualidade,
pois são muito perigosas e além da possibilidade de ocasionarem
panes na arma, podem custar uma ou mais vidas.
2FUNDAMENTOS DE TIRO POLICIAL
2.1EMPUNHADURA:
Diferente da empunhadura utilizada nas pistolas, a mão forte
envolve o punho da arma e a mão fraca é colocada sob o Guarda-
mão. A coronha da arma é colocada no cavado do ombro da mão
forte. Os cotovelos permanecem apontados para baixo. O polegar
da mão fraca deverá ficar apontado para a frente. A empunhadura
deve ser firme, contudo, sem fazer a arma tremer. (Fig I)
2.2POSIÇÃO DE TIRO:
Deve ser uma posição equilibrada e confortável. A posição de pé
com empunhadura dupla é uma posição de boa base, semelhante à
de um lutador, com uma das pernas recuada e com a abertura na
largura dos ombros, pernas semi-flexionadas, tronco ligeiramente
inclinado para frente; lembrando sempre que o tronco deve ficar
de frente para a ameaça, pois as laterais do Colete balístico
Policial Militar não oferecem proteção.
Posição de retenção da arma longa é quando não há necessidade
do disparo ou engajamento do alvo (Posição Sul/Posição 45°),
então o policial permanece na posição descrita acima e mantém a
arma retida próxima ao abdômen não desfazendo completamente a
empunhadura. (Fig II)

2.3VISADA:
É uma linha reta que parte do olho diretor, passa pelo aparelho de
pontaria da arma (Alça/Massa de mira) e termina no alvo. Durante
os disparos o atirador mantém a visada sobre o mesmo ponto do
alvo, apenas administrando o recuo da arma mantendo o
enquadramento.
A técnica de visada com arma longa recomenda a adoção de
fundamentos específicos:
•Ajuste da coronha, encaixada no ombro;
•Ajuste do braço e mão forte, segurando o guarda-mão;
•Boa base de apoio.
No patrulhamento a arma longa apóia as ações dos policiais que
portam armas curtas, portanto, as distancias médias de emprego
são comumente de cinco até dez metros em ambiente urbano.
2.4RESPIRAÇÃO:
No tiro policial, para diminuir a influência de alterações
fisiológicas, Taquipsiquia - batimento
cardíaco/adrenalina/freqüência da respiração; Visão de túnel e
Exclusão auditiva; o atirador deve fazer um controle da respiração,
suspendendo-a segundos antes do disparo, a fim de transferir
maior estabilidade à arma. Quando da retenção da respiração os
pulmões não devem estar vazios nem excessivamente cheios.
2.5ACIONAMENTO DA TECLA DO GATILHO:
O mais importante fundamento. O gatilho deve ser acionado de
forma lenta e progressiva sem desfazer o enquadramento da visada
antes do disparo.
2.6CONTROLE DO RESULTADO (FOLLOW TROUGH):
Confirmar se neutralizou o alvo acompanhando a queda deste e os
movimentos executados após sua neutralização. Acompanhar com
a arma apontada e em condição de efetuar outros disparos caso
seja necessário.
Obs.: Lembrar sempre que: “O PERIGO VEM DAS MÃOS”
2.7CONTROLE DA ÁREA:
Acompanhar o movimento do alvo dentro da área de combate,
neutralizando sempre o perigo imediato. Este controle deverá ser
realizado antes, durante e após o embate policial.

O TIRO POLICIAL DEVE SER REALIZADO, PARA


GARANTIR O OBJETIVO LEGAL, NA DISTÂNCIA DE
0(ZERO) A 10(DEZ) METROS. FORA DESTA DISTÂNCIA
A EFICÁCIA DEPENDERÁ DE MUITA PRÁTICA DE
TIRO POR PARTE DO POLICIAL MILITAR.

3CARACTERÍSTICAS GERAIS DA CARABINA FAMAE


CT 40
3.1DADOS NUMÉRICOS E DIMENSÕES:
-Modelo: > FAMAE CT 40 ; -Calibre > .40 S&W;
-Comp. Cor. Ext. > 890 mm; -Coronha dobrada > 630 mm;
-Comp. do cano > 410 mm; -Peso s/ carreg > 3.345g;
-Peso c/ carreg.10 > 3.650g; -Peso c/ carreg.30 > 4.060g;
-Peso gatilho > +/-0,5 kg;
-Alça de mira > Tambor regulável, aberto a 50m e com orifícios
para 100 e 150m;
-Massa de mira > Regulável em altura.
3.2CLASSIFICAÇÃO:
-
Quanto ao tipo >Portátil
-Quanto ao emprego >Individual
-Quanto ao funcionamento >Semi-automática
-Quanto ao sentido de alimentação >De baixo para cima
-Quanto ao raiamento >Alma raiada
3.3ALIMENTAÇÃO:
-Carregamento >Retrocarga
-Carregador >Tipo cofre bifilar, capacidade para 10, 15 e 30
cartuchos
3.4RAIAMENTO:
-Nº. de raias >06; - Sentido >Esq. p/ direita;
3.5INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES:
-Acabamento >Pintura em negro, curada a fogo
-Interior >Fosfatizado
-Percussor >Flutuante
4MECANISMO DE SEGURANÇA DA CT 40
4.1MECANISMO DE SEGURANÇA MANUAL:
Constitui as Travas de segurança direita e esquerda, acima do
punho da arma. O seletor de segurança é dotado de duas posições,
sendo uma, a posição horizontal que realiza o travamento da arma
indicado pela letra “S” e a posição diagonal que realiza o
destravamento da arma indicado pelo número “1” em vermelho.
(Fig III)

4.2MECANISMO DO DEDO FORA DO GATILHO:


A arma nunca efetuará um disparo sem que o atirador acione o
Gatilho, por isso, todo e qualquer procedimento executado com a
arma, excetuando o disparo, deverá ser procedido sem o dedo no
Gatilho. A conduta do dedo fora do Gatilho significa que o dedo
do atirador é sempre mantido fora do Guarda mato, esticado sobre
a Armação, demonstrando que somente efetuará contato com a
Tecla diante de uma situação de disparo. Deste modo esta conduta
determina maior segurança nas operações policiais e deve ser
treinada exaustivamente alcançando o que chamamos de
“Memória Muscular”.
5DESMONTAGEM E MONTAGEM DA CT 40 FAMAE
5.1DESMONTAGEM:
1º - Retirar o Carregador do Alojamento do carregador à frente do
Guarda mato;
2º - Efetuar 03 golpes de segurança, através do Preparador,
efetuando a verificação visual e tátil da Câmara;
3º - Fechar o Ferrolho, efetuar o disparo em seco e posicionar o
Seletor de Segurança em “S”, travando a arma;
4º - Retirar a Bandoleira;
5º - Pinos de união – Os Pinos de união para serem removidos é
necessário pressioná-los, retirando primeiro o Pino posterior e
depois o anterior. Uma vez retirados, a Caixa do mecanismo se
desconectará da Caixa da culatra, separando a arma em duas
partes; (Fig IV)
6º - Guarda-mão – Após separar a Caixa da culatra, retiram-se as
Placas do Guarda-mão, primeiramente a Placa inferior,
movimentando-a para trás e para baixo e posteriormente a Placa
superior; (Fig V)
7º - Guia da mola recuperadora – Retirar o Limitador que fica na
abertura traseira e pressionar a Guia por esta abertura traseira da
Caixa da culatra, retirar o Pino de retenção na extremidade
anterior e descomprimir a mola recuperadora. A Guia sairá
livremente, juntamente com a Mola recuperadora; (Fig VI)
8º - Culatra – O Ferrolho sairá pela parte posterior da Caixa da
culatra, sendo necessário somente desconectar o Preparador do
retentor acionando o Retém do preparador. (Fig VII)
5.2VISTA DA ARMA DESMONTADA: (FIG VIII)

5.3– MONTAGEM DA CT 40 FAMAE:


1º - Introduzir o ferrolho na Caixa da culatra;
2º - Introduzir a Guia com a Mola recuperadora acima do Ferrolho
na Caixa da culatra e pressionar até que o orifício da extremidade
oposta (Guia da Mola) ultrapasse o limite da Caixa da culatra
suficientemente para colocação do Pino de retenção da Guia da
Mola recuperadora. A não observância desse detalhe poderá vir a
causar danos na arma; (Fig IX)
3º - Colocar o Limitador na abertura traseira da Caixa da culatra:
4º - Colocar o Guarda-mão superior e inferior, verificando se não
interferiu nos orifícios de passagem dos Pinos de união;
5º - Unir as Caixas do mecanismo e da culatra, posicionando
primeiro o Pino de união anterior e depois o Pino de união
posterior;
6º - Pressionar o Retém do preparador e conecta-lo ao Ferrolho;
7º - Verificar o funcionamento do armamento efetuando 03 golpes
de segurança, através do Preparador.
5.4– VISTA DA ARMA MONTADA (FIGS X E XI)

6CARACTERÍSTICAS GERAIS DA
SUBMETRALHADORA FAMAE MT 40
6.1DADOS NUMÉRICOS E DIMENSÕES:
-Modelo: > FAMAE MT 40 ; -Calibre > .40 S&W;
-Comp. Cor. Ext. > 677 mm; -Coronha dobrada > 421 mm;
-Comp. do cano. > 200 mm; -Peso s/ Carreg > 2.995g;
-Peso c/ carreg.10 > 3.200g; -Peso c/ carreg.30 > 3,705g;
-Peso gatilho > +/-0,5 kg;

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