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Kat Elizabeth
Gaby M, Gica Morais, Re F, Bec B e Kat E.
Bec B, Gi e Kat E.
Bec Brawn
Dri, Re.
Bec Brawn

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Capitulo Um
"Preparem-se para a colisão!"

A voz do piloto soou muito estridente para um homem,


seu medo era óbvio.

"Apertem os cintos, removam todos os objetos afiados


de seus bolsos, e inclinem-se pra frente."

Dusti apertou a mão da irmã firmemente, enquanto seu


coração batia erraticamente de adrenalina e terror. Ela
virou a cabeça para olhar nos assustados olhos azuis de
Bat. Sua irmã mais velha, geralmente tão calma, aparentou
estar em pânico, tanto quanto Dusti. A fachada distante de
advogada da Bat havia fugido, substituída por puro medo.

Os pequenos motores do avião zumbiram alto quando a


cabine tremeu violentamente. Os compartimentos
superiores sacudiram, um ruído maçante fez a situação
desagradável mais realista. Dusti olhou através da janela
para a esquerda. Ela revelou uma densa folhagem muito
abaixa, uma prova de que eles voavam longe da civilização.

O piloto voltou ao alto-falante para fazer outro anúncio,


como se dizer aos vinte e poucos passageiros que o avião
estava caindo não fosse ruim o suficiente.

Eles haviam alcançado o Alaska, mas parecia que eles


morreriam por ali também.

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"Mayday, mayday!" O piloto gritou agora. "Aqui é
Brennon Doze. Mayday. O avião deu um mergulho de nariz
súbito após um pop1 alto atravessar a cabine. "Porra!"

As pessoas nos assentos em volta de Dusti gritaram e


uma mulher na fileira atrás dela começou a rezar
freneticamente em voz alta.

Era apenas um palpite, mas Dusti percebeu que o piloto


não estava ciente de que ele deixou o microfone ligado com
a conversa entre ele e seu copiloto sendo transmitida em
toda a cabine através de alto-falantes.

"Puxe para cima, Mike! Caralho, ele está lutando contra


mim. Socorro!"

"Eu estou!" Respondeu o outro piloto. "Eu não vejo um


lugar para pousar, você vê? Cristo! O manche parece como
se pesasse mil quilos. Nós iremos quebrar ao meio antes
mesmo de bater no chão."

O nariz do avião se estabilizou um pouco, mas o avião


estava definitivamente perdendo altitude. Dusti olhou pela
janela novamente para observar, as árvores tornaram-se
agora mais definidas, em vez de semelhantes a um tapete
distante de arbustos verdes. Seu olhar varreu o chão para
confirmar que não havia nenhuma clareira a vista para os
pilotos tentarem usar como uma pista de decolagem.

"Eu sinto muito", Bat sussurrou. "Isto é tudo culpa


minha. Eu te amo."

Lágrimas quentes encheram os olhos de Dusti quando


ela virou a cabeça para bloquear os olhos com o olhar
temeroso de sua irmã.

"Eu também te amo. E você não ouse culpar a si


mesma."

1
Estalo;
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“Fogo no motor dois”, um dos pilotos gritou. "Merda! O
sistema de extinção está offline. Ele não está respondendo.
Estamos a apenas 20 milhas, mas nós não vamos fazê-lo
em campo de pouso."

"Estabilize2", o segundo piloto duramente exigiu.

"Entendido.” O piloto amaldiçoou. "Você vê alguma


coisa? Você vê? Apenas árvores. Nós estamos descendo.
Por que diabos eles não estão respondendo? Eu sei que é
um aeroporto pequeno, mas Jesus! Onde eles estão? Talvez
nós tenhamos perdido as comunicações e eles não estão
recebendo o nosso mayday.” O copiloto parecia ao mesmo
tempo assustado e irritado.

"Malditos bastardos baratos por não nos dar um sistema


de backup", o piloto assobiou. "Merda! Nós estamos
definitivamente indo para baixo. Setecentos pés e caindo."
Ele fez uma pausa. "Cento e dezesseis." Ele fez outra pausa
durante vários segundos. "Mil e quinhentos. Oh maldição!"

"Foi bom conhecer você, Mike."

"Você também, Tim. Baixe o trem de pouso, mas eu não


sei por que deveria me preocupar. Nós vamos ser picados
ao inferno e de volta." Houve uma pausa. "Oh merda. Corte
o microfone!"

Movimento no corredor assustou Dusti quando dois altos,


homens corpulentos vestindo jaquetas de couro e jeans
desbotados azuis de repente tropeçaram ao lado de seus
assentos. Eles usaram as costas das cadeiras para
manterem-se de pé sobre o chão inclinado do avião,
segurando nas bordas.

Ela os reconheceu imediatamente do aeroporto de


Anchorage. Ela e Bat tiveram de mudar de avião lá para

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No original Level off expressão que pode significar tanto estabilizar quanto nivelar.
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pegar o vôo menor de conexão. Os dois homens
corpulentos tinham pisado fora de um dos bares em que
elas passaram enquanto caminhavam de um lugar a outro.
Para Dusti, parecia como se os caras as estivessem
seguindo. Ela tinha até mesmo os apontado para sua irmã,
com medo de que os homens pudessem estar planejando
assaltá-las.

Bat tinha rido, assegurando-lhe que a segurança do


aeroporto era muito apertada para que isso acontecesse.
Dusti se manteve olhando para trás, porém, nervosa.
Lembrou-se de pensar o quão grande e ameaçadores eles
pareceram no momento.

Agora eles estavam justo ali no corredor, tão perto que


ela quase podia estender a mão e tocá-los.

O que estava liderando virou a cabeça para olhar


diretamente para ela. Dusti olhou para cima em um
robusto, rosto masculino exibindo maçãs do rosto fortes.
Seu espesso cabelo negro, ondulado, caiu para os ombros,
roçando a frente de sua jaqueta de couro. Lábios generosos
estavam curvados em uma carranca, mas foram os seus
sérios olhos azuis escuros - emoldurados por longos cílios
negros - que mantinham sua atenção.

Ele se moveu rapidamente para deslizar entre o pequeno


espaço onde ela e as pernas da sua irmã estavam e as
costas dos assentos na frente deles. Ele passou por cima de
Bat para plantar seu corpo entre os pés de Dusti.

Ela assistiu em choque quando o outro cara, quase um


gêmeo do primeiro em massa corporal, se enquadrou
literalmente entre as pernas abertas de Bat e os assentos.
O olhar confuso de Dusti voltou para o homem cuja virilha
agora pairava na frente de seu rosto. Ela sentiu sua calça
jeans pressionar contra suas pernas nuas do joelho para
baixo, onde a saia não às cobria.

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Seu primeiro medo ressurgiu, de que elas estavam
prestes a serem assaltadas, mas não fazia sentido. Eles
todos estavam prestes a morrer quando o avião caísse.

"O que..."

O cara na frente dela cortou suas palavras quando ele


virou a cabeça para olhar para o outro homem, este com
cabelo preto, curto e espetado.

"Boa sorte, Kraven. Te amo."

"Eu também te amo, irmão", respondeu o outro.

"Sou Drantos", o cara de cabelos compridos informou a


Dusti quando ele olhou para baixo, mantendo seu olhar
atordoado. “Nós iremos esperançosamente salvar seus
traseiros, protegendo-as com nossos corpos. Nós
possivelmente sobreviveremos a isso se não explodirmos
ou formos rasgados no impacto como o piloto pensa.” A
cabine balançou violentamente e ele balançou em seus pés.
"Eu espero que ele esteja errado sobre isso."

Dusti estava muda e definitivamente confusa. Um


suspiro de Bat chamou sua atenção.

Quando ela virou a cabeça, ela estava muito horrorizada


para fazer qualquer coisa, mas viu quando o homem de
cabelos espetados se inclinou para frente, deslizou de
joelhos e empurrou as pernas Bat mais distantes para
caber seus quadris entre o berço de suas coxas.

Ele agarrou sua irmã, empurrou-a contra seu peito, e,


em seguida, colocou seu braço ao redor dela em um abraço
apertado. Ela ouviu um clique quando o estranho
desabotoou o cinto de segurança de sua irmã, e então ele
fechou a mão em torno da coxa de Bat. Ele a puxou até que
seu joelho estava dobrado o suficiente para quase tocar seu

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ombro, e depois usou o braço para abraçar em torno das
costas de Bat, também.

Ele a tinha coberto totalmente com seu corpo,


esmagando-a contra o assento.

O grito de alarme de Bat empurrou Dusti de seu estupor.


Ela se recuperou o suficiente para encontrar sua voz.

"Deixe-a ir!"

Eles não eram assaltantes. Eles pareciam ser


estupradores.

Como se elas já não tivessem o suficiente para ter medo


antes?!

Dusti avançou para atacar o bastardo agredindo sua


irmã. Ela tentou agarrar-lhe o braço, mas duas grandes
mãos agarraram seus pulsos. Sua atenção voltou para o
grande bastardo que rapidamente deslizou de joelhos entre
suas pernas, seus quadris pressionando contra suas coxas.
O movimento empurrou a parte inferior da saia no alto de
seu colo.

Ele se moveu rápido para um cara tão musculoso. Dusti


gritou, mas ele não parou seu ataque. Ele segurou-lhe os
pulsos juntos, com uma de suas mãos acorrentando-os,
enquanto usava a outra para enfiar seus pés em cima da
cadeira. Isso mantinha suas pernas bem afastadas para dar
espaço para os quadris dele. Seu corpo quase esmagou
contra o assento quando ele desabou contra ela.

Sua mente imediatamente se encheu de pensamentos


horrorizados. Eu realmente estou prestes a ser estuprada
antes de morrer? É sério isto idiota? Já ouvi piadas de
homens sobre querer sair agarrando uma mulher, mas isso
não pode estar acontecendo. Estes idiotas estão realmente
indo fazer isso.

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Gritos de repente encheram a cabine e eles não vieram
de Dusti, um ruído tão penetrante que a fez lembrar que o
avião estava prestes a colidir com o deserto acidentado do
Alasca.

O homem a atacando enfiou as mãos dela na virilha dele


para fixá-las lá quando ele pressionou mais de seu peso
para baixo, prendendo-as entre o assento e os seus jeans.
Ele soltou seus pulsos o que deu a ele a liberdade para
agarrar as duas pernas perto dos joelhos e forçá-los contra
seu peito até que ela se sentia como um pretzel3. Suas
calças jeans eram ásperas contra suas coxas e o cinto de
fivela dele estava dolorosamente cavado em sua calcinha.

Seus dois braços fortes bloqueados contra os lados das


coxas dela quando ele alcançou em torno de seu corpo
também. Ele a ajustou sob ele de uma forma que a fez
compreender que o cinto de segurança dela tinha sido
desatado também. Ele não teria sido capaz de arrastá-la
para a borda do assento de outra forma.

Ele agarrou uma de suas nádegas e colocou a cabeça


para baixo em cima da dela, para forçar o queixo dela mais
baixo, até sua testa estar esmagada contra o couro fresco
de sua jaqueta. Ela lutou, mas ele segurou-a de forma
eficaz em uma bola apertada, seu corpo volumoso
mantendo o dela preso entre ele e o banco.

O inferno começou no instante seguinte.

Dusti gritou quando sentiu ambos sendo violentamente


arremessados para frente. O avião deve ter atingido as
árvores. Gritos aumentaram na cabine fechada e o ar

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Pretzel:
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soprado através dele, girando em torno como se eles
fossem atirados em um túnel de vento.

O enjoo de ser jogada rolou através dela, quando o avião


saltou antes que ele brutalmente batesse em algo de novo.
A barriga do avião bateu com força suficiente para lançar
seus corpos entrelaçados de volta contra o assento.

O peso dele esmagando ela até que respirar tornou-se


impossível. Ela jurava ter ouvido um grunhido animalesco
ao lado de sua orelha quando os gritos no avião cessaram
após o horror do impacto inicial. Talvez todo mundo tenha
morrido, sua mente consternada considerou.

Os braços fortes ao redor dela apertaram ainda mais


quando o avião colidiu violentamente sobre a terra. Uma
imagem passou por sua mente, deles deslizando pelo chão,
imitando um trenó no inferno.

Uma explosão destruiu a cabine, ensurdecendo-a com


sua intensidade, um segundo antes que eles fossem
jogados para o lado.

O homem que a segurava não a soltou, e seu corpo deve


ter batido em algo sólido e implacável. A força do impacto
reverberou através de seu corpo para o dela. Ele
resmungou em voz alta, como se ele tivesse tido o ar
forçado de seus pulmões.

Ela não sabia mais qual direção era para cima ou para
baixo, apenas continuou a experimentar o movimento
rápido e o ofuscante terror até que tudo veio a uma parada
balançante. Suas costas bateram em algo macio antes do
peso pesado do homem esmagar ela mais uma vez.

Dusti não podia se mover. Ela estava atordoada demais


para fazer qualquer coisa, mas desejou ar quando percebeu
que ela havia sobrevivido.

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A mão estranha na bunda dela aliviou seu aperto quando
ele levantou um pouco. Ouviu o suspiro de uma respiração
e a parte superior do peito pressionado firmemente ao dela
quando seus pulmões expandiram. Em seguida, a pressão
diminuiu quando ele expulsou o ar, ela engasgou em sua
própria golfada de ar.

Ela lentamente se tornou consciente das sensações. Sua


bunda doía do aperto quase sádico do homem sobre ela e
seu peito doía um pouco, provavelmente dele esmagando-a
algumas vezes. Ela também percebeu que um de seus
joelhos latejava dolorosamente.

Dusti respirou fundo e sentiu o cheiro do couro do casaco


debaixo do seu nariz. A textura do cabelo em sua língua se
tornou aparente, quer que fosse um pouco de seu longo
cabelo loiro ou alguns dos cabelos da juba preta nos
ombros dele, tinham terminado dentro de sua boca. Ela
prontamente o cuspiu, não se importando a quem
pertencia, mas apenas querendo que ele desaparecesse. A
cabeça dele levantou sobre a dela.

Pânico atravessou-a instantaneamente quando as coisas


entraram em foco e ela olhou para a direita. Eles estavam,
na verdade, ainda em seu assento, mas o ao lado do dela
já não continha sua irmã ou o estranho de cabelos
arrepiados.

Sua mente se recusou a aceitar que o desaparecimento


de Bat significava que ela não houvesse sobrevivido.

Seu olhar se levantou para olhar mais além da cadeira


vazia. Ela ficou boquiaberta quando viu o outro lado do
avião.

A parede da cabine através do corredor havia sido


rasgada, completamente aberta para revelar árvores e céu
azul, no lugar de janelas e bagageiros com bagagem

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armazenada. O irregular metal, rasgado da fuselagem foi
espalmado obscenamente para revelar a vista panorâmica.
Alguma coisa foi demolida ao lado do avião.

O cara que ainda segurava Dusti lentamente aliviou mais


de seu peso de cima dela quando ele se inclinou um pouco
para trás para olhar ao redor também. Aflição a fez focar
nele, em vez da certeza de que sua irmã havia sido jogada
para fora do avião.

Sangue manchava o rosto do homem a partir de um


corte em uma de suas maçãs do rosto pronunciadas, uma
lesão de uma boa polegada de comprimento. Ele não era
uma beleza clássica, muito robusta e masculina para
alguma vez ser considerado um menino bonito com essas
características dominantes. Ele precisava fazer a barba
também, desde que aparecia barba para fazer em sua
mandíbula inferior, no queixo, e sombreava suas
bochechas. Seu olhar escuro varreu mais do avião do que
ela podia ver enquanto esmagava para baixo dentro do
assento, onde ele ainda a mantinha presa.

"Kraven?" Ele gritou a palavra, sua voz áspera.

"Porra", uma voz masculina igualmente cavernosa


respondeu, soando perto. "Estamos vivos. Será que a sua
também está?"

O estranho abaixou seu queixo para espreitar no olhar


atordoado de Dusti. Ele estudou-a do rosto ao peito e,
finalmente bloqueou o olhar com ela novamente. "Ela está
viva."

"Eu odeio voar!", Kraven soou irritado. "Eu mencionei


isso, certo?"

O homem continuou a observar Dusti e ele realmente


sorriu. "Várias vezes, mas nós não estamos voando mais,
estamos? Eu não sei quanto a voar, mas eu odiei a parte da

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queda. Eu aposto que você desejava ainda estar no ar no
momento. Pare de reclamar e vamos ver o quão ruim é a
situação. Nós sobrevivemos. Isso é tudo o que conta no
final."

"Saia de cima de mim. Você está me esmagando!"

Alívio varreu Dusti ao ouvir a voz agravada de sua irmã


mais velha e arrancou-a de seu estado traumático. "Bat?
Você está bem?"

"Dusti! Graças a Deus você está viva. Você está bem?


Saia de cima de mim, idiota! Você pesa uns 400 quilos. Eu
preciso verificar minha irmã."

"Talvez eu saísse de cima de você, se você não estivesse


segurando meu pau. Não foi a minha coxa isso que você
agarrou em terror, mulher", Kraven rosnou. "Solte!"

"Ewww!" ‒ Bat gritou. "Saia de cima de mim! Minha mão


está presa lá, porra."

O homem ainda fixando Dusti em seu assento riu. "Eu


me apresentei? Eu sou Drantos.”

"Deixe-me ir. Por favor, saia." Dusti odiava a forma


como a sua voz tremeu o suficiente para fazê-la soar mais
como um argumento fraco do que uma ordem.

Ele arqueou uma sobrancelha. "Isso é tudo que você tem


a me dizer depois de eu ter salvado a sua vida? Eu acredito
que este é o momento onde você supostamente me diz
obrigada e me fala o seu nome."

Dusti ainda estava sofrendo de choque, mas isso tinha


que ser a conversa mais estranha que ela já teve.

"Sua fivela do cinto está cavando na minha... hum ..."‒


Ela tentou mexer os quadris longe dele, mas isso só causou

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mais desconforto. O objeto de metal pressionado contra
sua calcinha empurrou mais fundo, fazendo-a estremecer.

Ele empurrou os quadris para trás colando algumas


polegadas entre seus corpos, mas ele olhou para baixo. Seu
sorriso se transformou em um sorriso de verdade.
"Desculpe por isso. Espero que eu não tenha danificado
você lá em baixo. Isso seria um crime. Eu amo o vermelho
brilhante, de qualquer maneira. Isso é uma tanga? Eu só
posso ver a frente."

Sua boca estava aberta e ela o olhava estupefata e muda


até que ela percebeu que ele continuava a olhar para o seu
colo exposto. Empurrou-o com as mãos, empurrando com
força contra o peito enorme, e tentou colocar os pés no
chão para correr para fora do banco e longe do pervertido
obviamente perturbado.

Ele a soltou, ainda sorrindo quando ela agarrou a saia


para empurrá-la para baixo nos topos de suas coxas para
recuperar a sua modéstia.

O som de uma mulher chorando filtrou através de


cérebro chocado de Dusti e seus pensamentos confusos.

Outros ruídos lentamente penetraram e ela tornou-se


mais ciente de seus arredores, quando Drantos levantou-se
e pairou sobre ela, deixou de tocá-la quando ele se afastou
para ficar na frente do assento vazio de Bat. Ele
inspecionou o avião, seus traços definidos em uma
expressão sombria. Dusti ouvia murmúrios suaves, em
seguida, alguém xingando da parte de trás do avião. Isso
os fez perceber que os quatro não eram os únicos
sobreviventes.

Ela ergueu o olhar para Drantos, uma vez que ele a


manteve presa na fileira com o seu corpo plantado entre
ela e o corredor. Ele cheirou o ar, fez uma careta de

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desagrado, antes de espiar por cima dos assentos na frente
deles. Ele virou a cabeça, olhando para o chão do corredor.

"Você vai apenas ficar deitado em cima dela ou você vai


se levantar? Não é hora de tirar um cochilo, Kraven."

"Vá para o inferno. Eu acho que ela esmagou algo vital


quando ela apertou meu pau. Eu estou tentando me
recuperar. Ela não perde em nada para um anel peniano,
com certeza."

Drantos balançou a cabeça. "Você vai lhe dar uma má


impressão se você não tiver cuidado com a boca."

"Como se eu desse a mínima para o que ela pensa",


Kraven grunhiu enquanto ele subia em seus pés.

Dusti olhou para o outro homem quando ele apareceu no


corredor uma fileira na frente de onde estava sentada. Seu
cabelo negro parecia pior pelo desgaste, algumas de suas
mechas pontudas esmagadas de forma plana de um lado da
cabeça. Deu-lhe a aparência de um Punk, barra pesada.
Talvez um punk motoqueiro, considerando a jaqueta de
couro que ele estava vestindo.

Ele franziu a testa para algo abaixo dele.

"O que você é? Uma massagista?." Ele levantou o queixo


e disparou em Drantos um olhar sujo. "Eu juro que ela
esmagou o meu pau."

Bat lutou para ficar de pé, com o cabelo loiro em um


rabo de cavalo bagunçado agora que seu coque tinha sido
desfeito no acidente. Ela olhou com raiva para o homem,
que lhe deu aquele olhar de raiva de volta. "Por que você
me agarrou assim? Qual diabo é o seu problema?"

"Eu estava te protegendo. Eu sou Kraven. Você pode me


agradecer depois, pelo caminho."

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"Agradecê-lo?" Bat ficou de boca aberta para ele. "Você
vai ter sorte se eu não tiver o seu rabo preso por agressão
sexual, espancamento e... inferno, arruinar meu cabelo!
Saia do meu caminho. Eu preciso verificar minha irmã."
Bat tentou empurrá-lo de lado, seu olhar bloqueado em
Dusti. Mostrando alívio em suas feições.

Dusti forçou seu corpo a se mover e ela tentou se


levantar, mas Drantos estendeu o braço, levantando a mão
como se quisesse dizer-lhe para ficar. Ela olhou para ele.

"Você poderia se mover? Você está no meu caminho."

Ele arqueou uma sobrancelha negra para ela. "Meu irmão


pode cuidar de sua irmã. Ele está responsável por ela
agora. Você só fique parada enquanto eu lido com esta
bagunça."

Choque rolou através de Dusti novamente. Responsável


por ela? Suas palavras jogando através de sua mente.
Deixaram-na ainda mais confusa quando seu olhar cintilou
para frente e para trás entre os dois homens que estavam
apenas a um passo de distância, com apenas um assento
entre eles. Ambos tinham a pele bronzeada, corpos
enormes e cabelo preto, mas ela não teria anteriormente os
relacionado como irmãos.

Agora, quando ela olhou, ela começou a ver algumas


semelhanças - a estrutura óssea forte de um e os lábios
generosos do outro. O cara de cabelos espetados tinha
olhos azuis claros, em vez de escuros, no entanto.

"Ajudem-me", um homem chamou da parte traseira do


avião. "Por favor, socorro!"

Drantos suspirou. "Eu cuido disso." Ele avançou por


entre os assentos e no corredor. "Kraven, as vigie e as
mantenha no lugar onde estão. Temos cadáveres aqui, e

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pessoas em pânico que não podemos confiar que não vão
enlouquecer durante uma crise."

Kraven assentiu. "Eu tenho as mulheres."

"Tenha isso, seu idiota." Bat ainda parecia irritada.

Dusti estremeceu quando sua irmã cravou o cara


desavisado no peito com um sapato caro.

Kraven cambaleou para trás com espanto e Bat se lançou


em torno dele para chegar até ela. Dusti levantou-se com
as pernas trêmulas, um momento de tontura fazendo-a ver
manchas, mas ela empurrou a sensação de volta para
abraçar a irmã.

Bat se agarrou a ela com firmeza, ambas enormemente


aliviadas que a outra tinha sobrevivido.

Dusti se afastou o suficiente para obter uma boa olhada


no rosto de sua irmã. Havia uma marca vermelha perto
têmpora direita de Bat. Não estava sangrando, mas parecia
que isso poderia se tornar uma contusão. Sua pele estava
estranhamente pálida, mas Dusti percebeu que ela
provavelmente tinha isso em comum com ela. Elas haviam
acabado de sofre um acidente de avião, pelo amor de Deus.

"Está tudo bem, Bat. Estou bem. Você está machucada?"

Bat aliviou seu domínio sobre ela um pouco. "Nada que


uma boa bebida não possa resolver. Eu estou tão feliz que
você está bem."

Dusti deu um pequeno aceno de cabeça, mas, em


seguida, olhou para longe de sua irmã olhando consternada
para cabine em torno delas. Pessoas feridas ainda estavam
amarradas em seus assentos, mas pior, um rapaz estava
deitado em seu assento através do corredor ao lado da
seção da fuselagem que foi rasgado fora. Ele estava
ensanguentado e definitivamente morto. Ninguém poderia
20
estar faltando um braço que tinha sido arrancado do ombro
e sobreviver. Vermelho brilhante encharcou seu peito e colo
- fresco e úmido ao que parecia.

Dusti ouviu alguém sufocar, apenas para perceber ela


tinha feito o som quando a bile subiu.

Bat agarrou seu rosto segurando suas bochechas. Puxou


seu olhar horrorizado longe da vista e forçou-a a olhar para
sua irmã em seu lugar. "Olhe para mim e não para isto."

Lágrimas brotaram nos olhos de Dusti, ela tentou piscá-


las fora. Ela olhou nos olhos da irmã, muito parecidos com
os seus próprios, uma vez que ambas pareciam tão
semelhantes. "Oh Deus!"

"Eu sei", Bat cantarolou. "Nós sobrevivemos, entretanto.


Somos Dawsons. Somos duronas, lembra? Basta respirar
fundo. Dentro e fora. Fique calma."

Dusti nunca se sentiu muito durona em tudo. Ela estava


em choque, e ela sabia disso. Era difícil pensar, um
sentimento surreal nublava sua mente. Muitas coisas
terríveis haviam acontecido em um curto espaço de tempo
e tudo parecia um pesadelo naquele momento. Isso a
ajudou a se concentrar no rosto de sua irmã. Bat acariciou-
a suavemente com seus polegares.

"Vai ficar tudo bem. Nós conseguimos. Estamos bem."


Sua irmã sempre soube como manter a cabeça -se não a
língua- em uma situação ruim.

"Sente-se” o homem de cabelos espetados ordenou


asperamente. "E eu vou bater em você se você me bater
com outro sapato, sua pequena diabinha."

Bat soltou as bochechas de Dusti e sem perder uma


batida levantou seu dedo do meio para o cara atrás dela.

21
"Pegue esta dica e fique longe de mim, seu bastardo
pervertido. Você deveria ter escolhido outra mulher para
molestar."

Kraven, se esse era o seu nome verdadeiro, se


aproximou. Ele parecia atordoado quando Dusti olhou para
ele. Ele não parecia alguém com quem você pudesse ser
rude sem ter consequências terríveis, mas sua irmã lidou
com a escória da humanidade e nunca pareceu
excessivamente preocupada. Ela estava acostumada a
situações estressantes. Além disso, sua irmã poderia ser
uma cadela de primeira linha. Foi assim que ela tinha feito
parceiros em seu escritório de advocacia aos trinta e três
anos de idade. Ela defendeu os piores criminosos, e tinha
feito um nome para si mesma como uma cadela4 de
coração frio nos tribunais.

Sua reputação fora do tribunal tornou-se ainda pior. Um


homem havia machucado Batina quando ela era mais
jovem, então ela evitava relacionamentos agora, tratando
todos os homens igualmente como se fossem merda de
cachorro.

"Eu salvei a sua vida", disse o homem ignorante, não


sabendo que ele provavelmente iria se arrepender. "Eu
cobri seu corpo com o meu próprio para proteger você,
gata."

"É Bat5, seu idiota. B.A.T". Sua irmã virou a cabeça para
olhar para ele. "Cai fora, idiota. Recuso-me a lidar com
você agora. Você não consegue ver que a minha irmã está
assustada? Estou tentando acalmá-la."

4
No original ball-buster expressão que significa mulher dominante; destruidora de
homens.
5
Bat = Morcego em inglês, por isso o trocadilho.
22
“Louca como um morcego ou merda louca de morcego6.
Isso combina", disse o grandalhão.

Dusti viu as narinas de sua irmã inflarem e sabia que


tinha de agir rapidamente. Sua irmã tinha uma tendência a
ser dura com as suas palavras quando se tratava de
homens. O cara de cabelos espetados era do tamanho de
um fisiculturista, tinha que ter pelo menos 1,93m,
elevando-se sobre elas. A última coisa que ela queria era
que ele atacasse Bat. O guarda-costas em tempo integral
que normalmente acompanhava de perto de sua irmã não
estava nesta viagem para intervir.

"Deixe-o ir" ‒Dusti ordenou. " Vamos ajudar os feridos."

O olhar azul de Bat se estreitou quando ela virou a


cabeça para olhar para Dusti novamente.

"Ele está me irritando e ele me tocou7! "

"Essa é a menor das nossas preocupações."

"Você está certa. Vou ignorar o grande macaco apenas


por você, por um tempo, porque eu estou em choque
também. Espero que eu não esteja tão pálida como você
parece. Você está fazendo um inferno de uma impressão de
fantasma." Bat encolheu. "Eu não deveria ter dito isso,
considerando as circunstâncias. Desculpe." Ela respirou
fundo. "Vamos ajudar. As pessoas estão feridas. Apenas
respire e se concentre nisso, ok?. Ela soltou Dusti, para
chegar dentro de seu bolso interno e, em seguida, tirou seu
celular."

Dusti sentiu uma onda de alívio. Sua irmã mais velha


sempre foi a única a permanecer com a cabeça fria em uma
crise. Eles precisavam de ajuda, e Bat estava obviamente

6
Bat shit crazy = Cabeça oca; pessoa muito louca ou que só tem merda na cabeça.
7
Do original Felt me up que significa também me sentiu, no sentido de apalpar, passar
a mão etc.
23
pensando a mesma coisa. "Você acha que você vai
conseguir um sinal de telefone aqui fora? "

Bat abriu a capinha. "Eu espero que sim." Sua boca se


curvou para baixo em uma careta, um segundo depois. Ela
se virou de repente para encarar Kraven.

"Você quebrou meu telefone com o seu corpo do


tamanho de um gorila." Ela empurrou o telefone para
cima, para mostrar-lhe a frente esmagada, partes da tela
quebrada caindo no chão da cabine. "Você me deve um
novo. Dê-me o seu."

"Está na minha bolsa." Ele apontou para onde os


bagageiros da cabine tinham estado uma vez. "Onde quer
que esteja agora."

Muito para esse plano.

Bat estava confrontando o cara de cabelo espetado, que


mais uma vez, estava muito perto de Bat quando ele
argumentou de volta. Dusti se afastou de ambos. Kraven
era o único que tinha agarrado sua irmã antes do acidente,
afinal, Dusti então percebeu, que se alguém merecia ser
um alvo da ira de Bat, que fosse ele.

Ela conseguiu seu primeiro vislumbre da parte de trás do


avião e seu coração quase parou.

"Oh Deus."

"Eu sei! Eu não posso discar 9-1-1."

"Cale a boca, Bat" Dusti sussurrou. " Veja. Meu Deus."

Bat se moveu ao se lado e apertou a mão dela, que


pendurou frouxamente ao seu lado. Seus dedos quentes
atados aos de Dusti enquanto elas olhavam para onde a
parte traseira do avião tinha estado uma vez.

24
Um grande buraco olhava para eles a partir de cinco
fileiras de trás, a cauda tinha sumido juntamente com
algumas fileiras que continham pessoas.

O horror disso bateu Dusti com força total quando ela


olhou para a linha de árvores quebradas e as cicatrizes
aterradas que o avião tinha criado quando ele tinha sido
arrastado pelo chão da floresta. Um corpo ainda
permanecia amarrado em uma cadeira solitária numa
distância próxima. Tinha se soltado de seu assento gêmeo
e da parte traseira do avião. Ninguém poderia ter
sobrevivido a isso. A pobre vítima se assemelhava a um
hamburger sangrento envolto em roupas vermelhas
encharcadas. Era impossível dizer se ele era um homem ou
uma mulher.

Um grande corpo de repente ficou no corredor,


bloqueando a visão de Dusti da pessoa morta umas boas
cinqüenta jardas de distância. A expressão de Drantos
parecia sombria quando ele ergueu a mão para correr os
dedos através de sua juba desgrenhada de cabelo. Seus
lábios se torceram em uma careta quando ele se aproximou
de Dusti. Seus olhares permaneceram uns sobre os outros
até que ele parou alguns metros na frente dela. Ele voltou
sua atenção para olhar para seu irmão atrás dela.

"Há dez sobreviventes além de nós na cabine. A maioria


deles vai sobreviver, mas eu estou em dúvida sobre alguns.
Um de nós deve ir procurar em volta do avião para ver se
algumas dessas pessoas estão vivas. Precisamos também
verificar os pilotos."

"Foda-se”, Kraven suspirou. "Que maldita confusão. Eu


vou procurar na cauda do avião." Ele fez uma pausa. "Você
vigia as vadias. A vestida com um terno é um terror, por
isso não vire as costas para ela."

25
Bat apertou a mão de Dusti dolorosamente enquanto ela
virou a cabeça para olhar para Kraven. "Eu vou arrancar
suas bolas se você me chamar de vadia mais uma vez."

Dusti empurrou a mão da irmã. "Batina Marie Dawson,


chega!" Lágrimas quentes encheram seus olhos quando sua
irmã encontrou seu olhar. "Eu sei que o modo cadela é o
seu mecanismo de defesa quando você está com medo ou
com raiva, mas por favor, pare! Eu não posso lidar com isso
agora."

Uma onda de tontura bateu, fazendo seus joelhos


fraquejarem. Ela balançou em seus pés.

Bat a agarrou antes que Dusti entrasse em colapso. Sua


irmã lutou para segurá-la na posição vertical até duas mãos
fortes a agarrarem. Ela abriu os olhos para ver o cara
grande, Drantos, levantando-a até que ela foi embalada
contra seu peito.

"Onde está minha bolsa?" Perguntou Bat, claramente em


pânico. "É preta. Eu preciso dela!"

"Eu estou bem", Dusti sussurrou. "É só uma tontura."

"Minha bolsa, seu grande gorila! Saia do meu caminho.


Minha irmã precisa de sua medicação." Bat gritou.

Drantos franziu a testa enquanto ele olhou fixamente nos


olhos dela.

"O que há de errado com você?"

Ele era forte, facilmente segurando-a em seus braços


enquanto ele estava no corredor. Ela apreciou ele ter
impedido que ela caísse no chão e levasse a sua irmã para
baixo com ela quando ele a varreu fora de seus pés.

"Eu tenho uma forma rara de anemia. É ruim, as vezes,


e me deixa tonta. Eu tenho injeções de ferro na minha

26
bolsa, mas Bat mantém algumas com ela, também, em
caso de emergência."

Ele empalideceu um pouco, levantando o rosto para


olhar para alguém atrás dela. "Ela é defeituosa. Acho que
salvamos as duas mulheres erradas."

"Merda" Kraven amaldiçoou baixinho. "Elas eram as


únicas duas mulheres solteiras a bordo. Eu tinha certeza
que elas eram as Filmore enviadas. Isso destroi cada teoria
que tínhamos."

Choque rasgou através de Dusti enquanto ela olhou para


o homem que a segurava. "Você conhece o meu avô?"

Ele rapidamente olhou para ela. "Você é neta de Decker


Filmore?"

Ela assentiu com a cabeça, sentindo-se um pouco mais


forte e com menos vertigens. Talvez não era sua anemia
lhe chutando na bunda, mas apenas o choque que tinha
chegado a ela. Ela também havia sido golpeada ao redor e
quase esmagada pelo grande homem que atualmente a
segurava. "Ele é o pai da minha mãe. Estávamos no nosso
caminho para vê-lo. Ele está em estado terminal."

Raiva apertou o homem, fazendo Dusti sentir mais medo


do que quando o avião estava indo para baixo.

Ele parecia realmente assustador.

"Isso é uma mentira. Aquele desgraçado nunca vai


morrer até que alguém o mate." Ele levantou a cabeça para
olhar para o seu irmão. "Temos as mulheres certas. Eu
nunca vi isso chegando, e você? Netas? Mas podemos detê-
lo agora que nós somos os que as têm."

Um suave grunhido veio detrás de Dusti, fazendo-a


sobressaltar ao ouvir o som animalesco que Kraven tinha
feito. "Eu não teria arriscado o pescoço para salvar uma
27
delas se eu soubesse que elas estavam relacionadas a ele
por sangue. Agora nós vamos ter que matá-las nós
mesmos."

Terror atingiu Dusti enquanto ela olhava nos olhos azuis


furiosos de Drantos, que estavam fixados sobre ela. Ele
piscou uma vez, então duas vezes. Seus lábios macios
pressionados firmemente juntos para mostrar o seu
desagrado. Ele finalmente olhou para o lado e balançou a
cabeça.

"Eu não mato mulheres indefesas, e você não irá


também. Eu sei que é difícil conseguir uma boa leitura aqui,
com todo o sangue e tudo mais enchendo o ar, mas elas
cheiram assim como os outros passageiros." Ele fez uma
pausa. "Você sabe do que estou falando. Está apenas
irritado e tem sido um dia ruim. Nós vamos descobrir o que
elas sabem e esmagar o plano do bastardo. Vamos usá-las
contra ele. Elas são do seu sangue, mesmo sendo fracas o
suficiente para que possamos carrega-las. Isso significa que
elas vão ser valiosas para ele."

Kraven olhou para ela e suas narinas inflaram. "Como


elas podem ser do seu sangue?"

"Nós vamos descobrir isso mais tarde, depois vamos


lidar com esta bagunça, mas você conhece qualquer um
que propositadamente se diria ser um parente daquele
bastardo a menos que fosse de verdade?"

"Eu encontrei!", Bat correu para eles, segurando sua


bolsa. "Espera aí, Dusti. Eu tenho algumas de suas
injeções."

Dusti lançou um olhar aterrorizado ao bastão, tentando


transmitir que as coisas eram muito piores do que apenas
estar em um acidente de avião. Ela tentou pegar o olhar de
Bat, mas ela permaneceu muito focada na intenção de

28
encontrar as doses de ferro, cavando dentro de sua bolsa
com uma mão. Ela empurrou para fora uma caixa preta
pequena com um sorriso.

"Aqui está. Elas não estão quebradas."

Dusti olhou para Drantos, apenas para descobri-lo


olhando para ela. Ela e Bat estavam em um monte de
problemas.

Seu avô era rico e ela tinha um sentimento péssimo de


que estavam prestes a serem mantidas como reféns.

Pode este dia ficar pior?

Drantos observou a irmã injetar na mulher, em seus


braços, uma pequena seringa. Então ele olhou para seu
irmão, tentando esconder sua raiva e consternação.

Essas mulheres eram as netas de seu pior inimigo. Ele


sabia que seu irmão odiava Decker ainda mais do que ele o
fazia, o que foi a única razão pela qual Kraven sequer
contemplou matar as irmãs obviamente indefesas.

Decker Filmore tinha enviado uma mulher para seduzir


Kraven meses antes, e então ela tentou assassiná-lo. Ela
falhou, mas isso havia deixado seu irmão de cabelos
espetados, com uma aversão em relação a qualquer fêmea
associada com o clã Decker.

Drantos não podia culpá-lo por ser desconfiado. Seria


irritante ter uma mulher tentando esfaqueá-lo no coração
durante o sexo.

Ainda assim, uma coisa era clara. O destino final das


irmãs não seria decidido até que ele descobrisse o que elas
sabiam.

29
Ele odiaria ter que matá-las. Mas isso não significa que
ele não o faria se não lhe fosse deixada nenhuma outra
escolha.

Ele olhou para baixo, para a que ele segurava em seus


braços. Dusti. Ela tinha lindos olhos azuis, confusão e medo
brilhando claramente neles. Foi fácil para ele ler suas
emoções, mas ele não podia dar sentido a qualquer uma.
Decker deve tê-las alertado que elas poderiam ser
conhecidas pelo inimigo. Ela podia estar fingindo ter
qualquer falha física que ela aparentava ter, só para
parecer fraca. Poderia ser um jogo inteligente que jogavam,
na esperança de fazer ele e seu irmão abaixarem suas
guardas. Elas não iriam fugir, se esse fosse o seu plano.

Dusti havia dito que a mãe dela era o que a ligava nesta
família, e ele tentou se lembrar de detalhes sobre a filha de
Decker, mas Antina Filmore havia fugido de seu pai pouco
depois da morte de sua mãe. Ninguém tinha ouvido falar
dela novamente. Supunha-se, pelo Clã de Drantos, que a
menina sabia ou suspeitava que seu próprio pai houvesse
assassinado sua mãe, e ela também teria provavelmente
sabido o que ele tinha guardado para o seu futuro. Antina
nunca reapareceu.

Era possível que ela não tivesse dito a Dusti ou Bat a


verdade sobre seu avô. Será que Antina queria tanto se
salvar do destino que seu pai tinha planejado para ela, o
suficiente para oferecer ambas as filhas em vez disso? Ela
poderia tê-las enviado ela mesma, fazendo algum tipo de
acordo com Decker. Ele não era do tipo que perdoaria
alguém por aquilo que ele considera uma traição, mas ele
negociaria por algo, se ele realmente quisesse muito. O
bastardo era totalmente cruel.

30
Drantos estudou a mulher olhando para ele com medo.
Ela tremeu em seus braços e um súbito senso de proteção
o golpeou.

Ela seria a melhor atriz que ele já conheceu se de fato


isso era uma encenação. Então, novamente, ela realmente
não podia saber o que seu avô tinha reservado para ela,
mas Drantos podia adivinhar.

Decker usaria suas netas para começar o banho de


sangue que tão desesperadamente queria.

31
Capitulo Dois
A grande fogueira manteve a escuridão em torno deles na
baía. Dusti inalou o cheiro de couro vindo da grande
jaqueta, em volta dela. Ela acompanhou os movimentos do
Drantos quando ele caminhou mais perto da fogueira que
tinha cavado. Ele teve certeza que ela não tivesse um
momento a sós com Bat, desde que sua irmã lhe tinha
dado a injeção de ferro. Por uma questão de fato, ele a
manteve pelo menos a dez pés de distância de todos os
outros passageiros, que se reuniam ao redor do fogo que
ele tinha acendido antes que o sol tivesse se posto.

Drantos carregou Dusti para fora do avião e fez um


acampamento enquanto Bat e Kraven tinham ajudado os
feridos sair da aeronave danificada. Ambos os pilotos
tinham morrido e não houve sobreviventes na cauda do
avião. Kraven tinha ido olhar enquanto Bat ia procurando
no avião por cobertores e suprimentos. Drantos
constantemente observava Dusti e sua irmã, verificando se
iam de acordo com seu plano para mantê-las separadas,
concordando que Dusti deveria deitar, para evitar
desmaios. Bat estava preocupada com ela.

"Não diga uma palavra sobre o que Kraven e eu discutimos


a sua irmã ou qualquer outra pessoa", Drantos tinha
avisado.

Ela levou a ameaça à sério. Ele era um homem grande e


musculoso, e provavelmente tinha algum tipo de história
criminal e seria terrível se ela soubesse a extensão de sua
lista de assassinatos.

32
Seu olhar escuro fixo nela do outro lado da pequena
clareira, enquanto ele se agachava junto ao fogo,
acrescentando galhos quebrados às chamas. A expressão
dura no rosto causou medo nela, mas ela se lembrou de
que ele tinha dito que ele não matava mulheres. Ele até
tirou a jaqueta para envolver em torno dela para ajudar a
mantê-la aquecida.

Isso tem que significar algo, certo? Quão ruim pode ser um
cara que se preocupa sobre eu estar com frio? Então,
novamente, não se esqueça de que há sempre pessoas no
noticiário sendo entrevistados sobre como os seriais killers
que eles eram amigos, são caras legais. Mas há
testemunhas. Ele não pode matar todos nós. Bem, ele
poderia talvez por isso ele esteja apenas fingindo ser legal
por agora.

Bat caminhou para fora da floresta com Kraven. Ele


carregava um monte de almofadas que eles tinham retirado
do avião, enquanto Bat agarrou as alças de algumas
pequenas malas. Os dois haviam trabalhado juntos nos
últimos par de horas. Isso chocou Dusti, francamente. Sua
irmã era abrasiva na melhor das hipóteses em torno dos
homens então, ela esperava gritos e um pouco de
derramamento de sangue, a seguir.

Bat sorriu encorajadoramente para ela depois que deixou


cair as malas e se aproximou. "Como você está? Sua
coloração está muito melhor. Você não tinha tomado sua
injeção a um tempo, não é?"

Dusti balançou a cabeça, olhando para Drantos. Ele estava


olhando para ela. E estava com medo de falar.

"Droga, querida. Você sabe muito bem. Seu corpo precisa


de ferro, não pode produzir ou você fica toda branca igual a
giz e perde a consciencia. Você deve injetar uma a cada
dois dias, pelo menos, mesmo se você está se sentindo

33
bem." Bat enfiou a mão no paletó vistoso, para retirar uma
pequena caixa preta. "Eu tenho boas e más notícias. A má
notícia é, sua bolsa virou torrada. Ela foi rasgada quando
foi golpeada durante o acidente. A boa notícia é que eu
encontrei suas injeções. O estojo as protegeu de quebrar."
Bat se agachou para entregar o recipiente. "Não as perca,
Dusti. Quero dizer. Eu só tenho uma de suas seringas agora
e você tem as cinco que eu encontrei em sua bolsa. Estou
certa de que vamos ser resgatados em breve, mas nós
duas sabemos que elas precisam durar até nós voltarmos
para a Califórnia."

Dusti decidiu que esta poderia ser a única oportunidade de


falar com sua irmã sozinha. "Bat, estamos em apuros. Eu-"

Drantos de repente apareceu ao lado delas, ostentando


uma expressão infeliz.

Dusti parou de falar, com medo de que ele pudesse ter


ouvido as suas palavras sussurradas. Seu olhar se estreitou
sobre ela em aviso silencioso. Ela tentou parecer tão
inocente quanto possível, mantendo o seu olhar durante
alguns segundos. Ele não pareceu convencido quando ele
continuou a dar-lhe um olhar sujo, então ela engoliu em
seco, quebrando o contato visual.

"Não se preocupe," Bat assegurou. "Nós vamos ser


resgatadas. Eles vão ter uma frota de aviões procurando
por nós de manhã. Isso é procedimento quando um avião
cai. Eu só espero que o sinal de emergência esteja
funcionando. Eu acredito que eles fiquem geralmente em
alguma parte da cauda do avião. Isso vai ajudá-los a
identificar nossa localização exata." Bat olhou para Drantos.
"Eu me esqueci de perguntar ao seu irmão o quão ruim a
cauda do avião foi danificada quando ele foi procurá-la.
Você sabe? É possível o sinal ainda funcionar?"

"Eu não sei." O grande homem deu de ombros.

34
"Eu deveria perguntar a Kraven." Bat olhou em volta,
parecendo procurar por ele. Ela acenou com o braço para
chamar sua atenção, em seguida, focou em Drantos
novamente. "Estamos seguros de animais com o fogo
aceso, certo? Ele vai assustá-los? Dusti e eu não queremos
acabar por ter de tomar injeções contra raiva."

Dusti reprimiu um gemido. Bat tinha claramente confundido


suas poucas palavras com se preocupar com eles não
serem encontrados, ou estar em perigo com criaturas na
floresta. Dusti estava mais preocupada com os dois irmãos.
Não foi possível esclarecer isso com Drantos ali, então ela
apenas balançou a cabeça. "Tenho certeza que isso não vai
acontecer, Bat. Obrigada por encontrar minhas injeções. Eu
não gostava daquela bolsa de qualquer maneira."

"Nós encontramos alguns lanches e garrafas de água no


avião", anunciou Kraven, juntando-se a eles. "Eu vou
passá-las para os sobreviventes."

"Elas estavam falando sobre o sinal de emergência do


avião." Drantos olhou para seu irmão. "Como ele vai tornar
mais fácil sermos encontrados. Você checou a cauda do
avião. O que você acha?"

Kraven balançou a cabeça. "Eu tenho certeza que não


sobreviveu. A cauda foi completamente destruída."

"Você não sabe disso, com certeza," Bat argumentou.

Kraven estreitou os olhos, fixando-os em sua irmã. "Ela


bateu em uma árvore e ficou em pedaços. Tudo naquela
parte do avião foi despedaçado no inferno e voltou. Eu
procurei por qualquer coisa que eu pudesse salvar, mas
era uma causa perdida." Ele voltou sua atenção para
Drantos. "Eu estou indo caçar. Será melhor para todos,
comer um pouco de carne fresca."

"Claro que você vai" Bat murmurou.

35
Kraven olhou para ela. "O que?"

Bat levantou e olhou para ele. "O que você vai usar para
caçar? Os seus maus modos? Talvez você possa apenas
falar com os animais e eles vão cometer suicídio."

Kraven avançou à frente e olhou para baixo para a sua irmã


com um olhar intimidador como o inferno. "Eu lhe disse
para calar a boca. Temos um acordo, lembra? Eu não
chicoteio seu traseiro se você mantem à boca fechada."

Bat abriu a boca, mas ela segurou a língua, para o espanto


de Dusti.

Sua irmã realmente recuou. Era algo que nunca aconteceu,


nunca. Mas agora, Bat apenas balançou a cabeça em
silêncio e passou as duas mãos para baixo por sua saia sob
medida. Ela olhou em todos os lugares, exceto para Dusti
ou Kraven.

Um sorriso torceu os lábios de Kraven antes que ele


piscasse para o irmão. "Volto em breve. Eu estou indo
explorar, enquanto estiver lá fora, verei o quão fodido as
coisas estão."

"Tenho certeza de que as equipes de resgate estarão


procurando o avião na primeira luz. Eles vão ter que voar
de Anchorage. O pequeno aeroporto da região não tem
helicópteros. E sem lugar para pousar, o melhor que os
aviões serão capazes de fazer é ajudar com o suporte
aéreo." Drantos suspirou. "A questão é, partimos por nós
mesmos ou esperamos por ajuda?" Ele lançou um olhar em
torno do grupo perto do fogo. "Eles serão impotentes, se
sairmos daqui por nós mesmos. Eu tenho medo que eles
não serão encontrados e vão morrer expostos aqui.
Nenhum deles tem habilidades de sobrevivência. Eu
perguntei."

36
"Vamos nos preocupar com isso mais tarde." Kraven lançou
um olhar para Bat. "Eu vou estar de volta." E virou-se para
marchar para a escuridão.

Bat o viu ir antes de voltar sua atenção para Drantos. "Você


tem certeza que é seguro, para ele ficar perambulando ao
redor da mata à noite? Nós não encontramos uma lanterna
ou qualquer coisa para usar como arma. Não existem
animais selvagens por aqui que deveríamos estar
preocupados? O fogo está aqui, não lá fora. Ele não será
capaz de vê-los, mas eu tenho certeza, que o mesmo não
pode ser dito para qualquer coisa que pudesse atacá-lo."

Qualquer esperança que Dusti tinha de avisar sua irmã


morreu, quando Drantos sentou com as pernas cruzadas ao
lado dela. Somente polegadas, separavam seu quadril do
joelho dele. Provavelmente foi intencional, para lembrá-la
do aviso.

Ele balançou sua cabeça. "Vivemos no Alasca e fomos


criados não muito longe daqui. Nós sabemos o que estamos
fazendo. Não é incomum para nós caçar à noite e nada lá
fora pode machucar Kraven. Confie em mim sobre isso. Ele
estará de volta dentro de uma hora e terá algo, para que
nós possamos comer."

"Eu nem pude encontrar uma faca de verdade, apenas as


de plástico." Bat cuidadosamente sentou sobre uma
almofada e colocou a saia ordenadamente em torno de
suas pernas. "Como ele vai limpa-los? Eu acho que ele
poderia tentar arrancar parte do avião. Algumas delas são
bastante irregulares e afiadas."

Dusti queria gritar de frustração. Elas estavam em perigo,


mas sua irmã parecia obcecada, em como alguém poderia
conseguir comida. Bat não percebeu, que a falta de jantar,
era a menor de suas preocupações. Elas podem ter
sobrevivido a um acidente de avião, só para se tornar

37
vítimas de dois homens que tinham algo contra o seu avô
biológico. Não era justo ou certo.

Drantos alcançou dentro de sua bota e tirou um canivete


impressionantemente grande dobrado. "Ele tem um
desses."

"Mas esses são ilegais levar em aviões," Bat estalou. "Como


você conseguiu passar pela segurança e contrabandear-lo a
bordo?"

Ele arqueou uma sobrancelha escura. "Nós temos os nossos


meios, e os aeroportos menores são mais flexíveis com as
regras aqui. É comum transportar armas quando você está
voando dentro e fora de aeroportos menores. É a vida no
Alasca. Não se preocupe com isso." Ele enfiou a faca de
volta dentro da sua bota. "Ele vai ficar bem. E vai trazer
algo gostoso para comer e, em seguida, todos nós vamos
tirar um cochilo."

Bat virou a cabeça para olhar atentamente Dusti. "O


resgate vai nos encontrar amanhã. Aposto que já estão
organizando um enorme de grupo de busca para começar
nos procurar, logo que o sol nascer. Nós vamos ser
resgatados em algum momento e vamos chegar à casa do
nosso avô amanhã à noite."

Dusti notou Drantos tenso ao lado dela. Seu coração


disparou, mas ela não disse nada, com medo que ele
pudesse machucar, Bat se fizer. Ele e seu irmão parecem
bandidos malvados reais com seus corpos musculosos e
olhares escuros... e eles estavam vestidos como se fossem
motociclistas. Eles guardam canivetes dentro de suas
botas, pelo amor de Deus. Caras legais não fazem isso.

Então ela notou alguma coisa quando estudou suas belas


feições.

38
"Seu corte já curou." Ela olhou fixamente para seu rosto
que foi ferido antes.

Ele franziu a testa. "Eu lavei meu rosto. O sangue não era
meu. Eu acho que espirrou em mim, vindo de outra pessoa
durante o acidente".

Dust balançou a cabeça confusa. "Voçê foi cortado. Eu vi."

"Você o vê agora?" Ele inclinou a cabeça na direção à luz do


fogo, para mostrar a ela aquele lado do seu rosto melhor.
"Foi apenas sangue, nem mesmo o meu. E já foi limpo."

Dusti deixou ir. Ela estava traumatizada no momento e


deve ter apenas assumido que tinha sido cortado quando
ela viu o sangue. Ele obviamente não tinha sua pele
machucada.

Bat suspirou. "Eu realmente sinto muito que eu a arrastei


junto Dusti. Você estaria segura dentro de seu apartamento
agora, assistindo um daqueles shows mal feitos, que você
ama tanto, se não fosse por mim. Eu ... eu manipulei você
para vir nesta viagem. Eu sabia que você ia insistir em vir
comigo, assim que eu dissesse a quem eu estava
planejando visitar. Eu não queria vir sozinha, e eu pensei
que seria bom passar algum tempo juntas, desde que seja
tecnicamente minhas férias."

"Não é sua culpa. Você não sabia que isso fosse acontecer.
Ninguém poderia. Eu insisti em vir, lembra? Nós nos
conhecemos bem. Eu manipulo você algumas vezes à fazer
o que eu quero. Nós nunca nos abandonamos. Pare de
culpar-se. Merdas acontecem."

"Você me fez ir assistir alguns filmes com você." Bat se


encheu de lágrimas. "É uma grande diferença. Eu poderia
ter não gostado, mas estávamos sempre seguras."

39
"Os bairros não eram os melhores", Dusti lembrou. "Você
estava sempre apontando que poderíamos ser assaltadas,
levarem o carro, ou assassinadas quando eu a levava para
sair. Voar era supostamente para ser mais seguro do que
dirigir ".

Drantos pigarreou. "Você estava indo visitar seu avô?"

Bat parecia ter suas emoções sob controle. "Obrigada,


Dusti." Ela voltou sua atenção para Drantos. "Nosso avô
tem uma doença terminal e ele queria que eu viesse dizer
adeus a ele. Ele é um bastardo velho, mas ele é o único da
família que nos resta. Ele e Dusti nunca se deram bem,
então ele não se preocupou em convidá-la, mas eu disse a
ela que eu estava indo vê-lo. Eu esperava que ela pudesse
fazer as pazes com ele, antes de morrer."

"Por que eles não se dão bem?" O tom de Drantos soou


casual, mas Dusti entendeu que não era.

"Oh, como eu disse, ele é um bastardo velho resistente.


Nossa mãe fugiu de casa quando adolescente e se mudou
para a Califórnia, onde conheceu nosso pai, alguns anos
depois, e eles tiveram nós duas. Quando éramos jovens ...
" Bat hesitou, pensando. "Eu devia ter sete e Dusti cerca de
cinco, quando nosso avô apareceu na nossa porta. Ele tinha
nos encontrado de alguma forma, onde nós vivíamos. Nós
nos mudamos depois disso, mas nós ainda o vimos mais
uma vez, quando tínhamos cerca de dez e doze anos. Ele
me convidou para visitá-lo no verão, mas ele não queria
que minha irmã fosse. Acho que ele não gostou da maneira
como Dusti se recusou a falar com ele, ou talvez ele
pensasse que ela iria ser um pé no saco."

Bat riu, piscando para Dusti. "Você sempre foi uma


pentelha. Ela armou um jeito de me impedir de ir com ele,
então eu fiquei em casa. Eu não queria ir sozinha de
qualquer maneira. Eu não o conhecia muito bem."

40
"Ele era frio e ele nunca falou comigo", Dusti informou a
Drantos calmamente. Ela focou em sua irmã. "Ele me deu
arrepios. Não era que eu não quisesse que você fosse
passar o verão no Alasca. Eu não queria que você fosse
com ele. Eu ainda acho que algo está errado com aquele
homem, como se talvez ele fosse um pervertido ou algo
assim. Minha mãe sempre se recusou a falar sobre por que
ela fugiu de casa, exceto para dizer que ele planejava uma
vida para ela, que ela não queria ter nada a ver. Se você se
lembrar, foi a mamãe que se recusou a deixá-la ir a
qualquer lugar com o pai dela. Isso deveria ter deixado
claro o bastante que algo está realmente errado com ele.
Ela definitivamente nos disse para não termos nada a ver
com ele, e nós nos mudamos nas duas vezes depois que ele
apareceu. Era óbvio que ela o odiava. Talvez ele tentou
molestá-la. Ele era muito legal com você."

"Ela apenas teria nos dito, se isso fosse verdade."

"Ela sempre tentou nos proteger, Bat. Eu sou a pessoa


quieta, lembra? Eu tendo a observar as pessoas " Dusti
lembrou sua irmã. "E a mamãe parecia, quase com medo
quando ele apareceu. Ela nem falou sobre os pássaros e as
abelhas até que fossemos adolescentes e já sabíamos de
tudo. Você realmente acha que ela iria contar sobre
pervertidos sexuais para nós, quando éramos tão jovens? "

Bat esfregou seus dedos no seu casaco. "Isso não importa


mais. Ele é rico e está morrendo. Nós somos sua única
família, que eu saiba. Eu acho que é uma boa ideia,
gastarmos um pouco de tempo com ele."

"O que ela quer dizer é" Dusti olhou para Drantos "Ela
espera que ele vá nos deixar algo em seu testamento. Eu
não quero seu dinheiro. Espero que quando ele morrer, que
encham o rabo dele com tudo o que ele tem e que ele leve
cada centavo com ele."

41
"Droga, Dusti." Bat atirou-lhe um olhar. "Você vive em um
apartamento duvidoso, passando bem perto de ser um lixo.
Tentei convencê-la a ir para a faculdade depois que me
formei, mas você não iria." Ela trocou sua atenção para
Drantos. "Ela está seriamente chateada com nosso avô.
Nossos pais morreram no ano em que completei dezoito
anos e eu o localizei por telefone. Ele se recusou a enviar
qualquer dinheiro. Tivemos que vender a casa para
sobreviver. Eu tinha acabado de começar a faculdade em
tempo integral, com uma carga de estudo pesada, e nós
tivemos que usar o dinheiro da casa para nos sustentar até
Dusti se formar no colegial. Nós não podíamos pagar a
faculdade para nós duas ao mesmo tempo, por isso,
quando me formei, era para supostamente ser a vez de
Dusti. Ela trabalhou para me ajudar a terminar à faculdade
de direito e eu queria fazer o mesmo por ela, mas ela se
recusou a ir."

Dusti virou a cabeça para olhar diretamente o olhar escuro


de Drantos. "Nós não vimos àquele idiota desde que
éramos crianças. Não estamos perto dele e ele não enviou
um centavo em todos esses anos, nós estávamos lutando.
Ele não se importou com qualquer uma de nós. Eu não
acho que ele teria nem mesmo ligado para Bat, se não
fosse pelo fato de que ele está morrendo e, provavelmente,
tentando ser legal, por uma vez, pensando que ele vai
ganhar alguns pontos de brownie para levá-lo ao céu." Ela
lançou um olhar sujo para a irmã. "Não que isso vá
funcionar. Aquele desgraçado vai direto para o inferno."

"Você está certa. Ele é um idiota, mas eu ainda estou


esperando que ele nos deixe algo em seu testamento. Por
que deveria ir tudo para totais estranhos? " Bat xingou.
"Você diz que eu sou a única negativa, e dramática. Você
tem mais compaixão com estranhos do que com sua
própria família. Ele era o pai de nossa mãe."

42
"Ele é um idiota que tinha muito dinheiro, mas não entrou
em ação quando precisamos de ajuda. Tivemos que vender
a casa em que vivíamos com nossos pais, Bat! Nós
sobrevivemos com sanduíches de manteiga de amendoim
um monte de vezes e vivemos em lugares infernais, apenas
para ter um teto sobre nossas cabeças. Que tipo de idiota
deixa isso acontecer?"

"Culpe á mim" Bat sussurrou. "Eu provavelmente fiz más


escolhas. Talvez houvesse outra maneira de conseguir isso
que eu não poderia pensar naquela época." As lágrimas
encheram seus olhos. "Eu deveria ter mandado você para
faculdade primeiro, pelo menos. Eu teria tornado isso mais
fácil para você se eu tivesse deixado meu sonho ir."

"Você ganhou essas bolsas de estudo, Bat. Eu não iria


permitir que você perdesse a ajuda que eles ofereceram."
Dusti desviou os olhos, odiando ouvir a culpa de Bat, mais
uma vez. Não havia nenhuma razão para isso.
"Simplesmente pare. Nós tivemos essa discussão mil vezes.
Eu não estou brava com você. Você é uma advogada
impressionante, mesmo que eu ache que você está
trabalhando no lado errado da lei. Você está fazendo o que
você ama. Eu só estou com raiva que nosso avô poderia ter
enviado dinheiro, para nos ajudar. Ele é rico o suficiente
para que não fosse nenhum sacrifício. Ele não o fez."

Ela olhou para sua irmã. "Ele merece morrer sozinho e


miserável. Nós nem deveriamos estar aqui, porque
nenhuma de nós lhe deve um segundo do nosso tempo."
Ela enrolou as mãos no colo. "Eu não dou a mínima para o
dinheiro. Eu gosto da minha vida bem do jeito que é. Eu
estou acostumada a lutar. Isso constrói o caráter."

Bat sorriu. "Você se lembra de quando eu falava isso,


hein?"

43
"Todo o tempo, geralmente quando eu estava reclamando
sobre qualquer trabalho ruim, que eu tivesse que lidar no
colégio." Dusti sorriu de volta. "Nós não precisamos de
nada dele."

"É apenas alguns dias do nosso tempo. Vamos ver o que


ele quer, e ir embora. Talvez ele lamente suas ações, ou a
falta delas."

"Sem chance. Ele é um merda, Bat." Dusti dirigiu o olhar a


Drantos mais uma vez. "Ele não se importa conosco. Você
entende o que eu estou dizendo? Seria um erro se alguém
pensar o contrário. Nós não somos ninguém para ele e não
vale o tempo de ninguém, se eles têm um rancor contra
aquele bastardo. Eu poderia totalmente me juntar a eles,
se alguém tivesse. A única razão pela qual estou aqui é
para passar o tempo com a minha irmã, já que ela não tira
férias. Esta é a primeira que ela teve em cinco anos. Além
disso, eu não a quero a sós com aquele idiota. Eu nunca
gostei dele desde pequena e eu ainda não gosto. Eu
acredito que ele tentou molestar a nossa mãe, ou algo
igualmente terrível. Ela nos disse para ficar longe dele, para
dizer-lhe para ele ficar também se nos contatasse, e você
não faz isso com um avô amoroso."

"Eu vou chutar a bunda dele se ele for algum tipo de


pervertido," sua irmã murmurou. "Eu sou a mais mortal de
nós duas."

Drantos silenciosamente olhou Dusti. Ela sustentou o olhar.


À luz do fogo no seu olhar azul escuro tinha revelado
manchas douradas que ela não tinha notado antes. Ele
tinha olhos lindos, emoldurados com espessos, longos cílios
negro. Mesmo seu corpo era atraente, tipo uma aparência
exótica. Ele seria extremamente bonito se a sua estrutura
óssea não fosse tão severa.

"Eu entendo", reconheceu suavemente.

44
Dusti relaxou um pouco e voltou sua atenção para os
outros passageiros que sobreviveram ao acidente. A
maioria deles foi dormir, mas alguns permaneceram
sentados. Eles estavam amontoados em pequenos grupos,
conversando. Um par deles tinha sido gravemente ferido,
mas estavam permanecendo lá.

Bat alisava suas roupas, o que chamou a atenção de Dusti.

"Seu terno está arruinado. Você pode tentar alisar essa saia
até suas mãos caírem, mas está destruída. Você foi capaz
de encontrar as nossas malas?"

"Não. A barriga do avião foi rasgada e as malas ficaram


espalhadas por todo o lugar. Estava ficando escuro demais
para ampliar a busca. Nós só trouxemos de volta aquelas
poucas malas para que as pessoas pudessem usar qualquer
roupa que etivesse nelas, para ajudar a se manterem
quente está noite. Vou procurar novamente amanhã. Até
então, eu estou presa vestindo esta. Eu me recuso á
colocar roupas de um estranho." Bat tentou fechar sua
jaqueta.

"Desista" Dusti insistiu.

"Eu estou tentando fazer algo, qualquer coisa. Eu não estou


acostumada a apenas sentar e esperar, e eu estou com
fome."

Drantos ficou em pé. "Kraven se esqueceu de distribuir a


comida que você recuperou do avião, antes que ele fosse
caçar. Eu vou fazer isso agora e você pode comer alguma
coisa enquanto esperamos. Basta chamar meu nome, se
você precisar de alguma coisa. Eu tenho uma audição muito
boa." Ele atirou a Dusti outro olhar de advertência antes de
se afastar.

"Indivíduos estranhos, né?" Bat o observou caminhar até a


pilha de coisas no chão. "Estou totalmente recebendo vibes

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de 'futuro cliente' de ambos, mas eles não têm olhos de
assasinos, então eu acho que estamos seguras."

"Isso me assusta, que você possa dizer merda como essa.


Olhos assassinos?"

"Você saberia se você os visse. Confie em mim."

Dusti baixou a voz. "Bat, precisamos sair daqui e ficar


longe deles."

"Foda-se! Esses caras foram criados no Alasca, e olha para


o que eles fizeram até agora. Eles deram um jeito de criar
um acampamento e uma fogueira. Não há nenhuma
maneira que eu esteja indo a pé para a floresta e me
perder em procurando uma cabine ou uma casa que possa
ter um telefone funcionando. Seria como encontrar uma
agulha num palheiro. Nossa melhor esperança de ser
resgatadas é ficar no local do acidente. Eu tenho certeza
que é há uma abundância de sinais acima de onde nós
caímos, onde o avião pegou aquelas árvores.
Provavelmente irá parecer como um caminho lá de cima,
quando os aviões de busca sobrevoarem. Goste ou não,
estamos presas com esses caras, e confie em mim, eu não
estou feliz com esse conceito. Kraven é um lunático." Ela
baixou a voz para um sussurro. "Mas ele é quente."

Espanto atravessou Dusti. Ela olhou para Drantos e o


encontrou observando não de muito longe. Ele estava perto
o suficiente para ouvi-las. Não se atreveu a avisar sua irmã
sobre o perigo real ainda. "Você está atraída por Kraven?
Você tem uma concussão? Eu sei que você foi jogada para
fora do seu assento no corredor e bateu a cabeça. Você
ainda tem uma marca ao lado de sua têmpora. Ele não é o
seu tipo, Bat. A pasta não está cirurgicamente anexada a
mão dele e ele não é o ancora do noticiário nem tem cabelo
em forma de capacete."

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Bat sorriu. "Eu bati minha cabeça, mas não há nada de
errado com a minha visão. Eu vejo o jeito como o Urso
motociclista não tira o olho de você, e como você continuar
a observá-lo quando você acha que ele não está olhando."
Bat ficou de pé. "Eu tenho que fazer xixi. Eu já volto."

"Mas..."

Dusti conversou com ar quando sua irmã desapareceu na


linha das árvores.

Ela suspirou. Ela precisava avisar sua irmã sobre os irmãos,


mas ela temia que Drantos fosse machucá-las se soubesse
que ela tinha tentado. Sua atenção voltou ao homem,
apenas para testemunhar ele olhando para a área que sua
irmã tinha desaparecido. Ele empurrou uma garrafa de
água a um passageiro antes de tempestuosamente ir nessa
mesma direção.

"Drantos!" Ela empurrou-se para ficar de pé, uma breve


tontura. Sua cabeça virou na direção dela e ele lhe lançou
um olhar seriamente chateado quando ela alcançou-o perto
das árvores. "Ela teve que ir ao banheiro. Você não vai
querer segui-la pela floresta. Ela já volta."

Ele agarrou seus braços em um piscar de olhos e a puxou


para dentro da floresta. Em segundos, ela se encontrou
fora da luz do fogo, com as costas pressionadas contra a
casca da árvore mais próxima.

Drantos olhou para ela, seu aperto em seus braços quase


contundindo. Ela podia ver suas feições uma vez que ele
estava de frente para o fogo atrás dela, na pequena
clareira.

"O que você disse a ela?"

"Nada! Eu juro."

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Seu olhar desconfiado se estreitou. Ele soltou o braço dela,
hesitando, e então segurou seu rosto suavemente com sua
grande mão quente. Ele baixou o rosto para o dela, fazendo
seu coração bater. Ela tinha certeza que ele planejava para
beijá-la.

Ela virou a cabeça para trás quando seu hálito quente se


espalhou, sobre os lábios dela entreabertos.

Ele congelou. "Quero algumas respostas, e você vai da-las


a mim."

Ela engoliu o nó que se formou em sua garganta. "Ok.


Apenas por favor, não nos machuque."

Essa resposta fez o seu olhar estreitar ainda mais. "Eu


nunca prejudiquei uma mulher antes." Ele inclinou a cabeça
um pouco, seu olhar vagando por seu corpo, em seguida,
voltou para cima. "Você tem um cheiro totalmente humano.
Eu não poderia ter uma boa leitura sobre você antes e
pensei que poderia ser apenas por suas roupas. Alguns de
nós pegam emprestados, roupas já usadas para enganar os
sentidos dos outros." Seus olhares se encontraram
novamente. "Eu acho que, sua mãe acoplou a um? Você
tem sangue humano?"

Dusti olhou para ele enquanto suas palavras penetraram.


"Merda. Sério?"

Ele franziu a testa. "Basta responder a pergunta. É


importante."

Em seguida, caiu a ficha de que algo estava realmente


errado com Drantos.

Ela tinha um amigo do colégio que se tornou paranoico e


antissocial em seus vinte e tantos anos. Havia sido
diagnosticado como bipolar após um grupo de seus amigos
ir vê-lo. Eles tinham descoberto que ele usou rolos de

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alumínio para cobrir todas as paredes de seu apartamento
e gritou com eles sobre como ninguém estava a salvo. Eles
tinham chamado uma ambulância. Os remédios que eles o
deram, a ajudou a ficar mais racional, mas ela sabia que
um desequilíbrio químico poderia mexer com a sanidade de
alguém.

Era possível que o cara na frente dela tenha a mesma


condição médica. Ele ainda soava como Greg. Tudo tinha
sido sobre os seres humanos vs aliens para o amigo alí.

"Humano? É isso que você disse? É ruim o suficiente que


você seja um possível cara mau seqüestrador-por-resgate,
mas você também está sem os seus remédios, não é? É
claro que eu sou humana! Assim como você. Você disse
que minha mãe acoplou a um? Sério? Acoplado? Este é o
planeta Terra." Ela balançou a cabeça. "Poderia meu dia
ficar pior? Qual é o próximo? Uma chuva de meteoros? Um
incêndio florestal? Talvez esquilos raivosos vão nos atacar."

Ele sorriu lentamente. "Eu gosto de seu senso de humor."


O sorriso fugiu. "Talvez você não conheça o meu cheiro,
mas eu sou igual ao que sua mãe foi. Corta a atuação."

Ele estava totalmente maluco. Ela normalmente não teria


mexido com alguém como ele e apenas recuou, mas ele a
tinha presa onde ela estava. "Você costumava ser uma
mulher?" Ela olhou de cima e para baixo. "Essa é a melhor
mudança de sexo que eu já vi. Uau. Impressionante. Eu
nunca teria adivinhado. Você pode querer parar com as
injeções de hormônio masculino. Eu acho que você teve
uma overdose com eles."

"O quê?" Ele olhou com raiva.

"Você só disse que você era igual ao que minha mãe foi.
Ela era uma mulher. Você nasceu uma menina e, em

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seguida, teve uma mudança de sexo? Caso contrário, eu
não diria isso." Ela sorriu.

Ele estudou seu rosto e, em seguida empalideceu um


pouco. "Merda. Você não está atuando, não é? Você não
sabe, não é?"

"Saber o que? Que você é bipolar e largou seus remédios?


Eu estou entendo esse fato realmente rápido. Seus médicos
não o avisaram que você perderia a compreensão sobre a
realidade se você parasse de tomá-los? Deixe-me
adivinhar. Você se sentiu melhor e pensou que você estava
curado. Ouça, a única maneira de você ser racional é
continuar tomando os comprimidos. Você os tem com
você? Vamos encontrar um pouco de água, ok? Você vai se
sentir muito melhor dentro de poucos dias uma vez que
você começar tomá-los novamente."

Ele ficou em silêncio por longos segundos, estudando seu


rosto novamente, até que ela se afastou de seu corpo no
momento desconfortável. Seus olhos fechados e a cabeça
inclinada para trás.

"Merda. Você não tem nenhuma pista."

"Acredite em mim, eu tenho." Ela deu um tapinha


desajeitado. "Eu tenho um amigo como você. Ele parou
com seus remédios, por vezes, também. Mas ele ficou bem
quando recomeçou. Onde estão os seus comprimidos? Vou
te ajudar. Você, obviamente, parou de tomá-los, o que
levou você a pensar em algum cenário louco, mas vai
acabar tendo sua bunda na prisão se você machucar
alguém. Repense. Meu avô pode ser um merda, mas ele é
um humano. Ele não é algum mau indivíduo extraterrestre
tentando atacar a Terra ou o que você pensa."

"Eu não tomo remédios."

"Claro que não. É por isso que você está assim."

50
Ele ficou com raiva. "Cale-se agora. Eu não sou louco."

Ele não estava disposto a ouvir a razão. Isso era evidente.


Ela decidiu jogar junto com seus delírios. Era possível
alcançá-lo se ele tiver alguma compaixão. "Bem. Tudo o
que eu estou pedindo é que você não desconte em nós se
ele não fizer o que quiser. Estou falando sério sobre como
ele nunca levantou um dedo para nos ajudar. Eu acho que
ele tolera Bat, então ele pode dar-lhe dinheiro por ela, ou o
que você procura, mas não prenda a respiração quando se
trata de mim. Ele definitivamente nem sequer quer que eu
vá para o Alasca, e deixou isso bem claro quando Bat
menciou me trazer. Ele disse que não, mas ela nunca ouve
ninguém.

"Eu vim porque eu só queria passar mais tempo com ela e-


o-bonus-ele está morrendo. Eu realmente o odiava quando
era criança. Ele me tratou como se eu não existisse quando
ele veio em nossa casa. Sabe o que isso faz para uma
menina? Ele me fez chorar no início, eu me perguntei o que
eu tinha feito para fazer o meu próprio avô me odiar. Eu
finalmente cheguei à conclusão de que ele era apenas um
idiota."

"Eu não vou fazer de você minha refém. Sua doença é


verdadeira? Você precisa mesmo daquela injeção que sua
irmã lhe deu?"

Ela mordeu de volta uma maldição. Ele estava realmente


delírando. "Claro. Como qualquer pessoa em sã consciência
iria querer ser espetada com agulhas. Eu não sou uma
viciada em drogas. Eu não fico alta. Eu realmente
precisava. É para a minha anemia. Eu tenho uma forma
rara dela. Comprimidos de ferro não funcionam."

Drantos olhou para ela, seus olhos lindos parecendo


estudá-la novamente. "Você é defeituosa. Decker
consideraria isso uma vergonha para sua linhagem. Eu

51
suponho que sua irmã não tem de tomar qualquer tipo de
medicamentos?"

"Não."

"Eu não pensei nisso, se Decker quer que ela venha para
ele."

"Tudo bem", disse ela lentamente. "O que isso significa."

"É tudo sobre as linhagens às vezes." A expressão


pensativa agarrou suas belas feições. "Eu acredito que eu
estou começando a descobrir por que ele enviou sua irmã."

"Mais uma vez com o que isso significa?"

"Havia uma chance maior de dar à luz a uma criança fraca


de sangue, quando sua mãe reproduziu com o seu pai.
Você é a falha, tanto quanto Decker sabe, mas sua irmã
ainda é útil para ele. Você é dependente das injeções.
Presumo que você sempre teve essa condição, se não por
toda da sua vida?"

"Eu fui diagnosticada quando criança. É anemia grave, não


uma falha ou uma doença. Meu corpo simplesmente não
produz quantidade suficiente de ferro e eu tenho que tomar
suplementos. Temos isso em comum. Onde estão os seus
comprimidos? Você precisa deles como eu preciso das
minhas injeções."

"Com o nosso povo, qualquer tipo de medição faz com que


você seja defeituosa. Significa que você é fraca. E você
cheira totalmente humana."

Ele ignorou completamente a sua pergunta sobre suas


pílulas. Isso a irritava. "De que planeta você é? Marte?
Saturno? Estou pensando Urano?"

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Ele acariciou sua bochecha. "Muito engraçado." Ele não
parecia divertido. "Não grite ou tenha medo. Eu preciso
saber o quão humana você realmente é."

Isso não soa tão bem para mim, pensou ela, seu corpo
enrigeceu. Ela queria lutar, afastá-lo, mas em vez disso se
segurou imóvel quando ele inclinou a cabeça para abaixar o
rosto na curva de seu pescoço. Um arrepio percorreu sua
espinha e estourou para baixo nos seus braços, quando seu
hálito quente abanou a pele sensível.

Ela não tinha idéia do que ele faria, mas lutar com ele seria
tão eficaz quanto tentar atacar uma árvore. Os golpes só
iriam ferir as suas mãos, e ela sabia que não podia
empurrar o cara pesado para longe dela.

Algo quente e um pouco molhado deslizou por sua pele do


ombro. Ela engasgou quando a dor sacudiu essa área por
um segundo, antes de sua língua quente deslizar na mesma
área da dor. Ela arregalou os olhos e suas mãos agarraram
sua camisa. Ela o empurrou quando ela percebeu que ele
havia lambido ela.

Um rugido profundo fez o coração dela acelerar, mas ele


não se mexeu uma polegada. Sua língua deixou sua pele,
mas seu hálito quente contra seu pescoço permaneceu. O
som que ele tinha feito a lembrou de um cão raivoso. Isso a
assustou.

Ele ficou nessa posição, respirando em seu pescoço, e a


manteve presa contra a árvore. Ela parou de empurrar
quando ficou claro que não funcionava.

"Nem todo humana," ele murmurou. "Eu posso prová-lo


levemente em você, mas é muito fraco." Ele riu de repente.
"Você não está doente. Você só está morrendo de fome do
que você realmente precisa. A linhagem de Marvilella é

53
mais forte em você do que a de Decker é. O sangue de seu
pai também é forte, e mascara o cheiro."

O cara é literalmente maluco, ela percebeu, decidiu que ele


devia ser como Greg. Ele provavelmente via alienígenas em
toda parte, certo de que eles estavam espionando os
terráqueos para poder atacar um dia.

O sorriso que curvou em sua boca não deve ter


surpreendido ela, mas ele fez quando ele levantou a
cabeça.

"Seu avô não percebeu o que você é. Você cheira como se


fosse completamente humana e ele tomou isso como seu
valor."

"Ok." Dusti limpou a garganta. "Podemos voltar para o fogo


agora? Estou com frio."

"Você não sabe do que estou falando, não é?"

"Nenhuma palavra."

"Você sabe quem foi Marvilella?"

"Não."

Ele balançou a cabeça e sua mão voltou a tocar seu rosto.


A ponta de seu polegar acariciou sua pele levemente. "Ela
era sua avó."

"Minha mãe disse que a mãe dela morreu quando ela era
uma adolescente, mas era muito doloroso falar dela. Elas
eram muito próximas. Esse era o nome dela? " Dusti não
tinha certeza se ela poderia acreditar em uma palavra da
sua boca. Sua mente, obviamente, não era tudo o que há,
mas ele parecia saber mais sobre seu avô que ela. Era
possível que ele soubesse também sobre sua esposa. "Que
tipo de nome estranho é esse? Parece Europeu."

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"Ela veio do meu clã e se casou com seu avô para trazer a
paz entre nós."

Dusti deixou essa afirmação ser processada em seu


cérebro. Não, ele está totalmente irracional e se foi, ela
concluiu. Nada do que ele disse fez sentido e soou como se
ele tivesse visto muitos filmes. "Simplesmente pare. Deixe-
me ir."

"Você precisa entender em que você foi trazida. Decker


Filmore é perigoso para você e sua irmã. Você mesma disse
que sua mãe a advertiu que ela não gostava dele. Bat disse
que ela morreu. Isso é verdade?"

"Sim." Ela empurrou seu peito novamente, mas ele não se


mexeu. "Ninguém iria mentir sobre uma coisa horrível,
como a perda de ambos os pais."

"Decker não molestava sua mãe. Ele matou sua avó para
que ela não pudesse mais ficar no seu caminho. Foi quando
sua mãe fugiu. Acreditamos que ela descobriu que não foi
uma morte acidental. Ele queria usar sua filha para
negociar com Aveoth. Para Antina, a morte teria sido
preferível. Confie em mim. Agora eu entendo porque ele
quer sua irmã venha. É a única maneira que ele poderia
forçar Aveoth a quebrar nossa aliança. Bat é a sua moeda
de troca para começar uma guerra."

"Estou feliz que um de nós entende o que você está


dizendo. Você conheceu a minha mãe? Você parece ter."

"Eu sei mais sobre sua família do que você, pelo que
parece. A amante de Aveoth morreu há uma semana. Ele
vai estar à procura de outra para substituí-la ... e ele não
seria capaz de resistir a sua irmã se ela fosse oferecida a
ele."

"Oferecida a ele? Quem diabos é Aveoth? Algum senhor da


guerra alienígena da sua cabeça?"

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"Pare com os alienígenas. Eu não sou louco. Aveoth é um
poderoso líder de clã. Ele vai estar à procura de um novo
amor e Decker vai dar a sua irmã para ele."

"Tanto faz." Ela estava ficando com uma dor de cabeça


tentando dar sentido ao seu discurso retórico. "Você está
fazendo meu avô parecer como algum cafetão, como se a
minha irmã fosse uma prostituta. Ela não é."

"Eu estou te dizendo a verdade."

"Oh inferno", Dusti suspirou. "Eu não vou nem tentar


entender o que você está dizendo. Não há medicação lá
fora, que irá ajudá-lo. Você realmente precisa ver o seu
médico. Acredito que Decker Filmore é um rico pervertido,
mas você está dizendo que ele quer transformar Bat em
algum tipo de prostituta? De jeito nenhum."

"Sua mãe deveria ter lhe contado a verdade."

"Sobre o que? Que existem malucos que vivem em seus


próprios mundos inventados? Ela esqueceu isso, quando eu
comecei a perceber meninos e ela me ensinou sobre o
perigo desconhecido."

Ele hesitou. "Agora não é o momento de entrar em tudo


isso. Vamos conversar mais tarde, quando estivermos em
algum lugar mais privado."

Ela não estava a ponto de pedir que ele a arraste para fora
da clareira onde ninguém pudesse vê-los. Ela só queria
ficar longe dele. "Ótimo. Deixe-me ir."

Ele respirou fundo. "Sua mãe não era humana."

"Sério?" Dusti suspirou, a casca da árvore cavando


levemente em suas costas, quando ela se inclinou para
longe do homem a imobilizando. "Ela era uma
extraterrestre?"

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Ele sorriu e seus olhos pareciam dobrar nos cantos. "Nós
somos do mesmo planeta, apenas diferentes mundos."

"Ah. Isso faz total sentido." Dusti revirou os olhos, não se


importando se ele viu a reação dela. "Então, estamos
falando de dimensões diferentes? Ok. Por que você não me
deixa ir e voltar para sua então? Tenha uma boa viagem.
Agora, você bate seus saltos juntos para chegar lá?"

A diversão deixou seu olhar estranhamente intrigante. "Há


um pedaço do mundo em que os seres humanos vivem e a
parte dele que nunca veem."

"Fantasmas então?" Ela não podia resistir. Suas mãos


roçaram a frente de sua camisa, sentindo o calor que
parecia irradiar dele mesmo através do material de algodão
fino. "Você parece sólido o suficiente para mim."

O suave grunhido que veio de dentro de sua garganta.


Perturbou Dusti, isso a assustava. Ela se apertou com mais
força contra a árvore e puxou suas mãos longe de seu
peito. Algo em seu olhar escuro brilhou, parecendo brilhar
por uma fração de segundo, antes dele se inclinar mais
perto até que seus narizes se tocaram.

"Vamos discutir isso mais tarde." Ele recuou, soltou, e deu


alguns passos de distância. "Volte para o acampamento."

Drantos assistiu Dusti tropeçar para longe, quase correndo


de volta para o cobertor. O gosto de seu sangue
permaneceu em sua língua. Ele tinha bebido algumas
gotas, mas foi o suficiente.

Ela não sabia o que era. Ele se surpreendeu e se irritou ao


mesmo tempo. Ele pensou que ela poderia ter mentido no
começo, mas suas respostas eram prova suficientes. Ela
pensou que ele fosse louco e não acreditou em qualquer
coisa que ele disse.

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Urano. Ele bufou e virou, se movendo rapidamente para a
floresta. A irmã era fácil de encontrar. Ela amaldiçoou
baixinho, quase andando para uma árvore. Sua visão
noturna parecia inexistente.

Ele se aproximou dela, fazendo sons para que ela não se


assuste. Ela congelou, os olhos arregalados.

"É Drantos", ele gritou.

Ela virou em sua direção. "Eu fui longe demais. Não consigo
encontrar o acampamento."

Isso fez com que a sua ira se aumentasse. Era óbvio que
ela não sabia o que era, tampouco, e seus sentidos eram os
de um ser humano. Ela estava a apenas cerca de cinqüenta
quilômetros do acampamento temporário, mas a densa
vegetação bloqueou o fogo de sua visão. Ela ainda deveria
ter sido capaz de sentir o cheiro da madeira queimando e
ouvir as vozes suaves dos sobreviventes.

Ele estendeu a mão e curvou seus dedos ao redor de seu


braço. "Eu vou levar você de volta."

"Obrigada."

"Acho que você não pode ver nada?"

"Não. Eu espero que eu não tenha feito xixi na hera


venenosa."

"Não há qualquer uma nesta área."

"Essa é a melhor notícia que eu ouvi o dia todo." Ela


agarrou seu braço enquanto caminhavam. "Obrigada, por
cuidar de minha irmã."

Ele escoltou Bat além da borda das árvores para a


claridade. "Você poderia me ajudar a acalmar alguns dos
passageiros? Eles ainda estão muito chateados." Ele queria
mantê-la longe de Dusti. "Eu acho que você faria um
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trabalho melhor do que eu. Meu tamanho parece assustar
alguns deles."

"Claro." Ela virou a cabeça, olhando para sua irmã. "Eu


deveria checá-la primeiro."

"Ela está bem. Eu só a deixei para te procurar. Ela estava


preocupada."

Bat se afastou dele e foi para um casal de idosos. Ele ficou


lá olhando para ela, para garantir que ela se mantivesse
longe de Dusti. Precisava pensar.

Decker Filmore, não conseguiu usar sua própria filha para


negociar com Aveoth, quando ela fugiu, mas agora ele deve
estar pensando em fazer a mesma coisa com as filhas dela.
Filha, ele corrigiu. Decker acredita que ele só pode usar
Bat. Ele confundiu o cheiro de Dusti, que parecia dizer que
ela não herdou nenhum dos traços de sua mãe.

Aveoth nunca iria querer tomar Dusti como sua amante se


ela fosse tão humana. Ela seria considerada muito frágil.
Ela envelheceria mais rápido também, isso se a vida em
GarLycan não matá-la sem rodeios. Ele iria querer Bat ao
invés. Ela seria considerada mais digna, porque, pelo
menos, havia indícios do património da mãe, o que implica
que ela iria ser mais resistente.

O cheiro de uma nova matança provocou seu nariz e assim


apareceu o cheiro familiar de Kraven. Ele recuou para a
escuridão e localizou seu irmão rapidamente. Kraven
despejava o veado no chão e se curvou, limpando as mãos
na grama para limpá-las do sangue.

Ele ouviu Drantos se aproximar. "Isso foi mais fácil do que


eu pensava."

"Eu sei por que Decker enviou as mulheres."

59
"Eu estive pensando sobre isso também. Aveoth perdeu sua
amante. Elas são netas de Marvilella. Sua irmã já foi
prometida a Aveoth, então ele vai estar interessado em
seus parentes."

"Nós dois estamos de acordo, então."

"Sim. Decker quer quebrar a aliança que temos com


Aveoth. Ou seja, se os rumores forem verdade que Aveoth
é viciado no sangue daquela família. Mas talvez isso seja
apenas um conto de merda."

"Eu não quero apostar nisso. E você?" Drantos suavemente


resmungou, irritado.

"De jeito nenhum."

"É Bat, que Decker vai usar. Não podemos permitir que isso
aconteça. "

"Maldição." Kraven suspirou. "Eu poderia querer torcer o


pescoço da vociferadora, mas não literalmente. Eu pensei
em mata-la antes, mas foi apenas o choque de descobrir
quem elas eram. Eu superei isso. Eu não vou machucar
uma mulher indefesa."

"Nós não estamos indo matá-las. Precisamos levá-las para


a segurança."

"Decker não vai apenas permitir que ela regressasse para


onde quer que tenham vivido. Inferno, ele provavelmente
enviou alguns de seus homens para procurar pelo local do
acidente, assim que ele perceber o que aconteceu quando o
avião não pousou. Poderíamos ter companhia, pela manhã
se eles puderem identificar onde nós caímos."

"Você reconhece esta área? Eu acho que nós estamos a


cerca de quinze milhas da nossa fronteira no sul."

60
"Eu concordo. Isso significa Decker está a cerca de trinta
milhas de distância. A escuridão vai retardar quem quer
que seja que ele enviou, mas eles podem cobrir um lote de
terreno quando o sol nascer."

"Temos a vantagem", Drantos sussurrou. "Decker não sabe


que alguém nos alertou sobre as mulheres, ou que
estávamos no avião para impedi-las de chegar a ele. E nós
usamos nomes falsos por isso estamos cobertos se ele der
uma olhada na lista de passageiros ."

"Isso é verdade."

"Nós temos outro problema."

"O que é ?"

Drantos hesitou, mas seu irmão precisava saber. "Dusti e


Bat, não sabem a verdade."

"Você quer dizer que Decker planeja usar uma delas como
um peão?"

"Eu quero dizer que elas sabem de nada sobre a nossa


existência. A mãe delas acoplou a um ser humano e elas
foram criadas dessa maneira. "

Kraven respirou afiado e seus olhos se arregalaram. "O


que?"

"Eu mencionei a Dusti que ela cheira como totalmente


humana e ela não tinha idéia do que eu estava falando. Ela
pensou que eu sou louco. Elas honestamente acreditam que
Decker está morrendo de velhice avançada ou doença. "

"Filho da puta." Kraven rosnou. "Eu pensei que era apenas


uma história que elas inventaram, na esperança de nos
enganar. E que elas eram realmente boas em mascarar
seus aromas. Eu imaginei que elas apenas aperfeiçoaram
como fazer, enquanto viviam com os seres humanos."

61
"Não. Dusti não sabe de nada e estou certo que Bat
também. Eu a achei perdida não longe do acampamento.
Ela nunca foi treinada para usar seus sentidos. Sua mãe
teria feito isso se tivesse lhes dito o que elas são."

"Mas como isso é possível? Elas viviam em uma cidade com


Lycans e Vampiros. Eu podi pegar um palpite do que Bat é
logo após o acidente. Ela tinha alguns cortes pequenos. É
fraco, mas está lá. Por que não teve nenhum Lycan ou
Vampiro indo atrás dela? Eles teriam atacado ela assim que
eles tivessem um cheiro. Você acha que a mãe está
protegendo-as? Ela poderia ter feito algum tipo de pacto
para proteger suas filhas com ambas as matilhas e
ninhadas."

"Antina está morta."

"Tem certeza?"

"Você sumiu quando elas discutiram sobre perder seus


pais. Aconteceu quando eram mais jovens."

"Nada disso faz sentido." Kraven suavemente rosnou.


"Talvez eles deixassem Bat, porque ela é uma advogada?
Eu ouvi que algumas das matilhas da cidade tem um
acordo de não tocar em alguém com um trabalho
importante. Médicos, advogados... mesmo alguém na
aplicação da lei pode ser visto como neutro e útil para
todos, independentemente das suas associações. Eles às
vezes trabalham juntos para impedir que os seres humanos
de descobrir a verdade. Mas isso não explica por que os
Vampiros não atacou, a não ser que ela tenha um cliente
que lhes estão associados. Talvez ela inconscientemente
mantém seus guardas fora da prisão? Eles querem ela
protegida se esse é o caso."

"Eu concordo."

62
"Isso só fica melhor e melhor." Kraven suspirou
novamente. "Eu não posso acreditar na bagunça isso se
tornou."

"Eu sei."

"Eu ainda acho que talvez aquelas irmãs não sejam tão
ignorantes como elas estão nos levando a crer. Vou
comprar que a mais jovem pode não saber a verdade. Senti
o cheiro dela quando Bat deu-lhe uma injeção. Não havia
nada para indicar que ela é mais do que aquilo que parece.
Eu posso entender como ela poderia passar como
totalmente humana, mas a mais velha? Não é um acaso.
Ela tem períodos, ela sangra. Em algum momento, ela teria
que cruzar com alguém que a odeia ou quase o suficiente
para ir atrás dela, independentemente de quaisquer regras
de cidade ou o estar na folha de pagamento de alguns
chupadores de cabeça. Os advogados fazem inimigos. Isso
significa que ela tinha que saber como se defender."

Drantos considerou. "Talvez as matilhas são confundidas


por seu sangue humano. Senti o cheiro dela também
quando ela ainda estava sangrando. É possível que eles
acreditem que ela é metade Lycan, uma vez que isso é
tudo que eu peguei dela. Nem todos os mestiços são
levados para uma matilha. Eles são rejeitados por ser muito
humanos e nunca mostrar quaisquer traços. Ela seria
considerada inofensiva."

"Talvez."

"É possível que nenhum deles sequer considerasse que um


de nós fosse viver entre eles. Ficamos com nossos clãs.
Qualquer verificação sobre ela mostraria que ela não é
apenas visita na área. Ela tem um emprego e uma casa na
cidade."

63
"Posso dizer que Bat parece realmente amar sua irmã. É
possível que ela e a mãe decidisse não dizer que não são
completamente humanas? Para mantê-la segura? A
ignorância teria impedido Dusti de fazer qualquer coisa
suspeita que chame atenção. Os seres humanos são alheios
ao nosso tipo a menos que eles saibam o que procurar. "

"Estou perplexo com toda a bagunça, Kraven. Eu não acho


que Bat estava ciente da minha presença na floresta. Teria
sido fácil para ela encontrar o acampamento se ela tivesse
usado seus sentidos."

"Eu não confio em Bat. Ela é sorrateira. Basta manter sua


guarda perto dela. Eu acho que ela sabe exatamente o que
ela é."

"Por que ela iria visitar Decker? Eu não posso vê-la


concordar em ser entregue ao Aveoth. A mãe dela fugiu
para evitar que isso acontecesse. Ela teria avisado a Bat
que Decker, pudesse planejar fazer a mesma coisa com ela
um dia. Você acha Bat percebeu que ele a levaria a força,
por isso ela achou que seria mais fácil se ela só voltasse
por conta própria?"

"Talvez seja uma busca por vingança para Bat. A mãe fugiu
de Decker e teve de desistir de sua herança para viver
entre os humanos. Isso tinha que ser duro e isto a deixou
sem a segurança do dinheiro. Devemos descobrir como
Antina morreu. Talvez não fosse um ser humano que tomou
sua vida. Decker poderia querer sua filha fora do caminho,
matando-a. Eu iria querer vingança para a nossa mãe, se
fosse esse o caso. Talvez Bat acha que pode matá-lo se ela
chegar perto o suficiente. Nós vamos ter que agir com
cautela, mas uma coisa é certa. Decker vai vir atrás da
neta que ele pode usar. Ele precisa forçar Aveoth a se aliar
com ele."

64
"Eu concordo. Decker assassinou sua própria companheira
por ganância e pelo que tenho percebido, ele não foi capaz
de encontrar sua filha fugitiva até depois que ela já tinha
acoplado a um ser humano e teve duas filhas por ela
mesma. Aveoth já tinha Lane como sua amante na época,
então Decker teve de esperar pelo momento certo até
Aveoth precisar de outra."

Kraven suavemente amaldiçou. "Você acha que Decker


assassinou Lana?"

Drantos debateu, mas depois balançou a cabeça. "De jeito


nenhum. Aveoth enviou guardas para mantê-la segura nas
poucas vezes que visitou seus pais. Decker e seus
aplicadores não teriam sido capaz de chegar até ela."

"Nós não temos sequer a certeza de como ela morreu,


apesar de tudo."

"Estou certo de Aveoth teria deixado um rastro de sangue


se alguém houvesse assassinado sua amante, até encontrar
o responsável."

Kraven assentiu. "Sim. Ele não é um com quem se fode."

"Não. Ele não é. Decker não seria mais um problema se ele


tivesse ordenado o assassinato de Lane. Aveoth o teria
rasgado em dois para vingá-la."

"Talvez ele se tornasse tão frio quanto o que ouvimos."

"Independentemente disso, seria uma coisa de orgulho. Se


alguém tomou alguma coisa dele, teria que pagar em
sangue por esse delito e perder sua vida."

"Verdade."

"Não podemos permitir que Decker coloque as mãos em


ambas as netas. Dusti pode cheirar como completamente

65
humana, mas ela não é. Eu testei algumas gotas de seu
sangue."

Kraven gemeu. "Fantástico. Isso significa que nós vamos


ter que levá-las de volta para o nosso clã, onde ele não
será capaz de chegar até elas."

"Eu sei."

"Decker vai tentar recuperá-las pela força."

"É preferível que ter de lutar contra o clã de Decker do que


o Aveoth. Temos uma chance de vencer."

"E se ele disser a Aveoth que nós as temos? O pai teria que
entregar a irmã para evitar uma briga com ele."

"Vamos nos preocupar com isso depois que nós as


levarmos para a segurança de nosso clã."

"Um problema de cada vez." Kraven assentiu. "Certo." Ele


fez uma pausa. "Você entende que levá-las para casa vai
colocar todos nós em perigo, não é?"

Drantos estendeu a mão e esfregou as costas de seu


pescoço. "Claro que sim. Eu prefiro lidar com Aveoth
diretamente a Decker. Ele não é louco. "

"Você está certo? Tem sido muitos anos desde que falamos
com ele. Ele mudou muito desde então."

"Aveoth tem honra."

"Esperamos que ele ainda tenha. Quem sabe o que


aconteceu para fazê-lo assumir seu clã. Quero dizer, ele
matou o próprio pai para fazê-lo. Isso é muito frio."

Um dos passageiros começou a levantar o inferno. Drantos


inclinou a cabeça, ouvindo o que o homem falava. Ele
estava começando fazer os outros sobreviventes entrar em
pânico sobre serem atacados por animais selvagens ou

66
morrer se os destroços não forem encontrados pelas
equipes de socorro.

"Eu vou lidar com isso", ele anunciou. "Você trabalha em


alimenta-los."

67
Capitulo Tres
Bat deitou sobre um cobertor perto de Dusti horas mais
tarde. O vento se deteu, deixando um frio permanente no
ar. Dusti tinha visto sua irmã se manter ocupada ajudando
Kraven a distribuir a comida depois que ele arrastou a
carcaça do cervo na clareira. Tinha sido impressionante
observá-lo assando a carne em estacas sobre o fogo.

Depois, Drantos e Bat trabalharam juntos para conseguir


que todos estivessem confortáveis o suficiente para dormir.

“Eu nunca vou olhar para carne de veado da mesma forma


novamente. É realmente perturbador o quão bom que esse
homem é com uma faca.” Bat sorriu.

Dusti olhou em volta à procura de Drantos, e o encontrou


perto demais para o conforto dela, jogando mais madeira
em uma pilha ao lado da fogueira. Ela ainda queria avisar
sua irmã que ele estava louco. Parecia que ele nunca lhe
daria a oportunidade perfeita que ela precisava para fazer
isso. Ela baixou a voz.

“Lembra-se do meu amigo Greg?”

Bat assentiu com a cabeça. “O louco.”

Dusti estremeceu. “Ele é bipolar. E assim é Drantos.”

Bat olhou para ela. “O quê?"

Dusti assentiu. “Fale baixo. Ele não quer que eu diga


alguma coisa para você, mas ele não toma seus remédios.”
Ela olhou para Drantos e o encontrou olhando para ela. Ela
esperou até que um dos passageiros disse algo a ele e ele
quebrou o contato visual com ela. “Não diga nada, porque

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eu estou com medo que o deixe irritado, mas ele acha que
nosso avô é algum alienígena ou algo assim. Ele o odeia e
planeja nos usar para se vingar dele de alguma forma."

Bat empalideceu. “Você tem certeza?”

“Sim”.

“Maldição.” Bat franziu a testa. “Isso percorre nas famílias,


por vezes, não é? Isso significa que o irmão pode ter a
mesma condição.”

“Você ouviu o que eu disse? Estamos em perigo!"

“Eu ouvi. Tenho alguns clientes assim. Apenas seja legal e


vá junto com qualquer coisa que ele diga. Nós vamos ser
resgatadas e os paramédicos podem sedá-lo até que eles o
levem para a ajuda que ele precisa."

Dusti assentiu. Foi um bom conselho.

“Isso é péssimo. Eu meio que gosto do irmão.” Bat olhou


em qualquer lugar, mas não em Dusti. “Ele é diferente. Eu
nunca conheci ninguém como ele."

Dusti se preocupou. “Você está atraída por ele?”

Bat segurou o olhar de Dusti. “Nada pode vir dele á longo


prazo, mas ele definitivamente é material para um caso de
uma noite. Eu admito que eu esteja pensando sobre isso.”

“Não,” Dusti sussurrou. “Confie em mim pela primeira vez.


Ele foi junto com o plano louco de Drantos de nos agarrar
no avião. O que isso lhe diz?“

"Ele provavelmente está acostumado a lidar com um louco


dando trabalho, e apenas acalma ele. É o que você faz.
Quantas vezes você visitou Greg, apenas para descobrir
que ele estava usando um capacete de metal para que os
alienígenas não pudessem sentir a sua presença ou algum
absurdo desses? Você realmente disse a ele que você
69
encontrou uma zona livre de aléns para enganá-lo a ir ver
seu médico, para que eles pudessem admiti-lo no hospital e
colocá-lo de volta em sua medicação até que ele estivesse
estável novamente. Você ainda usava uma de suas peças
de capacete para levá-lo para que ele se sentisse seguro e
não poderem ler sua mente para encontrar ele."

“Ele não iria entrar no meu carro de outra forma.”

“Mas você fez isso. Esse é o meu ponto. E ele é apenas seu
amigo. Kraven e Drantos são irmãos. Ele provavelmente só
joga junto quando Drantos está tendo um episódio de
qualquer coisa que haja de errado com ele. Pelo menos ele
ainda está funcional. Ele ajudou a criar este acampamento
e construiu uma fogueira. Aposto que Greg estaria gritando
que os alienígenas estavam chegando para nos sequestrar
se ele estivesse com a gente agora, e tentaria fazer outro
capacete com os destroços do avião."

Ela não podia negar isso. “Eu-”

“Temos madeira suficiente para durar toda a noite”.


Drantos de repente caiu de joelhos na borda do cobertor
estendido de Dusti. Ele lançou-lhe um olhar de advertência,
antes de ele voltar toda sua atenção na sua irmã.

“As temperaturas vão cair mais baixo hoje à noite, mas


todo mundo vai estar bem com o fogo aceso. O que vocês
duas estavam falando?”

“Dusti está preocupada com seu amigo em casa. Ela gosta


de chamá-lo todos os dias para ter certeza de que ele está
bem, mas é claro que ela não pode, uma vez que estamos
aqui. Ele é doente. Eu estava apenas dizendo a ela que
outra pessoa iria verificá-lo”, disse Bat sem perder uma
batida. “Já está tão frio. Não me diga que isso vai ficar
pior?” Bat mudou de assunto e colocou os braços ao redor

70
da cintura dela, abraçando-a meio. “O vento já está
gelado.”

Um movimento teve todos eles olhando para a floresta a


tempo de assistir Kraven sair da escuridão. Ele tinha ido se
limpar depois de cozinhar o veado. Ele caminhou até a pilha
de coisas retiradas do avião destruído, inclinou-se, pegou
dois cobertores, e então se aproximou. Ele espalhou um
deles no chão.

“A área está segura. Não há nada perto de nós que poderia


tornar-se um perigo”. Ele piscou para o irmão.

“O urso não gostou de ser expulso, mas ele está distante


agora no norte.”

“Urso?" Os olhos de Bat arregalaram com alarme. “Será


que ele vai voltar e atacar? Algumas dessas pessoas estão
feridas. O cheiro de sangue não irá atraí-lo para vir
investigar?”

“Ele não vai voltar." Kraven empurrou o outro cobertor


debaixo de um braço. “Estou acabado."

“Tem sido um longo dia," Drantos concordou. “Nós vamos


acordar cedo e reavaliar a situação."

Kraven sentou-se no seu cobertor e deixou cair outro


enrolado ao lado de seu colo. Ele tirou sua jaqueta de couro
depois. Em segundos, ele os agrupou em uma bola para
empurrar para trás dele. Ele ignorou completamente as
mulheres, enquanto falava com seu irmão.

“As equipes de busca e resgate irão facilmente detectar


essa bagunça de cima. Eu segui de volta e há uma série de
destroços nas árvores. Eles não poderiam perder isso."

“Precisamos tomar uma decisão, então." Drantos fez sinal


com a cabeça na direção dos sobreviventes. “Ficar ou ir?

71
Você sabe que ele vai ter ouvido a notícia, agora e enviará
seus executores para encontrá-las."

“Eu estava pensando a mesma coisa”. Kraven suspirou.


“Nós vamos sair de madrugada antes que eles possam
encontrar o lugar. Nós vamos ter que nos mover
rapidamente. Eles vão estar nos acompanhando logo que
eles percebam que alguns de nós estamos faltando."

Drantos assentiu. “Isso é que vai ser difícil.”

“O que você está falando?” Bat franziu a testa. “Você é


procurado com a polícia? Você está conspirando para dar o
fora antes das equipes de resgate chegar, não é?"

Ambos os irmãos voltaram sua atenção em Bat,


silenciosamente olhando para ela. Dusti abriu a boca para
dizer a sua irmã para se calar. Ela estava com medo, Bat
iria irritá-los de alguma forma e piorar a situação. Bat falou
novamente antes que ela pudesse.

Ela soltou um suspiro. “Eu sou uma advogada de defesa. Eu


posso ajudar.”

A boca de Dusti caiu aberta em surpresa, então indignação.


"Você está se oferecendo para representá-los? Realmente?"

“É o que eu faço, e enquanto eu não aprecio ser


maltratada, eles se machucaram no acidente tentando nos
proteger. E a refeição foi muito boa. Ao invés de comermos
esses pequenos biscoitos e pacotes de amendoim que
encontramos no avião.” Bat deu de ombros.

"Eu só..." Dusti parou de falar antes que ela deixasse


escapar que ela tinha apenas informado a sua irmã que
Drantos estava sem seus remédios. Ela temia que ele
tivesse algum tipo de colapso se ele percebesse que ela
compartilhou seu segredo.

72
Bat amaciou as coisas. "Você sabe quem são meus clientes,
Dusti. É o que eu faço. Eles têm o direito constitucional de
serem representados em um tribunal de justiça, mesmo se
eles forem culpados. Eu sei que o sistema de justiça é
falho, mas todos merecem a melhor defesa possível.
Inocente até que prove ao contrário. Lembra alguma
coisa?"

Bat ergueu o queixo, seu olhar estreitando em sua irmã.


"Eu sei que você odeia meu trabalho, mas eu sou muito boa
no que faço. Eu defenderia Greg se ele machucasse
alguém."

Ela não devia estar surpreendida por sua irmã estar


oferecendo seus serviços. Pelo menos ela tinha uma boa
defesa para Drantos― Insanidade. "Eu sei disso." Dusti
suspirou. "Eu estou cansada. Esse tem sido um dia horrível
e eu só quero dormir um pouco."

"Boa ideia." Drantos de repente mudou de posição e passou


para as mãos e joelhos, de frente para Dusti.

"Vai para o canto e abra um lugar para mim no cobertor."

"O que?" Ela ficou boquiaberta.

"A temperatura vai cair mais dentro de algumas horas. Tire


o meu casaco, vamos usá-lo como um travesseiro, e eu vou
mantê-la aquecida."

"Eu não vou dormir com você!"

Esses olhos estranhamente belos dele pareceram brilhar


por uma fração de segundo novamente. Isso assustou Dusti
e a fez perceber que ela não tinha apenas imaginado ver
isso na floresta.

"Você vai." Sua voz se aprofundou. "Deite-se de lado


depois que você tirar o meu casaco. Meu calor corporal irá
mantê-la aquecida se eu ficar abraçado com você. Meu
73
irmão e eu vamos nos certificar de que vocês estejam
aquecidas durante a noite."

"Claro que não", Kraven gemeu. "Elas podem manter seu


próprio calor corporal."

"Elas não podem." Drantos deitou ao lado Dusti e


literalmente empurrou ela algumas polegadas para dar
espaço para ele. "Você sabe que elas precisam de nós."

Kraven cerrou os dentes, os músculos de seu maxilar


visivelmente tensos. "Eu trocaria com você."

Drantos pareceu ignorar o comentário, arqueando uma


sobrancelha para Dusti. "Tire o casaco agora e deite-se."

"Não."

O azul de seus olhos se tornou mais frio. "Agora. Você e eu


iremos nos enrolar e descansar um pouco juntos. Você vai
me permitir abraçá-la para mantê-la aquecida."

Um arrepio percorreu sua espinha com seu tom de voz


rouco e profundo. Medo à fez se mover para fazer o que ele
ordenou. Ela tirou o casaco quente. Ela estremeceu
novamente, desta vez, por causa do frio, e entregou a ele.

"Espere um minuto," Bat protestou. Ela engasgou no


instante seguinte.

Dusti balançou a cabeça para olhar onde sua irmã estava


só para perceber que ela tinha ido. Ela virou a cabeça mais
longe e viu Bat deitada de costas com Kraven esticado ao
lado dela. Ele tinha uma coxa sobre as pernas de sua irmã
e sua mão segurava seu rosto. Eles pareciam estar olhando
um para o outro, encarando-se a polegadas de distância.

Ela não pode ter certeza, porém, desde que ela não podia
ver os olhos de Kraven. Mas ele tinha, obviamente,
colocado sua irmã nessa posição prendendo ela.

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"Ele não vai machucá-la. Ele só a está mantendo aquecida
e calma até que ela caia no sono." Drantos agarrou o braço
de Dusti a forçando a enfrentá-lo. "Não me faça controlá-la
também. Você não iria gostar, e eu não quero de forma
alguma."

"Você está ameaçando me machucar? Você disse que não


faria isso." O medo atingiu-lhe na espinha.

De repente, ele se sentou e agarrou sua cabeça. Seus


longos dedos se enroscaram em torno da curva de seu
pescoço, enquanto seu rosto se aproximava. Ela olhou em
seu olhar e viu o azul de sua íris pareceu clarear, virando
uma máscara mais brilhante. Seu hálito quente se espalhou
em seus lábios quando ele se inclinou mais perto até que
seus narizes se tocaram levemente. Ela não podia olhar
para longe de seus olhos incríveis. Eles surpreendiam e a
assustavam ao mesmo tempo. Olhos não deveriam mudar
de cores dessa maneira.

"Eu sou de sangue forte e você não. Eu provavelmente não


serei capaz de tirar o seu livre-arbítrio, mas eu posso
imobilizar você. Seu corpo vai recusar a se mover. Estou
ordenando que você se contenha, ao invés".

Dusti tentou levantar o braço para empurrá-lo de volta,


mas seu corpo não respondeu. Seus membros pendurados
frouxamente para o lado. O pânico aumentou quando ela
tentou fazê-lo novamente, mas foi como se ela tivesse sido
paralisada.

"Calma." O tom de Drantos reduziu, tornando-se rouco.


"Você está bem. Eu não quero discutir com você, mas seria
ruim se você fizesse uma cena. Nós vamos cuidar disso
juntos calmamente sem você lutando contra mim. Se você
resistir, eu vou mantê-la dessa maneira. Você entende?"

75
Ela não podia até mesmo formar palavras para responder,
mas um pequeno gemido conseguiu passar por seus lábios
entreabertos. O brilho de azul em seus olhos embruteceu
tão de repente quanto havia avivado. Dusti engasgou com
o ar e foi realmente capaz de se mover quando ela
empurrou de volta. Drantos a soltou completamente, mas
não desviou o olhar.

"Como você fez isso? Bat? Fale comigo!"

Dusti se inclinou para trás, suas mãos agarrando o


cobertor, e avançou mais para longe de Drantos. Sua
cabeça se virou quando sua irmã não respondeu, só para
descobrir o outro casal ainda congelado na mesma posição
de antes. Ela suspeitava que Kraven tivesse controle sobre
sua irmã exatamente da mesma forma que Drantos a havia
controlado.

Sua mente se recusou a reconhecer isso de fato. Era irreal


demais para ser verdade. Ela encontrou razões ao invés.

Ela e Bat estavam cansadas, elas tiveram um dia difícil, e


haviam sobrevivido a um acidente de avião. Isso as deixou
atordoadas e facilmente suscetíveis a pensamentos e ideias
selvagens. Ela se agarrou firmemente a essa desculpa.
Parecia razoável.

As pessoas que sobreviviam a eventos traumáticos


poderiam ser convencidas sobre coisas não reais ou
verdadeiras. Suas mentes estavam bagunçadas. Drantos
apenas usou o poder da sugestão. Ela ouviu
subconscientemente, porque ele era louco.

Isso tinha que ser como a fala agradável de um psicopata,


fazendo pessoas sãs segui-lo.

A mão forte dele agarrou sua coxa e deu-lhe um puxão


forte o suficiente para fazê-la cair plana sobre suas costas.
Ele desceu em cima dela. Seu peso a prendeu, mas Drantos

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era bom o suficiente para manter a maior parte fora sua
caixa torácica para que ela ainda pudesse ofegar de terror.
Seus olhos azuis começaram a clarear, iluminar, e brilhar.
Ela apertou os olhos fechados, torcendo a cabeça para o
lado para evitar que ele fizesse isso com ela novamente.

"Olhe para mim."

Ela queria. Havia algo convincente sobre sua voz rouca que
a fez ter que lutar contra o comando, mas ela conseguiu
resistir. Ela não pode movê-lo quando ela empurrou em
seus braços. "Fique longe de mim. Pare com isso!"

"Dusti? Olhe para mim agora." Sua voz se aprofundou com


grunhido quase desumano.

Seus olhos se abriram por vontade própria e ela virou a


cabeça o suficiente para olhar profundamente em seu
brilhante, brilhante olhar azul. Sua respiração ficou presa
dentro de seus pulmões e suas mãos pararam de empurrar
e caíram molemente entre eles. Seu corpo inteiro murchou.

"Eu não queria fazer isso. Eu posso cheirar seu medo." Ele
piscou. "Você está segura e não vou prejudicá-la. Ser capaz
de usar meus olhos dessa maneira é um dos muitos
presentes que herdei."

Ela tentou lutar, mas seu corpo se recusou a obedecer,


ficando totalmente ainda sob o seu peso. Ele ajustou seus
quadris, movendo uma perna para empurrar as dela
afastadas, e se estabeleceu no meio de suas coxas. A saia
deve ter sido empurrada para cima, e seus olhos se
arregalaram de terror quando ela sentiu a forte pressão de
um Drantos despertado contra o v de sua calcinha. O jeans
bruto das calças dele roçaram a pele nua.

"Calma, querida. Eu não vou fazer nada para você. Sim,


você me deixa ligado. É simples assim. Mas eu não vou agir
sobre isso. Você precisa se acalmar e parar de olhar para

77
mim como se eu estivesse prestes a atacá-la. Eu só quero a
sua palavra que você vai parar de lutar comigo."

Ela não podia falar. Os olhos dele lentamente retornaram


para uma cor azul escura, o brilho desvanecendo. Ela
engasgou com ar no segundo em que todo o seu corpo
enrijeceu em alarme. Suas mãos elevadas para agarrar no
material de sua camisa.

"Não me faça controlá-la novamente."

"O que você está fazendo comigo?", Ela sussurrou, com


medo, apesar do que ele tinha dito. "Pare com isso."

"Sua mãe deveria ter explicado o que ela era então eu não
precisaria. Talvez ela pensasse que não haveria nenhuma
razão para ter de lhe dizer sobre sua linhagem, desde que
você teve um pai humano e não deve ter herdado
quaisquer traços que iria atraí-la aos seus inimigos."

Dusti poderia lidar com sua conversa de louco. Ela relaxou


um pouco para permitir que sua mente se acalmasse. Com
isso veio uma sensação de conforto que ela abraçou. "Eu
não sou uma alienígena."

Mas ele pode realmente ser um...

Não. Isso é loucura. Agora ele está me fazendo perder


minha mente.

Era possível que exaustão e muito estresse tinham feito


dela sua vítima. Isto explicaria isso.

"Eu também não sou. Não há apenas humanos normais,


mas há também outras raças.” Ele respirou fundo,
apertando contra o peito dela um pouco enquanto ele
inalou. "Eu sou desses outros - e assim era a sua mãe."

"Outros?"

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Ela se perguntou se Bat podia ouvi-los, mas duvidava disso,
uma vez que eles estavam uns bons cinco pés de distância
do outro casal. Drantos também tinha baixado a voz a um
nível suave e rouco que não conseguiria chegar. As vozes
dos sobreviventes eram apenas um murmúrio, mas suas
palavras não eram reconhecíveis. Drantos não respondeu.

"Deixe-me ir. Por favor?"

Ele virou a cabeça, estendeu a mão para algo, e então


puxou o outro cobertor sobre seus corpos. Ele encontrou o
olhar dela novamente, mas uma expressão quase triste
suavizou suas feições. "Não até que você saiba a verdade."

Dusti hesitou. "Ok. Bata-me com ela. Eu estou morrendo de


vontade de ouvir isso. O que a minha mãe era?"

Sinceridade suavizou seu olhar ainda mais. "Nós somos


VampLycans."

"Parece russo ou algo assim."

"Nós somos considerado lobos de sangue."

"Você não parece vermelho para mim e você esconde seu


rabo muito bem naquele jeans apertado."

Ele ignorou seu comentário espertinho. "Há muito tempo


atrás, Lycans e Vampiros foram banidos juntos e tinham
formado uma aliança. Os Vampiros geralmente
contratavam seres humanos para protegê-los durante o
dia, mas eles eram traídos com muita frequência e
sofreram pesadas perdas. Eles estavam desesperados o
suficiente para voltar a seus inimigos, os Lycans. Funcionou
por um tempo. Os vampiros tinham sua proteção e os
Lycans gostavam do estilo de vida que os vampiros
poderiam proporcionar."

Dusti deixou isso assentar em sua mente. Ela decidiu tirar


sarro dele. "Eles tinham boas festas, hein?"
79
Drantos ficou tenso. "Isto não é piada. Eu estou tentando
informá-la de sua herança."

Irritação surgiu dentro dela por ter de ouvir o seu lixo


insano. "Três palavras para você: Tome. Seus. Remédios.
Vampiros e lobisomens não são reais. Você assistiu filmes
demais."

Um suave grunhido explodiu de seus lábios entreabertos.


"Os vampiros têm habilidades que Lycans não tem. Eles
podem controlar a mente e fazer os seres humanos
fazerem o que quiserem, e podem até apagar algumas das
suas memórias. Lycans descobriram que era realmente útil
uma vez que eles foram forçados a viver vidas nômades.
Significava manter seus números baixos e nunca ficarem
em uma área para construir casas. Era um sonho deles de
se estabelecer em um só lugar. Os vampiros deram-lhes
esse luxo. Eles de repente poderiam viver sem medo de
serem caçados. Se acontecesse de um ser humano pegar
um Lycan em uma situação comprometedora, os vampiros
poderiam fazer os seres humanos esquecerem."

"O que esses Lycans faziam para lhe mandarem embora?"

"Eles perdem a sua pele, se eles estivessem altamente


emocionais. Raiva. Medo. Perda. Os seres humanos ficavam
em pânico quando viram garras, presas, o crescimento do
cabelo de repente... e contaram aos outros sobre os
"monstros". Eles caçaram e mataram famílias inteiras de
Lycans."

"Por que não eliminar a pessoa que viu alguma coisa?"


Seus dedos relaxaram seu controle sobre sua camisa desde
que ele não estava lhe causando dor. "Isso iria protegê-
los."

"Isso não era do jeito que é agora. No passado, as cidades


eram menores e eles tendiam a ser muito supersticiosos

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quando as pessoas simplesmente desapareciam. Eles
totalmente acreditavam em monstros e eles se reuniam em
grandes grupos para caçar e matar qualquer coisa que eles
temiam. Já ouviu falar dos julgamentos de bruxas? Tente
um grupo de moradores irritados, com armas e dispostos a
matar qualquer um que não gostavam ou não conheciam
bem. Eles nem sequer se preocupariam em realizar um
julgamento para alguém que eles suspeitassem ser um
monstro. Eles teriam acabado por linchá-lo".

"De acordo com o seu conto de vampiros e lobisomens, eles


poderiam justificar na tentativa de matá-los."

"Exatamente, se você fosse nos ver nesse ângulo. Mas não


somos realmente monstros. Nós somos apenas diferentes.
Você perguntou por que Lycans não acabavam com a vida
os seres humanos para descobrir a verdade. Lycans não
queriam prejudicar pessoas inocentes, periodicamente. Os
vampiros não tem que matar para obter o sangue de suas
presas. Eu fui capaz de controlá-la com os meus olhos.
Ganhei essa habilidade de meus ancestrais dos vampiros.
Suas habilidades para controlar as mentes humanas e
limpar memórias os protegeram, mas era um medo
constante de que eles fossem descobertos enquanto
dormiam. Eles tinham protetores Lycan para impedir que
isso acontecesse, para ficar de guarda quando eles estavam
vulneráveis após o sol se levantar".

"Você não queimou ao sol", ressaltou. "Seus dentes não


são afiados também. Todo mundo sabe que os vampiros
são alérgicos à luz solar e tem presas.”

"Eu disse que eu sou mestiço. O sol não me incomoda em


nada." Drantos fez uma pausa para olhar em direção ao
fogo, em seguida, olhou para ela. "Os vampiros começaram
a devorar sangue, banqueteando-se com os seres humanos
após eles formarem a aliança com Lycans. Eles se

81
fortaleceram com guardas poderosos para protegê-los
quando eles ficavam vulneráveis. Faziam-nos mais seguro
para que eles se alimentassem mais vezes. Eles..."

"Começaram a matar todo mundo?"

"Não. Eles só se superalimentaram com isto."

"Uau. Vampiros ganham peso? Isso não atrapalhou para


eles se transformarem em morcegos e voar? Agora eu
estou imaginando um grande rato voador, inchado e com
pequenas asas minúsculas.”

Ele rosnou novamente. "Você não está levando isso a


sério."

"E você está louco. Eu estou presa embaixo de você e você


parece determinado a compartilhar sua demência comigo
então me perdoe pelos comentários desagradáveis.”

"Pare com isso."

"Idem."

Ele mudou seu peito, prendendo-a com mais força sob seu
corpo. "Não, eles não ganharam peso. Mas todo o sangue
enganou seus corpos acreditando que eles eram mais
humanos do que vampiros. Ninguém percebeu as
consequências - até que algumas das Lycans fêmeas que
tiveram amantes vampiros acabarem grávidas. Isso só
aconteceu com os vampiros do sexo masculino e Lycans do
sexo feminino. Os vampiros não são capazes de se
reproduzir uns com os outros, mas quando eles perceberam
que poderiam engravidar as mulheres Lycan..."

Ela tinha tido o suficiente. Dusti apenas queria que ele


parasse de falar bobagem e saísse de cima dela. "Eles
fizeram uma grande orgia?", Ela interrompeu.

"Droga," ele rosnou. "Pare."

82
O medo bateu sobre a raiva pura que escureceu suas
feições e ela selou seus lábios. Não vacile com o cara louco
do tamanho de um linebacker6 em cima de você, ela
silenciosamente ordenou a si mesma.

"Os vampiros machos secretamente conspiraram para


engravidar o máximo de mulheres Lycan possível. Eles
queriam formar um exército de crianças mestiças. Alguns
acreditam que isso foi para que eles não tivessem mais que
manter uma aliança com os Lycans. Eles poderiam ser
guardados por seus próprios filhos. Outros acreditam que
era só porque eles finalmente tiveram a oportunidade de se
reproduzir, e que isso apelou a eles.”

"Alguns dos homens Lycan começaram a desaparecer. Os


Lycans rapidamente descobriram que eles estavam sendo
assassinados por vampiros para que eles pudessem ter
acesso as companheiras viúvas, se elas estivessem
dispostas ou não."

Raiva aprofundou sua voz. "Os vampiros estavam atacando


mulheres Lycans. Eles as violentaram, controlando suas
mentes, e depois seus corpos. Uma guerra irrompeu entre
os dois. Um monte de homens Lycans morreram, mas eles
deram às mulheres uma chance de fugir. Um grupo delas -
algumas que estavam grávidas e outras pessoas que já
tinham nascido mestiças - terminaram no Alasca, uma vez
que não havia grandes cidades humanas aqui na época.
Vampiros precisam dos seres humanos para se alimentar.
Eles poderiam sobreviver de animais, mas eu ouvi que o
gosto do sangue animal é como merda para eles e os
enfraqueciam ao longo do tempo.

___________________
6
Linebackers são membros do time de defesa e se posicionam pelo menos 4 metros atrás
da linha de scrimmage, atrás dos homens dalinha defensiva. Linebackers normalmente se
alinham antes do snap da bola, atacando os lados da linha ofensiva adversária. O objetivo
doLinebacker é defender contra passes curtos, fazer tackles e atacar o quarterback adversário.

83
"Os Lycans e VampLycans estavam mais seguros aqui, mas
nós ainda nos dividimos em quatro clãs no caso dos
vampiros serem capazes de nos acompanhar.

Era uma questão de sobrevivência. Eles não seriam capazes


de tomar a todos nós de uma vez o que iria fornecer tempo
para os outros fugirem se um clã fosse atacado. Ajuda a
manter os nossos números em cheque também. É assim
que permanecemos, sob o radar, monitorando o tamanho
da nossa população para não chamar a atenção para nós
mesmos, e o que nós somos. Os seres humanos apenas
veem os nossos clãs como pequenas cidades, não uma
ameaça para eles ".

Dusti segurou a língua. Drantos fez uma pausa, lambeu os


lábios, e tomou algumas respirações. A raiva diminuiu de
suas características marcantes.

"Os sobreviventes logo descobriram um clã de gárgulas na


área. Eles fugiram da Europa para evitar serem caçados por
vampiros, humanos e outros de sua espécie. Eles estavam
morrendo. Gárgulas tendem a produzir mais filhos meninos
do que meninas. Eles tinham tão poucas mulheres de sua
própria espécie que eles lutavam até a morte, por vezes,
matando uns aos outros para obter acesso a uma. Eles
precisavam de mulheres para cruzar e os sobreviventes da
guerra não queriam outra luta desta vez com gárgulas. Eles
haviam perdido muitos de seus homens já.”

"Já ouvi o suficiente." Ela só queria que ele parasse. Nada


disso pode ser verdade. Ela não queria que fosse.

"Eu estou te dizendo à verdade." Drantos fez uma pausa.


"Imagine um bando de pessoas assustadas em uma
situação desesperadora. Muitas das mulheres Lycan haviam
sido estupradas, na mente e no corpo, e tinham nascido
crianças filhas de vampiros. Estas mulheres tinham perdido
os pais e irmãos que tinham morrido lutando para dar-lhes

84
tempo para escapar. Algumas haviam perdido seus
companheiros. Elas eram vulneráveis, por isso algumas de
suas mulheres solteiras se ofereceram para os Gárgulas.
Eles formaram uma nova aliança. Os gárgulas juraram
viver lado a lado com a gente em paz e para ajudar a
formaram uma nova aliança. Os Gárgulas juraram viver
lado a lado conosco e combateriam quaisquer vampiros que
viessem atrás de nós, quando surgisse a necessidade de
defender os clãs. Tínhamos inimigos comuns os humanos e
vampiros."

"Mas de acordo com a sua história maluca, as gestantes


estavam prestes a dar a luz a Vampiros. Algumas já os
tinham. Você disse que eles eram inimigos. Pelo menos
tente fazer sentido."

"Os Gárgulas estavam dispostos a tornarem-se aliados com


os mestiços, porque eles estavam desesperados para cruzar
com mulheres puro sangue Lycan. Nossos clãs estão
ligados por linha de sangue, mas apenas no lado dos Lycan.
Gárgulas e Lycans tiveram filhos GarLycans. As crianças
nascidas em nossos clãs são VampLycans. Metade vampiro,
metade Lycan. Mais de uma centena de crianças mestiças
compunham a primeira geração de nossos novos clãs. Eles
assustavam os Lycans puro-sangue. Eles eram mais fortes
do que eles e tinham herdado algumas habilidades de
vampiro. A grande maioria dos Lycans não acasalou com
Gárgulas quando as crianças começaram a amadurecer e
essas características começaram aparecer."

"Seu avô é um VampLycan da primeira geração, Dusti e


depois que ele amadureceu para a vida adulta e assumiu
seu clã, ele não concordou com a forma como os clãs foram
divididos em quatro. Ele está com fome de poder e acredita
que deve haver uma regra, um clã. Ele quer que os
GarLycans o ajudem a eliminar os outros líderes de clãs e

85
qualquer outra pessoa que se opor a ele. Ele pretende
começar uma guerra civil."

"Os Gárgulas não deram no pé também quando estes


super-mestiços cresceram, se eles são tão assustadores?"

"Não. Os Gárgulas foram diminuindo até que acasalaram


com as fêmeas completamente Lycans. Seus filhos nascidos
da aliança encheu seu clã com um número forte. Aveoth é
um mestiço que leva seu próprio clã. Eles consistem de
uma mistura de Lycans e Gárgulas puro-sangue. Seu pai
era um Gárgula, e sua mãe uma GarLycan. Ambas as
gárgulas e GarLycans são extremamente resistentes. Eles
não temem ninguém. É por isso que não podemos permitir
que Decker use você ou sua irmã como alavanca contra
Aveoth para forçá-lo a uma guerra com a gente. Seria um
banho de sangue com poucos sobreviventes. "

Dusti apenas olhou para ele, tentando absorver tudo o que


ele disse. Era possível ele não acreditar em alienígenas. Ela
quase desejou que ele acreditasse, porque ela estava
acostumada ao mundo de Greg. A única coisa que Drantos
tinha em sua cabeça era uma forma mais complicada e
envolvida de criaturas paranormais míticas.

Seus olhos... Tudo bem, ela não podia explicar isso. O que
a abalava e a deixava nervosa.

"Então você está me dizendo que eu estou relacionada a


vampiros e lobisomens?" Ela não queria ouvir mais nada e
sentiu a histeria vir à tona. Isto não podia ser verdade. "Ou
eu sou parte Gárgula? Eu estou um pouco confusa, mas é
tudo legal. Na próxima lua cheia, eu vou tentar uivar só
para ver se brota pelos. Eu acho que agora sei por que eu
costumo ficar queimada em vez de bronzeada quando eu
saio. Eu apenas pensei que era a minha pele clara, mas
agora eu saberei evitar o sol e estacas de madeira afiadas.

86
Eu não acho que eu gostaria de ser uma estátua gárgula,
no entanto. Parece chato.”

O azul de seus olhos escureceu em quase preto, parando


seu humor imediatamente como uma propagação de
alarme em todo seu corpo. Ele fazia parecer mal.

"Você não é parte do clã GarLycan. E não é algo para fazer


piada. Ser um VampLycan é uma honra."

"Eu não poderia ser uma fada em vez disso? Eles têm pó
mágico brilhante e asas. Eu prefiro que você me diga que
eu sou uma delas."

Ele suspirou. "Isto é como você está lidando com o que eu


estou dizendo a você? Fazendo comentários espertinhos?”

Ela assentiu com a cabeça. "Isso é muito confuso."

"Nós estamos tentando evitar uma guerra, Dusti. Você


precisa saber o que está realmente acontecendo.”

"Você pode, pelo menos, fazer o seu mundo de fantasia


fazer sentido? De acordo com você, você já está em guerra
com os vampiros.”

"Os vampiros não são mais uma ameaça. Eles tentaram vir
atrás de nós algumas vezes ao longo dos anos e nós os
matamos. Essa guerra terminou quando eles perceberam o
quão forte nos tornamos.” Ele hesitou. "É uma guerra entre
os clãs que queremos evitar no momento. Essa é a
ameaça. O Clã de Decker não é forte o suficiente para
assumir todos os outros. Ele perderia a menos que ele
possa forçar os GarLycans para o seu lado. É por isso que
ele não pode colocar as mãos em sua irmã para usá-la
contra nós. Ele vai entregá-la para Aveoth então ele vai
lutar contra nós também. "

"Por que Bat é tão importante para este Aveoth? Por que
ele a quer?”
87
"Aveoth já foi prometido à irmã de sua avó. Ela morreu
antes que pudesse acontecer. Ele vai querer Bat porque ela
é uma descendente direta da mulher que deveria ter sido
sua.”

"Parece loucura. Você tem que ver de onde eu venho."

O olhar dele baixou para o pescoço da blusa dela. "Eu sei, e


desculpe que eu tenha que ser o único a te dizer a verdade,
mas posso provar isso. Sou dominante e você não.”

"Você quer dizer que você é mais forte."

Ele olhou para cima, seu olhar intenso encontrando os dela


antes de ele se concentrar mais baixo mais uma vez. "Você
é parte Lycan, mesmo que seja minimamente. Eu posso
forçá-la para a superfície."

Ela se sentiu realmente inquieta sobre a forma como ele


estudou sua garganta. Ela empurrou contra seu peito
novamente, inutilmente, incapaz de mover seu pesado
corpo. De repente, ele enfiou a cabeça, enterrando o rosto
contra seu pescoço. Ela ficou tensa.

"O que você está fazendo?"

"Dando-lhe a prova. Eu vou mostrar para você como você


reage a alguém com linhagem Lycan." Seus lábios roçaram
a pele sob sua orelha e seu hálito quente aqueceu seu
pescoço. Ele rosnou baixo antes de sua boca se abrir. A
língua molhada lambeu o lado e ele beliscou seu ombro.

Choque rasgou através de Dusti como um choque de


consciência brilhou através de seu corpo quando seus
dentes a beliscaram.

Estranhamente, isso não machucou, mas lembrou-lhe o


tempo em que ela acidentalmente tocou num cabo
desgastado plugado na parede. A corrente de eletricidade

88
percorreu de onde sua boca tocou todo o caminho até os
dedos dos pés. Ela engasgou.

Ele soltou sua pele, em seguida, mordeu novamente, mais


forte, uma polegada mais perto de sua garganta. A
segunda mordida a fez reagir ainda mais forte. Ele não
perfurou a pele, mas ela não ficaria surpresa se ele
deixasse marcas.

Um gemido escapou de seus lábios enquanto seu corpo se


contorcia sob o dele, o desejo sexual disparando seu
sangue. Isso confundiu e alarmou-a. Seus seios doíam
dolorosamente e seus músculos do estômago se apertaram.
Ele mordiscou e mordeu novamente, fazendo com que ela
se arqueasse até que ela apertou contra ele.

Suas pernas musculosas se separaram, espalhando suas


coxas. Seu quadril se estabilizou mais firmemente até o
cume duro de seu pênis cutucar seu clitóris.

Dusti agarrou a camisa dele, horrorizada, mas incapaz de


controlar a quente necessidade que ele inspirou. Ela o
queria dentro dela. Ela doía.

Ele lentamente balançou os quadris, esfregando contra ela.


Ele mordeu o pescoço de novo e, em seguida, fez isso um
pouco mais forte.

Suas mãos deslizaram para cima, o desejo de tocar sua


pele esmagando. Ela localizou parte de trás do seu pescoço.
Suas unhas cravaram em carne quente, massageando-o
levemente, e suas pernas se moviam por vontade própria,
envolvendo a parte de trás de suas coxas para atraí-lo mais
perto.

"Drantos", Kraven interrompeu suavemente. "Pare."

89
Um profundo, rosnado soou duro contra sua orelha e a
boca de Drantos a soltou. Ele respirou fundo e levantou a
cabeça.

Dusti estava atordoada e confusa. Seus olhos se abriram


para olhar para o seu olhar azul brilhante novamente. Seus
olhos estavam brilhando fracamente.

"Cuide da sua vida, Kraven." Drantos não olhou para seu


irmão, segurando o olhar de Dusti ao invés.

"Você vai transar com ela bem na minha frente e dos seres
humanos perto do fogo? Pense sobre isso. Não há nenhuma
privacidade aqui.”

Frustração apertou as feições de Drantos e ele rosnou


baixinho, arrancando o olhar furioso com raiva do seu
irmão. "Obrigado. Eu talvez faça. Ela... me afeta.”

"Não brinca." Kraven riu. "Eu acho que você mostrou-lhe o


suficiente. Inferno, você mostrou-me demais. Nunca mais
quero vê-lo em ação novamente.”

"Como está sua irmã?"

"Eu pedi a ela para dormir. Foi fácil de fazer. Ela não tem
defesas. O Lycan é mais forte do que seus quaisquer traços
de vampiro que herdou ". Kraven sentou-se, chamando a
atenção de Dusti o suficiente para fazê-la virar a cabeça
bem a tempo de ver seu sorriso. "Sua maneira de lidar com
a sua parece mais divertido."

"É mais do tipo doloroso." Drantos subitamente liberou


Dusti e tentou levantar todo o corpo do dela, usando as
mãos no chão, mas suas pernas ainda estavam enroladas
em torno dele. Isso o impediu de fazer pouco mais do que
separar seus peitos. "Eu estou tão duro que eu poderia
quebrar pedras."

90
O ar frio entre seus corpos resfriou Dusti instantaneamente.
Ela odiou perder seu calor e peso.

O que diabos está errado comigo? Como eu poderia reagir a


um estranho dessa maneira e tão fortemente?

Ela não expressou suas perguntas, mas era difícil de abster.


Ela corou de vergonha da forma como o quão mal seu
corpo doía por ter acabado o que ele começou. Seus
mamilos estavam duros e ela sentiu-se encharcada onde a
calcinha cobria seu sexo. Seu clitóris pulsava
dolorosamente.

Ela subiu para desenganchar as pernas para libertá-lo. Ele


abaixou a cabeça e estudou seu rosto. Ele suavemente
gemeu. "Você tem sorte de eu não jogá-la por cima do meu
ombro e levá-la para a floresta. Eu foderia você até que nós
dois não pudéssemos andar."

"Você iria quebrá-la." Kraven atirou novamente. "Ela é tão


fraca de sangue, humana é tudo o que eu cheiro."

Dusti olhou para os fascinantes olhos azuis de Drantos e


não podia deixar de olhar. Seu coração batia forte dentro
do peito como se pudesse estourar através de sua caixa
torácica. Ela não tinha certeza se ele estava fazendo aquela
coisa que ele poderia fazer, paralisando-a com um olhar,
mas ela ainda olhava.

"Ela seria um lanche antes de uma refeição saudável."


Kraven riu. "Mas você parece muito faminto."

Drantos moveu, deslizando seu corpo para baixo dela. Seus


quadris pressionados contra suas coxas, até que parou em
seus joelhos. Ele abaixou a cabeça, as mãos sustentando
seu peso, causando um ofego em Dusti quando ele
empurrou o nariz entre seus seios. Ele inalou, gemeu
baixinho mais uma vez e se moveu mais abaixo, para seu
estômago. Ele rosnou profundamente, parecendo mais

91
animal do que humano. Sua cabeça levantou e ele
encontrou o olhar dela.

"Ela cheira tão bem para mim que eu poderia me esbaldar


nela."

"Merda." Kraven de repente estava lá, segurando o braço


de seu irmão. "Cai fora."

"Eu não quero." Outro som suave veio de Drantos e seu


rosto enterrou contra o estômago de Dusti novamente,
acariciando-a. Ele usou seus dentes para empurrar para
cima sua camisa. Ele rosnou quando expôs seu umbigo nu
e sua língua saiu para lamber sua pele sensível. Prazer
naquele mero toque fez Dusti arquear as costas para
pressionar seu estômago mais apertado contra seu rosto.

Kraven amaldiçoou baixinho - e, em seguida, Drantos foi


arrancado de seu corpo. Os olhos de Dusti se abriram.

Ambos os homens acabaram em seus joelhos aos pés dela,


nariz com nariz, segurando um ao outro pelos antebraços
com força. Se ela não soubesse mais ela acharia que eles
estavam prestes a lutar.

"Controle-se." As palavras de Kraven eram quase


imperceptíveis com seu tom de voz rosnado. "Você está
usando hormônios Lycan para liga-la".

"Eu a quero!" A voz de Drantos saiu tão profunda que não


parecia humana.

O rosto bronzeado de Kraven empalideceu. "Você não está


sendo racional. Drantos... você sabe o que isso significa,
não sabe? Você pobre bastardo."

"Eu sei." O olhar de Drantos deixou seu irmão a se


concentrou mais uma vez em Dusti.

92
"Não." Kraven balançou seu irmão. "É apenas o stress. Ela
é fraca e você está protegendo-a. Seu corpo e cabeça estão
todos ferrados. Isso é tudo o que é. Você está confuso.”

Dusti tremeu. Seu corpo pulsava com necessidade diferente


de tudo o que ela nunca experimentou antes. Ela poderia
identificar a fonte embora - e o que ela desejava era
Drantos.

Metade dela queria rastejar até ele e apenas tocá-lo de


novo, enquanto o lado racional, desejou que Bat não fosse
parte dessa equação para que ela pudesse fugir para a
floresta. Ela preferia tomar suas chances no deserto com os
perigos desconhecidos estando à espreita na escuridão, ao
invés de continuar a gastar tempo com o homem que fez
coisas a ela que sacudiu até o âmago de sua alma.

Drantos continuou a observá-la com seu inquietante, olhar


intenso. Kraven se agarrou a ele e pareceu passar uma
eternidade antes que eles se separassem. Kraven ficou
entre ela e Drantos, embora, e estudou de perto seu irmão.

"Melhor? Você está sob controle agora?"

"Sim."

"Você mantém a minha aquecida e eu vou segurar sua por


esta noite. A última coisa que você precisa é tocá-la
novamente."

Raiva escureceu as feições de Drantos, enquanto ele olhou


para seu irmão. "Não a toque! Ela é minha."

"Você não pode reclamá-la! Não agora e não aqui, de


qualquer maneira. E não me ataque."

"Não toque nela, então." Drantos rosnou profundamente


em um tom ameaçador. "Eu não vou ser capaz de lidar com
isso."

93
"É justo." Kraven deu um aceno afiado. "Oh, homem. Isto é
fodido. Você só tinha que prová-la, não é? Você já pensou
que agora não poderia ter sido um bom momento para
fazer isso? Que talvez isso pudesse ser perigoso se ela
fosse à escolhida?”

"Isso nunca passou pela minha cabeça." A voz de Drantos


parecia aumentar menos profunda, voltando a um nível
mais normal. "Eu não tinha noção disso."

"O cheiro dela não desperta você?"

"Qualquer mulher atraente faria isso comigo."

"Talvez seja o estresse, como eu disse. E você teve que


ficar muito perto para ficar de olho nela.”

"Não." Fúria escureceu as feições de Drantos novamente.


"Tenho certeza. Ela é a escolhida. Assim que eu cheirei sua
excitação tornou-se claro. Eu deveria ter sabido quando eu
a provei para ver suas linhagens eram. Afetou-me tão
fortemente, embora eu só tomei algumas gotas."

"Porra". Kraven correu os dedos pelo cabelo espetado


confuso e virou a cabeça para olhar para os sobreviventes
ao redor do fogo. "Nós chamamos um pouco de atenção.
Dois dos seres humanos estão nos observando." Sua voz
baixou e ele sorriu. "Sente o seu grande rabo para baixo e
pareça feliz."

"Nós precisamos ir agora." Drantos sentou.

"Eu preciso primeiro de um pouco de sono. Nós vamos ter


que transportá-las através da floresta em um ritmo rápido.”

"Partimos agora. Eu não consigo dormir com ela, e eu vou


estar em você num piscar de olhos se você tocá-la. Sinto-
me ferozmente protetor. Eu lutarei com você, Kraven. Elas
não podem produzir calor corporal o suficiente para não
congelar durante a noite, a menos que as coloquemos para
94
mais perto do fogo e das outras vítimas do acidente. Há
alguns homens que poderiam me fazer perder a cabeça se
derem atenção a Dusti. Vamos apenas sair. Vamos carrega-
las para mantê-las aquecidas com nosso calor do corpo."

"Precisamos dormir um pouco em primeiro lugar, irmão.


Tente ser racional. Pense."

Drantos tomou algumas respirações profundas. "Eu estou


no controle agora."

"Besteira. Você só quer tocá-la novamente, e você não vai


dar nem cinquenta passos sem transar com ela em sua
condição atual.” Kraven virou a cabeça para atirar em Dusti
um olhar. "Enrole-se com sua irmã. Não tente acordá-la.
Estamos entendidos? Você pode manter-se aquecida e
posso dormir um pouco antes de termos que caminhar para
fora daqui”.

Dusti tremeu duramente. Confusão e alarme seguraram-na


imóvel. Seu corpo ainda doía tanto que havia se tornado
uma dor física profunda. Ela desviou o olhar de Kraven e
olhou para Drantos. Ela lutou contra a necessidade
desesperada que ela ainda sentia de rastejar para ele. Seu
corpo excitado ansiava por tocá-lo e até mesmo subir em
seu colo.

Ela lutou contra o duro impulso quando seus mamilos se


apertaram dolorosamente e ela apertou as mãos para
evitar chegar a ele.

Seu olhar fixo no dela e ele rosnou baixinho.

Kraven de repente se moveu entre eles para quebrar o


contato visual. "Droga! Ok. Dê-me um minuto para
pensar.”

"Eu quero", Drantos suavemente retumbou. "Muito mal."

95
"Não brinca. Você está prestes a estourar seu zíper e eu
realmente estou indo para o inferno mental por perceber
isso. Eu posso sentir o cheiro da sua maldita luxúria; é tão
espessa que eu estou a ponto de sufocar. Dê um passeio e
tenha algum tempo privado para lidar com o problema. Eu
não posso acreditar que estou dizendo isso, mas você e sua
mão precisam se manter ocupados para impedi-lo de se
colocar em um show pornô gratuito para todos. Isso vai
reduzir um pouco do seu desejo por agora. Você não pode
tocá-la, Drantos. Você sabe o que vai acontecer quando
você o fizer. A última coisa que você vai querer é deixá-la ir
uma vez que você a teve, e precisamos levá-las para
segurança em primeiro lugar. Nós não temos alguns dias
para que você possa criar um vínculo.”

"Caralho!" Drantos amaldiçoou.

Dusti o assistiu se levantar. Ele se recusou a encontrar o


seu olhar antes de se virar para a floresta. Ela choramingou
no segundo que ela o perdeu de vista. A reação a
assustava, e pior, a fez ter certeza de que ela havia perdido
a cabeça.

Talvez alguém tenha trocado seus medicamentos. Talvez a


dose de ferro que Bat injetou nela estivesse defeituosa e
ela estava experimentando alguma reação hiperafrodisíaca
estranha.

Kraven virou a cabeça para franzir a testa para ela. "Deite


no chão e enrole-se com sua irmã. Passará agora que ele
se foi. Tome algumas respirações profundas. Isso vai
ajudar muito.”

Drantos não pode ir longe. Seus instintos exigiram que ele


mantivesse Dusti à vista. Seu corpo ferido com a
necessidade de ir para ela e terminar o que ele tinha
começado. Tornou-se tão forte que ele, na verdade,
agarrou um tronco de árvore para ficar parado.

96
Kraven tinha feito um ponto válido. Ele não estava no
controle e Dusti era frágil. Ele pode acidentalmente causar-
lhe mal por ser muito áspero. Ele precisava se acalmar.

Isso ajudou à medida que o tempo passava e ele respirava


o ar fresco que não levava seu perfume. Ele não tinha
suspeitado que ela pudesse ser sua companheira quando
ele havia provado seu sangue. Ela tinha um gosto bom e o
tinha afetado, mas a verdade não o tinha realmente
atingido até ele estar seduzindo ela.

De maldito jeito nenhum Decker teria Dusti. Ela era sua.

Ele finalmente teve seu desejo sobcontrole. A sugestão de


Kraven de cuidar de suas próprias necessidades não teria
corrigido o problema. Era Dusti que ele queria. O desejo de
protegê-la e mantê-la perto anulou todo o resto. Ele
lentamente liberou a árvore e voltou para o lado dela.

Ela estava deitada de frente para a irmã. Kraven sentou-se


atrás do Bat e o olhou com uma careta. Ele olhou para
longe dele para ver os outros passageiros. A maioria deles
tinha deitado para ir dormir ou já estavam cochilando.

"Você ainda está muito tenso", Kraven sussurrou. "Você


não bateu uma."

Ele cerrou os dentes. "Isso não ajudaria."

"Merda. Espero nunca sofrer o mesmo que você."

Ele gentilmente colocou o cobertor mais perto de Dusti. Ela


ficou tenso, seu corpo rígido. Ele sabia que ela não tinha
adormecido. Ele puxou a mão de volta, também tentando
não continuar tocando. Não era hora ou lugar.

"Precisamos tirá-las daqui. Eu me sinto como se


estivéssemos sentando em patos.”

97
"Eu estava pensando a mesma coisa", Kraven
relutantemente concordou. "Vai ser difícil viajar com elas e
elas vão nos atrasar... a menos que nós lhes demos um
passeio."

Ele fez uma careta. Dusti não acreditava em qualquer coisa


que ele disse a ela. Ela não estava preparada ainda para a
realidade do quanto sua vida tinha mudado. Ele queria
facilitar isto para ela, e vê-lo em mudança vai aterrorizá-la.
Isso a faria lutar contra atração que sentia por ele com
mais convicção. Terror tendia a fazer isso.

"Não." Ele olhou para Dusti e depois de volta para o irmão.


"Cuidado com suas palavras."

"Mostrando é conhecimento", seu irmão murmurou.

"É muito cedo. É melhor nos revelarmos lentamente ao


longo do tempo."

"Eu entendo o seu cuidado, mas esse plano está indo para
o inferno se os executores de Decker nos encontrarem
antes de podermos chegar a casa. É realmente assim como
você quer que ela aprenda a verdade sobre suas palavras?
Você a avisou como nós parecemos?”

Kraven tinha um ponto. Dusti saberia que ele não havia


mentido se alguém do clã Decker os encontrasse. Ela seria
confrontada com provas sob a forma do que seus olhos
pudessem ver. O choque de ver um VampLycan deslocado
em forma animal pode danificar sua saúde mental, desde
que ela era tão resistente a tudo o que ele disse a ela até
agora. Ele mordeu o lábio, debatendo o que fazer.

Kraven continuou, "Não é a coisa mais importante levá-las


rapidamente para onde elas estarão seguras e teremos
suporte? Nós vamos estar em menor número se Decker
enviar uma dúzia de seus executores atrás de nós. Você
pode lidar com as consequências mais tarde.”.

98
Drantos não estava tão certo disso. Dusti já sofreu traumas
suficientes num período de tempo curto.

Os seres humanos podiam ouvir histórias de outros tipos de


criaturas e riscá-las como ficção inofensiva, mas ele tinha
ouvido sobre pessoas cujas mentes haviam se partido
quando eles confrontaram a verdade do mundo que eles
nunca souberam que existia.

Ele se concentrou em Dusti, pegando seu batimento


cardíaco rápido. Ele estendeu a mão novamente e passou a
mão sobre o cobertor cobrindo o quadril. Ela se moveu
apenas ligeiramente, afastando-se. Ele a deixou.

"Nós vamos sair na primeira luz - e andar", ele decidiu.


"Decker não sabe que estamos com elas. Ele vai esperar
encontrar suas netas aqui para serem encontradas pelo
grupo de resgate e totalmente desprotegidas. Nós temos
todas das áreas por onde nós pensamos que poderíamos
correr com elas. Eles irão fazer um caminho mais curto
para onde eles acham que o avião caiu."

"Droga, Drantos." Kraven mostrou os dentes. "Você não


está sendo racional."

"Eu estou sendo cauteloso, e eu não quero traumatiza-la


mais do que o necessário." Ele deixou o resto por dizer,
uma vez que Dusti podia ouvir cada palavra sua. "Ela
precisa de tempo para se adaptar a tudo antes que tenha
que encarar."

Kraven fechou os olhos e longos segundos se passaram


antes que ele sustentou seu olhar novamente. "Você acha
que ela vai rejeitá-lo se ela ver alguma coisa antes de estar
preparada? "

"Eu estou certo disso. Nós vamos caminhar."

99
"Elas não tem sequer sapatos." Kraven olhou para Bat. "Eu
não poderia encontrar qualquer coisa que caberia nela.
Tudo o que ela tem são os saltos altos. Você pode imaginar
uma caminhada na floresta calçando aquilo? Ela vai quebrar
o tornozelo."

"Você está fora de forma?"

"Foda-se".

"Então, apenas lide com isso. Você queria dormir um


pouco. Deite-se e descanse. Estaremos fora daqui a
primeira luz. Certificaremos-nos de que os passageiros
sejam mantidos aquecidos e lhes enviaremos ajuda se eles
não tiverem sido encontrados pelo tempo que alcançarmos
o nosso povo. Eles só terão que passar uma noite sozinhos
no máximo. Eu acho que nós chegaremos em casa no prazo
de vinte e quatro horas."

"Isso é muito malditamente lento."

"O terreno vai ser áspero, e não se esqueça do rio. Nós


vamos ter que encontrar uma maneira de passá-las através
dele, mantendo-as secas ao mesmo tempo. Elas são fracas
e suscetíveis à hipotermia ou pegar um resfriado. Eu estou
pensando que podemos ter que construir uma pequena
jangada e flutuá-las. A água ainda vai estar muito fria. Eu
não correrei nenhum risco com sua saúde".

"Merda."

"Nosso povo estará procurando por nós também, então eu


duvido que isso vá demorar muito tempo. Eles poderiam
nos encontrar ao anoitecer de amanhã. Na melhor
hipótese."

Kraven se deitou, enrolando contra Bat. "Você me deve."

Drantos deitou-se e chegou mais perto de Dusti para


impedir o vento de bater de volta nela. Ele queria puxá-la
100
em seus braços, mas absteve-se. Ele a desejava muito e
seria muito tentador fazer mais do que abraçá-la.

Uma vez ele chegasse à sua casa, todas as apostas


estavam fora. Ele a tomaria. Ela não iria ser capaz de negar
que havia algo especial entre eles. Ele apenas teria que
ajudá-la a aprender a confiar nele antes que ela
descobrisse o quão diferente ele poderia ser de qualquer
outra pessoa que ela já conheceu.

Ele sabia que ainda teria problemas uma vez que ele a
levasse para casa. Seus pais não estariam felizes que ela
fosse tão fraca de sangue. Ele era o seu primogênito. Isso
vem com responsabilidades, mas ele duvidava que eles se
recusassem a aceitar Dusti. Eles o conheciam muito bem.
Ele sairia antes de desistir dela. Seu pai iria entender
embora. Ele conhece a importância de um verdadeiro
vínculo.

Decker provavelmente tentaria vir atrás de Dusti e Bat,


mesmo se isso significasse que ele teria que atacar o clã
para recuperá-las. Drantos não precisava se preocupar com
qualquer pessoa que quisesse pegar Bat ou Dusti para
evitar derramamento de sangue. O clã iria lutar até a morte
para evitar que Decker se torne seu líder.

Eles o enfrentariam para ter certeza de que ele não


pudesse utilizar qualquer mulher como alavanca para forçar
Aveoth a apoiar seu plano de fundir os clãs, para que ele
pudesse se tornar o único líder de todos os VampLycans.

Drantos inalou o perfume de Dusti e não pôde resistir


alcança-la até escovar os dedos pelos cabelos dela. Ela
chupou uma respiração afiada, mas não empurrou para
longe. Ele sorriu.

Ele teria que tratá-la como um animal tímido que precisava


aprender a confiar. Seria a melhor maneira de mostrar a

101
ela que ele nunca iria machucá-la. A paciência não era seu
traço mais forte, mas ele aprenderia um pouco - por ela.

102
Capitulo Quatro
O sol ainda não surgiu quando alguém tocou Dusti a
fazendo despertar de seu sono. Bat agitada próxima a ela
onde elas estavam emboladas firmemente debaixo de um
cobertor. Ambas estremeceram a com o ar frio quando elas
se sentaram. O fogo ardia fortemente na clareira, mas
pouco do calor dele os alcançou. Dusti olhou para Kraven,
que se agachou ao lado delas.

"Precisamos sair agora. Levante-se, vão ao banheiro e


comam rapidamente. Eu acho que os aviões de resgate vão
decolar do aeroporto de Anchorage em menos de uma
hora."

"Ir para onde?" Bat bocejou. "Você acha que as equipes de


resgate irão nos encontrar em breve?"

Dusti sabia que não era o plano. Os irmãos queriam que


elas caminhassem para longe dos sobreviventes para não
serem resgatadas com eles. Quem quer que eles acreditem
que seu avô fosse enviar para procurar por elas,
provavelmente, chegaria antes das equipes de resgate.
Dusti perguntou se Bat se lembrava de alguma coisa da
noite anterior, mas um olhar para a expressão calma de
sua irmã lhe assegurou que ela não tinha nenhuma
lembrança do que Kraven tinha feito para controla-la.

Bat estava calma. "Droga. Está muito frio." Ela se inclinou,


pegou um dos cobertores, e envolveu-o firmemente em
torno de seu corpo enquanto ela caminhava na direção do
bosque. "Eu estarei de volta se minhas partes de menina
não congelarem quando eu levantar a minha saia."

Kraven suspirou. "Depressa, e não vá longe."


103
Dusti olhou ao redor da clareira. Os sobreviventes ainda
dormiam e não havia sinal de Drantos. Kraven parecia
adivinhar quem ela estava procurando.

"Ele estará de volta em breve. Ele está coletando mais


madeira para os seres humanos em caso de demorar mais
que um dia para o resgate alcançá-los. Ele não quer que
nenhum deles morra esta noite de frio. Nós estamos
esperando que eles sejam resgatados antes do anoitecer,
mas é melhor tomar precauções”.

"Essas pessoas vão dizer para quem os resgatar que você


nos roubou. Você não vai conseguir nada com isso. A
polícia vai estar à procura de Bat e eu.”

"Nosso povo vai contatar as autoridades competentes para


dizer que ambas estão seguras, uma vez que chegarmos
em casa. Drantos vai deixar escapar para alguns dos
passageiros que nós estamos indo procurar por ajuda para
que eles não fiquem preocupados. "

"Isso é muito bom, considerando que você está pensando


em sequestrar minha irmã e eu. Criminosos com uma
consciência? Muito bem planejado.”

Ele bufou. "Você não tem ideia do tipo de perigo que sua
irmã está. Se nós estamos certos sobre os planos de
Decker, ela vai viver uma vida de puro inferno se o seu avô
se apoderar dela. Aveoth não é uma pessoa muito legal."
Ele fez uma pausa. "E meu irmão percebeu que você não é
tão humana quanto o seu cheiro diz ser. Eu ficaria
preocupado com o meu próprio rabo, também, se eu fosse
você. Aveoth pode resolver querer você, se ele não puder
ter sua irmã. Seu avô vai conseguir descobrir o que estava
errado sobre sua linhagem se ele colocar as mãos em
você."

104
Lembrou-se da história estranha da noite anterior. "Você
está apenas sendo indulgente com seu irmão, ou você
acredita na história que ele me contou sobre vampiros e
lobisomens, também?"

"Você gostaria que fosse apenas um conto estranho. É


história. Sua mãe era uma VampLycan. Seu avô é um louco
filho da puta que quer começar uma guerra. Tudo que
Drantos disse, é verdade."

"Aveoth é um GarLycan, certo? Metade Lycan e metade


Gárgula? Soa como se ele fosse um homem com um
coração de pedra." Ela riu de sua própria piada.

"Fofa. A parte coração-de-pedra é enganosa desde que eu


duvido que ele tenha um em tudo. Seu próprio clã tem
pavor dele. Sua crueldade é bem conhecida por nossos clãs
e isso significa que seu avô vai ganhar muito poder, se ele
fizer uma aliança com Aveoth usando sua irmã como uma
ferramenta de barganha."

"E isso seria ruim para seu mundo estranho?"

Algo estreitou olhos azuis claros de Kraven. "Sim. Decker


não está feliz em apenas liderar seu próprio clã mais. Ele
quer o controle total. Ele não concorda com a forma como
alguns dos outros líderes governam seu povo. Ele matará
todo mundo que se opõe a ele, se tiver a oportunidade. Ele
não pode assumir três clãs e ter vitória. Ele conseguiria ter
sua bunda entregue a eles a menos que ele consiga ter o
líder GarLycan ao lado com ele. Isso vai mais do que
garantir as chances de vencer. "

"Estas coisas Gárgula-e-homem-lobo são piores do que


VampLycans, hein?"

Ele hesitou. "Sim. Somos fortes, mas eles são quase perto
de ser invencíveis. Eles voam e podem transformar seus
corpos em armadura. A combinação é mortal para qualquer

105
um que for atrás deles. Os GarLycans ajudariam o clã de
seu avô abater o resto de nós se Aveoth lhes der a ordem.
Com Decker puxando as cordas, muitos VampLycans vão
morrer. Quando ele começou a expandir as fronteiras. Ele
tentou rouba-las para o seu próprio uso, mas os outros
líderes colocaram um fim nisso, ameaçando atacá-lo."

"O que isso significa?"

"Ele parece pensar que os seres humanos são uma ameaça.


Temos a palavra de alguém em seu clã que ele planejava
fazer algumas das famílias humanas vizinhas sofrerem
"acidentes". Alaska é um lugar duro e ele poderia
assassiná-los sem levantar suspeitas. Ele é paranoico, com
tudo que foi dito. Os seres humanos podem ser
transformados em vampiros, e, claro, eles também são
uma fonte de alimento para eles. Ele odeia vampiros cheios
de sangue o suficiente para querer se certificar de que eles
não têm razão para estar perto dele." Ele fez uma pausa.
"Ele vê os seres humanos como inferiores, como insetos
para esmagar sob seu calcanhar. Os outros clãs não. Nós
queremos protegê-los.”

"Você sabe que isso parece loucura, não é?" Ela hesitou.
"Eu não gosto de meu avô. Ele é um idiota, mas para
acreditar que ele é algum assassino bastardo do mau é
meio difícil de acreditar.”

"Ele matou muita gente. Ele é ganancioso e sedento por


poder. Recebemos notícias aqui sobre o seu mundo.
Quantas vezes você já viu algumas histórias onde senhores
da guerra matam inocentes para ganhar mais terra ou
dinheiro? Decker quer mais pessoas sob seu controle. Ele
assassinou sua própria companheira, quem ele jurou
proteger, e tentou usar a sua própria filha, sua mãe, como
moeda de troca para obter uma aliança com os GarLycans,
a fim de matar sua própria espécie. Agora ele está tentando

106
usar sua neta mais uma vez para conseguir. Que tipo de
monstro isso faz ele ser? "

"Se ele tem um pau, bem... você já ouviu falar das altas
taxas de divórcio, certo? Os homens podem ser cruéis
porcos para suas esposas. Talvez meu avô pensasse que
seria mais fácil matá-la do que passar por um divórcio
conturbado. Eu vejo histórias sobre isso no noticiário o
tempo todo. E eu não tenho ideia do que aconteceu entre
meu avô e minha mãe. Quanto à minha irmã, ele não nos
conhece.”

"Seres humanos divorciam. Lycans são companheiros para


sempre. É uma ligação que é tão forte, que alguns morrem
sem o outro. Filmore tem que estar com defeito na mente e
no coração por ter sido capaz de matar Marvilella. Ela
estava presa a ele, tentou mudá-lo para algo melhor,
dando-lhe o seu amor, mas ela sofreu muito por isso. Ela
sempre pareceu triste quando ela visitava sua família em
nosso clã”.

Dusti revirou os olhos. "Agora você está me dizendo que


você é velho o suficiente para ter conhecido a minha avó?
Ela morreu antes de eu nascer. Você não é muito mais
velho do que eu. Você teria sido um bebê.”

Um sorriso frio curvou seus lábios. "Você ficaria surpresa


com quantos anos eu realmente estou."

"Certo. Porque você é metade vampiro e eles não


envelhecem. Certo. Ok, vovô. Você parece ter uma
maldição por não ser um velhote.”

"Sua boca inteligente vai ser a sua ruína. Tudo bem, não
acredito no que você disse, mas, eventualmente, você vai
ver a verdade.”

Era demais para ela. Era tudo muito estranho. "Tanto faz.
Se eu comprar esta porcaria toda, o que faz a minha irmã

107
ser uma mercadoria tão quente para este Aveoth de
qualquer maneira? Ele não consegue encontrar uma mulher
em seu próprio lugar? Se eu estou comprando esta merda
que você está tentando vender, muito vai depender de se
ele quer ou não ela. Você conheceu minha irmã. A maioria
dos caras passam dois minutos com ela e correm para se
esconder se eles tem um cérebro”.

"É a sua linhagem. Aveoth tem um desejo por ela”.

"Tente de novo?" Dusti franziu a testa.

"Ele foi criado para fazer de Margola sua amante, mas ela
morreu antes de atingir a maturidade. Depois que ela foi
prometida a ele, os pais de Margola deram Aveoth um
pouco de seu sangue para beber, a cada mês durante
alguns anos. GarLycans têm genes Gárgula mais fortes.
Eles não formam ligações emocionais por amantes, apenas
os seus companheiros. Os pais de Margola temiam que ele
fosse tão insensível com ela que sua vida seria miséria
absoluta. Eles esperavam que ele se torna-se viciado em
seu sangue o suficiente para que ele fosse cuidar bem dela,
e não matar sua alma durante os anos que ela estivesse
com ele até que ele finalmente encontra-se sua
companheira e libertá-la. "

"Onde estão seus pais?"

Ele hesitou. "Isso é desconhecido. Eles fugiram logo após a


morte de Margola. Eu acho que eles estavam com medo
que o pai de Aveoth fosse matá-los por permitir ela
morrer."

"Parece que eles foram responsáveis por sua morte ou algo


assim? Eles foram?”

"Não. O pai de Aveoth era um Gárgula cheio de sangue frio


como gelo. Ele os culpou; disse que deveriam ter cuidado
melhor dela desde que ela foi prometida a seu filho. Ela

108
gostava de fazer caminhadas na mata, e eles permitiram
isso. Ela correu de um grupo de caçadores que deve ter
pensado que ela fosse um animal, uma vez que ela estava
em sua forma de um. Eles abriram fogo contra ela. Ela
escapou, mas morreu antes de o clã a encontrar. Eles
tinham ido procurar quando ela não voltou para casa. Lord
Abotorus ficou enfurecido, desde que ele tinha permitido
Aveoth alimentar-se dela. Ele não queria, mas os pais de
Margola insistiram. Depois, Aveoth supostamente mostrou
sinais pela falta do seu sangue ".

"Vamos voltar para o 'matar sua alma', desde que você


está apenas me confundindo mais. Por que isso teria
acontecido e como?”

"Gárgulas não são os seres mais simpáticos que você já


conheceu. VampLycan as mulheres geralmente anseiam por
ternura, e um homem que vai atender as suas
necessidades emocionais. Sem isso, ela poderia perder a
vontade de viver." Ele franziu a testa. "Os pais de Margola
acreditavam que beber seu sangue fosse fazer Aveoth
querer mais dela do que apenas sexo. Era importante para
nosso clã cimentar um vínculo emocional entre eles para
ele mantê-la feliz. Seu pai ficou furioso quando seu filho
sofreu consequências pela falta do sangue após sua morte,
como se ele tivesse se tornado viciado."

"Esse mesmo sangue corre nas veias de sua irmã, e


provavelmente até mesmo na sua. Sua linhagem tem o
gosto que acreditamos que Aveoth anseia por mais. Se for
verdade, ele vai fazer qualquer coisa para ter isso de novo,
até mesmo ir contra suas próprias crenças. Ele odeia
Filmore, e tudo o que ele representa, mas sua fraqueza é o
sangue."

"Nem todo sangue tem o mesmo gosto?"

109
Ele balançou sua cabeça. "Não. Não só somos capazes de
distinguir entre tipos, mas podemos diferenciar linhagens
familiares. Pense nesse vício como a preferência de um ser
humano por um bom vinho favorito. Os outros são sem
sabor em comparação a outro.”

"Grosso."

"Você perguntou."

Essa é uma história tão louca, Dusti silenciosamente


suspirou. Não pode ser verdade. "Então, por que Aveoth
mesmo precisa de alguém para lhe encontrar uma amante
para começar? Será que ele realmente é medonho ou algo
assim? Por que qualquer pai iria querer entregar sua filha
para esse cara?”

"Estou certo de que ele poderia encontrar uma por conta


própria, mas o arranjo teria ajudado a fortalecer a aliança
entre VampLycans e os GarLycans. Aveoth expressou o
desejo de ter uma amante e uma foi encontrada. Não havia
necessidade dele procurar ou ter que se preocupar que ela
fosse ficar surpresa com o que ele é. Seu sangue Gárgula
pode fazê-lo frio, mas ele ainda é um homem. Ele queria,
uma mulher disposta e quente para compartilhar sua cama
até encontrar sua companheira. E o pai de Aveoth
providenciou uma com os pais de Margola."

"Então ela seria como uma prostituta para ele?" Isso deixou
um gosto ruim na boca de Dusti até mesmo por dizer.

Kraven fez uma careta. "Eu acho que você iria vê-lo dessa
forma. Ela não foi forçada a concordar em se tornar sua
amante. Era considerado uma honra sacrificar os anos, que
ela teria gasto com ele para manter a paz entre seu clã e
nosso".

"Mas ela morreu antes de acontecer. Então, quem tomou o


lugar dela?”

110
"O nome dela era Lane e ela morreu recentemente. É por
isso que Decker enviou sua irmã. Aveoth precisa de uma
nova amante”.

"Ela era uma parente minha?"

"Não, mas ela estava disposta a se tornar amante de


Aveoth."

"Mas você estava falando sobre sangue e que por isso


Aveoth quer Bat, porque ela está relacionada com Margola.
Ajuda-me aqui. Estou confusa."

Kraven se aproximou. "Aveoth tolerava Lane. Mas uma vez


que ele descobrir sobre Bat, ele vai querê-la mais do que
qualquer outra pessoa que possa se oferecer para se tornar
sua nova amante. Está claro o suficiente para você?”

"Bat não vai se voluntariar para isso."

"Decker não vai se importar, e Aveoth pode querer ela o


suficiente para ignorar o fato de que ele tenha que forçá-la
a ficar com ele."

"Porque ela é um parente de Margola."

"Sim."

"Uau. Então você está dizendo que meu avô quer


transformar Bat em uma escrava sexual e esse cara pode
aceitar isso. Seu mundo está totalmente fodido. Minha irmã
vai castrar o bastardo se ele tentar forçá-la."

"Vocês duas são muito fracas para se defender."

"Minha irmã é um tubarão. Nunca esqueça. Eles não


chamam advogados assim, sem um motivo”.

"O sarcasmo não é uma característica atraente em uma


mulher." Kraven suavemente rosnou as palavras. "Bat não

111
teria a menor chance de parar Aveoth de fazer ou tomar o
que quisesse com ela. Você perguntou, e eu respondi.”

"Se Decker é tão ruim, por que ele não apenas entregou a
sua própria esposa a este Aveoth, se fossem irmãs? Eles
poderiam ter o mesmo gosto.”

Ele fez uma careta. "Estou certo de que ele considerou,


mas Aveoth nunca teria permitido. Ela já estava acoplada a
Decker quando sua irmã morreu. Para tirar uma mulher de
um companheiro teria que matá-lo.”

"Você me deu a impressão de Decker não se preocupava


com Marvilella, se ele realmente a matou, então ele não
teria lutado para mantê-la."

"Trata-se de orgulho e instintos." Kraven suspirou. "Aveoth


teria matado seu companheiro só para ter certeza de que
ela não possuía um vínculo com outra pessoa. Ela também
já estava grávida quando sua irmã morreu. Aveoth quer
uma mulher sem filhos.”

"Ele parece realmente exigente. O que há de errado em


aceitar uma mulher que tem uma criança?”

"Talvez ele não quisesse cuidar do filho de outro homem.


Eu não sei. Você teria que perguntar a ele. Mas confie em
mim, ele vai implorar pelo sangue de Bat.”

"Você faz parecer como se ele vai picota-la e servi-la para


jantar."

"Não, mas se Aveoth é realmente viciado na sua linhagem,


seria um bônus se ele puder transar com ela e beber o
sangue dela ao mesmo tempo."

"Isso é realmente nojento e demente."

Um sorriso curvou nos lábios de Kraven. "Lembre-se que


você disse isso."

112
"O que isso significa?"

Ele levantou lentamente, enquanto ele lhe deu um olhar


divertido que deixou que a deixou inquieta. "Essa é uma
discussão para você e meu irmão para terem sozinhos" Ele
se afastou, caminhando em direção ao fogo.

Dusti se enrolou e tremia de frio, sentindo falta da jaqueta


de Drantos que ele a fez tirar na noite anterior. Uma rápida
olhada ao redor revelou que não estava mais ali. Ela puxou
o cobertor que tinha dormido em envolver em torno de seu
corpo. Ela quase esbarrou em Bat quando ela deu um passo
para dentro da floresta.

"Lembre-me de nunca visitar o Alasca novamente." Bat


suavemente amaldiçoou. "É tão frio, eu não queria nem ir
fazer xixi. Eu acho que congelou antes de bater no chão. Eu
pensei que fosse mais quente aqui nesta época do ano. É
quase verão."

"Sempre uma dama." Dusti sorriu para suavizar suas


palavras. Ela olhou ao redor, ainda não vendo Drantos, e
Kraven estava de costas para elas, enquanto ele alimentava
fogueira com lenha. "Bat" ela começou, olhando nos olhos
de sua irmã. "Nós estamos na merda."

"Eu sei."

"Você realmente não tem ideia do que é ir..."

"Aí está você."

Dusti saltou. Drantos saiu de trás de uma árvore. Ela não


tinha sequer escutado ele se aproximar, mas lá estava ele,
a polegadas dela. Ele usava sua jaqueta. Ela olhou para o
seu olhar escuro, vendo um aviso neles. Ela selou os lábios.

"Vocês não queriam tanto esvaziar suas bexigas?" Ele não


parecia longe de Dusti.

113
"Eu fiz, e espero que aqueça mais quando o sol nascer."
Bat estremeceu. "Eu estou indo sentar perto do fogo para
descongelar." Ela voltou para clareira.

Medo agarrou Dusti por ter sido deixada sozinha com


Drantos.

"Você estava indo avisá-la."

"Você não acha que ela vai notar quando você e seu irmão
nos arrastar para fora daqui?"

"Vá ao banheiro, mas não longe. Nós estamos saindo


quando você voltar." Seu olhar se estreitou. "Não tente
nada, Dusti. Você não quer me ver irritado.”

"Certo. Você vai chupar meu sangue ou algo assim”.

Ele deu um passo mais perto até que eles quase se


tocaram. Dusti prendeu a respiração, o medo percorrendo
até sua espinha ao ver o olhar frio em seu rosto. Ele pode
ser quente, mas ele também é enorme e assustador. Essas
eram coisas que ela precisava se lembrar.

"Você ama sua irmã e quer protegê-la. Temos a segunda


coisa em comum.”

Dusti deu um passo para trás. "Então, digamos que eu


acredito em tudo que disse. Você deseja manter Bat longe
do meu avô, mas o que você vai fazer com ela? Entregá-la
para que Aveoth você mesmo?”

Ele balançou sua cabeça. "Ele provavelmente iria matá-la.


Meu irmão falou a verdade. Aveoth seria usado para obter o
que ele quer. Sua irmã poderia tentar atacá-lo e não ia
acabar bem para ela.”

Ela soube imediatamente que de alguma forma ele tinha


ouvindo a conversa que tivera com Kraven. A linha das

114
árvores de onde ele saiu não estava muito longe de onde
os dois tinham conversado.

"O que você vai fazer com a gente?"

"Vocês são as descendentes de um membro do meu clã."


Ele invadiu seu espaço pessoal novamente para quase tocá-
la. "E eu tenho minhas razões para protegê-la. Iria causar
dor em você, se qualquer coisa ruim acontecer a sua irmã,
então eu vou protegê-la também, por você."

"Isso deveria me fazer sentir gratidão com você? Você está


nos salvando do lobo mau ou o que diabos Decker Filmore,
supostamente quer fazer? O que você quer de nós,
Drantos? Eu não confio em você."

A raiva fez sua boca formar uma careta. "Você deve. Vá ao


banheiro e volte rápido.”

Ela se afastou e virou. O desejo de fugir dele a agarrou,


mas ela manteve um ritmo lento, enquanto se movia mais
para longe da clareira.

Ela odiava os grandes espaços, nunca tinha sido o tipo de ir


acampar, e realmente se ressentia de não ter uma casa
real para usar. Se ele não fosse por sua irmã, ela ia fazer
uma corrida para longe dele. Ela prefere enfrentar ursos de
dois metros aos irmãos falando sobre vampiros, lobisomens
e gárgulas.

Kraven entregou a Dusti alguns dos restos de carne da


noite anterior, quando ela voltou. O ar estava tão frio que
tinha refrigerado tudo. Seu estômago roncou com fome. Ela
se sentou ao lado de Bat e Kraven entregou a sua irmã um
pedaço de carne de veado também.

"Comam rapidamente."

Kraven ficou com elas para se certificar que Dusti não


pudesse falar em particular com a sua irmã. Ela sabia que
115
os dois homens estavam cientes de que ela queria. Seu
olhar vagou para estudar os sobreviventes, mas nenhum
deles poderia enfrentar os dois irmãos músculos. A maioria
deles ainda estava dormindo ou apenas muito ferido para
ser de alguma ajuda. Ela percebeu que ela e Bat estavam
por conta própria, se quisessem ser salvas. Mesmo que ela
crie uma cena, não vai impedir nada de forem levadas da
clareira.

Tudo o que ela queria era levar ela e Bat de volta para casa
com segurança. Falaria com sua irmã para desistir de
visitar seu avô. É melhor prevenir do que remediar. Eu já
tive o suficiente dessa merda. A equipe de resgate era a
melhor chance que elas tinham de conseguir uma carona
imediata de volta para Anchorage e pegar o primeiro voo
de volta para LA.

"Devemos ir." Kraven olhou em volta, à procura de seu


irmão. Ele não estava à vista.

"Eu quis dizer isso ontem à noite quando eu me ofereci


para defender você e seu irmão se você estiver em algum
tipo de problema legal," Bat informou Kraven. "Eu não
estou licenciada para exercer no Alasca, mas tudo o que
precisamos fazer é usar o seu advogado nomeado pelo
tribunal para apresentar propostas minhas e para ser um
consultor. Não vou cobrar minhas taxas. Eu posso elaborar
com seu advogado uma proposta para ajudá-lo a lutar
contra o que quer que você esteja enfrentando. Eu não
quero me vangloriar, mas eu sou muito boa no que faço.
Vocês não têm que fugir antes que a equipe de busca nos
encontrar.”

"Nós não temos nenhum problema legal", Kraven


respondeu. "Nós apreciamos a oferta embora."

"Bem, se você mudar de ideia, basta aparecer ou ligar no


meu escritório. Estou localizada em Los Angeles”.

116
Dusti abriu, mas, em seguida, fechou a boca, mordendo de
volta um protesto. Tinha que encontrar uma maneira para
Bat e ela escaparem desses dois homens. Ainda a irritava
que Bat se mantinha oferecendo para representá-los.
Então, novamente, a sua irmã está acostumada com os
homens assustadores todos os dias em sua linha de
trabalho. A maioria de seus clientes era assassinos hard-
core, estupradores, assassinos ou criminosos.

Drantos parou ao lado de onde todos eles se sentaram


minutos mais tarde. "Esta na hora." Ele deixou cair um par
de sapatos no colo de Dusti. "Tire o que você tem e coloque
estes. Eles vão ser mais confortáveis.”

Ela franziu a testa. "Como você sabia que estes eram


meus, e onde você os encontrou?"

"Faça isso", ordenou, olhando com raiva.

Ela trocou os sapatos.

Kraven se inclinou para frente. "Bat? Olhe para mim."

Oh não, Dusti pensou, ele vai fazer essa merda


hipnotizadora sobre minha irmã novamente.

Sua boca se abriu para distrair Bat, mas Drantos caiu de


joelhos de repente, ficando em sua total atenção. Seu olhar
escuro fixo no dela e ela não conseguia desviar o olhar. Ele
falou baixinho para ela.

"Você vai se levantar, não vai dizer uma palavra, e vai


caminhar para a floresta comigo. Você não vai gritar ou
lutar. Você vai permanecer quieta até que eu diga para
fazer o contrário.”

Ela tentou abrir a boca para dizer-lhe para ir se foder, mas


ela não podia. Ela permaneceu em silêncio. Choque e terror
inundou sua mente quando ele agarrou sua mão, a
puxando para seus pés. Ele soltou de repente, e agarrou-a
117
para embrulhar o cobertor em torno dos ombros,
amarrando as pontas para criar um xale. Ele pegou a mão
dela mais uma vez puxou, e seu corpo lhe permitiu levá-la
para a floresta. Ela não podia sequer virar a cabeça para se
certificar se Kraven seguia com sua irmã.

Seu corpo parecia mover-se no piloto automático quando


ele não respondeu aos seus comandos. Ela entendeu como
era se sentir um fantoche. A morna e grande mão de
Drantos se manteve firme sobre a dela menor, enquanto
eles caminhavam lentamente para longe do acampamento.
Foi difícil até mesmo mover a cabeça para olhar para seus
pés. Ela tropeçou uma vez, o pé esbarrou em algo
doloroso, mas Drantos apenas a puxou para perto o
suficiente para colocar o braço em volta da cintura dela.

"Quanto tempo você acha que vai levar para os humanos


perceber que não estamos voltando?" Perguntou Kraven
atrás deles.

"Eu disse a eles que estávamos indo para dar uma olhada
ao redor para ver se há uma cabana nas proximidades. E
que levaria algumas horas, pelo menos, talvez leve até o
meio da tarde antes que eles comecem a se preocupar. Eles
estão feridos, em estado de choque e desorientados. Eu só
espero que nenhum deles invente de nos procurar na
floresta. Eu disse-lhes que não fizessem. Eu odiaria
qualquer um deles se aventure tão longe e se perca. Se
eles não estivessem feridos nós poderíamos ter limpado
suas memórias de nós, mas é muito arriscado para a
saúde, já frágil deles.”

"Sim. Eu sei. Eu me sinto como merda por deixá-los


sozinhos, sem proteção, mas eu afastei todos os
predadores tão longe quanto eu podia”.

"Eu misturei as folhas com a lenha, para fazer fumaça e


fogo suficiente para confundir a vida selvagem. Eles devem

118
confundir o cheiro com um incêndio florestal e seus
instintos vão fazê-los correr para longe da clareira.”

"É melhor que os aviões de busca os encontrem hoje."

Drantos suspirou. "Tenho certeza que eles vão. Decker vai


ficar sobre as equipes de resgate, pressionando a procurar,
juntamente com o envio de seus aplicadores para procurar.
Ele vai ficar frenético para encontrar Bat."

Será que Bat pode ouvi-los? Ciente de que eles estão


dizendo? Dusti esperava que sim. Ela com certeza escutou.
Ela odiava pensar no medo que sua irmã tinha que estar
sentindo naquele momento se ela estivesse ciente da
conversa, mas pelo menos agora elas estariam na mesma
"Estamos na merda" onde Drantos e Kraven estavam
preocupados.

O sol ficou mais alto, filtrando luz através da espessa


vegetação de árvores ao redor deles. O que quer que
Drantos tenha feito com ela começou a enfraquecer com o
tempo. Ela virou a cabeça para olhar por trás deles.

Kraven não estava segurando a mão de sua irmã, mas em


vez disso ele tinha a atirado sobre um ombro com um
cobertor enrolado em seu corpo. Ele encontrou seu olhar
com o cenho franzido.

"A sua está se libertando, mano."

"Eu estou ciente." Drantos parou de andar. "Ela é mais


forte do que eu pensava que fosse."

Dusti olhou para ele. "Pare de usar essa merda de controle


da mente em mim, porra."

"Eu não teria se você não lutasse comigo em cada


momento."

119
Ela virou a cabeça para olhar para Kraven. "Coloque Bat
para baixo." Ela notou que ele não parecia sem ar ou
suado, apesar do fato de que ele tinha carregado sua irmã.
"Ela está bem?"

"Ela está dormindo."

"Pare de fazer isso com ela!"

"Eu não estou fazendo nada, mas que carregá-la." Ele


deslizou a mão para baixo da perna de sua irmã para seus
pés, puxando o cobertor sobre eles. "Eu salvei seus
calcanhares. Ela teria quebrado o tornozelo nessas malditas
coisas e não conseguimos encontrar sapatos de seu
tamanho em meio aos destroços. O chão vai rasgar seus
pés se eu permitir que ela ande descalça, e deixar uma
trilha de sangue para os homens de Filmore seguir mais
facilmente.”

Drantos puxou suavemente no braço de Dusti. "Precisamos


nos manter em movimento."

"Não. Isto é pura insanidade. Devemos voltar e esperar


com os destroços a ajuda chegar." Ela acenou com a mão
na área em torno deles. "Você quer Bat e eu longe daqui e
de nosso avô? Bem. Eu concordo. Nos leve de volta e eu
vou ter quem nos encontre e um voo para o aeroporto.
Podemos estar fora do estado antes de conhecê-lo.”

"Decker só vai ir atrás de vocês."

"Vou morar com Bat por um tempo. Ela tem uma excelente
segurança no seu prédio. Nós estaremos seguras.”

"Sério?" Drantos rosnou. "Conte-me sobre sua segurança."

"Há alguns guardas armados no saguão 24\7. Você precisa


de um código para entrar no elevador para chegar até seu
andar. Ninguém pode chegar ao apartamento dela sem ela

120
permitir isso. Um dos guardas a chama quando eu visito e
em seguida, me acompanha até a porta.”

Drantos assentiu. "Guardas humanos. Aqueles que Decker


ou qualquer um de seus homens podem controlar a mente.
Eles só têm de caminhar, olhar para os guardas, e ordená-
los que o leve para você e sua irmã. Sua equipe de
segurança iria ficar lá enquanto vocês fossem levadas e
nunca vão lembrar o que aconteceu depois que ele for
embora. Você entende? Você não está segura lá. Os seres
humanos não podem protegê-las.”

Dusti a contragosto acreditou nele, desde que ele tinha


mostrado a ela o que ele poderia fazer várias vezes agora.
"Nós poderíamos ir para um hotel ou algo assim."

"Você acha que nós não sabemos como rastrear cartões de


crédito? Podemos viver além do seu mundo, mas nós não
somos idiotas. Decker iria rastrear Bat por suas finanças.
Hotéis custam dinheiro. Eles podem encontrar seus amigos,
se você acreditar que poderia se esconder com um deles.
Os seres humanos não podem mentir para um VampLycan.
Nós podemos forçá-los a dizer a verdade. Não há nenhum
lugar que poderia se esconder. Eles ia encontrá-las."

Dusti não estava disposta a desistir ainda. "Este não é o


caminho também. Tudo o que você vai fazer é nos
perdermos aqui e nós vamos morrer por exposição ou algo
assim.”

"Nós não vamos nos perder." Drantos parecia


irritantemente calmo. "Vocês estão mais seguras com a
gente do que em qualquer outro lugar."

"Mentira." Ela puxou forte sua mão, mas não conseguiu se


libertar. "E me deixe ir. Eu não quero que você me toque
depois da coisa esquisita que você fez na noite passada.

121
Será que você conseguiu me contaminar com um tipo de
droga?”

Ele suavemente rosnou.

"Calma", Kraven insistiu. "Agora não é um bom momento


para mostrar a ela quem está no comando. Precisamos
continuar. Nosso povo vai procurar por nós também. Eles
vão assumir que já deveríamos ter chego, não sabendo que
estas duas estão nos atrasando desde que você se recusa a
mudar de forma na frente de sua preciosa Dusti."

"Cale a boca", Drantos estalou.

"Eu estou apenas afirmando fatos. Eles vão esperar que nós
tivéssemos viajado mais rápido do que estamos.”

"Certo." Drantos atirou a Dusti um olhar irritado que


prometia que sua discussão não acabou apenas foi adiada.
"Vamos continuar. Eu estou esperando que nosso clã nos
encontre ao anoitecer. Eu não quero passar outra noite aqui
fora exposto, sem ajuda.”

"Você honestamente acha que alguém nos observando do


céu ..." Ela fez uma pausa. "Clã?"

"Sim." O olhar escuro de Drantos estreitou em alerta.


"Decker queria que vocês pousassem no pequeno aeroporto
porque todos os clãs viver dentro de algumas centenas de
milhas da área. Nós não estamos tão longe dele ou o nosso
povo. O avião quase chegou ao aeroporto. Fique em
silêncio e se mantenha caminhando.”

"Como você mesmo sabe para onde ir? Você reconhece


esta área?”

"Eu sei quanto tempo leva o voo e sim, eu estou


familiarizado com o território. Eu sei onde estamos e onde
precisamos ir. Agora, pare de enrolar e ande."

122
"Vá você mesmo." Ela empurrou em sua mão com mais
força. "Estou cansada. Estou farta. Acima de tudo, eu quero
que esse pesadelo termine. Eu não quero ter nada a ver
com você ou meu avô. Tire esse olhar louco-estranho, de
suas histórias mais loucas e apenas deixe Bat e eu aqui.”

Drantos rosnou. O som saiu terrível e animalesco. Ele


encarou-a, curvado, e puxou seu braço com força. Ela
engasgou quando caiu fora de equilíbrio e ele se inclinou
para frente. Ele colocou seu braço ao redor da parte de trás
de suas coxas enquanto ele se endireitou para lançar seu
corpo por cima do ombro. Drantos lançou seu pulso para
segurar as pernas e mantê-la no lugar curvada sobre ele.

"Vamos caminhar", Drantos ordenou. "Nós vamos fazer um


melhor tempo desta forma."

"Eu acho que nós deveríamos amordaçá-la. Ela é uma dor


na bunda quando fala.”

"Eu não quero machucá-la. Ela é minha."

Dusti bateu em Drantos com os punhos sobre seu traseiro


coberto, mas ele não pareceu notar os golpes. Ele só
retomou sua caminhada pela floresta. "Ponha-me no chão,
você é idiota! E eu não sou sua."

"Você não tem ideia." Kraven riu. "Não vejo a hora de você
ensinar-lhe quem está no comando, se nós estamos presos
aqui fora durante a noite. Talvez isso vai dar jeito."

"Eu duvido. Mãe sempre disse que nós éramos terríveis. Eu


estou supondo que este é castigo por todos os problemas
que temos causado."

"Oh maldição. Mamãe vai odiá-la. Ela queria algum tipo


submissa doce para você.”

"Estou mais preocupado com o pai. Ele vai ficar realmente


chateado com ela ser tão humana.”
123
"Merda", Kraven amaldiçoou. "É melhor esperar e conseguir
permissão antes. Ele pode proibir-lhe o direito de reclamá-
la.”

"Não é da conta dele."

"Ponha-me no chão! Você pode me ouvir, seu gigante


valentão?" Dusti balançou freneticamente, mas o seu poder
sobre ela apenas apertou. "Eu vou castrá-lo na primeira
chance que eu tiver."

Drantos rosnou e parou tão rapidamente que seu rosto


bateu em suas costas. Ela provou o couro de sua jaqueta.
Sua mão esquerda nas costas de suas coxas e ele bateu na
bunda dela uma vez, com força suficiente para fazê-la
gritar. Dor queimou na bochecha direita e as lágrimas
encheram seus olhos.

"Droga!", Ele gritou. "Me desculpe. Você acabou de me


irritar. Não me ameace com isso nunca mais."

Ele gentilmente esfregou a área que ele atingiu com a


palma da sua mão, massageando sua bunda. Ela relaxou
apenas ligeiramente quando a dor desapareceu. Ela piscou
as lágrimas.

"Você é um pedaço de merda abusivo."

Ele parou o movimento da mão. "Eu disse que eu sinto


muito." Sua voz saiu rouca. "Eu estou sob um monte de
estresse, mas eu não queria bater muito forte. Eu estou
tentando protegê-la, mas você está lutando e me
insultando a cada passo do caminho”.

"Eu quase sinto pena de você." Disse Kraven. "Eu nunca


vou provar uma mulher novamente se isso é o que o futuro
me reserva, quando eu encontrar a escolhida."

"Eu não tive a intenção de bater em você tão forte, Dusti."


Drantos esfregou sua bunda novamente. Ele retomou sua
124
caminhada em ritmo acelerado. "Eu esqueci o quanto você
é humana. Se você fosse mais VampLycan, teria sido
apenas irritante em vez de causar-lhe qualquer dor. Eu vou
ter cuidado com a minha força a partir de agora. Sinto
muito, querida."

Dusti cerrou os dentes por um bom minuto, mas depois


perdeu a paciência. Ela nunca tinha sido boa em reter seus
sentimentos. "Não me chame assim de novo e mantenha
essas suas mãos de urso longe da minha bunda. Você tem
que dormir em algum momento. Lembre-se, porque eu
vou.”

"Eu acredito que é uma ameaça." Kraven riu abertamente.


"Porra, eu quase te invejo. Ela tem fogo por ser tão
malditamente ignorante.”

"Cale-se."

"Sim." Dusti odiava a concordar com Drantos sobre


qualquer coisa. "Cale-se, irmão do psicopata. E mantenha
suas mãos de urso longe da bunda da minha irmã. Se você
acertar Bat quando ela lhe der o inferno, você pode
considerar-se avisado também. Eu vou dar o troco." Ela
respirou fundo. "E parar de brincar com a minha bunda,
Drantos!"

Ele parou de esfregar a palma da mão sobre a saia, mas ele


manteve os dedos envolvidos em volta da curva de seu
bumbum. Ela sabia que ele fez isso para irritá-la. Ela fechou
os olhos, seu corpo batendo e balançando por cima do
ombro.

"Iria ser bom se eu vomitar em sua jaqueta de couro bonita


e para baixo de sua calça jeans. Aposto que não seria
divertido ter naquelas botas sujas também.”

"Você faz isso e eu vou espancar o outro lado."

125
"Idiota."

"Pronto para amordaçá-la?" Kraven apareceu ao lado deles.


"Estou disposto a desistir de uma meia por essa causa."

Drantos bufou. "Isso iria matá-la. Eu não quero nem estar


na mesma sala com você quando você tirar suas botas
depois de ter usado elas por um tempo. Mantenha suas
meias malditas para si mesmo e pare de irritá-la ainda
mais."

"Eu não acredito que ela precise de alguma ajuda com isso.
Ela não parece gostar de você.”

"Ela vai quando estivermos seguros."

"Você está sonhando, mano."

"Cale a boca", Drantos rosnou. "Preste atenção ao nosso


redor. Eu estou cheirando urso.”

Kraven cheirou. "Merda. É mais do que um. A última coisa


que precisamos é correr de alguns deles esta época do ano.
Eles vão estar com fome.”

"É melhor você não colocar Bat e eu em perigo", ela


retrucou. "Este era o seu plano louco para deixar o local do
acidente. Tínhamos fogo e as pessoas lá. Eu não me
importo se vocês dois são comidos, mas minha irmã e eu é
melhor não nos tornarmos o jantar para um urso."

Drantos esfregou sua bunda novamente. "Você vai ser uma


boa refeição, mas não vai ser um urso colocando sua boca
em você, querida."

"O que diabos isso significa?"

Dusti cerrou os dentes quando entendeu ele estava fazendo


outra insinuação sexual. Que idiota. "Isso nunca vai
acontecer", ela jurou.

126
"Vai", prometeu. "Em breve."

"Ouça-se, seu filho da put..."

"Chega disso, vocês dois. Não temos tempo para uma


discussão. Pare com insultos, Drantos. Devemos nos
separar aqui”, murmurou Kraven. "Isso vai dobrar nossas
chances de achar nosso clã. O que você acha?"

"Boa ideia. Você pode ir um pouco para a esquerda e eu


vou ir para a direita”.

Dusti em pânico. "Minha irmã e eu vamos ficar juntas."

"Você vai estar com ela em breve." Drantos suspirou alto.


"Mantenha-se a apenas uma milha de distância. Nós vamos
cobrir mais terreno dessa forma. Quem encontrar alguém
do nosso clã em primeiro lugar vai saber onde procurar o
outro e ainda estar perto o suficiente para ouvir se um de
nós entrar em apuros."

"Boa ideia" concordou Kraven.

"Nós vamos fazer um acampamento no rio para comer e ter


uma pequena pausa antes de continuar. O que acha disso?"

"Com Bat ainda dormindo, então eu vou continuar por tanto


tempo quanto eu puder."

"Isso vai colocar mais distância entre nós e nós precisamos


fazer jangadas. Elas podem ficar doentes de outra forma.”

"Certo." Kraven fez uma pausa. "Eu só quero entregar esse


presente para outra pessoa o mais rapidamente possível.
Ela é irritante quando ela está acordada.”

"Você não pode mantê-la inconsciente por muito tempo."

"Entendi. Ela vai precisar de comida. Nós dois vamos fazer


uma pausa quando chegarmos ao rio. Não deve demorar
mais do que algumas horas para caçar um pouco de

127
comida, cozinhar, e construir uma jangada. Então nós
vamos sair novamente. O que acha?"

"Parece bom."

"Ok. Temos um plano.”

Dusti virou a cabeça, horrorizada enquanto ela observava


impotente Kraven ir a pé com sua irmã jogada por cima do
ombro.

"Faça-o voltar com Bat! Por favor?”, Ela implorou Drantos.

"Ela vai estar segura. Nossas chances de sermos


encontrados são melhores, se estivermos em dois lugares.
Vamos enviar ajuda para eles ou eles vão enviar para nós
dois, se ele encontrar nosso clã primeiro.”

128
Capitulo Cinco
“Por favor, me coloque para baixo. Eu preciso ir ao
banheiro e eu acho que a minha cabeça está prestes a
explodir de tão cheia de sangue.” Dusti não esperava que
Drantos a ouvisse. Ele não tinha feito durante toda a
manhã enquanto eles marcharam através das arvores.
"Lembra-se da ameaça de vomitar? Como você se sentiria
sobre problemas de bexiga? Eu posso ouvir a água e está
ficando pior.”

“Isso é porque nós alcançamos o rio. Podemos fazer uma


pequena pausa.”

Drantos parou e se curvou. Dusti teve que agarrar a sua


jaqueta de couro quando ele a colocou em seus pés. A
tontura deixou suas pernas trêmulas que sofreram alguma
dormência por estar na mesma posição por muito tempo.
Suas grandes mãos quentes enjaulando em seus quadris
para ajudar a mantê-la estável.

Ela ergueu o queixo para olhar em seus olhos. Se ela não


estivesse enganada, ela viu preocupação lá.

“Você está bem?"

“Não" passou a tontura. “Você me manteve de cabeça para


baixo por horas."

“Precisávamos agir rapidamente para colocar distância


entre nós e o avião." Ele franziu a testa, estudando-a.
“Você não parece tão bem.”

“Eu não me sinto tão aquecida."

129
Ele abriu seu casaco e enfiou a mão dentro, retirando uma
de suas injeções. “Você precisa disso?"

Ela tinha esquecido sobre elas com todo o estresse que ela
tem passado. É evidente que ele não o fez, no entanto.
“Provavelmente."

Sua sobrancelha arqueou. “Você tem certeza?"

“Eu estava em um acidente de avião e eu fui sequestrada.


Eu não tenho certeza se a tontura é de você me carregar
ou da coisa hipnotizante que você fez, ou se a minha
anemia está agindo sobre mim.”

“Sente-se."

Ela olhou em volta e viu uma pedra do tamanho de um


punho nas proximidades. Ela sentou-se, se sentindo um
pouco melhor que havia uma arma em vista se ela
precisasse de uma. Drantos se agachou na frente dela. Ele
removeu a tampa, franzindo a testa para a agulha.
“Quantas vezes você tem que tomar destas normalmente?”

“Depende. Às vezes eu posso esperar alguns dias, até um


máximo de uma semana. Em outros momentos, todos os
dias. Meu médico me disse para tomar uma a cada dois
dias, mas eu odeio agulhas, então eu o evito quando posso.
Eu costumo ter certeza comer refeições bem equilibradas.
Isso ajuda muito. O estresse também pode ativá-lo e torná-
lo muito ruim. Eu diria que provavelmente preciso de uma,
agora que eu estou pensando sobre isso”.

Ele ofereceu a ela. Ela pegou e olhou para ele. “Você trouxe
toda a minha frasqueira?”

“Não. Não caberia dentro do meu bolso.”

“Será que você pegou os pacotes de álcool?"

“Não. Eu não vi sua irmã usar um em você.”

130
“Isso é porque Bat estava assustada após o acidente e não
pensou em linha reta." Ela puxou a saia um pouco,
torcendo suas pernas para manter sua modéstia no lugar
por revelar apenas a parte superior de sua coxa ao lado.
Ela injetou na área carnuda e fez uma careta. “Eu espero
que eu não pegue uma infecção por não limpar a pele
primeiro."

Ele pegou a seringa dela e cheirou.

“O que você está fazendo?”

“Tentando descobrir o que é. Eles não são rotuladas. Eu


olhei elas e não achei.”

“É o meu medicamento. É chamado de Bord-orallis7”.

“Eu nunca ouvi sobre isso."

“Eu não estou surpresa. É uma doença rara."

Ele o tampou e empurrou-o de volta no bolso. Ele retirou


outra seringa. “Eu acho que você herdou de sua avó. Você
sabe, essa anemia que você sofre? Enquanto você cheira
como puramente humana, você não é. Sua avó herdou
traços mais de Vampiro que Lycan. Seu corpo está faminto
por uma fonte de sangue."

Isso não era engraçado no mínimo, para Dusti. “Um monte


de pessoas têm anemia."

7- Bord-orallis, nome que dado ao medicamento de uso


único para Dusti.

“Tenho certeza que eles têm, mas a sua é facilmente


curada se você começar a beber sangue fresco. Eu posso
provar o que estou lhe dizendo.”

“Como? Eu não estou bebendo sangue.”

131
“Nós poderíamos testar."

“Esqueça."

Drantos removeu uma seringa do bolso. Ele a quebrou ao


meio e Dusti engasgou, observando o derramamento do
medicamento no chão entre suas coxas abertas, onde ele
se agachou. Ele cheirou o conteúdo das duas peças que ele
segurava.

"O que há de errado com você? Eu não tenho muitas!”

"Nós podemos obter-lhe mais, uma vez que chegarmos ao


meu clã. Eu, pessoalmente, vou mandar alguém preencher
a sua receita e buscarem em uma das grandes cidades”.

"Você não pode simplesmente comprar em uma farmácia!"

"O que isso significa?"

"Apenas uma empresa produz esse remédio e ela é enviada


diretamente para o escritório do meu médico, porque não
há muitas pessoas que necessitem dele. Farmácias não a
estocam.”

Seus olhos se estreitaram e ele levantou o frasco quebrado


à boca. Ele mostrou a língua e permitiu um pouco escorrer
para a ponta do mesmo. Dusti agarrou sua mão, tentando
fazê-lo parar.

"Você é louco? Não faça isso. Pode deixá-lo doente!”

Ele puxou a língua para trás em sua boca e selou os lábios.


Ele fechou os olhos. Eles abriram quase imediatamente e
ele parecia realmente irritado.

"O gosto é ruim, não é? Serve-lhe de razão. Você pode não


destruir o resto dos meus medicamentos, por favor?”

De repente, ele se levantou. "Eu suponho que este seu


médico que conhecia a sua mãe?"

132
"Claro que sim. Eu vi o Dr. Brent toda a minha vida. Ele é o
nosso médico de família.”

"Filho da puta." Ele se afastou. "Eu tinha razão."

Ela se levantou, já se sentindo muito melhor. "Sobre o


quê?"

Ele se manteve de costas para ela. "Nós discutiremos isso


mais tarde."

"Eu odeio quando você faz isso."

"Faço o quê?" Ele se virou.

"Faz alguma declaração estranha que não faz sentido e, em


seguida, larga isso. Ou explique o que você quer dizer ou
não fale nada".

"Ótimo."

Ela esperou que ele dissesse mais alguma coisa, mas ele
apenas observava. Seu temperamento ferveu. "Deixe
minhas vacinas em paz. Não quebre mais nada." Ela olhou
ao redor. "Onde está minha irmã?”

"Por perto. Não se preocupe. Ela está segura. Nós teríamos


ouvido se eles estivessem em apuros”.

"Lá vai você de novo. É chato. O que isso significa? Como


poderíamos saber? Nós não podemos vê-los”.

"Nós ouviríamos se houvesse problemas." Em seguida, ele


caminhou até a beira do rio.

Ela olhou ao redor de novo, só vendo um monte de


arvores. Era tentador ir procurar por Bat, mas havia ursos
em algum lugar lá fora. Ela não estava prestes a esquecer
disso em breve, e ela se aproximou do lado de Drantos,
indo descendo em suas mãos e joelhos. "Você acha que é

133
seguro para beber? Eu não quero contrair alguma doença
parasitária.”

"Continue. Você não vai."

Ela segurou as duas mãos na água gelada, encolhendo-se


em como estava frio, mas trouxe-a aos lábios.

Ela pingou sobre suas roupas, mas ela não se importou


quando ela engoliu grandes goles degustando da água
fresca.

"Calma", Drantos ordenou suavemente. "Você não quer


ficar doente por beber muito rápido."

Ele caiu de joelhos ao lado dela, imitou sua posição, e


tomou um gole do rio. Ela virou a cabeça para vê-lo beber
até que ele esteve satisfeito. Ele inclinou a cabeça para
encontrar seu olhar.

A beleza de seus olhos a golpeou duramente. Eles eram


azuis tão escuros que quase eram pretos. A luz do sol
refletida na água, batendo em sua íris suficiente para
revelar as manchas de ouro que ela havia notado antes,
parecendo destacá-los. Seus negros, cílios longos eram tão
espessos que ela sentiu um pouco de inveja, e eles só o
faziam mais atraente.

Memórias dele tocando-a na noite anterior repentinamente


inundando sua mente. A vontade de acariciar sua pele era
quase esmagadora, mas ela lutou. Não fazia sentido estar
tão atraída por ele.

Claro, ele parecia melhor a cada segundo, mas ele a raptou


e lhe contou histórias malucas sobre criaturas míticas que
ela não queria acreditar que existem. Aquela coisa que ele
fez com os seus olhos não podia ser esquecida também.

"Eu tenho algumas perguntas e eu quero respostas. O que


você fez para mim na noite passada?”
134
"Agora não é o momento de ter essa discussão."

Ela apertou os dentes. "Você é o único que me forçou a


deixar o local do acidente com você. O mínimo que pode
fazer é me dizer o que eu quero saber. Será que você me
de drogou ou algo assim?”

Sua expressão se suavizou. "Não."

"Você é atraente. Eu vou te dar isso, mas isso foi..." Ela


não tinha certeza de como descrevê-lo.

"Poderoso", ele murmurou. "Intenso."

Ela hesitou. "O que você fez comigo ontem à noite para me
fazer te querer tanto?"

"Beba mais água. Eu não quero que você fique


desidratada." Ele quebrou o contato visual e olhou para o
céu.

"Nós precisamos comer e nos mover novamente em breve."

Ele não iria discutir o assunto. Irritava-a. "Certo. Cale a


boca e fique mais lenta. Entendi. Você não se importa se
estou confusa ou assustada.”

Ele olhou para ela e franziu a testa. "Eu me importo."

Essas três palavras ele falou em um sussurro perto de


Dusti. Ela quase podia jurar que ele queria dizer-lhe isso
mesmo, considerando o olhar intenso que ele lhe deu.
Drantos era um homem bonito, dessa forma super-
masculino que qualquer mulher gostaria de chamar de seu.
Ela odiava perceber que ela não podia ajudá-lo. Seu olhar
caiu para seu peito e braços. Ele também estava realmente
em forma e era musculoso.

"Pare de olhar para mim desse jeito, querida. Caso


contrário, eu vou esquecer o peixe e apenas comer você.
Este não é o momento ou o lugar para isso. Você vai ter
135
que esperar até chegarmos a minha casa. Esta é apenas
uma pequena pausa.”

Suas palavras a surpreenderam e pareceram como uma


bofetada verbal. Ela empurrou seu olhar para cima,
segurando seu.

"Perdoe-me?"

"Você estava me olhando como se eu estivesse no menu."


Ele sorriu. "Segure esse pensamento até que estejamos em
algum lugar com uma cama."

"Não, eu não estava. Eu só estava pensando como é triste


que para um cara tão bonito, você é apenas um pedaço de
giz de cera em um arco-íris.”

Sua diversão desapareceu rapidamente. "O que diabos isso


significa?"

"Isso significa que você aparenta ser realmente bom à


primeira vista, mas depois que você vê sua imagem
completa, você percebe que algo está faltando. Como sua
sanidade. Você é louco se pensa que eu quero fazer sexo
com você."

Drantos balançou a cabeça e seu olhar suavizou enquanto


ele continuou a observá-la. "Espero um pedido de
desculpas por todos os insultos que você vem me dando
quando você perceber a verdade sobre o que somos um
para o outro."

Diversão de repente brilhou em seu olhar, combinando com


o sorriso largo que se espalhou pelo seu rosto, um lembrete
de quão bonito ele poderia ser. "Você pode pedir a mim de
joelhos."

Seu olhar baixou em seu corpo para frente de sua calça


jeans. Ela não podia perder o contorno de seu pênis

136
excitado. Ela franziu a testa em resposta, recusando-se a
permitir-lhe intimidá-la.

"O dia em que eu chupar você, será o dia que você vai se
transformar em um eunuco. Nós estamos entendidos? " Ela
estalou os dentes contra ele para fazer claro o significado.

"Não ameace morder alguém, a menos que você queira ser


mordida de volta - e querida, eu tenho dentes mais
nítidos."

"Pare de me chamar assim. Eu não gosto de você."

Ele olhou. "Vá ao banheiro."

Ela se levantou e se dirigiu com cuidado mais


profundamente dentro da floresta querendo encontrar um
local seguro para esvaziar sua bexiga. O medo de ursos e
outros animais a fez fazer o seu negócio rápido antes de
voltar à pequena clareira ao lado da água para lavar as
mãos no rio.

Drantos não estava no lugar onde ela o deixou, e uma


varredura rápida olhando em torno não mostrou qualquer
sinal dele.

Seu coração acelerou com o choque de medo de que ele


poderia tê-la abandonado. Ele parecia louco quando ela
saiu antes.

Um ruído a fez saltar e ela enfrentou o som de salpicos. A


cabeça de Drantos bateu para fora da água quando ele se
levantou cerca de 10 pés a partir do banco. Dusti sufocou
abertamente com a visão de suas costas largas e morenas.
Ele tirou a camisa para expor seu corpo musculoso. O cara
obviamente pertencia a uma academia, ele claramente
trabalhou um monte para ter ganhado aqueles bíceps
espessos. Ela tinha visto fisiculturistas em sua própria

137
academia com menos massa muscular. Ela teve que fechar
a boca que tinha caído aberta.

Ele virou a cabeça, parecendo senti-la lá. Seu olhar


encontrou o dela.

"Agora é o momento de fazer você tirar a roupa e usar a


água para ficar limpa. Basta espirrar-se com água. Estou
prestes a fazer uma fogueira para cozinhar a refeição."

"Não, obrigada." De jeito nenhum ela iria remover qualquer


de suas roupas para um banho de esponja na frente dele.

Ele encolheu aqueles ombros largos impressionantes dele


antes de vadear mais fundo na água, até às axilas. Ele
respirou fundo de empurrar-se com as pernas. Sua
elegante pele, molhada mostrou-se quando ele se levantou
para mergulhar no rio. Dusti engasgou quando viu um flash
nu, de seu traseiro musculoso antes de desaparecer sob a
água completamente.

Ela se afastou, recusando-se a ver aquela visão novamente.


Isso foi quando viu suas roupas cuidadosamente dobradas.

Ele as deixou perto de um pequeno arbusto por onde ela


passou direto quando ela deixou a linha de árvores. Um par
de cuecas pretas estava no topo da pilha.

Água espirrou atrás dela e ela ficou tensa. Ele estava,


provavelmente, mostrando seu corpo novamente. A água
fria bateu nela e ela engasgou, girando ao redor. Drantos
ficou na água na altura da cintura e sorriu. Ele balançou
seu cabelo novamente, mais gotas do rio golpeando sua
pele.

"Pare com isso."

Ele sorriu mais amplo. "Será que eu te molhei? Essa não


iria ser a primeira vez, não é?”

138
As palavras afundaram. Ele estava se referindo à noite
anterior, quando ela tinha perdido sua mente. "Você é tão
rude, e isso foi desnecessário."

"Foi? Isso é para sua observação sobre gizes de cera. Seja


feliz, eu não ando por ali, tirando as roupas, e lembre-se o
quanto você me quer. Kraven não está aqui desta vez para
me impedir de terminar o que comecei."

Ela queria bater nele. Ele estava propositadamente sendo


um idiota. Dois podiam jogar esse jogo. "Continue sendo
um idiota e eu poderia atirar suas roupas no rio com você."

Sua diversão morreu. "Eu não iria recomendar. Não me


irrite mais do que já estou, querida. Você já me insultou.
Molhe minhas roupas e todas as apostas estão fora sobre o
que eu farei como vingança.”

Seu tom implicava uma ameaça. "Ótimo. Você não é louco.


Tudo o que você me disse é verdade. Prove para mim
então. Se transforme em um cão. Lobisomens não fazem
isso? Seu irmão disse algo sobre mudar de forma. Mostre-
me."

"Você ficaria aterrorizada e fugiria de mim. Essa é a última


coisa que eu quero.”

"Certo. Como se eu estivesse aqui atualmente porque eu


me ofereci para estar. O que você vai fazer se eu atirar as
suas roupas no rio? Sugar meu sangue? Eu não esqueci que
você disse que também é um vampiro.”

"Droga, Dusti."

"Droga, você!" Ela estava cansada de viver com medo e


sua vida tinha virado um inferno desde o momento em que
ela tinha posto os olhos em Drantos. Ele apareceu ao lado
de sua cadeira, e então o avião caiu, e agora ela estava no

139
meio do deserto preocupada com sua irmã. "Eu quero a
minha irmã e eu quero ir para casa!"

Sua expressão se suavizou. "Eu sei que você quer. Eu


pegarei alguns peixes e nós iremos comer. Você vai se
sentir melhor com a barriga cheia. Façamos uma trégua por
enquanto. Eu poderia usar sua ajuda."

"Eu vou me sentir melhor quando ver Bat e estarmos no


nosso caminho de volta para a Califórnia." Ela olhou para
seu peito nu. Seus mamilos estavam duros como seixos.
"Eu não vou entrar ai. Parece frio."

"E é. Eu só quis dizer que eu vou pegar alguns peixes e eu


quero que você os impeça de se jogar de volta para o rio
uma vez que eu os jogue na beirada. Isso é tudo." Ele fez
uma pausa. "Você vai ver sua irmã em breve. Eu prometo
que Kraven a está mantendo segura. Eles estão
provavelmente para baixo no rio e já comeram."

Ela esperava que sim. "Tudo bem. Deixe-me ver você pegar
os peixes. Onde está sua vara?”

Ele sorriu e deu alguns passos mais perto dela, revelando


mais de seu corpo. "Eu mostrarei a você."

Ela virou-se para dar-lhe as costas quando ela viu seus


quadris. "Você esta nu. Eu não estou olhando."

Ele riu. "Eu pensei que você quisesse ver a minha vara."

Ela apertou as mãos em punhos em seus lados. "Isso não


foi o que eu quis dizer e você sabe disso."

"Eu tinha esperanças", ele murmurou.

Ela se virou. Ele não tinha exposto mais do que apenas sua
parte superior do corpo e seu baixo ventre. Ele tinha o
melhor corpo que ela já havia visto. Irritava-a perceber
isso. Ele olhou para ela por um momento, mas depois

140
virou, andando mais fundo no rio. Ela observou a forma
como ele se movia, flexionando seus músculos quando ele
levantou os braços e, em seguida, mergulhou de volta. Sua
parte inferior do corpo à tona, mostrando seu belo rabo
novamente. Ele desapareceu sob a água completamente.

Primal e bonito. Essas foram as duas palavras que lhe veio


à cabeça para descrever como ele parecia. Sexy,
acrescentou. Sua frequência cardíaca aumentou
subitamente com a lembrança da noite anterior, e ela
apertou os dentes. Graças a Deus Kraven nos separou.

Ela teve que admitir que ela queria Drantos tão ruim, que
ela doeu por ele por horas. Eu perdi minha mente. Eu bati
quando o avião caiu. Isso tinha que explicar por que estava
atraída por ele.

"Pronta?"

Sua voz a deixou, consciente que sua mente havia se


afastado com seus pensamentos. Ela encontrou seu olhar
onde ele estava na água do rio na altura da cintura. Ele
levantou um peixe grande se debatendo para mostrar a ela.
De alguma forma ele pegou um peixe do tamanho de um
monstro com as próprias mãos. Isso não devia tê-la
surpreendido, mas ele fez, ele tinha uma maneira de fazer
isso com ela muitas vezes.

"Eu vou atirá-lo para a margem. Certifique-se de que não


pule de volta na água. Eu acho que mais cinco e nós
estaremos bem. Se você deixar um fugir” ele sorriu, "Esse
dai era seu".

Ele lançou o peixe direto para ela.

O peixe bateu no chão na frente dela, estava atordoada por


alguns segundos, e então começou a se debater em torno
na grama. Ela mordeu de volta uma maldição e se lançou
para impedi-lo de ficar perto da borda da água.

141
A simpatia aumentou dentro dela pela pobre coisa, mas a
fome venceu.

"Desculpe amigo. Você é o jantar.”

"O que?"

Ela virou a cabeça para olhar para Drantos. "Eu estava


conversando com o peixe."

"E você acha que eu sou o único louco." Ele mergulhou de


volta sob a superfície.

"Idiota."

Ele pegou todos os seis peixes em uma quantidade rápida


de tempo, jogando a cada um, e, em seguida, começou a
caminhar até a praia. Dusti o presenteou com as costas
novamente quando ele saiu da água, para dar-lhe
privacidade enquanto se vestia. Ela resistiu à tentação de
olhar por cima do ombro e esgueirar um vislumbre do
corpo incrível que ele tinha, e ele permaneceu em silêncio
até que ele se aproximou dela, completamente vestido,
pairando ao seu lado.

"Nós vamos ter que montar um acampamento temporário.


Vai ser arriscado acender uma fogueira o tempo suficiente
para cozinhar estes, mas temos de seguir em frente de
qualquer maneira."

Ela olhou para ele. "Você sabe que é estranho que você
possa pescar com as mãos nuas, certo? Isso é uma coisa
do Alasca?”

"Não, mas você não acredita em mim quando eu lhe digo o


que eu sou."

"Eu lhe pedi para se transformar em um cão para provar o


que você disse, mas você não faria isso." Ela achou que
isso fosse calá-lo sobre seus delírios.

142
"Você não está pronta para isso ainda."

"Certo. Eu só estava brincando. Como se você realmente


pudesse." Ela revirou os olhos. "Como você sempre tem
uma desculpa?"

"Você já está com medo de mim. Você ficaria aterrorizada e


lutaria comigo ainda mais se eu lhe mostrasse como eu
pareço em forma de "cão", como você chamou. Eu
realmente não pareço como um. Sou muito maior e mais
assustador.”.

"Eu teria corrido para longe de você quando você estava na


água se eu pensasse que eu tivesse uma chance de
sobreviver sem você. Estou presa."

"Você correria. Confie em mim. Isso provavelmente a


mataria. Vou esperar até que seja seguro para lhe dar a
prova. Vamos." Ele se inclinou, pegando o peixe. "Vê
aquelas rochas um pouco para baixo no caminho? Vamos
ficar lá. É suficientemente longe das arvores para não
correr o risco do fogo se espalhar e eu posso usá-las para
construir uma pequena fogueira."

"Você precisa de ajuda para levá-los?"

"Não."

"Bom. Eu não gosto de grandes coisas molhadas." Ela


queria gemer no segundo que as palavras saíram de sua
boca, a memória do corpo nu de Drantos piscando em sua
mente.

"Sério?" Ele inclinou-se, facilmente pegando a meia-dúzia


de peixes em suas mãos grandes. "Eu mesmo gosto de
coisas pequenas molhadas." Ele olhou diretamente para ela
quando ele se endireitou.

"Ok", ela suspirou. "Vamos parar por ai com essa conversa.


Eu totalmente não quis dizer isso na forma de uma
143
insinuação sexual quando eu disse isso." Ela se afastou dele
indo na direção de onde ele queria ir.

"Eu quis", ele gritou.

"Eu entendi."

Ele a deixava louca. Ele tinha sorte, que ela foi a única a
ficar presa com ele e não sua irmã. Bat provavelmente o
teria matado por agora.

A preocupação veio à tona. Ela esperava que Bat não


tivesse matado Kraven, ou vice-versa, onde quer que
estejam. Ela diminuiu o passo, esperando Drantos alcançá-
la. Ele colocou o peixe em um pedaço de musgo e começou
a trabalhar na construção de uma fogueira. Suas
habilidades a impressionava quando ele fez um pequeno
buraco com pedras e galhos.

"Como é que você pretende começar essa fogueira? Você


foi um escoteiro?”

Ele enfiou a mão no casaco, retirando um isqueiro. Um


sorriso se espalhou seus lábios. "Eu poderia começar um
sem isso, mas é mais fácil."

"Bom." Ela teve que admitir que tivesse com fome. Peixe
não era o seu favorito, mas ela não iria reclamar. "Eu
espero que você saiba como limpá-los. Eu não."

O fogo ardia enquanto ele acrescentou alguns galhos


maiores. "Eu posso. Eu tenho uma faca na bota.”

Ela tinha quase esquecido sobre isso, e ela ainda se


perguntava como ele conseguiu passar através da
segurança e entrar no avião. O truque hipnótico dos olhos
misteriosos dele foi provavelmente à razão. Ele alimentou
mais o fogo até que ficou grande e começou a trabalhar na
limpeza dos peixes usando uma pedra semi plana como
uma mesa. Haviam muitas delas jogadas pelo chão.
144
"Será que o seu irmão alimentou a minha irmã?"

"Ele vai cuidar dela."

Ela só podia esperar que fosse verdade. "O que você vai
fazer conosco uma vez que sairmos daqui?" Se nós
sairmos. Ela olhou ao redor da área densamente
arborizada, esperando que eles não morressem. Animais
poderiam matá-los ou eles poderiam se perder,
eventualmente, sucumbir aos elementos.

“Você estará segura em nossa aldeia. Decker não ousaria


invadir e tentar agarrar qualquer uma de vocês.”

"Se encontrar esta aldeia." Se ela existir além de qualquer


lugar fora de sua cabeça. "Meu avô não vai querer me
encontrar. Eu não estava brincando sobre o quanto nós não
nos demos bem ao longo das poucas vezes que eu vi. Ele
deu um inferno a Bat quando ela mencionou me trazer
nesta viagem com ela.” Memórias de ser uma jovem
sentindo-se rejeitada vieram à tona. Ainda doía um pouco,
mas quando ela havia crescido isso se transformou em
raiva. “Ele é um idiota."

Drantos fez uma pausa em cortar o peixe e olhou para ela


com uma careta. "Não leve isso para o lado pessoal. Ele é
frio por dentro. Ele não pôde nem mesmo ter sentimentos
por sua própria companheira.”

"Seu irmão me contou mais sobre como ele tem algum


plano maligno para matar um monte de VampLycans e
governar os sobreviventes."

"Ele é perigoso e ganancioso. Ele não ficará feliz até que


tenha destruído muitas vidas e controlado tudo ao seu
redor.”

145
"Eu não gosto nem um pouco, mas ele parecia ser apenas
um verme. Eu acho que você está dando a ele muito
crédito."

"Ele governa seu clã com brutalidade e medo."

"Por que eles iriam ficar por isso? O que é um clã,


exatamente? E você vive em uma aldeia? Como em, uma
vila de pescadores?” Isso explicaria como ele era tão bom
em pegar o jantar se ele tivesse sido criado por pescadores.

"O nosso clã é composto por um grupo de VampLycans e


um número muito pequeno de Lycans. Alguns de nós estão
relacionados, a maioria de nós não estão. Nós vivemos
juntos, porque há segurança quando em maior número.
Não é uma vila de pescadores. Ela se parece muito com
esta área arborizada." Ele deu de ombros, seu foco de volta
em preparar seu jantar. "Aldeia ou cidade, é a mesma
coisa. Eu pensei que você não acreditaria em qualquer
coisa que eu tivesse a dizer?”

"Eu não, mas eu estou entediada. Conte-me mais."

Ele arqueou uma sobrancelha quando ele fez uma pausa


em cortar o peixe novamente. Ele finalmente olhou para
baixo, e voltou ao trabalho. "As leis são importantes em um
clã. Eles não são uma democracia. Cada clã tem um líder e
um grupo com seus executores de confiança para realizar
essas leis. Executores são os lutadores mais fortes. Decker
mantém o seu povo na linha com o medo e assassinando
qualquer um que ouse desafiar ou questionar suas ordens."

"Então ele é um ditador com um exército vicioso à sua


disposição?"

"Um pequeno, mas letal. É também sobre tradições. Todo


mundo em um clã jurou aliança e obedecer ao líder do clã e
suas regras. Seria desonroso quebrar um juramento.”

146
"Mesmo se ele estiver errado?"

Drantos suspirou. "Mesmo assim."

"Isso é estúpido."

"Eu concordo até certo ponto." Ele olhou para ela


novamente. "Você tem seus caminhos, e nós temos a
nossos. Nós seguimos nossos líderes de clãs e as leis que
eles estabelecem. É apenas a maneira como é feito."

"Ainda é estúpido."

"Estou certo que há algumas leis ou regras em seu mundo


que você não gosta ou concorda. Você ainda assim as
segue. Por quê?"

"Eu não quero que minha irmã tenha que me afiançar para
fora da cadeia e, em seguida, pedir-lhe para me defender
em um tribunal. Eu nunca quero ir para a prisão."

"Cadeia ou prisão seria a menor de suas preocupações se


alguém em um clã for contra o seu líder. Seus executores
iriam matá-los como punição.”

"Fantástico." Ela esperava que seu sarcasmo fosse claro.


"Por que ele não está na prisão se ele tem assassinado
pessoas?"

"Nós não vivemos de acordo com suas leis."

"Todo mundo tem que fazer. Você vive nesta realidade,


certo? Ou será que estamos de volta a esse cenário de
outra dimensão?”

"Os seres humanos não vivem em nossa aldeia. Mantemos-


nos separados deles, tanto quanto possível. Eles não estão
conscientes do que se passa com o nosso povo. Sua
aplicação da lei não tem nenhuma maneira de saber quem
é morto ou por que.”

147
“Eu estou tentando imaginar este mundo que você está me
falando, mas é difícil", ela admitiu. "Por que eles não
apenas param de votar em Decker para liderá-los, se eles
não estão felizes de tê-lo no controle?"

"Ele não foi eleito. Ele assumiu o lugar de seu pai quando
ele atingiu a maturidade e ninguém lutou com ele até a
morte para tomar sua posição. Decker tem a lealdade de
seus executores. Pense nisso como um de seus barões da
droga com um bando de bandidos que tomam quaisquer
pessoas na cidade que querem fazer a tirania. Membros de
seu clã não são sequer autorizados a sair. Ele os mata
primeiro ou pune a família que deixaram para trás. Eles
estão presos, e eles nos enviam avisos quando o possível
para impedi-lo de iniciar uma guerra de clãs. Nós
estávamos no aeroporto procurando por você depois que
ouvimos que duas mulheres tinham sido enviadas por
Decker, e você o ajudaria a realizar essa guerra. Nossos
espiões nos informaram da sua rota de viagem, mas não
conseguiram obter os seus nomes ou por que ele precisava
de vocês. Nós só estivemos certos de quem vocês eram
depois que vocês embarcarem no segundo avião".

"Você tem espiões?"

"Todos os quatro dos nossos clãs são misturados em


conjunto por algumas linhagens. Nem todo mundo que está
no clã de Decker concorda com o que ele faz. Eles enviam
avisos para as suas famílias se ouvem falar de qualquer
coisa que possa ameaçá-los. Eles não querem ir para a
guerra com os irmãos, pais, ou primos."

Dusti ponderou, decidindo deixar essa parte de sua história


passar. "Havia outras mulheres nesse avião. Porque vocês
não as pegaram?”

148
"Você e sua irmã eram as únicas mulheres que viajavam
juntas. Fazia sentido para nós que vocês tinham que ser as
únicas.”

"Eu ainda não entendo por que ele quer Bat tanto assim."

"Eu te disse."

"Diga-me de novo."

"Decker ficou mais ganancioso à medida que envelhecia.


Agora, ele quer governar todos os quatro clãs. Ele
provavelmente se encheu com a nossa interferência, como
quando ele queria matar os seres humanos que viviam por
suas fronteiras. Os três clãs o deixaram saber que não
permitiriam que isso acontecesse. Ele não pode vencer uma
luta contra nós sem os GarLycans lutando do seu lado."

"Por que não os outros três clãs apenas o atacaram e


acabaram com a ameaça?"

Drantos fez uma pausa, olhando para ela. "Não acho que
tenha sido discutido. Ninguém quer lutar contra a sua
família embora. E como eu disse, alguns de nós estamos
ligados por linhas de sangue com seu clã. As vidas perdidas
seriam muitas. Tentamos evitar a guerra.” Ele apunhalou o
peixe cru com varas, balançando-os sobre o fogo para
cozinhar.

O cheiro fez seu estômago roncar. Ela deixou suas palavras


serem absorvidas. Era tentador continuar a discutir com ele
na esperança de que ele veja quão ilógico tudo soou, mas o
cheiro de comida distraiu. Ela preferia comer. "Estou com
tanta fome."

Ele finalmente passou-lhe uma vara. "Cuidado. Está


quente. Não queime a boca.”

149
Ela quase babou enquanto ela soprou sobre os peixes,
tendo uma pequena mordida. Não estava temperado ou era
o melhor que provou, mas ainda era bom. "Obrigada."

Ele virou-se de costas para cozinhar mais. "Conte-me sobre


a sua vida."

Ela debateu-se em responder, mas se sentiu um pouco


generosa, com a comida quente que ele tinha fornecido em
sua barriga. "Não há muito a dizer. Eu trabalho em um
trabalho regular das nove as cinco em um escritório como
secretária. Eu vivo sozinha. Eu não consigo ver a minha
irmã muito, então eu agarrei a chance de vir com ela
quando ela disse que estava tomando um tempo fora do
trabalho”.

Ele olhou para trás. "Mesmo você odiando quem ela estava
planejando visitar?"

"Especialmente por causa dele. De jeito nenhum eu quero


que ela esteja sozinha com aquele babaca. Bat parece forte
como o inferno, mas ela realmente não é. Eu não queria
que ele passasse suas defesas só porque ele é da família.
Ela espera que ele seja um avô e eu acho que iria
machucá-la profundamente quando ela vê-lo pelo que ele
é. Seria realmente atrapalhar a sua cabeça. Eu queria estar
lá para ela. "

"Você não estava preocupada que ele fosse ferir seus


sentimentos se ele ainda estivesse frio com você?"

"Minhas expectativas dele são tão baixas quanto elas


podem ser. Nada que ele pudesse fazer ou dizer que me
surpreenderia a menos que ele se tornasse um cara legal.
Ele não estava lá quando precisamos dele. Bat contratou
um detetive particular para obter o seu número de telefone
depois que nossos pais morreram, pensando que ele fosse
nos ajudar. Ela ligou para ele, tendo certeza que ele nos

150
enviaria dinheiro. Ele não o fez. Ele se ofereceu para
enviar-lhe uma passagem de avião. Apenas uma. Ele disse
a ela para me entregar os cuidados de alguém; como se ela
alguma vez fosse me abandonar. Minha irmã nunca faria
isso. Isso a enlouqueceu, mas ela pensou que ele pudesse
estar quebrado ou algo assim. Mas o detetive disse que ele
era rico. O que acabou com a melhor desculpa dela."

"Ele não veio atrás dela?"

"Bat tinha sido aceita para a faculdade e tinha planejado


viver em um dormitório. Tudo isso mudou quando nossos
pais morreram. O Estado tentou entrar e me levar. Eles não
sentiam que Bat estava madura o suficiente para ser minha
tutora. Ela tinha acabado de completar dezoito anos e se
formado no colegial. Vendemos a casa por um preço mais
baixo para conseguir vendê-la dentro de dias e nos
mudamos para fora do estado. Ela trocou de faculdade para
uma que seria um pouco mais difícil de encontrar se os
serviços sociais procurassem por mim. Vivíamos em alguns
lugares realmente ruins, mas eles não pediram verificação
de antecedentes. A maior parte do dinheiro foi para seus
livros, suas aulas, e eu trabalhava em tempo parcial para
ajudar a pagar as nossas contas ".

"Isso parece difícil."

"Foi, mas estávamos juntas. Isso é tudo o que importava.”

"Como seus pais morreram?"

Dusti odiou a dor que surgiu quando ela pensou sobre a


noite que polícia tinha batido em sua porta. "Meus pais
tinham um encontro noturno. Eles saiam para um jantar e
assistir um filme uma vez por semana." Ela engoliu em
seco. "Um semi-caminhão ultrapassou um sinal vermelho e
bateu em seu carro a caminho de casa. Eles foram mortos
instantaneamente. Tinha chovido e os policiais disseram

151
que o motorista tinha pisado no freio, mas derrapou no
cruzamento.”

"Sinto muito, querida."

Ela olhou para ele. "Obrigada. Bat era a minha rocha. Eu


completamente me desfiz, mas ela segurou junto por nós
duas. Estávamos aterrorizadas quando os serviços sociais
apareceram depois do funeral. Como eu disse, eles queriam
me levar, mas Bat sabia o que fazer. Ela sempre soube. Ela
disse-lhes sobre nosso avô e mentiu, dizendo que ele
estava vindo para morar conosco. Isso nos comprou tempo
suficiente para desaparecer. Pelo menos ele foi útil para
nós, dessa forma, ter um parente de sangue que estava
vivo.”

"Ela ficou com raiva que ele só se ofereceu para levá-la?"

"Furiosa, mas ela disse que ele era velho. Como se aquilo
dispensasse o que ele fez. Ela sentiu que ele poderia ter
medo de assumir uma adolescente com dois anos de escola
pela frente, o que significa que ele estaria preso ajudando a
me educar.”

"Ela provavelmente queria tentar fazer você se sentir


melhor", Drantos adivinhou.

"Não. Ela realmente queria pensar que ele era apenas um


velho certo nos seus caminhos, ainda que egoísta. Isso me
irrita muito. Ela teve o detetive puxando o seu histórico
criminal, mas ele não tem um. O que parecia torná-lo um
cara decente para ela. Ela acredita que devemos fazer as
pazes com ele porque ele é tecnicamente família, já que
estamos ligados pelo sangue. E ajuda que ele seja rico, e
ela espera que ele possa nos deixar algo em seu
testamento. O dinheiro é importante para ela."

"Mas não para você?"

152
"Ele não compra felicidade. Minha irmã deveria saber disso.
Ela recebe grandes quantias para fazer o seu trabalho, mas
ela está miserável. Ela vai negar isso, mas ela não pode
mentir para mim. Eu a conheço muito bem. É como se ela
achasse que se ela ganhar dinheiro suficiente, ele irá
compensar o passado. E representa segurança para ela no
caso de algo trágico acontecer de novo.”

"Foi à perda de seus pais o que a fez assim?"

Dusti suspirou. "Foi uma combinação de coisas. Foi muito


difícil depois que nossos pais morreram. Bat teria que lutar
com serviços sociais para me levar de volta se eles
tivessem me levado. Ela teria gastado todo o dinheiro da
venda da casa para levá-los ao tribunal. Eu sei que ela teria
feito isso embora. E então vivemos como fizemos até que
eu fiz dezoito. Havia baratas e os vizinhos foram menos do
que legais. Os policiais estavam transportando-os em uma
base diária. Eles eram traficantes de drogas, prostitutas, ou
viciados que não hesitariam em cortar sua garganta se eles
achassem que você tinha dinheiro para roubar para
conseguir sua próxima dose.

"Isso a fez se sentir culpada porque tivemos que viver


dessa maneira até que ela pudesse terminar recebendo seu
diploma de Direito, mas essa não era a razão mais
importante. Foi por causa desses lugares que tornaram
mais difíceis sermos encontradas. Nós nos mudamos para a
Califórnia e em um lugar agradável, quando ela conseguiu
seu primeiro emprego. Em seguida, ela conheceu alguém
que a rasgou."

"Ela foi atacada?" Drantos franziu a testa. "Pelo quê?"

"Quem. Ela se apaixonou por este tipo ‘menino bonito’ que


era muito charmoso, se você me entende. Ela deu-lhe o
coração e ele realmente ferrou com ela. Ele roubou seus
cartões de crédito para acumular uma porrada de dívidas.

153
O idiota foi comprando joias para outras mulheres,
levando-as para jantares elegantes, e as fodia em quartos
de hotel que ela acabou pagando. Ela realmente achava
que ele a amava e nunca percebeu que ele era um
aproveitador até que fosse tarde demais. Era como ele
vivia. Ele fingia amar uma mulher, ao mesmo tempo
roubando dela enquanto procurava outras com mais
dinheiro. Como se ela fosse apenas um trampolim para algo
melhor. Ele tinha ido embora no momento em que as
agências de cobrança começaram a ligar. Ele tinha roubado
sua identidade, acumulou um monte de cartões de crédito
que ela não sabia nada sobre eles até que os cobradores
começaram querer receber. Ela recebeu as faturas
enviadas."

Dusti ainda ficava chateada, recordando o que havia


acontecido com sua irmã. "Ela se sentia como uma tola e
totalmente devastada. Ele era o homem com quem ela
acreditava que passaria o resto de sua vida. Levou um ano
para limpar essa bagunça financeira e ela ficou
profundamente envergonhada disso. Ela mudou depois
disso.”

"Ela ficou menos confiante."

"Foi mais do que isso. Isso a transformou. Ela começou a ir


à ofensiva. Ela nunca permitiu que qualquer um chegasse
perto dela novamente. Ela mantém todos no comprimento
de um braço por ser uma cadela total. Ela está chateando
algumas pessoas o suficiente para quererem atacar ela.
Seu escritório de advocacia contratou guarda-costas para
protegê-la.”

Ele arqueou uma sobrancelha. "Guarda-costas?"

Ela assentiu com a cabeça. "Sim. Seus chefes não pagariam


por proteção, enquanto ela está de férias ou eles ainda
estariam conosco."

154
"Ela realmente tem guarda-costas?"

"Ela defende bandidos, uma vida que as pessoas adoram


odiar. Isso faz dela um alvo para um monte de malucos.
Talvez eles pensem que se ela morrer, quem quer que ela
esteja defendendo no momento possa acabar na prisão.
Isso e como se ela fosse uma pessoa querida que peça
desculpas pelo o que ela faz a qualquer um. Ela lhes diz
para beijar seu traseiro."

Drantos riu.

"Isso não é engraçado. Bat é muito boa no seu trabalho.


Uma vez que os casos fossem ganhos, alguns de seus
próprios clientes fizeram ameaças de morte. Isso não é
uma surpresa, no entanto. Eles são idiotas e assassinos
com a mentalidade de que ninguém deve enfrentá-los,
especialmente uma mulher. Mas você já a conheceu. Eu
acho que o choque do acidente tem realmente há
amadurecido um pouco. Imagine o quão irritada ela poderia
deixar as pessoas ficarem quando ela está normal."

Um sorriso brincou em seus lábios. "Kraven provavelmente


pode."

Ela não sorriu de volta. "Por favor, me diga que ele tem a
paciência de um santo."

"Ele não vai machucá-la, Dusti. Eu dou-lhe a minha


palavra.”

E palavra dele era realmente confiável? Ela só podia


esperar que Bat estivesse segura.

Drantos assistiu Dusti comer. Ela parecia infeliz e


preocupada. "Sua irmã está segura," ele jurou.

"Kraven irá protegê-la e ter certeza que ela está bem


cuidada. Ele não vai deixar nada acontecer com ela.”

155
Ela ainda não pareceu convencida. Ele comeu rapidamente,
estudando a área. Não houve nenhum sinal do problema
até agora. O que não queria dizer que as coisas não
pudessem mudar. Os homens de Decker já poderiam ter
localizado o local do acidente e começado a caçar sua
trilha. Eles seriam capazes de se mover mais rápido, sem
duas mulheres os atrasando, mas ele esperava que eles
ainda tivessem horas antes que eles pudessem alcançá-los.
Isso ajudaria quando eles cruzassem a grande massa de
água.

Ele precisava levar Dusti ao outro lado do rio, sem deixá-la


encharcada. Ela sentiria frio uma vez que a noite caísse. Ele
examinou o céu. Eles tinham alguma luz do dia ainda, mas
apenas por algumas horas. Ele precisava apagar o fogo e
construir algum tipo de balsa. Ela conseguiria segurar suas
roupas enquanto ele remar sua atravessar para o outro
lado.

Alguns troncos amarrados deveriam funcionar.

Ele olhou para Dusti, perguntando como ela vai reagir


quando ele chegasse a sua casa e provasse que tudo o que
ele havia dito era verdade. Ele iria precisar mudar de forma
e esperar que ela não o visse como um monstro. Podia
matar cada grama de atração que sentia por ele, se tudo o
que ele inspirasse fosse terror.

Ele reprimiu um gemido. Ele queria possuí-la nua da pior


maneira. Memórias da noite anterior passaram pela sua
mente. Suas respostas a seu toque o deixou fora de sua
mente. Luxúria e puros instintos animais haviam tomado o
controle. Seu pau endureceu só de pensar sobre como ela
se sentiu debaixo dele e quão quente ela ficou quando ele a
tocou.

Ele não podia esperar para chegar a sua casa para que ele
pudesse parar de lutar contra o seu desejo de fazer amor

156
com ela. Ele teria tempo de sobra para seduzir Dusti e
então mostrar-lhe exatamente o que havia entre eles. Ela
saberia que eles foram feitos para ficar juntos e
exatamente o quão diferente dos homens humanos que ele
realmente era. Ele não vai ter que segurar nada.

Ele simplesmente odiava que ele a assustou na noite


anterior. Ela não tinha ideia de quanta paixão seu sangue
Lycan pudesse inspirar.

Por que diabos sua mãe não lhe contou a verdade? Isso
ainda o irritava. Tudo teria sido muito mais fácil se Dusti
soubesse sobre VampLycans e o tipo real de perigo que
Decker representava. Ele não estaria ouvindo abuso verbal
sobre o seu estado de sanidade ou preocupado que ela se
recusasse a dar uma chance à relação entre eles, uma vez
que ela o vir mudar de forma.

Ela iria lutar com ele a cada passo do caminho até que ela
percebesse que tudo o que disse a ela era a verdade.

Talvez se transformar para ela não fosse uma ideia tão


ruim. Ele debateu, mas rapidamente chegou à conclusão de
que ele estava certo antes; vai aterrorizá-la ainda mais. Em
longo prazo, não valeria a pena. Ela já sofreu traumas o
suficiente. Era melhor deixá-la pensar que ele era um
pouco louco, do que ela vê-lo como uma espécie de
monstro horrível. Ela resistiria mais forte contra sua
atração por ele. Essa era a última coisa que ele queria.

O tempo gasto juntos ajudaria. Ela iria conhecê-lo melhor e


ele será capaz de ganhar a confiança dela. Ele só precisava
ser mais paciente e não perder a paciência quando ele
ficasse frustrado. Ele lamentou ter golpeado sua bunda,
não queria causar-lhe dor. Foi um lembrete de que ele
precisava ser mais suave quando ele a tocar. Ele nunca
imaginou que sua companheira seria metade humana. Não
o incomodava, mas o fez mudar as coisas. Sua pele era

157
mais delicada e sensível do que as mulheres que ele estava
acostumado.

Vou levá-la para casa e nós vamos resolver isso. Ela vai ter
que me aceitar.

Ele estudou o rio em movimento. Esse era o obstáculo


seguinte que precisava enfrentar. Ele apenas tem que
resolver um problema de cada vez.

"Fique aqui e termine de comer esse peixe, Dusti. Eu


preciso encontrar alguns troncos caídos.”

"Para quê?"

Ele apontou o polegar em direção à água. "Para atravessar


isso."

"Você está determinado a me matar, não é?"

Ele fechou a distância entre eles e se agachou. Ela se


encolheu quando ele estendeu a mão e passou os dedos
por sua bochecha, mas não se afastou totalmente. Ela
sustentou o olhar sombrio.

"Estou determinado a mantê-la segura. Vamos despistar


qualquer um que encontre a nossa trilha, atravessando-o. É
apenas um pouco de água.”

"Esse rio é uma aberração, e eu tenho assistido ramos


flutuando para o centro. Essa corrente está realmente se
movendo. Eu não sou totalmente burra. Essa água
provavelmente está vindo do topo das montanhas que
estão derretendo com o final do inverno. Isso significa que
pedaços de gelo também estão misturados lá e sei como
ele ficou frio ontem à noite. O dia está quase no fim, o que
significa que nós estamos prestes a sofrer de hipotermia
hoje à noite, se não nos afogarmos em primeiro lugar. "

158
Ele decidiu experimentar uma nova tática. "Eu pretendo ter
você nua em minha cama, Dusti. Isso não irá acontecer se
eu a tiver matado. Eu estou muito motivado. Pense sobre
isso. Eu estou.”

Ele se levantou e caminhou em direção à floresta. Sua


expressão chocada tinha-lhe feito sorrir. Ele prefere
enfrentar uma mulher nervosa ou irritada do que uma
aterrorizada.

Ele não demorou muito para encontrar algumas árvores


mortas. Algumas delas não tinham sobrevivido ao inverno,
vento e a neve derrubaram muitas. Ele permitiu que suas
garras deslizassem para fora, cortando os ramos em
excesso para removê-los dos pequenos troncos de árvores.
Ele usou o cinto para agrupar alguns deles juntos e ele
poderia atravessar e manter Dusti seca e fora da água.

Vou deixá-la molhada mais tarde. Ele sorriu, imaginando


despi-la fora de suas roupas e espalhando-a nua em sua
cama. Imagens encheram sua cabeça sobre fazer amor
com ela, mas ele as empurrou de volta. Sonhar sobre
reclamá-la teria que esperar.

Uma coisa por vez. Jangada primeiro. Sexo mais tarde.

Ele arrastou os troncos, um por um para o acampamento


que ele tinha feito. Dusti assistiu, mas não interrogou
quando ele fez algumas viagens e voltou, e então começou
a construir sua jangada improvisada.

159
Capitulo Seis
Dusti encontrou-se olhando para Drantos. Isso a irritava,
estar tão atraída por ele. Desde que ele tinha tirado sua
jaqueta, ela podia ver os músculos espessos em seus
braços enquanto ele trabalhava em seu projeto. Ela nunca
conheceu ninguém como ele. Ele parecia totalmente
masculino construindo uma jangada.

Ele não era como os homens que ela conhecia em Los


Angeles. Eles estariam perdidos na mata, indefesos e
provavelmente tão assustados quanto ela. Ele estendeu a
mão e empurrou o cabelo rebelde de volta no lugar. Os
cabelos escuros e grossos estavam um pouco fora de
controle. Ele precisava de um bom corte, mas ela duvidava
que ele já tivesse entrado em uma das barbearias
extravagantes que a maioria dos homens cortava seus
cabelos. Ela imaginou que ele provavelmente usava uma
faca para cortar os fios ou algo igualmente bárbaro se ele
queria mais curto. Ela mordeu o lábio quando ele se
inclinou para frente, sua bunda para cima conforme ele
amarrava o cinto em torno de dois galhos. Ele tinha uma
bunda musculosa, as calças se moldando a ela.

Droga, pare de comer ele com os olhos. Ela forçou seu


olhar se mudar para o rio. Ele queria que ela cruzasse
aquilo. Era um conceito incrivelmente perigoso. Um grande
tronco flutuava perto do centro, movendo-se com um ritmo
rápido. Ela o imaginou mentalmente batendo na jangada
que Drantos construiu e derrubando ela na água
borbulhante. Ela se encolheu e concentrou-se nele
novamente.

160
Ele havia admitido descaradamente que planejava fazer
sexo com ela. O que aconteceu entre eles na noite anterior
ressurgiu em seus pensamentos. Isso provavelmente iria
assombrá-la para sempre. A maneira como ele a tocou e
fez sentir tinha sido absolutamente animalesca. Ele rosnou
e mordeu-a com os dentes. Pior, ela realmente gostou.

Seus músculos abdominais apertaram e seus mamilos


pulsavam com as memórias vívidas, o desejo ressurgindo.

Drantos a assustava. Ela tinha que admitir. Ele podia fazê-


la esquecer de tudo à sua volta, exceto ele. Ela teria
deixado que ele transasse com ela no chão, na frente de
qualquer um presente, se seu irmão não tivesse puxado ele
para longe. Ele a fez perder toda razão e força de vontade.

De repente, ele se inclinou para trás e ajeitou os ombros.


Ela mordeu o lábio, o desejo de ir até ele e massageá-los
aumentou. Aquilo a assustou mais e também a irritou. Ela
virou as costas para não ter que vê-lo por mais tempo.

Eu preciso ficar longe dele para poder recuperar minha


sanidade. Eu perdi a cabeça. Ele não é bom para você,
Dusti. Não cometa este erro novamente.

Ela se lembrou da primeira e única vez que tinha se


apaixonado. Reed ficava bonito vestindo terno. Ela o
conheceu logo depois que começou a trabalhar para uma
empresa de hipoteca como sua recepcionista. Ele era um
dos gerentes de crédito.

Tinham namorado por dois meses antes de viajar para Las


Vegas. Reed a convenceu a ter um casamento rápido
depois que eles chegassem. Ele tinha grandes sonhos e ela
estava em todos eles. Ele pensou que ficaria rico e então
poderia largar o emprego. Ele queria a casa com cercas
brancas e crianças. Assim como Dusti. Bat tinha ficado

161
louca quando descobriu que a irmã caçula havia se casado,
mas Dusti não tinha se importado.

Dentro de seis meses, seu casamento se transformou em


um pesadelo. O mercado imobiliário começou a cair e Reed
ficou realmente mal-humorado. Ele começava discussões
com ela e saia do apartamento tempestuosamente,
desaparecendo por horas. Foi quando ele decidiu mudar de
carreira. Dusti tinha apoiado. Ele era seu marido e ela
queria que ele fosse feliz. Ela tinha pegado um segundo
emprego para ajudá-lo a pagar a escola de noite. Tinha
sido difícil para os dois. Eles mal se viam, mas ela tinha
jurado continuar com o casamento.

Drantos chamou sua atenção mais uma vez conforme ele


continuava trabalhando na balsa. O ex-marido dela nunca
teria feito algo assim. Ele não tinha sido capaz nem de
concertar o vazamento da pia deles. Ela teve que consertar.
Seu ex-marido não queria estragar as unhas. Drantos não
era nada como Reed.

Ela mordeu o lábio, remoendo o passado. Seu gosto por


homens não era confiável. Era por isso que ela tinha
evitado namorar depois de seu divórcio. Houve namorados
ocasionais ao longo dos anos, mas ela tinha protegido seu
coração. Ela ia embora ao primeiro sinal de problemas.
Drantos era exatamente isso. Realmente era uma má ideia
se envolver com ele. Ele a fez sentir muitas coisas e ela não
queria se machucar de novo, como ela se machucou com o
divórcio. Era doloroso admitir que ela tivesse dado seu
coração a alguém que o rasgou em pedaços.

Basta deitar-se e tentar dormir um pouco enquanto ele


termina de construir essa coisa.

Parecia um bom plano para ela. Ela deslizou na rocha em


que estava sentada e se recostou nela, fechando os olhos.
E tentou esvaziar a mente.

162
“Cansada?”

Ela se assustou, abrindo os olhos. Drantos tinha parado de


trabalhar na balsa e estava agachado perto do fogo ainda
queimando na frente dela. Ela não tinha ouvido ele se
mover. "Um pouco. Eu não dormi muito na noite passada."
Ela não mencionou que ele tinha sido a razão. Na noite
anterior ela tinha dormido mal porque seu corpo ainda doía
pelo dele, e ela não tinha dormido enquanto estava
balançando nas costas dele.

Conhecimento queimava em seus olhos e um sorriso


insinuou em seus lábios. "Vamos para o rio. Você pode
espirrar um pouco de água em seu rosto." Ele olhou para o
céu, enquanto empurrava a sujeira sobre o fogo para
apagá-lo. "Temos cerca de meia hora antes de precisarmos
partir. Eu quero atravessar o rio quase ao mesmo tempo
em que Kraven. É imperativo se manter em movimento
durante o tempo que pudermos enquanto temos luz do dia,
e ficar perto deles.”

"Além disso, o cheiro de peixe cozido atrairá ursos e


predadores para cá," Dusti supôs. "Nós não queremos estar
aqui quando eles chegam para pegar os ossos, certo?"

Drantos parou, esfregando a sujeira de seus dedos. "Bom


palpite. Vamos lá." Ele estendeu a mão.

Ela pegou a mão dela, deixando que ele a ajudasse. "Nós


temos canais sobre natureza na TV a cabo."

Ele sorriu, soltando a mão dela. "Você assiste eles com


frequência?"

“Não.”

Dusti o seguiu e ela se agachou perto da margem. Ela


pegou a água gelada em suas mãos e jogou no rosto,
depois se inclinou ainda mais sobre a borda para evitar que

163
a água escorresse em suas roupas. O choque ao descobrir
quão fria estava a água deixou-a ofegante e ela sentiu os
joelhos deslizarem um pouco sobre a grama. Seus olhos se
abriram para ver a água vindo em sua direção. Ela inclinou-
se demais e estava prestes a cair no rio.

As mãos grandes de Drantos agarraram seus quadris e a


puxaram de volta. Ela acabou reclinando-se contra seu
peito largo. Seus braços deslizaram de seus quadris para
sua caixa torácica. Ele se inclinou para frente o suficiente
para pressionar os lábios ao lado da orelha dela.

"Tenha cuidado. Por mais que eu fantasie sobre deixa-la


molhada, não é dessa forma.”

Ela respirou fundo para acalmar seu coração acelerado e


virou a cabeça. Seus lábios quase se tocaram quando ela
olhou em seus olhos. "Por que você diz coisas assim? É
para me chocar?”

“Eu realmente quero dizer isso.”

Seu coração batia forte. Ele tinha olhos bonitos. Seu corpo
grande abraçava o dela e seu braço apertou mais em volta
dela, segurando-a perto. Era impossível ignorar que ele era
um homem atraente. Ela decidiu tentar fazer graça para
esfriar a situação. "Obrigada por me salvar. Virar um picolé
humano quando o sol se põe não é minha ideia de
diversão.”

Sem sorte. Ela tornou-se ainda mais conscientes de como


ele a segurava. Ele estava de joelhos, pernas abertas, e a
bunda dela estava firmemente pressionada contra sua
virilha. Ela mexeu os quadris um pouco e não pode ignorar
o cume duro de excitação que ela sentia. Ela congelou.

Ele suavemente rosnou para ela, os reflexos dourados em


seus olhos azuis parecendo incendiar ainda mais para que

164
ela pudesse vê-los melhor, e ele respirou o cheiro dela
através das narinas dilatadas.

“Solte." Sua voz saiu trêmula.

“Você sabe o que faz comigo?”

“Eu posso sentir.”

Seu olhar baixou a sua boca. "Pelo menos me dê um beijo.


Eu impedi que você caísse no rio. Não mereço algo por
isso?”

Ele ajustou o braço e passou a mão sobre um de seus


seios, apertando-o. Ele apertou suavemente.

Dusti fechou os olhos e mordeu o lábio inferior. Aquilo era


bom e um sobressalto de prazer a atingiu. Ele apertou mais
uma vez, a sensação excitando-a com um rápido lampejo
de desejo até que ela arqueou as costas um pouco para
pressionar mais firmemente contra a palma da mão dele.
Ele deslizou para o chão de sua posição agachada e sua
outra mão agarrou a saia dela. Ela não protestou quando
seus dedos quentes pressionaram em torno de sua perna e
deslizaram por sua coxa.

"Beije-me". Era uma ordem dura.

"Não", ela sussurrou. Ele estava tornando difícil pensar. Era


assustador como ele a afetava. Ela não conseguia se
lembrar de qualquer outra pessoa que fosse capaz de
excita-la tão rápido e dificultar seu pensamento. Ela tentou
resistir. "Fazer isso seria uma ideia idiota."

Ele fez uma pausa e, em seguida, colocou a mão que


estava sobre sua coxa para perto de sua calcinha. "Você
acha que eu sou louco, então você deve esperar que eu
faça coisas precipitadas." Ele deslizou a mão e tocou-a
sobre a calcinha. Dusti ficou tensa antes de tremer quando
ele esfregou os dedos sobre o material macio, roçando o
165
clitóris e pressionando firmemente contra os lábios de seu
sexo.

Ele suavemente rosnou. "Você tem um cheiro tão bom que


eu quero ter comer de sobremesa. Você me deixaria fazer
isso? Vai deixar eu tirar sua calcinha fio dental e espalhar
essas coxas de seda em volta do meu rosto se eu me deitar
de costas? Eu poderia te mordiscar até você estar prestes a
vir, e, em seguida, te foder com a minha língua até você
gritar meu nome quando gozar?"

Ela ficou chocada por ele dizer algo tão bruto. Ela abriu os
olhos para olhar para ele. Seu coração batia de forma
irregular dentro de seu peito. Ninguém tinha falado tão
graficamente com ela antes. A visão dele fazendo
exatamente o que ele disse a fez inconscientemente moer
sua bunda contra o jeans dele. O grosso volume preso
dentro do jeans tornou-se mais perceptível.

Ele usou seu dedo para empurrar a calcinha para o lado.


Ele traçou a costura de seu sexo, encontrou sua umidade, e
usou a umidade enquanto pressionou a ponta de seu dedo
contra o clitóris. Ele desenhou pequenos círculos ao redor
do feixe de nervos, até que ela não podia mais fingir não
estar afetada. Dusti gemeu incapaz de conter o som de
prazer. Ele continuou a provocar e jogar com ela até que
não podia mais pensar. Era apenas o desejo e ânsia. Doía.

"Você é tão quente e cheira tão bem, eu tenho que provar."

Ela não protestou quando ele a levantou, a forçando ficar


de pé. Ele permaneceu de joelhos enquanto abaixava a
calcinha. Na verdade ela levantou cada pé para tirar a
calcinha de seus tornozelos. Suas mãos agarraram seus
quadris, virando-a para encará-lo. Dusti olhou em seus
olhos sensuais, muda, sem noção do que dizer naquele
momento.

166
Ele juntou os joelhos e puxou-a para frente, ela teve que
pisar em cada lado de seus quadris quando ele mudou de
posição até que ele estava sentado com bunda na grama.
Ele usou seu poder sobre ela para mantê-la perto. Ele
lentamente começou deitar de costas até que estava
estirado no chão, trazendo-a para baixo com ele. Ela
acabou montando seu peito. Ela olhou para ele
silenciosamente.

"Venha para frente." Seu olhar mudou para a grama ao


lado de seu rosto. "Coloque seus joelhos aqui, um em cada
lado." Ele olhou para ela com olhos azuis escuros sensuais
que ostentavam um desejo ardente. "Agora." Ele puxou em
seus quadris, fazendo ela se mover.

"Isso é loucura", ela admitiu, quando ela se inclinou para


frente. Apoiando as mãos na grama sobre a cabeça dele, e
se arrastou sobre o corpo dele. Ela colocou seus joelhos
onde ele tinha indicado suas pernas dobradas sobre as
curvas de seus ombros uma vez que eles eram muito
grandes para ela evitar.

Drantos soltou os quadris dela e agarrou sua saia,


empurrando-a para cima e para fora do caminho. O
material se juntou na parte inferior das costas dela e caiu
por cima da cabeça dele, bloqueando sua visão do que ele
estava prestes a fazer. Ela apenas fechou os olhos, uma
vez que ela não poderia vê-lo de qualquer maneira. Seu
hálito quente soprou sobre seu sexo no momento em que
as mãos dele agarraram suas coxas. Ela engasgou quando
ele as afastou ainda mais para abaixar seu corpo,
ajustando-a - e então ela sentiu o V de suas coxas
pressionado contra a boca dele.

Seus dedos agarraram a grama, suas unhas cavando a


sujeira abaixo quando ele selou a boca quente sobre seu
clitóris. Sua língua traçou sobre o broto sensível. Ele

167
começou a chupar, os puxões fortes fazendo-a gritar em
êxtase.

Outros caras já tinham feito sexo oral nela antes, mas


nenhum deles fizeram isso nessa posição, e eles com
certeza não tinham sido agressivos sobre isso. Drantos não
estava apenas brincando com lambidas fracas. Ele parecia
querer devorá-la. Sua boca e língua a conquistou tiraram a
sua capacidade de pensar, até que tudo o que podia sentir
era o desejo sexual cru arranhando seu interior para
encontrar a libertação.

De repente, ele parou quando ela estava perto do clímax.


Ela queria protestar, implorar-lhe para não parar o que
estava fazendo em seu clitóris. Na verdade sua boca abriu
para dizer as palavras...

Em seguida, a língua dele violou sua vagina, entrando nela


rápido. Ele tinha uma língua comprida e grossa, ela sentia
uma maravilhosa sensação de alongamento. Ela jogou a
cabeça para trás e gritou o nome dele.

Ele grunhiu em resposta e puxou-a ainda mais forte contra


seu rosto. Ele disse que queria fode-la com a língua e isso
foi exatamente o que ele fez. Ele retirou e em seguida,
mergulhou de volta, mais e mais. Ele pressionou a ponta do
nariz contra seu clitóris e esfregou-o enquanto ele movia a
cabeça. O movimento definiu um ritmo rápido que deixou
Dusti insana. Ele rosnou mais profundamente, causando
uma ligeira vibração. Suas mãos mantiveram o quadril dela
no lugar com um aperto que deixaria marcas para impedi-la
de fugir quando ela começou a balançar seus quadris
contra a língua dele. Era demais, era tão bom; ela jurava
que não pudesse suportar isso.

"Drantos", ela implorou, querendo gozar

168
Ele pressionou mais fundo em sua boceta e deslizou sua
língua para fora dela completamente. A boca dele fechou
em torno de seu clitóris novamente e desta vez ele usou
seus dentes para raspar levemente sobre seu clitóris
inchado que latejava até quase doer. A nova sensação lhe
enviou sobre o limite.

O clímax rasgou através de Dusti, chocando-a com sua


intensidade. Ela abriu a boca para gritar, mas o poder do
clímax agarrou-a com muita força para que pudesse fazer
isso. Ela arfava e gemia, tremendo duro, e quase desabou
sobre ele quando seu corpo inteiro começou a ficar frouxo.

Ele rolou os dois em um piscar de olhos. Dusti não se


importava que ela agora estivesse deitada de costas, a
transição um pouco áspera. Sua bunda nua contra a grama
macia. Ela olhou para Drantos quando ele subiu para ficar
sobre ela. Ela observou-o abrir a parte da frente da calça
jeans, empurrando apenas o suficiente para libertar seu
pênis. Ele parecia enorme, duro como pedra, era a prova
do quanto ele a queria. Ela ergueu o olhar, querendo olhar
para o rosto dele quando ele entrasse nela.

Seus olhos ficaram tão azuis que pareciam surreais. Eles


estavam muito brilhantes. Isso a assustou e confundiu. Ele
respirava pesadamente, ofegante, e pareceu sentir o
desconforto dela. Ele fechou os olhos e virou a cabeça
ligeiramente. Longos segundos se passaram antes que ele
os abrisse novamente. Eles ainda tinham um pouco de
néon, mas não tanto.

"Não tenha medo de mim, querida. Eu nunca te


machucaria.”

A aspereza de sua voz a fez estremecer. Mas não era


medo. Ela estendeu a mão e tocou o rosto dele. A vontade
de beijá-lo era forte, mas ela ainda se segurava. Ele baixou
sobre ela até que ela estava presa debaixo dele, embora

169
ele mantivesse a maior parte de seu peso fora de seu peito
para que ela pudesse respirar bem. Ela agarrou seus bíceps
com a outra mão, gostando da força que ela sentiu lá.

"Eu vou ser gentil. Você é tão apertada que eu tenho medo
de te machucar se eu for muito rápido.”

Ele não parou de olhar para ela quando ajeitou o corpo


para liberar uma de suas mãos, em seguida, alcançou entre
eles para guiar seu pau até ela. A coroa de tamanho
generoso de seu eixo deslizou nas dobras suaves até a
abertura dela. Ele gentilmente empurrou, quando
encontrou o ponto certo que iria recebê-lo.

Dusti gemeu e deslizou os dedos da bochecha dele para a


parte de trás do pescoço. Ela o apertou, precisando se
agarrar a alguma coisa. A sensação da espessura rígida
penetrando sua boceta era incrível e um pouco assustadora
ao mesmo tempo. Não havia dor, mas ela podia sentir seu
corpo lutando para se esticar e acomodar seu tamanho. Ele
era gentil e manteve sua palavra, indo muito devagar. Ela
olhou fixamente em seus olhos.

"Está tudo bem, querida." Sua voz se aprofundou. "Isso vai


ser incrível. Apenas relaxe e eu vou... "

Um rugido rasgou pelos bosques de repente.

Dusti nunca tinha ouvido um barulho terrível como aquele


antes e ela não conseguia identificar o que poderia ser.
Contudo ele devia estar perto, o som foi muito alto.

Drantos levantou a cabeça para olhar para as árvores


densas perto da borda da clareira. Um grunhido desumano
saiu de seus lábios quando se separaram e, em seguida, os
dentes pareceram se alongar em presas afiadas.

170
Dusti assistiu elas crescerem ainda mais. Ela parou de
respirar, sua mente atordoada. Ele se levantou
rapidamente, saindo do corpo dela.

Ela ficou lá estupefata, as pernas ainda espalhadas,


enquanto ele se levantou com uma velocidade que a
surpreendeu.

"Levante-se", ele ordenou.

Dusti não podia responder. Ela ainda estava em estado de


choque quando Drantos olhou para ela. Aquelas presas
terríveis ainda estavam saindo de sua boca quando ele se
inclinou e passou as mãos em torno de seus braços. Ele
simplesmente a puxou para cima em uma posição ereta.
Seus joelhos milagrosamente mantiveram seu peso quando
ele a soltou.

Seus olhos eram azuis brilhantes. Eles estavam brilhando.

"Corra", ele sibilou. "Atravesse o rio e apenas continue


correndo. Eu vou te encontrar."

Ela embasbacou-se quando olhou o rosto dele. Aquelas


presas saindo da sua boca eram reais e suas feições tinham
mudado apenas o suficiente para aterrorizá-la. Suas maçãs
do rosto pareciam mais densas, os olhos pareciam um
pouco mais fundos debaixo de uma testa que parecia ter
engrossado. Pelos pretos obscureciam suas têmporas, os
lados de seu rosto, e seu queixo.

"Corra agora!", ele rosnou, empurrando-a. "Atravesse o rio.


Esqueça a jangada. Não há tempo.”.

Ele a empurrou e a tirou ela do estupor. Ela tropeçou, mas


chegou à beira do rio. Era um longo caminho e a corrente
parecia forte. Isso fez ela se lembrar que não era a melhor
das nadadoras. Ela hesitou e virou um pouco, olhando para

171
Drantos. Ele estava de costas para ela e encarava a linha
as árvores. Até que um movimento chamou sua atenção.

Uma grande criatura se arrastou para fora da floresta


espessa e ficou parada em suas quatro patas.

Dusti choramingou. Ele era enorme e parecia algum tipo


fodido de cão. Cão Infernal surgiu em sua mente. O pelo
que o cobria não era grosso, então ela podia ver a forma
dos músculos, os braços e pernas carnudos. Tinha que
pesar centenas de quilos, muito maior do que qualquer cão
normal que ela já viu. Sua forma era estranha, também,
talvez parte humana e parte cão. Eram os membros que
lembravam um humano, mas quando ele levantou uma das
patas da frente e ela não pode deixar de notar as garras
salientes em seus dedos. Elas pareciam navalhas afiadas e
eram longas.

Ele rosnou, arrepiando os pelos da nuca dela.

Dusti estava congelada, horrorizada. O cão horrendo virou


a cabeça um pouco e olhos negros terríveis encontraram os
seus. Ele parecia melifico, e cenas de filmes de terror
passaram por sua cabeça. Aquele bicho realmente parecia
uma besta vinda do inferno.

Drantos se moveu entre eles, usando seu corpo para


bloquear sua visão da coisa saída de um pesadelo. Ela não
deixou de ver as mãos de Drantos abertas ao lado dele,
elas tinham garras afiadas que de alguma forma tinham
crescido de seus dedos.

"Faça o que eu disse," Drantos exigiu com uma voz


profunda demais para ser confundida com algo humano. Ele
não se virou para olhar para ela, em vez disso se manteve
focado na coisa que ele encarava. "Nade para salvar a sua
vida. Eu vou te encontrar."

172
Ela virou-se, finalmente, capaz de tirar os olhos da clareira.
A água se movia rapidamente em uma ampla faixa de
distância, com toras aleatórias flutuando perto do centro.
Elas se moviam numa velocidade rápida, ela parou de novo.

O medo de se afogar era forte, mas havia uma criatura


infernal atrás dela.

Eu estou ferrada.

Outro rugido estridente soou e um segundo respondeu a


ele. Não olhe, ela entoou dentro de sua mente em pânico.
Deus, não olhe. Eu vou ter que nadar. Ele disse para nadar.

Drantos tinha ordenado que ela atravessasse o rio, mas ele


parecia muito perigoso. Ela não tinha aprendido a nadar até
seu décimo primeiro aniversário, quando sua mãe a
inscreveu em um curso depois da aula. Ela nem podia se
lembrar da última vez em que tinha estado em uma
piscina. Fazia pelo menos uns dez anos.

Sons perversos de uma briga começaram e o terror a


motivou a repensar seu medo de ir para o rio. Esses
grunhidos animalescos e rugidos eram mais assustadores
do que a possibilidade de afogamento.

Ela também se sentiu culpada, porque tinha acusado


Drantos de ser insano. Várias vezes. Mas a coisa que ela
tinha visto na frente dele não era um animal típico. Era um
monstro realmente fodido.

Um grito de dor horrível irrompeu por trás dela. Foi a gota


d'água. Seu terror sobre o que estava acontecendo superou
seu medo de se afogar. Ela entrou na água gelada.

Seus pés afundaram instantaneamente na terra barrenta,


diminuindo sua velocidade, mas ela marchou para frente,
motivada a viver. Seus sapatos ficaram presos, mas ela

173
não teve tempo para se abaixar e tentar encontrá-los
quando a lama os prendeu. Ela só os largou e continuou.

A corrente puxou-a mais fortemente, uma vez que chegou


a suas coxas. Ela perdeu o equilíbrio e caiu, ficando
completamente sob a água congelante. Ela
desesperadamente chutou as pernas, finalmente lembrando
que ela precisava fazer isso, e usou seus braços em sua
luta para alcançar a superfície e puxar ar para seus
pulmões.

Sua cabeça rompeu a superfície e ela abriu os olhos. A


corrente empurrou-a, mas ela avistou as árvores do outro
lado que ajudaram, a saber, que direção tomar. Ela se
esforçou para nadar em direção a elas. O som alto do rio
abafando quaisquer outros sons da luta.

Será que Drantos ainda está vivo? Ela não sabia, e isso
pesava sobre ela tanto quando suas roupas molhadas. Ela
ofegava, dizendo a si mesma para continuar nadando. Sua
sobrevivência dependia de atravessar o rio. Ela lutou,
ignorando a forma como seus membros não quiseram
responder tão facilmente como antes. A temperatura era
tão fria que foi rapidamente entorpecendo seu corpo.

Finalmente, depois do que pareceu uma eternidade, seu pé


tocou em algo e ela percebeu que seu dedão tinha atingido
a lama. Ela saltou, ficando em uma situação melhor,
continuou saltando através de água até que foi capaz de
rastejar para fora. O desejo de entrar em colapso era forte,
mas ela continuou, sabendo que ela precisava entrar nas
árvores mais grossas para sair de vista. Um olhar rápido
assegurou-lhe que a corrente tinha empurrado ela longe o
suficiente rio abaixo para fugir da criatura se ela
conseguisse passar por Drantos.

A cobertura da floresta era bem-vinda quando ela


finalmente parou de engatinhar, e entrou em colapso. Ela

174
ofegava, tentando recuperar o fôlego. Calafrios passavam
por seu corpo encharcado. Suas roupas estavam presas a
ela e geladas. Ela escutou, mas só ouviu o rio em
movimento. Nenhum som animal e aterrorizante penetrou a
floresta. Isso é bom ou ruim?

O rosto de Drantos passou por sua mente quando ela


fechou os olhos. Ele enfrentou aquele animal horrível em
vez de fugir com ela. A visão daquelas garras ferozes que
dispararam fora de seus dedos não tinha sido um truque da
luz.

Ele é realmente um VampLycan. Eles existem.

Sua compreensão sobre a realidade podia estar distorcida


pelo medo, mas ela não achava que fosse isso. Tudo
Drantos tinha dito provocou ela. Ela pensou que ele
precisava de medicação, mas ela era a única que queria
remédios nesse momento. Também fazia sentido agora o
porquê dele se recusar a mudar de forma na frente dela, se
ele parecesse com qualquer coisa semelhante àquela besta
infernal que ela tinha visto. Ele previu que fosse aterrorizá-
la, e ele estava certo.

Ela finalmente recuperou o fôlego e ficou de pé, tropeçando


em seus pés. A perda de seus sapatos se tornou clara
imediatamente quando sentiu sujeira solta se grudar em
seus pés. Ela também tinha se esquecido de pegar a
calcinha descartada antes de correr. Essa foi a menor das
suas preocupações. A maior seria congelar até a morte ou
ser encontrada por aquela criatura horrível. Havia também
outros predadores na floresta. Ela não estava perto de
esquecer o quase encontro com o urso.

Ela abraçou seu corpo, tremendo. Um esconderijo seria


bom, mas ela não tinha ideia de onde estaria segura.

175
Dusti olhou para o céu, temendo a noite que estava
chegando. Os ursos de repente pareciam mansos em
comparação com a besta infernal que ela tinha visto. Ele
tinha uma forma quase humanoide, exceto pela pelagem e
as características lupinas. Aquilo quase a fez desejar que
alguém tivesse despejado produtos químicos ilegais na área
e que eles tivessem afetado a vida selvagem,
transformando-os em algum tipo de aberrações radioativas.
Ela tinha lido histórias de coisas assim. Aquilo com certeza
não era nenhuma tartaruga de duas cabeças, e também
não poderia ser explicado por algo tão simples. A besta era
enorme, uma monstruosidade.

Um VampLycan. Vampiros e lobisomens eram reais.

Ela parou e encostou-se contra uma árvore, respirando


profundamente, lutando contra a histeria.

De repente, ela desejou que Drantos estivesse com ela. Por


mais que ela tivesse querido se afastar dele, vagar na
floresta estando molhada e aterrorizada era muito pior. Ela
estava dividida sobre até onde ir a partir da margem do rio,
também. Como ele seria capaz de encontrá-la? Era
provavelmente o melhor se ela ficasse na mesma área,
para ajudá-lo a localizá-la. Ela tinha que ter fé de que ele
estaria bem e viria à sua procura. As alternativas eram
demais para ela a considerar. Drantos não podia morrer.

Ela bateu em uma árvore, distraída. Uma maldição saiu de


sua boca enquanto ela fez uma pausa. As grandes e
intimidantes formas de mais árvores se espalhavam tanto
quanto os olhos podiam ver. O chão não era nivelado, havia
uma abundancia de pedras grandes espalhadas pela área, e
alguns troncos caídos bloqueavam seu caminho.

"Eu odeio o ar livre", ela sussurrou, chegando à conclusão


de que ela provavelmente fosse morrer sozinha. Ou a
exposição iria matá-la ou os animais o fariam. Seu olhar se

176
levantou para os galhos das árvores, enquanto se
perguntava o que aconteceria se ela subisse em uma delas
para sair do chão. O sol iria se por em algum momento e
ela precisava tomar uma decisão.

Ela caminhou para uma das árvores e colocou os dedos em


torno do galho mais baixo. Foi uma tentativa triste,
tentando puxar seu peso para cima. Ela estava muito
cansada. Lágrimas frustradas a cegaram até que ela piscou.
Escalar estava fora de questão. Ela simplesmente não tinha
forças.

Pense, ela ordenou a si mesma. Ela tomou algumas


respirações profundas e lentamente tirou suas roupas com
as mãos trêmulas. Não havia como secar o que ela estava
usando, mas ela torceu as roupas para tirar o máximo
possível de água delas. Ela estava com frio e nua, mas
ficou pior quando ela se vestiu de novo. Ela esperava que
as roupas a ajudassem a evitar cortes e arranhões, pelo
menos. Seus pés descalços seriam um problema, mas foi
inútil lamentar a perda de seus sapatos.

Ela se encolheu ao lado de um tronco caído, tentando se


aquecer. Era impossível, mas ela estava abaixada e
parcialmente escondida. Calafrios a balançou com tanta
força que os peixes em sua barriga ameaçaram voltar, mas
ela resistiu ao impulso. Não havia nenhuma certeza de que
veria outra refeição. E provavelmente vai também atrair
predadores.

"Drantos", ela sussurrou, desejando mais uma vez que ele


estivesse ao seu lado.

Ela se encostou mais na árvore coberta de musgo. O cheiro


de madeira em decomposição era fraco, mas o tronco a
protegia que do pior da brisa fria. Ela só podia esperar que
Bat tivesse se saído melhor com Kraven. Uma delas
precisava sobreviver.

177
Ela decidiu descansar um pouco para recuperar sua força e,
em seguida, tentaria escalar a árvore novamente. Apenas
uma pequena pausa e eu serei capaz de fazer isso...

Drantos queria chutar a própria bunda, quase tanto quanto


a do VampLycan que ele enfrentava. Ele nunca deveria ter
tocado em Dusti até ter chegado à segurança do clã, mas
ela era muito tentadora. Eles poderiam já ter atravessado o
rio se ele não tivesse ficado distraído pela necessidade de
reivindicar o corpo dela.

Ele rosnou para o idiota que pensou que poderia levá-la


para longe dele.

"Nem sequer pense em correr atrás dela," Drantos


suavemente advertiu. "Eu vou mudar e vamos lutar - a
menos que você não tenha honra. Então eu vou
simplesmente rasgar minhas roupas. Você sabe que eu vou
pegar você, se começar a correr, e a mulher pode se
machucar se ela ficar entre nós. Decker não quer isso, não
é?”

O VampLycan se agachou sua intenção de lançar um


ataque mais uma vez clara, mas ele hesitou. O lado do
executor já estava rasgado de quando ele tentou se
esquivar ao redor Drantos para ir atrás Dusti. Era possível
que ele tivesse tomando alguns minutos para que ele
pudesse se recuperar da ferida um pouco. De qualquer
maneira, deu a Drantos o precioso tempo que ele precisava
para se despir.

Ele fez isso em tempo recorde. Ele poderia mudar com as


roupas, mas elas seriam rasgadas no processo. O executor

178
olhou para ele, movendo-se um pouco para a esquerda,
seu olhar longe de Drantos olhando para onde Dusti tinha
ido.

Drantos empurrou suas calças já abertos e elas caíram até


os tornozelos. Bom o bastante. Pelo menos o desgraçado
tem algum respeito pela luta justa. Aparentemente, nem
todos os executores de Decker são como ele.

Ele tentou fazer Dusti acreditar em tudo o que ele disse,


mas ser atacada por um executor VampLycan não era como
ele queria que ela percebesse que o mundo dele realmente
existia. Ele rosnou novamente para chamar a atenção de
seu inimigo. O macho se arrastou para frente, tentando
contornar ele, claramente sua paciência tinha chegado ao
fim.

Drantos atacou, mudando conforme ele atingiu o executor.

Suas garras rasgaram a carne e o macho gritava em


agonia. Sangue espirrava sobre ela. A luta tinha começado.

O macho rolou quando caiu duramente no chão e tentou


cortar a garganta de Drantos. Ele abaixou a cabeça e
mordeu violentamente o braço que estava em seu caminho.
Osso estalou sob suas mandíbulas poderosas. Ele estava
lutando por Dusti. Isso o fazia ser letal e furioso.

Ela é minha!

O gosto dela em sua língua foi substituído por sangue rico e


fresco. Ele sacudiu a cabeça violentamente, suas presas
ainda incorporadas no braço do executor. O macho gritou
em agonia. Drantos soltou e pulou para trás. Ele rosnou um
aviso. Pare ou morra.

O macho se levantou sua pata da frente pendurada


inutilmente quando ele recuou. Ele mostrou as presas e
rosnou seu próprio aviso. Ele não estava disposto a se

179
entregar. Ele estava disposto a morrer seguindo as ordens
do Decker.

O bastardo olhou para o rio e rapidamente tentou fugir


dessa forma, mas com a perna ferida, Drantos estava sobre
ele antes que ele pudesse correr três metros. Ele olhou
para a água por alguns preciosos segundos conforme seu
corpo aterrissava nas costas do inimigo. Dusti tinha ido
para o rio, mas ela não estava à vista. Ele só rezava para
que ela tivesse nadado com segurança para o outro lado e
não tivesse se afogado. Ele tinha estado muito ocupado
impedindo o executor de passar por ele para ver progresso
dela.

Ele e seu adversário rolaram no chão. O executor rugiu de


raiva e se retorcia, tentando deixar Drantos de costas. Ele
fez outra tentativa com o braço bom para rasgar o pescoço
dele. Drantos saiu do caminho, mas foi por pouco. Ele
realmente sentiu as garras roçarem contra a sua pele. Ele
empurrou o braço de volta antes de esfaquear com suas
próprias garras o peito do homem.

Os olhos de seu oponente se arregalaram em descrença


quando ele percebeu que era um golpe mortal.

Drantos não sentia nenhuma simpatia. Um executor de


Decker que atacaria outros VampLycans para roubar uma
mulher merecia a morte - especialmente aquele que tinha
vindo para sequestrar Dusti e Bat.

Eles sabiam por que o líder do clã queria as mulheres, e os


resultados se Aveoth aceitasse a troca. Eles estariam
ajudando a guerra a começar. Isso significaria famílias que
lutariam contra membros de diferentes clãs. Primos
matando primos. Irmãos que lutariam entre si, em alguns
casos, se eles tivessem acasalado com mulheres de outros
clãs e tivessem se juntou a eles para mantê-las com suas
famílias. Decker provavelmente teria matado qualquer um

180
de seus executores que recusassem suas ordens, mas a
morte seria preferível a iniciar uma guerra civil.

O homem debaixo dele tinha aderido à loucura do líder de


seu clã.

O macho gritou quando Drantos cavou suas garras mais


profundamente, perfurando seu coração. Era um
sentimento doentio, encontrar a fonte da pulsação do
macho embaixo dele e rasga-la. Ele observou os olhos do
executor quando a morte o levou. Foi rápido, na realidade,
mas o tempo parecia ter parado até que o corpo tenso sob
ele amolecesse. O macho exalou seu último suspiro e a
cabeça inclinou ligeiramente. Olhos cegos olhando para um
céu escurecendo.

Drantos arrancou suas garras do corpo e lentamente se


afastou do macho. Em seguida, ele virou a cabeça,
procurando freneticamente por Dusti na água. O rio saia de
sua vista a algumas centenas de metros acima. Ela não
estava em qualquer lugar visível. Ele cheirou o vento, mas
só podia pegar o cheiro de sangue vindo do executor que
ele tinha acabado de matar. Ele estudou a área e se
arrastou em direção à floresta. Poderia haver mais deles lá
fora, e ele mataria todos eles para impedi-los de seguir
Dusti.

Era alarmante que Kraven não tivesse chegado à cena. Era


possível que seu irmão já tivesse atravessado o rio com
Bat. A largura do fluxo de água podia abafar os sons do
ataque do outro lado.

A alternativa poderia ser que ele tinha pegado seu irmão de


surpresa.

Raiva surgiu rapidamente, mas, em seguida, ele se


acalmou. O executor de Decker não o teria atacado se eles
já tivessem o que queriam. Kraven também não iria

181
permitir que qualquer pessoa passasse por ele. Ele era um
excelente lutador.

Ele examinou a área novamente, ainda se perguntando se


mais executores chegariam. Longos segundos se passaram.
Ninguém mais veio.

Drantos entrou na floresta para olhar ao redor, mas não


havia nenhuma ameaça imediata. Ele voltou para a clareira
e olhou para o executor morto. Ele não podia deixá-lo lá.
Um caçador poderia se deparar com o corpo. Não tinha
muitos seres humanos que viviam na região, mas havia
alguns. Eles também estavam muito perto do rio. Alguns
humanos viajavam ao longo dele. Eles podem ver o homem
abatido. Ele ficou dividido entre o desejo e o dever. Ele
queria ir atrás Dusti, mas a lei exigia que cuidasse das
provas. Os seres humanos não deveriam descobrir a
existência deles.

Usando as garras ele cavou a terra. Ele enterraria o


executor de Decker e enviara outros mais tarde para
retornar o homem caído a seus familiares. Era o melhor
que podia fazer. Mesmo um inimigo merece um enterro
decente dado por seus entes queridos, mesmo que ele
tenha tomado uma má decisão que o matou. Ele fazia parte
dos clãs.

Demorou um tempo, mas ele finalmente empurrou o macho


dentro da cova rasa, cobriu-o com terra e pedras pesadas
para que a vida selvagem não o desenterrasse para comer.

Ele entrou no rio e submergiu todo o corpo, esfregando o


sangue e a sujeira de sua pele. Ele voltou para a margem e
pegou sua roupa. Foi quando ele percebeu que sua jaqueta
tinha sido destruída. Garras tinham rasgado através do
material durante a luta. E outro problema tornou-se
conhecido – as doses de Dusti não tinham sobrevivido. Eles
provavelmente tinham rolado sobre eles na batalha,

182
quebrando as seringas finas. O líquido deles havia se
infiltrado no material de sua jaqueta e no chão sob ela.

"Foda-se." Ele soltou um suspiro frustrado. Ele tinha que


encontrá-la e ter certeza que ela estava bem, se
preocuparia com o resto mais tarde.

Ele juntou suas roupas e botas, enganchando-os no ponto


mais alto de um galho em sua jangada improvisada. Ele
esperava pelo menos manter as suas coisas secas,
empurrando a maldita coisa para outro lado do rio. Ele só
queria que Dusti estivesse nela também, quente, seca e
segura.

Um rosnado saiu de sua garganta. Ele precisava encontrá-


la, e estava indignado por ela não estar ao seu lado, onde
ela pertencia. Ele mataria Decker Fillmore com as próprias
mãos se Dusti morresse porque aquele imbecil queria usar
a própria carne e sangue para começar uma guerra.

183
Capitulo Sete
"Eu estou tão ferrada", Dusti sussurrou, olhando para pura
escuridão em torno dela. O sol tinha se posto enquanto ela
dormia. A floresta estava tranquila com exceção das folhas
agitadas pela brisa.

Um ruído leve fez Dusti cegamente virar a cabeça na


direção do som. Ela abraçou sua cintura apertando, se
encolhendo mais contra o tronco, rezando para que não
fosse um animal em busca de uma refeição fácil. Ela
silenciosamente jurou lutar se alguma coisa tentasse come-
la.

A exaustão tinha pegado ela de jeito quando tinha tentado


se aquecer e ela cochilou. Aquele pequeno cochilo acabou
por ser um erro, um que ela só percebeu agora. Era
impossível até mesmo ver sua mão em frente ao rosto. As
copas das árvores bloqueavam a lua totalmente. Seu plano
de escalar uma árvore não aconteceria até de manhã. Ela
até pensou em sair tateando no escuro, mas o medo a
manteve no lugar.

Ela se imaginou caindo em um buraco ou pior, de um


penhasco. Todos os perigos invisíveis encheram seus
pensamentos. Ela podia tropeçar em um ninho de cobras
dormindo. Ou em um urso. Ela estremeceu, abraçando sua
cintura um pouco mais apertado. Animais não teriam que
caça-la se ela os encontrasse primeiro. Era melhor apenas
ficar parada e em silencio.

Nenhum outro som a assustou então ela começou a


relaxar. Sua cabeça baixou para descansar sobre os cumes
dos joelhos levantados, sua respiração a única fonte de

184
calor contra o peito, onde ela a prendia com seu corpo
curvado. Ela estava com frio, mas duvidava que fosse
congelar até a morte durante a noite. As coisas poderiam
ser piores.

"Eu deveria ter escalado uma árvore", ela murmurou em


voz alta, o som de sua voz era seu único conforto.

"Teria sido um bom plano", afirmou uma voz profunda atrás


dela.

Dusti gritou, assustada, e quase tombou.

Mãos firmes de repente se enrolaram em volta dos ombros


e um grande corpo encostou-se em suas costas, as coxas
dele prendendo seu corpo. "Calma. É o Drantos.”

"Droga! Você me assustou.” Porém ela se virou, se


segurando nele. "Estou tão feliz por você estar aqui. Você
está vivo!" Ela agarrou um de seus braços. O calor de sua
pele a fez tremer novamente. "Você está bem?"

"Estou bem. Desculpa, eu não pude encontrá-la mais


rápido. Você ficou no rio por mais tempo do que eu
esperava por isso levou tempo para rastreá-la".

Ela conseguiu mexer o suficiente para chegar até os joelhos


dele, apoiando-se fortemente contra seu peito. Calor
irradiava dele como se ele fosse um aquecedor.

"Você está muito gelada."

"Por que suas roupas não estão molhadas?" Ela tocou o


peito dele para garantir que ela não tinha imaginado a
sensação seca de sua camisa.

"Um de nós tinha que usar a jangada que eu construí. Tire


a roupa agora, tire tudo. Vou te dar minha camisa. Eu
infelizmente tive que deixar a jaqueta para trás.”

“Por quê?”
185
"Tire a roupa molhada, Dusti. Ela só está te deixando com
mais frio.”

Ela só hesitou por um segundo. O desejo por algo seco


contra sua pele era muito para resistir. Ela teve que se
esforçar para afastar-se dele e levantar. Ela
instantaneamente sentiu falta de estar contra ele. Suas
mãos grandes a ajudaram a puxar a roupa ainda muito
úmida de seu corpo. O vento frio parecia um pouco mais
frio sem a fina barreira quando ela ficou nua. Drantos
puxou a camisa quente sobre sua cabeça.

"Você consegue ver alguma coisa?"

"Sim", ele admitiu suavemente. "Não se preocupe. Você é


apenas um contorno e eu não estou apreciando tanto
quanto gostaria. Você está bem? Não sinto cheiro de
sangue.”

"Eu estou congelando e aterrorizada, mas bem. O que


aconteceu? Aquela coisa ainda está lá? Está vindo atrás de
nós?”

“Ele não é mais uma ameaça. Eu cuidei dele.”

Ela permitiu que ele a puxasse em seus braços muito


quentes conforme ela processava as palavras. Seu peito nu
irradia um calor maravilhoso que fez com que ela o
abraçasse tão apertado quanto pudesse. Seu grande corpo
era como o paraíso, enquanto ele a embalava contra o
peito dele.

“Cuidou dele?”

“Sim.”

“Você se livrou daquela coisa?”

"Pode-se dizer que sim. Aquele executor do seu avô em


particular não será um problema para nós novamente.”

186
"Como? Você usou suas garras, não foi?" Sua mente estava
cheia de perguntas e sua sanidade dependia de obter
respostas que ela pudesse entender. "Drantos, é assim que
você parece quando muda?"

"Sim. Eu lhe disse o que meu povo é.” Ele esfregou as


costas dela. "Aquele realmente era um dos executores do
seu avô. É assim que parecemos em nossa outra forma."

Ela estremeceu novamente, mas não tinha mais nada a ver


com frio. "Isso não se parecia com um lobo." Ela se agarrou
a ele com mais força. "Você não parece tão assustador, não
é? Aquela coisa parecia algum tipo de besta infernal. É
porque ele é mau, certo? Eu totalmente quero acreditar
nisso.”

"Droga, Dusti. Não invente coisas para explicar o que você


não quer acreditar. Somos mestiços. Parte Vampiro e
Lycan. É por isso que não nos parecemos com lobos.
Somos mais." Ele suspirou, parecendo frustrado. "Vamos
falar sobre isso mais tarde. Estou feliz que você está
segura. Agora precisamos encontrar abrigo e te aquecer.
Estamos em perigo."

"Como?" Ela não estava realmente certa de que queria


ouvir a resposta.

“Como vou encontrar abrigo?”

“Como você cuidou daquela criatura?”

Ele não disse nada.

"O que aconteceu?" Dusti não estava disposta a esquecer


do assunto. "Como você se livrou daquela coisa?"

Ele respirou fundo. "Você realmente quer saber?"

187
"Não. Eu só estou perguntando por que eu amo o som da
minha voz." Ela esfregou o rosto em seu peito quente.
"Responda a pergunta."

"Vamos encontrar um lugar mais confortável para você se


esquentar. Estamos muito expostos aqui. Falaremos
depois.”

“Está bem.”

Ele a levantou sem aviso. "Abrace-me e se segure,


querida."

Ela não o castigou por ter usado o termo carinhoso. Seus


braços se enrolaram ao redor do pescoço dele e suas
pernas abraçaram a cintura. Ela deveria estar
envergonhada por pressionar sua vagina nua na barriga
dele, mas ela estava com muito frio e muito cansada para
se importar. A camiseta estava pendurada baixa o
suficiente para que cobrisse a bunda dela quando os braços
dele mudaram de lugar para segurar em sua bunda. Ele
começou a andar.

Dusti cochilou em seus braços por algum tempo até ele


ajustar ambos os corpos para se sentar. Ela teve que soltar
os quadris dele. Ele a colocou em cima do colo dele e a
manteve firmemente contra seu peito, com os braços em
torno dela em um abraço.

"Isso é o melhor que posso fazer. Nós não podemos


acender uma fogueira."

Ela ficou tensa. "Há mais das coisas do meu avô


procurando por nós?"

"Eles são homens, Dusti. Não coisas. E, provavelmente,


mas essa não é a única razão pela qual não podemos ter
uma fogueira. Eu me esqueci de pegar o isqueiro que usei
quando tive que abandonar a minha jaqueta. Eu tinha

188
outras coisas mais importantes na cabeça naquele
momento. Eu teria emprestado um de Kraven, mas ele
parecia ter perdido a jaqueta dele também.”

"Você viu o seu irmão? A Bat está bem?"

"Ela está bem. Kraven teve problemas, também, e eu o


encontrei primeiro, enquanto eu estava procurando por
você. Nós cuidamos dos homens de Decker, mas outros
poderiam estar por perto.”

“Você tem certeza que ela está bem?”

"Sua irmã e meu irmão estão bem. Eles estão por perto.
Eles também tiveram que atravessar o rio, e eu só nos
trouxe mais perto deles".

“Onde eles estão?” Ela se mexeu em seus braços, olhando


cegamente ao redor. "Eu preciso ver Bat. Eu quero falar
com ela.”

"Ela não pode ouvi-la a menos que você grite algo que eu
não recomendo. Mais executores podem estar por aí.”

"Por que você não nos levou direto para eles? Eu não achei
que a separação fosse uma boa ideia." Ela se preocupava
que sua irmã estivesse longe demais, especialmente se Bat
tivesse visto uma daquelas criaturas.

"Estamos sentados em uma pequena cavidade no chão ao


lado de uma árvore que vai nos proteger do vento. Não há
espaço suficiente para nós quatro. Kraven encontrou um
buraco não muito longe. Ele vai manter sua irmã quente e
segura até o sol nascer.”

“Ela viu o que eu vi?”

Ele hesitou. "Eu não estou certo do que ela viu ou não."

"Ela deve estar surtando e assustada. Eu deveria ver como


ela está Drantos. Não é todo dia que você vê uma criatura
189
que parece um cão dos infernos saído de um filme. Ela nem
sequer gosta de filmes de terror.”

Seus braços se apertaram mais ao redor dela e ele abaixou


a cabeça para descansar o queixo contra o topo da cabeça
dela. "Kraven vai lidar com ela se ela viu um de nós mudar.
Ele vai explicar-lhe a mesma coisa que eu estou explicando
para você. Perdemos a capacidade de se parecer com lobos
quando herdamos nossos genes vampiro." Ele respirou
fundo. "O inferno não está envolvido. São as mutações
genéticas por sermos mestiços. Os homens de Decker
poderiam nos rastrear mais rápido em forma animal do que
eles poderiam se tivessem permanecido humanos.”

Uma imagem da besta aterradora apareceu na memória de


Dusti. Ela era enorme e parecia cruel. As garras... Ela
tremeu.

"Calma", Drantos insistiu. "Eu nunca vou te machucar.


Sente minha pele quente?" Ele passou as pontas dos dedos
sobre o braço dela. "Sem garras ou pelo querida."

"Pare de me chamar assim. Você está fazendo isso de


propósito.”

"Estou. Não há nenhuma razão para você se preocupar que


eu vá te machucar. É por isso que eu não queria te mostrar
uma prova do que somos tão cedo. A última coisa que eu
quero é te deixar com medo de mim.”

"Eu não sou uma daquelas coisas."

"Não. Seu pai era um humano puro. Seu sangue é diluído o


suficiente para que você seja incapaz de mudar de forma.
Você tem mais dele do que da sua mãe."

Sua mente queria resistir a acreditar no que ele disse, mas


ela tinha visto aquela coisa tão clara como o dia. Ela nunca

190
iria esquecer. E Drantos poderia se transformar em um
deles. Ela tinha estado intimamente com ele.

"Eu disse para a Bat que vocês eram loucos", ela admitiu.
"Eu sei que você queria que eu não dissesse nada, mas eu
fiz. Desculpe-me."

"Não se preocupe com isso agora, Dusti."

"Eu pensei que você fosse como o meu amigo Greg. Ele
acha que alíens estão atrás dele quando ele não toma seus
remédios.”

Drantos esfregou as costas dela. "Eu não sou louco e não


preciso de medicação."

"Eu acho que eu vou enlouquecer. Talvez seja eu que


precise de remédios.”

"Por favor, não desmorone. Xingue-me, me insulte, mas


porra, não chore. Eu não posso lidar com isso. Se ajudar,
lembre-se que sua mãe era uma VampLycan pura. Ela
podia mudar."

“Você não está ajudando.”

"Desculpa. Eu só queria lembrá-la que nós não somos todos


monstros. Tenho a impressão de que você amava sua mãe
e que ela era boa para você.”

“Ela era a melhor.”

"Ela amou e cuidou de você. Não somos todos ruins.”

"Se isso é verdade, se ela teve que fugir do pai, por que ela
não pediu para seu próprio povo protegê-la de ser dada a
um cara mau?"

Ele deu de ombros contra ela. "Talvez ela temesse causar


mortes em qualquer que seja o clã que a recebesse, se seu
pai tentasse levá-la de volta. Eu não sei Dusti. Ninguém

191
poderia responder a isso além dela. Nós teríamos tentado
proteger Antina e lhe dado às boas vinda se ela procurasse
refugio. Talvez ela acreditasse em tudo de ruim que o pai
disse sobre nós. Ele acha que somos muito brandos e
fracos por não sermos tão sanguinários como ele. É por
isso que ele quer governar todos os clãs. É possível que ela
achasse que não poderíamos protegê-la. Nós gostamos de
viver em paz, mas isso não significa que não somos mortais
quando estamos na defensiva. Nós somos. Ela estava feliz
no mundo humano?"

"Sim." Ela lutou contra as lágrimas. "Meus pais estavam


realmente apaixonados. Você poderia ver o quanto eles
significavam um para o outro toda vez que se tocavam. O
que era frequente. Éramos uma família feliz. Ela costumava
dizer que conhecer o meu pai tinha sido o melhor coisa de
sua vida, além das filhas. Nós tivemos um monte de bons
momentos." Memórias de sua infância vieram à tona em
seus pensamentos. "Nós riamos muito."

"Você nunca percebeu nada estranho nela?"

Dusti exauriu seu cérebro. "Ela parecia muito jovem para a


idade. Todo mundo falava isso. Claro, eram apenas nos
genes. Bat e eu sofremos isso o tempo todo, acham que
estamos nos nossos vinte e poucos anos".

“Quantos anos você tem?”

“Trinta e um, e Bat tem trinta e três.”

"Você não parece." Ele fez uma pausa. "Você pode ter
herdado o envelhecimento muito lento que possuímos."

“O que isso quer dizer?”

"Os vampiros não envelhecem a partir do momento em que


são transformados. Lycans têm uma vida útil de cerca de
quinhentos anos.”

192
Ela não podia imaginar. "Você está brincando comigo?
Como isso é possível?"

"Vampiros usam sangue para se curar e sobreviver.


Quando eles se alimentam, reparam a maioria dos danos,
incluindo qualquer envelhecimento. Lycans curam muito
mais rápido do que os humanos. O mesmo se aplica, mas
eles não precisam de sangue. Eles só têm de se manter em
boa saúde por comer regularmente e permitir que a
mudança aconteça de vez em quando. Seria como se um
ser humano se recusasse a usar as pernas para levantar e
apenas ficasse sentado. Ao longo do tempo, isso
enfraqueceria seu corpo."

Ela processou aquilo. "E você? Quanto tempo você vive?"

“Nós não temos certeza.”

“Como é possível?”

"Temos existido por de cerca de 200 anos. Nós


envelhecemos mais lentamente do que os Lycans.”

“Como vocês sabem disso?”

"Basta conhecer um Lycan e um VampLycan nascidos no


mesmo ano. O Lycan vai parecer alguns anos mais velho do
que um dos nossos. É a melhor medida que descobrimos
até agora. Estima-se que pudemos viver oitocentos anos
mais ou menos, mas isso é uma suposição. Também
depende de qual dos dois traços é mais dominante. Um
VampLycan com mais sangue vampiro irá provavelmente
viver mais tempo do que um VampLycan com mais sangue
Lycan. "

"Meu avô tinha cabelos grisalhos quando nos visitou."

"Ele provavelmente os tingiu e colocou maquiagem para


parecer mais velho antes de entrar no mundo humano. Ele
estava atuando para você e sua irmã. Alguns de nós
193
fazemos isso se tivermos relações com os mesmos seres
humanos por tempo suficiente. Tentamos nos misturar e
não levantar suspeitas."

“Que tipo de relações?”

Ele hesitou.

“É um segredo ou algo assim?”

"Não, eu estava pensando em um bom exemplo para usar.


Havia uma família que costumava possuir terras perto de
uma das nossas fronteiras. Meu pai se encontrou com eles
há trinta anos. Eles acabaram se mudando, mas
mantiveram a posse da terra. Dois anos atrás eles queriam
vender, então eles ligaram para o meu pai e queriam que
ele encontrasse com eles. Ele sempre deixa claro para
famílias humanas próximas que ele está interessado se elas
estiverem dispostas a vender. Ele não envelheceu nesse
tempo e eles teriam notado. Ele teve que fingir ser seu
próprio filho." Drantos riu levemente. "Ele não queria usar
maquiagem ou tingir o cabelo para parecer mais velho."

“Funcionou?”

"Sim. Eles venderam a terra para ele e não suspeitaram de


nada”.

Ela processou aquilo. "Eu ia perguntar quantos anos você


tem, mas eu tenho medo de saber a resposta. Eu não
quero ficar enojada, se você for super velho, considerando
onde sua boca estava mais cedo. Apenas me diga que você
não nasceu no em mil oitocentos e alguma coisa.”

Ele riu de novo. “Não nasci.”

"Fico feliz que você ache isso engraçado." Ela engoliu o nó


na garganta. "Você está apenas dizendo isso para me fazer
sentir melhor?"

194
"Não. Você quer saber quantos anos eu tenho?"

Ela balançou a cabeça. "Eu tive choques suficiente para um


dia. Você só parece ter cerca de trinta anos."

"Nós crescemos um pouco mais rápido do que os seres


humanos fazem quando crianças, mas, em seguida, diminui
uma vez que atingimos a adolescência. Lycans tendem a
atingir entre os vinte e trinta anos, isso varia e, em
seguida, o envelhecimento parece parar por algumas
centenas de anos. Pode ser a mesma coisa com a gente. Eu
sou mais velho do que pareço, mas eu nasci nos anos mil e
novecentos. Você está mais quente? Você está tremendo
menos e sua pele não está mais tão fria.”

"Você irradia muito calor."

"Nós somos mais quentes. Eu queria que você tivesse


ganhado esse traço da sua mãe. Eu sabia que você não
tinha reparado quando eu vi como você ficou fria quando o
sol se pôs na noite passada. A este respeito, você é
totalmente humana e precisa ser mantida quente.”

O silêncio se estendeu entre eles. Dusti não estava certa do


que dizer. Ela sabia tão pouco sobre Drantos exceto que ele
certamente não era nada parecido com qualquer cara que
ela já tivesse se interessado. Ela precisava de respostas
que para as questões relevantes no momento. O futuro
parecia sombrio.

"Tem mais daqueles... homens, vindo atrás de nós?"

“Não os que atacaram Kraven e eu.”

O tom de sua voz, a certeza, fez seu coração gaguejar. "O


que isso significa? Como você pode ter tanta certeza?”

Ele ajustou seu corpo em uma posição mais confortável e


puxou-a mais firme contra ele, e continuou a segurar. "Nós
fizemos o que tinha que fazer."
195
“O que vocês fizeram?”

"Eles não vão vir atrás de você novamente. Pelo menos não
aqueles três”.

Seus olhos se arregalaram. O tom sombrio de sua voz,


finalmente, deu-lhe uma dica. "Você os matou?"

"Dois morreram. Um desistiu. Não tivemos escolha, Dusti.


Eles teriam matado meu irmão e eu se não tivéssemos
vencido a luta. Isso teria deixado vocês serem capturadas,
levadas para Decker, e ele teria entregado Bat para
Aveoth”.

Ela sabia lá no fundo exatamente o que ele quis dizer. Ele


matou para protegê-la.

Uma risada irrompeu dela, totalmente inesperada.


Pensamentos tolos e aleatórios a seguiram. Ela imaginou
tentando colocar a besta que ela tinha visto em um caixão.
Não caberia. Isso pareceu engraçado para ela, apesar de
saber que não deveria. Era o que acontecia quando ela
estava sob muito estresse. Era como se humor negro a
ajudasse a lidar com isso.

"Você acha engraçado que eu tive que tirar uma vida?" Ele
pareceu surpreso.

"Não. Eu acho que eu estou tendo um tipo de colapso. E eu


estava pensando que não consegui achar nem mesmo um
cara que me comprasse flores, e você matou por mim. E
nós nem mesmo tivemos um encontro ainda."

Ele puxou-a com força contra seu corpo. "Eu vou cortar um
campo de flores para dar-lhe quando chegarmos à
segurança da casa. Não temos restaurantes na aldeia, mas
eu vou cozinhar o jantar.”

"Isso foi algo doce de se dizer. É um total absurdo, mas eu


aprecio isso."
196
"Você ficaria surpresa com o que eu faria por você, Dusti."
Sinceridade permeava em seu tom.

“Você só quer terminar o que começamos hoje.”

“Não vou negar isso.”

"Você não pode esconder o que você quer de mim a esse


respeito. Eu posso sentir você cavar em meu estômago.
Meu, que pau grande você tem.”

Ele ficou tenso. "Eu não posso evitar. Você está me tocando
e em meus braços. Embora eu saiba que você precisa
descansar. Você está exausta."

Ela assentiu com a cabeça novamente, gostando de


esfregar sua bochecha contra a pele quente. Ela também
amava o jeito que ele cheirava. Masculino e amadeirado. A
parte amadeirada pode estar vindo da árvore que estamos
próximos, ela reconheceu, mas isso não importava.

Ela focou, afastando a frivolidade que ameaçava fazê-la rir.


Sua cabeça flutuou novamente e ela sentiu como se ela
toda pudesse flutuar. Seus dedos das mãos e pés
formigaram...

Ela entendeu os sintomas. Ela não estava tendo um colapso


emocional. Era um físico.

“Nós temos outro problema.”

"Eu sei que você está com fome. Eu posso ouvir seu
estômago roncando. Vamos pegar alguma coisa na primeira
luz, e eu espero que você goste de sushi uma vez que não
posso fazer uma fogueia".

"Não é o meu favorito, mas eu posso comer. Não é isso.


Você disse que teve que deixar a sua jaqueta para trás.
Minhas doses estavam dentro dela. Estou sentindo tonturas
e vertigem de novo. Meus pensamentos estão uma bagunça

197
e as minhas emoções estão por todo o lugar. Vai piorar.
Vou começar a divagar, como se estivesse bêbada, se eu
não desmaiar. Eu vou entrar em choque, e em seguida,
entrar em coma. Aconteceu uma vez, quando eu tinha
quatorze anos. Eu odiava tomar as doses então eu menti
para minha mãe sobre ter tomado uma. Eu apaguei e a
próxima coisa que eu soube, foi que minha mãe estava
olhando para mim com aquele olhar que dizia que eu
estava em apuros. Ela gritou comigo durante uma hora
sobre o quão perigoso era não tomar as minhas doses e
como eu poderia ter entrado em coma profundo.”

"Eu te disse que você não precisa das doses. Você puxou a
sua avó.”

"Certo. O que você vai fazer? Matar um coelho e me fazer


beber o sangue dele? Grande Eca! Eu vomitaria antes
mesmo de engolir. Eu sei que você disse que eu sou parte
vampira, mas eu não posso suportar a visão de sangue. Eu
tentei o voluntariado em um hospital na minha
adolescência para crédito extra durante o ensino médio e
desmaiei na sala de emergência, quando eles trouxeram
um cara com um ferimento na cabeça. Isso faz de mim um
vampiro de merda, não é? "

"Dusti." Ele parecia irritado.

"Eu preciso de uma dose, Drantos. É isso que eu estou


dizendo. Eu acho que a água fria foi muito para o meu
corpo. Eu estou apresentando todos os sintomas de quando
eu fico sem uma dose por muito tempo. Só que pior. O
estresse provavelmente não ajudou." Ela lutou para
acalmar seus pensamentos e manter o controle de suas
emoções. As lágrimas encheram seus olhos, mas ela
conseguiu resistir a explodir em soluços. "Vai ficar pior. É
sempre assim."

“Você confia em mim?”

198
Ela fez uma pausa colocar suas emoções para fora. "Sim.
Você não é um lunático. Você me salvou no avião, me
protegeu novamente daquele animal à beira do rio, e você
me encontrou hoje à noite, evitando que eu morresse na
floresta.”

Ele riu. "Você não tem que parecer tão irritada com isso."

"Eu só não me sinto bem. Eu fico uma vadia quando estou


tonta e assustada. Evita as risadinhas. Confie em mim."

“Monte em mim.”

“Você vai flertar comigo agora? Sério?”

“Monte no meu colo.” Ele repetiu. “Faça isso.”

"Eu pensei que você soubesse que eu estou cansada


demais para sexo."

“Isso foi antes de saber do que você precisa.”

"Eu preciso de sexo? Eu odeio estragar isso para você, mas


só vai me desgastar mais e me deixar mais doente, se eu
fizer atividade física. Eu acho que nadar através do rio me
esgotou ou me deixou em choque.”

“Por favor, confie em mim.”

Ela hesitou, mas quando os braços deles a soltaram, ela se


moveu. Ela não tinha muito espaço de manobra. Ela podia
sentir vegetação fria roçar contra suas pernas quando ela
encarou Drantos e colocar seus joelhos em ambos os lados
do quadril dele. Suas coxas se juntaram e ela se ajustou
até que não tocasse mais a terra fria, exceto por pelas
pernas. O resto dela se sentou no colo dele. A
protuberância em sua calça jeans pressionou contra sua
vagina e suas mãos pressionaram o peito dele.

“E agora?”

199
"Eu vou te fornecer sangue. Incline-se até seu rosto estar
em minha garganta."

Levou alguns segundos para entender o motivo disso.


"Você quer que eu te morda?" O absurdo disso a fez rir.
Não era engraçado, mas ela não se conteve. "Você é louco.
Eu não tenho presas.”

"Não, mas eu tenho garras. Eu vou arranhar minha pele e


sangrar para você.”

Todo o humor dela sumiu. Ela desejou ver o rosto dele.


"Não. Isso é insano. Eu estou começando há ficar um pouco
tonta, mas eu não estou tão longe."

“Você precisa do ferro, Dusti. Você é parte VampLycan.”

"Você bebe sangue?" Ela estendeu a mão para examinar


seu pescoço em ambos os lados onde ele tinha mordido na
noite anterior. Ela não encontrou nenhuma crosta ou falhas
em sua pele lisa. "Você bebeu meu sangue?"

"Eu arranhei sua garganta com uma presa, então eu lambi


para fechar. Minha saliva cura feridas. É um dos traços de
vampiro passados para nós. Ele esconde as marcas de uma
mordida rápida em alguém que nos alimentou para nos
ajudar a sobreviver sem sermos detectados. Quanto mais
saliva, mais rápida será a cura."

Dusti inclinou-se para longe dele. "Você está falando sério?"


Ela procurou em sua pele novamente com as duas mãos,
mas não conseguiu encontrar lesões de cura em seu
pescoço, onde ele havia beijando ela.

"Acalme-se. Eu cheiro seu medo. Nós não precisamos de


sangue como os vampiros."

"Então por que você tomou um pouco do meu?"

200
Seus braços envolveram a cintura dela e ele sentou-se o
suficiente para pressiona-la contra o peito, prendendo-a
com ele. Ela não resistiu. Ele era quente.

"Calma, Dusti. Nós obtemos o nosso sangue comendo


carne. Você nunca encontrará um VampLycan vegetariano.
Eu lhe disse que você puxou Marvella, sua avó. Ela
precisava beber sangue fresco uma vez por semana ou ela
sofreria alguns sintomas da doença. Você, obviamente,
precisa também. Eu precisava testar seu sangue para
determinar exatamente o que você é. "

“E o que eu sou?”

“Principalmente humana, mas mais vampira do que lycan.”

“Você pode sentir tudo isso com só um pouco do meu


sangue?”

“Sim.”

“Que gosto os humanos, Lycans e Vampiros têm?”

“Você realmente quer saber?”

"Eu estou tentando ser racional. Trabalhe comigo ou assista


eu pirar."

Ele riu. "É impossível explicar. Você pode dizer a diferença


entre frango, carne de porco, e carne bovina? Eu posso
dizer a diferença entre as espécies.”

"Isso me perturba em tantos níveis."

"Eu sinto muito." Ele acariciou seus quadris com as mãos.


"Você ainda precisa de sangue."

"Talvez o meu corpo se recupere se eu simplesmente


descansar. Isso acontece às vezes. Eu tive que ir ficar sem
minhas doses por alguns dias quando eu não tive tempo de
ver o meu médico."

201
"Quem é esse médico? Você disse que ele conhecia a sua
mãe?"

"Ele era um velho amigo dela e ela só confiava nele. Minha


mãe era muito protetora conosco. Ela não queria que suas
filhas fossem tratadas por um médico negligente. Ela lia
muitos jornais e gostava de salientar irregulares como
razões pelas quais nós precisávamos ir ao Dr. Brent para
tudo, então ele sempre cuidou de mim. Ele ainda me
atende, embora eu não possa me dar ao luxo de pagar
depois que nossos pais morreram, pelas consultas e pelas
doses. Bat e eu dirigiríamos para vê-lo uma vez por mês
até nos mudamos de volta para a Califórnia depois que ela
conseguiu o diploma de direito. Ele disse que nós éramos
como uma família para ele.”

"Sua mãe sabia de suas necessidades de vampiro, e este


médico também sabe o que você é. É por isso que você não
pode comprar suas doses em uma farmácia. O seu médico
recebe elas dos vampiros. Você não foi medicada com
ferro. Eu sinto o gosto do que suspeito que seja sangue,
misturado com um pouco de sedativo, e algum químico
leve... algo que provavelmente impede a coagulação."

Isso mudava as coisas. "Você tem certeza? Você acabou de


dizer que você conhece o gosto de sangue, mas você não
parece ter certeza."

“É quase como um sangue sintético, ou talvez uma mistura.


Era estranho, mas tinha o mesmo gosto metálico. O
sedativo provavelmente foi adicionado para impedir você de
se sentir chapada com sangue. Você teria sentido isso de
outra forma."

“Chapada com sangue?”

"Pode variar entre um sentimento de ser despertado ou a


sensação de estar embriagada. Dr. Brent não é humano. Eu

202
apostaria nisso. Ele mesmo faz as doses, ou como eu disse,
ele recebe dos vampiros."

"Você espera que eu acredite que o Dr. Brent rouba sangue


de pessoas diferentes para colocar em minhas doses?" Ela
zombou. "Não. Ele é um homem bom."

"Ele poderia ter pegado o sangue de outros pacientes que


ele tem, alguns vampiros possuem bancos de sangue. Eles
pagam aqueles que doam."

"Por quê? Eles não podem simplesmente pegar alguém e


beber?"

"Eles podem, mas alguns vampiros injetam sangue quando


viajam ou precisam se esconder. Eu não tenho certeza do
que eles adicionam para que ele não coagule, mas temos
tido conhecimento dessa prática há alguns anos."

"Mas o Dr. Brent parece tão normal."

"A maioria dos não humanos nas cidades parecem. Eles


tiveram que aprender a esconder o que são. Eu acho que o
seu médico é um Lycan simpático ou um vampiro que
ajudou a sua mãe quando ela teve filhos.”

“Você quer dizer um VampLycan?”

"Não. É extremamente raro um de nós se mudar para uma


cidade. Sua mãe é a única exceção que eu já ouvi falar.
Você já viu um de nós mudar. Não há nenhuma maneira de
nos confundir com um lobo ou um coiote em um parque se
alguém nos visse. Lycans vivem em áreas arborizadas, se
possível, ou perto de grandes parques para que eles
possam mudar e correr. Eles precisam mudar ou, como eu
disse, eles podem ficar doentes depois de um tempo.
Vampiros preferem grandes cidades. Toneladas de opções
de alimentação, é fácil para se misturar, e eles são muito
mais sociáveis com os seres humanos que os Lycans. O seu

203
médico tem que viver na cidade se ele tem tratado de você
a vida toda. VampLycans pode visitar cidades, até mesmo
ficar lá por alguns meses se eles têm negócios a tratar,
mas nunca mais do que isso. "

"Eu vi o Dr. Brent durante o dia." Ela fez uma pausa. "Mas
nenhum dos quartos têm janelas. Eu nunca percebi, até
agora. Seus consultórios foram construídos no porão de um
grande edifício." Ela se perguntou de repente se o homem
que ela sempre conheceu realmente poderia ser um
vampiro ou um lobisomem. "É verdade que vampiros
dormem durante o dia? Eu fui ao seu consultório várias
vezes durante o dia”.

"Ele provavelmente é um Lycan simpático. Os vampiros


mais velhos podem se deslocar sempre que querem, mas
os mais jovens ficam em coma quando o sol nasce até ele
se por."

“Você se transforma em toda lua cheia?”

Ele bufou. "Isso é besteira de filme. Eu admito que ela


chama por nós, mas não temos de mudar. É mais um caso
de melhor caça, uma vez que a maioria dos animais
tendem a baixar a guarda quando a iluminação é melhor."
Ele respirou fundo. "Você precisa de sangue, Dusti. Encare
isso. Perdemos as suas doses. Eu vou ter que sangrar para
que você fique melhor."

"Direto, hein?” Ela estremeceu. "Eu não acho que possa


fazer isso. Mesmo se eu estivesse disposta - e eu estou feliz
em estar cega por causa da escuridão, porque eu desmaio
ao ver sangue – seria nojento".

“Eu vou te distrair.”

“Eu não acho que...”

204
Seus lábios se fecharam sobre as dela. O beijo a
surpreendeu, mas quando sua língua invadiu a boca dela,
ela rapidamente se distraiu. Ela o beijou de volta. Apenas o
gosto dele, a sensação de sua língua explorando a dela,
enviou o desejo por todo seu corpo. Suas mãos agarraram
os ombros dele, puxando ele para mais perto, ele tirou os
braços de trás dela e alcançou entre eles.

Ela ouviu o zíper, ele a levantou o suficiente para abaixar


os jeans e libertar seu pau, e ela queria que ele fizesse
isso. Sua mão deslizou mais baixo sobre o peito dele para
explorar o abdômen tensionado até que seus dedos se
enroscaram em torno da carne quente e desperta. Seu
pênis era grosso, aveludado, mas também lembrava aço de
tão duro que estava.

Ele rosnou em seu beijo, tirando sua boca da dela. Dusti


protestou.

“Não pare.”

"Incline-se para mim. Arqueie seus quadris para que eu


possa chegar até você." Sua voz saiu dura, profunda e sexy
como o inferno.

Ela soltou seu pênis a inclinou-se para longe dele um


pouco. As mãos dela alcançaram o topo das coxas dele,
logo abaixo do joelho para escorar seu corpo. Ela levantou
os quadris um pouco fora de seu colo até que alguns
centímetros os separavam. Ele mergulhou a mão entre
suas coxas separadas, encontrou seu clitóris e massageou.
Ele usou a outra mão para empurrar o tecido da camiseta
que ela usava para fora do seu caminho. Sua palma
calejada subiu pelo estômago dela e então ele provocou o
mamilo com os dedos.

Dusti jogou a cabeça para trás e gemeu. Ela se contorcia


contra seus dedos talentosos, sabendo que não iria

205
demorar muito para ela gozar. O toque de Drantos a deixou
mais quente do que o inferno. Tudo o que ele fazia parecia
amplificado uma centena de vezes do que outros homens a
tinha feito sentir quando eles colocaram suas mãos ou
bocas sobre ela.

"Você está ficando tão malditamente molhada", ele


murmurou naquele tom áspero. "Você cheira tão
incrivelmente bem que eu quero você no meu rosto
novamente, mas agora não é o momento."

Ela discordou, mas só conseguiu gemer em vez de usar as


palavras. Seu quadril balançava contra os dedos dele. Ele
beliscou seu mamilo, levando sua paixão a um nível
superior, e a fez desejar dolorosamente gozar.

Ele liberou o mamilo dela e afastou a outra mão de sua


boceta. "Erga-se e me tome”

Ela não sabia o que ele quis dizer até que ele assumiu. Ele
agarrou seus quadris, ergueu-os com suas mãos fortes, e
ela não tinha escolha a não ser sentar-se. Ela cegamente
encontrou os ombros dele, e os agarrou para manter o
equilíbrio, enquanto ela lentamente a desceu sobre seu
pau. A ampla cabeça dele pressionado contra sua entrada,
deslizando um pouco na umidade escorregadia de sua
necessidade, e em seguida, ele a desceu.

As unhas de Dusti afundaram na pele dele enquanto ela


gemia. O rosto dela caiu para frente até que sua testa
descansou na curva do ombro dele. Ele a torturou com a
maneira lenta que entrou dentro dela. A espessura de seu
pênis esticando suas paredes vaginais até que ele fosse
tudo que ela podia sentir.

Um grunhido suave escapou de Drantos. Seu domínio sobre


ela fez todo o seu corpo tremer um pouco, ele parecia

206
tremer também. Ele congelou, a mantendo suspensa sobre
ele.

“Coloque seus braços envolta de mim.” Ele ordenou.

Sua voz profunda e áspera à fez ficar mais quente. Ele nem
sequer soava como humano, mas com certeza ela esperava
que ele não se transformasse em uma besta debaixo dela.
Ela passou as mãos sobre a pele quente, não sentindo
qualquer pelo. Ela relaxou a tensão que o pensamento dele
mudar havia causado.

Ela passou os braços ao redor de seus ombros e abraçou-o.


Ele a baixou mais, até que a bunda dela descansou em
suas coxas nuas. Ele estava todo dentro dela. Ela gemeu,
ajustado os joelhos para ficarem sobre o musgo ao lado dos
quadris dele, e ergueu seu peso. Ela afundou-se, gemendo
novamente por causa da maravilhosa sensação dele dentro
dela. Ela começou a montá-lo lentamente.

O êxtase a fez gritar contra a pele dele. Cada terminação


nervosa parecia focada no deslizar do pau dele enquanto
ela se movia. Drantos resmungou baixinho, suas mãos
apertando a bunda dela. Ele ajudou-a a deslizar de cima a
baixo sobre ele até que ele apertou seus braços, parando
ela.

“Não pare.” Ela suplicou. “Eu estou tão perto.”

"Você precisa de sangue. Confie em mim. Eu também não


quero parar, mas você precisa tomar de mim. Eu vou me
mover até arranhar minha pele." Ele tomou uma respiração
irregular. "Então eu vou foder você até que você goze
querida. Confie em mim sobre isso. Apenas tome o meu
sangue, enquanto eu faço isso.”

“Eu não sei se...”

207
Ele a baixou rapidamente em seu pau, fazendo-a gritar em
êxtase. Ele a segurou ainda com sua força.

"Você vai fazer isso por mim – por nós. Eu não vou permitir
que você me impeça de cuidar de você. Você é minha."

Suas palavras não fizeram sentido, mas as chamas de


desejo ardendo dentro de seu corpo permitiam que ela se
concentrasse apenas em sua luxúria. Ele soltou uma de
suas mãos da bunda dela, alcançando o pescoço dele. Seu
corpo inteiro ficou tenso por um segundo, e então ele
arfou.

"Beba Dusti. Faça isso por mim."

O cheiro ferroso de seu sangue encheu o nariz dela. Ela


sentiu a umidade de encontro com seus lábios, um pouco
mais a esquerda no pescoço dele. A mão dele voltou a
agarrar sua bunda e ele a levantou, quase se retirou
totalmente do seu corpo, e puxou-a para baixo novamente.
Ela gritou de prazer.

Ele congelou. “Beba.”

Ela virou a cabeça, abriu a boca, e provou a umidade com


gosto de cobre que encontrou lá. Ela hesitou, mas Drantos
começou a se mover, os quadris dele batendo sob suas
coxas, entocando em sua boceta com golpes profundos que
lhe tirava o fôlego por causa da intensidade bruta da fome
sexual. Ela o lambeu não se importando mais se ela estava
bebendo sangue, desde que ele não parasse. O clímax se
construiu suas paredes vaginais o agarrando mais apertado
e aumentando seu prazer. Ela chupou o pescoço dele tão
freneticamente quanto queria gozar.

Drantos rosnou. "É isso aí, querida. Porra, você é perfeita."

As mãos dele ergueram seus quadris e bombeou nela mais


rapidamente. Ela gritou, libertando a pele dele, e começou

208
a gozar duro. Todo o seu corpo estremeceu de prazer
cegante. Ela ficou tensa, tremeu violentamente, e se
agarrou a ele.

Drantos de repente virou a cabeça, a cutucou, e ela sentiu


uma pontada aguda de dor no ombro, onde ele encontrava
o pescoço. Ela gritou conforme outro clímax a atravessou,
duas vezes mais violento que o primeiro. Drantos tremeu
com ela, seus quadris resistindo debaixo dela, e ela sentiu
quando ele gozou. Jatos quentes de seu sêmen aqueceram
seu interior.

Eles se acalmaram, ambos ofegantes, até Drantos soltar


seu pescoço. Sua língua lambia onde ele tinha mordido. A
dor diminuiu até que ela só sentia a língua dele em sua
pele. Ela estava deitada contra ele, mole, seu corpo
cansado demais para sequer tentar se mover.

Ele suavemente rosnou. "Você é minha, Dusti."

“Eu senti você.”

"Eu mordi seu pescoço. Desculpe-me. Eu não queria, mas


não pude resistir. Eu só precisava provar você novamente."

"Eu quis dizer quando você gozou. Eu nunca senti um cara


gozar dentro de mim antes".

Ele acariciou seu pescoço novamente. "Haverá muitas


coisas novas que iremos experimentar juntos."

Ele inclinou a cabeça para trás e Dusti se assustou quando


ele lambeu sua mandíbula. Ela se afastou.

“O que você está fazendo?”

“Limpando o meu sangue que está em você.”

Ela fez uma careta, percebendo que ela realmente tomou o


sangue dele. "Sério?"

209
"Você quer assustar sua irmã quando ela te ver de manhã?
Não há dúvida de que ela nos ouviu." Ele riu, sua voz não
tão profunda como quando eles fizeram sexo. "Você tem
sangue em seu rosto. Vire-se para mim. Você sabe que
gosta da minha língua."

Ela hesitou. "Eu acho que alguns lenços umedecidos seriam


ótimos agora."

“Sim, mas eles não estão disponíveis. Eu estou. Deixe-me


limpar você.”

Ela fechou os olhos e ficou parada enquanto ele lambeu


lentamente o sangue. Parecia estranho, mas não
desagradável, especialmente quando ele selou os lábios nos
dela para roçar um beijo carinhoso lá. Ela separou a boca
para aprofundá-lo, mas ele se afastou.

“Se eu te beijar, vou ter que foder você de novo. Você está
exausta.”

Ela percebeu que o pau dele permanecia duro dentro dela.


"Eu sei que você gozou porque você não está amolecendo?"

“Eu não sou humano.”

"Certo." Ela descansou sua bochecha contra a curva do


ombro dele. "Eu não me sinto fraca ou tonta. Eu acho que
tomar seu sangue funcionou. Eu não quero acreditar, mas
eu não posso contestar o fato de que o sangue está me
afetando da maneira que as doses fazem." Ela realmente se
sentia melhor mais rapidamente do que o normal.
"Obrigada."

"Nunca me agradeça por lhe dar o que você precisa. É meu


privilégio e honra de cuidar de você.”

Ela mordeu o lábio. Ele parecia sincero. Parte dela se sentia


desconfortável com a situação. Ela não conhecia ele a
muito tempo, mas eles tinham acabado de fazer sexo. Era
210
uma primeira vez para ela. Ela normalmente namorava
alguém durante meses antes de tomar esse passo. Drantos
era diferente. Não era apenas por causa de como se
conheceram ou o fato de que eles passaram por tantas
coisas juntos em um tempo tão curto. Havia uma forte
atração que Dusti esperava que eles compartilhassem. Ela
se perguntou se ele se sentia da mesma maneira.

“Isso foi só sexo para você?”

“Não.” Ele a apertou mais.

“Ok.” Ela relaxou um pouco.

"Eu nunca me senti assim antes."

Ela gostou de ouvir isso. "Nem eu." Ela estava quente


agora, não sentia mais frio, e se sentia confortável nos
braços dele. Eles ainda estavam fisicamente juntos uma
vez que ele a manteve em seu colo. Foi o momento pós-
sexo mais íntimo que ela já teve com um homem. Contudo
o silêncio a incomodava; parecia que a ligação emocional
estava faltando. Ela só queria ouvir a voz dele, então ela
disse a primeira coisa que veio à mente.

"Falar sobre estreias. Eu nunca vou para cama com alguém


tão rápido - e eu bebi um pouco do seu sangue. Você está
um pouco assustado também porque você me mordeu
durante o sexo?”

Ele não disse nada.

"Será que você já caiu no sono? Eu sei que caras entram


em pane, após o sexo, mas eu pensei que vocês fossem
diferentes.”

"O que você quis dizer com assustado?"

“Você sabe, a coisa toda de morder e fazer sexo.”

Ele limpou a garganta. "Você vai se acostumar com isso."


211
Ele falou tão baixo que ela mal ouviu as palavras, mas ela
ouviu. Intranquilidade lentamente a atingiu. "Você já fez
isso antes, então? Você morde mulheres durante o sexo?"
Ele faz isso com frequência?

Ela pensou que o que eles fizeram foi especial. Ela estava
sentindo coisas por ele. Isso significava que ele tinha
acabado de sair andando afinal? O que eles tinham
compartilhado tinha sentido tão excepcional para ela.

Ele limpou a garganta novamente e massageava ela com as


mãos. Ela pensou que ele fosse erguê-la para fora dele,
mas ao invés disso ele a colocou mais firmemente contra
ele. "Nenhum de nós era virgem."

"O que uma coisa tem a ver com a outra?"

Ele a segurou apenas um pouco mais apertado. "Você


lembra como não queria saber a minha idade real? Eu
acredito que este é outro assunto que você não quer
discutir esta noite".

Confusão a fez levantar a cabeça para longe dele. Ela


desejou que pudesse ver o rosto dele. "O que você não está
dizendo? Agora eu vou imaginar todos os tipos de coisas
ruins. Apenas me diga. Você bebe o sangue de todas as
mulheres com quem têm sexo? O que nós fizemos é o seu
normal?"

Ele respirou fundo. "Está bem. Às vezes durante o sexo,


VampLycans bebem sangue. Faz parte das preliminares se
eles tem sexo violento, ou se eles querem testar para ver
se a mulher pode ser sua companheira. Um vai morder,
mas eles não se mordem ao mesmo tempo. "

Ela processou aquilo. A imagem de Drantos com outras


mulheres, deixando-as foderem e chupa-lo, era uma
imagem da qual ela não gostava nada. Ela forçou seu corpo
a relaxar e descansou a cabeça em o ombro dele

212
novamente. Não é como se nós estivéssemos
comprometidos ou até mesmo namorando, ela
argumentou, tentando não sentir ciúmes, mas falhando.
Dor veio à tona também. O que eles fizeram estava bem
fora de sua zona de conforto e ela tinha confundido aquilo
com muito mais do que ele achava.

"Dusti? Eu posso sentir seu coração batendo. Eu lhe disse


que você não iria querer saber.".

“Não é grande coisa.” Ela mentiu.

Ele permaneceu em silêncio. Ela ficou parada por um


minuto inteiro.

"Eu deveria tirar você de mim. Eu não consigo dormir com


você dentro de mim."

Ele suavemente amaldiçoou. "Eu não deveria ter te


contado. Você está brava."

"Não. Eu só não durmo montada no colo de um cara com o


pau dele enfiado em mim."

Ele resmungou. "Você vai comigo."

"Eu ainda pretendo me enrolar no seu colo. Você está me


mantendo aquecida."

"Você vai ficar onde você pertence."

Aquilo a fez arquear as sobrancelhas. "O que isso


significa?"

"Durma. Você precisa descansar. Você está confortável


onde você está. Você está exatamente onde eu quero
você."

"Só porque eu transei com você não significa que você


possa me dar ordens."

213
Seu corpo ficou tenso. "Durma Dusti. Nós vamos terminar
essa discussão de manhã, se você quiser. Precisamos
descansar. Tem sido um longo dia."

Ela relaxou. "Está bem. Nós brigamos de manhã. Se eu não


estivesse exausta, você estaria em um mundo de merda
por agir como um homem das cavernas comigo".

Suas mãos percorriam o corpo dela, massageando onde


tocava. "Nenhuma delas importava, querida. Você é
especial pra mim. Você e eu trocamos sangue juntos
durante o sexo. É a primeira vez para mim."

Sua raiva diminuiu. Ele, provavelmente, disse isso a todas


as mulheres com quem ele transou, mas ela queria
acreditar. Ela permitiu a exaustão a tomasse. Ela não
queria lidar com o fato de que ela poderia estar se
apaixonando por alguém que não era humano e que todo
seu mundo tinha virado de cabeça para baixo.

Eu não sou totalmente humana também. As lágrimas


encheram seus olhos, mas as mãos dele massageando seu
corpo a acalmou em um sono sem sonhos.

214
Capitulo Oito
Drantos acordou antes do amanhecer. Ele sabia que tinha
pisado na bola na noite anterior. Ele nunca quis mentir para
Dusti, mas admitir que morder durante o sexo não era raro
com VampLycans irritou ela. Possivelmente a magoou.

Sua respiração lenta assegurou-lhe que ela ainda


dormia. Sua raiva se agitou quando ele se lembrou da
forma que ele a tinha encontrado enrolada em uma bola,
próxima da morte.

Puro ódio por Decker queimava dentro de seu peito. O líder


de clã tinha forçado a única filha a fugir para o mundo
humano para escapar do terrível destino de viver com um
GarLycan. A mãe de Dusti, Antina, ou tinha dito ao homem
com quem vivia a verdade sobre ela ser uma VampLycan,
para realmente formar um vínculo de acasalamento com
ele, ou ela tinha reprimido seus instintos. Teria sido difícil
engravidar, mas não impossível se ela sorrateiramente
bebesse seu sangue, controlando a mente dele para fazê-lo
esquecer. Era um pensamento deprimente ter que viver
assim com alguém.

Não existia um lugar seguro para Antina mudar, até mesmo


dentro de sua casa, se ela tivesse escondido sua natureza
de todos que viviam com ela. Ele ainda não conseguia
imaginar como ela sobreviveu sem ser atacada por
vampiros e Lycans, mas quando soube sobre o Dr. Brent
significava que ela tinha tido algum tipo de uma aliança
com um dos dois. Os vampiros eram mais fortes então ele
apostava que médico era um mestre vampiro. Esses
bastardos não podiam suportar a luz solar direta, mas eles
não tinham que dormir durante o dia.
215
Antena teve duas filhas com um ser humano. Era
responsabilidade dela avisá-las da verdade sobre sua
herança e tê-las preparado para caso do pai dela tentar
usá-las no futuro. A razão de Decker querer Bat no Alasca
não podia ser outra.

Ele não podia culpar Antina por fugir de Aveoth. Isso a teria
condenado a nunca ter uma família ou ser amada. Aveoth
tinha sido um homem bom. As coisas haviam mudado no
final de sua adolescência. Ele tinha se tornado um líder
cruel e depravado que tinha incutido cautela nos
VampLycans após a morte de seu pai. Mas ele não era tão
ruim quanto Decker. Os GarLycan não queriam guerra.
Eles só acreditavam na segregação dos clãs.

Ele fechou os olhos e tentou acalmar sua respiração. Ele


ouviu atentamente os detalhes que tinham a ver com a
mãe de Dusti. Ela morreu antes Dusti atingir a maturidade,
mas Bat tinha dezoito anos. A idade de consentimento. Por
que ela não alertou pelo menos Bat?

Um monte de perguntas fossem deixadas sem respostas.


Ele acreditava que Bat era tão ingênua quanto sua irmã
mais nova, apesar das ressalvas de Kraven. Ele não achava
que Bat teria embarcado voluntariamente naquele avião e
entrado no mundo de Decker se ela soubesse,
especialmente com Dusti ao seu lado. Ela não era submissa
ou o tipo que recebe ordens sem questionar. Drantos tinha
que admitir que a mãe não tivesse dito uma palavra para
qualquer uma das filhas.

Ele ajustou seu abraço sobre Dusti para se certificar de que


ela dormia confortavelmente. Ela poderia ter morrido
quando eles tiveram que se separar. O sangue humano a
deixava fraca e vulnerável. Ele deslizou os dedos pelo braço
dela e segurou a mão leve. Era pequena comparada à mão
dele. Ele correu o polegar sobre uma de suas unhas. Elas

216
eram finas e delicadas. Ela não tinha como se defender.
Não haviam garras embainhadas. Ele só queria proteger
Dusti e faria o que fosse preciso para mantê-la segura.

Talvez fosse isso que Antina pensou também.

Ele suspirou. Era possível que a fêmea VampLycan


acreditasse que estaria lá para lidar com seu pai se ele
alguma vez tentasse levar Bat. Ela tinha sido uma tola, em
supor que fosse capaz de impedir a filha de ser
sequestrada. Decker nunca fazia o trabalho sujo. Ele
sempre mandou seus executores fazerem isso por ele. Ela
teria estado em menor número.

Talvez ela tivesse um espião dentro do clã que tinha


contado a ela que Aveoth já tinha uma amante. É possível
que ela não quisesse contar nada até ser absolutamente
necessário. Então ela morreu antes que isso acontecesse, o
que as deixou em perigo.

A noticia que Aveoth perdeu sua amante tinha se espalhado


rapidamente após a morte de Lane. A bela VampLycan de
outro clã tinha realmente se oferecido para compartilhar a
cama dele. Ninguém sabia como Lane tinha morrido, mas
surgiram rumores de que o líder GarLycan a matou em um
ataque de raiva. Drantos não acreditava nisso. Ele não
queria.

Lorde Abotorus, o pai de Aveoth, tinha sido um gárgula


puro sangue, e ele nunca teria permitido que o filho fizesse
amizades com os VampLycans. Seus clãs poderiam ter
forjado uma aliança, mas ele não tinha ficado feliz com
isso. Era aceitável tomar um como amante, mas o velho
bastardo parecia vê-los como criado. Ele tolerava os
Lycans, uma vez que precisava deles para ter filhos. Fazia
parte do acordo que tinham para viver em paz perto dos
VampLycans. O costume fazia algumas gárgulas desconfiar

217
de qualquer pessoa com sangue de vampiro correndo nas
veias.

O filho tinha desafiado a vontade do pai ao andar com


Drantos e seu irmão. Aveoth se encontrava com ele e
Kraven perto do rio que dividia as terras dos clãs. Ele sorriu
para as memórias daquele tempo. Aveoth podia voar, e
fascinava os irmãos que olhavam para suas grandes asas
quando ele pousava. Ele tinha mostrado a eles como ele
era em sua forma sólida de Gárgula e tinha mesmo levado
eles em alguns voos.

Em troca, eles lhe haviam ensinado como usar os traços


Lycan que seu pai exigia que ele ignorasse. Eles caçavam
na mata, pescavam no rio, e compartilharam as suas
habilidades de luta. Eles imaginaram um futuro onde
Aveoth iria fortalecer os laços entre seus clãs uma vez que
seu pai deixasse o cargo e ele tomasse o seu lugar. Eles
não teriam que se reunir em segredo, preocupados com
Aveoth ser punido se Lorde Abotorus descobrisse que seu
filho tinha estado com eles. Ele e Kraven tinham crescido
pensando em Aveoth como se ele fosse um irmão. Eles
eram tão próximos.

O calor dentro de Drantos desapareceu. Lorde Abotorus não


tinha renunciado, mas em vez disso tinha sido desafiado
por seu próprio filho. Aveoth ganhou. Todos esses anos que
passaram juntos pareciam ter sido fingimento quando
Aveoth cortou todos os laços com os irmãos. Isso tinha
deixado ele e Kraven confusos, e pior, magoados. O menino
com o qual eles tinham uma ligação cresceu e virou um
homem que virou as costas para eles. Eles não previram
aquilo.

Mais de sessenta anos se passaram, e sem uma única


palavra do Aveoth. Nenhuma explicação ou pedido de
desculpas por ter se afastado. Kraven queria viajar para as

218
falésias que os GarLycans chamavam de casa para falar
com ele, mas Drantos era muito orgulhoso. Ele sempre
convencia Kraven a não ir. Aveoth obviamente não queria
nada com eles. Eles não deveriam pedir uma audiência
publica o e admitir que ele os magoou. Ele era apenas
outro líder de clã que evitava outros.

Drantos odiava admitir, mas em sua cabeça, Aveoth tinha


se tornado um pouco como Decker.

Não tão ruim, ele emendou. Aveoth nunca atacou nenhum


dos clãs. Ele manteve as alianças no lugar, e seu povo em
seu território. Aveoth mandava um de seus executores para
compartilhar informações se soubessem de alguma ameaça
na área, e eles faziam o mesmo.

Decker, por outro lado, nunca mandava aviso. Eles não


teriam conhecimento que Decker estava trazendo duas
mulheres da Califórnia se não fosse por alguns espiões
confiáveis no clã. O espião que tinha dito a eles sobre as
mulheres não tinha muitos detalhes para compartilhar, nem
mesmo os nomes, mas ele disse que Decker estava se
gabando e dizendo a todos que a chegada delas significava
que grandes mudanças estavam vindo. E isso não era bom.

Drantos e Kraven se ofereceram para procurar e eliminar a


ameaça. Eles não tinham certeza do que esperar. Só
sabiam que elas não eram vampiras. Decker odiava
vampiros e o voo estava agendado de dia. Drantos tinha
pensado que as mulheres podiam ser representantes Lycan,
e Decker tinha planejado formar uma aliança com suas
respectivas matilhas, a fim de atacar os clãs.

Kraven não se importava com quem elas eram. Ele só


queria a ameaça acabasse. Eles ficaram confusos quando
entraram em um avião cheio de seres humanos. Eles
tinham ido para Anchorage expiar os passageiros e
descobrir como lidar com a ameaça antes que o avião

219
pousasse. Eles pegaram algumas bebidas, e em seguida,
embarcaram no voo.

Kraven tinha se encostado nele, sussurrando: "Merda. Você


acha que ele vai formar uma aliança com os seres
humanos? Talvez os militares? Será que ele bombardearia
nossos clãs e nos eliminaria completamente?"

Drantos discordou. "Ele destruiria a terra que ele quer. E


ele não pode assumir os clãs se ninguém sobreviver. Ele
também causaria problemas para os Vampiros e Lycans.
Todos ficariam aterrorizados por virar alvos se os humanos
descobrissem sua existência. Decker odeia os humanos
mais do que nos odeia. Ele é louco, mas não estúpido." Ele
examinou os passageiros. "Há duas jovens mulheres
viajando juntas. Podem ser elas. Ele pode controlar suas
mentes e forçá-las a sua vontade." Ele olhou para as duas
loiras a algumas poltronas de distância.

"Elas?" Kraven fez uma careta. "Elas parecem tão perigosas


quanto coelhinhas. Para que diabos ele as usaria?"

"A com terninho parece uma cientista. Talvez ele planeje


envenenar todos os outros líderes e seus executores. Isso
deixaria nossas mulheres e os machos mais fracos à sua
mercê. Alguém com conhecimento sobre os produtos
químicos poderiam descobrir o que mata um de nós. "

"Merda." Kraven fez uma careta. "Isso é tão fodido."

"Nós precisamos questiona-las. Nós vamos agarrá-las


assim que pousarmos. Devemos ter cerca de vinte minutos
para sair de lá antes que os executores de Decker
cheguem, o voo saiu adiantado. Decker pode ligar e
verificar o status do voo.".

“Ok.”

220
Tudo tinha ido para o inferno, quando os pilotos
anunciaram que o avião ia cair. Drantos precisava saber o
que Decker tinha planejado, e para isso eles tinham que ter
certeza que as mulheres sobreviveriam. Tinha sido um
choque saber que elas eram netas de Decker, já que
ninguém sabia que Antina teve filhos.

De repente tudo fez sentido. O líder louco não estava


tentando usar seres humanos ou Lycans para travar uma
guerra. Ele não precisa trazer forças de fora. Ele tinha um
clã de GarLycans disponível e influência para fazer uma
aliança com o próprio Aveoth. Decker iria oferecer-lhe uma
nova amante.

Drantos acariciou Dusti, afastando-se de seus pensamentos


sombrios. Ela era muito doce para ser uma descendente
daquele monstro diabólico. Ele silenciosamente jurou não
deixar Decker vencer. Ele precisava proteger sua família e
seu clã. Ele encostou sua bochecha contra Dusti. Isso a
incluía, já que agora ela era sua. Ela nunca acabaria sendo
enviada para Aveoth.

Um leve ruído chamou sua atenção e ele ficou tenso,


farejando o ar. O céu tinha clareado, mas o sol não se
elevava acima das montanhas ainda. Poderiam ser mais
executores enviados por Decker. Ele iria combatê-los até a
morte se tentassem levar a mulher em seus braços.

Ele gentilmente moveu Dusti e colocou-a no chão ao lado


dele. Ela estremeceu em seu sono, mas prontamente se
enrolou em uma bola apertada, e não acordou. Levantou-se
e arrumou suas calças, fechando ela. Ele ficou tenso, suas
garras deslizaram para fora de seus dedos.

Um galho estalou à sua esquerda. Ele franziu os lábios e


suas presas brotaram. Ele rosnou em aviso caso fosse
Kraven. Ele queria que Dusti dormisse por tanto tempo

221
quanto possível. Ele cheirou de novo e pegou um cheiro
familiar.

Seus músculos rígidos relaxaram e ele se inclinou, puxando


sua camisa sobre o corpo exposto de Dusti. Ele se
endireitou e colocou seu corpo em frente a ela.

Uma forma surgiu por entre as árvores e ele avançou mais


alguns passos ao encontro de seu primo. "É bom ver você,
Red."

"Então, o avião caiu. Você fez isso?" O homem ligeiramente


mais alto inclinou a cabeça, farejando, então seu olhar se
estreitou quando viu Dusti. "É uma delas? Você fodeu ela?”

"Ela é neta do Decker. As duas são."

"O quê?" Seu primo pareceu chocado.

“Parece que Antina teve duas filhas.”

Um rugido irrompeu de Red. “Porque vocês não as


mataram?”

"Eles são inocentes. O pai era humano e Antina nunca disse


a elas sobre a herança delas. Elas não tinham a menor
ideia de que eram diferentes, uma vez que têm muito do
sangue do pai delas. Elas embarcaram no avião acreditando
que o avô perdido há muito tempo estava morrendo. O
bastardo planejava usar sua ignorância para fazer com que
elas viessem direto para ele." Ele explicou o que ele
supunha ter sido o plano de Decker.

"Você deveria ter acabado com a ameaça. Decker não pode


entregar elas a Aveoth se estiverem mortas."

"Não." Drantos mudou sua posição para manter Dusti fora


da vista de Red. "Ela é minha."

"Merda!" Red deu um passo para trás. "Você está certo


disso?"
222
"Sem dúvida. Eu passei um tempo com ela e a ligação está
lá.".

"Seu pai não vai ficar feliz com quem ela é, e estou certo
de que sua mãe vai gostar ainda menos. Você sabe que
isso vai causar uma tonelada de problemas para o nosso
clã. Decker não vai apenas esquecer. Ele finalmente tem
influência para usar contra Aveoth."

"Eu não posso lutar contra a biologia. Decker vai morrer se


ele vier atrás de Dusti. Aveoth também. Não vou deixar
qualquer um deles tê-la."

Red ficou em silêncio por um longo momento. "Como você


está lidando com a descoberta de que ela é sua
companheira?"

Drantos avaliou suas emoções. "Foi uma surpresa."

“Quão humana ela é?”

Ele pensou em não responder, mas confiava em Red. Eles


eram quase tão próximos como irmãos. "Muito. Ela tem
alguns traços de vampiro.”

"Presas e sede de sangue?"

"Não. Ela só fica fraca se ficar sem sangue, pelo que tenho
sido capaz de verificar. O desejo por sangue cresce quando
ela está sob estresse físico. Lesões a debilitam se não lhe é
dado sangue."

“Ela é sensível ao sol?”

“Felizmente não.”

"Sua mãe não lhes disse nada sobre nós?"

A raiva agitou novamente. "Nem uma maldita palavra.


Dusti pensou que eu estava louco quando eu tentei contar a
ela sobre VampLycans, até que nós nos encontramos com

223
alguém do clã do Decker. Ela viu um executor em forma
animal."

"Merda." Red ficou tenso, ficando alerta. "O clã dele está na
área? Nós não encontramos nenhum deles."

"Eu peguei um, e dois deles encontraram Kraven. Presumo


que mais de nós estão nas proximidades?"

"Sim. Nós nos separamos para cobrir mais terreno para


procurar por vocês."

Drantos estendeu a mão. "Pode me emprestar sua jaqueta?


Ela teve de fugir através do rio e só tem a minha camisa
para vestir. Ela não pode manter o próprio corpo aquecido."

Red encolheu os ombros e passou a jaqueta. "Você sabe


que isso vai causar um rebuliço quando voltarmos para
casa. Elas não são apenas principalmente humanas, mas
também são do sangue de Decker. Isso não vai fazer com
que as pessoas gostem delas."

"Marvilella era do nosso clã. Elas carregam o sangue dela


também."

“Eu me esqueci disso.”

“Espero que os outros também não tenham esquecido, ou


vou fazê-los lembrar.”

Drantos se virou e se aproximou de Dusti. Ela estremeceu


em seu sono e ele não poderia deixar de notar o arrepio
que passou por seus braços e pernas. Ele caiu de joelhos e
agachou-se perto ela.

"Dusti? Acorde. Meu clã nos encontrou".

Ela demorou a acordar o que o preocupou. Ele abriu a


jaqueta. "Dusti. Acorde." Ele usou um tom severo e seus
olhos se abriram. A confusão era fácil de ler enquanto ela
olhava para ele. Ele mostrou-lhe o casaco. "Coloque isto."
224
Aquilo a colocou em movimento. Ela se sentou e lhe
permitiu envolvê-la na jaqueta. Ele não gostou muito disso,
Dusti com o cheiro de Red, mas mantê-la quente era mais
importante. Ele a colocou de pé e, em seguida, pegou-a nos
braços, com cuidado para cobrir sua modéstia.

"Se enrole em mim, querida. Você está descalça e nós


vamos estar nos movendo rápido."

“Obrigada por não me jogar sobre seu ombro.”

Seria mais fácil para ele transportá-la dessa maneira, mas


ele não queria expor sua bunda para seu primo ou qualquer
outra pessoa, se a camisa e jaqueta subissem. Ele avançou
até se apresentar perante Red. Seu primo forçou um
sorriso que não alcançou seus olhos. Ele estava feliz que
não teve que rosnar para ele ser educado.

Dusti se agarrou nos ombros dele quando vislumbrou Red


pela primeira vez. Seus braços deslizaram ao redor de seu
pescoço e abraçou-o apertado. Seu corpo ficou tenso nos
braços deles. Instintos protetores bateram nele quando
identificou o medo.

"Está tudo bem", o garantiu. "Eu quero que você conheça


Redson, Dusti. Ele é meu primo. Você pode simplesmente
chamá-lo de Red."

"Olá." Red inclinou a cabeça.

"Oi," ela sussurrou.

Drantos recuou, colocando mais distância entre ele e Red.


"Kraven está perto, com a irmã dela. Eu poderia levá-lo até
eles."

Red olhou para Dusti então segurou o olhar dele. "Vou


encontrá-los. Apenas siga para o norte e você vai encontrar
o resto do nosso grupo. Eles vão encontrá-lo se você não
conseguir achar eles."
225
Ele apreciou a oferta de seu primo para procurar o outro
casal sozinho. Ele queria levar Dusti para segurança, mas
ele não queria que ela tivesse medo ao mesmo tempo.
"Obrigado."

Red cheirou o ar e Drantos sacudiu a cabeça. "Eles estão


nessa direção."

"Vejo você em breve." Red saiu.

Drantos ajustou Dusti em uma posição mais confortável.


"Ninguém vai te machucar."

"Tudo o que posso pensar é no que eu vi ontem. Todo


mundo pode se transformar em uma daquelas... criaturas?"

Ele percebeu que levaria algum tempo para ela se


acostumar com os VampLycans sem sentir medo. Não seria
um bom sinal para o futuro se ela não pudesse aceitar o
que ele era, ou o resto do clã. Mas ela teria que fazer isso,
já que nunca estaria segura se voltasse para sua antiga
vida. Decker só iria enviar mais de seus executores atrás
dela e Bat. Drantos não estaria lá para protegê-la.

Ele também não iria deixá-la ir.

"Sim." Ele não iria suavizar a verdade. "Nós somos


pessoas, Dusti. Você não tem medo de mim."

Ela enfiou a cabeça contra sua garganta. Ele notou que ela
não disse nada. Ele reprimiu um rosnado frustrado.

"Basta se segurar e tentar esconder o seu medo."

Dusti só queria falar com sua irmã. Bat precisava saber de


tudo e sua irmã mais velha era muito melhor em avaliação
dos fatos para criar um plano de ação. Ela processou as
palavras de Drantos. "Por que eu precisaria esconder o meu
medo?"

226
"Eles podem sentir o cheiro e isso seria considerado uma
fraqueza."

"Certo." Ela ainda estava um pouco grogue, mas aquilo a


fez voltar ao normal. "Eu vi no Animal Planet que às vezes
isso atrai predadores. Eu vou cheirar como comida para
eles ou algo assim?"

Ele bufou. "As coisas que você diz. Não. É que fraqueza é
considerada como uma coisa ruim. Eu gostaria que meu clã
te respeitasse. Isso significa que você precisa ser corajosa.
Eu nunca iria permitir que ninguém te machucasse. Confie
em mim, se não confiar em mais ninguém. Isso faz você se
sentir mais segura?"

“Aquele cara era bem grande.”

“Red?”

“Sim. E ele era assustador. Ele não gostou de mim.”

“Ele não disse isso.”

“Ele não precisou dizer. Foi o jeito que ele olhou para mim.”

"Você é a neta do Decker. Ele ficou surpreso, mas vai


superar isso. Qualquer coisa associada com o seu avô é
recebida com desconfiança e antipatia.”

"Ótimo. Você sabe como me sinto sobre Decker Fillmore.


Ele é um babaca."

"Eles vão perceber isso e entender que você não é nada


como ele."

“Espero que sim.”

"Eu também", ele murmurou. "Não se assuste quando você


os vir e lembre-se que você está totalmente segura."

"Não mostrar medo." Parecia fácil. Ela travou os dedos na


nuca dele. Ela confiava em Drantos para mantê-la segura.
227
Ele enfrentou aquela besta infernal para protegê-la.
Pessoas em pele, não importa o quão grande fossem,
tinham que ser mansas em comparação. Ela tomou
algumas respirações profundas. "Entendi."

"Bom." Ele baixou mais a voz. "Eles estão se aproximando


de nós. Eu posso cheirar eles."

Ela examinou os bosques até que ela viu um movimento na


base de uma árvore. Uma daquelas grandes criaturas
bestiais apareceu. Drantos parou e apertou-lhe, como se a
lembrasse de que ele iria mantê-la segura.

"É alguém do meu clã", ele sussurrou. "Não o inimigo."

Dusti tentou não olhar, mas era impossível. A criatura era


grande, com uma aparência cruel, e tinha dentes afiados.
As garras nos dedos provavelmente poderia rasgar carne
tão facilmente como se a pele fosse manteiga. Ela respirou
fundo e tentou controlar seu coração frenético. A criatura
rosnou, parecendo hostil. Dusti ficou tensa, rezando para
que não atacasse.

"Elas foram criados no mundo humano e não sabiam sobre


nós", Drantos anunciou, falando com a criatura. "Sua mãe
era VampLycan mas seu pai era um humano."

A criatura se sentou sobre as ancas, olhando diretamente


para ela. Ela não rosnou ou ficou em posição de ataque.
Mas os olhos escuros a assustaram. Elas pareciam maus.
Ela também tinha uma longa juba preta. A que ela tinha
visto no dia anterior não tinha uma que quase tocava o
chão.

Ela rosnou novamente, fez uma pausa, e choramingou um


pouco. Drantos balançou a cabeça. "Ela nunca soube da
verdade desde que ela não apresenta traços suficientes que
teriam traído o que ela era. Ela não está com medo. É só o

228
que ela viu outro de nós, e ele tentou tirá-la de mim. É por
isso que ela está desconfiada.”

Ele entendeu que eles estavam tendo uma conversa. Isso a


surpreendeu. "Você entende os rosnados?"

"Não exatamente, mas nós usamos tons diferentes. Eu


posso adivinhar o que as perguntas seriam de acordo com
eles, ou adivinhar o humor por sons, e também imaginar
que eu estaria pensando e sentindo.”

Drantos suavemente se inclinou e colocou-a no chão. Ele


apertou a mão dela e segurou firme. Ela se perguntou se
ele fez isso para ela se sentir segura ou para evitar que ela
corresse de volta para floresta quando viu mais pessoas.
Eles estavam em pele, pelo menos.

A criatura rosnou novamente e Drantos balançou a cabeça.


"Não mude. Ela vai se acostumar com sua aparência”.

A criatura ignorou, se apoiou em suas quatro patas e


abaixou a cabeça - em seguida, ela começou a mudar.

O pelo retrocedeu enquanto Dusti olhava com fascinação


horrorizada. Ela fez ruídos repugnantes que ela adivinhou
serem ossos estalando conforme sua forma encolhia. O tom
de pele clareou ligeiramente quando se tornou mais
humanoide. Finalmente uma mulher estava diante deles,
esticando enquanto ela se levantava, parecendo arrumar as
torções em seus ombros e braços.

A mulher era alta e magra, e quando jogou o cabelo para


trás para tirá-lo de seu rosto, ele caiu até sua bunda. Sua
nudez não parecia incomodá-la, mas incomodava Dusty.
Seios rosados da mulher foram exibidos e ela parecia
indiferente ao amanhecer.

"Quem é a mãe dela?" Ela tinha uma voz rouca.

229
Drantos fez uma pausa. "Você se lembra da filha do Decker
que desapareceu? O nome dela era Antina."

A mulher se aproximou e seus olhos castanhos escuros se


arregalaram. "Eu pensei que ele a matou ou ela tivesse
cometido suicídio para evitar seu destino."

"Ela estava se escondendo entre os seres humanos. Ela


acasalou com um e teve duas filhas. Esta é uma delas.
Kraven está com a outra."

A mulher tinha uma maneira graciosa, quase felina de se


mover conforme ela avançou. Suas narinas se alargaram e
ela parou com um solavanco. Seus olhos se estreitaram e
fixaram-se em Drantos. A raiva era uma emoção fácil de
ler.

"Você fodeu ela? Eu sinto seu cheiro nela toda.".

“Ela é minha, Yonda.”

"Não." Ela balançou a cabeça, algumas mechas de seu


longo cabelo caindo para frente e escondendo um dos
seios. "Isso não pode ser."

“É sim.”

Yonda empalideceu consideravelmente. "Ela fede a


humano. Não pode ser! Você não pode aceitar um humano.
Você é o filho mais velho. Ela não é boa o suficiente para
você!"

"Ela tem sangue VampLycan. É fraco, mas está lá. E você


sabe que isso não é uma exigência."

A mulher assustadora rosnou e baixou o queixo, olhando


para Dusti. Se olhares pudessem matar... Eu estaria morta
agora. Ela se aproximou de Drantos e até mesmo deu um
passo para trás, colocando parte de seu corpo atrás dele.
Era impossível desviar um olhar com aquela quantidade de

230
raiva dirigida a ela. Ela só não sabia por que Yonda a
odiava o suficiente para parecer que queria rasga-la no
meio.

"Chega," Drantos ordenou. "Nem sequer pense nisso. Ela


pertence a mim e eu vou defendê-la. Eu odiaria bater em
você, mas eu faria isso."

Dusti geralmente se ressentia quando ele era possessivo


com ela, mas, naquele momento, ela estava feliz. A mulher
deu um passo para trás, mas não pareceu feliz com isso.
Pura raiva parecia irradiar dela. Isso confundiu Dusti, mas
também era assustador. Ela testemunhou aquela mulher
mudar de uma besta infernal. Ela poderia mudar de volta.

"Yonda," Drantos estalou. "Vá esfriar a cabeça."

Yonda não se moveu. Ela virou a raiva para ele. "Será que
ela sabe o quão importante é o seu lugar no nosso clã? Ela
é fraca, Drantos. Você não pode fazer isso? Você explicou
seus deveres como filho mais velho para ela?"

"Não é da sua conta. Caia fora, Yonda."

"Você sempre foi da minha conta! Eu não posso permitir


que você cometa um grande erro como esse."

Dusti olhou entre o casal, um sentimento doente fixando-se


em seu estômago. Ela suspeitava que Yonda tivesse sido
uma das mulheres com quem Drantos tinha dormido. Ela
estudou-a - e, em seguida, uma suspeita pior a arranhou.
Ela teve que fazer a pergunta.

“Você é a namorada dele?”

Yonda olhou para ela, seu olhar fixo em Drantos. "Nós não
usamos esses termos. Que termo é usado para quando ele
dorme mais na minha cama do que na própria?”

231
Dusti tentou soltar sua mão da dele. Drantos tinha uma
namorada, mas ele tinha dormido com ela.

Ela sentiu-se traída e seus medos se tornaram realidade.


Ela pensou que ele poderia partir o coração dela, mas não
esperava que seu romance crescente tivesse uma parada
brusca tão cedo. Doeu muito mais do que ela pensou que
doeria. Ela se preocupava com ele mais do que imaginava
até aquele minuto. A dor lacrimejante em seu peito provou
isso.

Ele virou a cabeça e franziu a testa. "Eu posso explicar."

“Me solte.”

Ele recusou. "Dusti, você não entende."

"Você estava dormindo com ela antes de me conhecer?


Você mora na casa dela?"

"Eu durmo lá às vezes. Eu não vivo com ela. Não é o que


você está pensando."

"Me solte", ela repetiu, mais alto. Ela não estava mais com
medo. Ela estava magoada e irritada. "Eu não quero que
você me toque. Você é um bastardo traidor e você fez de
mim uma parte disso." Ela olhou para Yonda. "Eu não
sabia. Eu sinto muito."

"Ele é bom demais para você", Yonda cuspiu.

Agora, a mulher estava sendo rude e agindo como uma


cadela. Dusti torcia sua mão e empurrava Drantos com a
outra. "Solta."

"Vocês chamam isso de ‘amizade colorida’ em seu mundo."


Ele soava e parecia furioso. "Nós não tivemos nenhum
compromisso." Ele virou a cabeça na direção a Yonda.
"Diga a ela!"

232
"Você acha isso vai ajudar no seu caso?" Dusti socou seu
braço, ainda tentando libertar a mão. Ele a segurava tão
forte que quase doía. "Temos mais um termo do meu
mundo que se aplica. Você é um vadio. Não, obrigado. Eu
estou tão cansada disso. Solte."

"O que está acontecendo aqui?"

A voz profunda de um homem assustou Dusti e ela virou a


cabeça, olhando para o grandalhão em meados dos trinta e
poucos anos saindo da floresta. Ele estava vestido, pelo
menos, não era uma criatura. Ele usava uma camiseta,
calça jeans desbotadas e tênis de corrida. Seu cabelo era
um pouco comprido e ela notou a semelhança com Drantos.
Era provavelmente outro primo dele.

"Pai". Drantos a soltou e baixou a cabeça.

Dusti ficou boquiaberta. Ela olhou para os dois homens,


esfregando sua mão livre para fazer circulação voltar para
os dedos. Eles só pareciam ter alguns anos de diferença.
Drantos tinha dito que os VampLycans envelheciam
lentamente, mas ainda assim foi um choque.

"Eu perguntei o que estava acontecendo." O homem parou


a poucos passos de distância e cheirou. "Está é uma das
associadas de Decker?"

"Ela é neta dele." Drantos levantou a cabeça. "Ela e a


irmã..."

O homem ligeiramente mais velho rosnou e avançou,


tentando agarrar Dusti.

Ela engasgou e recuou, mas Drantos foi mais rápido. Ele


colocou seu corpo entre eles. Um alto e aterrorizante
rosnado veio dele. Seus corpos se chocaram e Drantos
usou seu peito para empurrar o outro homem de volta.

“Não.”
233
"Você está protegendo os parentes de Decker? Saia do meu
caminho, filho. Isso é uma ordem."

"Não! Ouça-me, pai. Ela não está alinhada com Decker. Ela
o odeia tanto quanto nós."

"Mentiras", o homem rosnou. "Ela é do sangue dele e eu sei


o que isso significa. Ela será oferecida a Aveoth em troca
da ajuda dos GarLycans para abater os outros clãs. Eu vou
matá-la antes de permitir que isso aconteça. A irmã está
morta? "

Drantos ampliou sua postura e levantou seus braços, suas


garras deslizando para fora. Dusti recuou até que uma
árvore bloqueou sua fuga. Ela estava tentada a correr, mas
Yonda aproveitou a oportunidade para se aproximar de sua
esquerda, olhando para ela. Dusti ficou parada, com medo
de se afastar mais da proteção de Drantos.

"Não. Ela está com Kraven. Eu sei que você está furioso,
mas me escute", Drantos exigiu. "Elas não sabiam sobre
nós ou o que estava acontecendo aqui. Decker as atraiu
para o Alasca fazendo com que elas pensassem que ele
estava morrendo. Você sabe que a filha dele fugiu. Antina
acasalou com um humano e nunca disse as filhas sobre
suas heranças. Elas não tinham nenhum contato real com
Decker".

"Elas ainda representam perigo. Não posso permitir que


uma guerra comesse. Suas mortes vão acabar com isso
aqui e agora."

"Não me faça fazer isso, pai." Drantos não se moveu. "Você


não está sendo razoável."

"Estou protegendo a vida de muitos VampLycans. Duas


mortes são melhores do que dezenas ou centenas. Isso
deve ser feito. Saia do caminho agora mesmo."

234
"Não!" Drantos rosnou.

Seu pai rosnou de volta.

Dusti ficou de boca aberta, horrorizada que pai e filho


pareciam estar prestes a lutar. Mais pessoas vestidas
chegaram, observando os dois homens. Ela olhou para os
estranhos, vendo choque e consternação em muitos rostos.

"Você vai me desafiar?" Velder sibilou as palavras. "Eu lhe


dei uma ordem direta, Drantos. Duas vidas não valem
muitas outras. Nós dois sabemos disso."

"Eu não estou desafiando você." Drantos falou alto e claro.


"Eles são as netas de Marvilella. Não se esqueça disso. Ela
era do nosso clã. Eles precisam de refúgio."

Velder pareceu considerar brevemente. "Vamos nós


mesmos entrega-las a Aveoth então, sem restrições. Ele
pode escolher uma delas. Essa é a melhor opção que estou
disposto a dar ".

"Esta é minha." Drantos rosnou baixo. "Aveoth não vai tê-la


- e Kraven vai lutar por sua irmã. Os laços não serão
negados. Não nos peça isso."

O outro homem cambaleou para trás alguns passos até que


Dusti pode ver seu rosto. Ele parecia completamente
horrorizado. "Não!"

"É a verdade. Você não vai entregá-las aos GarLycan. Eu


vou lutar com Aveoth até a morte antes de deixa-lo tocar
no que me pertence, e Kraven sente o mesmo. Você pode
perguntar a ele quando ele chegar, o que deve acontecer
em breve."

"Diga que você o proíbe!" Yonda gritou. "Ela é humana.


Cheire ela. Fraca!" A mulher virou a cabeça e cuspiu no
chão. Ela olhou para Dusti. "Não é digna de um de seus

235
filhos. Ela já está causando discórdia em nosso clã. Seu
filho está abertamente desafiando você. Mate ela!"

O homem mais velho virou a cabeça na direção dela e suas


feições torceram em uma máscara de raiva. "Fique fora
disso."

Yonda baixou a cabeça e se afastou. "Eu sinto muito,


Velder."

"Este é um problema de família. Diga aos outros para se


preparar para a viagem para casa e fique de boca fechada
sobre o que você ouviu. Eu não vou tolerar fofoca." Ele se
virou, dirigindo-se ao resto das pessoas que se
aproximaram. "Meu filho não está me desafiando pela
liderança. Este é um desentendimento familiar. Nós
estamos indo embora. Vão agora!"

Yonda girou e fugiu, correndo rápido. Ela estava totalmente


nua, mas não pareceu se importar. Dusti observou-a até
que estava fora de vista e viu os outros a seguirem. Ela se
virou, e se concentrou de volta no pai de Drantos. Ele
parecia estar tendo uma disputa de olhares com o filho.

"Nem sequer pense em ferir qualquer uma delas", advertiu


Drantos. "Kraven e eu vamos deixar o clã se você nos
obrigar."

"Você acabou de me desafiar na frente dos outros."

"Eu não vou deixar você matar Dusti ou a irmã dela. Ela é
uma inocente no meio dessa bagunça. Ela pode ter o
sangue de Decker Filmore, mas esse é o único laço que eles
têm. Muitos de nosso povo têm laços de sangue com o
outros do clã dele. Isso não faz deles nossos inimigos."

"Decker vai atacar nosso clã para recuperá-las."

236
"Eu estou ciente disso, mas não significa que estou disposto
a entregar Dusti. Vou sair com ela e ir para outro lugar, se
você não quiser lutar com ele."

"Eu vou arrancar o coração de Decker e faze-lo comer se


ele ousar pisar em nosso território. São os GarLycans eu
não quero lutar com eles." Velder fez uma pausa, olhou
para Dusti, então de volta para o filho. "Mantivemos a paz
desde que nos assentamos nesta área. Temos também
muitas mulheres e crianças, Drantos. Eu tenho que
protegê-los a qualquer custo. Eles também são seus para
proteger, bem como, são de sua responsabilidade como
meu filho.”

"Dusti é a minha companheira", Drantos declarou com


firmeza. "Estou certo disso."

"Terminamos de conversar por agora. Mas isso não acabou.


Ninguém vai esquecer o que testemunharam aqui, mas
vamos enfrentar as consequências mais tarde. Eu não
quero deixar nosso clã desprotegido, agora que eu sei o
que Decker planeja. Ele já poderia ter contatado Aveoth
para lançar um ataque." Velder virou-se e levantou a voz.
"Movam-se. Estamos voltando para casa."

Drantos virou e franziu a testa para Dusti. Ele olhou para os


pés dela. "Eu vou carregar você. Venha aqui." Ele estendeu
as mãos para ela.

"Esqueça isso." Ela avançou lentamente em torno dele e


evitou tocar em suas mãos. O chão estava frio contra seus
pés descalços, mas ela não queria que ele a tocasse
novamente. "Eu posso andar."

"Dusti." Frustração soou em sua voz.

Ela evitou seu olhar. "Pare. Você não tem que se desculpar
com a sua namorada?"

237
"Droga," ele rosnou. "Não é assim." "Me poupe." Apesar do
fato de que ele tinha protegido ela novamente, ela ainda
estava com raiva e magoada. A situação com a namorada
ou ex, que seja, não caiu bem nela. Ela apressou o passo,
seguindo o pai dele. O homem não foi amigável e ele queria
atacá-la, mas ela cansou de discutir com Drantos. Não há
desculpa para ele estar envolvido com uma mulher e, em
seguida, transar com ela. Ele não havia mencionado nada
sobre Yonda, mas deveria ter.

Mais pessoas estavam à frente deles, uma vez que saíram


da área espessa com árvores. Uma estrada de terra
curvava fora da vista e dois caminhões cuidadosamente
apareceram ao longo dela, parando onde o grupo estava
reunido. Eles eram um bando com aparência atlética e
rude. Yonda caminhou para um dos caminhões e abriu a
porta. Ela retirou uma roupa dobrada de dentro e se vestiu.
Era surpreendente para Dusti que ela parecia não ligar para
todos os homens ao seu redor. Alguns deles estavam
olhando para a mulher curvada, obviamente olhando para
bunda dela.

Em que tipo de mundo Drantos vivia? Isso a perturbou e a


fez ficar ainda mais desconfiada dos VampLycans. Sua mãe
tinha sido um deles e fugiu. Ela estava começando a
entender o porquê. Eles simplesmente não eram o
suficientemente... Humanos. Sua modéstia era inexistente
e eles pareciam ser uma raça brutal.

A visão de Bat e Kraven através da clareira, juntamente


com Red, a fez se sentir aliviada. Sua irmã parecia pior do
que apenas desgastada, mas estava viva. Ela parecia estar
discutindo com Kraven. Velder mudou de direção e avançou
sobre eles. Ela o seguiu, mas Drantos repente agarrou seu
braço, ganhando a atenção dela.

238
"Nós mantemos algumas cangas nos caminhões para
quando mudamos. Venha comigo e vamos cobrir suas
pernas. Elas estão frias."

"Minhas pernas não são da sua conta." Ela saiu de seu


aperto. "Eu vou falar com a minha irmã."

Ele plantou o corpo no caminho dela. "Cubra as pernas


primeiro." Ele olhou ao redor e parecia furioso. Sua voz
baixou. "Eles estão olhando para elas."

Ela olhou para alguns dos homens mais próximos a eles e


percebeu que eles estavam a avaliando. Ela não gostou.
"Ok. Vou usar uma canga."

Ele apontou para a caminhonete que Yonda não estava


perto. "Bem ali."

Ela girou e avançou sobre ele. Drantos foi quem abriu a


porta do passageiro. O chão tinha pilhas de tecidos
dobrados. Ele agarrou um preto no topo e virou, abrindo-o.
Ele mesmo começou a dobrar, como se ele pretendesse
ajudá-la a vestir. Dusti apenas puxou-o de suas mãos.

"Eu posso fazer isso sozinha."

"Dusti", ele sussurrou. "Você precisa confiar em mim."

"Sem chance", ela murmurou, descobrindo que a canga era


muito parecida com uma versão menor de uma toalha. Ela
envolveu-a em torno de sua cintura e amarrou em um nó
para que ela formasse uma saia que alcançava seus
tornozelos. "Você estava namorando com aquela mulher
antes de nos conhecermos. Isso é confuso em todos os
jeitos, Drantos."

“Olhe para mim.”

Ela soltou o tecido macio e jogou a cabeça para trás,


olhando para ele. "O que?"

239
"Eu disse que não era assim. A gente estava transando."

"Ela queria que seu pai me matasse. Ela disse que eu não
era boa o suficiente para você. Ela age como uma
namorada ciumenta."

"É porque você é humana. É difícil de explicar." Ele franziu


a testa. "Nós vamos discutir isso com tempo uma vez que
eu levá-la para a minha casa. Agora não é o momento.
Você ainda está em perigo e o clã também. Basta ficar
perto de mim e fazer o que eu mandar."

Ela só queria abraçar sua irmã e ir para casa. Ela estava


cansada do Alasca, do avô insano, da coisa toda de
VampLycan, e especialmente de Drantos. Sua vida tinha
virado uma merda desde que ela e Bat embarcaram
naquele voo. Ela estava com fome, dor, e se sentia
miserável. Eles haviam sobrevivido a uma queda de avião
e, em seguida, tinha sido sequestrada do local do acidente.
Para piorar as coisas, ela quase tinha sido atacada por
algum animal infernal. O quase afogamento no rio e ter
quase se transformado em um picolé humano não tinha
sido divertido, também. Por último, mas não menos
importante, ela descobriu que sua mãe mantinha grandes
segredos e ela não era o que ela aparentava ser.

Todas essas coisas a fizeram baixar a guarda o suficiente


para confiar no homem na frente dela. Que era um
bastardo traidor.

Lágrimas encheram seus olhos. Era demais. Isso tudo


bateu nela de uma vez. Eles não estavam mais sozinhos na
mata e as pessoas estavam ao redor deles. Talvez não
pessoas. Criaturas em pele. Ela lançou um olhar assustado
ao redor, realmente entendendo que ela não era nada
parecida com eles. Ela e Bat estavam cercadas por coisas
que elas provavelmente teriam pagado dinheiro para ver
em um filme de terror.

240
Eu estou tendo um colapso, ela reconheceu, mas não tentar
controlar suas emoções. Eu tenho o direito a um após toda
essa merda aconteceu.

Não era realmente culpa de Drantos que seu avô fosse


algum tipo de mente maléfica ou que vampiros e
lobisomens fossem reais. Mas ele tinha sido o único a dizer-
lhe a verdade e levá-la para longe dos outros sobreviventes
do avião. Talvez uma equipe de resgate a tivesse
encontrado e ela estaria de volta em seu apartamento, se
ele não tivesse feito isso. Ela ainda seria ignorante - e mais
feliz assim.

"Dusti?" Drantos se aproximou e tentou pegar a mão dela.

“Não.”

Ele resmungou. "Mantenha sua voz baixa."

"Tudo bem", ela sussurrou. "Eu sei que você salvou a


minha vida algumas vezes, mas pare de me tocar." As
palavras dele passando por sua mente. "Eu só preciso que
você se afaste agora, ok? Me deixe em paz."

Ele empalideceu sua expressão chocada.

"Quero dizer. Não continue me agarrando." Ela lutou contra


as lágrimas piscando. "Eu só quero ir para casa. Você
conseguiu isso? Eu quero dar o fora daqui. Estou tão
cansada de toda essa merda!"

Um movimento a partir do canto do olho a sobressaltou e


ela tirou seu foco de Drantos. Yonda, agora vestida com
calças de moletom e uma regata. A mulher sorriu
maliciosamente. "Você ouviu. Eu ouvi isso - e vou repetir
para quem quiser ouvir. Ela acabou de renunciar a você,
Drantos."

"Foda-se", ele rosnou. "Ela não fez. Ela não sabe nada
sobre nossa cultura. Pare de falar merda."
241
Yonda começou a encarar com um olhar furioso. Dusti não
iria esquecer que ela pode mudar de uma mulher em uma
besta infernal e rasgá-la em pedaços com suas garras. Puro
ódio parecia irradiar da beldade de cabelos escuros, dirigido
exclusivamente para ela.

O aparecimento súbito de Velder atrás, a fez pular de novo,


virando-se para olhar para ele. Ele não fez nenhum som
quando se esgueirou por trás ela.

"Pai," Drantos argumentou. "Ela foi criada por humanos.


Ela só está chateada porque ela entendeu mal o que
aconteceu entre Yonda e eu. Yonda está manipulando a
situação, porque está chateada por Dusti não ser uma
VampLycan completa. Isso não é da conta dela."

"Não importa." Velder parecia zangado enquanto falava


baixo. "Alguns deles ouviram e tenho de seguir as leis,
apesar de você ser meu filho. Ela deixou claro que não quer
que você a toque. Você deve manter distancia dela em
todos os momentos. Mude e corra de volta para o clã. Você
vai chegar lá antes de nós e pode dizer a eles que estamos
chegando. Nós vamos hospeda-la em algum lugar seguro."
Ele fez uma pausa. "Não cause outra cena. Nós teríamos
que lutar filho. Eu sou seu líder de clã. Você deve seguir as
minhas ordens ou ser punido mais severamente. Um de nós
iria morrer." Sua voz se aprofundou e ficou mais alta. "Você
deve voltar para o clã agora! Vá!"

Drantos jogou a cabeça para trás e soltou um rugido


enfurecido.

Os joelhos de Dusti quase entraram em colapso com o som


horrível e o choque de vê-lo assim. Ele se virou no segundo
que terminou indo na direção das árvores grossas. Ele
começou a mudar, suas roupas apenas se rasgando
conforme seu corpo transformava. Ele desapareceu atrás
das árvores antes que a mudança fosse concluída.

242
O que diabos aconteceu?

Ela não tinha ideia... E estava com medo de descobrir.

243
Capitulo Nove
Velder agarrou o braço de Dusti em um aperto que deixaria
hematomas. Ela não tentou se afastar quando viu suas
feições enfurecidas, sentiu muito medo para protestar. Ele
empurrou-a para frente em direção ao caminhão mais
próximo e, em seguida, falou com um dos homens.

"A proteja." Ele soltou e abaixou o olhar para Dusti. "Cause


problemas e ele vai te apagar. Não nos dê mais
problemas." Ele se afastou e voltou sua ira sobre Yonda.
"Você e eu vamos conversar mais tarde."

A expressão presunçosa de Yonda se transformou em uma


de medo.

"Pai". Kraven se aproximou com Bat.

Dusti tentou ir até ela, mas o homem designado como


guarda dela agarrou seu braço. Ele não a machucou, mas
estava claro que ele não permitiria isso. Ela congelou com
medo da forma como a situação tinha mudado.

"Não", Velder assobiou. "Basta pegar a irmã e entrar no


outro caminhão. Nós vamos resolver isso quando
chegarmos ao clã. Neste momento temos problemas
maiores para lidar. Decker poderia mentir para Aveoth e
dizer que roubamos suas netas. Nós dois sabemos o que
isso significa." Ele olhou para cima, parecendo procurar o
céu. "Precisamos chegar em casa."

"Caralho". Kraven apenas pegou Bat em seus braços,


levando-a para a outra caminhonete.

"Vamos," O loiro alto e musculoso ainda segurando Dusti


sussurrou. "Suba na parte de trás da caminhonete."
244
Ela o deixou ajudá-la já que a tampa da carroceria não
estava abaixada. Ambos os lados tinham um banco e ela
tomou um assento onde ele apontou. Ele sentou-se à
direita dela. Red subiu em seguida, ocupando o espaço à
sua esquerda. Ela olhou para ele. Ele não era um fã dela,
mas ele era primo de Drantos.

"O que aconteceu?" Ela precisava de respostas.

"Você renunciou Drantos e o levou a discordar abertamente


com o pai." Ele parecia chateado e dava para ver em seus
olhos quando ele virou a cabeça para olhar para ela. "Você
é incapaz de se tornar um membro deste clã."

“Eu nunca pedi para ser.”

"Bom. Você não é nada além de problema para Drantos.


Todo mundo vai falar sobre o que aconteceu entre ele e
Velder. Pais e filhos não devem discutir."

"Em que mundo você vive?"

Red rosnou baixo. "Neste aqui, e você não pertence a ele."

"Eu só estou tentando levar minha irmã e eu para casa."

"Isso vai acontecer, eventualmente, já que você renunciou


Drantos. Ele vai ter que ficar longe de você. É a lei”.

Dusti ficou confusa sobre o que tinha acontecido. Drantos


tinha sido ordenado a deixa-la e ela estava cercada por um
bando de estranhos que poderiam se transformar em
bestas. Ela não queria que ele fosse grudento, mas não
tinha a intenção de desencadear uma lei estranha.
Renúncia? Que diabos isso quer dizer para essas pessoas?
Eu preciso para tirar Bat e eu daqui.

Ela agarrou o assento quando o caminhão se moveu,


pulando enquanto seguiam em terreno irregular para fazer
a volta. Ela vislumbrou Bat e até mesmo conseguiu pegar

245
seu olhar. Sua irmã estava falando e ergueu a mão para
acenar. Ela até deu um sorriso cansado, como se quisesse
dizer que foi tudo ia ficar bem.

Dusti não tinha tanta certeza disso. Talvez ela e Bat


pudessem falar para alguém levá-las a um aeroporto. O pai
de Drantos podia concordar em deixá-las ir, pois ele não
parecia muito feliz em manter elas lá. Embora fosse
possível que seu avô louco enviasse alguns de seus criados
atrás delas.

Ela olhou para os rostos ao redor dela e estremeceu. Elas


estariam, pelo menos, cercadas por humanos na Califórnia.

Ou talvez não. Uma imagem rápida de um de seus vizinhos


brilhou. Tim não foi amigável quando ela correu para ele na
caixa de correio. Ele até rosnou para ela uma vez, mas ela
achou que ele estava apenas de mau humor desde que ela
tinha ouvido que sua namorada o havia despejado. Era
possível que ele fosse um lobisomem. Ela nunca tinha visto
ninguém com tantos pelos no corpo. Os pelos cobriam seus
braços, provavelmente seu peito era pior, e vê-lo de shorts
a tinha deixado horrorizada. Ela não podia nem ver a pele
por causa dos pelos. Eles também cobriam o topo de seus
pés, ela tinha visto quando ele usou chinelos.

Merda!

Depois que os veículos deram a volta na grama, e voltaram


para a estrada de terra, o outro caminhão ficou em frente à
deles. Dusti agarrou as bordas da carroceria e se inclinou,
tentando vislumbrar sua irmã. Foi um passeio áspero
quando o motorista acelerou. As rodas bateram em sulcos
profundos e passavam em cima de pedras.

"Pare de se inclinar," Red ordenou. "Você vai cair."

246
"Eu só quero ter certeza de que eles estão levando Bat para
o mesmo lugar que nós." Ela não queria ser separada dela
novamente.

"Estão." Red agarrou-a pelo joelho. "Apenas sente-se


direito."

Ela endireitou-se e seguiu o sua ordem em seguida, olhou


para ele incisivamente.

Ele franziu a testa em resposta, parecendo insatisfeito com


ela ainda. "O que?"

"Por que você está me segurando?"

"Porque Drantos ficaria zangado se eu te deixasse cair para


fora do caminhão. Ele não está aqui para fazer isso, graças
a você.”

Eles passaram por outro buraco e a mão grande dele


segurando a ajudou. "Eu não sabia o que ia acontecer."
Dusti suspirou. "Você não gosta de mim."

“Não.”

"Eu odeio Decker Filmore. Não é minha culpa que somos


parentes. Eu queria que não fossemos. "

"Foi o que me contaram." Ele se inclinou mais perto,


baixando a voz. "Como você pôde fazer isso com Drantos?"

“Fazer o que?”

Seus olhos ficaram de uma cor estranha. Poderia ter sido


um reflexo do sol que os fez parecer azul com listras
douradas. "Ele morreria por você, mas você mandou-o
embora. Como você pode?"

"Eu só disse que eu não queria ir para casa com ele."

“Você o renunciou.”

247
Ela ficou frustrada. "Eu nem tenho certeza do que isso
significa aqui. Em um segundo estávamos tendo uma
pequena discussão privada e no próximo seu pai o mandou
para longe de mim. Vocês não têm discussões?”

"Você realmente não entende, não é?"

"Foi o que eu disse. Me explique."

“Ele...”

Então o inferno começou. Uivos vieram de diferentes


direções, quase ensurdecendo Dusti, e algo bateu em Red.
Num segundo ele estava sentado ao lado dela, com a mão
em cima de sua perna. No instante seguinte, ele tinha
sumido. Então ela viu uma dessas bestas infernais cair no
chão da carroceria, Red embaixo dele.

Ela foi lançada para o lado quando o motorista pisou no


freio. O loiro a impediu de ser atirada para as janelas de
trás da cabine, ela bateu no corpo dele no lugar. Ele era
sólido. Ele rapidamente a agarrou e a virou, a colocando de
costas no chão, e, em seguida, levantou-se. Outra besta
infernal pousou na traseira com eles. Dusti engasgou,
vendo suas patas dianteiras afiadas apenas polegadas do
seu rosto. O loiro o agarrou e ambos caíram para fora.

Dusti estava em choque. Os poucos outros homens que


ainda restam na parte de trás do caminhão pularam para
fora. Ela levantou-se, espiando por cima da borda da
carroceria.

E ela desejou que não tivesse feito isso. Parecia uma


guerra. Os homens de Velder estavam lutando com bestas.
Tinha que haver pelo menos uma dúzia delas.

Bat! Ela se agachou, mantendo-se perto da cabine. Ela viu


o outro caminhão, mas ele tinha tombado. A lataria de uma
das portas exibia marcas de garras. Corpos estavam

248
espalhados na grama onde os passageiros tinham sido
jogados para longe.

Alguns deles se moveram, parecendo atordoados, mas


vivos. Duas bestas de repente pularam da lateral do
caminhão tombado e, em seguida, se lançaram para eles.
Suas garras rasgaram as vítimas antes que elas pudessem
até mesmo se levantar. Ela assistiu com terror como dois
homens tentaram revidar.

O corpo de Kraven estava esparramado em uma pilha


sangrenta perto da carnificina. Era como se algo já havia
rasgado suas costas, sua pele desfiada e manchada de
vermelho. Sua irmã jazia presa sob seu corpo grande,
apenas uma parte de sua coxa era visível. Tinha que ser
Bat. Ela parecia tão pálida contra a grama verde e todo
aquele sangue vermelho brilhante.

Dusti quase caiu da traseira do caminhão e olhou ao redor


freneticamente conforme ela se agachou ao lado da porta
do passageiro da cabine. Os homens que pertenciam ao clã
de Drantos estavam mudando para bestas também. Ela
observou Redson jogar para longe a besta com que ele
lutava e rasgou suas roupas para se livrar delas conforme
pelos cresciam ao longo de seus braços e peito. Suas
presas pareciam enormes, a boca e o nariz alongando.
Logo, ela não seria capaz de diferenciar os homens de
Decker dos de Velder.

Eu preciso chegar a Bat. Ela olhou de volta para onde


Kraven ainda estava. Era definitivamente Bat embaixo ele.
Ela não tinha certeza se sua irmã estava viva ou morta.
Kraven não parecia que iria sobreviver com todo aquele
sangue encharcando ele.

Ela tomou algumas respirações rápidas e se preparando


para correr em direção a Bat. Ela se recusou a acreditar
que sua irmã estava morta. Ela tinha que tentar salvá-la

249
uma vez que todos os homens pareciam ocupados lutando
por suas próprias vidas. Isso significaria deixar a segurança
da pouca cobertura que ela tinha, mas que era sua irmã.
Bat faria isso por mim.

O som de metal rangendo chamou sua atenção e ela viu a


porta do lado do motorista do caminhão ser aberta a partir
do interior. As dobradiças protestaram em voz alta, mas
finalmente cederam. Um homem tentou escalar e sair da
cabine. Era Velder. Ela o reconheceu apesar do fato de
sangue cobria o lado de seu rosto. Ele quase conseguiu
sair, mas, em seguida, outra besta pulou na lateral do
caminhão, usando um golpe de suas garras para atacar o
homem. Ele caiu fora da vista, de volta para dentro da
cabine do caminhão. A besta usou essas mesmas garras
para rasgar a porta e deixa-la fechada, colocando as duas
patas dianteiras em cima dela, como se de propósito
prendesse o pai de Drantos. Mas a criatura não ficou lá por
muito tempo, saltando para atacar outra pessoa.

Dusti ficou tensa, colocando a mão sobre o caminhão


enquanto se preparava para correr como nunca tinha
corrido antes. Ela só precisava empurrar Kraven de cima de
Bat e rezar para ela estar viva. Se ela pudesse se mover,
elas correriam como o inferno e esperando que nenhuma
dessas coisas as seguissem.

Depois de algumas respirações irregulares, Dusti correu


para o outro caminhão. Ela apertou seu corpo contra a
traseira do caminhão, tão perto de sua irmã e Kraven que
apenas cerca de dois metros os separava.

Um animal peludo entrou de repente na frente do


caminhão, apenas a passos de distância. Dusti esperou que
ele virasse a cabeça e a visse. Ela prendeu a respiração,
rezando para que não acontecesse. Ele se aproximou mais,
bloqueando seu caminho para Bat.

250
"Batina?" Ele rosnou com uma voz desumana, horrível.
"Batina?"

Terror deixou Dusti imóvel. A criatura avançou e parecia


totalmente focado em Kraven e Bat.

Ela entendeu que ele poderia estar dizendo Batina. Ele


estava à procura de sua irmã.

Aquela coisa era dos homens de seu avô e tinha vindo para
levar sua irmã para ele.

Ele rondou mais perto de Kraven e Bat. Eles não estavam


se movendo, inconscientes do perigo. Dusti tremia, mas se
moveu. Sua voz não iria funcionar, a criatura era muito
aterrorizante para que ela conseguisse falar. Ela lutou até
mesmo para engolir, mas finalmente conseguiu. Ela tinha
que afastar aquilo de Bat.

“Eu sou Batina.” Ela sussurrou.

A coisa virou a cabeça tão rápido que Dusti perdeu o


equilíbrio, caindo para trás contra o caminhão. Era a única
coisa que a impedia de cair de bunda.

O animal tinha olhos escuros como breu e dentes


assustadores. Ele olhou para ela e chegou mais perto.

“Batina?”

Parecia pior quando ele sibilava do que quando era mais


áspero, rosnando mais alto. Ela assentiu com a cabeça. "Eu
sou Batina", ela repetiu.

Ele mudou-se para o lado dela, polegadas de distância, e


fazer uma pausa ao lado dela. Ele se agachou. "Grrrr
onnnn."

Ela não entendeu.

251
Um homem nu e ensanguentado caminhou para frente,
segurando algo que parecia semelhante a um cinto. Ela
teve esperanças que ele atacaria a besta, mas ao invés
disso ele pegou Dusti pela parte de trás do casaco que ela
usava e puxou com força. Ela acabou esparramado sobre as
costas do VampLycan. O homem soltou e torceu o corpo
até que suas pernas caíram em ambos os lados da criatura,
como se ela estivesse prestes a montar um cavalo. Ele
empurrou-a para que seu estômago e seios apertados
contra o pelo da criatura. Algo estalou sobre suas costas e
apertou os lados. Ela gritou de dor quando a apertou até
que ela sentiu como se fosse quebrar em duas.

O cara se endireitou. "Você tem ela, Craig. Ela está


segura." Ele bateu no traseiro da besta. "Vai! Vamos deixar
uma pista falsa para eles seguirem."

A criatura arremeteu para frente e Dusti percebeu


exatamente o que o homem havia feito. Ele efetivamente a
tinha amarrado nas costas do executor. O homem a tinha
amarrado com o cinto nas costas da criatura de seus
quadris até quase as costelas. Ele correu, pegando
velocidade. O pelo que cobria o corpo da besta fez pouco
para amortecer os solavancos.

A criatura pulou uma sensação de mal passou por Dusti


quando eles estavam no ar, mas ele pousou com força
suficiente para fazê-la gritar se ela tivesse sido capaz de
respirar. Era muito doloroso ser batida ao redor.

Decker Filmore ia acabar com ela em vez de Bat, mas


duvidava que ela ainda estivesse viva quando chegasse a
ele. A besta infernal debaixo dela pulou novamente e
quando ele pousou o material apertado em torno dela
parecia que ia quebrar sua espinha. Ela desmaiou.

252
Fúria esmagava Drantos. Ele rugiu para a floresta por não
estar suficientemente perto para proteger Dusti. Seu pai
levantou cuidadosamente Kraven de cima de Bat, avaliando
seu corpo flácido com um olhar sagaz. Ele passou as mãos
com cuidado sobre as costelas dela.

"Ela está viva?" Drantos não poderia retrair suas garras


para tocá-la ele mesmo. Sua raiva mantinha o seu lado
animal muito perto da superfície.

Seu pai assentiu. "Sim. Ela está respirando bem e eu não


detecto quaisquer ossos quebrados. Kraven usou seu corpo
para amortecê-la, mas a força dele pousando sobre ela
parece ter apagado ela." Velder virou-se, verificando
Kraven. "Ele está muito ferido. Ele perdeu muito sangue e
temos que levá-los para casa."

"Eu vou atrás da minha companheira." Drantos cerrou os


dentes.

Seu pai franziu a testa enquanto ele se endireitou em toda


sua estatura. "Não. Eu preciso de você aqui. Nossos
rastreadores vão encontrá-la. Eles vão atrás dela agora."

"Eu vou fazer isso", Drantos rosnou. Ele não deu a mínima
para o que seu pai ordenou. Ela havia sido levada. Ele tinha
que chegar a ela antes que ela fosse morta por Decker por
ser a neta que ele acreditava ser inútil para a causa, ou se
descobrisse que ela não era tão humana quanto ele
acreditava. Ele a mandaria para Aveoth. Seria o inferno
tentar recuperá-la dos penhascos e do clã GarLycan, se não
impossível.

253
O pensamento de perdê-la para sempre o deixou insano, da
maneira que fosse.

Kraven abriu os olhos, chamando a atenção de Drantos.


"Bat?" Seu medo se mostrou em suas feições. "Ela está
respirando? Eu não posso ouvi-la."

"Ela está viva, mas inconsciente." Velder se agachou


novamente e acariciou o rosto do filho. "Você agiu com
rapidez suficiente quando eles saltaram das árvores. Você
tomou o ataque com as costas e protegeu-a quando foram
jogados para longe do caminhão. Não tente falar."

Alívio passou em meio à dor no rosto de Kraven. "Nós


devemos protegê-la." Ele virou a cabeça para encontrar o
olhar furioso de Drantos. "Eu ouvi Dusti dizer que era Bat.
Não podia me mover, mas eu estava consciente. Ela deixou
que eles a levassem para salvar a irmã. Ela deve estar
segura até Decker perceber que ela mentiu para seus
homens para fazê-los levar a mulher errada."

Drantos jogou a cabeça para trás e rugiu de raiva


novamente. Era pior que Dusti tivesse propositalmente se
colocado em perigo e mentisse para ser a única a ser
levada. Ele andou incapaz de manter o controle de sua
besta. Não só foram as garras que cresceram suas presas
também se alongaram. Mais pelo apareceu em seu corpo.
"Eu estou indo atrás da minha companheira!"

Seu pai levantou-se para enfrentá-lo. "Não, você não vai. O


clã vem em primeiro lugar."

“Ela precisa de mim.”

"Ela renunciou a você. É proibido você chegar perto dela."

“Ela não entende nossos costumes.”

"Ainda é a lei. Cabe aos nossos rastreadores encontrá-la e


trazê-la de volta."
254
"Não", Drantos rosnou. "Ela é minha."

"Fomos atacados e alguns dos nossos estão feridos. Seu


próprio irmão está machucado. Você precisa se acalmar e
permitir que nossos homens encontrem a neta do Decker.
Eles vão levá-la para a segurança. Nosso povo é a sua
prioridade no momento."

"Deixe-o ir, pai." Kraven cuspiu sangue, rolou para o lado,


e estendeu a mão para Bat. Sua mão esfregou a perna
onde ele pudesse alcançar. "Eles pegaram o que queriam.
Eles não vão voltar. Ele precisa ir atrás da companheira".

"Ela não é companheira dele." Velder balançou a cabeça.

"Eu troquei sangue com ela durante o sexo, mas eu não


disse a ela que tinha começado o processo de
acasalamento. Eu planejei explicar tudo quando eu a
tivesse em segurança dentro da minha casa." Drantos
forçou sua mente para trabalhar. "Ela está usando jaqueta
de Red. Mascara o cheiro dela." Ele olhou para seu pai.
"Será que os rastreadores sabem disso?"

Velder hesitou. "Dê um passeio comigo."

Drantos girou, marchando uns bons três metros de


distância. Ele olhou para seu pai. "O que?"

"Você precisa se recompor. A mulher será encontrada.


Enviei dois bons rastreadores atrás dela."

"Isso não é o suficiente." Drantos ousou dizer. "Você não


pode me convencer do contrário."

Seu pai agarrou seu braço. "Eu o proíbo! Nosso clã está em
perigo e eu tenho um filho ferido. Eu preciso de você,
Drantos. Os homens que enviei vão encontrá-la. Seu lugar
é aqui."

255
"Você está errado." Drantos olhou para olhar atônito de seu
pai. "Bat já está com o clã se você deve, mas eu vou atrás
dela. Decker pode perceber que ela não é completamente
humana se ela estiver ferida e sangrando. Eu não vou
permitir que Aveoth a tenha. Ela é minha para proteger e
eu vou morrer a fazê-lo se isso é o que é preciso.”

"Você não pode arriscar sua vida por uma mulher que
afastou você."

Drantos saiu do aperto do pai. "E você não pode levar o


que ela disse a sério."

"As leis ainda são leis, filho. Vários de nós a ouviram dizer
que ela não quer viver com você”.

"Dusti é minha companheira, independente do que ela


diga."

"E eu sou seu líder, e eu estou ordenando que você ajude a


escoltar os feridos para casa."

Drantos estava furioso. "Não!"

Seu pai rosnou. "Faça o que mandei!"

Pessoas ao seu redor viraram a cabeça.

Velder baixou a voz. "As minhas ordens foram claras.


Obedeça."

"Você está sendo razoável. Você iria atrás da mamãe."

"Ela é minha companheira e deu a luz aos meus filhos."

"Dusti é a minha companheira e vai dar a luz aos meus


filhos um dia."

"Você está desobedecendo a seu líder. Somos guardiões


das leis. Você não pode simplesmente ignorar o protocolo
porque você está obcecado com essa mulher. Nossa família
precisa ficar unida. Os outros líderes de clã não iram tolerar
256
brigas de família. Você sabe disso. É um reflexo negativo
sobre mim como um líder. Eles vão exigir que eu o punisse
por me desafiar, se você for atrás dela, como qualquer
outro membro do clã seria”.

"Está bem. Puna-me quando eu voltar. Eu ainda estou


indo." Drantos encontrou o olhar sombrio de seu pai. "Você
precisa entender que ela já é minha."

Seu pai rosnou. "Não faça isso, Drantos," Velder advertiu.


"Eu te criei para não quebrar a lei."

"Você também me ensinou a fazer a coisa certa e seguir


meu coração. Dusti é isso." Drantos sustentou o olhar de
seu pai. "Não me dê ordens que tenham a ver com minha
companheira. Eu vou atrás dela."

Drantos girou, mudou em sua forma de besta, e farejou o


chão. Seu pai tentou agarrar seu rabo, mas ele arremeteu
para frente na direção que ele sabia que Dusti tinha
tomado.

Ele tinha dado sua vida para viver de acordo com as leis
dos VampLycan, mas nada disso importava se ele perdesse
a companheira.

Ele teve que desacelerar quando as trilhas dos atacantes


foram em diferentes direções. Ele estudou o chão em vez
de seguir os aromas. Um conjunto de trilhas na terra era
mais profundo que os outros. Seu nariz lhe disse para
seguir o outro caminho, mas ele escolheu as impressões
mais profundas. Um dos machos carregava o peso de Dusti.
Eles não teriam escolha. Ela não podia mudar em pele, ela
seria muito lenta para que eles tivessem uma chance real
de fuga.

Os homens de Decker eram bons, mas Drantos sabia que


ele era melhor. Os rastreadores de seu pai tinham seguido
pelos outros quatro conjuntos de pegadas, seguindo as

257
erradas. Um grunhido suave saiu de sua garganta. Quando
ele pegasse o executor que carregava Dusti, ele o mataria.
Ninguém tocava em sua companheira e ficava vivo.

O executor tinha eventualmente desacelerado para uma


caminhada. Eles escolheram um homem menor para raptar
Dusti em uma tentativa de mascarar as marcas mais
fundas que suas patas deixavam com um passageiro, mas
também parece que o peso adicional fez dele um pouco
mais fraco. Um rápido olhar para o céu assegurou Drantos
tempo não estava ao seu lado. Sua visão era boa, mas
trilhas eram mais difíceis de detectar à noite.

As trilhas mudaram de direção novamente e pura raiva


atingiu Drantos.

O executor não estava levando-a para o clã de Decker, em


vez disso em direção as falésias dos GarLycan.

Decker provavelmente tinha ordenado que ela fosse


entregue diretamente para Aveoth. Ele seguiu a trilha um
pouco mais até que teve certeza de que não era apenas um
truque para enganar ele. Drantos explodiu em uma corrida
para intercepta-los. Ele precisava resgatar Dusti antes de
Aveoth pôr as mãos sobre ela. Isso significava parar o
executor antes que chegassem a território GarLycan.

A dor tirou Dusti de seu estado inconsciente. Ela ficou


desorientada enquanto esfregava o rosto no travesseiro
macio e peludo.

Peludo?

258
Realidade e memória instantaneamente se enfrentaram
quando ela levantou a cabeça. A coisa embaixo dela
ofegava pesadamente. Ele não estava correndo mais, em
vez disso estava deitado no chão. Suas pernas estavam
presas sob a barriga macia e quente, onde a VampLycan
tinha parado para descansar. Ele virou a cabeça, dentes
afiados quase escovando sua mandíbula. Um conjunto de
olhos escuros encontrou os olhos arrasados dela.

Ele era um homem, apesar de parecer exatamente com


algo saído de um filme de terror. O cara ensanguentado o
havia chamado de Craig. Ela se esforçou para lembrar
disso, conforme eles se encaravam. Talvez isso ajudasse a
combater parte de seu medo. Ele é Craig. Não besta do
inferno.

"Ssssilll", ele arfou.

A palavra saiu bagunçada, sua voz muito gutural para


entender. Ela deu um palpite sobre o que ele tentou
transmitir, que talvez ele não quisesse que ela resistisse.
Ela nem sabia como fazer isso. Como uma besta, ele tinha
garras, presas, e um corpo duas vezes o tamanho dela. Ela
só tinha unhas e determinação para escapar. As
probabilidades não estavam ao seu favor.

A competição de quem encarava mais parecia estar


terminando quando ele virou o focinho para colocar a
mandíbula de volta no chão. Sua respiração ofegante
continuou.

Pense, ela ordenou a sua mente. Faça um plano. Ela se


mexeu um pouco, testou a faixa grossa que a mantinha
presa nas costas largas dele. A faixa não permitia muito
movimento. Ela alcançou a faixa e tocou o material que
parecia couro. Parecia muito grossa e não como algo que
ela pudesse rasgar com os dedos. Craig tinha, obviamente,

259
corrido até cair. Ela supôs que a exaustão dele seria a única
vantagem que teria.

Ela deixou os dedos roçarem ao longo do cinto, tentando


descobrir como ele foi preso. A restrição limitava seu
alcance. Craig não pareceu notar ou se importar com o que
ela fez. Ela descobriu a linha de metal no material que
provavelmente mantinha o cinto no lugar. Foi difícil tentar
descobrir cegamente como liberar o aperto dele. Não havia
nós ou furos para indicar que tinha fechos. Era frustrante.

Ela tentou avaliar seus ferimentos ao mesmo tempo. Sua


mandíbula doía apenas sob o queixo dela, mas ela não
tinha certeza do por que. Talvez sua cabeça tivesse ficado
batendo enquanto ele corria. Suas costelas e costas doíam
de serem esmagadas entre o corpo peludo e o cinto, mas o
fato de que podia sentir as pernas a fez pensar que sua
coluna não tivesse realmente se partido.

Ela olhou para a cabeça de Craig, pronta para parar seus


movimentos no mero sinal de que ele poderia olhar para
ela novamente. Ele não olhou. Um pedaço de metal no lado
do cinto espetou seu polegar. Ela o testou, sentindo-o.
Podia ser algum tipo de liberação.

Ela ignorou a dor e cavou seu polegar contra ele, tentando


forçá-lo a se mover.

E ele moveu – o aperto em suas costas amenizou quando


os dois lados do cinto se separaram.

Craig não pareceu notar o que ela tinha feito. Ela presumiu
que ele deve ter caído no sono. Dusti freneticamente olhou
ao redor para estudar os arredores. Ela ainda estava
parada, sabendo que no segundo que tentasse descer de
suas costas, ele despertaria. Ela precisava de um plano
antes que tentasse fazer isso.

260
Uma estrada de terra, se pudesse ser chamado assim,
estava um pouco a sua esquerda. Ele provavelmente levava
à Decker Fillmore. Ela virou a cabeça, e rapidamente
detectou um aglomerado muito apertado de árvores com
algumas pedras grandes por atrás. Os espaços entre os
troncos eram tão estreitos que poderia até não permitir que
ela passasse completamente, mas Craig era maior do que
ela. Isso significava que ele definitivamente não caberia.
Duas pedras gigantescas descansavam lado a lado cada
uma em um ângulo o que tinha criado um ligeiro espaço
curvo, onde as árvores tinham crescido nas proximidades.
Os galhos tinham se enrolado em um monte de lugares,
provavelmente por serem confinados em uma área tão
superficial. Cada uma das enormes rochas tinha mais de
dez metros de altura. Ela olhou para o buraco entre elas o
qual ela poderia ser capaz de usar para escapar, mas as
árvores bloquearam sua visão.

Talvez eu possa escalá-lo, se não houver espaço suficiente


para atravessar. Parecia uma tarefa assustadora, mas sua
única outra opção era correr ao longo do caminho. Craig
estaria sobre ela em segundos, se ela tentasse correr. As
árvores e rochas poderiam mantê-lo longe dela tempo
suficiente para dar a ela uma chance de escapar. Era a
única opção.

Ela levantou-se com cuidado. Craig não se mexeu. Ela


respirou fundo e tentou tirar sua perna debaixo dele, mas
estava presa. Ela fechou os olhos e silenciosamente
amaldiçoou. Ela testou a outra perna e ela deslizou
facilmente debaixo da barriga dele. Era apenas o pé direito
que era um problema. Ela se abaixou, descansando contra
suas costas peludas. Ela puxou mais a perna esquerda.

Ela mexeu os dedos do pé presos, tentando soltar o pé. Ele


rolou um pouquinho, para sua surpresa. Ela deve ter feito

261
um pouco de cócegas nele com esse ligeiro movimento.
Seja qual fosse à razão, o pé não estava mais preso.

Dusti levantou-se rápido e balançou os pés. Ela correu para


as árvores e pedras enormes. Um rosnado alto assegurou-
lhe que Craig estava acordado e não estava feliz. O chão
machucava seus pés macios, mas ela ignorou a dor
enquanto corria. Ela ficou de lado, jogando seu corpo entre
a lacuna dos troncos.

Sua pele foi arranhada na casca áspera em alguns lugares,


mas ela conseguiu se espremer e passar. Ela tropeçou em
algo apenas alguns metros dos troncos e uma punhalada
aguda de dor esfaqueou sua perna. Ela escorregou até uma
pilha de sujeira e folhas secas. Seu ombro doía do impacto
com o solo. Um segundo depois, ela não teve tempo de se
preocupar com nada disso.

Craig estava tentando passar pelas árvores para chegar a


ela, mas seus ombros largos não permitiam. Ele tentou
alcança-la com apenas um dos braços, mas só pegou ar já
que ela estava usando as pernas para colocar mais espaço
entre eles. Ela sentou-se quando se sentiu segura,
manchando o chão com sangue.

Um rosnado chamou sua atenção. Craig torcido, tentando


encaixar seu peito através da lacuna nos troncos. A
madeira rachou um pouco, mas ele não conseguiu passar.
Ele era muito largo. Ele olhou para ela, rosnando. Havia
uma promessa de dor e punição no olhar malévolo que ele
deu.

Ela olhou em volta, vendo sua nova situação. As duas


pedras acabaram por ser uma só pedra maciça. Não havia
um buraco para atravessar, e a parede era de rocha pura.
Parecia impossível escalar sem equipamento. Pelo menos
as árvores a protegiam de Craig até que ele as quebrasse

262
ou encontrasse uma maneira de passar pela pedra, talvez
subindo nas árvores para chegar até ela.

Dusti se levantou preparada para usar esse tempo para sua


vantagem. Ela iria uma correr se ele começasse a escalar.
Ela colocou o peso sobre a perna e gritou de dor, quase
caindo. Ela olhou para baixo e torceu a perna um pouco,
finalmente descobrindo a fonte do sangue que ela tinha
visto. Sua panturrilha foi rasgada, com sangue por toda
parte de trás de sua perna e cobrindo seu calcanhar. Ela
olhou para as feridas. Levou um segundo para entender.

Ele a havia arranhado antes que ela tivesse saído


totalmente fora de seu alcance. Ele provavelmente tentou
agarrar seu pé para puxá-la de volta, mas a gravidade eo
impulso tinham rasgado ela fora de seu alcance. Ela olhou
para ele.

"Seu babaca. Você rasgou minha perna."

Ele rosnou e tentou um novo lugar para tentar se


espremer. Os troncos racharam um pouco, fazendo sons
suaves de estalo. Isso a assustou o suficiente para mancar
para trás, colocando mais espaço entre eles. Ela se
encostou contra a parede de pedra e olhou ao redor, não
vendo qualquer lugar que ele pudesse passar sem muito
esforço.

O espaço não era grande, onde ela estava cercada por


rochas e árvores, e ela entendeu a situação. Merda! Eu
prendi a mim mesma.

Craig desapareceu de sua vista o que piorou as coisas.


Onde ele está? Era possível que ele estivesse dando a volta
na pedra para encontrar uma maneira de escalá-la. Ela
levantou a cabeça, desesperadamente procurando qualquer
sinal de que ele poderia cair em cima dela.

263
Um rugido alto rasgou através das madeiras. O som enviou
seu coração em uma batida frenética. Ela não precisava de
um tradutor. O som da fúria de Craig disse-lhe muito. Ela
duvidava que ele fosse matá-la desde que seu avô
precisava de "Bat", mas ela não tinha certeza do quão são
ou no controle os seus homens estavam em forma animal.
Pelo que ela sabia, a mudança poderia totalmente
transformá-los por dentro, torna-los incapazes de ter
pensamentos humanos. E ela não podia nem mesmo com a
perna tão ferida.

Um soluço rasgou através de seu peito quando ela viu o


movimento através das árvores à sua esquerda. O homem
em forma de besta estava de volta, andando agora. Ele
ainda não encontrou uma maneira de alcançá-la através da
pequena alcova, mas sabia que seria apenas uma questão
de tempo antes que ele conseguisse passar.

Ele não poderia passar entre as árvores com seu imenso


corpo, a menos que usasse suas garras para cortar os
troncos das árvores. Isso levaria tempo. Ele teria até que
mudar para homem novamente para pegá-la. Isso deixaria
seu corpo ligeiramente menos volumoso. Seu olhar baixou
para procurar uma arma. Seria mais fácil ferir pele nua do
que pelo.

Ela se curvou, fingindo examinar sua perna. Ela estava


sangrando muito e não podia fazer nada sobre isso. Ela
pegou um punhado de pequenas pedras e sujeira em sua
mão. Craig gritou de raiva, ainda andando pelas árvores em
frente a ela. Ele olhou para ela a cada poucos segundos.

"O que há de errado?" Ela tentou segurar as lágrimas de


dor. "É peludo demais para entrar aqui e me pegar? Então
perca os pelos, babaca. "

Ele parou de andar e olhou para ela. A sensação que ele


planejava gastar tempo até que o sol desaparecesse. Ela

264
estaria no escuro, cega e não podia vê-lo vindo atrás dela.
Será que ela desmaiaria por causa da perda de sangue? Ela
não podia permitir que qualquer uma dessas coisas
acontecesse.

"Você está com medo de uma garota humana


insignificante? Qual o seu nome? Sem bolas?”, Ela incitou.
"Não me admira que meu avô tenha escolhido você para
ser burro de carga. Você provavelmente nem sequer sabe
como lutar.”

Ele se deitou, observando-a com aqueles olhos maus.


Tornou-se óbvio que ele planejava esperar até que ela não
pudesse enxergar ou tivesse desmaiado. Ela olhou para
longe dele, não era capaz de continuar olhando para aquele
olhar negro horrível. Ela olhou em volta para o chão, viu
uma pedra que parecia afiada do tamanho da palma da sua
mão, e sabia que ela tinha encontrado uma arma eficaz que
pudesse usar. Ela precisava atraí-lo primeiro, surpreendê-lo
com a pedra, e esperava que pudesse apaga-lo.

O que Bat faria? Sua irmã tinha um talento sério para


enfurecer homens quando ela abria a boca. Isso fazia dela
uma advogada muito eficaz. Ela poderia colocar promotores
ou testemunhas contra seus clientes em divertidas
explosões dentro do tribunal que os desacreditava na frente
de ambos os juízes e júris. Bat tinha feito tantos inimigos
com essa façanha vencedora que essa era mais uma razão
para ela precisar dos guarda costas que a empresa em que
ela trabalhava fornecia.

Dusti respirou fundo e ergueu o olhar para o idiota ainda


olhando para ela. Um plano se formou. Bat sempre disse
que a melhor tática para enraivecer um homem era acusá-
lo de algo que ele não faria. Eles tinham o desejo de se
defender o tempo todo. Quanto mais escandalosa a
acusação, mais forte a resposta.

265
Um sorriso se forçou em seus lábios enquanto ela
observava olhos dele com cuidado para avaliar qualquer
tipo de reação. "Uau, você vai entrar numa merda tão
grande." Ela torceu a perna lesionada, para mostrar o dano
que ele causou. "Você sabe por que o meu avô quer que
você me leve até ele? Ele vai me dar para Aveoth. Dê uma
boa olhada no que você fez em mim. Isso vai deixar uma
cicatriz - e o líder GarLycan vai ficar muito insatisfeito.
Quer dizer, que cara quer ver isso em sua mulher? "

Todo o corpo do animal ficou tenso e seus olhos brilharam


com algo semelhante a medo.

Te peguei, babaca. Ela pensou

"Ele realmente vai pirar quando eu contar a ele como você


tentou me tocar em lugares inadequados." Ela bateu os
cílios para ele. "Eu vou dizer a Aveoth que eu só corri de
você porque tentou entrar debaixo da minha saia.
Sarongue8. Seja o que for." Ela levantou a mão e balançou
o dedo para ele. "Tsc! Tsc! Você devia se envergonhar. Pelo
que ouvi, GarLycans são caras bastante cruéis e Aveoth é o
pior. Você acha que ele só vai te bater ou vai arrancar os
seus membros um de cada vez?" A besta se levantou e
rosnou.

“O que foi? Eu não entendo seus rosnados.”

Ele chegou mais perto e a ameaça de retaliação se mostrou


claramente em seu olhar preto furioso.

"Eu vou chorar e me agarrar nesse Aveoth." Ela estremeceu


interiormente com essa imagem. "E como sua futura
amante, eu vou pedir a ele que te machuque muito antes
de te matar."
____________________
8
- O que é sarongue: Espécie de saia usada tanto por homens como mulheres.
Saiote parecido com os usados por suiços.

266
Ele se empurrou contra duas árvores duramente, mas seu
peito largo e peludo ainda não passaria. Ele apertou até
que prendeu parte de seu corpo ficou e ele teve que
empurrar para trás quando ele percebeu a inutilidade disso.
Outro rosnado rasgou dele.
"O que foi? Eu ainda não consigo entender nada do que
você diz. Se você quiser me dissuadir do meu plano de
vingança brilhante por rasgar a minha perna, então é
melhor mudar para homem assim você terá uma voz,
imbecil. Estou disposta a fazer um acordo", ela mentiu. "Eu
não quero ser levada e você não quer que Aveoth rasgue
você."

Ele apenas olhou para ela.

"Eu vou mentir pra caramba para ter certeza esse cara
Aveoth queira você morto," ela prometeu suavemente.
"Compreende? Mude para uma pessoa e vamos fazer um
acordo."

Seus olhos pretos brilharam com pura raiva antes que ele
começasse a mudar. Os pelos diminuíram e os ruídos que
ele fazia conforme mudava era revoltante. A boa notícia é
que, ela pensou, o plano funcionou. A má notícia é que
agora essas árvores provavelmente não vão impedi-lo de
me alcançar.

No segundo que a cabeça dele baixou, ela inclinou-se e


pegou a pedra na palma da mão, escondendo-a atrás de
sua saia. Ela se endireitou e ajeitou-a na mão, fazendo com
que a parte mais afiada ficasse no espaço entre os dedos e
pulso. Seu coração batia de terror e incerteza.

Ela podia ter que matar alguém, besta ou não. Ansiedade


fez seu estômago revirar com náuseas quando ela percebeu
que teria que se rebaixar para sobreviver.

267
Capitulo Dez
Craig levantou-se para olhar para ela com olhos castanhos
escuros. Ele não parecia muito amigável com o desdém
estampado nos seus lábios finos. Como homem, ele tinha
cerca de um metro e oitenta, um corpo magro, mas de
tamanho médio. Ela estimou sua idade em vinte e poucos
anos.

"Eu vou matar você antes de permitir que você conte essas
mentiras sobre mim." Ele tinha uma voz áspera, profunda e
rouca. "Eu não tentei te foder."

"Você não iria sobreviver se me matasse", ela blefou. "Meu


avô é um idiota. Ele te designou para cumprir uma tarefa e
ele não vai ser chefe de acampamento feliz se você falhar
em me trazer de volta respirando. Nós dois sabemos que
ele não tolera esse tipo de merda. Eu sou muito valiosa
para ele."

O cara deu um passo à frente.

“Parado. Não se aproxime.”

O cara olhou para ela, mas parou de avançar. "Você não


me diz o que fazer sua cadela."

"Eu não posso mudar e ganhar uma cauda assim, eu estou


supondo que você não quer dizer esse termo de uma forma
carinhosa. Meus sentimentos estão feridos por esse insulto,
realmente." Ela esperava que ele pudesse entender seu
sarcasmo.

Ele rosnou. Ele só parecia um pouquinho menos assustador


quando fez aquele barulho em forma humana. "O que você
quer? Eu não posso te soltar. Você sabe que seu avô vai
268
me matar se eu não seguir suas ordens. A equipe que ele
enviou sabe que eu tenho você”.

"Tudo bem", ela mentiu. "Você está certo. Eu sou razoável.


Eu não sou contra ir com você, mas não quero ser
amarrada em suas costas como um pedaço de carne. Eu
vou a pé.”

Seu foco baixou para as pernas dela. "Você está ferida e


descalça."

"Eu estarei bem depois que amarrar isso para parar o


sangramento, posso usar parte desta canga para cobrir os
meus pés." Isso soou bem, ela esperava que fosse capaz de
realmente concluir o plano. "Montar em você não faz bem
ao meu estomago."

Ela notou quando um pouco da rigidez do rosto dele foi


embora. Ele engoliu as mentiras dela. Seu olhar se
levantou. "E você não vai mentir sobre mim se eu te levar
do jeito que você quer?"

"Não." Ela não tinha intenção nenhuma de ir a qualquer


lugar com ele. "Eu lhe dou minha palavra de Filmore." Seu
avô era um bastardo mentiroso que tinha dito a Bat que
estava morrendo de levá-las para o Alasca. Ela não era
uma Filmore. Ela era uma Dawson. Seu pai tinha sido um
homem bom. Decker Filmore nunca poderia ter essa honra.
"Vou me comportar, e olhe o lado bom. Carregar-me
provavelmente não foi divertido para você também. Esse
cinto estava me cortando ao meio e estava contra seu
estômago.”

"Verdade". A raiva desvanece-se de suas feições. "Você


pode sair daí. Eu não irei te atacar."

Eu não sinto o mesmo, ela silenciosamente o alertou.


"Certo. Eu suponho que você não poderia virar de costas
para que eu possa fazer xixi em particular? O movimento

269
de você correndo e o aperto daquela coisa me segurando
contra você fez bem para a minha bexiga." Ela se
aproximou, mancando exageradamente para fazê-lo pensar
que a tinha machucada mais do que realmente tinha.

O cara assentiu. "Faça isso aí. Você não vai sair da minha
vista.”

Ignorando-o, ela passou entre as árvores. "Aqui é muito


apetado."

Ela jogou a sujeira nele quando apenas alguns pés os


separavam.

Ela bateu em seu rosto antes que ele pudesse reagir


totalmente despreparado para o ataque. Ele sacudiu a
cabeça para trás para esfregar os olhos com as mãos.

Ela aproveitou sua cegueira naqueles segundos críticos. Ela


balançou seu outro braço tão forte quanto conseguia com
sua força restante.

Seu pulso doeu quando a rocha atingiu o lado da cabeça


dele, mas deve ter sido eficaz, considerando que ele caiu
de joelhos com um grito de dor.

Ela puxou o braço para trás e bateu nele novamente. Desta


vez, ele caiu no chão.

Dusti hesitou, observando-o. Ele parecia sem vida, exceto


pelo sobe e desce de seu peito. Ela evitou olhar o corte
sangrento no lado da cabeça dele. Ela vomitaria se olhasse
para ele muito de perto ou reconhecesse que sua mão
estava molhada com o sangue dele.

Segundos passaram. Ele estava respirando, mas parecia


nocauteado. Ela continuou segurando a pedra e se virou,
movendo-se tão rápido quanto sua perna ferida permitia na
direção em que ele a tinha carregado. O caminho de terra
era a única coisa que ela podia seguir. Ela esperava que
270
alguém do clã de Drantos estivesse procurando por ela e a
encontrasse antes que o cara acordasse com uma dor de
cabeça dos infernos.

A dor em sua perna piorou a cada passo, mas ela continuou


indo. Ela não teve tempo para realmente atar a perna até
que se sentisse segura. Isso não ia ser tão cedo. Uma
pequena perda de sangue era muito melhor do que ser
recapturada. Craig ficaria furioso e ele iria amarra-la em
seu corpo de novo.

Ela correu quando foi capaz de encontrar um terreno mais


plano. O sol iria se por em algum momento. Era
assustador, uma vez que ela, eventualmente, perderia o
caminho de vista, mas cada passo a levava para mais longe
de Craig e de todos os associados dele. Ela já tinha estado
perdida durante a noite na mata uma vez, mas ela não
estava encharcada neste momento. Seria melhor do que
antes.

Um rugido rasgou pelos bosques pouco tempo depois. Ela


virou a cabeça, seu olhar procurando qualquer sinal de
perseguição. Nada se moveu, exceto as folhas balançadas
pelo vento. Sua respiração ofegante era um obstáculo,
junto com sua perna. Ela se esforçou para ouvir um rio ou
talvez barulho de tráfego. Se ela tropeçasse em uma
rodovia, se existisse uma nesta área remota, isso poderia
salvá-la. Até mesmo a água gelada do rio seria uma visão
bem-vinda. A corrente forte a levaria e talvez o imbecil,
que ela sabia já ter começado a procura-la, perdesse seu
rastro. Ele tinha, obviamente, se recuperado dos golpes na
cabeça se aquele grito de raiva tivesse sido dele.

Um uivo rasgou através de um bosque próximo, muito mais


perto, e ela parou quando percebeu que não seria capaz de
correr mais que ele. Ela virou-se para esperar por Craig. Ele
não se atreveria a matá-la, mas isso não queria dizer que

271
ele não gostaria de machuca-la seriamente pelo que tinha
feito para ele com o ataque de surpresa. Ela varreu o chão
com seu olhar em uma busca desesperada por qualquer
coisa que pudesse ser uma arma mais eficaz que a pedra
dela.

Um baque atrás dela deixou seu coração em sua garganta.


O som característico de algo caindo duro contra a terra não
poderia ser confundido. Ela podia sentir os olhos na parte
de trás de sua cabeça como se algo a tocasse fisicamente.

Ele a encontrou, de alguma forma veio de cima,


provavelmente tinha usado as árvores para deslocar-se
sobre ela.

Ela começou a virar, mesmo que fosse a última coisa que


ela quisesse fazer. Ela tinha que enfrentá-lo.

"Eu sei que você está com raiva, mas se me machucar,


meu avô...”.

Choque a silenciou.

Não era o cara que ela tinha golpeado com uma pedra que
estava de pé a alguns metros dela. Este era muito mais
alto, com um metro e noventa talvez dois metros, tinha
cabelo preto curto cortado rente, pelo pouco que ela podia
ver debaixo de seu capuz preto. Seus olhos se arregalaram
enquanto examinou seu extenso peito nu, coberto de pele
bronzeada, e finalmente chegou ao belo rosto de um
homem com os olhos intensos que eram um azul brilhante
incomum.

Eles a hipnotizaram - até que um rugido alto vindo detrás


dela a tirou de seu estupor.

O cara abriu a boca, revelando dentes brancos e perfeitos


com presas longas em ambos os lados. Ele olhou para algo
acima de sua cabeça. "Afaste-se da mulher."

272
A voz dele enviou calafrios em sua espinha. Ele rugiu cada
palavra como se falasse do fundo de um poço. O tom de
seu comando a aterrorizou. Este não era um cara com
quem qualquer pessoa em sã consciência discutiria.

Ela virou a cabeça a tempo de ver o cara que ela bateu com
a pedra parar a cerca de três metros. Sangue cobria o lado
do rosto de Craig, escorrendo pelo pescoço e peito dos
ferimentos que tinha sofrido. Ele abaixou a cabeça em
submissão e seu corpo o seguiu quando ele caiu de joelhos.

“Claro.”

Dusti voltou seu foco para o homem muito alto que usava
uma capa estranha com capuz que estava aberta na frente.
Ela tinha mangas curtas, revelando bíceps musculosos. Ela
o olhou de cima a baixo. Ele usava calças de couro pretas
com faixas prateadas sobre coxas musculosas. Suas botas
pesadas tinham um estilo militar. Couro revestia a pele do
pulso até o cotovelo, com mais tiras de prata, cada uma
ostentando pequenas, pontas afiadas. Se ela não estivesse
enganada, elas eram uma espécie de arma que parecia
causar sérios danos se ele colidisse com alguém.

Ela finalmente encontrou o atraente olhar azul brilhante


dele de novo.

"Quem é você?" Sua voz enviou calafrios pela espinha dela


novamente, mas seu tom de voz suavizou ligeiramente.

"Eu..." Ela engoliu o nó na garganta; talvez fosse seu


coração, ainda lá por causa do medo. Ela não tinha certeza
do que dizer. "Quem é você?"

"Você está no meu território sem permissão." Suas narinas


inflaram quando ele inalou, pegando o cheiro dela, e lábios
generosos curvados para baixo. "Seu cheiro me confunde.
Você tem um cheiro masculino, mas obviamente você não é

273
um macho. Esse sangue é seu?" Ele olhou para baixo de
seu corpo.

"Culpa dele." Ela apontou na direção de seu raptor. "Eu só


estou aqui porque ele me obrigou. Eu só estou tentando
chegar em casa."

"Eu sinto o cheiro dele, mesmo a esta distância. Não é o


sangue dele em você." Ele agachou-se, de repente, sua
atenção na perna dela, e ele inalou novamente.

Ela viu seus olhos mudarem de cor. Ela arfou quando o azul
de repente brilhou centelhas prateadas. Pareciam que
pequenos relâmpagos explodiam dentro da íris dele. Ele
cheirou de novo e de repente agarrou sua perna, sua mão
se movendo muito rápido para ela seguir. Ele respirou
fundo.

Ele não olhou para longe dela. "Humana". Sua expressão se


tornou sombria quando ele se levantou em toda sua
estatura. Ele finalmente olhou para longe dela para tornar
sua obvia infelicidade conhecida para o sequestrador dela.
"Você atacou e trouxe um deles no o meu território para
matar? Você quer nos culpar pela morte dela?" Raiva
escorria de cada palavra que ele disse. "Nós não
permitimos a caça deles em nossas terras. Você me
ofende."

"Não!" Seu sequestrador levantou seu olhar aterrorizado


para o estranho. "Eu estava sob as ordens de Decker para
trazê-la para você, Lorde Aveoth."

Eu estou numa merda tão grande, Dusti pensou. Ela ficou


de boca aberta com o guerreiro diante dela. Esse termo
descrevia como ele ficava no traje que usava e o perigo que
parecia irradiar dele em ondas de raiva.

274
Eu estou tão ferrada. Este é Aveoth, aquele de quem todo
mundo tem medo. Agora eu vejo o por que. Ele parece
mais vil que o inferno.

"Para mim?" Aveoth realmente pareceu confuso por uma


fração de segundo antes de seu rosto endurecer a uma
máscara ilegível novamente. "Por que ele me presentearia
com um ser humano?"

“Ela é neta dele.”

Seus traços masculinos abrandaram com espanto para


revelar suas emoções mais uma vez antes de seu olhar
mudar para onde ela estava. "Isso é verdade?"

O medo a deixou sem palavras. Aveoth fez um som


estrondoso no fundo de sua garganta. Isso a lembrou de
algo que ela tinha ouvido uma vez assistindo a um
documentário sobre vulcões. Ele, como aqueles vulcões, fez
aquele barulho logo antes de parecer explodir. A fúria crua
em seu belo rosto a fez recuar um passo, suas pernas
ameaçando se transformar em borracha.

“Isso é verdade?” Ele rosnou.

Ela abriu a boca, mas não saiu nada. Ela apertou seus
joelhos juntos para permanecer em pé. Cair de bunda na
frente do GarLycan assustador não parecia uma coisa
inteligente a fazer. Sua coloração começou há mudar um
pouco. Ele mudou de um tom de cobre profundo para um
tom mais cinza.

"É verdade! O nome dela é Batina e ela é a primogênita da


filha do Decker," O idiota de joelhos entregou. "Ele planejou
oferecer ela a você como uma amante. Ela carrega
linhagem de companheira falecida dele."

A pele de Aveoth tinha definitivamente ficado de uma cor


cinza escura. Sua carne perdeu um pouco de sua fachada

275
humana, endurecendo e ficando mais lisa. Dusti temia que
os traços de Gárgulas dele estivessem se mostrando.

“Ela cheira a humana.”

"Seu pai era um. A mãe dela era uma VampLycan pura,
como você sabe."

“Batina?”

O nome da irmã dela vindo dos lábios de Aveoth a fez dar


mais um passo a trás, para colocar distância entre eles.
Mesmo aquelas centímetros a fizeram se sentir um pouco
melhor.

“Esse é o seu nome?”

Ela ainda não conseguia falar. Ela balançou a cabeça


negativamente.

“Ela está mentindo!” Craig se levantou. “Ela é...”

“De joelhos!”

A ordem alta de Aveoth feriu os ouvidos de Dusti como se o


trovão tivesse rasgado através da floresta. Ela quase caiu
para seus próprios joelhos, embora aparentemente ele
falasse com Craig. Com sua visão periférica, ela não perdeu
seu raptor colapsar de volta ao chão, abaixando a cabeça e
tremendo violentamente, como se estivesse tendo uma
mini convulsão. Ela poderia se identificar. Seus instintos
gritavam para ela se enrolar em posição fetal.

Aveoth pareceu surgir de repente à sua frente. O cara se


moveu muito rápido para ela acompanhar com os olhos. A
mão fria e lisa que definitivamente não parecia carnuda
segurou seu rosto. Ele não a machucou, mas ele usou um
bom aperto que a mantinha imóvel. Ela choramingou
quando ela viu os olhos dele. Eles brilharam prata agora, a

276
cor parecendo girar em torno de sua íris, como se elas
tivessem vida própria.

"Você é Batina, neta de Marvilella e Decker? Não minta


para mim".

“Não.” Ela sussurrou.

"Ela está mentindo", seu sequestrador tremeu. "Eu mesmo


a peguei. Ela reconheceu sua identidade quando eu a
peguei".

O homem bonito baixou o rosto para olhar nos olhos dela.


"Eu não vejo nenhuma mentira."

"Havia apenas duas... Merda! Sua cadela inconivente! Você


me deixou te levar em vez de sua irmã, não é?" Craig
tentou ficar de pé novamente.

Aveoth virou a cabeça para dar-lhe um olhar de advertência


e rugiu. O VampLycan caiu de joelhos.

"Ela mentiu para mim. Ela é a neta mais nova", ele


rapidamente explicou. "A mais humana que não herdou a
linhagem forte."

A cor de Aveoth começou a voltar para um tom normal,


quando ele respirou fundo. A mão em seu rosto pareceu
aquecer quando ele se acalmou, a textura suavizou para
carne novamente. Seus olhos prateados ficaram azuis.
Dusti não conseguia desviar o olhar quando ele lhe deu
toda atenção novamente.

“Qual o seu nome?”

“Dusti.”

“Seu nome completo.”

“Dustina Ann Dawson.”

"Você também é neta de Marvilella?"


277
"Eu... foi isso que me disseram. Eu nunca a conheci. O
nome da minha mãe era Antina."

A mão dele deslizou para sua garganta, o polegar parando


na área logo acima de sua clavícula, se movendo
lentamente para frente até que ela soube que ele podia
sentir seu pulso rápido sobre a artéria carótida. Ela rezou
para que ele não a cortasse e a matasse onde estava.

"Não sinta medo." Ele abaixou o volume de sua voz rouca.


"Eu nunca machucaria uma descendente de Margola. Ela
era irmã de Marvilella. Fomos destinados a ser amantes,
mas ela morreu antes de atingir a maturidade."

"Eu não quero ser sua amante", ela desabafou. "Sem


querer ofender." Ela não conseguia calar a boca uma vez
que teve as palavras passando por seus lábios. "Você é um
cara bonito para alguém que me faz querer fugir gritando.
Mas eu conheci alguém. Ele pode ser um traidor. Não tenho
certeza. Mas eu me apaixonei por ele. Eu nem sabia que
vampiros, lobisomens e o que você é existiam até poucos
dias atrás. Você não iria gostar de qualquer maneira. Eu
sou uma cozinheira de merda. Eu ia acabar te matando
com uma intoxicação alimentar. E eu babo enquanto durmo
se estiver muito cansada." Ela respirou fundo. "Além disso,
eu acho que o meu avô é um pedaço de merda que não
tem o direito de me dar a alguém como um presente. Ele é
um bastardo baixo que nunca levantou um dedo para
ajudar a minha irmã e eu. Eu o odeio." Ela selou os lábios
para parar de tagarelar.

Uma de suas sobrancelhas negras arqueou. "Você


terminou?”

Ela fez um pequeno aceno com a cabeça.

Ele observou-a em silêncio, mas o polegar moveu-se


ligeiramente para acariciar sua garganta. O toque suave a

278
distraiu um pouquinho de seu terror. Ele não parecia
irritado com qualquer coisa que ela houvesse dito. Ele
realmente parecia estar se divertindo, se ela fosse julgar
suas feições e a forma que um lado de seus lábios cheios se
levantou como se ele tentasse esconder um sorriso.

Um rugido profundo veio da esquerda de Dusti. Ela tentou


virar a cabeça, mas Aveoth impediu quando ele passou os
dedos em torno da garganta dela. Ele não cortou seu ar,
mas ele tinha um aperto seguro sobre ela. Ele levantou a
outra mão, quase um sinal para algo parar.

"Olá, Drantos. O que você está fazendo no meu território


sem ligar primeiro para avisar que queria visitar? Eu sabia
que alguém se aproximava a meio quilometro de distância.
Você tentou ficar contra o vento, mas meus sentidos são
muito afiados para não ouvir esses corpos pesados de
vocês, não importa o quão habilidoso você se tornou em
esconder-se de um alvo. E o vento mudou uma vez
revelando sua identidade".

Dusti tencionou contra a mão ainda envolta em torno de


sua garganta, apenas o suficiente para ver um espetáculo
que a deixou tremendo e com as pernas trêmulas.

Uma enorme besta peluda se arrastou para fora da borda


da mata e se aproximando deles.

É assim que ele parece quando é uma besta infernal, sua


mente reconheceu. O tremor piorou porque Drantos era
uma visão aterradora. Aveoth soltou sua garganta e
agarrou seus quadris para estabilizá-la. Isso ajudou.

Ela não podia fechar sua boca. Ele se parecia com as feras
assustadoras que ela já tinha visto, só que maior, com os
mesmos olhos negros maus. Ele abaixou a cabeça então
eles não estavam mais olhando um para o outro. Ossos
começaram a estalar e ela fechou os olhos, não querendo

279
vê-lo se transformar. Parecia doloroso e muito
desconfortável.

"Essa mulher me pertence." Drantos tinha sua voz uma vez


que voltou à forma humana. "Aquele idiota é meu também.
Eu vou matá-lo por roubar da minha família."

"Não." Aveoth sorriu friamente. "Você pode matar o


homem, mas você não vai tocá-la."

"Ela é minha." Drantos foi para frente, rosnou


violentamente, mas parou. "Não faça isso, Aveoth."

"Fazer o que? Não permitir que você prejudique uma


descendente de Margola?" A voz do GarLycan aprofundou
em um estrondo que sugeria violência.

"Ela é minha companheira. Eu nunca machucaria Dusti. Eu


mataria para protegê-la."

“Ela não tem o seu cheiro.”

"Ela está usando o casaco do meu primo. Esse é o cheiro


que você está sentindo. Ela estava com frio e era a única
coisa disponível."

Ele estreitou seu olhar sobre Dusti. "Foi dele que você
falou? O traidor?"

Drantos rosnou novamente. "Yonda não era minha


namorada."

Aveoth olhou para eles, mas ele levantou a cabeça,


finalmente arqueando uma sobrancelha para ela.

Ela estava com muito medo de não responder. "Ele estava


saindo com alguém antes de nos conhecermos. Eu não
sabia e fiquei chateada quando descobri".

280
"Ela não entende," Drantos disse asperamente. "Dusti
pensa como uma humana. Eu estava tentando suavizar sua
entrada em nosso mundo antes que eu lhe contasse mais."

Aveoth virou a cabeça, olhando para Drantos. "Você ainda


não está completamente ligado a ela. Ela não carrega o seu
cheiro."

Drantos empalideceu. "Por favor, Aveoth. Eu dormi com ela


e trocamos sangue. Nós começamos o vínculo de
acasalamento."

Um brilho calculado queimou o olhar escuro de Aveoth.


"Você tem a irmã que não é humana? Vou trocar sua
companheira por ela."

"Não!" Dusti desabafou.

Drantos resmungou baixinho. "Silêncio, querida." "Não." Ela


olhou para Aveoth. "Minha irmã não é uma moeda de troca,
nem vai concordar em ser sua amante. Bat iria castrá-lo na
primeira vez que dormisse se você a forçasse."

"Droga, Dusti. Cale a boca." Drantos ordenou.

"Você não fala pela minha irmã." Ela não olhou para ver a
reação de Drantos. Ela não iria negar ser a companheira
dele se isso a afastasse do grande GarLycan. "Minha irmã é
uma pessoa, não uma coisa para ser negociada".

“Eu a quero.”

Essa declaração de Aveoth gelou seu sangue. "Que pena."

"Dusti," Drantos advertiu. "Por favor, confie em mim e pare


de falar. Você só vai piorar a situação".

"Como isso é possível?" Ela agarrou as estranhas proteções


de couro que Aveoth usava, evitando as pontas afiadas.
"Por favor, deixe-me ir. Eu posso ficar de pé sozinha
agora."
281
“Não.”

"Eu disse, por favor." Seu temperamento queimou. Não era


sua vida que estava na reta naquele momento. Isso era
sobre Bat. Ela iria enfrentar o próprio diabo para proteger a
irmã. Ela apontou para Craig. "Aquele babaca pensou que
poderia rasgar minha perna e se safar. Vê aquele sangue
nele? Eu fiz aquilo. Agora, por favor, deixe-me ir. Estou
farta de ser manipulada".

"Dusti," Drantos implorou. "Não, querida. Ele não é alguém


com quem você queira ser desbocada. Basta ficar quieta e
me deixe falar."

Aveoth surpreendeu Dusti por rir. Diversão brilhou no olhar


dele que começou a ficar azul brilhante novamente. Suas
mãos sobre ela afrouxaram, mas ele não as removeu. "Isso
está ficando divertido."

"Estou feliz que pense assim. Ela foi criada como humana".
Drantos manteve seu tom suave. "Dusti não compreende
os outros, nossas leis, ou a forma de mostrar respeito a
qualquer tipo de autoridade. Ela e a irmã têm um talento
distinto para dizer qualquer coisa que vem à mente."

“A irmã é igual a ela?”

Drantos hesitou em responder.

"Ela é muito pior", Dusti informou. "Ela é uma advogada de


defesa em Los Angeles. Seu escritório de advocacia teve
que contratar uma equipe de segurança pessoal para ela,
porque ela está chateando muitas pessoas e recebe
ameaças de morte quase que diariamente." Ela respirou.
"Eu não estou brincando sobre a castração se você forçá-la
a ir para a cama com você. Ela realmente vai fazer isso, e,
provavelmente, comprar um estojo para levar suas bolas
por aí em sua bolsa apenas por maldade."

282
"Dusti," Drantos murmurou, "Pare.".

Aveoth riu de novo e a soltou, recuando. Ele estudou


Drantos. "Ela tem espírito." Seu olhar baixou para baixo de
seu corpo. "Vejo que você ainda tem suas bolas."

Drantos suspirou. "Sim. Dusti é a boazinha."

Todo humor desapareceu das feições de Aveoth. "Eu quero


conhecer Batina".

"Ela já tem um companheiro." Drantos manteve sua voz


muito baixa. "Ele nunca vai permitir que você a leve."

Dusti virou a cabeça e olhou embasbacada para Drantos.


"Quem?"

Ele encontrou seu olhar. "Kraven."

A boca dela se abriu. "Não."

Ele deu um aceno afiado. "Ele não a informou ainda, mas é


verdade."

"Oh, aquele pobre desgraçado." Dusti estremeceu. Se fosse


verdade, sua irmã iria machucar o cara. Bat, obviamente,
gostava de Kraven o suficiente para considerar brincar com
ele, mas sua irmã não tinha relacionamentos de longo
prazo.

"Seu Kraven?" Raiva tingia a voz de Aveoth.

Cautela apertou as feições do Drantos. "Sim. Meu irmão."


Ele atirou um olhar para Craig, ainda de joelhos. "Aquele ali
e vários outros atacaram a minha família para roubar a
minha companheira e meu irmão foi ferido protegendo
Batina".

"O quanto ele foi ferido?" A pele de Aveoth pareceu


escurecer para aquele tom de cinza escuro novamente e
sua carne pareceu endurecer.

283
Drantos cautelosamente se aproximou até que chegou ao
lado do Dusti. Ele passou um braço em volta da cintura,
ergueu-a contra seu corpo nu, e se afastou do GarLycan.

"Ele vai viver, mas foi muito sério. Eles tentaram arrancar
sua espinha e quase conseguiram. Ele não pode se
defender, porque estava segurando para proteger Bat".

A cabeça de Aveoth estalou na direção de Craig. "Você


atacou VampLycans de outro clã? Eu proíbo luta entre os
clãs".

"Decker ordenou que recuperássemos sua neta Batina a


qualquer custo. Essas foram suas palavras. Ele disse para
trazer Batina a você, independentemente de quem nós
tivéssemos que matar para fazê-lo." A voz do rapaz tremia
de medo. "Ele especificamente disse mesmo que
tivéssemos que matar VampLycans."

Num piscar de olhos, Aveoth tinha ido embora. Ele se


moveu tão rápido que parecia para Dusti que ele tivesse se
tele transportado. Ele apareceu na frente de Craig por um
segundo, em seguida, virou-se de repente. Dusti sufocou
um grito quando ela percebeu o que estava presenciando.

A cabeça de Craig rolou no chão, seu corpo caindo em


outra direção.

Aveoth evitou o spray de sangue ao dar um passo para o


lado. Ele tinha decapitado o cara.

Drantos rosnou e a transferiu de seus braços para trás das


costas dele. Ela sabia que ele fez isso para protegê-la, da
mesma forma como soube que ele não tinha a menor
chance contra um GarLycan. Aveoth podia se mover rápido
demais. Uma imagem de Drantos acabando daquela mesma
forma passou por sua mente, a cabeça dele removida do
pescoço...

284
Ela não pensou. Ela só reagiu se movendo em torno dele e
levantando os braços, colocando-se entre ele e a ameaça.

O que eu estou fazendo?

Ela não tinha certeza, mas Aveoth não tinha matado ela
quando teve a chance. Ele disse que não faria mal a uma
descendente de Margola. Ela rezou para que ele realmente
quisesse dizer isso.

Drantos agarrou seus quadris, mas ela simplesmente se


encostou contra a frente dele com força e agarrou seus
quadris nus para impedir que ele a movesse. Ela não queria
que Drantos morresse. Mesmo se isso significasse usar seu
corpo como escudo. Ela olhou para Aveoth, rezando para
que ele não viesse para eles em seguida. Ele era uma visão
apavorante com sua pele cinza-ardósia, parecendo mais
pedra do que a carne.

"Por favor, não o machuque", ela implorou em voz baixa.

Drantos rosnou e tentou levantá-la. "Liberte-me e fique


quieta."

"Não." Suas unhas cravaram na pele dele e ela se


empurrou contra ele com mais força. "Cala boca você."

Aveoth não se moveu, mas ele assistiu Dusti de perto. "Ela


protege você? Interessante."

"Ela é única", disse Drantos, suspirando de novo. "Nós


vamos lutar?"

O olhar de Aveoth alcançou Drantos. Ele acenou com a mão


para o que costumava ser Craig. "Ele mereceu. Ele atacou
outro clã contra minhas ordens, roubou uma mulher, e é o
cheiro dele na perna dela. Ele tirou sangue dela. Eu odeio
quem abusa de uma mulher. O fato dela ser tão humana e
impotente para se defender dele realmente me deixa com
vontade de vingança".
285
"Entendido. Eu teria gostado de matá-lo eu mesmo,
embora você tenha sido mais gentil do que eu seria por ele
ter tirado de sangue da minha companheira. Eu queria
fazê-lo sofrer primeiro."

Dusti se perguntou se algum deles percebeu o quão frio


eles soaram ao discutir sobre cadáver no chão. Ela se
recusou a olhar para o que costumava ser Craig. Vomitar
iria arruinar a imagem que ela queria mostrar de ser mais
resistente do que realmente era.

"Se você o matasse isso poderia causar tensão. Eu faço e é


justiça. Estas são as minhas terras e as minhas leis foram
quebradas." Aveoth respirou fundo. "Falando de leis, o que
seu pai acha de você acasalar com alguém que cheira tão
humana? Você é o filho mais velho e é o seu dever produzir
uma prole forte. Você corre o risco de falhar com ela".

"Não importa o que ele pense. Ela é minha."

"Ele poderia rejeitá-la."

Drantos suavemente rosnou. "Eu não me importo."

Aveoth estudou Drantos com o cenho franzido. "Eu acredito


em você."

"Eu não mentiria para você."

"Você ainda é próximo do seu pai?"

“Sim.”

"Mas você o desafiaria se ele a rejeitasse como sua


companheira e deixaria o seu próprio clã?"

"Eu não vou desistir de Dusti."

"Tão possessivo." Aveoth sorriu. "Vá. Pegue ela e saia."

"Obrigado." Drantos passou os braços em torno de Dusti.


"Você sabia que Decker planejava usar Batina para
286
chantageá-lo, para ajudá-lo a iniciar uma guerra entre
nossos clãs?"

A pele de Aveoth pareceu endurecer mais, escurecendo


para um cinza fosco. "Não. Você acredita que ele ainda
planeja uma guerra?"

"Eu estou certo disso." Drantos hesitou. "Nós ainda temos


algumas famílias de vez em quando buscando proteção de
Decker. Ele mata os próprios membros de clã que mostram
traços vampiros mais fortes. Ele também considera
quaisquer irmãos mais novos um desperdício, assumindo
que eles vão amadurecer e ficarem iguais. Ele decapita
crianças e bebês."

Aveoth estreitou os olhos. "Você tem certeza que isso é


verdade?"

"Sim. Nós vamos te dar acesso para falar com os


sobreviventes e testemunhas, se você achar que isso é tão
horrível quanto nós."

Aveoth não disse nada. Dusti estava horrorizada demais,


mesmo que o homem transformando em pedra em frente a
ela não estivesse. Seu avô era muito pior do que qualquer
coisa que ela imaginou.

Dusti estava em seus braços, mas Drantos não se sentia


seguro ainda. Aveoth era um perigo para ela. O líder
GarLycan tinha mudado muito ao longo dos anos. Ele ficou
maior, mais forte e feroz. Os traços do jovem que ele
outrora foi ainda estavam lá, tão fracos quanto possível.

287
"O que aconteceu com você?" Drantos encarou Aveoth,
esperando por uma resposta. "Por quê?" Ele não precisava
dizer mais. Ambos sabiam o que ele pediu. Eles tinham sido
os melhores amigos uma vez, próximos como irmãos.
Então Aveoth o tinha excluído de sua vida.

Aveoth olhou-o por um longo momento, apenas os olhos


revelando qualquer emoção. A prata em seu olhar ficou
azul. "Nossa infância acabou e minhas responsabilidades
começaram. Era melhor se nós não nos falássemos mais.
Eu ganhei inimigos. Isso teria te colocado em perigo, ser
meu amigo."

"Quem? Eu ouvi sobre seu pai. Eu sei que ele não teria
aprovado que passássemos um tempo juntos."

O olhar de Aveoth ficou mais brilhante e azul. "Quer dizer


que você soube que eu o desafiei e matei." Ele inclinou a
cabeça.

Drantos não conseguia compreender como alguém poderia


fazer isso. Ele e seu pai tinham muitas divergências, mas
ele nunca o atacou ou tiraria sua vida. Especialmente para
assumir o controle do clã.

Os olhos de Aveoth se iluminaram, a prata surgindo. "Não


olhe para mim assim, Drantos. Lorde Abotorus e Decker
Filmore tem a mesma forma de governar. Crueldade e
medo são o que os manteve ou os mantém no poder." Ele
olhou para Dusti, em seguida, de volta para ele. "Ambos
acreditavam que seus filhos eram peões aceitáveis para
usar em um jogo político. Eu não queria mais ser uma parte
do jogo do meu pai."

"Eu sinto muito." O significado por trás das palavras de


Aveoth era sombrio. Claramente não houve nenhum amor
entre pai e filho.

288
"Eu tenho o mesmo problema com algumas das Gárgulas
puro sangue que eu tive com Lorde Abotorus. Eles acham
que a mistura de sangues enfraqueceu nosso clã. Eles
temem que eu vá ser muito brando com os VampLycans
por causa do sangue Lycan que compartilhamos."

"Eu acho que Craig discordaria se ele ainda tivesse a


cabeça," Dusti murmurou.

"Quieta", Drantos sussurrou.

"Agora Decker deseja tentar me usar para seu próprio


ganho político." As íris de Aveoth ficaram quase brancas. "E
eu ainda não quero ser usado. Não tenho nenhum desejo
de ir à guerra contra os VampLycans, Drantos. Eu gosto da
paz." Seu tom de voz se aprofundou, sua raiva clara. "Você
não é meu inimigo."

"Sinto saudades meu amigo", ele admitiu.

Aveoth quebrou o contato visual e se virou, colocando um


pouco de espaço entre eles. Drantos pensou que ele fosse
embora, mas o outro homem fez uma pausa, olhando por
cima do ombro para ele. "Eu desejo a você e Kraven
felicidades. Tenho boas recordações, mas os tempos
mudaram. A estreita associação com vocês seria vista como
uma fraqueza. Eu não posso permitir isso." Ele se virou
lentamente para enfrentá-los mais uma vez. "Diga a Kraven
que não tenho nenhum interesse em Batina".

Drantos relaxou. "Obrigado." Seu alívio ao perceber Aveoth


não iria atrás de Bat, que Kraven não teria que lutar até a
morte para salvar sua companheira, era imensurável.

Aveoth inclinou a cabeça e realmente sorriu. "Eu gostaria


de manter minhas bolas exatamente onde elas estão e não
dentro de um estojo na bolsa de uma mulher." Ele olhou
para Dusti, então de volta para Drantos. "Proteja melhor
sua companheira."

289
“Esses dias foram ruins.”

"Nós estávamos em um acidente de avião", acrescentou


Dusti.

Aveoth pareceu surpreso, olhando para Drantos em busca


de confirmação. "Um acidente de avião?"

Ele assentiu. "Eu não tenho suas asas. Eu desejei tê-las


quando estávamos prestes a bater no chão. Tudo que
Kraven e eu podíamos fazer era envolver nossos corpos ao
redor delas e esperar que isso fosse o suficiente. Temos
tentado leva-las para o nosso território desde então, mas
Decker enviou executores para nos atacar enquanto
estávamos vulneráveis."

"Eu vou lidar com Decker." O tom de Aveoth ficou gelado.


"Ele tentou me chantagear pela última vez. Eu sei que você
tem suas próprias razões para ir atrás dele, mas
novamente, será considerado justiça quando eu matá-lo."

Drantos não teve nenhum argumento contra isso. "Eu só


quero que a ameaça acabe."

"Eu concordo." Aveoth olhou para Dusti novamente e seu


sorriso voltou. "Eu gosto dela."

Drantos enrijeceu, mais uma vez preparado para lutar por


Dusti.

Aveoth não atacou, mas em vez disso falou, "Ouça-me


bem, Drantos."

Ele esperava uma ameaça.

"Eu estou te dando o dom do conhecimento. Velhos


mestres vampiros mantém seus filhos no escuro em mais
de uma maneira. Eles não compartilham seus segredos,
acreditando que o medo do desconhecido vai ajudá-los a
permanecer no poder de seus ninhos." Ele fez uma pausa.

290
"Lycans tendem a enviar suas fêmeas jovens e em idade de
procriar para um lugar seguro quando eles enfrentam uma
batalha. Isso significa que os seus idosos muitas vezes são
mortos quando eles ficam para lutar, tanto que sua história
foi perdida." Ele fez uma pausa. "Gárgulas, no entanto, são
guardiões do conhecimento e temos milhares de anos de
conhecimento escrito, tudo o que aprendemos a partir de
ambas as raças."

Drantos franziu a testa, não sabendo como isso podia ser


relevante para ele.

Aveoth riu, parecendo sentir sua confusão. "VampLycans


são crianças em comparação com alguns dos meus
ancestrais. Passei muitos anos em nossas bibliotecas
lendo." Sua expressão se tornou sombria. "Eu não tive uma
infância feliz, mas meu tempo gasto entre os registros foi
útil." Ele fez outra pausa e olhou para Dusti, então Drantos.
"Todas as razões que seu pai pudesse ter para temer o
acasalamento com ela não seriam um problema... Se você
compartilhasse seu sangue com ela generosamente
enquanto ela carrega sua descendência. Você entende?"

“Você está dizendo que o meu sangue...”

"Sim", Aveoth o cortou. "Exatamente. Eu odiaria ver você


deixar seu clã e se aventurar no mundo humano. Você
pertence aqui. Então faça sua prole. Eles vão ser tão fortes
quanto você."

"Você tem certeza?" Se Aveoth estivesse certo, seus filhos


ainda poderiam nascer com a capacidade de mudar se ele
alimentasse Dusti com seu sangue em uma base regular,
enquanto ela estivesse grávida.

"Estou certo. Isso já foi feito por gerações com as Gárgulas.


É assim que nós mantemos nossas linhagens fortes,
independentemente da raça das mulheres com quem nos

291
reproduzimos. Essa informação é só para você e sua
família. Você entende? Nunca diga onde você aprendeu
isso".

“Obrigado.”

Aveoth encarou Dusti. "Ela é tentadora. Eu sinto tanta falta


do sangue." Ele olhou para Drantos. "Pegue-a e vá agora.
Eu tenho um cadáver para cuidar e mais alguns para criar."

Drantos pegou Dusti em seus braços, gentilmente a colocou


sobre ombro, e em seguida, correu para dentro da floresta.

Aveoth tinha praticamente admitido que os rumores de seu


vício fossem verdadeiros. Isso o fez temer por sua
companheira. Ela carregava a linhagem que Aveoth ansiava
em suas veias. Ela já estava sangrando. Drantos poderia
sentir o cheiro, sentiu o sangue pegajoso debaixo da sua
mão, mesmo agora, e havia vislumbrado o dano à perna
dela. Ele só queria levá-la para longe no caso de Aveoth
reconsiderar.

A vontade de proteger sua companheira o fez empurrar


seus limites. Teria sido mais rápido se tivesse mudado para
correr em quatro patas, mas ele não acreditava que Dusti
gostasse de outro choque.

Ele nunca esqueceria o jeito que ela ficou quando o viu pela
primeira vez saindo da mata. Ele tinha ficado enfurecido ao
encontrar Aveoth a tocando. Isso provavelmente não tinha
ajudado. Ele só esperava que um dia ela pudesse aceitar
ambos os lados dele sem medo ou repulsa. Caso contrário,
o futuro poderia ser difícil... Mas não importava. Eles teriam
que encontrar uma maneira de fazer isso funcionar. Ele
nunca a deixaria ir, mesmo se tivesse que lutar contra ela a
cada passo do caminho.

292
Capitulo Onze
Drantos parou perto do rio. Ele gentilmente colocou-a em
pé. Ela não perdeu o suor que escorria da pele dele - cada
gota, ela podia ver, desde que ele ficou nu, mas ela
concentrou sua atenção acima da cintura dele após dar
uma rápida olhadinha em sua parte inferior.

“Obrigada por vir atrás de mim”.

“Honestamente você achou que eu não viria?” Os olhos dele


escureceram de raiva. “Eu sempre virei por você.”

"Bat e Kraven estão realmente bem?"

“Ela estava bem quando a deixei para procurar por você.


Sem ossos quebrados ou lesões graves. Ela está a salvo
com Kraven. Nós somos fortes e nos curamos
rapidamente.”

Dusti relaxou. “Eu estava preocupada.”

“Kraven me disse o que você fez e o que você falou quando


te levaram.” Drantos franziu as sobrancelhas. “O que você
estava pensando?”

“Você quis dizer, porque eu disse que era Bat?”

“Sim.”

“Kraven estava realmente machucado e em cima dela. Ela


não estava se movendo. Aquela coisa..." Ela fez uma
pausa. "Craig estava indo direto para ela. Eu tive que
para-lo. Você teria feito o mesmo. Eu não sabia o quanto
ela estava ferida e se ela se movesse ele a mataria. Eu só
quis proteger minha irmã.”

293
Raiva e tensão desapareceram de seus traços. “Eu poderia
ter feito a mesma coisa se estivesse no seu lugar. Eu não
gosto, mas eu entendo.”

“Você chamou Aveoth de seu amigo?”

“Nós passamos muito tempo juntos em nossa juventude.”

“Você fez dele para mim um ser terrível.”

“Ele é. Ele ficou mais duro9” Ele fez uma pausa. “Piada
Gárgula à parte9. Eu nunca contaria com o nosso passado
para impedi-lo de me matar. Os invernos são muito
rigorosos aqui e VampLycans tem tendência a ficar perto
de casa. No verão ele foi o Aveoth que eu conheci, o
inverno chegou, e eu nunca mais falei com ele novamente.
Ele não quis nada conosco. Eu não sei exatamente o que
aconteceu para ele mudar tanto, mas nossa amizade
morreu junto com alguma suavidade que tinha dentro
dele.”

“A morte de Margolia talvez?”

“Ele já tinha perdido ela. Eu acho que ele estava tentando


desafiar seu pai. Ele nos evitou depois disto. Isto foi...” Ele
fez uma careta “Muitos anos atrás ele construiu uma
reputação de crueldade. Você viu como ele facilmente tirou
uma vida.”.

“Você queria matar aquele homem também.” Ela levantou o


queixo e cruzou os braços sobre o peito. “Não tente negar
isto. Você teria tirado a vida de Craig, certo?”

____________________
9
- Ele fez um trocadilho, por Gárgulas serem de pedra

294
“Eu nunca negaria a verdade para você. Sim, eu teria
acabado com a vida dele. Ele sequestrou você, ajudou a
ferir Kraven gravemente e te fez mal. Vire-se e deixe-me
ver sua perna.”

Ela hesitou, mas virou. “Eu não me importaria de ver você


batendo nele, mas eu admito. Eu nunca quero ver você
matar alguém.”

Ele agachou-se atrás dela, mas ela se recusou a dar uma


olhadela para trás e ver o corpo nu dele. A visão de todos
aqueles músculos cru e masculino deixava sua língua um
pouco amarrada e ela queria falar com ele sem sua mente
vaguear e se distrair das coisas que eles precisavam
discutir.

O toque gentil dele em sua perna não a assustou. Ela


esperava por isso. Ele usou uma de suas mãos como uma
concha para pegar água gelada do rio para derramar sobre
sua ferida. Ela engasgou, mas ficou imóvel.

“Você poderia ter me avisado. Aquela água estava


realmente gelada.”

“Eu vou lamber para fechar esta ferida. Não se afaste.”

O corpo dela ficou tenso. “Você pode fazer isto?”

“Sim”. Um hálito quente aqueceu a pele gelada e molhada


dela. “Eu não quero que você fique com uma cicatriz,
querida.”

Ela fechou seus olhos e tentou não ficar tensa. O primeiro


toque de sua língua áspera e quente fez o coração dela
acelerar. Alguma coisa a respeito do toque dele sempre faz
coisas engraçadas em seu corpo.

295
Instantaneamente ele fez com que ela reagisse
sexualmente, e mesmo com uma tensão entre eles, ela
tinha que admitir que ela estivesse começando a ficar
seriamente atraída.

Fale com ele, sua mente ordenou. Você precisa descobrir


sobre ele e Yonda. A boca dela se separou. “Ela é sua
namorada? Você a traiu comigo? Eu quero a verdade.”

A língua quente pausou em lamber a parte detrás da perna


dela. “Você está disposta a ouvir agora?”

“Eu perguntei. Duh10.”

Ele riu. “Calma ai eu estou quase acabando.”

A perna dela vibrou ligeiramente quando ele deslizou a


língua pela perna dela.

Ela estava se perguntando como ele poderia mudar da fúria


de uma besta terrível, a lamber uma ferida para fechá-la
com algumas pinceladas de sua língua, e hipnotizar pessoas
com seus belos olhos.

10- Ela fez um trocadilho para dizer que ele era bobo.

Isto a perturbou, ela viu que sabia muito pouco ainda sobre
ele, no entanto, eles tinham feito sexo.

Ele terminou com a perna dela e a soltou. Ela sabia que ele
tinha se levantado atrás dela, podia senti-lo quando ele
pisou mais perto, mesmo que ele não tenha tocado nela.

“Você se importa se eu mergulhar no rio primeiro? Vamos


sentar e conversar enquanto me seco, este suor está
coçando.”

“Vá em frente.”

“Afaste-se da borda. Não quero ver você caindo. Não


vou demorar. Só preciso me enxaguar.”

296
Ela deu alguns passos para trás e ouviu a água
espirrando atrás dela.
Ele ganhou muitos pontos de honra por arriscar sua vida
e enfrentar Aveoth para manter ela longe dele. Drantos não
precisava vir atrás dela, no entanto, ele veio. Ela o insultou
ao renuncia-lo em frente ao povo dele, seja o que for que
isso significava em seu mundo. Ela o deixou para baixo, o
envergonhou. Ela não entendeu nada. A maioria dos caras
ficariam emburrados e não iriam querer nada com uma
mulher depois disso.
Ela não poderia evitar ficar secando ele quando ela o
ouviu saindo da água.
Ele sacudia todo seu corpo, o cabelo dele jogando água
em todas as direções, e o olhar dela demorou-se nas gotas
que escorriam por seu peito bronzeado e musculoso.
Digno de salivar. Ela admitiu silenciosamente que era de
babar. A forma inteira dele era esculpida com perfeição,
suas características faciais masculinas, seus ombros largos,
sua barriga plana e cheia de músculos. A melhor coisa que
já vi.
A atenção dela se voltou para o pau dele ligeiramente
endurecido. Espantou-a como ele poderia ter tanto sangue
concentrado nesta área, apesar dele ter estado nesta água
gelada. Um cara humano teria amaldiçoado o frio, as partes
dele tremeriam, e definitivamente ela não deveria estar
olhando por tanto tempo, era tentador. Ela forçou o foco na
grama em frente a ela para que ele não a pegasse
estudando ele, quando ela parou de tentar secar seu corpo
da melhor maneira que pôde.
“Você quer minha saia?”
“Não. Eu ficarei molhado. Talvez aceite quando eu
estiver seco.” Ele fechou a distância entre eles e sentou-se
a apenas um palmo de distância na frente dela. Ela notou
que ele posicionou seu corpo de uma forma a esconder seu
colo com seus joelhos dobrados, mas não fez nada para
esconder a curva de sua bunda carnuda, quando ele virou-
se ligeiramente. O olhar dela encontrou o dele quando ela

297
parou de encará-lo novamente. Ele tinha um ligeiro sorriso
nos lábios que dizia que ele tinha notado o interesse dela.
“Ah sim, a conversa sobre Yonda.”
Ele respirou profundamente, olhou para longe e falou.
“Fiz sexo com ela ao longo dos anos, mas não estávamos
em um relacionamento. Também fiz sexo com outras
mulheres. Não somos humanos, Dusti. Não temos parceiros
como acessórios, não de uma maneira como você poderia
se identificar ou rotular. Eu não estava traindo ela quando
toquei em você. Yonda entenderia isso como monogamia, e
não somos assim, não é assim que fazemos”.
Dói-me imaginá-lo com aquela mulher alta de cabelos
longos. Ela não queria saber com quantas outras mulheres
ele tinha dormido, “Então você realmente não tem
sentimentos por ela?”
“Não. Fizemos sexo sem laços emocionais.”
“Acho que ela tinha sentimentos. Você viu como ela
reagiu a mim. Eu teria morrido se olhar pudesse matar. Ela
estava chateada.”
"Isso me surpreendeu, mas acho que principalmente a
objeção dela é porque você é tão humana." Ele respirou
profundamnete. "Ela é mais uma amiga do que qualquer
coisa. Eu mencionei que temos invernos rigorosos. Passei
semanas na casa dela, mas novamente, não estávamos em
um relacionamento como você entenderia. É sobre sexo e
sobrevivência."

"Você tem que ter sexo, ou você vai morrer?" Ela


esperava que ele tivesse ouvido a zombaria clara na voz
dela. "Puxa, nunca ouvi um cara dizer isso antes."

“Não. Era sobre não congelar até a morte durante uma


nevasca por ser idiota o suficientede de viajar da casa dela
para a minha." Ele parecia irritado. "Lamento que
acreditava que ela era importante para mim. Ela não é. Foi
só sexo. Eu era solteiro, ela perdeu seu companheiro, e
ficamos juntos de vez em quando. Está claro o suficiente

298
para você? Não havia mulher alguma na minha vida que eu
tivesse qualquer apego emocional até que te conheci."
Dusti deixou tudo isso para lá. Isso realmente ajudou-a
entender, mais de uma coisa ela sabia, que nunca mais iria
querer Yonda perto de Drantos.
"Eu deveria ter dito a você que era minha companheira."
"O que isso significa?"
Seus lindos olhos suavisaram quando ele olhou para ela.
"Significa que há uma ligação muito forte entre nós. Eu
gostaria de torná-la permanente."
"O que diabos isso significa?"
"Companheiros são para a vida. Isso significa que eu
estou me oferecendo para cuidar de você, compartilhar
tudo que eu tenho com você e protegê-la. Eu até morreria
por você."
Ele quis dizer isso. A sinceridade em seu olhar não
deixava dúvida.
"Você não me ama."
Ele arqueou uma sombrancelha. "Não?"
"Nós não nos conhecemos.”
"Sente-se ligada a mim?"
O que ele fez. O cara fez tudo por ela, a fez sentir especial.
Ela ficou tão brava. Ele a irritou com essa conversa e ficou
realmente machucada com esses pensamentos e com uma
necessidade de tocá-lo, ficou até excitada ela pensou que
ele tivesse se enganado então criou coragem e soltou...
Mas amor? ”Eu não sei sobre isso."
"Eu a amo".
Ele sempre a surpreendia. "Você me ama?"
Ele apertou a mandibula. "Sim".
"Mas nós..."
"Isto é uma característica de VampLycan, querida. Nós
vamos com tudo, duro e rápido. Gostei de seu espírito e a
forma como você se entregou para mim. Eu tive o gosto do
seu sangue e eu soube que a primeira vez que eu sentisse
o cheiro de sua excitação saberia que você já era minha."
"O que isso tem a ver?"
299
"É difícil de explicar. Encontrar uma companheira não
acontece facilmente. Você não quer saber minha idade real,
mas já procurei por um longo tempo uma companheira.
Você é isso. Sabemos depois de provar do sangue. Se uma
mulher é compatível como companheiras às coisas mudam
dentro de nossos corpos. O primeiro perfume da excitação
dessa fêmea nos afeta tão grandemente, que é inegável.
Meu corpo sabia que você pertencia a mim. É como se pela
primeira vez na minha vida, eu realmente me tornasse
vivo."
Ela não tinha palavras. A mente dela tentou entender o
que ele disse, mas ela teve que admitir que ela só talvez
não pudesse entender o conceito. Ele a amava. Essa parte
não passou despercebida, mas ela realmente não poderia
acreditar. Estavam juntos por um tempo tão curto. Muita
coisa tinha acontecido... Mas amor?
"Você já sentiu atração instantânea por alguém no
momento em que você o conheceu?"
Ela pensou sobre isso. "Claro".
"Os humanos aprenderam a ignorar seus instintos.
VampLycans dependem deles para sobreviver. Podemos
aprimorá-los. Não preciso sair com você por meses ou anos
para perceber que você é a pessoa certa para mim, Dusti.
Meu corpo, mente e instintos disseram-me o que você
significa para mim. Sentimentos precisam se envolver, se
isso é importante para você. Se eu não fosse tão atraído
por sua personalidade, eu não iria querer ser o seu
companheiro."
"Acho que é bom saber. Não estou dizendo que eu
aceito isso, mas me dê mais detalhes de acasalamento?
Dê-me a mecânica.”
"Você faz parecer tão frio." Ele disse-lhe em um tom de
tristeza.
"Não quis dizer isto."
"Foi criada como humana. Eu tento me lembrar disso.
Quem me dera não tivesse sido, ou você se alegraria em
encontrar seu companheiro, como eu faço."
"Sinto muito".
300
"O que seus instintos dizem sobre mim? Você viveu sua
vida para ignorá-los, não é?"
Dusti fechou os olhos, tentando "sentir" o que seu corpo
pode lhe dizer. Ela tinha o desejo de subir para seu colo e
abraçá-lo. Sentia falta de estar em seus braços. Ela queria
a proximidade e os sentimentos de calor, que ele deu a ela
só por estar perto. Ela olhou para ele.
"Minha cabeça grita para correr, mas meu coração quer
ficar com você."
A expressão dele suavizou. "Ouça sempre seu coração."
"Eu teria que desistir da minha vida em Los Angeles, não
teria?"

"Sim. Caso contrário seria muito perigoso. VampLycans


não podem existir dentro de uma cidade. Não sei como sua
mãe foi capaz de fazê-lo, para ser honesto. Eu nunca
poderia alterar formas e correr livre. Faria isso por você,
mas meu espírito murcharia. Não quero mentir para você.
Não vou parar você, se você desejar retornar para sua
casa, mas eu seguirei você até lá. Você é minha
companheira. Onde você vai, eu vou. Todos os Lycan e
Vampiros nos teriam como alvo. Eles temem os
VampLycans e você tem meu cheiro. Você entende por que
não seria seguro? Eu sou um excelente lutador, mas
teríamos todos os Packs e Nests11 vindo atrás de nós. Eu
enfrentarei isso dia e noite, se isso me mantém perto de
você. Minha vida é onde você estiver, Dusti."
Ela lutou contra a vontade de chorar, mas lágrimas
encheram seus olhos de qualquer maneira. Ela piscou-as de
volta. Nenhum homem disse-lhe coisas tão maravilhosas ou
expressou seus sentimentos de uma forma que não deixou
dúvidas de que ela era tudo para ele. Ele ficou muito bonito
dizendo que ele estava disposto a lutar todos os dias só
para estar ao lado dela. "Você ainda tentaria viver lá por
mim?"
"Eu iria murchar sem você mais rápido. Eu te toquei e
sei como você faz eu me sentir. Eu não posso fugir disso.

301
Mataria-me com certeza se não a tivesse na minha vida. Eu
não iria querer continuar."
Ela olhou profundamente nos olhos bonitos dele. “Sério."
"Você sente que é verdade. Eu nunca vou mentir para
você."
Talvez se apaixonar tão rápido seja possível, ela admitiu
silenciosamente. Eu o amo. Como não posso? O cara está
me dizendo que prefire sofrer incalculável inferno só para
estar comigo, se eu quizer viver em Los Angeles e ele
morreria se eu o deixasse.
"O que você está pensando?"
"E as outras mulheres? Não tolerarei ser traída, e quero
dizer a minha definição, não na estranha definição de um
VampLycan. Significa que você não tem permissão para
tocar em outra mulher, e elas não podem te tocar. Eu te
deixaria tão rápido que sua cabeça giraria se você fizesse
isso comigo. Jamais perdoaria você.
A esperança estava gravada em suas feições tão
claramente que era fácil de ler. “Dou minha palavra. Uma
vez que cimentarmos nosso vínculo, nosso compromisso,
meu corpo só responderá ao seu."

"O que isso significa?"


Ele virou-se para enfrentá-la, abriu suas coxas e revelou
o quão duro ele estava. O pau dele se projetava grosso e
orgulhoso. "Você será a única mulher que fará isto comigo.
Nós vamos criar laços e ninguém mais será capaz de se
comparar a você. Não quero mais ninguém, Dusti."

Ela não conseguia tirar o olhar do pau dele. Seus mamilos


endureceram apenas com a visão do pau dele em toda sua
glória e aquela vontade de subir no colo dele ficou mais
forte. Só que agora ela só não o queria tentar segurá-la.
Ela queria montá-lo, senti-lo dentro dela, e ela sentia a
umidade que se espalhou entre as pernas dela. Só de
pensar em fazer sexo com ele à fez doer.
________________________
11
-Dois Clãns diferentes
302
"O que você faz comigo?"
"Somos companheiros. Seu corpo sabe, mesmo que a
sua mente não. É por que você deseja meu toque que seu
corpo reage tão fortemente a mim. Você não é
completamente humana, Dusti. Isto é como VampLycans
reagem a seus companheiros."
Isso fez sentido, de uma forma estranha.
"Só vou ficar duro por você, querida. Isso é o que estou
dizendo. Se completar a ligação, você vai se tornar uma
parte de mim e meu corpo só irá reagir ao seu desta forma.
Outra mulher poderia se esfregar em mim, mas para
colocar em termos que você entenderia, seria como se
alguém arrastasse suas garras ao longo de um quadro-
negro. Iria só me irritar. Eu teria a reação inversa. Eu iria
amolecer e permanecer assim, independentemente de
qualquer estímulo que ela tentasse."
"Sério? Isto é difícil de acreditar."
"Acreditar". Ele franziu a testa. "Eu não mentiria sobre
isso. Somos companheiros de verdade. Só os
acasalamentos que não são fortes não conseguem obter
esse tipo de lealdade física do casal."
"E se ela te tocasse?"
"Não iria gostar. Eu não iria endurecer. Você já teve um
homem que tocou em você e te revoltou? Isto seria assim.”
Ela o estudou atentamente, mas viu honestidade
refletida de volta para ela. "Duh. Você está dizendo que é
muito dependente de mim para o sexo então, certo?"
"Sim. Você não precisa parecer tão satisfeita com isso."
“Você já confiou em alguém completamente, apenas
para descobrir que a pessoa te traía?"
"Nunca estive nesse tipo de relacionamento."
"Devasta você. Quando um homem te engana e faz você
se sentir como se você não fosse o suficiente para ele, e
mesmo sabendo que ele é um merda, só esmaga você por
dentro. Cada aspecto do que você teve com ele, de repente

303
está tudo fodido. Você ama alguém e ele te trai da pior
maneira possível. Rasga suas tripas.”
Raiva escureceu suas feições. “Amou um homem
antes?"
"Eu era casada. Eu mencionei isso?."
Um rosnado rasgou sua garganta ele moveu-se
rapidamente, subindo de joelhos a pressioná-la, até que ele
tinha enjaulado-a sob seu corpo.
Medo atingiu Dusti instantaneamente enquanto ela olhou
no rosto dele seis polegadas acima do dela. A boca dele se
separou, e mostrou presas afiadas.
"Não, você não foi. Eu sou seu companheiro.”
"Oh. Pensei que tinha te falado isso. Casei quando eu
era mais jovem, mas não durou muito. Ele era um traidor
de merda."
Drantos rosnou novamente.
"Pare com isso. Você está me assustando."
"Eu nunca faria mal a você. Só me irrita que você tenha
amado antes. Ele era importante para você se você teve
um compromisso com ele."
"Você está com ciúmes?"
"Sim".
As mãos dela tremiam ligeiramente quando ela estendeu
a mão para tocar o rosto dele. Ele não hesitou afastadando,
mas em vez disso pressionou mais apertado para palmas,
esfregando-se contra ela ligeiramente para incentivar o seu
toque. O medo dela derreteu.
"Não o amo mais, Drantos. Foi passado. Eu era mais
jovem e cheguei à conclusão de que ele não era o homem
que eu pensei que fosse. Acabamos sendo estranhos. Acho
que queria amar a imagem que ele representou, em vez da
pessoa que ele realmente era. Ele não estava pronto para
ficar com uma mulher. Você entende?"
A raiva dele o deixou tão rapidamente como tinha vindo.
As presas dele retraíram. "Você é minha companheira.
Minha Dusti. Ame-me. Não te magoarei."

304
Todas as reservas que ela tinha se evaporaram com seu
apelo sincero. Amá-lo? Eu faço, ela assentiu com a cabeça
e sabia que ela tinha feito à escolha certa quando ele sorriu
ternamente para ela.
"O que precisamos fazer para completar o
acasalamento?"
Ele foi para em cima dela, a pressioná-la suavemente
entre a grama e o seu corpo firme e quente. Ele apoiou os
cotovelos ao lado dela para manter o peso suficiente no seu
peito para ela poder respirar facilmente. Ela só hesitou um
momento antes de espalhar suas coxas para dar-lhe
acesso. Ele afundou seus quadris entre eles e ela
embrulhou as pernas por trás das suas coxas para
entrelaçar seus corpos. A sua saia facilmente separada para
permitir o contato íntimo.
"É um processo. Podemos compartilhar sangue, sexo se
abrir um com o outro para ajudar a fechar nossa ligação."
"Isso parece meio quente, exceto a parte do sangue.
Como vamos nos abrir um com o outro?"
"Não se feche para mim. Abra-se para mim. Seu
coração, sua mente e seu corpo."
"Ok. Posso fazer isso. Mas o sangue?”
"Você tira de mim e eu tiro de você durante o sexo.
Fazer isso ajuda a nos tornar uma parte do outro. Seu
genes VampLycan irão responder ao meu sangue, como o
meu vai responder ao seu."
"Você ter trocado de sangue com diferentes mulheres."
Ela odiava lembrar daquele pedaço de informação que tinha
saído dele.
"Não é o mesmo. Por favor, não me olhe desse jeito. Se
eu soubesse que iria causar dor, eu nunca teria feito isso. É
como nós testamos para ver se somos companheiros. Isto
realmente não poderia ser evitado. O sangue delas era
apenas um gosto na minha boca. O seu é vida para mim
que se espalha pelo meu corpo inteiro. Compreende?”
"Você é muito bom em saber o que dizer a uma mulher
para fazer ela se sentir especial." Ela sorriu e deixou
passado dele para trás; Isso ajudou a lembra-lá que ele
305
não provaria o gosto de outras mulheres em seu futuro.
"Encantador".
"Você é especial para mim. Não faz ideia."
"Eu estava um pouco confusa sobre o que Aveoth estava
dizendo quando ele começou a falar sobre a história e
registros, mas eu entendi algumas coisas. É por isso que
seu pai não gosta de mim? E o que significa ser generoso
com seu sangue?"
"Ele estava informando-me que se eu compartilhar meu
sangue com você enquanto você estiver grávida, que
nossos filhos vão nascer fortes. Eu sou o primogênito dos
filhos do meu pai. É minha responsabilidade dar netos ao
meu pai, fortes para manter nossa linhagem intacta para as
gerações futuras. Sua parte humana poderia resultar em
nossos filhos ter traços mais humanos do que VampLycan.
Aveoth estava me contando como evitar isso para
convencer o meu pai a aceitar você e nossos futuros filhos
no clã."
Ela digeriu aquela informação. “Você quer filhos?"
"Você não"?
"Sim. Mas não imediatamente."
"É justo. Temos muito tempo."
"Ok, Drantos. Vamos fazer isso."
Ele sorriu para ela novamente. "Agora"?
"Você está em cima de mim e eu estou totalmente
excitada, eu sofro. Eu vou te machucar se você tentar me
deixar assim."
"Nós podemos fazer amor sem cimentar o laço. Não é
um acontecimento, querida. Pode levar dias. Eu prefiro
começar o processo quando chegarmos a minha cabana.
Não quero nenhuma interrupção quando começar."
"Cabana"? Ela fez uma careta. "Oh, por favor, diga que
tem eletricidade e um computador com conexão à internet.
Satélite ou TV a cabo seria uma adoração para mim
também. Já mencionei que eu sou uma garota da cidade?
Sou péssima em camping e é tudo tão rustico".

306
"Eu tenho todas as amenidades modernas do dia a dia",
ele riu. "Só porque eu amo vagar pelo deserto não significa
que não desfrute de todo o conforto que a vida tem para
oferecer. Até tenho uma jacuzzi dentro do banheiro do
nosso quarto."
"Você é perfeito."
"Você também é." Ele sorriu. "Eu preciso ir para casa em
breve. Não prefere que estejamos numa cama, em vez do
chão?"
Suas pernas se levantaram para envolver o traseiro
dele. "Não. Sou impaciente. Acho que devo avisá-lo sobre
isso. Me Beije.”

A boca dele baixou sem hesitação e Dusti levantou seu


queixo para encontrá-lo no meio do caminho. No instante
em que a língua dele roubou dela, o desejo dentro dela
mudou de uma dor para uma necessidade infernal. Ela
gemeu e moeu contra seu peito. Ela desejava estar nua
para sentir a pele dele na sua. O material entre seus corpos
quase machucava. Ela choramingou.
Ele atacou a boca dela, e ela viu preocupação em seu
olhar. Ele deixou rosto para agarrar freneticamente na
cintura da camisa que ela usava. Ele tinha que levantar um
pouco para que ela fosse capaz de libertar a camisa entre
seus corpos. Ela balançou e se contorceu, mas
eventualmente ele tirou a camisa sobre a cabeça dela. Os
dedos dela agarraram seus ombros para puxa-lo para baixo
para que ele ficasse em cima dela novamente, a boca, indo
para a sua e ela espremendo seus quadris contra sua pélvis
para incitá-lo a entrar nela. O material de esmaltado de sua
saia não incomodava muito, desde que foi elevada em
seus quadris entre suas barrigas. A sensação de seus seios
esmagados contra o peito quente dele foi céu puro.
“Devagar”.
Ela balançou a cabeça, olhando para seus olhos com
desespero. "Eu te quero tanto. Nunca tive muita paciência."
"Tomar meu sangue ontem à noite fez com que o
processo de acasalamento começasse." Ele parecia um

307
pouco atordoado, mas então ajustou seus quadris. "É difícil
no começo. A paixão pode incendiar-se de repente."
"Eu gosto de sexo violento. Foda-me."
Ele riu. "Quer dizer a necessidade de sexo. Está perto do
incontrolável nos primeiros dias."
"Não fale."
Ela usou seu domínio na cintura para moer seus quadris,
buscando-o e gemeu quando seu pau duro cutucou na
entrada de seu sexo. Ele fechou os olhos quando ela
esfregou a vagina dela contra ele. Um rosnado suave veio
profundo de sua garganta.
"Mais devagar, ou vou perder o controle, querida. Você é
muito humana. Você não quer isso. Se você acha que
alguma vez teve sexo violento antes, você não teve."
"Não me importo! Foda-me,” Ela exigiu. Ela moveu-se
sugestivamente contra o cume duro de seu eixo até que ela
o pegou para deslizar em seu clitóris. Ela mordeu o lábio
duro o suficiente para tirar sangue e jogou a cabeça ao
prazer intenso. Seus olhos se fecharam. Êxtase-primário
rasgou através dela.
Drantos entrou nela rápido e profundo. A sensação do
seu pau grosso, estendendo-a, preenchendo a fez chorar
novamente. Ele congelou, enterrado dentro dela e rosnou.
"Eu machuquei você?"
Ela balançou a cabeça. "É tão bom. Mexa, querido. Por
favor? Você vai fazer aquela coisa de mordida no pescoço?
Você não tem idéia como é isso.”
Ele rosnou, enterrou seu rosto contra o pescoço dela e
mordeu com força suficiente para mandar uma sacudida
maravilhosa de electricidade em todo o corpo dela. As
paredes vaginais dela se apertaram em torno do pau dele e
ele rosnou contra sua pele.
Talvez ele saiba ela pensou, quando ele mordeu
novamente e algo veio a vida no interior dela.
Paixão surgiu através de suas veias para uma altura que
ela nunca tinha ido antes. Ele mencionou que o sangue dele
deve ter provocado o início de seu processo de

308
acasalamento. Se isso foi apenas o começo, ela duvidou
que ela fosse sobreviver quando atingisse toda a força. Ela
se contraiu freneticamente contra ele, usou as pernas em
volta da bunda para alavancar e levantou o rosto para
encontrar cegamente a pele dele. Ela mordeu a pele dele
ao invés do lábio.
Ele rosnou seus quadris batendo nela com mais força e
mais rápido.
A lâmina do pau dele contra todas as terminações
nervosas dentro de seu corpo parecia amplificar o fervor
para vir. Prazer e dor turvou sua mente. Ela sentiu que ela
fosse morrer se ela não atinge o clímax. Ficou fora de seu
alcance, mas cada vez que Drantos apertava sua pele com
os dentes, um choque elétrico, a atingia da cabeça aos pés
e chegava mais perto do seu objetivo.
Suor escorria de seus corpos, ajudando-os a deslizar um
contra o outro mais suave; As unhas dela cravaram na pele
dele e ele não se importou se ela tirou sangue. Ela duvidou
que ele se importasse, da forma como ele, gemeu e rosnou
contra sua pele. Os sons que ele fazia a excitava mais.
Naquele momento ele não era apenas um homem, mas
parte animal. Ambos eram. Ela reconheceu isso com
aceitação.
A boca dele liberou a dela, mas seus quadris não
abrandaram o ritmo acelerado que ele estocava. "Morda
com força," Drantos exigiu. Ele mordeu-a novamente na
sua garganta e a dor surgiu. A mordida doeu, mas a dor
desvaneceu-se rapidamente.
Ela mordeu-lhe tanto quanto podia, provou o sangue, e
um desejo irresistível se apoderou dela. Ela firmou a boca
sobre esse ponto e sugou, sua língua lambendo
freneticamente e seu gosto encheu a boca dela. Ela
percebeu que ele estava tomando o sangue dela também.
Seus joelhos espalharam mais e ele dirigiu o pau dentro
dela um pouco mais fundo.
Dusti suspirou. O prazer começou na vagina dela e se
espalhou para o cérebro em um instante. Ela gritou contra
sua pele quando o prazer se tornou muito intenso, muito

309
devastador e tão forte que seu corpo ficou tão tenso que
ela pensou que os ossos dela fossem se quebrar. Ela estava
tão envolvida com o clímax que não se importava com o
que eles fizessem.
Drantos rosnou contra sua pele quase a ensurdecendo
quando ele rugiu de prazer. Ela engasgou suavemente da
pressão que ela sentiu dentro de sua vagina quando o pau
dele pareceu inchar um pouco contra suas paredes vaginais
firmemente fixadas em torno dele. Quando ele começou a
vir, ela sentiu o calor espalhando dentro dela. As explosões
quentes fez ele se apertar em cima dela com cada gota que
ele esvaziou dentro de seu corpo, e eles tinham gloriosos
tremores de prazer até que eles finalmente cederam. Seus
corpos lentamente relaxaram suas respirações misturando-
se juntos, e Dusti sorriu.
"Uau".
Drantos cutucou a garganta dela, a fez virar a cabeça e
rodou a lingua dele nas áreas que tinha mordido. O sabor
do seu sangue acobreado permaneceu na língua dele. Ele
lambeu as mordidas e elas se fechadam. A dor ligeira que
as mordidas tinham infligido desapareceram
completamente.
"Olhe para mim."
Ela abriu os olhos, virou a cabeça e sorriu para Drantos.
Ele sorriu de volta.
"Você é minha companheira. Eu te amo, Dusti. Por
favor, me ame e não me deixe."
O olhar dele quase partiu o coração dela. Ele ainda
temia que ela fosse recusá-lo. Somente ela poderia fazer
alguém tão feroz quanto Drantos sentir medo real. As mãos
dela deslizaram de seus ombros. Ela acariciou a curva de
sua garganta e recuou um pouco com a visão da ferida
irregular que ela tinha infligido com os dentes. Ela não
tinha presa então à mordida lembrava duas formas grandes
de meia-lua com sangue saindo delas.
"Desculpe-me. Não quis fazer isso."
"Não dói. Vai curar."

310
Ela forçou a atenção para ver o que ela tinha feito com
ele. "Eu não posso te lamber para selar as feridas, posso?
Eu quero."
"Você pode lamber-me, mas não. Esses traços não
foram passados para você. Seu sangue humano
provávelmente bloqueou esses traços." Ele segurou seu
olhar. "Você ficará comigo como minha companheira?"
Ela assentiu com a cabeça. "Eu vou, Drantos. Eu sou sua
companheira." com a ponta dos dedos ela acariciou seu
queixo em ambos os lados do rosto. "Eu te amo".
O sorriso que ele deu a ela revelou pura alegria. "Você
não vai se arrepender."
"Eu acredito".
"Eu preciso ir para casa."
"Isso significa que temos que mudar certo? Eu estou
meio confortável onde estamos."
"Não podemos ficar aqui. Decker pode enviar mais
homens para procurar você e eu não vou arriscar a sua
segurança." Ele fez uma pausa. "Há uma maneira mais
rápida para chegar a casa."
"Você quer que eu me pendureem seu ombro
novamente? Não estou gostando dessa idéia. Eu sei que
teve que correr comigo para fugir de Aveoth, mas eu
realmente não quero repetir."
"Não". Ele hesitou. "Eu poderia mudar e você poderia ir
nas minhas costas."
Dusti fez uma careta. "Merda".
"Ainda serei eu."
"Eu sei, mas eu gosto de você muito mais desta forma."
Ela sabia que ele se preocupava com a segurança dela e,
como uma besta, ele poderia se mover mais rápido com
quatro patas em vez de apenas duas. "Merda. Eu vou
precisar de uma bebida mais tarde."
Ele riu. "Eu tenho um bar totalmente abastecido na
cabana."
"Você é perfeito. Ok." Ela forçou um aceno. "Eu posso
fazer isso. Eu posso."

311
"É como andar a cavalo."
"Eu morava em Los Angeles. Eu nunca tive acesso a um.
E não conta ser amarrada por quele idiota quando ele me
raptou como uma divertida experiência também.”
"Vai ser uma divertida aventura comigo."
“Certo”. Ela suspirou. "Vamos fazer isso. Vamos rápido,
melhor, antes que eu amarele."
"Você está sendo muito forte por mim e eu agradeço. Eu
sei que não queria me ver assim."
"Não é bravura, motivando-me. É o fato de que você me
disse que tem uma banheira de hidromassagem e que pode
me levar para ela muito mais rápido. Além disso, eu
realmente estou morrendo de fome. Eu estou supondo que
você tem comida em casa." Ela hesitou. "Seus olhos ficando
preto puro me assusta mais do que o pelo ou as garras
mortais para fora. Eu também me sinto um pouco enjoada
quando ouço a transformação. É um tipo de som esquisito.
Não quero ofender você, não quero, mas quero ser
honesta. Acho que estou indo bem, considerando que há
alguns dias antes do acidente se eu visse você trocando de
pele eu iria correr gritando."
Drantos levantou um pouco e suavemente separou seu
corpo do dela. Ela odiava a sensação de se separar dele,
mas não protestou.
"Eu não posso fazer nada quanto a isso. Eu sei que os
meus olhos ficam pretos, mas sou eu. Lembre-se disso e
sim, eu tenho comida em casa. Enquanto você aprecia a
banheira, eu vou fazer um jantar maravilhoso. Isso não
seria tão ruim. Apenas enrole suas pernas em volta de mim
e abrace meu pescoço. Se segure bem."
"Ok, mas não me peça para segurar na sua pele porque
ewwww12.Sua pele fica quente."
Ele riu, levantou totalmente, ficou de joelhos e depois
estendeu a mão.

________________________
12
-Eca, ela quiz dizer que é nojento.

312
"Você tem minha palavra."
Ela pôs a mão na sua. "Bom, porque é muito esquisito
para mim."
"Eu juro". Ele riu. “Alguns VampLycans fazeem sexo em
sua forma animal, mas eu nunca tento. Não tem volta".
Seu olhar aquecido mandou mensagens para baixo de seu
corpo. "Eu amo a carne cremosa, macia".
"Bem, eu tenho isso em abundância."
"Estou feliz por isso." Ele facilmente, puxou-a para que
subisse nele.

313
Capitulo Doze
Dusti entrou no bosque para ir ao banheiro e quando ela
voltou, ela enfrentou Drantos transformado. Seu corpo
enorme de besta ficava perfeito ainda que a deixa-se de
cabelos em pé, enquanto ele a observava silenciosamente
com aqueles olhos negros que ainda a faziam tremer.
Nenhum sinal do homem que ela amava se escondia
naquelas profundezas escuras.
Ela percebeu que ela tinha chegado a um impasse. Ela
soltou uma respiração profunda, virou-se para a camisa
descartada e antes de escorregá-la sobre a cabeça.
"Dê-me um minuto." Ela olhou para ele. "Eu preciso
fazer algo sobre essa saia. Acho que eu vi uma maneira de
fazer uma espécie de fralda com ela, porque seria bom ter
algo entre minha vagina e seu pêlo. Sem ofensa, mas é por
isso que depilo lá em baixo.”
Ele sentou-se em seus quadris e ela jurou que ele sorriu
quando sua boca se separou para revelar aqueles dentes
afiados ímpios. Ela sorriu para ele.
"Você ainda parece aterrorizante. Não creio que você
consideraria colocar uma coleira um dia? Não posso dizer
quanto ao outro, mas quando você fica assim, você parece
maior."
Ele rosnou baixinho.
"Acho que não." Ela tirou as duas extremidades do
sarong para colocá-la entre as pernas dela, e então ela
amarrou a ambos os lados das extremidades firmemente na
cintura dela. As coxas dela ficaram expostas de cada lado,
mas funcionou do jeito que ela queria. Concentrou-se em
Drantos. "Vamos lá".
Ela fitou suas quatro pernas musculosas. Ela observou
ainda como ele seguiu lentamente para frente. Quando ele
chegou perto dela, abaixou a cabeça perto de sua mão e
cutucou a palma da mão dela. Ela hesitou antes de enfiar
314
seus dedos através do pêlo preto macio atrás da cabeça.
Ela absteve-se de fazer piadas, mesmo que fosse tentador
chamá-lo de cão "bonzinho". Ele não parecia um, além da
forma de sua cabeça e as orelhas pontudas. Seu focinho
virou-se para chocar-se contra sua coxa.
Entendi. Suba. “Ok.” Ela estudou sua traseira mais
larga. "Como um cavalo. Em frente.”
Moveu-se para o lado dele. Ele não era tão alto quanto
um cavalo em todas as quatro pernas, mas ainda assim
ficava na altura do seu estômago. Ela se apoderou dele
com as duas mãos e jogou a perna por cima. Ele baixou o
suficiente para ajudá-la a passar a perna direita e então ela
subiu e ficou com o pé esquerdo no chão. Ela atirou-se para
frente para pressionar o peito nas costas dele.
"Podemos ir devagar no começo?"
Ele virou a cabeça para olhar para ela. A visão de seus
olhos negros como um breu não a assustou tanto quanto
antes. Seu pelo era macio e confortável. Ela sabia que ele
não iria mordê-la, nem passar suas garras nela. Isto é
Drantos, lembrou silenciosamente. Endireitou-se virando
para frente.
Quando ele deu os primeiros passos, ela percebeu que
ela precisava envolver seus braços em volta do pescoço
dele. Ela abraçou-o firmemente. Ele fez uma pausa, e uma
de suas garras arranhou as mãos dela e suavemente
empurrou a canela dela apenas o suficiente para dar uma
pista que ele queria que ela cruzasse as pernas debaixo da
barriga dele. Ela esperava que ela não chutasse
acidentalmente seus genitais, mas seu tronco parecia maior
desta forma do que em sua pele humana. Sua mãos
escorregavam, eles estavam se movendo, rápido.

Drantos não podia negar o quão orgulhoso ele se sentiu


quando Dusti montou suas costas sem medo. Ela não tinha

315
o aceitado completamente ainda, mas tudo estava
acontecendo muito melhor do que ele imaginava já que ela
estava vendo ele em sua forma animal pela segunda vez.
Ele desacelerou, cheirou o ar e evitou a parte principal
da cidade, quando ele se aproximou de sua aldeia.
Ele estava preocupado, mas não tinha tempo para
considerar que tipo de punição poderia ser dado a ele. Ele
tinha resgatado sua companheira, carregou-a com
segurança para as terras do clã, e logo ele a teria em
segurança dentro de sua casa. Ela precisava de um banho
morno para remover o frio de sua pele e comida para
aliviar a fome dela. Ele gostaria de informar à família que
ele havia retornado depois que ele tivesse cuidado dela.
Dusti tremia mais uma vez, seus braços estavam
folgados ao redor do pescoço dele agora. Ele sabia que ela
estava exausta. Ele fez uma pausa, esperou uma sentinela
passar sem detectá-los, desde que ele se mantivesse na
direção do vento e então se arrastou para frente. Ele
relaxou quando ele pisou sua propriedade onde estava sua
cabana. Ele agachou na porta da frente e começou a
transformar-se sem dar um aviso a sua companheira.
Ela suavemente começou a praguejar quando os pelos
se recolheram e seus ossos foram se deslocando, mas ela
não tentou manter seu corpo afastado. Ele sorriu, enquanto
escutava seus palavrões. Sua companheira poderia corar
um caminhoneiro com as coisas que ela murmurou. Ele
voltou na sua forma, às coxas dela se prendendo nele.
"Aguente firme. Vou te levar de cavalinho para a
banheira como prometi. Você pode abrir a porta?" Ele
colocou-a na direção da porta-a, dobrou os joelhos, e foi
para frente para ela girar o botão.
"Vocês não trancam as portas?"
"Não. Não há necessidade. Nós não roubamos uns dos
outros."
"Isso não aconteceria de onde eu venho. Se você deixar
a porta destrancada e vir para casa, encontrará uma casa
totalmente vazia.”

316
"Você está totalmente segura aqui". Ele não se
preocupou em ligar as luzes. Seus olhos já estavam
acostumados à escuridão lá de fora. "Estamos quase lá. Eu
vou te colocar na água morna e te trazer uma refeição.
Como você está?"
"Estou cansada". Ela bocejou. "Talvez eu pudesse pular
o banho e a comida para dar um cochilo primeiro."
"Não. Você não comeu o dia todo. É meu trabalho cuidar
de você."
"Você cozinha e lava roupa também? Se você fizer, eu
vou te amar mais."
Ele sorriu. "Estou solteiro há muito tempo. Eu mesmo
limpo minha casa."
"Não sei. Eu estou supondo que você ainda não acendeu
as luzes porque você não quer eu veja latas de cerveja por
toda parte e roupa suja empilhada em todos os lugares."
"Eu não preciso de luzes. Sinto muito."
"Você pode ver no escuro sem lua para ajudá-lo?"
"Sim". Ele a colocou delicadamente na borda da pia do
banheiro. "Espere e feche os olhos. Eu vou ligar as luzes.
Não quero assustá-la."
"Ok". Ela se soltou dele para se sentar.
Ele acendeu a luz e virou-se para enfrentar sua
companheira. Ele a viu estremecer e levantou a mão para
proteger os olhos dela das luzes brilhantes. Ela piscou
algumas vezes antes de olhar para o banheiro.
"Wow13 . Isso é bom. Lavatórios duplos, o chuveiro é
enorme e você não mentiu sobre a banheira Jacuzzi14." Ela
deu-lhe um sorriso que alegrou o coração dele quando ele
viu como ela ficou feliz. "Eu poderia viver aqui."
"Sorte sua, nós temos uma cabana inteira. Tem três
quartos e dois banheiros."
"Acho que o meu quarto caberia aqui. Mal não posso
esperar para ver o resto do lugar, isto é só uma indicação.
Aqui é enorme, não é?”
_________________________
13
- Nossa, ela achou impressionante / 14- Jacuzzi tipo de banheira.

317
"Estamos nestas terras há muito tempo. Eu comecei a
construir minha casa..." Ele parou de falar. Ela não queria
saber a idade dele. "Há alguns anos. Eu queria que fosse
confortável para quando encontrasse minha companheira.”
Ele se afastou e ligou a água da banheira profunda para
preparar seu banho. Ele se manteve de costas para ela até
que a água chegou onde ele queria. Ele olhou por cima do
ombro.
"Precisa de ajuda?"
Ela foi até a borda da banheira. “Eu me viro.
Obrigada...”
Ele não queria deixá-la, mas ela precisava comer.
"Relaxe. Sinta-se em casa. Esta é sua casa agora. Eu vou
cozinhar."
Ela soltou os laços do sarong. "Obrigada, Drantos."
"Não me agradeça por cuidar de você. É um privilégio."
Ele rapidamente a deixou, mas antes a viu nua. A fome por
sua companheira ferveu dentro de seu sangue, já
misturado com o dela.
Ele começou a preparar a refeição e, então, chegou
pegou o telefone. Ele hesitou brevemente... Mas sabia que
alguém poderia ver as luzes acesas dentro de sua casa, se
eles estivessem patrulhando a área e comunicar isso a seu
pai. Ele sabia que não podia adiar a chamada. Ele ligou.

"Quando chegou em casa, Drantos?" Seu pai respondeu no


segundo toque. "Meu ID15 de chamada disse que era você."
"Isso importa? Recuperei minha companheira e ela está
em casa comigo.”
"Precisa de um médico para ela?"
"Não. Ela ficou ligeiramente ferida, mas eu lambi as
feridas. Elas estão quase curadas. O desgraçado que a
raptou tinha garras e rasgou a parte de trás da perna dela."
_____________________
15-
ID Identificador de Chamadas é um serviço telefônico que permite ao assinante
chamado identificar o número do terminal originador da chamada.

318
"Presumo que ele esteja morto?"
"Sim. Eu não o matei. Aveoth os encontrou primeiro.
Ele...”
Velder rosnou. " Aveoth estava lá? O que aconteceu?"
"Estou tentando te dizer. Ele localizou Dusti e o caçador
de Decker antes de mim. Eu disse a Aveoth como ela tinha
sido levada e que nós tinhamos sido atacados."
"Disse por quê? Ele sabia do plano de Decker?"
"Ele não sabia o que Decker estava fazendo, mas ele
sabe agora. Ele disse que iria lidar, que isto não seria bom
para Decker. Ele também disse que ele não quer guerra
conosco. Ele gosta da paz."
"É uma excelente notícia. Vou compartilhá-lo com os
outros clãs. Mante-los a par do que está acontecendo. Nós
estávamos todos preocupados."
"Eu sei. Aveoth está ciente de Dusti e Bat agora, e ele
deixou claro que ele não vai atrás delas ou fazer qualquer
troca com o Decker. Eu disse que Dusti é minha
companheira e ele aceitou."
"Ela é tão humana."
Ele sabia para onde a conversa estava indo. "Ela ainda é
parte VampLycan e ela é mimha. Eu não vou desistir dela.
Eu sei o que te preocupa, mas nossos filhos terão sangue
forte se eu alimentá-la com meu sangue quando ela
estiver grávida. Não há nenhuma razão para você rejeitá-la
como minha companheira. Eu vou ser capaz de cumprir
com meus deveres de primeiro filho."
"Quem te disse isso?"
"Eu dei minha palavra que eu não iria compartilhar essa
informação, mas é uma fonte confiável. Alguém com
conhecimentos antigos me disse."
"Alguém ouviu isso de um ancião Lycan e passou para
frente?"

Ele hesitou. O clã de Aveoth tinha provavelmente obtido


a informação de um velho licantropo Alguém tinha que ter
compartilhado essa informação pertimitido que os

319
GarLycans colocassem em um livro. "Você poderia dizer
isso."
Seu pai permaneceu em silêncio por longos segundos.
"Estou feliz que os GarLycans não são uma ameaça para
nós, mas ainda temos de abordar a questão do que você
fez hoje. Sua companheira te rejeitou na frente dos outros,
foi contra a lei ir atrás dela. Você deve enfrentar o castigo.
Não há como evitar isso. As pessoas estão falando."
"Eu entendo".
"Eu não posso te proteger, Drantos. Parece ruim."
"Eu sei".
"A última coisa que precisamos é insurreição no clã por
meus favoritos, e vivo dizendo que devo sempre ser justo".
"Não me arrependo do que fiz," ele admitiu. "Eu faria de
novo. Você estava errado por me fazer escolher entre você
e Dusti".
"Me chocou quando soube quem eram as irmãs. Meu
ódio por Decker é profundo. Eu tive tempo para me
acalmar e pensar sobre tudo, e eu concordo com você. Sua
mãe e eu conversamos. Eu não posso pedir desculpas
publicamente me faria parecer fraco, mas vou falar pra
você filho. Desculpa. Eu devia ter pedido para ir atrás dela,
em vez de me preocupar só com as injurias."
"Obrigado, pai."
"Quem me dera se eu pudesse voltar atrás."
"Isso está feito. Vamos esquecer isto."
O pai suspirou. "Às vezes eu faço merda. Isto foi uma
delas.”
"Você mudou um monte de leis, mas isto é importante.
Você não pode ter nosso povo discutindo todas as suas
decisões."
"Eu sei, mas deve haver uma exceção entre pais e
filhos."
"Eu vou levar meu castigo."
"Esteja em minha casa em 20 minutos. Consultei os
clãs, estão todos satisfeitos com o resultado. Eu tive que
explicar tudo que aconteceu e o seu estado de espírito

320
quando você me desafiou. Eles foram generosos. Tivemos
sorte. Eles levaram em conta que sua companheira não
conhece nossas leis e que foi estressante para ela descobrir
desde que ela é tão humana. Eles foram simpáticos,
considerando que ela tem um parentesco com Decker em
cima dela e seu clã nos atacou.

“O quão severamente serei punido?” “Nada que você


não possa aguentar. Diga a sua companheira que voltará
pela manhã. Você provavelmente vai querer evitá-la até
que você se cure.”

Drantos estremeceu. "Você está certo. Não quero que


ela me veja quando terminarem. Isso iria aterrorizá-la. Eu
estarei lá em vinte minutos eu não vou chegar atrasado.”
"Eu vou dobrar os sentinelas para ter certeza de que sua
companheira fique segura. Eu não confiaria em Decker. Ele
é louco."
"Aveoth está atrás dele."
"Levará tempo para Aveoth encontrá-lo e Decker ainda
pode tentar vir atrás de suas netas. É melhor prevenir do
que remediar. Nós vamos ficar em alerta até sabermos que
ele foi capturado ou morto."
"Obrigado, pai. Como está o Kraven?"
"Ele está quase totalmente curado."
"E a Bat?"
"Ela está bem e com ele."
"Bom". Ele encerrou a chamada.

Dusti recuou quando Drantos desligou o telefone. Ela


tinha ouvido o suficiente da conversa unilateral e saber que
tinha se colocado ele em apuros por ir atrás dela.
321
Ela virou-se para o corredor e de mansinho, voltou para
o banheiro. Ela tinha saído para perguntar se ele tinha
novas lâminas de barbear, não queria usar a de uso pessoal
dele. Se ela não tivesse saído, ela nunca teria ficado
sabendo sobre a punição.
Ela despiu sua camisa para entrar na grande banheira.
Ela não tinha idéia de como ligar os jatos, mas não se
importava. Lavou-se rapidamente, usou o shampoo e
condicionador dele nos cabelos e estava se preparado para
sair da banheira, quando Drantos entrou no banheiro com
uma bandeja. O cheiro de sopa e torradas fez seu
estômago roncar.
Ele sorriu. "Preciso ir dizer à minha família que está
salva. Você vai encontrar roupas no armário e é só deixar a
bandeja aqui quando acabar de comer. Vá dormir depois
disso. Não espere por mim."
"Quanto tempo você ficará?" Ela estava chateada que
ele não estava mencionando sua conversa com seu pai,
mas ela tentou escondê-lo, forçando um sorriso. Que
parecia mais falso que o dele. "Eles moram longe?"
Seu olhar deslocou dela quando ele colocou a bandeja
na prateleira no canto da banheira. "Eu preciso ir e checar
Kraven. Enquanto estou fora, eu também quero ter certeza
de que sua irmã está bem. E tenho certeza que meu pai vai
querer discutir o que aconteceu." Ele, ainda evitava olhar
para ela e então fez uma pausa. "Estarei de volta quando
você estiver acordando de manhã."
Mentiroso, mentiroso, ele não vai dizer, ela pensou. "Ok.
Gostaria de ver Bat de manhã."
"Tudo bem. Tenho certeza que ela ficará feliz em vê-la
bem." Ele encontrou seu olhar. "Eu odeio deixá-la".
Ele não encontrou os olhos dela enquanto mentia. Ela
percebeu isso rapidamente, mas decidiu testá-lo. "Você não
pode ficar? Você nem me mostrou toda a casa e você
precisa comer também."
"Eu fiz um lanche e comi, enquanto fazia sua sopa."
Verdade, ela desconfiou, já que ele não desviou o olhar.
"Ok. Vai sair agora?"
322
"Vou usar o segundo banheiro para uma ducha rápida e
vestir uma calça." Ele olhou para fora e encontrou seu olhar
novamente. "Eu estarei pensando em você e voltarei o mais
rápido que eu puder."
"Ok". Você é péssimo mentiroso, ela acrescentou
silenciosamente.
Ele hesitou e olhou pela porta. "Coma toda aquela
comida. Você precisa disto."
"Eu vou", ela mentiu. Ela queria muito comer, ela nem
sequer precisou de talheres. Ela ficaria feliz só de virar a
tigela e beber o conteúdo. "Vejo você pela manhã, baby."
Ela propositadamente, deu-lhe este apelido, esperando que
ele entendesse que ela se importava com ele. Ele estava
enfrentando algum tipo de punição por causa dela — e
provavelmente acreditava que ele estava protegendo-a por
manter em segredo.
Ele girou e deixou-a, mas antes ela viu um flash de
lamento em seus belos olhos.
Dusti esperou até ela ouvir um bater de porta se
fechando e saiu da banheira. Seu olhar faminto pousou
sobre a bandeja de comida e ela suavemente gemeu, mas
pegou uma toalha em vez disso. Ela nem sequer se secou
antes de entrar no quarto grande dele.
Ela olhou ao redor. Ele tinha um quarto enorme com
uma cama king-size16, uma televisão de tela grande e uma
lareira de pedra cinza-claro em um canto. Era o tipo de
quarto que ela tinha sempre sonhado em ter. Seu foco
travado na cômoda. Ela avançou rapidamente para
encontrar algo para vestir.
Drantos tinha um monte de roupas, mas elas eram
todas enormes para seu tamanho menor. Escolheu um
grosso suéter preto com um capuz que ela revirou as
mangas para livrar as mãos do material extra e um par de
calças de cordão preto.
_______________
16-
King size é uma expressão em inglês que significa tamanho rei, um objeto ou
produto com grande tamanho. No Brasil, king size é muitas vezes traduzido como
"tamanho família". A cama do tamanho King Size tem 1,86m x 1,98m

323
Ela esperava que a cor escura fosse ajudá-la a se
esgueirar-se por ai. Ela estava puxando a dois pares de
meias pretas para proteger os pés dela quando ela ouviu
uma porta bater.

"Porra, chuveiro rápido," ela murmurou. Ela correu para


encontrar a porta da frente.
Ela vislumbrou-o desaparecer na floresta, quando ela
espiou pela janela. Não tinha cortinas, cobrindo-as. A
cabana ficava acima do resto das casas, Ela via luzes lá
embaixo onde parecia ser um vale. Ela abriu a porta e lá
fora a noite estava fria. Ela fez questão de fechá-la
suavemente antes e correu atrás de Drantos.
Ele parecia não notar quando ela o seguiu à distância.
Ela achou que ele tinha que estar muito distraído para não
sentir o cheiro dela. Provavelmente ajudou ela usar as
roupas dele, e as meias estavam quase silenciosas no chão
da floresta. Ela quase o perdeu de vista algumas vezes
antes de pegar vislumbres das costas nuas, brilhando ao
luar. Ela tentou ficar atrás das árvores, havia uma
abundância daqueles e esperava que ela não encontrasse
ningém.
"Eu devo ter perdido a cabeça para fazer isso", ela
murmurou sob sua respiração, movimentando-se de uma
árvore para outra, e graças a ele que parecia estar com
muita pressa para chegar ao seu destino. Ela se perguntava
onde seria.
Entrou em um quintal bem iluminado onde ela
reconheceu um dos homens que estavam esperando pela
porta de outra cabana. Velder parecia sombrio quando ele
encontrou seu filho. Dusti escondeu-se atrás do grosso
tronco de uma árvore, olhando ao redor, imaginando se ela
deveria ir lá fora para descobrir que tipo de problema
Drantos enfrentaria. Ela deveria ser incluída na punição, já
que ela se sentia responsável.

Ela se segurou por hora. Quando eles entrassem, ela iria


dar uma olhadinha em uma das muitas janelas.
324
Ela franziu a testa. Elas pareciam não ter cortinas também,
desde que ela pudesse ver dentro da parte de trás da casa.
Irritação a atigiu quando ela viu os lábios dele se mover,
mas ela não podia ouvir as palavras faladas. Velder falou
maior parte da conversa, mas outro homem mais velho
também falava com Drantos, manteve-se de costas para
ela. Ele assentiu com a cabeça algumas vezes. O cara mais
velho colocou um saco nas costas, enquanto Drantos
caminhou em direção um balanço no quintal. Parecia velho,
enferrujado, e os bancos tinham sido removidos, apenas o
quadro dele aparecendo lá nos holofotes.
Que diabo?
Ela fcou tensa quando Drantos estendeu a mão para
segurar a parte superior da moldura com ambas as mãos,
afastadas acima de sua cabeça. O olhar dela viajou para o
velho, que carregava algo perto de peito que ela não podia
ver como ele seguiu Drantos. Ele parou a cerca de oito pés
atrás dele.
"Pronto?" o cara mais velho, perguntou. "São vinte e
cinco".
"Faça", disse Drantos. E baixou o queixo no peito.
Fazer o quê?
Uma sombra escura passou pela sua mente quando o
braço do mais velho voou de volta.

Em horror, ela viu algo preto, longa e fino voar através do


ar e então o braço arqueado voando para frente, nas costas
de Drantos.
O som do chicote quando bateu nas costas de Drantos
quase arrastou-a de joelhos.
Um grito silencioso congelou dentro da garganta dela...
Quando o homem mais velho jogou o braço de volta
novamente e chicoteou com força as costas dele. Uma linha
vermelha abriu-se nas costas de Drantos quando o chicote
golpeou-o mais uma vez. O som rachado bem alto nos
ouvidos. Levou segundos antes que o que ela estava vendo
afundou totalmente e ela encontrou as pernas dela.

325
"Não!" voou de sua boca.
Ela correu para a clareira, antes que ela percebeu que
ela não podia se mexer.
Drantos moveu cabeça ao redor da barra, mas ele viu o
movimento pelo canto do olho. Ela fixou sua raiva no idiota
com o chicote, ele olhou para ela. Ficou boquiaberto,
obviamente atordoado e viu um barril vindo na direção
dele.
Ela virou o ombro, dobrou a cabeça e bateu duro no
homem. Ele engasgou e desceram os dois.
"Dusti” Drantos rugiu o nome dela. "Não!"
Ela caiu no indivíduo, que tinha amortecido a queda dela
muito bem e, em seguida, empurrou-a para cima
rapidamente. Deitando-a do lado dele, seus olhos verdes
amplos, chocado e cravado nos dela. Ela sentou-se para
montar as pernas dele, fixando um braço entre seus corpos
e arrancou o chicote fora das mãos dele e deixou o outro
braço deitado na grama perto do joelho dela, os dedos dele
soltos.
"Que porra é essa? O que diabos há com vocês?" Ela
levantou a alça grossa do chicote para agitá-lo no cara que
estava embaixo dela, querendo bater-lhe com força. E ela
sabia que ela provavelmente iria. "Você gostaria de ter isto
enfiado isso no seu —"
Uma mão grande e quente tapou boca dela enquanto o
outro braço se enrolava em sua cintura. Drantos arrancou-
lhe de cima do cara, a levantou em seus braços e se
afastou.
"Peço desculpa". Ele rosnou as palavras. "Ela não sabia,
Carlos. Ela não entende as nossas leis. Não sabia que ela
tinha me seguido.”
Velder de repente estava lá, ajudando o homem mais
velho — em seus cinquenta anos, Dusti imaginou — acima
do chão, e ele rosnou para Dusti também. Drantos apertou-
a contra seu peito, manteve a palma da mão sobre sua
boca e levou para mais longe. Ele soltou respirações
irregulares antes ele falar novamente.
"Ela não fez por mal."
326
"Besteira", Dusti murmurou contra sua pele, mas o som
ficou abafado.
"Silêncio", Drantos sussurrou em seu ouvido. "Você
atacou um Lycan mais velho do nosso clã, que se ofereceu
para me punir para que meu pai não precisar fazê-lo."
Carlos espanou a sujeira dele e franziu a testa para
Dusti. Seus olhos verdes começaram a assumir um olhar
assustador e ele percebeu que ela provavelmente faria se
ela não tivesse sido arrancada de cima.. "Ela ia ameaçar
enfiar esse pau no meu cu?"
"Não," Drantos negou, embora ele não parecesse
convencido.
Velder suspirou. "Ela cresceu com humanos. Pedimos
desculpas, Carlos. Ela machucou você?"
O cara mais velho disse. "Como se ela pudesse." Ele
espanou mais grama e sujeira de sua calça. Ele não viu o
olhar perturbado de Dusti. "É isso que você ia dizer
mocinha? Não minta para mim."
Ela assentiu com a cabeça contra a mão do Drantos.
Drantos gemeu. "Querida, fique quieta."
Carlos cruzou os braços sobre o peito, seu foco foi para
Drantos. "Sua companheira, presumo?"
"Sim".
"Coloque-a no chão."
Drantos hesitou. "Vou levar a sua punição se você quiser
que alguém pague pelo que ela fez com você. Afirmo meu
direito como seu companheiro para protegê-la do mal."
"Eu disse, solte-a," Carlos exigiu.
Drantos removeu sua mão, e então tirou o braço que
estava em volta da cintura dela facilitando para deslizá-la
na frente dele, até que seus pés tocaram a grama. Ela não
se afastou dele mesmo quando seus pés tocaram a grama.
O medo à fez apertar-se contra o peito dele.
Carlos focou nela novamente, seus olhos ainda
brilhando, e ele apontou para a área na frente dele. "Venha
cá, onde está sua coragem agora fêmea humana?”
Um rosnado saiu de Drantos. "Vou levar a sua punição."

327
"Fique fora disso. Não vou machucar sua companheira."
Carlos falou outra vez. "Onde está sua coragem agora,
mulher?"
Dusti tremeu, mas ela levantou seu queixo e seguiu em
frente. Ela queria correr, se esconder atrás de Drantos, mas
ela ficaria arrasada se fosse covarde diante do idiota que
tinha o golpeado com um chicote. Ela parou a alguns
metros de onde ele havia indicado. Ela olhou nos olhos
dele.
"Estou aqui", ela saiu. "Isso foi minha culpa."
"Droga, Dusti," disse Drantos. "Fique de boca fechada,
por mim."
Carlos curvou sua cabeça de cabelos cinza para espreitar
para baixo, dela. "Você tem medo, mas ainda assim veio a
mim."
Ela deu de ombros.
"Se seu companheiro não tivesse te tirado de cima de
mim, você teria seguido em frente com a sua ameaça?"
"De enfiar o chicote na sua bunda? Provavelmente. Você
bateu em Drantos. Isso foi fodido. Ele me resgatou e não
deveria ser punido por isso."
Velder adiantou-se. "Concordo com você, Carlos. Ela é
difícil, mas ela é companheira do meu filho. Ela vem de um
mundo totalmente diferente. Ela tem...”
Carlos levantou a mão e Velder parou de falar. O Lycan
estudou Dusti intimamente com seu olhar brilhante e
gelado verde claro. "Ela tem coragem e uma boca suja,
mas eu respeito que ela tentou me atacar apesar de saber
que ela não tinha nenhuma chance. Ela está conciente do
que você é correto?"
"Sim".
Drantos a assustou quando ele fez um movimento atrás
dela sem ela perceber ela virou a cabeça, para olhar para
ele. Virou de volta e olhou para Carlos.
"Você percebe que eu poderia estraçalha-la em
segundos com mimhas garras? Eu sou um Lycan puro-

328
sangue, um dos poucos que permaneceram com os clãs
quando nos estabelecemos por aqui."
O coração dela batia no peito. "Imaginei que você era
um deles."
"Um de nós" suspirou Drantos. "Você é parte
VampLycan".
Carlos deu uma cheirada nela. "Ela cheira como
totalmente humana."
O cheiro está lá, mas muito fraco. “A mãe dela a criou
como um ser humano.” Drantos colocou a mão no quadril
dela para puxá-la contra seu corpo. "Peço desculpas. Suas
intenções eram honradas."
Carlos virou a cabeça. "Segure-a, Velder. Não vou puni-
la pelo ataque mas a punição do seu filho não é negociável.
Ela foi decretada. Ele ainda deve levar mais vinte e três
chicotadas."
"Não!" Dusti chorou. "Não acho que seja justo. Não
sabia de suas estúpidas leis. Drantos e seu pai estavam
discutindo sobre mim.”
"Isto não é sobre você," sussurrou Drantos. "Eu
desobedeci meu pai na frente dos membros do clã em mais
de uma ocasião. É difícil explicar, mas isso precisa ser feito
para que ninguém se atreva a fazer o mesmo."
"As leis existem por razões que vocês seres humanos
não conseguem entender, Dusti." Carlos suspirou. "A
punição poderia ter sido muito pior. Confie em mim, minha
jovem. Está vai sair fácil." Ele sacudiu a cabeça. "Segure-a,
Velder. Vou acrescentar dez chicotadas no castigo dele se
ela me atacar novamente. Diverti-me por ela ter me
atacado uma vez, impressionado por este ato destemido
dela para defender o companheiro, mas já foi o suficiente.
Eu tenho um jogo de futebol onde eu gostaria de pegar
alguns lançes esta noite."
"Você está falando sério?" Dusti gritou. "Um jogo de
futebol? Você...”
Drantos colocou a mão sobre a boca dela e empurrou-a
suavemente em direção a seu pai. "Mantenha essa maldita
boca dela fechada, pai."
329
Velder segurou Dusti pela cintura e levantou-a. Em
seguida Drantos tapou sua boca, Velder então colocou sua
própria mão sobre os lábios dela. Virou caminhando em
direção à cabana.
"Fique em silêncio," ele murmurou para ela. "Ele vai ter
dez chicotadas extras se você não ficar. Seja uma
companheira forte e controle seu temperamento por meu
filho."
Lágrimas quentes encheram os olhos dela quando ela
contemplou impotente quando Drantos voltou para o
quadro do velho balanço, apareciam duas linhas irregulares
e ensanguentadas já marcando a pele dele. Ele levantou as
mãos para segurar a parte superior do quadro. Carlos
pegou o chicote que ela tinha deixado cair. Ele o viu puxar
o braço para trás, prestes a atacar e fechou os olhos.
O barulho não era algo que ela pudesse evitar. Ela
choramingou quando o primeiro estalo do chicote acertou
Drantos, ela virou e escondeu o rosto na camisa de Velder.
Ele encostou sua cabeça na dela, blindado a visão dela e
sussurrou em seu ouvido.
"Meu filho está respeitando as nossas leis. Ele vai se
curar até amanhã à noite. Aguente firme. Vai acabar em
breve."
Eu odeio essas pessoas. A mente do Dusti gritou, já que
ela não podia dizer isso em voz alta com uma mão
pressionada firmemente sobre a boca dela. Eles são nada
mais que bárbaros.
Ela estremeceu com cada golpe que Drantos levou do
chicote.

330
Capitulo Treze
Dusti olhou para Velder em pé na sala de estar de
Drantos.
Seu pai tinha o levado para casa, balbuciando quase
inconsciente por cima do ombro. Ele tinha lavado as feridas
sangrentas das costas de Drantos, antes de ajudá-lo a
deitar-se de estômago para baixo na cama. Velder pediu-
lhe para esperar em uma sala diferente para impedi-la de
passar mal ao ver as marcas vivas, cobrindo as costas do
filho.
"Vocês são animais", ela cuspiu depois que ele entrou no
quarto e eles estavam sozinhos.
Ele arqueou uma sobrancelha. "Em parte".
"Como podê deixar aquele idiota fazer isso com seu
filho?"
"Ele vai se curar. O castigo foi grave e ele é um homem
adulto. Ele fez suas próprias escolhas. Só posso apoiá-lo e
cuidar dele quando ele precisa de mim. Carlos se ofereceu
para chicotear meu filho, então eu não precisaria. Isso foi
um gesto de bondade."
"Um gesto de bondade? Você está louco? Drantos estava
com tanta dor que ele desmaiou enquanto aquele filho da
puta estava batendo nele.”
"Carlos é um Lycan, não um VampLycan."
"E isso significa o quê?"
"Ele não é tão forte como nós somos. Os golpes foram
menos graves."
"Você viu as costas de Drantos?"
"Confie em mim. Poderia ter sido muito pior. Ele vai se
curar mais rápido do que uma piscada de seus cílios. Só a
pele dele foi cortada. Nenhum músculo ou osso foi
prejudicado."
"Eu não te entendo, nem quero saber. Nem no inferno
eu ficaria ali enquanto alguém usava um chicote em Bat. Eu

331
teria matado aquele filho da puta por agredir ela, e eu sei
como é fácil dela irritar as pessoas. Eu não me importaria
com o que ela tivesse feito."
"Seu mundo tem leis que devem ser seguidas. Eles
punem seus criminosos. Ninguém está trancando meu filho
dentro de uma gaiola. Isso seria cruel. Ele vai se curar, e
duvido que ele vá carregar uma cicatriz, desde que eu
tratei-lhe bem. Só restará uma lembrança dolorosa que
esperemos que o impeça de quebrar outra lei."
"Ele não é um criminoso. Pelo que entendi, ele só teve
uma discussão com você."
"Eu sou o líder deste clã. A desobediência de qualquer
tipo é advertida com castigo. É difícil explicar a alguém
como você, mas é como vivemos. É para a harmonia e a
paz de todos. Caso contrário, haveria caos e lutas mortais
entre nosso povo. Meu filho tomou o castigo dele e ele vai
dissuadir outros de cometer o mesmo erro."
"Inacreditável. As pessoas são porcas. A violência não é
sempre a solução, você sabe."
"É neste mundo." A linha de sua boca endureceu. "Já
não está vivendo com os humanos. Você é companheira do
meu filho e você precisa ser forte para deixá-lo orgulhoso."
Ela cruzou os braços duramente. Discutir com o homem
não faria nenhum bem. Ele era o maior bárbaro de todos.
"Quero ver minha irmã."
"Ela não está aqui."
"O que isso significa?" Medo a atravessou. "Drantos
disse que ela e Kraven estavam bem depois do ataque e
tinham sido trazidos para cá."
“Decker Filmore violou a lei quando ele atacou-nos e
levou-a. Ele tirou sangue e causou a morte de seus
próprios homens em sua busca pelo poder. Na reunião dos
clãs anteriormente foram discutidos não só a punição de
Drantos, mas também do seu avô. Nós não sabíamos na
época que o Lord Aveoth procurava por ele também. Uma
equipe conjunta dos três clãs violou sua terra para trazê-lo
para cá. No entanto, ele já tinha fugido.”

332
"Seu único recurso era colocar as mãos na sua irmã para
tentar usá-la contra nós. Agora sabemos que não vai
funcionar, mas ele provavelmente não vai desistir. Ele vai
continuar a acreditar que ela seria a única coisa que ele
poderia usar para forçar o líder GarLycan para formar uma
aliança com ele. Kraven levou sua irmã para a segurança
dela. Ele não queria mais do nosso povo sendo atacados ou
correr o risco de seu avô, obter a posse dela."
"Ainda não consegui falar com Bat. Como Kraven podê
levá-la embora?"
"Ele estava determinado a levar sua irmã para longe
daqui. Ele não quis deixá-la para passar a noite."
"Onde ele a levou?" Ficou alarmada de medo. "Onde
estão eles?"
"Eu não sei. Ele se recusou a dizer. Meu filho é muito
esperto. Ela é sua companheira e ele vai fazer o que for
necessário para protegê-la."
"Eu quero falar com a minha irmã, estou preocupada
com ela. Você pode conseguir isso? O Kraven tem um
telefone celular?"
Velder suspirou. "Ele vai contactar-nos quando ele sentir
que é seguro fazê-lo. Ambas têm sido amolecidas pelo
mundo humano, vocês são muito mimadas. A primeira
coisa que você precisa aprender é não questionar sempre
minhas palavras."
Os braços dela caíram para o lado dela e ela apertou as
mãos. O cara a fez ficar tão zangada. "Nós não somos
mimadas. Bat deu duro para chegar onde ela está, e ambas
sabemos sobre sobrevivência. Nós tivemos que passar por
um monte de coisa depois que nossos pais morreram."
"As dificuldades do mundo dos humanos não são nada
comparado ao nosso. A vida lá não depende de sua
habilidade para lutar e matar."
Sua resposta a deixou irritada. "Não tem ideia como é lá
fora. Pessoas morrem todos os dias. Quando foi a última
vez que você viveu no meu mundo?"

333
Ele olhou atravéz da cabeça dela e sorriu ligeiramente
enquanto seu olhar estava focado na direção da frente da
casa. "Crayla vem vindo."
Ela notou que ele ignorou a pergunta, mas antes que ela
pudesse rebater, a porta da frente se abriu e uma morena
alta e bela surgiu atravéz da porta. Ela usava apenas um
sarong enrolada em torno dela que mal escondia os topos
dos seios e com seu corpo longo, a bainha inferior dela só
alcançava até suas coxas. Ela tinha sangue espalhado sobre
uma maçã do rosto e para baixo de ambos os braços.
"Presumo que ela pediu desculpas?" Velder riu. "Sente-
se melhor?"
Crayla moveu-se para o homem e sorriu seus braços
envolvendo a cintura dele, enquanto ela pressionava-se
firmemente contra o corpo dele. "Você sabe. Ela nunca
mais vai fazer isso novamente." Ela virou a cabeça e seu
olhar azul brilhante, fixou-se em Dusti.
Dusti tentou não olhar, mas sabia que falhou. A mulher
parecia ter cerca de trinta anos de idade, era a mais alta
das duas e definitivamente não parecia ser a mãe de
alguém com o seu corpo flexível. Certamente não do
Drantos ou do Kraven. Sua beleza surpreendeu Dusti
também.
Crayla "Ela é tão pequena", suspirou. "Bonita embora.
Não é exatamente o que eu tinha em mente para o meu
bebê, mas sua coloração é atraente." Ela lançou um olhar
para seu companheiro e correu os olhos por Dusti. Sua mão
hesitou antes de ela colocar os dedos nos cabelos loiros de
Dusti, e sorriu novamente. "Esta é sua verdadeira cor? Sei
que os seres humanos tingem seus cabelos
frequentemente."
Dusti resistiu ao impulso de tirar a mão da idiota para
ela não tocá-la. Ela cobriu a mão dela e viu sangue seco
isto a fez sentir-se um pouco doente, e o fato de que a mão
dela estava no seu cabelo à fez tremer.
Crayla deu um para passo para trás, enquanto seu
sorriso desapareceu. "Não tem razão para me temer."

334
"Não é você." Ela olhou para a mão da mulher. "Não
gosto de ver sangue. O que aconteceu com você? Você está
bem?"
A boca do Crayla abriu e ela pareceu atordoada por um
segundo. "Claro que estou bem. Houve um pequeno
desentendimento entre mim e uma das mulheres e tive que
resolver”.
Velder moveu-se para ficar ao lado de sua companheira,
colocando um braço ao redor dela e suspirou alto. "O cheiro
dela. Ela cheira totalmente humana, embora Drantos
afirme que o cheiro dela é outro. Ela acredita que somos
bárbaros e animalescos por nossos castigos serem de
natureza agressiva.”
As feições da bela mulher mostraram diversão. "Eu
entendo. Suponho que seja como você nos vê. Nós também
amamos e tem um monte de traços humanos com que você
se identificará. Você precisa cuidar de seu companheiro. Eu
tinha planejado ficar, mas eu acredito que será bom para
você fazer isso. Só limpe suas feridas e alimente-o quando
ele acordar e fique perto dele. Seu toque o fará se sentir
melhor.” Ela olhou para baixo do corpo do Dusti. "Pele com
pele. Tenho certeza que você prefere roupas, mas quando
você estiver sozinha com meu filho, você não vai usá-las."
Dusti estava indignada. A nova sogra falou com ela
como se ela tivesse o direito de ditar. "Você não pode
dizer-me o..."
"Eu posso". A mulher a cortou e seu olhar azul ficou
decididamente frio. "Meu filho reivindicou você como sua
companheira e ele vai querer morrer se você deixá-lo. Ele
nunca irá machuca-la, independentementedo que você
faça, eu sou a mãe dele. Você e eu vamos lutar se você
magoá-lo ou fazê-lo sofrer tristeza com a sua falta de
preocupação com o bem-estar dele. Eu não vou mostrar
minhas garras desde que você não o faça, mas você pode
ter certeza de que você não vai querer entrar em uma briga
comigo. Fui clara?"
"Como cristal", Dusti murmurou raiva, transformando-se
em medo.

335
"Bom". Crayla sorriu. "Vamos começar ajudar a você se
adaptar à vida no clã. Regra número um: nunca entre em
uma luta comigo. Eu sou responsável por todas as
mulheres. Faça o que te mandam. Trate bem o meu filho e
nós vamos ficar muito bem". Ela se virou para o
companheiro. "Leve-me para casa. Você sabe que lutar me
faz querer foder. Eu preciso de você.”
Velder levantou e a mulher envolveu seus braços e ela
prendeu as pernas firmemente em torno do cara. Ele
caminhou em direção à porta com ela em seus braços.
Dusti lamentou as regras de seus sogros, até que a porta
bateu atrás deles.
"Eu vou precisar de terapia," ela sussurrou. "Sim.
Espero que tenham psiquiatras neste clã."
Lentamente, ela se virou e caminhou para o quarto. Ela
realmente não queria dar uma boa olhada no horror que
estava as costas de Drantos, mas ele precisava de
cuidados. Ela sabia que ele faria isso por ela, se ela fosse
ferida. Quando ela precisou de cuidados, ele lambeu suas
feridas. A perna dela não doia mais.
A luz do banheiro estava acesa, era a única fonte de luz
no quarto, e ela parou na porta aberta. A visão de Drantos
nu estendido na grande cama de bruços a fez congelar. Sua
bunda e braços foram poupados do chicote, mas dos
ombros à cintura, os cortes eram terríveis e assombrou-a.
Eles já não sangravam e realmente pareciam estar muito
melhores do que quando seu pai o pendurou no ombro, a
caminho da cabana.
"Eu estou bem," ele murmurou.
Ela avançou para mais perto. "Você está acordado. Eu
pensei que você estava dormindo."
"Venha aqui. Não olhe para minhas costas. Não dói
tanto quanto você pensa."
"O que posso fazer?"
"Deite-se ao meu lado e deixe-me sentir você."
Dusti deitou ao lado dele da cama, mas antes tirou a
camisa, a calça e as meias. Ela esperava que ninguém
entrásse na cabana e a encontrasse nua. Ela tentou não
336
fazer a cama se mover quando ela subiu para se deitar do
lado dele. Seu olhar encontrou o dele.
"Minha mãe nunca tocará em você. Ouvi a ameaça dela.
Ela só tentou intimidá-la. É o trabalho dela.”
"Funcionou. Ela é assustadora."
Ele sorriu. "Eu nunca permitiria que alguém atacasse
você. Isso inclui a minha família."
Ela estendeu a mão para passar a ponta dos dedos ao
longo do braço dele. O calor da pele dele sob o seu toque a
fez relaxar, enquanto ela respirava seu perfume masculino,
uma combinação do cheiro do bosque com o cheiro do
sabão, com que o pai dele limpou as feridas.
"Não sei se consigo viver no seu mundo, Drantos." Ela
sabia que jorrava lágrimas dos olhos dela. "O que fizeram
com você não foi justo, e não sei como você pode ficar lá,
deixando aquele idiota te chicotear."
Ele deslizou sua mão em cima da cama para tocar a
perna dela. Ele agarrou-lhe firmemente. "Você não entende
nossas maneiras, mas as leis são importantes. Nós somos
os guardiões delas. Eles poderiam ter me banido de todos
os clãs. Teria sido uma sentença de morte a longo prazo.
Eu seria a caça para todos que já tivemos que punir por
quebrar as nossas leis."
"Você quer dizer como as outras pessoas banidas?"
"Eles, e tivemos que lidar com alguns vampiros e Lycans
que causaram problemas nesta área."
"Açoitaram você porque você não concorda com seu pai
ou algumas dessas merdas. Como isso é justo?"
"A vida não é justa. As leis foram criadas neste lugar por
várias razões. Só pode haver um líder em um clã. Nossas
vidas dependem de decisões rápidas. Não temos tempo
para votar em tudo. Já vi seus debates políticos na
televisão. É confuso e fica tudo uma bagunça com tantas
pessoas querendo coisas diferentes para o povo, e até
parece que realmente não se consegue resolver nada. Não
somos seres humanos. Nós respeitamos a força de um
líder, estrutura e leis. Não há nenhum crime nos clãs,
nenhuma insubordinação. Seguimos ordens dos nossos
337
líderes do clã ou a punição é rápida. Qualquer sinal de
fraqueza faz com que o líder pareça incapaz de fazer o seu
trabalho." Ele fez uma pausa. "Tive que ser chicoteado para
eles saberem que ninguém está acima de seguir a lei. Ele
não podia me poupar, Dusti. Alguém poderia desafiá-lo
para tomar o seu lugar. Isso significa que as regras são do
vencedor do clã e o perdedor morre.”
"Isso é horrível."
"É a vida aqui. E funciona. Eu sei que é muito diferente
do que você está acostumada, mas é necessário."
"Eu vou acabar sendo chicoteada em algum momento."
Ela comentou. Um arrepio correu através dela.
"Nunca", disse Drantos. "Eu não permitiria."
"Você não pode sequer impedi-los de chicotear você."
"Eu escolhi levar o castigo, e eu faria o mesmo por
você."
"Isso piora. Então eu faço besteira e suas costas são
rasgadas novamente?"
Ele estendeu a mão e entrelaçou os dedos em torno dos
dela. "Eu faria isso num piscar de olhos".
"Nem sei quando estou infringindo as leis."
"Você vai aprender, Dusti. Só não brigue com ninguém e
me escute quando eu pedir para você parar. E vai tudo ficar
bem."
"Tenho permissão para lutar com você? Porque os casais
fazem isso."
"Não vamos. Somos companheiros de verdade".
"O que é um companheiro de verdade?"
"O que somos. Isso é quando duas pessoas juntas são
tão compatíveis que começam a sentir o que o outro sente
e pensar no que o outro pensa. Isso faz sentido?”
“Acho que sim".
"Já para aqueles que o companheiro não é verdadeiro,
chamamos de solução. É quando eles tomam um
companheiro sem a ligação de verdade. Geralmente isto só
acontece quando eles não conseguem encontrar a pessoa
certa ou quando seu verdadeiro companheiro morreu. Não

338
querem ficar sozinhos para o resto de suas vidas. Eles
podem amar uns aos outros, mas é só uma sombra do que
poderiam ser e ter. Seria como se dois seres humanos se
unisssem apenas para ter um relacionamento."
"Você faz isso parecer um insulto ou algo assim."
"Não quis fazer isso, mas é que as relações humanas
são diferentes. Você vai entender, uma vez que a força da
nossa ligação se completar. Seremos capazes de sentir o
que o outro está sentindo. É como se nos tornassemos uma
única pessoa em dois corpos. Você entende?"
"Você disse que meu avô matou a companheira dele.
Como isso é possível se eles estavam ligados?"
"Ele é um bastardo frio. Talvez ela não fosse a ligação
dele. Eu não sei. Eu não estava ao redor deles suficiente
para julgar que tipo de ligação que eles tinham. Ele não
tem coração. Ele mata sem misericórdia".
Ela segurou sua mão, tocando com os dedos. "Você está
sentindo muita dor? Posso fazer algo?"
"Só ficar perto de mim. Eu vou me recuperar em breve."
Ele virou um pouquinho, tentou esconder uma fisgada de
dor, mas falhou. "Tenho pensado em algo, tem estado em
minha mente. Não queria machucá-la na floresta. Isto está
me chateando."
"Eu gosto de sexo violento. Eu disse isso."
"Não é isso. Doeu quando você percebeu que havia
mordido outras mulheres. Você é a única mulher que eu
amo Dusti. Fiz sexo com mulheres, e isto é considerado
educado e normal em alguns casos para testar um
acasalamento. Não havia ligação emocional envolvida e não
éramos monogâmicos".
Ela odiava a idéia de ele ter estado com mais alguém.
"Então você esteve com muitas mulheres, elas estarão
correndo para cá?"
"Eu esperava que um dia eu encontrassse minha
companheira. Aprendi com o erro do meu pai."
"O que isso significa?"

339
Ele hesitou antes de explicar. “Ele dormiu com cada
fêmea solteira em nosso clã. Quando ele encontrou minha
mãe e a trouxe para casa... bem, vamos apenas dizer que
não foi fácil para ela estar perto de um monte de fêmeas
com ciúmes que pareciam felizes em ferir os sentimentos
dela. É considerada uma honra, e é posição mais poderosa,
uma mulher poder estar, com o líder de um clã. Elas a
atormentavam com os detalhes das façanhas sexuais
passados dele para ela ter que acertar as contas com seu
companheiro. Eu me lembro de vê-la chorando quando eu
era criança e o arrependimento do meu pai. Ele sofreu,
vendo o que ela passou. Você não pode se machucar sem
me machucar também.”
"Ninguém se atreve a falar nisso agora. Minha mãe
começou a bater em qualquer uma que sequer olhasse
torto para ela. Yonda é a única fêmea neste clã que já
toquei. Não queria que minha companheira enfrentasse
isso. Embora eu nunca pensasse que ela seria um
problema. Nós éramos amigos."
"Passado, certo? Eu tenho que te dizer que a ideia de
andar com ela não será bom para mim. Eu vou confiar em
você porque você disse que você não pode ficar duro por
outra mulher, mas ainda não quero ela em nenhum lugar
perto de você."
"Não vai acontecer. Ela terminou com nossa amizade
quando insultou você." Ele fez uma pausa. "Ela nunca
esteve dentro da minha cabana também. Se você fosse
totalmente VampLycan, você seria capaz de sentir cheiros
dentro da minha casa. Propositadamente, nunca trouxe
nenhuma mulher aqui, exceto minha mãe, então se eu
tivesse a sorte de encontrar minha companheira, ela não
sentiria cheiros e vestígios remanescentes dos últimos
parceiros de sexo. "
Dustin sorriu. "Sério"? Ela teve que admitir que achou
comovente que ele tenha sido tão atencioso, e novamente,
ele passou qualquer um dos homens que ela já tinha
conhecido na vida.

340
"Sim. Construí tudo isso com minha companheira em
mente. Eu nunca desonraria você, permitindo que outra
mulher tivesse dormido na nossa cama."
Ela olhou para a confortável cama preta. "Você nunca
fez sexo nesta cama?"
Ele sorriu. "Não com outra pessoa presente."
Ela levou um segundo para entender o que ele quis
dizer. Seus olhos se arregalaram. "Você adimite que já se
masturbou aqui?"
"Claro que sim."
Ela sorriu. "Caras humanos geralmente não admitem
isso."
"Eles mentem se eles têm um desejo sexual ou tesão de
fazer isso, negam."
"Mulheres fazem isso também."
"Você faz"? Sua mão deslizou um pouco mais acima da
coxa dela. "Eu realmente gostaria de olhar você se tocar."
Ele virou a cabeça para olhar para ela melhor... Então
gemeu. "Em poucas horas, eu vou estar curado o suficiente
para apreciá-la. Quero você, mas se eu te foder, minhas
feridas vão se abrir. E sei que não gosta de ver sangue."
A mão dele estar tão perto de sua vagina, a afetava
muito. Seu toque fazia seu corpo ficar em alerta, até doía.
Seus mamilos endureceram e ela olhou para baixo do corpo
dele, onde ele tinha levantado de lado o suficiente para ela
ver o pau dele excitado.
"Você pode virar um pouco mais?"
Ele assentiu com a cabeça, uma expressão um pouco
confusa em seu rosto bonito. Ele largou sua coxa. "Quero
você enrolada em mim."
Ela estremeceu um pouco com ele quando ele a puxou
para o lado dele. Ele impediu que as feridas de suas costas
tocassem na cama, mas dando também acesso a frente
dele. Ele esperava que ela fosse tocar nele, mas em vez
disso, ela tirou o braço para ir mais para baixo na cama.
Seus olhos azuis escuros aumentaram ligeiramente, mas

341
ele gemeu quando ela pôs a mão em torno da base do seu
eixo rígido.
"Aposto que possa distraí-lo da dor."
“Dustin.” Ele rosnou o nome dela.
Ela reconheceu o olhar cheio de paixão dele, lambeu os
lábios e baixou a sua atenção para a visão tentadora na
frente dela. A língua dela disparou para fora e deslisou para
o outro lado da ponta da coroa. Drantos gemeu
suavemente em resposta e seu pênis contorceu-se na mão
dela.
Ela o levou lentamente dentro de sua boca, testou sua
espessura para certificar-se de que os dentes não o
machucariam, antes de envolver seus lábios em torno dele.
Uma mão estava presa no cabelo dela, mas ele manteve
um aperto solto. Primeiro ela movimentou a boca
cautelosamente, levando um pouco e o chupando mais
profundo até que ele ameaçou sufocá-la. Ela recuou para
definir um ritmo constante de usar sua boca para chupá-lo.
Com cada toque de sua língua, ele rosnava.
O Homem rosnado era quente, ela pensou, Seu corpo
inteiro estava respondendo aos sons animalescos que
saiam dele. Ela sabia que ele tinha endurecido ainda mais,
a textura de sua excitação inegavelmente mais aquecida, e
mão dele puxou suavemente o cabelo dela na tentativa de
fazê-la parar.
Ela recuou e soltou-o. Levantou o olhar para ele. "O
que? Você não gosta disso?"
Seus olhos estavam de um azul incandescente.
"Simples, querida. Se você parar, eu vou morrer, mas
quero ter acesso a você. Eu preciso do seu gosto na minha
língua.”
Ela hesitou. "As costas..."
"Confie em mim. Posição de sessenta e nove de lado. Eu
tive machucados muito piores no passado. Posso aguentar
um pouco de desconforto."
"Tem certeza? Isso é para você."

342
"Eu senti seu cheiro," ele rosnou. "Eu quero e preciso de
seu gosto. Dê-me."
Ela o soltou e então reajustou o corpo dela até que ela
ficou na frente do rosto dele. Ela fez uma pausa, não tinha
certeza do que fazer.
Drantos agarrou a coxa dela e puxou-lhe mais perto, até
que ela acabou tendo seu corpo pressionado contra o corpo
dele, seu ventre alto contra seu peito. "Abra suas coxas
para mim".
Ela fez e viu quando ele enfiou a cabeça dele no colo
dela, encostou a bochecha na coxa dela e dobrou sua coxa,
até que ele tinha prendido o pé dela debaixo do braço, do
seu lado, e seu membro descansou contra as costelas. A
mão dele espalhou seus lábios vaginais e ela engasgou
quando sua boca encontrou o clitóris dela. Ela não teve
aviso quando ele selou seus lábios em torno do botão
sensível. Quando ele começou a usar a língua e a sugar
com boca, ela chorou de prazer.
Seus quadris impulsionaram o pau dele a bater na
bochecha dela.
Ela recebeu a mensagem e teria rido, se o que ele fazia
com ela não se fosse tão intenso que não permitia, mas
nada, além de outro gemido. Ela abriu a boca, colocou-o
dentro da boca novamente dela e se ajustou para o novo
ângulo. Ele lentamente se moveu, não empurrando fundo o
suficiente para sufocá-la, mas definindo o ritmo.
A unidade de seus corpos. Ele estava com a boca no
clitóris dela enquanto ele fodia com pinceladas rasas, tudo
isso ameaçou fazer Dusti perder a mente. Ela gemeu e se
apertou contra sua carne, ela estava sugando-lhe, e era
difícil tentar acelerar o ritmo com seu próprio clímax
chegando, tinha sua vagina pressionada apertada contra
sua boca maravilhosa. Ele rosnou mais profundo, criando
vibrações contra o clitóris com a língua, e ela contraiu sua
coxa ele segurava e se apoiava no corpo dela e ela
segurando a roupa de cama.
Prazer se apoderou dela quando a língua dele ia mais
rápido, esfregou seus quadris no rosto dela para forçá-la a
343
levá-lo mais fundo dentro da boca molhada, selando
apertado na boca dela, e ela jurou que ele pareceu
engrossar em tamanho um pouco mais. Um rosnado rasgou
de Drantos e à primeira rajada de sua libertação começou a
preencher o fundo da garganta dela.
Ela engoliu, amando seu sabor inebriante, seu pau
pulsando contra a língua dela, e então ela gritou ao redor
dele quando puro êxtase se apoderou dela. Ela começou a
chacoalhar os quadris dela própria batendo em um
movimento frenético. A mão dele se lançou para pegar a
perna que estava ao seu lado e poder agarrar o rabo dela,
segurando-a no lugar pressionado firmemente contra a
boca dele, enquanto ele a lambia para dar mais prazer a
ela. Drantos tirou-a fora boca dela, e largou seu clitóris.
Ambos estavam sem fôlego, com dificuldade de respirar era
o único som no quarto, até que ele deu uma risada.
"Eu amo o seu gosto, querida. Eu não me canso. Da
próxima vez você vai estar deitada sobre mim quando
fizermos esta posição. Você é mais forte do que parece."
Ela rolou de volta para ele, mas certificou-se de que ela
não espremesse seu rosto debaixo da coxa dela e levantou
a cabeça com um sorriso. "O que isso significa?"
"Segurar sua perna para baixo, para mantê-la espalhada
e aberta para mim tornou-se difícil. Você teria usado suas
coxas para espremer meu rosto se eu tivesse permitido
isso."
Ela riu. "Eu realmente gostei de você lá."
"Vem cá". Ele levantou a cabeça para liberar sua coxa.
Ela se virou na cama, entocada no peito dele. A cabeça
dela aconchegada no braço dele enquanto o outro
contornava o corpo dela e a trazia mais próxima dele.
"Eu te amo, Dusti."
"Eu também te amo."
"De manhã nós dividiremos o sangue, a menos que você
precisa agora. Prometa que você vai me dizer se você se
sentir tonta ou fraca."

344
"Eu me sinto bem." Ela esfregou sua bochecha contra a
pele dele. "Você é tão quente."
"Foi um longo dia. Estamos ambos exaustos." Ele fez
uma pausa. "Beba-me. Não vamos arriscar a sua saúde.
Você tem que se lembrar dos seus traços de vampiro".
Levantou o dedo e ela não segurou um suspiro quando com
sua unha alongada ele arranhou o pescoço, tirou sangue e
aproximou a cabeça dela um pouco mais. "Meu sangue é
seu."
Dusti inclinou-se para frente depois de apenas uma
ligeira hesitação. Ele já se cortou, ela sabia que não iria
machucá-lo, e ela não estava prestes a fazê-lo sentir dor
por nada.
Ela fechou a boca sobre a ferida, ela se surpreendeu a
primeira vista o gosto de seu sangue não a fez se se sentir
enojada o gosto dele a fazia gemer de prazer. Isso a
perturbou, em perceber que o sangue dele teve esse efeito
sobre ela, mas ela não parou. A mão dele enrolado na parte
de trás da cabeça para segurá-la no lugar.
"É isso". Seus lábios escovado o ombro dela. "Meu
sangue é seu".
A boca dele se fechou sobre a pele dela, mas ela não
hesitou, nem se afastou quando uma ponta afiada arrastou
sobre a pele dela. A picada leve não doeu tanto e enviou
uma sacudida do desejo através dela. Ela sabia que ele
tinha mordido o suficiente para tirar sangue. Ele sugou
suavemente o ombro dela.
Sua boca deixou a garganta dele. "Quero você
novamente."
Ele a soltou lambeu a ferida pequena que tinha infligido
com o ponto de um de seus caninos para curá-la e então
puxou seu rosto para olhar para ela com um sorriso.
"Ambos precisamos de descanso. Eu quero você
também, mas isso foi um beijo de boa noite."
Ela assentiu com a cabeça. "Não digo isso literalmente.
Estou apenas excitada agora."
Ele puxou-a mais perto. "É meu dever cuidar de suas
necessidades, mas agora, você precisa dormir mais."
345
Dusti tentou ignorar a vontade de pegá-lo e acariciar o
pau dele até que ele não pudesse resistir a ela, mas a
imagem mental das costas dele danificadas a segurou. Ela
decidiu pensar em algo mais além de sexo.
"Você acha que Bat e Kraven estão bem juntos? Ele
parecia muito preocupado quando eu o vi depois que fomos
atacados nos caminhões."
Ele esfregou as costas dela. "Ele não vai permitir que
nada aconteça com ela. Ele vai protegê-la. Tenho certeza
que ele está curado principalmente agora."
"Estou mais preocupada com quem vai protegê-lo
quando ele disser a minha irmã ele quer acasalar com ela."
Drantos riu. "Ele é forte, e ela é pequena."
"Você conhece minha irmã? Ela vai tentar machucá-lo."
"Ele terão que se entender."
Ela estava deitada em silêncio ouvindo o batimento
cardíaco forte dele. Ele acalmou e ela não podia negar o
sentimento de tranquilidade nos braços dele, sentiu laços
sendo criados. A cabana permaneceu totalmente quieta. Ela
teve que admitir que ela não sentia falta do barulho do
tráfego que sempre ouvia no apartamento dela.
“Sobre o que você está pensando?"
"Minnha vida antiga."
Seu corpo ficou tenso, mas relaxou novamente. Com
seu ouvido pressionado contra seu peito, ela não perdeu a
mudança no ritmo cardíaco. Acelerado como se ele
estivesse com medo. Ela levantou a cabeça e olhou-se para
ele. Fitou-a com seus lindos olhos.
"Não me deixe."
Seu apelo quase partiu o coração dela. Ele não tentou
mascarar suas emoções dela ou esconder a sua voz rouca
engasgando um pouco quando ele falou. A idéia de perdê-la
definitivamente lhe rasgou.
"Eu não vou. Não tenho uma ótima vida em Los Angeles.
Eu estou apenas incerta sobre esta nova vida."
"Eu prometo que nós seremos felizes juntos. Não
viajarei mais em missões. Os machos acasalados ficam

346
perto de casa. A responsabilidade vai para outra pessoa
para caçar os infratores. Eu vou ter direitos atribuídos aqui
dentro do clã para manter-me perto de você."
"Ainda não pensei sobre isso, mas estou feliz em ouvir
isso. Eu realmente não quero ficar sozinha aqui enquanto
você está fora da cidade. Não conheço ninguém e sinto-me
como o pequeno polegar."
"Você é parte deste clã. Você vai fazer amigos e te
aceitarão. Nós seremos felizes, Dusti. Eu vou fazer isto dar
certo."
"Eu acredito em você. Não estou incerta sobre você e
eu. Pela primeira vez na minha vida, eu sei onde é minha
casa. Aqui nos seus braços. É só que não sei sobre o resto
do seu povo."
Drantos sorriu. E derreteu o coração dela.
"É essa coisa toda de VampLycan," ela admitiu.
"Você vai se acostumar. Nós não somos monstros.
Agora durma. Você está cansada. Vamos lidar com tudo
isso amanhã.”
Ela assentiu com a cabeça e dobrou a cabeça dela contra
seu peito novamente. Drantos deu um beijo suave no topo
de sua cabeça e, em seguida, aconchegou-lhe mais perto.
Ela fechou os olhos, mas a preocupação com Bat ainda a
incomodava. Drantos esfregou suas costas, e fez carícias
ninando-a, para que ela dormisse.

347
Capitulo Quatorze
Pesadelos acordaram Dusti algumas vezes durante a
noite. Não era mistério o que os causou. Foi difícil
convencer sua mente que seu novo companheiro foi punido
por um método bárbaro utilizado por eles. Mas Drantos
teve uma cura fenomenal, nas feridas em suas costas. E
isso se devia ao fato de ele não ser humano. Nenhuma
pessoa normal poderia se recuperar tão rápido.
A pele dele já não tinha marcas onde o chicote tinha
atingido.Tinham se formado crostas, mas desapareceram
dentro de algumas horas, deixando apenas linhas
vermelhas. Ao amanhecer, essas marcas eram tão fracas
que ela sentiu necessidade de passar a ponta do dedo
sobre elas, para garantir que seus olhos não estavam
pregando uma peça nela.
Drantos dormia pesadamente e ela ainda sentia raiva
por ele ter sido punido por algo estúpido. As leis de
VampLycan eram estrangeiras para ela. Isso fazia com o
que ela se preocupasse em acidentalmente fazer ou dizer
algo que pudesse colocá-lo em apuros. Ela saiu da cama e
decidiu fazer uma excursão pela casa dele. Colocou uma
das camisas grandes de Drantos. Ficou como um vestido
nela caia na coxa.
Era um lugar agradável e bem construído. Ela gostava
de vigas de madeira ao longo do teto na sala e a lareira era
linda. Parecia como se ele tivesse usado pedras de rio, que
ia do piso de madeira até o teto.
Ela terminou em sua cozinha. Era moderna, mas ela
estava mais interessada em encontrar algo para comer do
que explorar o resto da sua casa. Pegou uma tigela de
mingau de aveia e sentou-se no balcão. Duas banquetas
faziam uma agradável área de alimentação separada da
sala de estar.
Enquanto ela comia, ela pensou sobre as novas
circunstâncias. Sua vida nunca mais seria a mesma. Ela
348
tinha aceitado ser companheira de Drantos e isso
significava ter que se ajustar à vida no Alasca com um
bando de VampLycans. Foi difícil convencer sua mente da
realidade, de que eles existiam.
Mãe, por que não nos disse o que eramos?
Não havia nenhuma razão para Drantos mentir sobre
isso. Decker Filmore era um VampLycan era muito pior do
que ser só uma merda de avô. Ele era uma espécie de vilão
sobrenatural. Ela não culpava sua mãe por fugir, mas ela
deveria ter contado a verdade a suas filhas. Ela partiu e
deixou feridas em Dusti. O pai dela sabia? Como a mãe
dela pôde esconder isso do homem que ela amava e vivia?
Ela sentia como se toda a sua infância tivesse sido uma
mentira.
A dor instalou-se tão fundo que desejou sua irmã
estivesse com ela para falarem sobre isso. O que Bat achou
de Aveoth querer torná-la sua amante? Como ela estava se
adaptando? Será que ela finalmente entendeu que Decker
Filmore era um completo idiota? Eles estavam bem? Bat
estava com medo? Com raiva?
Frustração a atingiu com a falta de respostas. Estava
preocupada com Bat. Ela só esperava que eles estivessem
seguros, onde quer que fossem.
Ela terminou o mingau de aveia e lavou a tigela. O olhar
dela viajou em torno da cozinha. Era sua nova casa. Ela
mordeu o lábio e teve que admitir que a espaçosa casa era
muito mais agradável do que a porcária do seu
apartamento na Califórnia.
"Dusti"?
Ela se virou e deu de cara com Drantos. Ele estava
acordado, vestindo apenas uma sedosa cueca samba-
canção. Seu cabelo estava bagunçado do sono e tinha uma
expressão incerta no rosto.
"Bom dia".
"Você parece tão triste." Ele fechou a distância entre
eles, estudando seus olhos. "O que há de errado? Diga-
me."
"Eu estava pensando sobre algumas coisas."
349
Ele estendeu a mão e pôs as mãos em seus quadris.
"Você se arrependeu de ter se tornando minha
companheira?"
Ela não tinha que o que pensar sobre isso. Seus
sentimentos por ele nunca a deixou em dúvida. "Não.
Nunca".
"O que é então?"
"Estava pensando em Bat, meus pais, sobre tudo".
Ele puxou-a para mais perto até que ela estava
descansada suavemente contra o corpo dele. "Kraven vai
cuidar da sua irmã. Ele vai entrar em contato quando sentir
que é seguro. Temos um laço forte de irmãos, e ele sabe
que Bat tem essa ligação com você. Ele não desejaria ser a
causa de sua preocupação.”
"Como se mandar uma mensagem para nós fosse
suficiente. Quero que essa confusão acabe."
"Aveoth é um hábil caçador e ouvi-o dizer que vai atrás
de Decker. Ele sempre mantém sua palavra."
"Eu quase sinto pena daquele velho bastardo, mas só
um pouco."
Drantos arqueou as sobrancelhas.
"Esse Aveoth é um tipo muito assustador."
"Sim, ele é."
"Você pode se mover mais rápido que ele? Eu juro, eu
pisquei e ele estava em outro lugar."
"É uma característica de Gárgula".
"Sua pele mudou de cor e textura, também. Outro traço
gárgula?"
"Sim".
"E ele voa? Ouvi você falar isso quando estávamos
falando sobre o acidente de avião. Como é que funciona?
Ele é enorme."
"É difícil de explicar."
"Eu não vou a nenhum lugar. Nós temos tempo. Este é o
meu novo mundo, eu deveria saber disso. GarLycan, essas
coisas são nossos vizinhos, certo?"

350
Drantos colocou a mão nas costas dela, e levou-a para a
sala de estar. Mandou-a sentar no sofá e ele acendeu a
lareira. Ela gostou de como se sentiu quando ele se sentou
ao lado dela, foi aconchegante.
"Gárgulas podem se misturar e camuflar seus corpos
para se parecerem como rocha, e eles podem endurecer
suas peles como escudos exteriores rígidos. Lutar contra
eles é realmente difícil quando você não pode penetrar
facilmente nas suas peles. Também se tornam mais densos
quando eles fazem isso."
“Não sei como funciona, mas quando Aveoth recolhe
suas asas, sua pele fica com um tipo de estrutura menos
densa."
"Ele recolhe as asas?"
"Sim. Já o vi fazer isso quando éramos mais jovens. Eles
ficam escondidas perto dos ombros. Em sua forma humana,
você não pode vê-las. Selam na pele para parecerem
perfeitamente normal em sua volta, mas esses retalhos
podem se abrir e as asas se alongarem e expandem para
fora."
"Isso é tão estranho." Ela tocou as mãos dele,
precisando dessa conexão. “Você também altera formas."
"Sim".
"Parece doloroso quando você faz."
"Nos acostumamos. Não é a experiência mais
confortável no começo, mas com o tempo, torna-se muito
mais fácil. Não dói.”
"Você é totalmente você quando você adiquire pelos e
uma cauda?"
"Eu sempre serei eu."
"Você sabe o quer eu quis dizer".
Ele sorriu. "Sim. Estava a tentando faze-la gargalhar.
Você parece tão séria. Ainda sou a mesma pessoa,
independentemente da minha forma. Admito que me sinto
um pouco mais perto da natureza, quando tenho garras. Eu
nunca machucaria você, se é isso que a preocupa. Eu sou
capaz de pensar racionalmente."

351
"Eu acredito nisso. Você parecia ser você quando você
me deu uma carona aqui nas suas costas."
"Bom".
Dusti hesitou. "E seu lado vampiro? O que você ganha
do que? Eu sei que sua saliva pode curar suas picadas, e o
sol não te incomoda. Você está realmente bem bronzeado."
"Envelhecimento mais lento. Não preciso de sangue para
sobreviver, e o sol não é uma fraqueza. Eu sou mais Lycan.
O sangue dessa linhagem corre mais forte em nossa
família."
"Mas eu sou o oposto."
"Você precisa de um pouco de sangue para mantê-la
saudável."
"Isto é nogento."
Ele riu. "Acho que não. Preciso te me mostrar o quão
sexy isto pode ser novamente?"
Só de lembrar o que tinham feito juntos quando ela se
alimentou do seu sangue teve que ajustar a sua posição no
sofá, movendo-se mais próximo a ele. Drantos mostrou-a
tanta coisa. "Vai levar algum tempo antes de eu parar de
odiar a visão de sangue, mas acho que é algo que melhora
com o tempo."
"Foi muito corajosa sobre isso."
"E um pé no saco." Sentiu-se arrepender. "Eu pensei
que você estivesse louco".
"Era irritante, mas compreensível. Eu me coloco no seu
lugar e tinha que soar como se eu fosse louco quando falei
sobre as coisas que você só viu em filmes e livros. As
informações que eles dão não são precisas na maioria dos
casos."
"Certo. Você não muda para uma besta do inferno e vira
um homicida de merda matando todos os vampiros.”
Ele riu novamente. "Não."
Ela invejava o humor leve dele. "Continuo tentando
descobrir como eu vou me encaixar aqui. Eu preciso de
algum tipo de trabalho para ajudar a pagar as contas e

352
uma maneira de recuperar todas as minhas coisas do meu
apartamento."
"Não precisa de um emprego. Você é minha
companheira. É meu dever cuidar de você. Eu vou contratar
alguém para ir ao seu apartamento e trazer seus pertences.
Temos alguns Lycan Pack17 que trabalham conosco de vez
em quando. Eles estão relacionados por sangue com alguns
de nós."
"Presumo que não serei capaz de fazer eu mesma?"
"Não. É muito perigoso com Decker solto."
"Fantástico. Lobisomens vão embalar minhas calçinhas."
Ela fez uma careta. "Ótimo".
"Tenho certeza de que eles vão ser profissionais quanto
a isso. É a única maneira de ter suas coisas aqui."
"Eu não estou reclamando. Foi mais um pensamento em
voz alta porque nunca pensei que sairiam essas palavras da
minha boca."
Ele sorriu. "Eu amo saber que você está mantendo seu
senso de humor."

"Estou tentando". Ela fez uma pausa. "Eu sou uma dona de
casa agora? Eu tenho que avisar que meus dotes culinários
não são os melhores e eu não sou uma grande fã de
limpeza".
"Vamos compartilhar os trabalhos domésticos e eu posso
te ensinar a preparar as refeições. Vai ser divertido
cozinhar juntos."
"O que faz para viver?"
"Eu sou um cobrador para meu pai."
"E pagam o suficiente para manter as luzes acesas?"
Ele parecia muito divertido. "Sim".
"É como um emprego das nove as cinco"?
"Não. Turnos para patrulhar são atribuídos a nós e às
vezes somos enviado em missões, como encontrar você e
sua irmã".
________________________
17
-Tipo de raça Lycan

353
"É perigoso viver aqui ou alguma coisa? Ursos e esquilos
raivosos atacam?"
Ele riu novamente.
"Eu não estou tentando ser engraçada." Ela deu de
ombros. "Eu sou totalmente burra quanto a isso".
"Não temos problema com os esquilos raivosos. Ursos,
vagando em nosso território são persuadidos a seguir em
frente. Vivemos em harmonia com a natureza, mas não
podemos ter exatamente eles tentando entrar em nossas
casas para ir atrás de comida. Mantemos todos os
predadores perigosos distantes de nós."

"Então é o que você faz? Você assusta os animais


maus?"
"Nós também nos certificamos que ninguém ultrapasse
em nosso território. Os humanos gostam de fazer isso às
vezes para caçar. Ninguém gosta de levar um tiro quando
um caçador confunde-nos com um lobo."
"Isso acontece"?
"Raramente. Desde que patrulhamos, não."
"O que você faz com eles?"
"Nós os assustamos. Eles dizem que aqui é uma terra
protegida, um santuário e é uma propriedade privada.
VampLycans sempre tentam manter a paz."
"E se eles não forem fáceis de assustar e se recusarem a
sair?"
"Usamos a nossa capacidade para controlar suas mentes
e implantamos em suas mente que eles nunca desejarão
retornar aqui."
"Fazer isso sempre funcionou?"
"Sim, até agora."
"É um trabalho perigoso"?
"Pode ser, mas eu sou duro de matar, Dusti. Não quero
que fique preocupada quando eu sair em patrulha."
"Você se cura muito rápido."
"Sim. Seria muito difícil para algo me assustar e me
machucar muito."
354
A memória dele confrontando a besta do inferno que
tinham encontrado perto do rio brilhou em sua mente.
"Você também é obviamente um bom lutador."
"Eu sou. Eu fui treinado para me defender, desde que
comecei a andar.”
"Falando nisso, você disse que VampLycans envelhecem
lentamente. Quer dizer se tivermos filhos eles vão demorar
uma eternidade para crescer?"
"Nós envelhecemos da mesma forma que os humanos
envelhecem quando são muito jovens, o crescimento
acelera durante alguns anos e em seguida, diminui
novamente, quando chegamos a puberdade."
"Quando tivermos um bebê ele vai querer se mudar
quando tiver dez anos?"
Ele sorriu. "Não tão rápido assim. As maiorias das
nossas crianças começam a construir suas próprias casas,
quando eles estão se aproximando de seus dezoito anos. É
a idade de consentimento para ter uma companheira.
Queremos ter a certeza de que eles estão treinados o
suficiente para sobreviver por conta própria. Só que nós
aprendemos coisas mais rápido do que um ser humano."
“Como o quê”?
"Eu podia andar com seis meses. Crianças humanas
normalmente só fazem isso até um ano de idade."
"Uau". Ela estava atordoada. Em seguida, ela teve um
pensamento horrível. "Merda".
"O que está errado?"
"Eu vou envelhecer mais rápido do que você."
Ele balançou a cabeça. "Eu vou compartilhar meu
sangue com você, e você vai se parecer mais jovem do que
sua idade real. Você tem alguns traços de VampLycan,
mesmo que eles sejam fracos. Tendemos a viver muito
mais do que os seres humanos por causa de nossa
capacidade de nos curar rápido. Dando-lhe sangue, vou
ajuda-la a retardar o processo de envelhecimento."
Ela suspirou. "Isso é bom. Estava a imaginar-me
olhando uma foto, eu com noventa anos e você ainda

355
continuar lindo e quente. Isso é uma coisa que eu não
estava ansiosa para nenhum de nós ver."
"Você acha que eu sou quente?" ele perguntou,
sorrindo.
Ela olhou para seu peito. "Escandalosamente quente."
Ela encarou o olhar dele. "E você sabe disso."
Ele inclinou-se para mais perto. "Mostre-me."
Uma excitação colossal passou através de seu corpo. Ela
se moveu, escarranchando-se no colo dele. Ele se inclinou
para trás e colocou suas grandes mãos em concha na
bunda dela através da camisa que ela usava. Ficou alerta
como tudo com Drantos, era uma experiência emocionante.
Seu coração acelerava, sentia sua pele como se fosse
supersensível, e a necessidade de ficar pele com pele
tornou-se quase irresistível.
A porta da frente abriu e Dusti engasgou, virando a
cabeça.
Drantos, a levantou com ele tão rápido que fez sua
cabeça girar. Virou-se ligeiramente, colocando seu corpo
atrás do dele. O súbito aparecimento da luz do sol cegou-a
por um segundo até que ela piscou algumas vezes e, em
seguida, foi capaz de identificar.
"Pai, o que aconteceu?"
Velder fechou a porta e caminhou para uma cadeira e
sentou. "Eu vim para te ver."
Drantos resmungou baixinho e puxou Dusti
delicadamente para o lado dele. "Estou bem, mas você
sabe que eu ficaria. Qual é a verdadeira razão para você
estar aqui? Não precisava ficar tão preocupado.”
Dusti selou seus lábios para evitar salientar que foi
extremamente rude entrar na casa de alguém sem aviso
prévio. A memória do que poderia acontecer se ela
ofendendesse o líder do clã, e o que isto poderia custar a
Drantos, de alguma forma, ajudou-a permanecer em
silêncio.
"Está bem. Estamos preocupados com a ameaça atual.
Kraven sumiu e eu preciso de você de volta na patrulha. Eu

356
sei que está acasalando e precisa de tempo para criar
laços, mas é uma prioridade mantermos as nossas
mulheres e crianças seguras até que as coisas fiquem
estáveis." Ele olhou para Dusti. “Também é importante
enviar uma mensagem forte do seu acasalamento, senão
isto vai enfraquecer a sua posição no clã”. “Existem alguns
rumores”.
"Você falou para eles que a avó de Dusti veio do nosso
clã?"
"Não é a linhagem dela que está em questão. São as
atitudes dela, acham ela fraca. Alguns ouviram falar sobre
o que aconteceu ontem à noite e a conversa se espalhou.
Não acham que ela será capaz de aceitar nossos caminhos
e que isso irá afetá-lo. Ela é sua companheira.”
Drantos suspirou. "Ela atacou um Lycan. Não chamaria
isso de fraco. Ela acreditava que ele era um VampLycan,
mesmo assim veio em minha defesa."
Velder franziu o cenho. "Um ancião Lycan que é
respeitado por todos. Ela não ganhou pontos a favor dela.
Ninguém duvida de sua bravura, é sua sanidade que está
sendo questionada, e eles se perguntam se você vai trazer
mais humanos. Você sabe que isso seria um problema.
Você é o meu primeiro filho. Um dia você será o lider desse
clã."
"Talvez em cem anos, ou então, se você decidir se
afastar. Com certeza não vou desafiá-lo."
Velder deu de ombros. "Eles estão nervosos. Ansiedade
entre nosso povo é a última coisa que precisamos agora.
Eles já estão preocupados com Decker e como isso será
resolvido."
"Bem. Quando quer que eu começe meu turno?"
"Esta noite. Leve sua companheira, estabeleça-se hoje,
talvez seja uma boa idéia ela ser vista."
"Eu vou levá-la para pegar roupas."
"Há também o problema que ela te rejeitou, em primeiro
lugar. Está causando conversa."

357
Drantos rosnou. "Eles não têm mais o que fazer do que
fofocar?"
"Aparentemente não".
"Ela não tinha idéia do que era ser uma companheira."
"Sua mãe disse isso para as mulheres esta manhã
quando ela reuniu-se com elas ao amanhecer. Ela espera
que isto alivie um pouco a tensão." Velder olhou para Dusti.
"Passeios com as mulheres seria bom para ela."
Drantos riu.
"Estou falando sério", afirmou Velder.
"Isto é um insulto?" Dusti olhou Drantos. "O que é
engraçado?"
Ele segurou seu olhar. "O passeio de mulheres acontece
no verão duas vezes por semana, saem para caçar. Elas se
transformam e vão caçar alguns animais de grande porte.
Elas trazem suas matanças de volta para a aldeia e
cozinham para uma festa que reúne o clã. Para os seres
humanos seria um churrasco para a comunidade."
Ela não estava se divertindo. "Ótimo. Agora eu vejo o
problema."
"Não quis fazer alarde sobre isso, mas você não gosta
de ver sangue. A caça é terrível. Elas usam suas garras
para rasgar a garganta das suas presas."
"Entendi".
Velder suspirou, chamando a sua atenção. "Ela poderia
pegar uma espingarda e fazer a guarda da matança abatida
enquanto as outras caçam. Já vimos um monte de lobos na
área onde elas caçam. Ela faria parte e seria útil na
excursão."
"Há um problema com isso," Dusti falou. "Não sei como
disparar uma arma. Imagino que eu teria que atirar para
assustá-los?"
"Perfeito." Velder disse "Então você poderia disparar em
alguém do nosso povo por acidente”, resmungou.” "Eu não
devia ter dado esta opção. Talvez ela pudesse reunir lenha
para cozinhar enquanto eles estão caçando.”.

358
"Posso diferenciar um de vocês de um lobo. Dê-me um
pouco de crédito." VampLycans são muito maiores e muito
mais assustadores. Mas ela não disse a última parte em voz
alta.
“É o trabalho delas. Dusti não é criança” Drantos
parecia irritado. "Você quer o status dela definido no clã,
mas quer dar a ela o dever de lenhadora.”
Velder levantou. "Este é o problema do acasalamento
com alguém tão humano. Como é que ela vai se encaixar
em nossa sociedade? Todo mundo tem um dever, mas o
que ela pode fazer?"
"Ser a minha companheira".
"E no seu clã? Isto a fará antissocial. Somos uma
comunidade dependemos um do outro para a nossa
sobrevivência. Isso a inclui, agora que você a trouxe para
casa."
Dusti tinha suas próprias dúvidas sobre como ela iria
viver com VampLycans isto encheu-a de um sentimento de
tristeza. Ela olhou Drantos, olhando para ele considerou
tudo o que o pai dele disse com uma expressão de aflição
— e pensou que isto era tudo por sua causa.
Ela se sentiu um pouco egoísta naquele momento. Ela
tinha sido avisada de como sua vida seria afetada, mas não
nas consequências do que significaria ser uma
companheira. Ela amava Drantos. Seu povo, nem tanto,
mas eles precisavam viver com o clã.
"Eu vou pensar em algo," Dusti disse.
Velder franziu a testa. "Com licença"?
"Vou aprender mais sobre seu povo e descobrir alguma
coisa útil que eu possa fazer. Entendo que é importante que
todos me aceitem. Eu vou pensar em algo,” Ela repetiu.
"Não se preocupe." Drantos pôs o braço à volta dela.
"Você é minha companheira Eles não tem escolha, terão
que aceitá-la. Certamente, ninguém poderia esperar que
você fosse uma VampLycan. Você não tem sangue
suficiente para se trasformar."

359
"Isso é importante," Velder argumentou. "Você vai
liderar este clã um dia e ela é sua companheira. Jamais
poderia fazer o meu trabalho eficazmente sem o apoio da
sua mãe. Somos uma equipe. Traz equilíbrio ao nosso
povo."
E não tenho garras nem caninos, Dusti silenciosamente
reconheceu. Ela não poderia espancar mulheres como mãe
de Drantos admitiu ter feito na noite anterior. Ela viu
problemas. Velder foi muito claro.
"Posso me encaixar," ela disse em um tom mais firme.
"Só preciso descobrir como fazer isto funcionar."
Velder suspirou. “Espero que sim. Para o seu bem e para
o dele.”
"Pai chega." Drantos balançou a cabeça. "Não é
problema de Dusti, como os outros reagem a ela. Não vou
assumir o clã por um longo tempo. Eles terão que conhecê-
la, como eu a conheço, ela vai fazer amigos. Você está
exagerando com tudo isso."
"É o meu trabalho sempre pensar no clã primeiro."
Velder fez uma pausa. "Você está pensando em sua
companheira primeiro."
"A mãe sempre foi sua prioridade. Não negue isso."
"Touxe uma companheira que foi facilmente aceita pelo
clã".
"Você teria trazido ela mesmo que ela fosse uma
GarLycan. Eu sei que você estava com uma antes de
conhecer a mãe. E se ela fosse sua companheira? Você a
teria reivindicado, as consequências que se danessem".
"É verdade".
Dusti ficou atordoada. Ela não podia imaginar uma
versão feminina do Aveoth — ou Velder saindo com ela. Ela
pensou. "Seria um GarLycan aceita mais fácil do que eu
seria, com meu sangue com uma parte mais humana?" Ela
estava curiosa.
Velder abanou a cabeça. "Não. Eles são conhecidos por
serem mais difíceis de criar laços... e eles são ferozmente
leais ao seu próprio clã. Confiança sempre seria um

360
problema. Nosso clã também teria dúvidas sobre a
capacidade dos filhos que tivesse com um GarLycan de
como liderariam o clã no futuro. GarLycans podem tomar
decisões com mais frieza não envolvem seus corações. É
apenas lógica com eles."
"Todo mundo naquele clã tem uma mente militar,"
explicou Drantos. "Nós somos gerados para proteger nossa
família e amigos."
"Bem, há um lado positivo. Eu não sou um GarLycan.
Um ponto para mim."
Drantos riu.
Velder franziu as sombrancelhas. "Não vejo graça."
"Eu tomo todas as decisões com o coração. Eu concordo
com o Drantos. Eu também não sei como disparar uma
arma. Obviamente, não tenho uma mente militar. Está
vendo onde quero chegar?" Dusti forçou um sorriso.
Velder fechou os olhos.
"Calma, pai," disse Drantos.
Velder abriu os olhos, irritado com seu filho. "Você
precisa fazê-la levar isto mais a sério."
"É o primeiro dia dela no clã. Dá um tempo."
"Segundo dia", Velder corrigiu. "Ela atacou um ancião
Lycan no primeiro dia e deixou claro que ela não tem
nenhum respeito por nossas leis, ou como elas são
cumpridas. Eu tremo só de pensar como será o segundo dia
uma vez que você já a trouxe para sua casa. Talvez você
apenas deva mantê-la escondida. Longe da vista, pode ser
o melhor plano de ação."
A porta da frente se abriu e entrou Crayla. Ela usava um
sarongue azul envolvido em torno de seu corpo que
começava logo acima dos seus seios e caia para o meio da
coxa. Ela cheirou o ar, fechando a porta atrás dela. "A
tensão é tão pesada aqui que posso cheira-la. O que está
acontecendo?"
Ótimo, agora tenho que lidar com a mãe assustadora de
Drantos. Isso foi chato o modo como seus pais entraram
em sua casa como fossem donos do lugar. Eles realmente

361
precisavam começar a trancar a porta. Ela fez uma
anotação mental para trazer à tona esse assunto com
Drantos mais tarde.
"O pai está sendo rude com minha alma gêmea."
Crayla parecia divertida. "Eu vejo". Ela caminhou até
Velder e inclinou-se contra seu peito. Ela virou a cabeça,
olhando para Dusti. "Não temos certeza do que fazer com
você."
"Vocês não vão fazer nada," rosnou Drantos.
Crayla riu. "Acalme-se. Sua companheira está segura.
Estamos preocupados com como o clã vai aceitá-la."
"Ela não gosta de ver sangue... e não sabe como usar
uma arma," Velder murmurou. "Estou sem ideias."
"Bem, por isso este é um problema para eu resolver. Ela
é uma fêmea e elas estão sobre os meus cuidados." Crayla
sorriu para seu companheiro. "Pare de ser rabugento e
chato com nosso filho. Não se lembra de como era quando
eu cheguei? Seja legal com sua companheira. Nós vamos
resolver isso. Virei aqui está noite e faremos um assado
enquanto Drantos está na patrulha. Vou falar com ela e ver
como resolvermos essa questão. Ela tem de ser útil de
alguma forma."
"Fantástico". Dusti esperava que o sarcasmo não tivesse
aparecido na voz dela quando disse essa palavra.
Crayla riu novamente. "Ela tem potencial. Ela não está
se escondendo atrás do nosso filho. Vamos deixá-los
sozinhos por agora. Eu sei que você quer que ele a leve
hoje para mostrá-la para o clã. Não poderão fazer isso
enquanto ainda estivermos aqui."
O casal saiu de mãos dadas, fechando a porta atrás
deles.
Dusti suspirou, preocupando Drantos. "Isto não vai ser
fácil, Não é?"
"Nada que vale a pena é. Vai ficar tudo bem."
Ela queria acreditar nele.

362
Drantos queria colocar Dusti em seus braços e carregá-
la para a cama. O instinto de protegê-la era forte. O clã
poderia ir para o inferno, mas ele sabia o que seu pai mais
temia. Seria mais fácil para Dusti se ela fosse aceita por
todos.
"Não tem importância o que os outros pensem." Ele
queria que ela soubesse que ele se preocupava somente
com ela.
"Estas pessoas se importam com você."
"Eu te amo. Você é minha companheira. Você será
sempre a minha prioridade."
Ela sorriu. "Obrigada. Sei que você quis dizer. Nós
vamos fazer isto dar certo. Eu só estava colocando “lenha
na fogueira” para encher o seu pai. Entendo que estamos
em seu mundo, então eu preciso ser simpática com seu
povo”.
Ele sorriu. Ela sempre o divertia com sua maneira de
falar. "Eles logo vão perceber o quanto você é
maravilhosa."
Ela assentiu com a cabeça. "Acho que devemos sair de
casa, já que se preciso ser colocada em exposição e
prepare-se."
"Não olhe dessa forma." Ele podia sentir que ela estava
preocupada. "É só um novo lugar. No fundo somos
basicamente o mesmo que você."
"Ok."
"Somos Dusti. Não deixe que o fato de que não somos
humanos convencer do contrário. Temos bons e maus dias.
Sonhos e decepções. Você ama sua irmã como nós amamos
nossos irmãos."
"Eu entendo. Só vai levar algum tempo para me adaptar
à ideia de viver com um monte de pessoas que tem garras
e presas, mas eu vou. Eu vou tomar banho. Você quer se
juntar a mim?"
Ele faria amor com ela e eles nunca sairiam de casa. Ele
admitiu sem culpa "Eu já terei alguma coisa pronta para
comer assim que você sair. Faremos uma viagem rápida

363
para fora e então nós vamos ter o resto do dia para criar
laços. Nós iremos nos encontar mais tarde. Meu turno não
começa até cerca de dez da noite."
“Entendi. Primeiro as coisas dificeis, depois as coisas
boas. Eu gosto desse plano. É como ser recompensado
depois de fazer algo que sei que vai ser difícil. Então nós
vamos enfrentar o seu clã inteiro nesse jantar."
As palavras dela fizeram o seu peito doer. "Peço
desculpa que isto seja difícil para você." Ele disse. Ele
tentou se colocar no lugar dela. Seria drasticamente
diferente para ela tentar ingressar em seu mundo. Ele ao
menos sabia como dela funcionava. Ela não tinha
conhecimento que seu existia antes dele entrar na vida
dela. "Você é muito corajosa".
Ela mostrou-lhe um sorriso que iluminou os olhos dela.
"É uma coisa boa, que você é realmente quente."
Ele riu. "Vou sempre ser para você."
"Eu estou contando com isso. Depois dessa, vou tomar
um banho."
Ele a observou desaparecer no quarto dele e o humor
dele escureceu. Seus pais iam ser um pé no saco. Seria
mais simples se Kraven estivesse em casa. Sua irmã
sempre tinha uma maneira de encontrar soluções e lidar
com seus pais melhore do que ele. Ele também estava
acasalando com a irmã do Dusti. Daria aos pais dois alvos
para foco em vez de só ele.
Ele caminhou para a porta da frente e fechou. Isso è
uma coisa que mudaria, independentemente de como
alguém se sentiria sobre isso. Ele não queria que todo
mundo entrasse em sua casa daquele jeito. Mais alguns
minutos e eles teriam sido pegos fazendo sexo no sofá. Pai
ou não, ele queria rasgar a garganta de qualquer homem
que visse Dusti nua.
Ele preparou uma rápida taça de cereais, mais ciente do
som da água no final do corredor. Ele queria ir com ela. O
pau dele palpitava. Não era natural que se abstenham de
sexo enquanto o vínculo do acasalamento não estivesse

364
formado ainda. Então, novamente, o clã ficou em alerta
graças ao merda do Decker.
Ele entendia que tudo isso era necessário, mas não
significa que ele fosse aceitar.

365
Capitulo Quinze
Dusti sabia que as pessoas na cidade de Howl estariam
curiosas para ve-la, e ela teve que admitir que ela também
estivesse. Ela olhou em todas as caras que passavam e
notou que eles a olhavam bem de perto também. Drantos
segurou a mão dela mais apertado. Ela levantou o queixo
para dar-lhe um olhar preocupado.
"Eles são todos VampLycans? Toda a cidade?"
"À noite, sim, com alguns lobisomens por ai. Durante o
dia como agora, nem sempre. Existe uma rodovia principal
a apenas algumas milhas de distância. Há uma placa que
trás as pessoas aqui, mas não eles não vêm muito. Turistas
nos visitam, mas nós nos recusamos a construir um motel.
Queremos manter os humanos aqui o menor tempo
possível."
"Porque permitem que eles vejam tudo?"
Drantos deu uma breve parada. "Muitos viajantes
precisam de comida e combustível nesta área remota, e
assim nos ganhamos um pouco de dinheiro. Também faz
com que os humanos suspeitem menos de nós. Somos
apenas um lugar chato, e isolado para eles. Nós temos uma
oficina de automoveis para aqueles infelizes que tem
problemas com seu carro. Mantemos um apartamento em
cima da loja para um cliente ocasional caso ele precise ficar
durante a noite. Há uma guarda para ter a certeza de que
eles não andem longe demais. Nós não podemos permitir
que vaguem livremente e possivelmente vejam um de nós,
quando não estamos em um bom momento."
Transformado em criaturas com aparência de besta, ela
pensou, entendendo porque eles não queriam ver um ser
humano andando por ai. "Eles não ficarão preocupados
comigo andando por aí?"
"Não. A notícia se espalhou que você é minha
companheira. Não há razão para temer ninguém. Este é o
seu clã."
366
“Talvez não devessemos ter vindo à cidade tão cedo.
Seu pai podia estar errado."
"Você precisa de roupas e sapatos. Não temos muito a
oferecer, aqui, na nossa pequena loja, pode levar uma
semana ou duas para as suas coisas chegarem da
Califórnia; é o mesmo tempo para todos os pacotes que
chegam de pedidos on-line. Eles não fazem entregas para
tão longe. Temos que dirigir para outra cidade para buscar
o correio. É como compramos as coisas principais nesta
área remota do Alasca."
"Nossa. Vocês nem sequer recebem correio aqui?"
"Não. Não permitimos que uma estação de correios
fosse construida em nosso território. O correio é controlado
pelo governo federal. Significa que assim controlamos
quem entra. Correios são executados por seres humanos e
não desejamos eles vivendo em nossa cidade. É mais fácil
se outra cidade lida com correio e nós enviamos alguns de
nossos homens para ir buscá-lo. "
"Eu entendo". Ela mexeu os dedos nos três pares de
meias que ele a fez calçar para proteger seus pés do chão.
"Mas estou bem. Não quero que você gaste muito dinheiro
comigo. Não vou sair muito. Não serei muito popular na
cidade. E provavelmente é melhor eu ficar dentro de casa."
"Não penso dessa forma. Agora, você precisa de
sapatos, e minhas roupas parecem uma barraca em você."
Um sorriso brilhou quando seu olhar baixou para os seios
dela. "Embora eu não fosse reclamar se você permanecesse
nua."
Ela sorriu. "Por mais tentador que seja eu teria problema
com sua famíla. Mostre o caminho. Só não me deixe
sozinha."
Ele começou a andar de novo, mantendo a mão presa na
dela, e entraram em pequena loja para turistas. A mulher
atrás do balcão sorriu até que seu olhar baixou para Dusti.
A mulher de vinte e poucos anos franzio o cenho.
"Drantos". A mulher inclinou a cabeça; o cabelo preto
curto, sedoso escovado sobre seus ombros bronzeados,
revelados por um top. "Que bom que você voltou".
367
"Peva, esta é minha companheira, Dusti. Ela precisa de
algumas roupas e sapatos."
"É claro".
"Drantos?"
Dusti virou-se e ficou parada embasbacada com o cara
com muitos metros de altura com cabelo castanho escuro
até seus ombros largos que tinha de alguma forma
conseguido se aproximar sem fazer nenhum barrulho. Seu
olhar marrom penetrante travou em Drantos. Ela adivinhou
que ele deveria ser o cara que comandava a oficina,
quando ela notou a graxa de motor grudada em sua
camiseta regata com estampa de banda heavy metal, com
seus jeans desbotados e braços musculosos.
"O que é?" Drantos virou para falar com o homem alto.
"Preciso falar com você em particular por um segundo."
Ele ignorou todos os outros. "Recebi um telefonema. Você
pode vir aqui fora?"
"Sim". Drantos forçou um sorriso a Dusti. "Vai procurar
algumas roupas e sapatos. Não se preocupe com o preço e
que seja o suficiente para passar alguns dias. Eu já volto."
Ele caminhou fora da loja.
"Então você é a humana que está causando tanta
conversa no clã".
Dusti virou-se para enfrentar a mulher atrás do balcão.
Uma expressão infeliz apareceu no rosto de Peva. "Meu pai
é um. Disseram que minha mãe era uma VampLycam."
"Drantos merece ter uma companheira forte. Você não
é."
Choque deixou Dusti em silêncio até que seu
temperamento forte veio à tona. "Presumo que você é
atraída por ele? Muito ruim. Eu sou sua companheira.”
"Isso não é verdade. Ele é como da família e eu já tenho
um companheiro. Pelo que ouvi você rejeitou Drantos." A
mulher moveu-se em torno do balcão, mas manteve
distância. "Você vai fazê-lo parecer fraco para o clã." Ela
apontou para o fundo da loja. "Há sapatos e roupas ali. Eu
mesmo pego a roupa íntima. Pegue e saia. Drantos pode

368
pagar mais tarde. Espero que você faça a vida dele feliz em
casa já que ele vai desistir de tanto por você."
Dusti hesitou. "O que isso significa?"
Raiva brilhou nos olhos de Peva. "Ele é o primogenito do
líder do clã. Isso significa que esperam que ele procrie
crianças fortes para garantir o nosso futuro. Ter uma
companheira fraca equivale a fugir de suas
responsabilidades para com o clã. Os homens perderão o
respeito por ele. Isso é grande. Você tem alguma idéia de
quantas mulheres chegaram à idade de acasalamento e
viajaram até aqui na tentativa de prová-lo, para ver se elas
eram compativeis para ser sua companheira? Foi
devastadador para cada fêmea que ele recusou, e vieram
de famílias fortes com boas linhagens. Ele provavelmente é
o macho mais desejado no nosso clã, inferno, em qualquer
um deles. Os homens o invejavam — até você aparecer.
Agora eles vão ter pena dele. Eles podem ser idiotas. Ele
vai ignorá-los, mas eles vão fazer a vida de Drantos ficar
difícil."
Ela jogou aquele balde de informações em Dusti.
Drantos tinha perdido o respeito? Isso incomodava muito.
"Não sei como resolver isso. Não é culpa minha que meu
pai era humano. O que espera que eu faça? Eu o amo."
"Eu vejo". A raiva do Peva pareceu diminuir um pouco.
"Estou feliz em ouvir isso, pelo menos."
"Você tem algum conselho para nos ajudar com esta
confusão ou preferia fazer-me me sentir pior?" Dusti
chegou mais perto do cesto de roupas da loja.
"Você se importa?"
A raiva a queimou. "Ele é meu companheiro.” Dusti
grunhiu. “O amo profundamente”. “Você poderia me dar
alguns conselhos se você é realmente sua amiga, já que sei
tão pouco sobre seu povo.”
A mulher instruíu ela. "Você precisa mostrar ao clã que
você é digna de ser sua companheira. Se você realmente se
importa com ele, você deve tentar arduamente se encaixar
e fazer as pessoas gostarem de você. Fazer com que eles te

369
valorizem e vejam mais do que só a sua linhagem
sanguinea."
"Você quer compartilhar mais algumas sugestões? Eu
não sei ler mentes."
Peva soltou uma respiração profunda. "Ser respeitosa
com ele em todos os momentos, especialmente
publicamente. Relacionamentos funcionam de forma
diferente com VampLycans. Você nunca deve contradizê-lo
na frente dos outros. Faça isso em casa, em particular.
Você pode argumentar com o seu companheiro tanto
quanto quiser por trás de portas fechadas. Os homens
gostam de uma mulher com espírito desfiador, e ele vai
incentivar isso. Circulam rumores que ele teve que implorar
para você ser sua companheira.“
"Ele não me implorou para vir para casa com ele."
Ela deu de ombros. "Não importa. É o que todo mundo
acredita. Você precisa corrigir isso imediatamente antes
que os rumores se espalhem para outros clãs."
"Certo". Dusti olhou ao redor e rapidamente encontrou
coisas do seu tamanho. Ela tinha o cesto carregado de
roupa, escolheu uma par de sapatilhas de lona e depois
virou-se. "Precisa somar isto?"
"Eu vi o que você pegou." Peva estendeu uma sacola.
Dusti colocou todas as coisas nela. "Obrigada".
"Faça-o feliz. Isso é tudo que eu quero. Nós crescemos
juntos. Ele tem sido como um irmão para mim depois que o
meu morreu."
"Eu vou fazer o meu melhor," Ela prometeu, antes de
sair para a luz do sol.
Drantos e o cara mais alto ficaram a dez passos para
fora sussurrando... Mas eles a notaram imediatamente. Ela
fez uma pausa foi até Drantos e acenou. O homem ignorou-
a como se ela não existisse. Ele não olhou para ela uma
única uma vez.
"Obrigado", disse Drantos.
"Não tem problema. Avise-me se precisar de alguma
coisa." O cara sumiu em um beco ao lado da loja.

370
"O que foi isso?"
Drantos pegou sacola dela, em seguida, puxou-a contra
o peito com um braço. "Nós discutiremos isso mais tarde.
Você quer colocar os sapatos agora?"
"Não. Eu só gostaria de ir para casa."
Ele ofereceu a mão. "Você está bem? Você parece um
pouco irritada."
"Estou bem".
Ele não parecia convencido, mas ele a puxou em direção
à passarela. "Nós estaremos em casa em breve."
Ela notou um grupo de cinco casais indo em direção a
eles na calçada. Dusti mordeu o lábio e perguntou em
seguida. “Aquelas pessoas daquele grupo ali na frente são
do seu clã”?
"Sim".
Agora é minha chance , ela pensou, reunindo coragem
quando o grupo se aproximava. Ela bateu na mão do
Drantos para fazê-lo dar uma parada. Ele virou para olhar
para ela com um olhar interrogativo. Dusti respirou
profundamente, o coração acelerado, e se certificou de falar
alto.
"Obrigada por me permitir ser sua companheira,
Drantos. É sério. Você é a melhor coisa que já aconteceu
comigo."
Ela corou, ignorando sua expressão chocada e o fato de
que os casais pararam e ficaram de boca aberta. "Eu não te
mereço. Eu tenho sido tão indigna. Mas eu juro que vou
melhorar isso todos os dias."
Sua mandíbula estava cerrada e seus olhos estavam
arregalados sobre a cabeça dela. Ele compreendeu
rapidamente o que ela estava tentando fazer, e se divertiu.
Seu lábio contorceu-se. "Você vai mostrar ao clã que você é
digna de ser minha. Eles só precisam saber como você é
corajosa e forte, como eu sei. "
Ela piscou para ele sutilmente. "Você é o melhor. Eu te
amo."

371
Ele levou a mão dela à boca, depositando um beijo nos
seus dedos e então começou a descer a calçada como ela.
"Eu te amo muito, querida."
Ela não podia resistir olhar para o VampLycans quando
eles passaram. Todos os dez pareceram abertamente
atordoados e ela resistiu dar o sorriso que ameaçou a curva
de seus lábios. Ela esperava que aquela visão deles como
um casal fizesse desaparecer qualquer fofoca sobre Drantos
ter que convencê-la a estar com ele.
"Você não precisa fazer isso", disse ele baixinho, uma
vez que tinham saido a cidade e entraram no caminho para
a cabana dele.
Ela abriu a boca para dizer que ela tinha feito isso
porque ela se importava com ele.
"Mas eu aprecio isso."
Dusti entendeu. "Eu faria qualquer coisa por você."
"Meu amigo falou no telefone com Kraven. Ele não
queria correr o risco de entrar em contato comigo pelo
telefone, no caso de seu avô ter grampeado as linhas para
rastrear a ligação. Ele e Bat estão em um lugar seguro. Ele
sabia que ficaríamos preocupados."
Lágrimas encheram os olhos de Dusti. "Obrigada.
Quando eles voltarão? Quando verei Bat novamente?"
"Eles vão voltar tão logo Decker seja capturado e levado
à justiça. Ela vai estar segura uma vez que ele não seja
mais uma ameaça."
"Onde estão eles?"
"Ele não deu essa informação."
"Kraven falou para seu amigo se ele perguntou para Bat
se ela quer ser sua companheira?"
"Ele não mencionou que Kraven estava com dor, então
presumo que não."
Dustin riu. "Sim. Quase sinto pena de seu irmão." O
humor dela desapareceu tão rapidamente como surgiu.
"Não vejo como isso pode funcionar entre eles, para ser
honesta."

372
Drantos fez uma pausa para olhar para baixo, para ela,
com seus belos olhos. "O amor é a coisa mais importante
de todas. Ele vai adorá-la."
"Ela tem a carreira dela que ela sofreu muito para
conseguir chegar lá. É tudo para ela."
"Isso não é verdade. Ela ama você e você importa mais
do que qualquer coisa para ela. Eu via isso nos olhos dela
toda vez que ela olhou para você."
"Eu nunca tentei ficar entre sua carreira. Ela atingiu seu
objetivo finamentel. O escritório de advocacia está
considerando torná-la uma sócia. Ela teria largar tudo para
estar com ele, não é? Você disse que VampLycans não
aguentam viver em cidades. Toda a sua vida está em Los
Angeles."
"Vamos para casa. Nós não podemos fazer nada por
eles, mas estarei aqui quando eles retornarem.” Ele
começou a se mover novamente.
Dustin estava preocupada. Ela sabia que Kraven faria o
melhor para proteger a irmã dela e que Bat não era um
desleixo em proteger de volta. Mas ela realmente não podia
ver como esse relacionamento poderia funcionar. Bat teria
que lutar com Kraven a cada passo do caminho e teria um
grande colapso quando ele explicasse tudo o que ela teria
que abdicar para poder ficar com ele tinha que dar isso se
sua irmã permitiu-lhe chegar tão perto dela. Ela tinha
jurado nunca mais amar um homem novamente depois de
ter seu coração partido.

Seu coração derreteu quando ela olhou para Drantos.


"Não vou ir a lugar nenhum."
Ele parou na porta da frente de sua cabana, seus olhos
azuis escuros alargando.
"O quê"?
"Você me ouviu?"
"Eu não sou surda. Não vou te deixar. Eu te amo. Eu
não sou tão ligada a minha antiga vida como Bat é.”

373
Um sorriso curvou seus lábios, lembrando-lhe o quão
bonito ele era. "Eu não disse isso em voz alta. Eu pensei
nisso. Você pegou meus pensamentos. Você pode me
ouvir." Ele fechou a boca.
Choque rasgou através dela. Ele não tinha falado a
última parte, mas ela tinha ouvido como se ele tivesse. Sua
voz tinha sido tão alta e clara.
Drantos baixou de joelhos na frente dela. "O vínculo está
formado! Nós estamos oficialmente acasalados."
Ela tentou pensar em direção a ele,
cuidadosamente, tentando projetar cada palavra sem
mover seus próprios lábios.
Um estrondo profundo de uma gargalhada respondeu
antes em seus pensamentos.

"Não, Dusti. Só as coisas que você projetar e quiser


compartilhar com seu companheiro virá através da ligação.
Eu não vou ouvir seus pensamentos, a menos que você
projete-os. Você vai aprender a controlar isso. Eu não vou
invadir sua privacidade."
"Mas há poucos minutos atrás não pudemos fazer isso."
"O vínculo só se encaixou no lugar. Dividimos sexo e
sangue. Nossas emoções estão envolvidas. Meu sangue e o
seu já começaram a tomar posse um do outro. Este é um
acasalamento verdadeiro."
O olhar dela baixou para frente de seus jeans. "Isso
significa que não consegue levantar por outras mulheres
agora?"
"É a primeira coisa que você pensa sobre o
acasalamento?" Ele balançou a cabeça, olhando se
divertindo. "Sim, é isso que significa."
"O que mais vai mudar?"
Ele lançou mão para abrir a porta da cabana, pausando
o suficiente para ela entrar primeiro. Ele jogou suas roupas
novas sobre a mesa perto da entrada, usadando sua bota
para bater a porta fechadando-a e agarrou-a antes que ela
374
pudesse fazer mais do que o suspiro. Quase correu com ela
para seu quarto.
"O que está fazendo?"
Ele a colocou na cama. Seu corpo foi envolvido pelo
colchão macio e ela ficou boquiaberta quando Drantos
rasgou a sua roupa. Ele quase caiu quando ele inclinou-se
para arrancar suas botas. Ela riu e levantou-se nos seus
cotovelos para vê-lo. O olhou se divertindo quando seu
olhar encontrou o dela ele se endireitou. Os olhos dele
brilhavam.
"Não faça essa hipnose de merda comigo."
Ele balançou a cabeça. "Não posso mais. Você é minha
companheira. Não funcionaria. Só não posso esconder meu
desejo por você por mais tempo. Você sabe o que eu sou,
Dusti. Meus olhos ficam assim quando estou muito
excitado."
"Por que você tentaria manter isso em segredo?"
"Eu queria que seus sentimentos por mim fossem
construídos e eu pensei que seria mais fácil para você se
não tivesse constantemente te lembrando de como nós
somos diferentes. Somos compatíveis de todas as maneiras
que importam."
Era meio doce e ela compreendeu por que ele pensaria
dessa forma. "Eu vejo."
Ela baixou o olhar para baixo de seu corpo musculoso,
incrivelmente sexy... Até que ela parou com a visão de seu
pau rígido esticado para fora em direção a ela. Seu corpo
respondeu imediatamente. Os mamilos dela endureceram e
a umidade entre suas coxas começaram.
"Abra sua mente para mim." Inclinou-se mais para
alcançar o resto de roupas que estavam na cintura dela,
puxou-as para baixo de seu corpo e arrancou todas as três
camadas de meias dos seus pés. "Você irá adorar essa
parte de sermos companheiros. Pelo menos eu acho que
nós dois vamos. Já ouvi o suficiente sobre isso e sempre
tive inveja da idéia de algúem ser capaz de ligar-se assim
outra pessoa."

375
Dusti sentou-se e arrancou a camisa atráves da cabeça
dela. Conhecia aquele olhar respirou fundo, estraguei tudo.
Ela não tinha certeza de como fazê-lo, mas ela
mentalmente empurrou seus pensamentos em direção a
ele.

O joelho dele tocou a cama


"O que..." Sua boca estava fechada e ela tentou pensar
as palavras dela novamente.

Ela concordou. Seu coração acelerado, mas ela


espalhou as coxas.
Drantos se abaixou perto do estômago dela na cama, as
mãos deslizadas para baixo do traseiro dela, ele trouxe os
quadris dela mais perto da boca dele. Seus olhos pareciam
brilhar mais, virando um néon-azul que deixou ela em
transe.
Seu rosto mergulhou, seus
polegares abriram seus lábios vaginais, e a língua dele
traçou o clitóris dela.
Prazer disparou através de Dustin — mas não foi apenas
a parte dele provocando o clitóris dela. Confusão a cegou
no instante em que ele lambeu os lábios. Uma fome se
apoderou dela; um sabor maravilhoso encheu seus
sentidos, como se ela tivesse comido algo fantástico. Sua
paixão aumentou quando ele a levantou ficou com os
cotovelos no colchão apoiados segurando ela dessa forma.
Ela caiu sobre a cama, chorando quando seu sexo parecia
palpitar latejar de prazer.
"Oh meu Deus," ela gemeu. "Estamos ligados, não
estamos? Sinto o que você faz."
Ele rosnou contra o clitóris, as vibrações arrematando
em suas sensíveis terminações nervosas, aumentando seu
desejo, e suas paredes vaginais se contrairam forte. O
martelamento no sexo dela parecia correr para seus
ouvidos, seu corpo contorcia-se sob a boca e os dedos dele
Ela arranhava a cama só para se segurar em algo.
376
Drantos tirou a boca do clitóris dela, subiu em seu corpo
com os olhos abertos. Ela sabia que ele estava desesperado
para estar dentro dela, o quão apertado às bolas dele
estavam com pura necessidade de fodê-la. O pau dele
cheio de sangue, até que a pele parecia pronto para
estourar com a pressão. Ela espalhou suas coxas mais
amplamente para ajudá-lo a entrar dentro dela. Ela quase
se afogou nas emoções fortes de sua necessidade e da dela
própria. Ele não usava as palavras, mas o pensamento, ela
entendia tudo.
No segundo em que a coroa do pau dele encostou em
seu sexo, ambos gemeram novamente. Ela sabia o quão
quente ele estava sentindo ela, como o cheiro de sua
excitação preenchendo o nariz dele e como ele se sentiu
quando a apertada entrada do seu corpo se envolveu em
torno dele.

Dustin se mexeu freneticamente e as mãos dela


avançando para agarrá-lo. Ela podia sentir as unhas dela
afundando nos ombros dele, como se fossem seus próprios
ombros. Prazer e uma ligeira picada de dor lhe fez arquear
para trás e suas pernas envolveram a volta das coxas dele.
Ela podia sentir seus calcanhares deslizando contra ele.
Ele hesitou, e ela sabia que ele se preocupava se as
sensações poderiam ser demais para ela. Ele não queria
apressar as coisas, para fazê-la sentir muito, muito rápido.
, ela exigiu.
Ele pressionou para frente e ela gritou
em voz alta com a sensação de sua carne quente e lisa
deslizando em seu pau latejante. Foi incrível, como os dois
sentiam tudo o que o outro sentia de como ele esticou os
músculos dela de como ela se apertou firme em torno de
cada polegada de seu pau enquanto ele pressionava mais
fundo.
Moveu-se, rápido e furioso, fora de controle. Como Dusti
queria que ele fosse. Seus corpos moviam-se juntos,
batiam freneticamnte um corpo no outro, o arrebatamento

377
contagiou os dois. Cada pulsar de seu pau, cada tique do
seu sexo em torno do pau dele inchado a fizeram ficar fora
de controle. O êxtase se tornou um ser vivente entre eles
que os trancou juntos.
Ela engasgou quando começaram os primeiros tiques do
seu clímax e ele rugia em cima dela. Ela gritou quando o
sêmen quente dele esguichou da ponta do seu eixo. Ela não
só o sentia dentro de seu ventre, mas também sentia tudo
inundando dentro dela. A mente dela soprava a intensidade
de sua libertação dele juntamente com a sua própria. Uma
névoa branca de deleite afogou-a até que ela,
eventualmente, veio à tona e eles deitaram balbuciando,
ofegantes duros na cama.
Drantos caiu em cima dela, mas só o suficiente para o
lado para não esmagá-la sob seu peso. Abriram os olhos e
um sorriso se espalhou para o rosto dela. Ela podia sentir
cada pequeno pulso de seu pau e como ele amoleceu um
pouco, aliviando a pressão dentro dela.

Drantos riu e levantou a cabeça. Ela sabia que ele queria


gemer quando ela forçou seus corpos para oferecer um
suporte a mais, de um jeito que seu corpo permaneçia
esparramado em cima do companheiro até que ele pegasse
fôlego suficiente para levá-la novamente, mas ele queria
ver a cara dela. Ele pensou que ela era a visão mais bonita
que ele já tinha visto e olhando nos olhos dela o fez
acreditar que ele olhou para o céu. Ela tinha se tornado sua
vida, seu mundo inteiro, e ele a amava com sua própria
alma.
"Eu sei", ele sussurrou. "Você sente o mesmo sobre
mim. Somos companheiros."
"Estou tão feliz que você entrou na minha vida."
Lágrimas cegaram os dois e Drantos riu. "Duhh. Você
vai me fazer chorar também.” Encontrei uma coisa ruim
nisso.
Ela riu com ele. "Ainda bem que eu achei um homen
sensível e quente."

378
"Estou aliviado de saber ". Seus lábios cobriram a boca
dela.
Dusti gemeu Desejo
inflamou-se nos dois.

Drantos riu contra seus lábios.


"Isso vai dar certo."
"Nós vamos fazer isto dar certo."
Dusti não tinha certeza... Como ela iria se encaixar em
seu clã, mas não queria partilhar isso com ele. Drantos deu
outro beijo nos seus lábios. "Você está projetando. Não
quero ouvir seus pensamentos, mas vai ficar tudo bem."
"É uma maneira tão desconhecida para viver. Suas
regras e o mundo são tão diferentes do meu."
"Ele se tornará seu. Você é uma VampLycan, Dusti. Só
lhe foi negado o conhecimento de sua herança."
Ela sentiu a raiva vindo através de sua ligação. "Isso
irrita você?"
"Eu teria te encontrado mais cedo se você tivesse sido
criada em clãs."
"O que teria sido de minha mãe se ela tivesse vivido
com Decker, ou se ela tivesse sido forçada a acasalar com
Aveoth." Ela estremeceu um pouco, lembrando o guerreiro
feroz e intenso. "Ele poderia ter sido meu pai. Quão
assustador é isso? Imagine ter que enfrentá-lo em cada
reunião de Natal. Falar de um parente do passado.”
"Ele não teria sido capaz de ter filhos com ela."
"Porquê?"
"Gárgulas odeiam vampiros a um nível extremo. Somos
meio-vampiro, mas ainda não somos totalmente sangue
puro. GarLycans tendem a evitar o acasalamento com os
mestiços porque temos sangue de vampiro."
"Mas ele era viciado em sangue. Eu não entendo."
"Eu também não sei, mas seria uma afronta ao seu clã
se ele tivesse filhos com sangue de VampLycan em suas

379
veias. É aceitável na sua cultura ele te-la como amante,
mas nada mais. Ele também teria que deixá-la para
encontrar uma companheira ou encontrar um GarLycan
disposto a criar seus filhos sem o companheiro de vínculo."
"Isso é tão estranho e confuso ainda. E quanto à mulher
que ele tomou como amante? Ela só teria que ignorar olhar
para ele transando com outra pessoa para ter um bebê?"
"Sim".
"Isso é tão errado."
"Concordo, mas è assim que vivem."
"E se ele quisesse acasalar com sua amante?"
"Ele teria um inferno de uma briga nas mãos para
manter o controle de seu clã se ela tivesse sangue de
vampiro em suas veias. Iriam querer que ele desistisse. E
se ele não amasse a mãe de seus filhos. Não é um
requisito, mas um VampLycan, seria ofensivo para seu clã
ter ele ligado a ela. Daria um status que nenhum deles
gostaria que ela tivesse. "
"Isso é tão confuso. Eles são amigos de VampLycans,
certo?"
"É complicado".
"Descomplica para mim."
"Eles estão dispostos a unir forças com a gente, mas
não somos considerados totalmente iguais."
"Não admira que minha mãe fugiu para evitar esse tipo
de destino. Eu só queria que ela tivesse dito a verdade."
“Eu digo." "Fico pensando em Decker. Onde ele está, e
Bat e Kraven estarão a salvo dele?”
"Aveoth agora está ciente de quais eram os planos dele.
Decker já não detém a vantagem e o líder GarLycan sabe
que Bat já tem um companheiro. Sua irmã vai ficar bem.
Decker quer que ela viva, então ele não fazer mal a ela se
encontrá-los. Na pior das hipóteses, ele iria entregá-la para
Aveoth e ele só iria mandá-la para nós. Ele sabe que ela
tem um companheiro e ele tem honra. Eu estou mais
preocupado com o Kraven. Ele nunca lhe permitiria que a
levasse sem perder sua vida primeiro."

380
"Só queria que pudessemos ajudá-los."
"Kraven é mais do que capaz de sobreviver e
permanecer sob o radar. Ele vai voltar quando ele se sentir
seguro para trazer sua companheira para casa. Tenha fé.
Eu tenho." Ele acariciou a pele dela. “Deixe-me distrair
você das preocupações”.
Ela sorriu. "Amo quando você me toca."
"Eu amo tudo em você.”

381
Capitulo Dezesseis
Dusti parecia uma turista que tinha perdido sua
bagagem. Ela olhou para suas roupas mal ajustadas que
comprara na loja de Peva.
Nada sobre o evento daquela tarde era familiar. Eles
estavam em uma clareira com bosques que o rodeavam e
três grandes fogueiras queimando. Um bando de estranhos
circulava. Os homens eram todos musculosos e grandes, a
maioria de calças jeans e regatas. As mulheres eram altas
e pareciam ter um estilo de quanto menos, melhor. A
maioria delas usava vestidos de verão com costas abertas
ou sarongues.
"Sim. Estou totalmente me encaixando." Dusti
murmurou.
"Todo mundo sabe que você teve que comprar roupas
temporárias."
"Como se eu fosse andar por aí com nada além de uma
toalha fina enrolada no meu torso."
Ele levantou as sobrancelhas.
"Sarongues. É basicamente isso que eles são."
Um sorriso curvou os lábios dele. "Você ficaria sexy em
um."
"Com a minha sorte, ele ia soltar e eu o deixaria cair."
“Eu ia gostar disso.”
"Eu quis dizer na frente de todo mundo."
Drantos colocou seu braço ao redor dela. "Basta ser
você mesma e relaxar. Você está nervosa."
"Obrigada por não dizer que ninguém vai estar me
julgando. Eles vão totalmente".
“Nós podemos ir embora.”
"Sim. Certo. E falhar com minha nova sogra? Não,
obrigada. Ela meio que me assusta. Apenas certifique-se

382
que eu não acabe assada em uma dessas fogueiras. Qual o
gosto de carne de alce, afinal?"
"Você vai gostar."
"Espero que sim. Seu clã consegue realmente comer
dois deles? Eu pensei que eles pesavam uma tonelada."
"VampLycans podem comer cerca de seis vezes o que
um ser humano pode, e nós realmente somos vorazes em
uma festa. Pense nisso como o seu feriado de Ação de
Graças, só que nós fazemos isso mais frequentemente."
"Não é à toa que vocês são todos tão grandes."
"É preciso uma grande quantidade de energia para
mudar. Nós também somos naturalmente musculosos."
"Você quer dizer mega-musculosos."
Ele sorriu. "Sim. Relaxe. Você é muito faladora."
Ela selou seus lábios. Ele estava certo. Ela tinha uma
tendência a balbuciar quando ficava ansiosa. Ele só tinha
uma maneira mais agradável de dizer isso. Ela se agarrou a
mão dele enquanto caminhavam para a clareira. As pessoas
olhavam para ela e alguns até pararam de falar. Ela resistiu
ao impulso de ficar de boca aberta e se encostar em
Drantos. Isso a faria parecer fraca. Ela levantou a cabeça e
cerrou os dentes.
Relaxe, Drantos pensou para ela.
Estou tentando.
Velder veio até eles primeiro. Era sua maneira de deixar
o clã saber que ele aprovava a companheira do filho.
Drantos lhe dissera o que esperar. Ela inclinou a cabeça
para mostrar respeito ao líder do clã.
Ele estendeu a mão e tocou o ombro dela com as pontas
dos dedos. "Estou feliz que vocês vieram." Ele tocou o
ombro de Drantos, depois recuou. "Deixe-os vir até você,"
ele sugeriu a voz quase um sussurro.
“Deixa comigo.” Drantos murmurou.

383
Velder girou para longe, voltando para os homens com
quem estava falando antes deles chegarem. Dusti olhou em
volta, procurando Crayla.

Dusti assentiu. Peva andou a passos largos em direção a


eles com um homem alto e bonito ao seu lado. Ela
adivinhou que era o companheiro da mulher. Eles pararam
e Drantos falou.
"Olá, Peva. A noite está agradável."
"Está. Dusti, este é Maku. Meu companheiro” confirmou
Peva.
"É bom conhecer você." Dusti sorriu.
Ele tinha sérios olhos escuros e suas narinas inflaram.
"Você tem um cheiro totalmente humano."
Peva lhe deu uma cotovelada. "Eu te falei isso."
"Sem ofensa." Maku olhou para Drantos. "Você tem
certeza de que ela carrega qualquer linhagem?"
"Sim. Ela é parte VampLycan. Sua mãe era uma de
nós".
Ele a olhou de cima a baixo. "Entendo."
Peva lhe deu uma cotovelada novamente. "Pare com
isso." Ela piscou para Dusti. "Perdoe-o. Ele tem mais de
duzentos anos e fica um pouco mal-humorado quando se
trata de humanos. Ele se lembra de quando usaram lanças
afiadas para persegui-lo quando era jovem. Ele gostava de
vagar no território deles."
O grandalhão resmungou baixinho. "Isso não é
engraçado."
Peva riu. "Ele também devia apreciar quando alguém
encontra seu companheiro já que ele teve que esperar
tanto tempo para me encontrar. Ele observou gerações
nascerem e crescerem antes de eu ser trazida a este
mundo".
Dusti tentou evitar que sua boca caísse aberta.

384
"Eu tive que correr atrás dele." Peva se virou para seu
companheiro, abraçando sua cintura. "Ele pensou que
deveria me dar mais alguns anos para amadurecer desde
que ele era muito mais velho. Eu sabia que ele era meu
quando eu tinha dezesseis anos, mas esperamos para
acasalar até que eu tivesse a idade de consentimento".
"Isso é dezoito anos, certo?"
"Sim. Algum idiota fez essa lei." Peva revirou os olhos.
"Diga isso para uma adolescente com tesão quando ela
quer um cara e sabe que ele é dela. Ele teve que deixar
nossa aldeia quando eu entrei no cio, porque eu iria até sua
casa e subiria em sua cama. Eu disse a ele que se tocasse
outra pessoa enquanto ele estivesse no cio, eu iria caçá-los
e matá-los, desde que eu era a mais disposta a quebrar a
lei para estar com ele. Meu Maku não é de quebrar regras".
"Eu sou um executor. Como isso pareceria?"
Peva revirou os olhos e suspirou. "Foram dois anos de
inferno." De repente, ela sorriu de novo. "Pouco antes da
meia-noite no último dia do meu décimo sétimo ano, eu
peguei minhas malas prontas e corri para casa dele. Eu
cheguei lá cerca de um minuto depois de fazer dezoito. Ele
me conhecia tão bem. Que ele tinha a porta aberta e
estava esperando na varanda".
Seu companheiro riu. "Você tinha me avisado que faria
isso."
"Como se você não tivesse ficado feliz com isso."
"Eu fiquei. Foi um inferno para mim também.
Especialmente quando eu chegava a casa depois de você
ter estado no cio e encontrava o seu perfume em toda a
minha casa - e você sempre deixava seu vibrador no meu
criado-mudo. Você o deixou lá de propósito para eu
encontrar. Você me fez entrar no cio. Porém, eu nunca
toquei outra mulher, depois que soube que você era minha.
Eu tive que sofrer sozinho."

385
"Vingança é uma cadela." Peva o abraçou mais apertado
e focou sua atenção em Dusti. "Eu sei que vai ser difícil
para você se adaptar à vida aqui, mas lembre-se que nós
somos pessoas. Não deixe ninguém te intimidar. Esse é o
lado positivo de ser acasalada com um executor. Ninguém
ousará tocar em você ou ser excessivamente cruel. Eles
sabem que seu companheiro fará com que eles se
arrependam. Maku foi um dos nossos instrutores de
combate, quando eu era uma adolescente. Havia um
menino que queria me pegar, então ele tinha planejado vir
atrás de mim quando eu estava no cio, pensando que eu
poderia aceitá-lo já que Maku me evitava."
Maku rosnou profundamente.
Peva assentiu. "Você o fez repensar isso, não é?"
"Aquele filhote maldito pensou que poderia tirar o que
era meu, enquanto você estava vulnerável."
Drantos riu. "Eu lembro. Você levou-o com você quando
ela entrou no cio e amarrou-o em uma caverna. Até hoje
ele odeia pequenos espaços fechados. Ele é um lutador
muito bom, desde que você o dilacerou no treinamento."
"Eu gostava do meu trabalho especialmente dessa vez."
Os olhos de Maku ficaram mais intensos, brilhando um
pouco. "Ele nunca olhou para ela novamente."
"Ele nem sequer fala comigo e ainda muda de direção
quando cruza meu caminho." Peva riu. "Ele está com medo
do meu Maku."
"Ele queria você. Eu nunca vou esquecer isso."
Peva levantou-se na ponta dos pés e beijou a bochecha
dele. "Eu sou toda sua. Não vá bater nele em nome dos
velhos tempos. Você tem aquele brilho em seus olhos." Ela
olhou para Dusti. "Basta ser quem você é. Nosso clã está
curioso sobre você. Basta mostrar-lhes que você nos aceita
e eles vão fazer o mesmo."
Maku assentiu. "Eles estão todos preocupados que você
vai gritar ou chorar. Não faça isso." Ele olhou para Drantos.

386
"Você deve ensiná-la a lutar. Eles a respeitariam mais
rápido se ela pelo menos tentasse aprender os nossos
costumes. Deixe-me saber se você precisar de ajuda. Vai
ser difícil para você ser o único a treiná-la. Eu sempre pego
leve com Peva, já que é impossível machucar a pessoa que
é sua. Eu tive que permitir que outro treinador trabalhasse
com ela e ir embora durante as sessões. Caso contrário,
meus instintos me faziam querer atacá-lo para protegê-la".
"Obrigado." Drantos estendeu a mão e tocou o ombro do
macho. "Eu aprecio isso e talvez aceite."
"Venha nos encontrar quando a gente estiver comendo."
Peva acenou. "Isso vai ajudar muito. O clã vai saber que
nós dois a aceitamos você".
Maku inclinou a cabeça. "Vejo você em breve". O casal
se afastou para conversar com os outros.
"Eles são legais." Dusti apertou a mão de Drantos.
"Eles não são. Essa é a questão. Maku é um dos nossos
executores mais temidos e Peva pode ser um terror. Eles
querem que a gente coma com eles para enviar uma
mensagem."
"Que eles gostam de mim?"
"Mexa com você e isso vai irritá-los."
"Oh. Bem, isso ainda é bom."
Drantos sorriu. "Estou feliz que você pense assim. Peva
é como família. Eu não estou surpreso com sua oferta, mas
não sei como ela conseguiu convencer abertamente Maku a
aceitar você tão rapidamente. Ele realmente não gosta de
humanos."
“Ele a ama.”
“Sim, ele ama.”
"Ele é realmente tão velho? Eu diria que ele tem cerca
de trinta e um anos, talvez. E só porque ele é tão alto e
grande."
"Ele é da primeira geração."

387
"E você?" Ela tinha medo que ele dissesse que também
era. Isso significaria que ele tinha quase a idade de Maku.
"Segunda geração. Meu pai da primeira geração." Ele
parecia estudar seus olhos. "Você quer que eu te diga
minha idade agora?"
"Eu não sei se estou pronta para isso."
"Se isso ajudar, o meu pai não era o que você
consideraria jovem quando ele conheceu minha mãe. Ele já
tinha tomado posse do nosso clã."
"Ok. Apenas diga o número aproximado." Ela se
preparou, observando-o de volta.
“Oitenta e poucos.”
Ela teve que forçar seus pulmões a trabalhar. Ele não
parecia tão velho. Nem mesmo perto.
"Como você se sente sobre isso?"
Ele sondou sua mente. Ela podia sentir isso agora. Foi
como um toque suave contra seu crânio. Ela tentou se
proteger e isso parecia funcionar. Um pensamento a atingiu
e a fez sorrir. "Posso te chamar de meu velho?"
Drantos suavemente rosnou e baixou a cabeça, roçando
um beijo em seus lábios. Diversão se mostrava em seus
olhos. "Não."
"Kraven é mais jovem do que você?"
"Por dois anos."
"Oh. Espero que Bat leve bem a informação".
"Ele não vai dizer a ela até que esteja pronta para
ouvir." Drantos a puxou para mais perto. "Você está
pirando? Eu sei que você gosta desse termo."
Ela balançou a cabeça. "Não. Estou feliz que você não
tem centenas de anos de idade. Vê? O lado bom."
"Estou feliz."
"Eu também. Então é só você e Kraven? Não há mais
irmãos dos quais eu não saiba?"
"Meus pais só tem dois filhos."

388
"Estou surpresa que não haja mais crianças,
considerando como seus pais parecem jovens e faz muitos
anos desde que eles tiveram você e seu irmão."
"Foi um momento muito calmo em nossa história
quando meus pais acasalaram. Eles queriam crianças
imediatamente, então eles tiveram Kraven e eu. Houve
problemas com Decker após o nosso nascimento. Eles
decidiram parar de ter filhos até a ameaça acabar".
“Que problemas?”
"Alguns assassinos de seu clã tentaram matar os outros
três líderes de clãs. Eles falharam e perderam suas vidas.
Meu pai disse que acordou quando alguém entrou em nossa
casa e ele atacou o bastardo quando ele veio pelo corredor
na direção dos quartos. Ele não estava certo, se o
assassino estava lá para matá-lo ou sua família. Ele ligou
para os outros líderes para dizer-lhes o que aconteceu, só
para descobrir que os outros dois tiveram a mesma
experiência. Eles confrontaram Decker, preparados para
que ele escolhesse um deles para lutar até a morte. Mas o
covarde jurou que seu povo tinha agido por conta própria.
Não havia nenhuma prova do contrário então eles tinham
que deixá-lo ir. Ele alegou que eles eram membros infelizes
que deveriam querer ter seus próprios clãs quando eles
deixassem o seu".
"Foi quando ele começou a querer assumir o controle de
todos os clãs?"
Drantos assentiu. "Foi o início do problema. Ele fazia
pequenas coisas irritantes, como testar as fronteiras para
ver se elas estavam bem protegidas. Meu pai e os outros
clãs precisavam assistir todos os movimentos dele. Meus
pais podem ter mais filhos no futuro, mas apenas se
decidirem que é seguro. As mulheres são mais vulneráveis
durante a gravidez e logo após, quando estão cuidando dos
mais jovens. Ele quer que ela seja capaz de lutar e se
defender com sua capacidade total, se for necessário."

389
"VampLycans têm controle de natalidade?"
Ele assentiu. "É uma coisa Lycan que a maioria de nós
herdou. As mulheres podem entrar no cio, sem deixar os
óvulos férteis. Elas só podem engravidar quando querem
que seus corpos façam isso."
"Isso é estranho, mas legal. Como você impede seu
corpo de engravidar?"
Drantos fez uma pausa em seus pensamentos. "É difícil
de explicar. Quando eu estou em perigo, eu faço minhas
garras crescerem para me proteger. Meu corpo apenas
reage instantaneamente. Eu mudo e minhas presas
descem. Com as mulheres Lycan, é parecido, mas elas
podem dizer a seus corpos quando está tudo bem para
engravidar e quando não está."
“Controle de natalidade natural.”
"Exatamente." Ele olhou para cima, olhou ao redor, e
depois segurou o olhar dela novamente. "Eu posso sentir
meu pai olhando para mim. Ele provavelmente está irritado
que nós estamos conversando e não se concentrando em
fazer contato visual com outras pessoas para incentivá-los
a se aproximar."
“Ok. Vamos fazer isso.”
De repente, ela teve outro pensamento e parou quando
ele começou a levá-la a um grupo de pessoas.
Ele virou a cabeça. "O que?"
"Eu sou mais humana. O que isso significa para nós? Eu
não posso ordenar ao meu corpo para fazer isso. "
Ele hesitou antes de responder. "Você teria que estar
ovulando... e gravidezes acidentais já ocorreram com
humanos."
Ela processou aquilo.
"Falaremos sobre isso mais tarde", ele sussurrou.
Ela tinha uma centena de perguntas, mas Drantos a
levou para mais pessoas do povo dele. Eles pareciam
cautelosos em sua abordagem, mas ela tentou evitar

390
parecer tão nervosa quanto se sentia. Era importante que
ela fizesse amigos.

Drantos sentiu grande orgulho. Dusti mascarou bem seu


medo. Ele não podia cheirá-lo, mas sentiu vestígios através
de seu vínculo. Ela tinha sido apresentada a quase todos os
presentes. Ele sabia que seu povo não estava certo sobre
ela, mas eles foram educados. Quando sua mãe entrou na
clareira com o seu grupo, carregado comida, ele levou Dusti
para Peva e foi ajudar. Ele odiava sair do lado dela, mas
sabia que ela ia ser bem cuidada.
"Como vai?" Sua mãe procurou pela clareira até que
avistou Dusti. Os vincos em seus traços suavizaram. "Ela
está com Peva. Bom."
"Vamos comer com eles."
"Você lutou com Maku para que isso acontecesse?"
"Não. Peva fez sua magia de companheira."
Sua mãe riu. "Ah. Isso sempre funciona. Agora você tem
uma companheira ela vai ser capaz de fazê-lo ver a razão
também. É impossível permanecer teimoso quando a
pessoa que você ama espera compromisso. Você vai querer
dar isso a ela."
“Você leva meu pai pelo nariz. 18”
Ela riu. "Não é essa parte do corpo que eu pego quando
eu quero que ele me siga."
"Eu estava tentando ser educado."
"Suas maneiras já melhoraram. Eu gosto de ver este seu
novo lado".
Drantos esquadrinhou a área novamente e baixou a voz.
"Obrigado, por me apaior com o papai. Eu sei que isso não
é fácil para você também, como minha mãe."
________________________
18-
No original “You lead Dad around by his nose.”, é uma expressão que quer dizer
controlar alguém decidi traduzir ela literalmente para que a próxima frase tenha
sentido.

391
Ela se aproximou e estendeu a mão, colocando a mão
em seu ombro. "Ela não é a companheira que eu teria
escolhido para você, mas esse não é o nosso jeito.
Você sentiu alguma coisa por esta Dusti e o vínculo estava
lá quando você a tocou. Sou grata que você a encontrou e
não teve que se contentar com menos. Isso acontece e é
sempre triste de ver. Isso teria quebrado meu coração.
Você merece uma companheira verdadeira, e o amor que
vem com ela."
"Papai está preocupado que os nossos filhos serão
fracos. Tentei dizer a ele que não vai acontecer, mas eu
posso ver que ele ainda está apreensivo."
Ela soltou e acenou com a mão no ar, um gesto para
indicar que ela não estava preocupada.

"Desde que sejam saudáveis e me dê muitos netos. Isso é


tudo que eu peço. Sua linhagem é forte e ela não é
totalmente humana. Eu tenho fé que tudo vai ficar bem."

“Obrigado.”

"Você precisa falar com ela sobre como a vida aqui é


diferente do mundo de onde ela veio. Um dia seu pai vai
querer entregar a liderança a você. Isso significa que você
vai precisar que ela seja forte ao seu lado. Eu sei que você
poderia lidar com isso sozinho, mas as mulheres preferem
ser tratadas por outra mulher."
"Elas iriam ferir ou até mesmo matá-la se ela lutasse
contra uma de nossas mulheres."
"Ela não vai ter que fazer as coisas do meu jeito. Eu
coloco mais a mão na massa do que as companheiras de
outros líderes de clãs. Gosto de uma boa luta. Ensine ela
como ganhar o respeito e a violência nunca será
necessário." Ela fez uma pausa. "Você disse que ela é mais
vampira do que Lycan?"
“Sim.”
“Isso é uma pena.”

392
“Por quê?”
"Seria possível se ela carregar sua prole por vezes
suficiente para que pudesse ativar os traços Lycan, se fosse
o mais forte dos dois. Isso teria significado que ela tinha
uma chance de mudar no futuro."
"Ela precisa de meu sangue, às vezes."
"Ela tem presas?"
“Não.”
De repente, ela sorriu. "Ela poderia usar sua habilidade
de beber sangue como arma se ela tivesse. Ele iria
enfraquecer seus oponentes se ela os mordesse, ao mesmo
tempo em que ficaria mais forte."
"Eu não quero que minha companheira tenha que fazer
isso."
"Vamos discutir isso mais tarde. É hora de cozinhar. Vá
para sua Dusti e mostre ao nosso povo o seu amor por ela,
e o dela por você. Ninguém ousará ir atrás dela. Eles teriam
que lutar com você." Ela piscou. "Ninguém em nosso clã é
tão estúpido assim."
Ele chegou ao lado de Dusti e estava prestes a se
sentar, quando um movimento no canto de seu olho
chamou sua atenção.
Marna correu para a clareira, os olhos arregalados, e a
criança parecia estar com medo. Ela acenou com os braços,
também sem fôlego para falar.
Drantos endireitou-se e correu para ela. Ele foi o
primeiro a chegar à garota de sete anos de idade.
“O que foi?”
Ela apontou em direção à cidade. "Problema", ela
ofegava.
Ele se agachou, agarrando suavemente os braços finos.
"Calma e nos diga o que está acontecendo."
A menina ficou sem fôlego suficiente para falar. "Um ser
humano parou na cidade. Ele viu um de nós correndo em
forma animal e Lake não foi capaz de limpar a memória

393
dele. O ser humano quer chamar os soldados do estado
para denunciá-lo e veio para usar o telefone da loja. Lake
está atrasando ele para que não vá a outra cidade para
usar o deles."
Mais de um de seu clã tinha rodeado eles, incluindo
Dusti. Ele a sentiu bem atrás dele. Seu pai rosnou baixo.
"Lake é um dos nossos mais fortes com mentes
humanas. O ser humano deve ser imune. Precisamos
impedi-lo de contar a ninguém o que viu ou outros virão
para investigar. O nosso clã estará em risco. Eu preciso
matá-lo."
Dusti engasgou. "O que?"
Drantos soltou a menina, levantou-se e encarou-a. "Não
há escolha, Dusti. Meu pai está certo. Lake é da primeira
geração com fortes traços de vampiro. Ele teria apagado a
memória do homem e lhe dado uma nova, se fosse
possível. Não podemos permitir que este humano diga aos
outros o que ele viu. Mais deles viriam."
Ela fez uma careta. "Você não pode simplesmente matar
alguém. Ele pode ter uma esposa e filhos. Tenho certeza
que ele tem família."
"Precisamos ficar seguros."
"Ela é humana", murmurou alguém. "Ela está se aliando
com eles."
Drantos rosnou, olhando para os homens ao seu redor
para identificar a fonte. Encontrou-o e mostrou presas. O
homem deu um passo atrás, de mau humor. Drantos olhou
para Dusti.
"Esta é a nossa casa. Nossas crianças brincam aqui.
Caçadores viriam. Nós já vimos isso acontecer antes. Em
1971 alguém relatou ter visto um de nós e pensaram que
era um pé grande. Um grupo de caçadores bêbados invadiu
o território do clã por meses. Quatro VampLycans foram
baleados, um quase morreu. E se tornou mais fácil
compartilhar histórias agora. Todos aqueles humanos

394
vieram de uma cidade. Imagine o que aconteceria se eles
usassem a internet. Eles poderiam vir do mundo todo. Não
podemos permitir que este humano conte aos outros. Você
entende?"
“Eu entendo.”
"A lei para proteger nosso segredo do mundo existe por
uma razão."
Dusti assentiu. "Entendi. Mas me dê uma chance com
ele."
"Você não pode limpar a mente dele."
"Eu não preciso. Apenas deixe-me falar com ele. Se eu
não puder convencê-lo, ele é todo seu. Entendi."
"Você não pode dizer a verdade a ele."
"Eu não faria isso." Ela olhou para ele de uma forma que
apertou seu peito. "Por favor, deixe-me falar com esse
cara. Eu acho que sei como lidar com essa bagunça."
“Ele viu um de nós.”
"Eu sei. Leve-me até esse cara. Eu tenho um plano."
“O que é?”
"Eu preciso descobrir o que ele viu e dar uma olhada
nele." Ela estendeu a mão e agarrou sua mão. "Deixe-me
pelo menos tentar."
"Vamos ver o que ela pode fazer", sua mãe declarou alto
e claro.
Drantos estava atordoado quando ele olhou para sua
mãe. "O que?"
"Ela é humana. Ela poderia saber como lidar com um.
Ninguém deseja matar hoje." Sua mãe cruzou os braços
sobre o peito. "A última coisa que precisamos é de alguém
desaparecido na nossa área. Isso nos causa problemas
também. Vamos ver o que o sua companheira pode fazer,
Drantos."
Ele tinha um sentimento ruim em seu estômago que isso
ia ser um desastre. Ele voltou seu olhar para seu pai.

395
Ele balançou a cabeça, parecendo igualmente sombrio.
"Nós ainda podemos matá-lo depois. Deixe-a tentar. Não
há nenhum mal nisso."
Ele segurou a mão de Dusti e puxou-a em direção
à cidade. "Vamos lá."
Ela tinha quase que correr para acompanhá-lo. Ele
deveria ter se sentido culpado, mas não se sentia. Ele
estava com raiva. Seu pai seguiu, mas o resto do clã ficou
para trás.
"O que você está fazendo?"
Ela não respondeu então ele olhou para ela, usando o
vínculo dessa vez.

A raiva veio dela por meio do vínculo. Ele mesmo sentia


um pouco de raiva.
Ela lançou lhe um olhar feio.

396
Capitulo Dezessete
Dusti entrou na loja com Drantos em seus calcanhares.
Ela viu o visitante imediatamente. Ele estava de pé ao lado
do balcão discutindo com um VampLycan de cabelos
escuros. Era fácil adivinhar quem era quem desde que um
deles era visivelmente bronzeado e grande.
Ela tomou um tempo para pegar uma garrafa de água
do refrigerador antes de abordá-los.
"Eu quero chamar os soldados do estado", reclamou o
forasteiro. "Você é legalmente obrigado a deixar-me ter
acesso a um telefone."
"Senhor", Lake balançou a cabeça, "Eu disse a você. O
telefone não está funcionando. Acontece. Tempestades
fazem isso e nós podemos levar algumas semanas para
consertar."
"O que está acontecendo?" Dusti se aproximou do
estranho.
"Você tem um celular?"
Ela balançou a cabeça. "Não. Desculpa. Eu nem sequer
acho que nós temos sinal de celular por aqui", ela mentiu.
"Você está bem?"
“Eu vi alguma coisa.”
Ela colocou a água para baixo e estendeu a mão. "Eu
sou Dusti. Qual o seu nome?"
"Brad." Ele apertou a mão dela. "Você mora por aqui?
Posso usar seu telefone?"
"O que você viu?"
"Eu não sei. Era uma criatura grande. Eu acho que deve
ser um novo tipo de vida selvagem. Aqui é um lugar
realmente remoto por isso é possível."
Ela mordeu o lábio e estudou-o. Ele parecia um pouco
assustado e animado ao mesmo tempo. "Era tipo peludo,
mas não? Corpo grande? Movia-se muito rápido?"
397
Seus olhos se arregalaram. "Sim!"
Ela sorriu. "Você viu o George."
"Aquilo não era um homem."
"Você está certo. Não é. George é uma espécie de
celebridade por aqui. Ele é um urso com o pior caso de
sarna de todos os tempos. Coitado." Ela se virou e balançou
a cabeça para Lake. "Você está fazendo aquilo de novo, eu
vejo. Mexer com os turistas não é bom."
Ela suspirou e encontrou o olhar de Brad. "Fica chato por
aqui. Deixe-me adivinhar. Ele fingiu que não conhecia o que
você viu? Ou pior, lhe disse que você não viu nada?" Ela
esperava que estivesse perto.
"Sim", confirmou Brad. "Mas aquilo não era um urso."
"Confie em mim. Foi o George. Ele é grande e você pode
ver partes de sua pele. E não restou muito pêlo nele. Ele
fica realmente estranho assim. Alguém até pensou que ele
fosse o Pé Grande uma vez." Ela riu, forçando a expressão
esperando que parecesse divertida. "Ele estava em cima de
suas pernas traseiras e sim, eu pensei que a pobre senhora
ia ter um ataque cardíaco."
“Não era um maldito urso.”
Ela estendeu a mão e acariciou seu braço. "Diga-nos o
que aconteceu."
"Ele estava correndo pela floresta. Eu quase bati meu
carro quando o vi com o canto do meu olho. Ele era grande
e era todo desarrumado com remendos de pelo preto."
Ela assentiu. "Sim, era o George. Cerca de dois anos
atrás, ele mostrou-se nesta área. Ele derruba nossas latas
de lixo e assusta as pessoas que o veem enquanto dirigem
ao longo da rodovia, já que idiotas jogam lixo pela janela
do carro. Nós chamamos isso de lixo, mas George pensa
que é como tocar um sino para o jantar. Todo mundo por
aqui acha que é um distúrbio quando pessoas como você
entram após avista-lo." Ela balançou a cabeça de novo e
apontou para Lake. "Você devia se envergonhar. Deixar

398
este pobre homem pirar por causa desse urso sarnento. Eu
sei que você acha que é engraçado, mas olha como ele está
chateado!"
Lake levantou ambas as mãos e recuou. "Hum,
desculpe?"
Dusti suspirou e voltou sua atenção para Brad. "Para ser
justa, nós não temos TV a cabo aqui. Não há muito para
nos divertir. Teria feito o dia dele se você tivesse deixado a
cidade pensando que viu algum monstro e a notícia se
espalhasse. Ele está sempre esperando que algum turista
pense que viu o Pé Grande novamente e ele faça uma
tonelada de dinheiro com todos os idiotas que apareceriam
à procura de um monstro. Esse é o único posto de gasolina
com loja de conveniência em quilômetros, caso você não
tenha notado. Ele fez uma fortuna da última vez ".
Ela lançou outro olhar para Lake. "Isso não vai
acontecer. Este homem é inteligente demais para cair
nessa merda." Ela se virou para olhar para Drantos. "Isto
tem que parar. Você ouviu o Brad aqui. Ele quase bateu o
carro! É hora de colocar o George para dormir. Seria a
coisa mais humana a fazer. Alguém vai se machucar."
Ela fez um sinal para ele vir para frente. "Brad, este é
Drantos. Ele é uma espécie de prefeito. A cidade não é
grande o suficiente para ter um oficial, mas ele é o homem
no comando."
Drantos inclinou a cabeça. "Olá."
"Vê o que eu venho dizendo? Esse urso fodido é uma
ameaça. Não é uma atração turística. Este homem poderia
ter sido ferido. Eu exijo que você coloque aquele urso para
dormir. Ele tem o pior caso de sarna de todos os tempos e
eu estou cansada dele ficar entrando na minha
propriedade."
Dusti deu um tapinha no braço de Brad novamente,
fazendo contato visual. "O urso louco também gosta de
rolar na lama quando ele fica com calor. Graças a Deus que

399
você não o viu assim. Ele se parece com a criatura do lago
negro ou algo assim. Ele me assustou também, e eu já
sabia que era George uma vez que ele fez isso bem na
frente da minha cabana junto ao rio. Estou feliz por ter
entrado aqui, ou Lake realmente teria te enrolado."
O rosto de Brad ficou um pouco vermelho e ela podia
ver que ele estava chateado. "É realmente apenas um
urso?"
Ela assentiu com a cabeça. "Sim. Ele é um urso ferrado,
para ser justa. Ele está cheio de cicatrizes feias também.
Eu acho que ele bateu em todos os ramos da árvore de
onde ele deve ter caído."
“Vá se foder, cara!” Brad saiu do aperto dela, e olhou
para Lake. “Você é um babaca!”
“Desculpa.” Lake não soava arrependido.
Brad olhou para Dusti. "Obrigado por me dizer a
verdade."
"De nada. E eu vou ter certeza de que George será
sacrificado para que isso não aconteça com mais ninguém.
É o melhor para aquele pobre urso também. Ele tem a pior
condição de pele que eu já vi em um animal.
Provavelmente é doloroso. Vou ficar em cima do prefeito
até que isso aconteça. Eu prometo."
"Obrigado." Brad mostrou o dedo para Lake. "Vá se
foder, cara." Ele se afastou do balcão, dando a Drantos um
olhar desagradável. "Ouça ela. Essa merda não é
engraçada e eu teria processado esta cidade se tivesse
batido meu carro. Você sabe que o maldito urso é um
perigo. Eu nunca vou voltar a este lugar de merda."
Ele saiu e deixou marcas no chão quando arrancou o
carro do estacionamento.
Dusti sorriu para Drantos. "Viu? Você não teve que
matá-lo."
"Eu não consigo acreditar que ele engoliu isso." Drantos
fez uma careta.

400
"É a natureza humana." Dusti deu de ombros. "Foi uma
desculpa plausível para algo que ele viu e não conseguia
explicar. Adicione o fato de que ele pensou que nós
estávamos tentando fazê-lo de idiota e temos um vencedor.
Agora, ele não vai falar sobre um monstro. Ele estará
dizendo que o povo nesta cidade é idiota e para evitarem
este lugar a todo custo. Problema resolvido e ninguém
morreu."
Drantos fechou a distância entre eles e sorriu.
"Entendo."
"Eu não", resmungou Lake.
Dusti virou a cabeça, sorrindo para ele. "Desculpe eu fiz
de você o vilão, mas você realmente se importa que Brad
esteja bravo? Ele se foi e não vai voltar."
Ele balançou sua cabeça. "Eu não vou ter que limpar
sangue."
Aquilo matou seu humor. Ele parecia sério. "Isso é
sempre um bônus." Ela olhou para Drantos. "Ele está
brincando?"
Ele assentiu.
Ela soltou um suspiro de alívio.
"Ele teria quebrado o pescoço dele. Isso não faz
bagunça."
"Você poderia ter deixado a segunda parte de fora",
ressaltou.
Drantos riu. "Eu nunca mentiria para você."
“Fantástico.”
"Então você vai ficar em cima de mim, huh?" As mãos
de Drantos deslizaram pelas costas dela e seguraram sua
bunda. "Estou ansioso por isso."
Ela puxou as mãos de sua bunda. "Comporte-se. Você
não quer chocar o pobre Lake."
"Eu não ficaria", anunciou o balconista. "Eu teria algo
interessante para assistir, mas poderia ser um problema

401
para todos os humanos que entram. Eles podem ficar
ofendidos em ver vocês nus e fazendo isso."
Dusti revirou os olhos. "Essa é a nossa deixa para sair
daqui."
"Tem certeza?" Drantos aprofundou sua voz. "Eu poderia
levar você para os fundos." Ele lançou um olhar feio para o
outro VampLycan. "Você não vai ver a minha companheira
nua. Eu teria que matá-lo."
Eles saíram da loja de mãos dadas, mas pararam assim
que chegaram à linha de árvores. Um grande grupo de
VampLycans esperava nas sombras. Velder avançou.
"Vimos o homem dirigir para longe." Ele manteve seu
foco em Drantos. "O que aconteceu?"
"Aparentemente, temos um urso mutante com um caso
grave de sarna e estamos tentando fazer os humanos
pensarem que viram um monstro para alavancar os
negócios, trazendo mais turistas. Ela castigou Lake
verbalmente na frente do humano por assustá-lo e não
apenas dizer-lhe a 'verdade'." Drantos sacudiu a cabeça. "O
humano engoliu a história, e está chateado. Ele jurou
nunca mais voltar e disse que ele teria processado nossa
cidade se tivesse batido o carro. Dusti prometeu-lhe que
iria sacrificar o urso antes que alguém se machucasse." Ele
fez uma pausa. "Ela me fez prefeito, também."
Os lábios de Velder se contraíram, mas ele não sorriu.
Ele baixou o olhar para Dusti. "Muito esperto."
“Obrigada.”
Ela olhou para os rostos ao seu redor. Eles não estavam
mais olhando para ela com suspeita. Alguns pareciam se
divertir, outros impressionados. Ela agarrou a mão de
Drantos um pouco mais apertado.
Ela
pensou para ele.

402
Ele sorriu.

Velder se virou, levando todos de volta em direção à


clareira. "A comida estará pronta em breve."
Drantos levou Dusti de volta para Peva. "Eu preciso
sentir o humor de todo mundo."
"O que significa isso?" Dusti franziu a testa.
"Para ver como eles se sentem sobre o que você fez",
explicou Peva, a alcançando e acariciando sua perna.
"Drantos um dia vai liderar o nosso povo. É importante que
todos se sintam seguros de que ele não acasalou com
alguém que vai enfraquecer nosso clã."
Dusti odiava política. “Fantástico.”
"Tudo vai ficar bem", Drantos assegurou. "Sente-se aqui
e estarei de volta em breve."
Ela observou ele se juntar a um grupo de homens
conversando em torno de uma das fogueiras. Peva afagou
sua perna novamente e Dusti virou a cabeça, segurando
seu olhar.
"Teria sido mais fácil se você não tivesse acasalado com
alguém tão importante no clã, mas não é uma questão de
escolha quando se trata de companheiros. Drantos
escolheu você."
“Eu não me encaixo aqui.”
"Você está indo bem. É sempre difícil quando uma
mulher acasala com alguém de outro clã. Tive a sorte de
encontrar o meu aqui. A maioria não tem. Eles têm que
tentar se encaixar com estranhos e se ajustar a seus
costumes. Estou impressionada como você está lidando
com tudo, Dusti. Você deveria estar orgulhosa."
“Porque eu não estou chorando escondida debaixo da
cama do Drantos?”

403
Peva riu. “Sim.”
"Eu estava tentada, mas eu não quero que ele se
arrependa de me amar." Ela examinou a clareira e viu o
homem que amava rir com um novo grupo. Ele se encaixa
em seu clã. Aqueles eram seus vizinhos e amigos, pessoas
com quem ele se preocupava.
"Isso vai funcionar. Eu vejo o jeito como você olha para
ele."
"Ele é tudo para mim. Sempre sonhei em encontrar
alguém como ele." Dusti fez uma pausa. "Bem, não
exatamente como ele, já que eu nunca soube sobre este
mundo, mas você sabe o que quero dizer."
"Eu entendo. Seu amor é forte e assim como o dele."
"Eu ainda estou assustada com a coisa de ler mentes."
Ela estudou Peva. "Como você lida com isso?"
"Você aprende a controlar. É difícil no início. Uma vez eu
feri os sentimentos de Maku quando eu pensei sobre seus
pés".
“O que têm eles?”
"Olhe para os pés do meu companheiro. Eles são
enormes!" Peva riu. "Nós estávamos recém-acasalados e eu
estava olhando para ele enquanto dormia. Ele acordou e
ouviu os meus pensamentos enquanto eu estudava seu
corpo. Ele é perfeito, exceto pelos pés são muito grandes.
Ele levou isso para o lado pessoal. Eu me senti mal. E uma
vez eu o peguei pensando sobre a minha comida. Ele tinha
uma amante, que fazia um ensopado de veado melhor que
o meu. Ele pensou em entrar em contato com ela para
obter a receita e se perguntou se eu ficaria chateada se ele
passasse para mim. Eu fiquei. Ele compartilha minha cama
então ele pode lidar com o meu ensopado ruim."
Dusti riu. "Claro que sim."
Peva ficou sombria. "Eu não quero que ele fale com
qualquer mulher com quem ele dormiu antes de mim. Isso
me deixa com ciúmes. Ele é o único amante que já tive. Eu

404
costumava me perguntar se eu lhe agradava o suficiente na
cama. Eu não tinha a experiência que essas mulheres
tinham."
"Eu entendo totalmente isso. Drantos não é o primeiro
cara com quem eu dormi, mas eu tenho a sensação de que
ele teve um monte de mulheres."
"Ainda sinto ciúmes porque eu odeio o pensamento de
alguém tocando Maku, mas eu aprendi que nada se
compara a um companheiro, Dusti. É por isso que não
rastreio as amantes do passado de Maku e as mato. Eu sou
a única que ele ama. Ele não tinha um vínculo com elas.
Você mencionou ler mentes. O seu vínculo está no lugar.
Você sabe o que eu quero dizer. Você sente o que ele sente
e ele sente o que você sente. Nada se compara a isso."
“Isso é verdade.”
"Se alguma vez uma mulher do passado de Drantos se
aproximar de você e jogar na sua cara que ela já foi
amante dele, não permita que isso te machuque. Sinta
pena. Elas estão com inveja que você é a companheira dele
e não elas."
"Já aconteceu. Yonda me deu a impressão de que ela e
Drantos estavam namorando, e que ele a traiu comigo. Eu
fiquei chateada com ele e é assim que toda aquela coisa de
rejeição aconteceu. Eu disse que não queria ir para casa
com ele. Eu pensei que ele era um traidor."
"Então, isso explica tudo. Eu me perguntava por que
você iria machucá-lo dessa forma. Você pensa como um ser
humano. Yonda queria que Drantos se contentasse com ela.
Eles eram apenas amantes, mas sem uma ligação. Você
entende? Ele estava livre para ir para a cama com quem ele
quisesse e ela também. Sem falar, que ela visita outro clã
regularmente para ver um de seus homens. E não é para
dizer Olá. Ela passa a noite lá e retorna no dia seguinte
ainda carregando seu cheiro. Ela quer um companheiro e
mantém alguns homens em sua cama, na esperança que

405
um concorde. Teria sido diferente se ele tivesse concordado
em compartilhar uma casa. Assim está implícito que eles
estão fora dos limites para os outros. Que eles estão
testando para ver se eles são compatíveis o suficiente para
ter um relacionamento duradouro. Drantos nunca permitiu
mulheres em sua casa".
"Eu entendo isso agora."
"Bom. Sinta pena de Yonda. Drantos é um bom partido
para uma VampLycan. Ele tem uma alta posição como o
próximo líder quando seu pai renunciar e ele é um homem
honrado. Ele também não é feio. As mulheres o consideram
muito bonito." Peva riu. "Foi o que eu ouvi. Eu o vejo como
se fosse da família. Ele e alguns dos outros foram muito
bons para mim quando eu perdi meu irmão. Eles se
prontificaram e meio que me adotaram como uma irmã
mais nova."
"Sinto muito sobre o seu irmão."
Ela assentiu com a cabeça, sua expressão ficando mais
sombria. "Somos difíceis de matar, mas não é impossível.
Isso acontece às vezes. Não chega nem perto do mundo
humano. Seus corpos são mais frágeis do que os nossos e
eles não têm a capacidade de curar tão rápido".
Dusti queria perguntar como isso aconteceu, mas não
queria ser rude. Peva pareceu adivinhar seus pensamentos.
"Ele era um executor e não tinha acasalado ainda. Ele
não tinha encontrado a mulher que era dele. Nosso tipo
policial aqueles que não são humanos. Ouviu falar de um
problema e, às vezes, os nossos executores são enviados
para lidar com o problema. Bem, houve uma onda de
desaparecimentos em Anchorage. Os humanos estavam
percebendo. Alguns corpos foram descobertos e todos eles
tinham tido o sangue drenado. As autoridades humanas
acreditava que era um serial killer, mas nós suspeitávamos
que fosse um ninho de vampiros trapaceiros. Esses são os
que quebram as leis e colocam todos em risco. Uma é coisa

406
se alimentar de seres humanos, mas eles não estão
autorizados a matar. Isso chama a atenção.
"Rener se ofereceu para ir caçar os vampiros. Ele era
sempre tão orgulhoso. Ele se recusou a levar outro
executor com ele, sentia que poderia lidar com isso
sozinho. Nós perdemos contato com ele então mais dois
executores foram enviados para encontrá-lo." Ela fez uma
pausa. "O ninho era maior do que o esperado. Havia mais
de cinquenta deles e eles se gabavam por ter matado um
VampLycan para outros ninhos que não eram desonestos ".
“Eu realmente sinto muito Peva.”
"Drantos e seu primo Redson foram atrás do meu irmão.
Eles aniquilaram a ninho e o vingaram. Eu os considero
família e eu me tornei sua irmã mais nova. Kraven
também. É só que sou mais próxima de Drantos e Redson
do que dele." Ela fez uma pausa. "Os ninhos geralmente
não são tão grandes. Eles mantêm seus números baixos
para evitar a detecção, mas eles eram vampiros loucos que
aparentemente não se importa que os humanos descubram
o que eles eram."
"Eu admito que esteja um pouco assustada agora que
sei que vampiros realmente existem. Pergunto-me se eu já
conheci um, mas não sabia”.
Ela encolheu os ombros. "É possível. Você tem sorte que
um vampiro não decidiu fazer de você uma refeição. Eles
provavelmente teriam provado seu sangue e descoberto
que você não era totalmente humana. Você não teria
acordado em sua cama no dia seguinte com a sua memória
apagada. Eles teriam te matado. Eles temem os
VampLycans. Somos inimigos. Um vampiro pode realmente
se gabar se ele matar um dos nossos".
Dusti estremeceu.
"É por isso que vivemos em clãs. É mais seguro estar
em grande número."

407
Pensou em seu vizinho cabeludo. "E os lobisomens? Eles
teriam me matado se soubessem o que minha mãe era?"
Peva parecia pensativa. "Depende da matilha. Somos
amigáveis com algumas. Eles realmente nos ligam para
solicitar um executor para ajudá-los se têm dificuldades
com um humano ou vampiro. Alguns apenas nos temem e
querem evitar o nosso tipo a todo custo. Eles temem que
vamos assumir suas matilhas. Seria fácil para um de
nossos homens matar seus alfas em uma luta. Eles
admiram força, mas eles querem Lycans puro sangue para
lidera-los, não raças hibridas. Eles conhecem a nossa
história."
"O isso quer dizer? Eu não entendo."
"A única vez que Vampiros e Lycans se aliaram, eles
criaram VampLycans. A maioria dessas mulheres Lycan que
deram à luz a nossa espécie foram mentalmente
controladas e levadas a conceber para os vampiros.
Herdamos essa capacidade. Alguns têm medo que a
história se repita. É por isso que Lycans odeiam vampiros e
eles não se dão bem. Eles lutam, às vezes, por territórios e
nós intervimos quando nos pedem para tentar manter a
paz ".
"Como vocês fazem isso?"
"Um dos nossos executores vai ordenar que ninho deixe
a área. Se eles se recusarem, é a última coisa que eles vão
fazer. Não podemos obrigá-los a sair brincando com suas
mentes. Essa é uma habilidade que herdamos deles. Eles
são imunes. "
"Que tipo de problemas com humanos as matilhas tem?
Estou curiosa," Dusti admitiu.
O sorriso de Peva retornou. "Eles são shifters. Fica chato
quando caçadores invadem seu território e começam a
disparar contra eles em forma de lobo. Alguns morrem
dessa forma. Um executor pode caçar os humanos e ter
uma pequena conversa com a mente eles".

408
“Conversa com a mente?”
"Você sabe; dizer-lhes que já não querem caçar nessa
área e sugerir que não há nada para atirar. Eles vão entrar
em suas mentes e colocar comandos lá."
“Um VampLycan pode controlar a mente de outro
VampLycan?”
Ela hesitou. "Eles têm que ser muito fracos para que
funcione. Você tem um monte de sangue humano. Você
está preocupada que alguém possa mexer com você? É
possível, mas Drantos iria chutar seus traseiros no
momento que fizessem. Ele está alimentando você com o
sangue dele. Isso vai deixar você mais forte."
“Ele me congelou.”
Peva arqueou as sobrancelhas.
“Você sabe, os olhos dele ficaram brilhantes e eu não
pude me mexer.”
“Você era capaz de pensar?”
“Sim.”
Ela assentiu com a cabeça. "Isso é bom. É muito raro
um humano ser imune, mas você não é puro sangue. Se
você fosse, não estaria ciente de qualquer coisa que ele fez
a menos que ele ordenasse que você se lembrasse. Você
não teria sido capaz de pensar a não ser que ele
permitisse. Você teria efetivamente ido dormir e acordado
com as sugestões ou comandos que ele colocou lá,
acreditando cem por cento neles."
"Estou de volta". Drantos tomou um assento ao lado de
Dusti e inclinou-se, beijando seu rosto.
"Como vai todo mundo? Eles estão aceitando a sua
companheira?" Peva baixou a voz. "Ou eu tenho que dar
uma volta e fazer um pouco de relações públicas?"
Drantos riu. "Eles querem fazer dela nossa embaixadora
para os humanos que não podemos controlar. Ela pode
lidar com qualquer um que se torne um problema."

409
Dusti sorriu. "Fantástico. Eu tenho um lugar no clã. Eu
vou ser a enroladora oficial.".

Drantos agarrou a mão dela, satisfeito. "Vai dar certo,


Dusti."
"Tenho fé, já que tenho você."
Ele pegou alguns de seus pensamentos. O vínculo entre
eles era reforçado a cada hora que passava. Ela
eventualmente aprenderia a silencia-los o suficiente para
parar a transmissão, mas no momento, ele sabia que ela
estava preocupada com a irmã.
Ele apertou a boca mais perto de seu ouvido. "Ela vai
ficar bem. Kraven não vai permitir que nada nem ninguém
a machuque.".

Drantos franziu a testa.

Drantos riu.
"O que vocês dois estão pensamento um para o outro?"
Peva deixou sua presença ser conhecida. "Vocês dois, de
repente parecem tão sombrios."
"Ela está preocupada com a irmã." Ele manteve seu
olhar sobre Dusti enquanto respondia. "Estou assegurando-
lhe que Kraven vai mantê-la segura."
"Ele está certo, Dusti. Kraven é o que você consideraria
um homem resistente. Ele vai protegê-la."
Drantos assentiu. "Você vai vê-la em breve."
"A comida está pronta", Maku gritou.
"Estou com tanta fome!" Peva correu para seu
companheiro.
410
Drantos levantou-se e puxou Dusti. "Se divirta. Você
salvou uma vida hoje. Estou muito orgulhoso de você."
“Obrigada.”
“Vai ficar tudo bem.”
“Espero que sim.”
Ele levou-a para o Buffet e encheram seus pratos. Seus
pensamentos em seus irmãos também. Desejou saber o
plano do irmão. Era possível que Kraven tivesse escondido
Bat em algum lugar do território VampLycan, talvez até em
seu covil. Drantos silenciosamente prometeu dar uma
checada mais tarde, depois que ele levasse Dusti para casa.
Caso contrário, Kraven provavelmente a teria levado
para longe da área. Havia um monte de áreas remotas no
Alasca onde duas pessoas poderiam se perder.
"Estou prestes a comer carne de alce. Minha vida
mudou drasticamente."
Ele sorriu para Dusti. Ela estava se adaptando à sua
nova vida surpreendentemente bem. Ele estava tão
orgulhoso e grato que tinha encontrado sua companheira.

411
Capitulo Dezoito
A porta tremeu com a força de alguém batendo na
madeira maciça. Dusti correu para ela e fez uma pausa.
"Quem é?"
“Crayla.”
Ela destrancou a porta e abriu, encolhendo-se com o
tom de sua sogra. A mulher mais alta parecia tão irritada
quanto soou quando ela conseguiu o primeiro vislumbre
dela na varanda. Drantos tinha ligado às luzes exteriores,
portanto não tinha como perder a olhar mortal direcionado
a ela.
"Lição número um: Nós não trancamos nossas portas"
Crayla entrou sem ser convidada.
Dusti pulou para o lado para que não fosse empurrada.
"Bem, Drantos a trancou quando ele saiu para patrulhar."
Ela fechou a porta, observando a VampLycan sentar no
sofá. Ela fez uma pausa, mas depois seguiu, escolhendo a
cadeira em frente a ela.
"Você já está mudando meu filho. Isso não é bom."
"Isso pode ter algo a ver com o fato de que seu marido
entrou quando estávamos nos beijando. O que há de
errado em bater antes de simplesmente ir entrando?
Cortesia não existe aqui?"
"Amigos batem e esperaram permissão para entrar, mas
não familiares próximos. Nós damos as boas vindas aos
pais e irmãos dos nossos companheiros em nossas casas
como se fossem deles. Não temos crimes aqui do jeito que
você tem em seu mundo. VampLycans não são ladrões.
Temos honra. Roubar está abaixo de nós ".
"É bom saber disso, mas ninguém quer alguém entrando
quando está prestes a fazer sexo."
"É parte da natureza."
“É algo rude.”
412
Crayla a estudou. "Entendo. É uma coisa humana. Tem
vergonha do seu corpo nu?"
"Eu não diria isso. Eu quero que alguém além de
Drantos me veja nua? Não. Eu não quero que alguém nos
pegue fazendo sexo? Isso seria o inferno de um não".
Uma parte da raiva da outra mulher pareceu morrer.
"Você não muda. Você não passou a vida inteira
aprendendo que estar nu é aceitável em torno de outros. A
roupa não está sempre disponível se mudamos e voltamos
para pele."
"Achei que isso não era grande coisa para o seu tipo
quando Yonda desfilou nua na floresta."
"Ela tinha acabado de mudar?"
“Sim.”
"Nós colocamos algo quando possível, mas ninguém vê
ficar nua nessas circunstancias como algo sexual."
“Ok.”
Crayla hesitou. "Você vive em nosso mundo agora. Você
precisa mudar sua maneira de pensar. É um insulto trancar
as portas para os membros da família. Velder teria virado
de costas se tivesse pegado você e nosso filho fazendo
sexo. Não é como se ele tivesse assistindo. Isso seria
rude."
"E tão errado", acrescentou Dusti.
Crayla sorriu. "Eu gosto do seu humor. E você está me
enfrentando. Isso é admirável." Seu sorriso desapareceu.
"É um assunto interno de família. Eu acho que podemos
nos comprometer. Você tem permissão para trancar as
portas. Nós vamos bater primeiro se isso fizer você se
sentir mais à vontade."
"Obrigada." Dusti conseguiu evitar revirar os olhos. Ela
teria feito isso de qualquer maneira.
"Você deve ter um monte de perguntas conforme
aprende mais sobre nós. Pergunte."

413
"Principalmente, eu só quero descobrir uma maneira de
me adaptar assim as coisas ficarão mais fáceis para
Drantos. Eu não quero que ninguém encha o saco dele."
“Você o ama?.”
"Eu estou desistindo de tudo o que conheço para estar
com ele. Isso seria um sim."
As feições de Crayla suavizaram. "Isso deve ser um
pouco difícil para você. Sua mãe nunca te disse o que ela
era?"
“Não.”
"Qual era o nome dela? Tentei não saber muito sobre o
clã do Decker e ele mantinha a filha perto de casa. Ele a
fazia ficar dentro de casa quando alguém de outro clã o
visitava. Ele provavelmente temia que ela fosse um alvo
para se vingarem dele... e então ela foi embora enquanto
ainda tão jovem".
“O nome dela era Ann.”
As sobrancelhas de Crayla arquearam. "Eu acho que
não. Esse não é um nome VampLycan."
"Ela dava esse nome, mas seu nome completo era
Antina."
"Ah. Faz sentido. Ela queria se encaixar com os
humanos. Estou surpreso que ela deu nomes VampLycans
para as filhas. "
“Ela deu?”
"Você já conheceu outras crianças humanas com nomes
como o seu?"
"Não. Na verdade não. Eu apenas pensei que ela fez isso
para ser fofo. Ela era um A. Batina é minha irmã mais
velha. Nosso pai era Christopher. Eu fui chamada Dustina.
A. B. C. D. Minha mãe brincava sobre isso".
"Algumas mulheres gostam de dar seus nomes para as
filhas. Ela deu uma parte do nome dela para vocês duas.
Ela deve ter te amado muito."
"Ela era uma mãe fantástica."

414
"Você tem certeza que sua mãe está morta?"
Parecia um tapa. "Claro que tenho. Você acha que ela
fingiu sua morte e nos abandonou? Ela nunca faria isso. Ela
e meu pai foram mortos em um acidente de carro".
"Nós curamos rapidamente. Seria difícil morrer da forma
que alguns seres humanos morrem."
"Eles foram atingidos por um caminhão. Ele rasgou o
carro ao meio. Ambos tiveram enterros de caixão fechado."
"Desculpe-me."
A simpatia que ouviu em seu tom ajudou a aliviar um
pouco a ira de Dusti. "Obrigada."
"VampLycans podem morrer se os ferimentos forem
graves o suficiente. Decapitações, lesões por
esmagamento, ou quedas massivas nos matam."
Dusti teve um flashback de ver Aveoth matar o idiota
que a tinha raptado. Ela empurrou a memória para longe.
Aquilo ainda a fazia sentir-se um pouco mau, assistir a
cabeça rolar para longe do corpo dele. "Por que você está
me dizendo isso?"
"Você continua olhando para a porta. Eu presumi que
estava preocupada com meu filho em patrulha. Você não
deveria estar. Somos muito resistentes."
Dusti não estava ciente de que estava fazendo isso.
"Não está trancada. Eu meio que espero alguém entrar."
"Kraven se foi e Velder está em uma reunião com alguns
dos outros líderes de clã. Eles são os únicos que fariam
isso, além de seu companheiro e eu."
"Não é bem assim." Dusti levantou-se e trancou a porta.
Ela sentou-se novamente.
"Porque você fez isso?"
"Decker poderia enviar homens atrás de mim."
"Ele nunca chegaria tão longe em nosso território sem
ser capturado. Nós aumentamos o número dos homens em
patrulha por essa razão”.
"Eu prefiro prevenir a remediar".

415
"Você não gosta do Decker?"
"Isso seria um eufemismo. Eu só encontrei com ele
algumas vezes na minha vida e nunca foi agradável. Nós
nos mudamos quando ele nos encontrou. Ele não gostava
de mim e era mútuo. Eu só concordei em vir para o Alasca
com a minha irmã, porque eu achava que ele era um
pervertido, e eu não queria que ela tivesse que enfrentar
essa verdade sem eu estar lá. Bat não confiaria em um
estranho, se ela puder afasta-los, mas ela tem um ponto
cego quando o assunto é família. Eu sabia que a perturbaria
então eu queria estar lá para ela se eu estivesse certa. "
“Um pervertido.”
"Ele mostrou um interesse na minha irmã que não era
natural, e minha mãe fugiu de casa para ficar longe dele...
Eu preciso soletrar?"
"Ah." Crayla se inclinou para trás. "Você não sabia que
ele iria usá-las para formar uma aliança com o líder
GarLycan. Os VampLycans a assustam?"
"Eu não sou idiota. Claro que sim. Você pode mudar de
forma. Eu não."
"Não haveria nenhuma honra em atacar você já que é
muito mais fraca. E seu companheiro iria buscar vingança,
se alguém fizesse isso. Todo mundo teme a minha família.
Você está segura, Dusti."
Aquilo realmente não a deixava mais à vontade.
"Obrigada."
"Nós só precisamos fazer o clã aceitá-la. Ajudou quando
você lidou com o humano na cidade hoje. Todo mundo está
falando sobre isso. No início, eles assumiram que você era
mais fraca do que pensavam, porque você parecia chateada
em ter que tirar uma vida, mas você lidou bem com o
problema. Isso fez com que eles a respeitassem."
"Todos deveriam ficar chateados quando se trata de tirar
uma vida."
"Você vai lamentar se nós tivermos que matar Decker?"

416
"Exceto ele," Dusti alterado. "Eu não sou uma fã. Acho
que deixei isso bem claro. Não me importa com o que
acontece com ele."
Crayla a olhou. "Eu ainda estou preocupada. Você está
acasalada com meu filho. Somos inimigos de Decker. Você
sente sua lealdade dividida entre seu companheiro e sua
família?"
"Bat é a minha família. Você é a minha família já que é a
mãe de Drantos. Kraven, Velder, e este clã agora são
minha família porque eles são a família de Drantos
também. Não vejo Decker como família. O sangue não
significa nada quando se trata dele. Está claro o suficiente?
Eu não vou derramar uma lágrima se ele morrer. Ele quer
machucar a minha irmã. Ser dada a esse Aveoth assustador
que eu conheci seria uma sentença de morte para ela. Eu
amo Bat, mas ela é um pesadelo para os homens. Ele a
mataria."
Crayla se inclinou mais perto. "Isso me desagrada já que
Kraven nos disse que Batina é sua companheira."
Dusti pensou sobre isso, lembrando-se da interação que
tinha visto entre os dois. "Kraven lida melhor com ela do
que qualquer um que já vi. Ela está atraída por ele e ele
não aceita a merda dela".
“Ela é como você?”
Dusti sorriu. "Não. Eu sou a mais branda e
descontraída."
Crayla assentiu. "Eu entendo. Eu tenho uma irmã e nós
não somos nada parecidas. Nós mal nos vemos e eu estou
feliz. Fiquei grata em deixar meu clã para vir a este.
Lutamos muitas vezes."
"Eu amo Bat. Nós nos damos muito bem, apenas somos
diferentes."
“Ela é a mais forte de vocês duas."
As palavras de Crayla atingiram Dusti da maneira
errada, como se fosse um insulto. "Bat lida com criminosos

417
o tempo todo com o seu trabalho. Ela é abrasiva. Isso é
uma maneira amável de dizer. Ela torna difícil que alguém
se aproxime dela sendo uma cadela. Eu sou a mais calma,
um tipo de mediadora que tenta evitar problemas. Nós até
mesmo esgotamos uma a outra. Ela explode as coisas e eu
acalmo. Isso faz sentido?"
“Vocês trabalham bem como uma equipe.”
“Sim.”
"Eu queria conhecê-la, mas Kraven a levou embora
antes que eu pudesse."
“Isso provavelmente foi uma coisa boa."
“Por quê?”
"Você lembra como ameaçou me surrar quando estava
me dando à palestra sobre como eu precisava cuidar de
Drantos quando ele foi ferido? Eu recuei. Eu não quero ter
problemas com você porque é a mãe do Drantos. É
importante nos darmos bem e eu também estou disposta a
admitir que você chutasse minha bunda em uma luta. Mas
Bat tem um temperamento ruim. Ela teria dito para você
cair fora e, provavelmente, pularia na sua garganta,
independentemente de saber que não poderia ganhar. Ela
se arrependeria mais tarde, mas ela é... impulsiva. Ela não
gostaria que você dissesse como ela deve agir com um
homem que está com ela."
Crayla suspirou. "Ela não soa como a companheira que
eu tinha em mente para Kraven."
"A vida raramente acontece da maneira que você acha
que vai acontecer. Aposto que ela vai ter um choque
quando Kraven disser que ele é seu companheiro. Eu sei
que foi assim quando Drantos me disse. Nós lidamos com
isso".
Sua sogra assentiu. "Verdade. Seria chato se não
houvesse surpresas, não é?"
“Exatamente.”

418
"O que você fazia no mundo humano? Vamos começar
por aí."
"Eu trabalhava em um escritório como secretária."
"Isso implica que você tem habilidades úteis. É por isso
que você é boa em falar com seres humanos."
Dusti deu de ombros.
"E sua irmã? O que ela faz no mundo humano?"
"Ela é uma advogada de defesa criminal."
As sobrancelhas de Crayla dispararam.
"Ela é realmente boa no que faz. Eu sei o que você está
pensando provavelmente. Por que ela tenta manter
bandidos fora da cadeia? Eu posso entender isso, mas Bat
acredita que todos são inocentes até que se prove o
contrário. Ela garantiu-me muitas vezes que nem todos os
seus clientes realmente cometeram os crimes dos quais
foram acusados. Ela salvou algumas pessoas inocentes de
ir para a prisão".
"Não é isso que me passou pela cabeça. Ela conhece as
leis humanas. Temos que contratar pessoas de fora se
houver quaisquer problemas que lidam com as autoridades
humanas. Sua irmã vai ser útil para o nosso clã. Isso é uma
coisa boa."
"Muitos VampLycans são presos?"
"Não. Claro que não. Eles iriam limpar as memórias dos
seres humanos que os abordaram para evitar isso. Nossas
questões legais surgem com relação a terras. Nós
compramos territórios que envolvem o nosso para expandir
conforme os nossos números aumentam".
"Bat não lida com esse tipo de lei."
"Um advogado é um advogado."
Dusti decidiu deixar isso ir. Ela não queria ser quem
explicaria que aquilo não era verdade. Bat poderia estourar
a bolha de Crayla.
"Disseram-me que sua irmã tem mais sangue Lycan do
que vampiro. Ela tem alguma habilidade?"

419
“Não.”
“Você tem certeza?”
"Definitivamente. Ela não pode mudar. Eu a vi zangada
muitas vezes. As únicas coisas afiadas que ela usa para
atacar são os saltos altos. Ela pode arrancar os dedos de
alguém em um instante com eles."
“Você disse que ela tem um temperamento ruim.”
“Ela tem.”
Crayla sorriu. "Isso é um traço Lycan. Eu posso
trabalhar com isso. Eu mesma adoro uma boa luta. Ambas
vão precisar de algum treinamento. Isso pode ajudá-la na
ligação com as outras mulheres, se eu pedir a elas para
ajudar. Você pode fazer amigos e eles podem te colocar
debaixo das assas deles."
"Ótimo". Dusti estremeceu interiormente. Imaginou
muitas contusões e dor em seu futuro. Seus pais a haviam
matriculado em aulas de karate quando ela tinha nove
anos. Uma semana mais tarde eles a tiraram. Ela apenas
não era uma lutadora. "Maku já se ofereceu."
“Ele fez isso? Isso é esplêndido.”
"Sim. Parece que todo mundo quer chutar a minha
bunda. Eu não posso dizer que estou tão entusiasmada
quanto você parece estar."
A expressão alegre de Crayla vacilou.
"Eu realmente não gosto de violência. Isso mais uma
coisa da Bat."
“Eu entendo.”
“Eu não quero mentir para você.”
“Você deve ser honesta.”
"Não há uma maneira que eu possa me encaixar sem ter
que socar em alguém ou ser surrada?"
"Estou aqui para ajudá-la a descobrir isso. Você é boa
em lidar com seres humanos, mas não temos muita
interação com eles".
"Isso é ruim."

420
"É sim. Drantos acredita que apenas ser seu
companheiro vai fazer com que os outros a aceitem. Tenho
certeza de que ele está certo, mas isso poderia levar anos.
Eu gostaria de apressar esse processo. Que tipo de outras
habilidades você tem?"
"Eu sou boa em curiosidades sobre filmes. Eu amo
programas de TV também".
Crayla apenas olhou para ela.
Dusti suspirou. "Isso era para fazer você rir. Eu não
posso lutar. Eu não sou a melhor cozinheira. Eu não saberia
como fazer uma colcha para salvar a minha vida se vocês
tiverem algum tipo de clube de costura ou qualquer que
seja o nome dessas coisas. Eu sou uma garota da cidade.
Eu estou tão longe de me encaixar aqui que não é
engraçado. Eu admito. Eu não sei o que dizer."
"Fique grávida."
Atordoada, Dusti sabia que sua boca se abriu. Ela se
recuperou rapidamente. "Esse é o melhor conselho que
você tem para mim?"
"Sim. Dar a luz aos filhos de Drantos faria o clã gostar
de você. Eles poderiam perdoar um monte de suas falhas,
se acontecer de você ter um filho dele. Eu sei que isso está
fora do seu controle, mas podemos sempre ter esperança.
Eles iriam se alegrar com uma menina também. Tenha um
bebê."
Dusti não tinha palavras. Ela sentiu-se insultada.
"É o que eu fiz quando me tornei companheira de
Velder. Eu era de outro clã e meu status não era alto o
suficiente para a maioria a me considerar digna de estar
com ele."
“Você é parte humana também.”
"Não. É que meu pai não é um executor. Ele é um
artesão."
“O que isso importa?”

421
"Executores são lutadores que protegem nosso clã e
possuem muita força. Artesãos são menos prestigiados.
Meu pai ajuda o clã através da construção de casas e
móveis." Ela fez uma pausa. "Todos nós temos nossas
próprias habilidades. Nós só precisamos encontrar as suas."
"Eu não acho que eu seria boa em construir coisas
também."
"Siga o meu conselho, então. Eu engravidei
imediatamente. Eles esqueceram tudo sobre de onde eu
vim e a posição do meu pai em nosso clã, uma vez que
apresentei Drantos a este clã. Eles estavam agradecidos
que eu tinha dado a luz ao futuro líder".
"Você não acha que isso é meio..." Dusti não conseguiu
encontrar uma palavra educada para descrevê-lo.
"Antiquado? Sim, mas é eficaz. Você vai se tornar a mãe
de um futuro líder do clã. Você vai ganhar admiração
instantânea. Isso insulta o seu lado humano? Não deveria.
As mulheres têm sido reprodutoras para os homens em
toda a história. VampLycans são apenas mais honestos
sobre isso. É uma maneira respeitável de tornar-se uma
parte útil do clã. "
“Fazendo crianças com o Drantos.”
“Sim.”
"Ok." Dusti olhou para o seus pés. "Eu me esqueci de
pegar algo para você beber. Que rude da minha parte.
Deixe-me corrigir isso." Ela fugiu para a cozinha,
lembrando-se de onde tinha visto as garrafas de bebida.
"Eu sei que eu preciso", ela gritou.
Onde está Bat quando eu realmente preciso dela?
Merda. Isto é pior do que eu pensava que seria.

Ela fechou os olhos e se concentrou, mas ela não ouviu


sua voz respondendo em sua cabeça.
Que sorte a minha. Droga!
"Eu te chateei." Crayla a seguiu até a cozinha.

422
"Bom palpite," Dusti murmurou.
"Eu não queria. Ser mãe é muito honroso e me trouxe
muitas recompensas. O clã me aceitou por meus próprios
méritos mais tarde. Isso ajuda?"
Dusti serviu-se de uma bebida e tomou um gole. "Sim.
Claro." Ela não ia discutir.
"Você bebe frequentemente?"
Ela encontrou o olhar estreito de sua sogra. "Não, mas
acho que agora é uma boa hora para começar."
"É preciso endurecer, Dusti. Você é a companheira do
meu filho."
"Eu sou a companheira do seu filho que quer uma
bebida, e você sabe o quê?" Ela levantou o copo aos lábios
de novo e tomou um gole. "Eu vou ter uma. Aceite isso."
Crayla suspirou.

Drantos olhou a floresta e pegou um movimento à sua


esquerda. Ele se moveu cuidadosamente para trás de uma
das árvores mais grossas e expos as suas garras,
esperando. O vento mudou e ele inalou. O corpo tenso
relaxou e ele saiu.
"Por aqui," ele sussurrou.
Seu primo mudou de direção e se aproximou dele em
silêncio. Ambos estavam de plantão. Red parou ao lado
dele. "Está tudo tranquilo."
"Eu sei. Isso é bom."
"O plano de Kraven funcionou."
"O que era exatamente?"
"Tirar a outra irmã daqui e ter a maldita certeza de que
eles foram vistos por alguns do povo de Decker, para levá-
los para longe da nossa aldeia."
"Para onde ele a levou?"

423
"Tudo o que sei é que eles estavam indo para estado de
Washington e ele pretendia se manter em movimento."
Drantos assentiu. Era um bom plano, contanto que eles
pudessem se manter à frente dos executores enviados
atrás eles. Ele só esperava que Aveoth encontrasse Decker
rápido, e rapidamente fizesse justiça. Ele tinha a sensação
de que Decker Filmore iria acabar como o homem que tinha
enviado para roubar Dusti. Ele merecia morrer.
"Como vão as coisas com sua nova companheira?"
"Nosso vínculo encaixou no lugar."
Red suspirou.
“O que?”
“Ela é tão humana.”
"Não comece essa merda também. Eu encontrei minha
companheira. Eu tive o suficiente do meu pai e de alguns
do clã. Alguns deles me deram olhares de pena, mas eu
estou realmente feliz com ela, exatamente do jeito do que
ela é."
“Por quê?”
Ele considerou sua resposta. "A vida não é chata. Ela me
diverte e me faz rir. Estou feliz com ela. O medo que ela
sente ás vezes é o lado negativo, mas estou orgulhoso de
quão bem ela está levando tudo isso. Ela não sabia nada da
nossa espécie antes de nos conhecermos."
“Ela não pode mudar.”
“Isso não é um problema.”
"Aposto que você pensou de outra forma, enquanto você
estava viajando com ela. Eu odeio caminhar longas
distâncias."
"Ela montou em mim quando fomos para casa na noite
passada."
Red riu. "Sério?"
Drantos sorriu. "Sim. Isso não me atrasou muito. Eu só
tinha que ter cuidado para que ela não caisse. Eu gosto que
ela precise de mim para fazer mais coisas por ela do que a

424
maioria das mulheres. Isso não significa que ela é tímida ou
impotente. Ela compensa a falta de traços VampLycan com
sua personalidade. Ela é engraçada, Red. Doce."
"Ela não vai golpeá-lo com as garras se você irritá-la.
Posso ver onde isso seria um bônus."
"Você irrita muitas mulheres, primo?"
Red encolheu os ombros. "Às vezes."
"Eu posso acreditar nisso."
"Foda-se você também."
Drantos olhou a floresta novamente. "Eu poderia usar
seu apoio com Dusti."
“Você o tem.”
"Como você acha que todo mundo está lidando com ela
ser minha companheira?"
"Eles estão esperando e vigilantes. Divertiu alguns deles
que ela lidou com o humano, dizendo que Jarred era um
urso com sarna. Lake contou a todos exatamente o que ela
disse".
“Foi ele quem o humano viu?”
"Sim. Seu pai chutou o traseiro dele por ir tão perto da
estrada principal e ser visto. Ele deveria ter sabido."
"O que ele estava fazendo ali, afinal?"
"Ele estava voltando depois de sair do nosso território."
"Por que diabos ele saiu?"
"Lembre-se do velho Thomas?"
"Lembre-me". Drantos não se lembrava.
"Ele ajudou com aquela confusão nos anos setenta,
quando a cidade decidiu começar alguma merda com a
gente."
Drantos se lembrou. "Foi ele quem avisou meu pai sobre
o começo do problema. Eu costumava fazer as entregas
naquele tempo. As mulheres deles vinham para fora olhar
para nós. Algumas delas ficavam assistindo a gente
carregar o caminhão. Seus homens não gostaram nem um
pouco."

425
"São os nossos traços Lycan. Elas são naturalmente
atraídas por nossos hormônios."
"Discordo. É porque nós estamos em boa forma. Você
deve ter visto alguns desses homens humanos. Parecem
que eles estão grávidos." Ele usou as mãos para imitar uma
barriga grande, em seguida, passou a mão sobre o rosto.
"Você acha que eles são Lycans com a quantidade de
cabelo em seus rostos. Eles não parecem possuir lâminas
de barbear. Eu entendi por que as mulheres gostavam de
nos assistir".
Red riu. "Isso é engraçado."
"Não foi engraçado quando esses babacas entraram em
nosso território com armas, tentando atirar em alguns de
nós, em uma estúpida tentativa de obter vingança. É por
isso que papai nos proibiu de dormir com os humanos de
qualquer uma das cidades vizinhas. Ele não queria que um
bando de bêbados, ciumentos viesse atrás dos nossos
novamente."
O olhar divertido de Res desbotou rapidamente. "Eu
lembro."
"Então o que é que isto tem a ver com Jarred correndo
pela estrada? Thomas morreu no ano passado."
“A notícia é que a neta finalmente veio para limpar a
casa se espalhou. Nós vamos comprá-la quando ela colocar
à venda, uma vez que faz fronteira com nossas terras. Isso
é o que ela pretende fazer."
"Eu ainda não entendo. O que uma coisa tem a ver com
a outra?"
"Ela é a garota que encontrou e escondeu Jarred no
celeiro de Thomas depois dele ter sido baleado. Ele tinha
saído para caçar e ficou muito perto da propriedade de
alguém. Os idiotas pensaram que Jarred estava lá para
foder suas mulheres ou alguma merda dessas. Você sabe
que eles odeiam todo mundo de Howl. Os seres humanos
podem ser estúpidos e instáveis. Eles estavam

426
determinados a matá-lo. Como se não tivéssemos nada
melhor para fazer do que roubar a virgindade de suas filhas
ou tentar suas esposas a trai-los." Red bufou. "Eu nunca
dormi com uma humana. Apenas alguns dos nossos faziam
isso quando era permitido. Parecia muito problemático e
parece que eu estava certo."
"Então, por que Jarred foi para lá? Qual é o ponto?"
"Ele só queria ver como ela estava. Ele perdeu muito
sangue naquela noite e aqueles bastardos poderiam tê-lo
matado se não ela não tivesse encontrado ele primeiro. De
qualquer forma, seu pai ordenou-lhe para ficar longe dela
de agora em diante. Há uma preocupação real de que vê-lo
pode trazer a memória dela de volta. É melhor que ela
nunca se lembre daquela noite. Ela viu demais."
“Ela o reconheceu?”
"Ele jurou que não falou com ela ou a deixou saber que
ele estava lá."
“Bom.”
Red deslocou seu corpo e inclinou-se contra a árvore.
"Como é ter uma companheira?"
"Tudo o que sempre ouvimos falar. Dusti tem medo que
eu seja capaz de ler cada pensamento dela. Eu disse que
ela vai aprender a parar de transmiti-los e pode protegê-
los."
"Isso é uma coisa que temo sobre o acasalamento. Eu
não quero alguém dentro da minha cabeça."
"O sexo é incrível. Você vai superar isso."
“Sério?”
"Isso vai explodir sua mente."
"Estou pensando em pedir para Cavasia viver comigo."
"Você disse que ela não era sua companheira."
"Ela não é, mas eu estou sozinho. Eu não acho que eu
posso passar mais um inverno como o último. Ela estava
muito longe para visitar quando a neve caiu e você sabe
que eu evito qualquer mulher daqui".

427
“Você vai se contentar?" Drantos franziu os lábios. "Não
faça isso."
"Eu não vou acasalar com ela. Estamos pensando em
apenas compartilhar uma casa por um tempo. Ela está
sozinha também."
"Eu não vou julgá-lo, mas vai ser difícil encontrar sua
companheira se você estiver vivendo com Cavasia."
"Eu testei todas as mulheres dos outros clãs que me
interessavam. Eu não me sinto atraído por ninguém daqui.
Isso significa que nenhuma das gerações vivas é certa para
mim. Eu não quero ser como Maku. Ele estava sozinho há
mais de cento e vinte anos antes de Peva nascer. Eles nem
sequer perceberam que eram um do outro até que ela
atingisse a puberdade. Eu não quero ter que me sentir do
jeito que ele se sentiu ao ser atraído por alguém tão jovem.
Acabou com ele ter que se afastar dela para não sentir
como se tivesse roubado sua juventude. Ele ainda acredita
que deveria ter esperado até que ela estivesse em seus
vinte e tantos anos antes se selar a ligação".
"Peva discorda. Não desista e se contente com alguém
que não é sua verdadeira companheira, Red. Eu entendo.
Eu pensei as mesmas coisas que você deve estar pensando,
mas então eu conheci Dusti. Foi completamente
inesperado."
"Eu aposto que sim. Você ficou horrorizado no começo?"
Ele hesitou. "Surpreso. Fiquei preocupado sobre como
ela se sentiria sobre mim, mas eu não estava chateado que
ela não é o que eu tinha previsto. Eu só queria levá-la para
casa para selar o vínculo. Resumindo, eu não me importo
com o que ela é, só que ela é minha."
"Entendi. Eu tenho muito no que pensar."
“Sim, você tem.”
"Talvez Cavasia e eu devêssemos colocar um limite para
o número de anos que partilharíamos uma casa."

428
"Quer dizer, como uma promessa de viver juntos por
dez anos e, em seguida, ver se uma das mulheres que
amadureceram pode ser sua possível companheira?"
Red assentiu. “Algo assim.”
"E o que você pretende dizer a esta companheira
quando você a encontrar?"
“Sobre o que? Eu não entendi.”
Drantos encarou Red. "Magoou Dusti quando eu admiti
que tivesse mordido outras mulheres durante o sexo até
mesmo para testar um acasalamento. Imagine a reação de
sua companheira quando ela descobrir que dormiu ao lado
de uma mulher toda noite durante anos e se ligou a ela de
todos os jeitos que um casal faz quando vive junto".
"Droga." Red suspirou.
"Eu só quero que você considere as consequências."
“Eu aprecio isso.”
"Nós somos uma família. Nós cuidamos uns dos outros."
"Eu só estou solitário. O inverno passado foi o pior. Eu
pensei que eu estava ficando louco depois de dois meses de
neve. Eu invejo aqueles com companheiros e crianças. Isso
não me incomodava tanto antes, mas eu estou
envelhecendo."
“Eu entendo.”
“Eu sei que sim.”
"Apenas não faça nada sem colocar sem pensar muito
antes. Isso é tudo que eu peço. Nós vivemos por um longo
tempo e os arrependimentos ficam com a gente. Eu odiaria
que você encontrasse sua companheira e tivesse que aliviar
sua dor. Pergunte ao meu pai sobre isso em algum
momento".
Red assentiu. “Eu me lembro.”
Um movimento a direita chamou sua atenção. "O
intervalo acabou. Você vai para o sul. Vou para o norte."
Red inclinou a cabeça e eles se separaram para cobrir
mais terreno. Drantos esperava que não houvesse

429
quaisquer problemas. Ele só queria chegar em casa para
Dusti. Ele encontrou o animal que tinha visto se mover. E
era inofensivo.

430
Capitulo Dezenove
Dusti cambaleou até o banheiro, debatendo a ideia de
tomar um banho. Ela mudou de ideia quando teve que se
encostar-se à parede para ficar de pé. Ela fez seu caminho
com cuidado através da casa até a cozinha, decidindo
comer primeiro. Ela não tinha a intenção de beber tanto,
mas o encontro com Crayla a tinha encorajado a ter um
pouco demais.
A porta da frente se abriu e ela apertou os dentes. "Oh,
você está de volta. Fantástico." Ela virou-se.
Não era sua nova sogra que entrou na casa. Era Yonda.
A mulher hesitou na porta aberta e olhou para ela.
"Você não é da família então não tem direito de entrar
sem bater."
Yonda fez uma careta. "Eu não entrei. Eu estou de pé na
porta".
"Eu estou aprendendo sobre suas táticas." Dusti apontou
para ela. "Você não gosta de mim. Saia."
"Eu vim para pedir que você faça a coisa certa por
Drantos. Eu não sou a companheira dele, mas você
também não deve ser. Ele merece uma mulher VampLycan
forte."
"Entendi. Você me odeia e acha que eu não sou boa o
suficiente para ele. Ouvi quando você disse da primeira
vez. Saia. Você não é bem vinda aqui." Dusti acenou com
desdém. "Tchau."
Yonda não se moveu. "Eu não odeio você. É verdade que
eu acho que você não tem sangue suficiente para ser uma
boa companheira para Drantos."
"Nós já estamos acasalados, tarde demais."
A outra mulher empalideceu.
"Companheiros de verdade. Eu posso ler seus
pensamentos e ele pode pegar os meus também. Já
431
aconteceu. Agora saia. Eu tive uma noite infernal já com a
mãe dele apontando todos os meus defeitos. Ela disse que
eu preciso engravidar. Como se essa fosse a minha única
qualidade. Você sabe quão insultante é isso?"
“Eu sei.”
Dusti foi surpreendida quando Yonda concordou.
"Nunca é fácil entrar em um novo clã. Crayla sempre foi
muito protetora com os filhos. Ela ameaçou rasgar a
garganta de qualquer mulher VampLycan que ficasse
grávida de qualquer um deles. Ela se preocupou que
alguém poderia tentar prendê-los e força-los a acasalar se
isso acontecesse. Pelo menos ela vai acolher um bebê seu.
Isso significa que ela aceitou o seu acasalamento".
"Isso é horrível. O que vocês pessoas tem com
gargantas?"
"É uma maneira eficaz de matar." Yonda deu um passo
para dentro da casa. "Eu não sabia que vocês já tinham
selado o vínculo quando eu vim aqui falar com você. Eu
retiro o que disse. Você machucaria mais Drantos se o
deixasse. Como você disse, já aconteceu. Você deve fazer o
melhor com isso."
“Estou tentando.”
"Vai levar tempo, mas todos vão aceitá-la se tentar se
encaixar e não fizer Drantos rebaixar quem ele é para te
agradar."
“Rebaixar quem ele é?”
"O fazer agir como humano. Ele não é. Você
provavelmente tem uma ideia fixa de como um homem
deve se apresentar. Ele é um executor de um dos mais
fortes e temidos clãs de VampLycan. Nós mantemos essa
posição por que Velder e seus filhos são duros com os
infratores. Você pode ficar enojada por causa dos deveres
dele."
"Eu vi um cara ter a cabeça arrancada por Aveoth. Eu
não vomitei ou desmaiei. Eu estou muito orgulhosa disso."

432
"Você conheceu Lorde Aveoth?"
“Em carne cinzenta e osso.”
As feições de Yonda ficaram animadas. "Conte-me tudo!
Ele é tão bonito como dizem? Tão feroz? Ele nunca visitou o
clã quando eu estava por perto. Nós não estamos
autorizados a invadir território GarLycan."
"Ele é muito atraente, mas assustador como o inferno.
Grandão". Dusti percebeu que sua visitante deu mais
alguns passos porta adentro. "Somos amigas ou algo assim
agora?"
"Meus protestos sobre você tornar-se companheira de
Drantos não eram pessoais."
"Você dormiu com ele, Yonda. Nós não somos amigas."
"Eu dormi com um monte de homens. Eu sou uma
VampLycan."
Dusti franziu a testa.
"Eu entro no cio todo verão. Você provavelmente não
sofre com isso, por ser tão humana, mas é o inferno. Você
não iria entender o quão forte o desejo de ser fodida se
torna, mas nós sempre encontramos alguém para passar o
cio com a gente. Mesmo quando eu não estou sofrendo com
isso, eu adoro sexo. Nós todos esperamos encontrar nosso
companheiro um dia e, em seguida, ficar com um parceiro
para a vida. É aceitável em nossa cultura ter muitos
amantes quando somos jovens e solteiros. É saudável e
normal. Drantos foi um dos melhores que eu conheci, mas
eu não estava com ciúmes de você. Eu estava com raiva
porque um dia ele vai liderar o clã em que vivo e eu não vi
isso acabando bem se ele tomasse você como
companheira. Você não pode mudar, e eu não consigo
pegar qualquer traço VampLycan de você. Nenhum. Você
não é nem mesmo cruel, ou você já teria ido para a minha
garganta." Seu olhar correu ao redor da sala. "Eu detecto
pelo menos seis armas que você poderia usar, mas você
não se moveu para qualquer uma delas."

433
"Você pode mudar. Eu não sou uma idiota." Ela olhou
para o balcão. "Este conjunto de facas não poderia me
salvar se você quisesse me matar." Ela olhou para Yonda.
Ela se surpreendeu quando a outra mulher sorriu.
"Você podia pelo menos tentar. Drantos iria me matar se
eu colocasse um dedo em você. Eu não sou suicida. Pelo
menos blefe, Dustin."
“É Dusti.”
"Esse não é o nome de menino?"
"Meu nome completo é Dustina, mas todos encurtam. É
com I."
Yonda gemeu. "Um ser humano com um I no final do
nome. Que clichê. Estou tentando gostar de você, mas você
está deixando isso difícil."
"Você é outra mulher VampLycan com um A no final do
nome. Crayla. Peva. Minha mãe era Antina. Ela nomeou as
filhas Batina e Dustina. É como um requisito aqui ou algo
assim? Acho que vou continuar sendo chamada de Dusti
com um I."
Yonda riu. "Muitos dos nossos nomes terminam com A. É
tradição em algumas famílias de ter isso no nome de pelo
menos uma filha. É considerado boa sorte. Conte-me sobre
Lorde Aveoth. Eu sempre quis conhecê-lo. Ele parecia ser
bom de cama? Ele precisa de uma amante. Eu não sei
como me sairia morando nas falésias mas ele pode valer a
pena." Ela ficou séria. "Especialmente se o futuro deste clã
está dependendo de Drantos torna-la feroz. Eu não estou
com muita esperança de que isso aconteça".
"Alguém já te disse que você é uma cadela?"
"O tempo todo. É um insulto no seu mundo? Chame-me
de humana". Yonda esboçou um sorriso. "Isso iria doer.
Agora me conte sobre Aveoth. Estou falando sério! Eu
nunca fui para a cama com um GarLycan e os que são
enviados aqui com mensagens entram e saem antes que
nós possamos flertar com eles. Eles só se importam com

434
negócios. Você pode se livrar de mim, se eu me oferecesse
para ir viver com o clã deles. Me fale sobre ele."
"Ele tem cerca de um metro e noventa cinco, braços e
peito massivos, beleza clássica, mas com um toque de
seriedade assustador também. Ele parece realmente
perigoso. Eu não vi asas, mas ele vestia um monte de
couro e sua voz me fez lembrar um trovão quando ele ficou
bravo. Seus olhos e cor de pele mudaram bem na minha
frente. Era estranho. Ele decapitou alguém super-rápido e
isso não pareceu incomoda-lo. Seu tom de voz nem sequer
mudou. Você acharia que ele simplesmente matou uma
mosca."
Yonda lambeu os lábios. "Ele parecia muito frio e
distante?"
Dusti deu de ombros. "Eu achei."
"Eu vou solicitar uma audiência com ele. Isso é
incrivelmente excitante.”
"Você ouviu o que eu disse?"
"Claro que eu ouvi. Você o fez parecer um sonho
molhado."

"Eu acho que preciso de outra bebida." Dusti sacudiu a


cabeça. "Vocês são muito estranhos."
"Por que você acha isso?"
"Eu não podia esperar para me afastar dele, mas você
quer ir encontrá-lo? Eu pensei que você disse que não era
suicida?"
Yonda avançou até a cozinha e pegou a garrafa que
Dusti tinha agarrado. "Eu acho que você já teve o
suficiente. Você está arrastando as palavras. Você não quer
que seu companheiro volte para casa depois da patrulha e
a encontre desmaiada no chão. Será apenas mais um
lembrete de quão fraca você é. Você não pode sequer lidar
bem com bebida."

435
Dusti olhou para a outra mulher. "Eu realmente não
gosto de você. Você é tão rude."
"Nós somos honestos. Mentiras são um desperdício de
tempo. Você é a companheira de Drantos então isso
significa que eu tenho que aceitá-la. Simule violência se
você for insultada. Ninguém iria realmente golpeá-la uma
vez que seria uma sentença de morte machucar a
companheira de Drantos de qualquer forma. Você vai pelo
menos parecer mais forte do que realmente é e ganhar
respeito pela coragem. Fique longe da bebida também."
Seu olhar baixou para o estômago de Dusti. "Eu posso ver
porque Crayla a aconselhou a ficar grávida. Você pode
querer considerar fazer seus ovários começarem a produzir
óvulos viáveis. Todo mundo adora um novo bebê e isso vai
distraí-los de suas falhas."
Dusti deixou escapar a primeira coisa que veio à mente.
"Eu realmente te odeio."
Yonda inclinou-se um pouco. "Assim está melhor.
Honestidade. Você está soando mais como uma
VampLycan. Continue assim." Ela se virou e saiu da casa,
fechando a porta atrás dela. A garrafa foi com ela.
Dusti suspirou e decidiu tomar aquele banho depois de
tudo. Tinha horas antes de Drantos retornar. Sua conversa
com Yonda a tinha deixado sóbria o suficiente para que se
sentisse segura de que não cairia no sono. Ela tinha muita
coisa na cabeça.

Drantos avistou Yonda vindo e fez sua presença conhecida


por andar atrás dela. Ela não o sentiu até que ele estava a
poucos passos de distância. Ela virou. Ele parou.
"O que você está fazendo aqui?"
"Eu vim procurar por você."
Ele ficou tenso. "Por quê? Você queria insultar minha
companheira de novo? Eu pensei que nós éramos amigos.

436
Como você poderia fazer essa merda, especialmente na
frente do meu pai?"
"Fiquei surpresa. Eu não esperava que você fosse a uma
missão e voltasse com um ser humano que cheirava como
se você tivesse acabado sair da cama com ela. Nós não
mexemos com os humanos. Eu estava razoavelmente
preocupada quando você deixou claro que planejava
acasalar com ela."
"Ela acreditava que era um ato de uma mulher que tinha
me reivindicado. Eu tive um inferno de tempo explicando
que nós não temos laços emocionais".
"Não é minha culpa se humanos namoram e tentam
formar laços com quem têm relações sexuais."
“Você veio se desculpar?”
“Sim.”
"Eu aprecio isso. Não me cause mais problemas, Yonda.
Evite Dusti se você não consegue ser agradável".
"Eu acabei de sair da sua casa."
Raiva explodiu dentro dele. Ele pulou e agarrou-a pelo
pescoço antes que pudesse se controlar. Ele não apertou,
mas deixou sua ira ser conhecida quando rosnou, olhando
para ela. "Você a machucou?”
"Não." Ela estendeu a mão e a colocou perto do nariz
dele. "Eu não a toquei. Cheire."
Ele inalou e a soltou, recuando. "Fique longe dela. Você
disse para ir embota? A insultou?"
"Eu fui lá para explicar o que você precisava em uma
companheira, porque eu me considero sua amiga, mas
você já está ligado a ela. Eu estaria mais preocupada com o
que sua mãe disse a ela do que qualquer conselho que eu
dei."
"O que diabos isso quer dizer?"
Yonda sorriu.
“Não brinque comigo.”

437
"Qual é a única forma de uma companheira fraca ser
útil?"
"Merda. Ela disse para ela ter um bebê logo?".
"Sua pequena humana decidiu beber. Levei a garrafa
para longe dela. Ela não lida muito bem com a bebida,
Drantos. Admito que a deixasse furiosa só para ver como
ela reagiria. Ela tem potencial."
Ele rosnou.
"Eu esperava que ela fugisse para o quarto e trancasse a
porta, mas ela se manteve firme. Eu gosto dela, mas ela
precisa de algum trabalho. Você provavelmente está
dizendo a ela para não se preocupar com nada e como você
vai lidar com quaisquer problemas que possam surgir. É a
abordagem errada. Ela precisa ganhar o respeito do clã
pelas ações dela, não suas.”
"Ninguém se atreveria a machucá-la."
"Você está certo. Você os mataria. Isso não significa que
você pode forçá-los a gostar dela ou que ficariam felizes
por ela pertencer a você. Isso irá causar ressentimento."
“Por que você se importa?”
"Nós crescemos juntos, Drantos. Você se acasalou com
uma fraca. Você cuidaria de mim se eu estivesse no seu
lugar, se oferecendo para ensiná-lo a lutar e fortalecê-lo.
Você tem um bom coração. Eu também. Ela não tem
potencial para matar de forma eficaz, mas podemos
trabalhar com isso. Mentir para outro ser humano para
evitar problemas futuros para nosso clã mostrou a eles que
ela tem pelo menos um proposito, mas não é como se nos
deparássemos com muitos que não podem ter as memorias
apagadas. Ela não parecia animada em parir bebês para
provar seu valor para clã. Eu não a culpo. Convença-a a
trabalhar com algumas das mulheres. Nós vamos ensinar-
lhe os nossos costumes e como trabalhar em torno de sua
falta de força física".
Drantos considerou aquilo.

438
"Alguns de nós querem ajudá-lo. Eu quero ajudar." Ela
inclinou a cabeça. "Você pode ser o filho da Crayla, mas ela
é um terror para a maioria de nós. Não a faça ser mais
suave com sua companheira do que com o resto de nós
uma vez que o choque da chegada de Dusti passe. É dever
dela manter a harmonia em todo o clã. Ela não pode se dar
ao luxo de ter favoritos. Você sabe que é verdade."
“Vou pensar nisso.”
"Faça isso." Yonda de repente sorriu. "Você pode me
agradecer pedindo o seu pai para marcar uma audiência
com Lorde Aveoth. Eu gostaria de conhecê-lo."
"Por que você iria querer isso?"
"Ele perdeu sua amante." Ela passou as mãos pelo corpo
dela. "Eu tenho muito a oferecer-lhe se ele for tão sexy
como sua companheira disse."
Ciúme ascendeu. “Ela...”
"Ela tem medo dele. Relaxe. Ela não é atraída por ele. O
oposto. Acho que se ele pode incutir esse tipo de reação
nela, ele deve ser muito impressionante." Yonda olhou para
algo atrás dele. "Vou deixá-lo agora. Eu estou disposta a
ajudar se você decidir que precisa."
Drantos observou-a se afastar antes de se virar. Ele viu
a razão por qual ela tinha saído. Red se aproximou. Seu
primo e Yonda nunca tinham se dado bem. Ela quis testar
um acasalamento, mas Red tinha recusado.
Red fechou a distância entre eles. "O que você está
fazendo falando com ela? Sua companheira não iria gostar."
"Diga-me algo que eu não saiba."
Red suspirou. "Bem. Falei com Kraven. Ele ligou."
"Como ele e Bat estão?"
"Seguros até agora. Ele foi breve. Sua mensagem foi
que ele pretende falar com o médico. Ele disse que você
sabe quem é e onde ele está. Ele não queria dizer isso no
telefone."

439
Drantos assentiu. "É o médico que trata Dusti. Ele está
na Califórnia."
"Para quê? Sua companheira está doente?"
"Esqueça. Ele disse mais alguma coisa?"
"Ele ligaria depois para dar os detalhes. Eu contei a ele
que tinha recuperado sua companheira. Ficou aliviado. Ele
disse que não teria que vigiar mais as bolas, o que quer
que isso signifique."
Drantos achou aquilo divertido. "A irmã que está com
ele gosta de ameaçar as bolas dele quando ela está com
raiva."
Red rosnou. "Por que ele iria se submeter a isso?"
"Você vai entender um dia, quando encontrar a mulher
certa."
"Deve ser algo que aprenderam ao serem criadas como
humanas." Ele mostrou seu desagrado. "Por que você
testou um acasalamento com uma?"
"Eu não previ isso, Red. Eu estava apenas curioso sobre
quanto sangue da mãe ela carregava já que eu não poderia
pegar isso em seu cheiro. Ela toma injeções contra anemia.
Isso me fez pensar que ela pudesse ter uma necessidade
por sangue."
“E?”
“Eu estava certo.”
"Eu espero que você não conte a seu pai sobre isso. E se
ela for incapaz de procriar? Ele espera que você tenha filhos
um dia."
"Não é um problema." Ele se lembrou do que Aveoth
tinha dito sobre fazer Dusti beber dele quando estivesse
grávida para ter bebês VampLycan fortes. "Eu acho que a
mãe dela bebeu o sangue do pai humano durante a
gravidez, e isso fez as filhas mais fracas quando nasceram.
Ela sabia que Decker iria querer usar suas filhas, do jeito
que ele tinha tentado fazer com ela. Elas não seriam uteis
para ele desse jeito.".

440
"Isso é loucura. Quem iria querer criar
propositadamente uma prole fraca?"
"Uma VampLycan desesperada vivendo em um mundo
humano que provavelmente se deu conta que nunca seria
capaz de voltar aos clãs. Qual é a nossa regra quando
saímos para o mundo humano?"
"Se misturar e se encaixar. Não faça nada que vai
chamar a atenção."
"Exatamente. Disseram-me uma vez que Decker forçou
uma dos Lycans mais velhos que sobreviveram à guerra a
ficar com ele durante os primeiros dez anos como um
conselheiro, quando ele assumiu o controle do clã. Ela era
uma parteira Lycan, então ela não ficou para trás para lutar
quando os mais jovens fugiram dos vampiros." Sua mente
trabalhava. "E se essa Lycan contou a Decker sobre o
compartilhamento de sangue, enquanto uma companheira
estava grávida? É possível que Antina pudesse ter essa
informação também. Decker teria exigido a todos os seus
filhos que lhe dessem netos fortes."
"Do que você está falando?"
"Não importa." Drantos olhou para o céu. "Estou ansioso
que meu turno termine. Eu só quero ir para casa para
minha companheira."
"Vá." Red acenou para ele. "Eu vou te cobrir."
“Obrigado.”
Drantos começou a se afastar.
“Ei!”
Ele parou e olhou para trás. "O que?"
“Eu quero a minha jaqueta de novo.”
Drantos assentiu e correu para casa. Ele encontrou a
porta da frente destrancada e entrou. As luzes estavam
acesas, mas Dusti não estava na sala de estar ou na
cozinha. Ele cheirou o ar e seguiu o cheiro dela através de
seu quarto e no banheiro principal. Ela estava na banheira,

441
com a cabeça inclinada para trás ao longo da borda, de
olhos fechados.
“Estou em casa.”
Seus olhos se abriram e ela se sentou. "Você chegou
cedo."
"Eu senti sua falta." Ele abriu a ligação entre eles e uma
onda de tristeza varreu através dele. Ele atravessou o
banheiro e se agachou ao lado da banheira. "Qual o
problema, querida?"
"Eu quero me encaixar, mas eu não vejo isso
acontecendo."
“Vai acontecer. Dê um tempo.”
"Sua mãe acha que eu deveria ter um bebê, mas eu
quero que a gente se conheça melhor primeiro. Nenhum
casamento deve começar com um bebê. Temos bastante
stress, sem acrescentar as noites sem dormir e as fraldas
para trocar."
"Eu concordo." Ele pegou a palavra que ela usou. "Você
quer que eu me case com você? Eu sei que isso é
importante para os humanos."
Ela levantou uma de suas mãos da água, olhando para
ele. "Um anel seria bom, mas eu sinceramente não quero
essa coisa de cerimonia." Seu olhar encontrou o dele. "Ou
talvez nós pudessemos comprar colares combinando.
Apenas algo que ambos tenham que mostra que somos um
casal. Eu observei que nenhum dos seus pares acasalados
usam anéis. Você poderia esconder um colar sob sua
camisa".
Ele não queria lembrá-la nesse momento que ele
mudava para outra forma, e como não era uma boa usar
joias durante a mudança. "Nós vamos ter o mesmo cheiro
conforme contianumos a aprofundar o nosso laço."
Ela desviou o olhar e tentou abaixar sua mão. Ele
agarrou-a e fechou os dedos em torno dos dela. "Eu vou
arrumar anéis para gente." Ele poderia retirar o seu quando

442
estivesse em patrulha, em seguida, colocá-lo novamente
quando chegasse em casa. Dessa forma, ele não iria perdê-
lo quando ele trocasse de forma.
Ela sorriu e olhou em seus olhos novamente.
"Obrigada."
"Não me agradeça. Você está desistindo de muita coisa
para viver no meu mundo. Eu posso me comprometer,
Dusti. Sua felicidade é importante para mim. Como foi com
a minha mãe?"
"Ela tentou ser agradável. Ela ganhou um A pelo
esforço. Apenas somos realmente muito diferentes."
"Você falou com mais alguém?" Ele se perguntou se ela
iria dizer a ele sobre sua outra visitante.
“Yonda passou por aqui.”
Ele apertou a mandíbula com o seu tom infeliz. "Isso não
vai acontecer novamente."
"Eu pensei que ela veio chutar a minha bunda no
começo, mas ela estava apenas sendo ligeiramente
insultante. Eu nunca vou ser um fã dela, mas foi ok. Ela
queria me dar conselhos."
"Eu odeio que isso seja tão difícil para você."
"Não é muito fácil viver no meu mundo também. Você
iria se destacar muito."
"Eu estive em seu mundo antes. Tenho certeza que me
encaixei."
Ela sorriu, seu raio humor. "Baby, você se destaca.
Confie em mim.”.
“Como?”
Seu olhar baixou e ele sentiu a excitação através do
vínculo. "Você é quente, alto, sexy... eles teriam que ser
cegos para não vê-lo."
Ele se levantou e pegou uma toalha, segurando-a para
ela. "Saí daí."
Ela se levantou e ele admitiu que apreciava a visão dela
nua e molhada. Seus mamilos endureceram com o ar frio.

443
Ele envolveu a toalha em torno dela e a levantou da
banheira, levando-a para o balcão e gentilmente
depositando-a lá. Ele abriu as pernas e se inclinou,
colocando seus lábios perto dos dela. Ele queria beijá-la,
mas resistiu. Ela precisava de mais do que sexo naquele
momento.
"Eu te amo. Essa é a coisa mais importante de todas.
Estamos juntos. Não deixe que essa besteira de política do
clã te atinja, Dusti. Eu não dou a mínima para o que
alguém diz ou pensa. Eu não vou deixar você infeliz. Eu
possuo um terreno que está na borda do território. Nós
podemos nós mudar para lá antes que o inverno chegue se
você quiser um tempo do meu povo. Eu não posso imaginar
nada melhor do que passar meses preso na neve com você.
Nós estaríamos sozinhos em nossa cabana acolhedora. Não
é grande, mas eu acho que você vai gostar."
Ela sorriu. "Não ficaríamos entediados?”
Ele balançou sua cabeça. "Nós nos manteríamos
mutuamente ocupados. Abra-se para mim. Abaixe sua
guarda interior para mim."
Ela fez isso. Ele sentiu instantaneamente, como se ela
tivesse aberto uma janela e suas emoções e pensamentos
chegassem a ele como uma brisa. Ela queria tocá-lo, beijá-
lo, mas estava se segurando.
"Eu quero você também, querida." Ele parou de lutar
contra seus impulsos e tomou posse de sua boca. Paixão
explodiu no interior de ambos. Ele gemeu e estendeu a
mão, empurrando a toalha fora do seu caminho para que
ele pudesse brincar com a vagina dela. Ela abriu mais as
coxas, colocando elas ao redor de seus quadris.
Ela já estava ficando molhada da tensão sexual entre
eles então ele usou o polegar para esfregar por cima,
utilizando a almofada do mesmo para provocar o clitóris
dela. O pequeno broto endurecendo enquanto acariciava
para cima e para baixo. Seus gemidos o excitava, mas

444
principalmente os pensamentos de necessidade que podia
captar. Ela o queria dentro dela. Seu pau endureceu
dolorosamente.

Ele podia sentir quão perto ela estava de gozar.


Gemidos rasgaram de seus lábios entreabertos e ele
apertou os dentes, fechando sua ligação, uma vez que ele
sabia que ia acabar gozando nas calças se não fizesse. Ele
aplicou um pouco mais de pressão contra seu clitóris,
dedilhando-o mais rápido. Suas coxas apertaram seus
quadris, a respiração dela ficou agitada e dura. Ele adorava
a maneira como seus dedos o agarraram, onde ela se
segurou.
Ela jogou o rosto para frente e seu corpo tremia. Ele
olhou para baixo para ver onde a toalha tinha caído,
amando a visão dos mamilos dela quando ela gozou. Eram
pequenos seixos apertados que ele queria chupar e beliscar
com os dentes.
Ele afastou o polegar dela e estendeu a mão para abrir
suas calças. As próximas horas que ele gastaria fodendo ela
seriam o paraíso. Ele abriu sua mente para ela novamente,
enviando flashes de imagens das coisas que queria fazer.
Ele também as disse, apenas no caso de seu vínculo ainda
não ser forte o suficiente para ela pegar essas imagens.

“Drantos!”
Ele resmungou, irritado com a interrupção. A irritação de
Dusti foi sentida dentro dele também, ou era possível que
ela estivesse espelhando a sua. Ela soltou as pernas e ele a

445
desceu do balcão. Ele continuou segurando ela por alguns
segundos já que as pernas dela pareciam instáveis.
"Eu volto já. Era o meu pai gritando."
"Eu sei. Eu estou tão cansada deles entrando na casa."
"Eu sinto muito. Vou me livrar dele. Encontre-me no
quarto." Ele saiu do banheiro, andou através do quarto,
mas parou um momento para fechar a porta. Seu pai
esperava na sala de estar. "O que?"
"Você deveria estar em patrulha."
"Eu fui. Red me aliviou. Meu posto está coberto."
Seu pai olhou para baixo e inalou. "Desculpe."
"Seja o que for, pode esperar. Agora não é um bom
tempo."
"Temos problemas. Acabei de receber um telefonema do
clã de Decker. Ele e alguns de seus capangas retornaram a
sua aldeia. Eles chutaram a porta da casa de alguém e
roubaram uma criança".
Sua paixão resfriou rapidamente, substituída por raiva.
Apenas Decker usaria uma criança. Era uma coisa covarde
para fazer. Ele não tinha um mínimo de honra. "Isso não
deveria me surpreender mais, mas uma criança é baixo até
mesmo para ele."
Seu pai olhou para o corredor, em seguida, de volta
para ele. "Traga sua companheira. Trata-se da família
dela."
Drantos voltou e encontrou Dusti em seu quarto,
colocando em uma das camisetas dele. "Você precisa sair.
Meu pai quer falar com nós dois. Decker raptou uma
criança."
Ela parecia chocada. “O que? Por quê?”
"Eu não estou certo. Isso é provavelmente o que meu
pai quer discutir."
"Dê-me um minuto." Ela vasculhou uma gaveta da
cômoda dele.

446
Ele abriu aquela que continha suas calças de moletom,
secretamente satisfeito que ela preferia se cobrir com o
cheiro dele, e depois a ajudou, agachando-se e enrolando a
barra. Elas eram muito longas para suas pernas mais
curtas. Ele endireitou-se e estendeu a mão, levando-a para
a sala.
"O que o babaca do meu avô fez agora?"
Drantos viu os olhos do pai se arregalarem ligeiramente
a pergunta. Isso o divertiu. Sua companheira ia direto ao
ponto. Ele colocou seu braço ao redor dela para mantê-la
perto.
"A sobrinha de Lake foi sequestrada por Decker. A irmã
dele acasalou com um membro do clã de Decker e vive lá.
Ele disse a ela para nos contatar. Ele está disposto a trocar
a menina por Batina e ameaçou matar a criança se não
fizermos a troca. Ele deixou um número de telefone para
nós ligarmos, então eu liguei. Ele obviamente acredita que
seu executor realmente tinha agarrado Batina na
emboscada, e ele acha que Kraven levou Dusti para longe,
em uma tentativa de enganá-lo. Ele também está ciente de
que Lorde Aveoth está caçando-o, mas ele claramente
pensa que isso vai mudar depois que Aveoth pegar o cheiro
de Batina. Como se sentir o cheiro dela fosse apaziguar o
líder GarLycan." Velder rosnou. "Não vai. Eu falei com ele
também."
Drantos apertou um de seus punhos. Ele queria matar
Decker. "O que Aveoth disse?"
"Ele estava com seu clã lidando com algum problema
interno, mas ele está voando para procurar a criança e
Decker com alguns de seus executores. Ele nos mandou
ficar fora disso." Seu pai parecia e soava frustrado.
"Onde está Lake?" Drantos não ficaria surpreso se ele
tivesse saído para ir rastrear a criança.
"Eu disse a ele para esperar lá fora. Ele está fora de si
de preocupação. A criança mal começou a andar. Ela é

447
indefesa. Maldito Decker. A irmã de Lake disse que ele e
um grupo de seus executores mais fortes desapareceram
depois que eles nos atacaram na estrada ontem. Em
seguida, eles simplesmente apareceram e levaram a filha
dela meia hora atrás. Ela também disse que alguns de seu
clã ficaram indignados e saíram para tentar recuperar sua
filha, mas Decker tem uma vantagem. Ele a apagou, mas
ela não ficou muito tempo desmaiada. Seu companheiro
não estava lá no momento ou provavelmente o teriam
matado. Eu notifiquei todos para estarem em estado de
alerta no caso do filho da puta tentar entrar aqui ele
mesmo, para tomar quem ele pensa ser Batina".
"Devemos enviar rastreadores para ajudar procurar a
criança." Drantos seria voluntário.
Seu pai sacudiu a cabeça. "Lorde Aveoth foi claro. Nosso
trabalho é proteger a sua companheira e mantê-la onde ela
está segura. Os GarLycans podem cobrir muito mais
terreno do que nós. Decker está desesperado. Parecia
paranoico no telefone. Eu não o culpo. Ele queria uma
guerra e ele tem uma por irritar Lorde Aveoth. Só não era a
guerra que ele queria".
Drantos refletia sobre a situação. "Por que você não liga
para Decker e diz que vamos fazer a troca? Dessa forma,
podemos informar Aveoth onde ele estará. Nós vamos ter
um local."
"Eles poderiam matar a criança ao primeiro sinal de
traição. Decker seria pego, mas ao preço da vida dessa
criança. Acho que devemos fazer tudo para evitar a morte
dela."
Ele concordou. Decker era um bastardo vingativo. "Você
está certo. Eu estou tão furioso que não consigo pensar
direito."
"Eu tenho anos de experiência em lidar com esse filho
da puta, Drantos. Eu tenho um plano... mas você não vai
gostar." Seu pai voltou a atenção para Dusti. "Eu notei uma

448
forte semelhança entre você e sua irmã. Você acredita que
poderia fazer Decker acreditar que você é Batina, por
alguns minutos? Isso nos dará tempo de pegar a criança e
atacar uma vez que ela esteja segura".
Drantos soltou a cintura de Dusti e empurrou-a para
trás, tirando o foco de seu pai. "De jeito nenhum! Minha
companheira não é isca. Ele vai matá-la quando perceber
que ela é a neta errada."
"Calma", seu pai ordenou. "Decker não vai prejudicá-la
se ele pensar que ela é Batina."
"E se ele não engolir isso? Ele não tem nenhum uso para
Dusti." Drantos rosnou furioso. "Não. Não vou arriscar a
vida dela".
"Eu poderia fazer isso", afirmou Dusti.
Ele girou, olhando para ela. "Dusti!"
Ela colocou as mãos nos quadris e fez uma careta para
ele. "Bat e eu somos muito parecidas."
"Eu não concordo." Ambos tinham cabelo loiro, olhos
azuis, e uma construção parecida, mas Drantos nunca
confundiria as irmãs. Elas não eram gêmeas.
Dusti o alcançou, colocando as mãos em seu peito
conforme se aproximou. "Decker Filmore não nos vê, desde
que éramos jovens. Eu acho que eu tinha dez anos e Bat
tinha doze." Ela lambeu os lábios. "Eu posso fazer isso.
Sabe uma das coisas mais irritantes que tive que lidar
quando vivia com a minha irmã? Eu vou te dizer", ela
apressou-se. "Era atender ao telefone. Nós soamos iguais.
Nossos amigos nunca poderiam nos distinguir até que nós
tivéssemos falado com eles um pouco. Bat só falou algumas
vezes com nosso avô pelo telefone recentemente. Eu só
vou falar como ela falaria. Eu posso imitar minha irmã por
alguns minutos".
"Não" Drantos balançou a cabeça e colocou as mãos
sobre as dela.

449
"Você está sendo irracional. Você ouviu o seu pai. Eu
vou fingir ser Bat de modo que a menina seja libertada.
Vocês podem vir ao meu resgate, em seguida, e prendê-
lo".
"Nós não prendemos," seu pai esclareceu. "Nós
capturáramos."
"Que seja," Dusti murmurou. "Você vai ter Decker e a
menina vai estar segura." Ela olhou para cima para
Drantos. "Eu posso fingir ser Bat. Quem a conhece melhor
do que eu?"
Ele estudou suas feições. "Querida, vocês não são muito
parecidas."
"Você perdeu a parte do ele não nos vê desde que
éramos crianças?"
"E se Decker tiver visto fotografias da sua irmã? Ela é
uma advogada. Ela participa de casos cobertos pela mídia?
É possível que ele saiba como ela é."
Dusti pareceu considerar isso. "Ele não a viu desde que
ela esteve em um acidente de avião e teve que passar dias
na floresta, sem acesso a maquiagem. Minha irmã está
sempre ajeitada, por isso não vou estar. Eu posso enganá-
lo. Não é como se eu tivesse que fingir por um longo
tempo." Ela se inclinou para o lado, olhando para o pai
dele. "Certo?"
"Sim. Nós só precisamos de tempo para Lake pegar a
criança e deixa-la segura."
Dusti sorriu para Drantos. "Vê? Eu só vou ser altiva e
insultante por alguns minutos. Eu posso fazer um discurso
como Bat."
Isso podia funcionar, mas e se isso não acontecesse?
Drantos considerou.
Não. Decker mataria Dusti se ele descobrisse a mentira.
"Eu não posso arriscar sua vida. Você é minha
companheira. Minha prioridade é a sua segurança."

450
"É uma menininha", ela lembrou a ele, como se ele
pudesse esquecer.
"Eu não posso te perder." Ele apertou suas mãos
apoiadas contra seu peito. "Não me peça isso."
"Eu não estou pedindo, Drantos. Eu estou dizendo." Ela
se inclinou para o lado de novo, olhando para o pai dele.
"Disseram-me que companheiros estão autorizados a
discutir em privado então que você precisa sair, porque eu
acho que isso está prestes a acontecer."
"Ela acabou de ordenar que eu saísse da sua casa?"
Drantos ignorou seu pai. "Eu me decidi."
Os olhos de Dusti estreitaram e ela puxou as mãos.
"Não é sua decisão a tomar. É minha e eu vou fazer isso."
"É muito perigoso! Você nunca me escuta? Como você
sobreviveu em seu mundo por tanto tempo?" Drantos
sentiu suas presas crescerem para fora pela irritação e
raiva. Ela podia levar um homem à loucura. "Eu te amo.
Vamos pensar em outra maneira de recuperar a criança
que não envolva colocar você em perigo."
"Uau, isso não foi um insulto completo." Sua
companheira revirou os olhos. "Seu povo já pensa que eu
sou inútil. Uma das suas mulheres faria isso? Eu acho que
sim. Nem sequer se preocupe em responder isso."
O assunto era muito importante para ele se dar luxo de
ser sensível com os sentimentos dela. "As mulheres do
nosso clã têm garras para lutar contra um atacante e
podem mudar e correr por suas vidas, se for necessário.
Elas são capazes de se defender tempo suficiente até a
ajuda chegar. O que você vai fazer? Encará-los e gritar
palavrões? Talvez ameace fazer os executores da lei
humana prende-los? Decker vai te matar. Você admitiu que
ele não tem nenhum uso para você. Ele vai saber quem
você é!"
Ela o surpreendeu ao se lançar para frente e bater as
mãos em seu peito. "Você está errado! Eu vou fazer a

451
mesma maldita coisa que eu fiz toda a minha vida, a qual
eu sobrevivi sem você, a proposito. Vou usar meu cérebro e
fazer meu caminho." Ela empurrou, mas não foi capaz de
movê-lo. "Você está me irritando."
“Eu conheço esse sentimento. Eu a proíbo de fazer isso.”
Sua boca se abriu e ela se afastou, soltando-o. "Como
se você pudesse. Você pode ser meu namorado, mas isso
não significa que você possa me dar ordens."
“Companheiro!” Ele rosnou.
"Tanto faz!" Ela recuou e desafiou-o ainda mais,
abordando seu pai novamente. "Eu vou fazer isso. Conte
comigo."
"Não!" Drantos girou para seu pai. "Ela não vai."
Seu pai olhou entre eles, finalmente, segurando seu
olhar. "Será por apenas alguns momentos. Vamos segui-los
a uma distância de modo que os vigias não nos detectem e
cercamos a área. Lake só precisa pegar a criança e correr.
Podemos atacar em seguida."
"Com Dusti no meio disso sem qualquer defesa."
Seu pai respirou fundo. "Sua companheira pensa que
pode enganar Decker. Ele não vai querer Batina morta. Sua
vida está em perigo e ele acredita que a única maneira de
evitar que Lorde Aveoth o mate é usar a irmã como uma
moeda de troca. Você não está sendo razoável, Drantos."
"Sim, ele está", Dusti bufou.
Ele se virou para ela. "Fique fora disso. Você pensou que
eu estava louco quando eu lhe disse sobre os VampLycans.
O seu processo de pensamento nem sempre é claro. Este é
um assunto do clã."
"Você não pode ter as duas coisas." A raiva saiu de seu
rosto e ele odiava ver a tristeza em seus olhos. "Eu sou
parte deste clã ou eu não sou. Deixe-me fazer algo útil.
Meu Deus, Drantos. É de uma menininha que estamos
falando. Eu correria para um prédio em chamas se eu
soubesse que uma estivesse lá dentro. Eu teria que ser

452
uma imbecil egoísta para não fazer isso. Convenci um cara
assustado que algo parecendo um cão do inferno era na
verdade um urso com sarna. Eu posso fazer isso. Não é
como se eu vou tivesse que fingir ser um estranho. É Bat."
Ela colocou a mão na cintura, ergueu-a e jogou a cabeça
para trás, projetando o queixo. "Não me faça tirar os saltos
para te bater até te reduzir a uma pasta, seu grande
macaco."
Seu pai rosnou. “Macaco?”
"Isso é como Bat fala," Drantos explicou, observando
Dusti. "É assim que a irmã dela chama Kraven quando está
com raiva."
Dusti aliviou seu corpo tenso e suavizou sua voz. "Eu
posso fazer isso, Drantos. Me de uma chance. Eu não sou
totalmente inútil."
Sua necessidade apertou o coração dele. "Não é assim
que você vai provar seu valor ao clã. Isso é muito
perigoso."
"Sim. Vou ficar grávida em vez disso." Ela bufou.
Drantos suspirou e balançou a cabeça para seu pai.
"Vamos pensar em outra maneira."
A porta da frente se abriu e sua mãe entrou. "Qual é a
demora? Lake está andando para lá e para cá lá fora." Ela
acenou para Dusti. "Ela está com muito medo de ir?"
"Não. Fale com o seu filho. Eu disse que ia fazer isso",
Dusti respondeu.
Drantos estremeceu quando sua mãe lhe deu um olhar
feio. "Vamos pensar em outra coisa."
Dusti olhou para ele. "Faça isso. Vou para o quarto,
longe de você. Eu preciso esfriar a cabeça." Ela saiu da sala
e fechou a porta do quarto.
"Droga." Ele odiava a brigar com sua companheira, mas
ele não podia viver consigo mesmo se algo acontecesse
com ela.

453
"Ela concordou," seu pai argumentou. "Isso vai ajudá-la
a ser aceita no clã."
"Eu não dou a mínima para isso. Eu não quero ter que
enterrar minha companheira!"
Sua mãe suavizou seu olhar. "Eu vou falar com ela. Eu
entendo." Ela parou ao lado dele e acariciou seus braços.
"O acasalamento é novo e ela é fraca."
Porra! Era uma situação sem saída, mas pelo menos
Dusti estaria viva. Ele a acalmaria e a faria ver as coisas à
sua maneira uma vez que seus pais saíssem.

Dusti abriu uma gaveta e encontrou seus sapatos novos.


Ela se sentou na cama. A porta do quarto se abriu e ela
ergueu a cabeça, pronta para continuar a discussão com
ele.
Era pior. Crayla entrou e fechou a porta às suas costas,
selando-as dentro do quarto juntas.
"Ótimo", Dusti murmurou. "Exatamente o que eu
precisava. Você veio me dizer que eu não consigo fazer isso
também?"
“Não. O que você está fazendo?”
"Exatamente o que parece. Estou colocando meus
sapatos. Eu não sou uma idiota completa. Eu já andei com
os pés descalços na floresta e eu gostaria de evitar fazer
isso de novo".
"Drantos não quer que você vá lugar algum."
"Eu o ouvi. Ele me ouviu, também." Ela se levantou e
correu para o banheiro, acendendo a luz. Ela parou na
frente do espelho para avaliar sua aparência. Ela estendeu
a mão e começou a usar seus dedos para fazer nós em seu
cabelo.
“Tenho certeza que existe uma escova de cabelo em
uma das gavetas.”

454
Dusti desviou o olhar no espelho e viu Crayla na porta
que separava os dois cômodos. "Não é a aparência que eu
quero. Eu pretendo ser a anti-Bat."
"Eu não entendo o que isso significa."
"Talvez nosso avô tenha visto fotos da minha irmã. É
possível. Ela é muito limpa e arrumada. Sua maquiagem é
sempre impecável e ela veste roupas caras. Vou dar-lhe a
versão que é o oposto." Ela focou em seu reflexo
novamente, inclinando-se e transformando seu rosto
enquanto usou seus dedos para bagunçar mais o cabelo.
"Sem coque. Sem maquiagem." Ela olhou para as roupas
emprestadas. Elas a ofuscavam. "Ele sabe que nós tivemos
alguns dias infernais e que perdemos tudo no acidente de
avião. Ele não vai esperar que ela esteja parecendo bem, a
menos que ele seja um completo idiota de merda. Vou dizer
isso se ele disser alguma coisa".
"Seu companheiro se recusou a permitir que vá no lugar
dela."
Dusti suspirou. "Isso é uma lei também? Total
obediência a seu companheiro? Ninguém está aqui para me
ver desafiá-lo, então eu não vejo um problema, a menos
que você pretenda dizer a todos." Ela se virou e olhou nos
olhos de Crayla. "Eu posso fingir ser a minha irmã. Tudo o
que tenho a fazer é ficar parada até que a cavalaria
chegue. Certo?"
Crayla arqueou as sobrancelhas. "Drantos disse que
não."
"Seu marido é o líder do clã. Isso te faz Senhora Líder
do Clã. Você não pode ignorar o seu filho?"
A outra mulher sorriu e inclinou-se contra a parede,
cruzando os braços sobre o peito. "Meu filho vai ficar
furioso."
"Ele pode superar isso. Ele pode desacasalar comigo,
como um divórcio?"
“Não.”

455
"Foi o que eu pensei. Então, você vai me ajudar a
conseguir essa criança de volta ou ouvir o seu filho
irracional? Eu preciso de você ou seu marido para me
ajudar a fazer isso desde que eu não tenho nenhuma ideia
de onde meu avô quer que eu vá, e alguém precisa agarrar
a menina na troca."
Crayla se empurrou para fora da parede e, lentamente,
avançou. Ela veio para frente até que apenas um pequeno
espaço as separou. "Você está preparada para irritar meu
filho tanto assim?"
"Eu já fiz isso antes. Confie em mim. Ele não gostou
quando eu o chamei de maluco e o insultei quando achava
que ele precisava de medicação para a sua imaginação
selvagem. Nós passamos por isso. Na melhor das
hipóteses, posso dizer a ele “eu te disse” quando eu voltar
segura. Na pior, eu nunca vou chegar ao ouvi-lo gritar
comigo. Isso é algo difícil de fazer quando eu estiver
morta.".
"Por que você está disposta a arriscar sua vida por uma
criança VampLycan?"
"Eu faria isso por qualquer criança. É da natureza
humana." Dusti hesitou. "E eu sou humana. Além disso,
você tem que ser um babaca total para ficar sentado e não
tentar salvar uma criança se tiver a chance." Ela mordeu o
lábio. "Eu também odeio meu avô e sempre odiei. Eu vim
para o Alasca com Bat para dar-lhe apoio emocional, uma
vez que ela descobrisse que ele é um desperdício de
espaço. Ia ser um bônus dizer a isso ele. Eu quero que ele
seja pego e parado. Ninguém se mete com a minha irmã, e
ele planejou isso por muito tempo. Eu quero acabar com
ele. Estas razões são suficientes?"
Surpreendeu Dusti quando Crayla estendeu a mão e
passou os dedos contra seu rosto e sorriu. "Eu gosto de
você, Dusti. Você tem coragem e força interior."
“Obrigada.”

456
"Você também é voluntariosa e teimosa." Crayla deixou
a mão cair e deu um passo atrás. "Vou te ajudar. Só não
morra. Meu filho nunca iria me perdoar."
"Eu não planejo isso. Eu sou meio que viciada em
respirar."
Crayla riu. "Fique aqui e eu vou enviar o meu
companheiro e meu filho para nossa casa. Eles podem
planejar outra maneira de salvar a menina, enquanto nós
mulheres fazemos isso."
"Ninguém vai chicotear Drantos se eu desobedecê-lo,
vão? Eu não quero que ele se ofereça para levar meu
castigo de novo." Era sua única preocupação.
"Não. Eu estou no comando das mulheres e você tem a
minha permissão para fazer isso".
"Bom o suficiente." Dusti enfrentou o espelho
novamente, bagunçando o cabelo mais.
Crayla a deixou e Dusti voltou para o quarto de Drantos.
Sem garras ou presas, ela precisa de uma arma. Uma
busca rápida em suas gavetas de cabeceira foi útil. Ela
podia nunca ter disparado uma arma, mas ela tinha visto
um monte de filmes. A arma era mais pesada do que
pensava que seria. Ela fez questão de apontar para a
parede conforme ela descobria onde a trava de segurança
estava, como remover a trava, e se assegurou que tinha
balas. Ela estalou a trava de volta e verificou novamente,
usando o polegar para movê-la algumas vezes para obter
uma prévia disso.
Ela tirou as calças de moletom, colocou as roupas
íntimas de Drantos, e depois colocou as calças novamente.
Isso deu a ela um lugar para esconder a arma, na cueca
emprestada. A arma caiu um pouco, mas ela rolou a cintura
das calças para ajudar a suportar o peso. Ela fechou os
olhos, pensando sobre o que estava prestes a fazer.
Era loucura. Provavelmente era burrice. Podia não
funcionar... Mas ela precisava tentar. Todo mundo achava

457
que ela era covarde e que precisava ser protegida. Sua
irmã teria coragem para dar um golpe desses.
Esse pensamento deu-lhe a coragem de sair do quarto.
Crayla esperava na sala de estar, mas Drantos e seu pai
tinham ido embora.
"Você está pronta para fazer isso?" Crayla não parecia
convencida.
“Sim.”
"Esteja certa, Dusti. Esta é uma situação perigosa.
Decker não tem honra e ele é cruel."
"Ele quer Bat viva para usá-la. Eu só vou ser ela."
"Lake ainda está lá fora. Fiz um gesto para ele ficar
quando nossos companheiros saíram. Eu vou dizer a ele o
nosso plano."
“Que é exatamente qual?”
"Eu vou fazer Lake ligar para a irmã dele. Ela vai ter o
número de Decker. Lake irá dizer que ele te agarrou da
nossa aldeia e quer fazer a troca pela sobrinha. Nenhum
VampLycan desonraria outro roubando seu companheiro,
mas é um comportamento que alguém como o seu avô não
deve questionar."
"Porque ele é um idiota sem moral. Isso é algo que ele
provavelmente faria."
"Exatamente." Crayla sorriu. "Lake vai me dizer onde
Decker quer que ele a leve. Vou te dar uma vantagem
antes de contar aos nossos companheiros. Eles vão correr
para salvá-la. Lake vai te entregar para Decker, pegar a
criança, e correr de volta nessa direção, mas nesse tempo,
nossos companheiros estarão atrás de você. Está claro o
suficiente?"
"Como cristal". Dusti sentiu medo, mas ela se recusou a
deixá-lo mudar de ideia.
"É possível que Decker a leve, se não chegarem até você
a tempo. Não temos ideia de quantos executores estão
protegendo ele ou que tipo de plano de fuga ele fez no caso

458
de uma armadilha. Eu teria um, se fosse ele. Está
preparada para isso?"
Dusti compreendeu. "Ele vai querer levar Bat para
Aveoth." A memória do encontro com o líder GarLycan
passou por sua cabeça. "Pelo menos Aveoth sabe quem eu
realmente sou. Ele me soltou e me devolveu para Drantos.
Estou confiante sobre isso. Ele é definitivamente um dos
fodões e eu não ficaria chateada se ele decapitasse meu
avô. Eu já o vi em ação."
Crayla a olhou com severidade. "Esconda o seu medo.
Isso é importante."
"Eu vou canalizar Bat. Ela não fica com medo. Ela fica
chateada e bocuda. Confie em mim. Eu a tenho."
Crayla assentiu. "Seja forte e corajosa para seu
companheiro. Ele vai ficar furioso que você o desafiou, mas
sua raiva vai ser menor se conseguir fazer isso sem
problemas."
“O quão irritado Velder vai ficar com você?”
"Ele é meu companheiro. Ele me conhece bem, então
não deve ser surpreendido por qualquer coisa que eu faça.
Você é uma mulher do nosso clã e a criança é uma menina
VampLycan".
“Bom o suficiente.”
"Eu aprecio sua preocupação com a minha relação com
meu companheiro."
Dusti forçou um sorriso. Era mais uma questão de com
quanta raiva Drantos ficaria se ela fosse a razão de seus
pais não estarem em bons termos, no topo estava ir
diretamente contra o que ele disse a ela para fazer.

459
Capitulo Vinte
“Lake?”
Dusti olhou em torno dos bosques escuros atrás da casa
de Drantos. Crayla disse que o VampLycan estaria
esperando por ela lá. Um movimento a sua direita chamou
sua atenção e o grandalhão da loja saiu de trás de uma
árvore enorme. Havia luz suficiente vinda da casa para ela
distinguir sua expressão sombria. Ele não parecia feliz em
vê-la.
"Estou desesperado para salvar Asha, mas isso vai
contra os meus instintos."
Ela podia respeitar isso. "Este é o nome da sua
sobrinha? Asha? É bonito."
“Ela é uma menina bonita.”
“Quantos anos ela tem?”
“Quase dois.”
Dusti realmente odiava seu avô. Ele tinha sequestrado
um bebê, não uma menina. Ele fez muito pior. "Eu sei os
riscos. Vamos fazer isso, ok?"
"Eu não estaria fazendo isso se Crayla não tivesse
mandado. Ela disse que Velder concordaria com ela. Seu
companheiro vai querer me matar, não é?"
Ela decidiu mudar de assunto. "Você ligou para sua irmã
e foi capaz de contatar Decker?"
“Sim.”
“E?”
"Ele me deu um lugar para o encontro. Eu não acho que
este é um bom plano."
"Você também não." Ela suspirou, sentindo-se frustrada.
"Concentre-se em sua sobrinha. Eu posso me cuidar. Só me
leve lá, e pegue esse bebê, e arraste seu traseiro de volta
para cá. Esse é o plano. Crayla disse que lhe contou o que
tinha em mente quando voltou depois de falar com você".
460
"Ela contou. Eu só não acho que isso vá funcionar."
"Eu posso fingir ser minha irmã para um homem que
não nos vê há vinte anos. Me de algum crédito."
"Decker poderia te machucar se descobrisse que você é
a irmã errada."
"Eu estou vestindo as roupas de Drantos por uma razão.
Eu cheiro como ele, não é? Mascara o meu cheiro. Eu
aprendi isso quando encontrei Aveoth. Eu posso fazer isso.
Só me leve lá e salve a sua sobrinha."
“Eu não sei se você é corajosa ou idiota.”
"Vamos dizer que um pouco de ambos. Você precisa me
amarrar ou algo assim? Crayla disse que poderia se mover
mais rápido se estivesse me carregando".
Ele mudou sua postura, sua sombra se moveu. "Drantos
vai me matar por isso."
"Ele vai estar muito ocupado gritando comigo."
Ele bufou.
"Vamos começar esse show. Não temos muito tempo."
Ela olhou para trás, avistando Crayla na varanda dos
fundos. "Estamos perdendo o pouco de tempo que temos."
Ela enfrentou Lake novamente. "Nós precisamos ir antes
que Drantos e seu pai voltem para a casa e percebam que
eu saí."
"Eu disse a Decker que eu não conseguiria um veículo
assim ele concordou em encontrar-nos perto da fronteira de
nossas terras. Pode ser desconfortável para você, mas eu
posso me mover mais rápido se você estiver por cima do
meu ombro."
“Eu não esperava que isso fosse um piquenique.” Ela se
aproximou.
Ele tirou a camisa. "Eu vou colocar isso sobre as suas
costas para esconder ainda mais o seu cheiro. Há guardas
que precisamos passar. Se eles me cheirarem, eles
simplesmente vão pensar que estou em uma corrida para
me livrar da energia nervosa. Eles vão entrar em contato

461
com o seu companheiro se pegarem o cheiro dele, o qual
você está carregando, se perguntando por que você está no
meio do mato. Eles sabem que ele está com o pai agora."
"Esperto". Ela estendeu a mão e sentiu os ombros largos
do grande homem quando ele se agachou na frente dela.
Ele agarrou seus quadris suavemente e puxou-a mais perto
de seu corpo até que ela se inclinou sua pélvis contra ele.
Ele lançou seus quadris e enganchou um braço sobre suas
pernas enquanto ele se levantava.
Memórias de quando Drantos a tinha carregado
surgiram. Desta vez, ela voluntariamente deixou um
homem tratá-la como um saco de roupa suja. Ele jogou a
camisa sobre ela, cobrindo o máximo possível dela.
"Fique bem quieta." Ele fez uma pausa. "O que é que
apertou contra o meu peito?"
“Arma.”
Ele suspirou.
“Eu não tenho garras. Eu roubei uma de Drantos.”
“Você sabe como usa-la?”
“Claro.” Ela mentiu.
Dusti fechou os olhos já que não podia ver nada de
qualquer maneira. Todas as suas conversas recentes com
sua irmã foram reproduzidas em sua mente. Ela
mentalmente repetiu a maneira que Bat falava, imitando-a.
Sua irmã poderia ser condescendente e uma cadela. Isso se
estendia ao tom de voz dela.
A prática a ajudou a passar o tempo enquanto Lake
corria com ela. Ela teve que dar-lhe um monte de crédito
por usar as mãos para amortecer o corpo dela dos trancos.
Não era exatamente confortável, mas não era doloroso
também. Sua respiração quase não mudou. VampLycans
eram realmente atléticos.
Lake finalmente parou de correr e Dusti abriu os olhos,
levantando a cabeça. Ele se curvou e a ajudou a descer
para longe dele, mas a manteve perto.

462
“Estamos perto. Sinto cheiro de estranhos.” Ele
suspirou.
"O jogo começou", ela sussurrou de volta e limpou a
garganta. "Você sabe quem eu sou, seu gorila gigante?" Ela
levantou a voz. "Eu vou mandar prendê-lo por sequestro, e
inferno, por toques ofensivos. Eu sou uma advogada. Você
escolheu a mulher errada para foder!"
Lake virou a cabeça e ela podia senti-lo olhando para
ela. Ela deu de ombros, empurrando a camisa para ele.
"Pegue o bebê e vá o mais rápido possível", ela respirou.
"Cale a boca", ele rosnou em voz alta. Ele agarrou a
mão dela e puxou-a não muito gentilmente para frente.
Dusti se assustou, mas não tropeçou.
"Me deixe ir! Você me ouviu, seu Neandertal? Eu
conheço dezenas de juízes que vão jogar o seu traseiro na
cadeia e jogar fora as chaves. Isso não significa merda
nenhuma que estamos no Alasca. Você sequestrou uma
residente da Califórnia. Vou ter sua bunda patética
extraditada para lá para ser julgado. Tire suas mãos de
mim! "
Ele puxou-a para fora em uma clareira e a lua a ajudou
a ver um pouco. Ele parou lá. "Cale a boca ou eu vou
apagar você. Você é desagradável."
"Vai se foder, idiota. Onde está o meu avô? Aquele
pobre homem é doente e você o arrasta até aqui para um
esquema de resgate? Isso é um crime federal. Você e
aquele bando de bandidos vão ter sorte se você não pegar
pena de morte por tudo que fez. E é melhor minha irmã
Dusti estar viva! Eu não sei o que vocês idiotas fizeram
com ela, mas eu vou te ver no inferno se você tocou um fio
de cabelo da cabeça da minha irmã."
Movimento veio da linha das árvores em pelo menos
quatro direções e o coração de Dusti martelou. O medo
aumentou, mas ela tentou empurrá-lo de volta. Eles
poderiam pegá-lo com seu senso estranho de cheiro. Lake

463
se moveu atrás dela e agarrou sua garganta. Ele não a
machucou, mas estava fazendo um show. Ele tinha jurado
quebrar o pescoço dela se Decker não devolvesse sua
sobrinha.
"Onde está Asha? Eu te trouxe a Batina. Eu adoraria
matá-la se você mentiu. Ela está me insultando desde que
a peguei." Lake forçou a cabeça dela para cima com seu
domínio sobre sua garganta. "Minhas garras estão
expostas. Eu vou rasgar fora a cabeça dela".
Ela estava feliz que ele mentiu. Apenas as pontas dos
dedos pressionavam contra sua pele.
"Não", uma voz profunda ordenou. "Você pode ter a
pirralha. Estou enviando-a para você. Levá-la e vá embora.
Meus executores disse que não foram seguidos.”
Dusti se fixou na voz e passou os olhos nessa direção.
Decker Filmore tinha que ser a forma escura do outro lado
da pequena clareira, perto das árvores. Uma forma menor
apareceu na floresta.
A mão de Lake em sua garganta flexionou. "Asha! Venha
para mim agora. É o tio. Corra bebê."
Dusti pressionou o queixo contra a mão dele e observou
o pequeno corpo correr para eles. Ela não podia dar uma
boa olhada nela, pois estava muito escuro. A criança
chegou até eles e bateu nela e em Lake. A garota parecia
perturbada com sua respiração irregular.
Lake se inclinou e apertou seus lábios contra a orelha de
Dusti. "A ajuda virá em breve."
Ela chegou para trás e secretamente acariciou a perna
dele. Ele soltou sua garganta e deu-lhe um empurrão para
frente antes de alcançar a garotinha e a puxar para seus
braços. Dusti virou a cabeça, olhando-o desaparecer na
floresta. Podia ouvi-lo correr. Ele não estava sendo
silencioso.
"Babaca! É melhor você correr!", Ela gritou, em seguida,
girou. "Vovô? Você está aí fora? É Batina! Você não sabe o

464
inferno que passei. Esses bastardos levaram Dusti!" Ela
precisava mantê-lo distraído e convencido de que ele tinha
a irmã certa pelo maior tempo possível. Isso daria a Lake
uma chance de fugir. Ela levantou a mão e colocou-a na
testa. "Tem sido um pesadelo."

Drantos sentou-se à mesa de seu pai. Ambos olhavam


para o telefone silencioso. Não tinha tocado para avisar que
Decker tinha sido capturado pelos GarLycans ou que a
menina tinha sido encontrada pelos membros do próprio clã
de Decker que estavam procurando por ela.
Seu pai suspirou. “Eu odeio esperar. Me sinto inútil.”
"Eu sei o que você quer dizer. Eu deveria ir ver Dusti."
Ele endireitou-se e agarrou os braços da cadeira.
"Você precisa dar um tempo para ela se acalmar. É algo
que você vai aprender estando acasalado. Às vezes um
pouco de espaço é uma coisa boa. Sua mãe está com ela.
Vamos esperar aqui juntos."
"Nós não ficamos sentados. Devíamos estar lá fora
procurando por essa criança".
"Eu concordo, mas Lorde Aveoth fez um pedido. Por
alguma razão, ele não quer que nosso clã se envolva."
"Já estamos. Decker roubou a criança, porque ele acha
que nós temos o que ele quer".
"Eu concordo com isso também, mas ele foi claro. Ficar
fora disso. Ele deve ter suas razões."
Drantos não podia mais permanecer sentado e ficou de
pé, andando para lá e para cá. "Aveoth deve estar
realmente chateado com Decker."
"É compreensível. Decker está tentando usar sua
fraqueza contra ele. E você deve usar o título."

465
Drantos fez uma pausa e olhou para seu pai. "Ele
sempre será só Aveoth para mim."
“Eles são muito formais, filho. É o jeito deles.”
“Nós éramos amigos.”
“Eu lembro. Isso foi antes dele desafiar o pai e se tornar
o líder GarLycan.”
“E daí?”
"Temos sangue de vampiro correndo em nossas veias.
As Gárgulas nunca vão esquecer isso. Nós podemos ser
aliados, mas isso não significa que seu povo seria favorável
a uma associação maior. Alguns podem questionar sua
crueldade se mostrasse qualquer favoritismo para você ou
Kraven".
“Isso é uma besteira tão grande.”
“Você não os conhece como eu.”
Drantos estudou o pai. “Certo você teve uma amante
GarLycan antes de acasalar, não teve?”
"Sim. Eu aprendi muito sobre eles com ela. Ela temia
que alguns dos seus descobrissem sobre nós. Isso era um
tabu."
"GarLycans podem tomar VampLycans como amantes."
"Os homens. Não as mulheres. Ela temia represálias se
seu clã descobrisse." Seu pai deu de ombros. "Só durou
uma semana, mas foi memorável. Ela era muito doce. Sua
mãe era uma Lycan e seu pai uma gárgula”.
"Acho que ela puxou a mãe então?"
Seu pai hesitou. "Ela fisicamente puxou o pai. Ela tinha
asas e podia endurecer sua carne. Por dentro ela era Lycan.
Ela teve que esconder isso do pai. Eles veem emoções
como um defeito. Tenho a impressão de que sua vida era
uma luta porque ela sentia demais".
"Não me admira que ela tomasse um amante
VampLycan."

466
"Ela disse que seu pai tinha arranjado para ela acasalar
com alguém dentro de seu clã. Filhas não podem escolher
com quem elas emparelham".
"Isso é deprimente. E quanto a encontrar seu verdadeiro
companheiro?"
"Eles ignoram o lado Lycan".
"Droga". Drantos afundou-se na cadeira.
"Sim. Ela não queria que seu primeiro amante fosse frio.
Essas foram suas palavras. Seu clã é muito formal. Você
deveria ter visto a maneira como ela se vestia. Cada parte
dela, do pescoço para baixo, tinha que ser coberta.
Companheiros dormem em quartos separados e apenas
dividem a cama durante o sexo. Depois o homem sai. Eles
costumam conter suas mulheres para que elas não possam
tocar em seus homens. É muito íntimo de outra forma. Eles
têm títulos e chamam uns aos outros por eles, mesmo com
os membros da família. É uma grande demonstração de
desrespeito não fazer isso. As únicas exceções são
companheiros, mas apenas em privado."
Drantos tentou imaginar aquilo, mas falhou.
"Eu acabei de dizer como é o sexo entre os
companheiros GarLycan. Imagine quão distantes eles estão
do conceito de amizade. O fato de que você é um
VampLycan teria deixado alguns desse clã nervosos, se seu
líder passasse um tempo com você. Até agora, eles
mantiveram a aliança entre nós, mas isso não significa que
eles nos veem como iguais. Eu não acho que eles algum dia
irão."
"Eu quase sinto pena de Aveoth."
"Eu fiz negociações com Lorde Abotorus quando ele
ainda governava." Velder fez uma pausa. "Gelado como
gelo. Ele falou com o filho com desprezo. Ele trazia o jovem
Aveoth às reuniões para mostrar-lhe como lidar com a
gente. Não fiquei surpreso quando o menino cresceu e se

467
tornou um homem e o desafiou. Eu não vi nenhuma
compaixão ou amor quando ele olhava para o filho".
"Eu estou contente que nós não temos esse tipo de
relacionamento."
Seu pai bufou. "Nós não concordamos em tudo."
"Eu o respeito e amo. Eu nunca o desafiaria. Você é meu
pai."
"Eu também amo você. Nós mostramos nossas emoções
e damos boas-vindas a vínculos estreitos nas famílias.
GarLycans não são como nós."
A porta se abriu e a mãe de Drantos entrou. Ele ficou de
pé olhando para seu olhar ameaçador. "O que está errado?"
Ela sustentou o olhar, mas depois desviou para seu pai.
"Você precisa reunir seus executores rapidamente e correr
para a clareira a noroeste. É o pequeno prado com as flores
amarelas no verão. Você sabe qual." Ela olhou para
Drantos. "Eu concordei em permitir que Dusti tentasse
salvar a menina. Lake e ela devem chegar lá a qualquer
momento. Vá rapido. Ela está esperando que você a
regate".
Drantos perdeu a cabeça.
Ele berrou, suas garras rasgaram para fora de seus
dedos e suas presas dolorosamente saíram de suas
gengivas.
"Ela queria fazer isso," sua mãe disse calmamente. "Ela
está tentando provar que é digna de ser uma VampLycan
neste clã. Você vai respeitar isso, mesmo se não concordar.
Ela é uma mulher, e uma das minhas. Tenha fé nas
habilidades dela para sobreviver".
Drantos recusou-se a ouvir mais. Ele começou a mudar,
movendo-se rapidamente em direção à porta. Seu pai
amaldiçoou, seguindo.
Ele precisava chegar a Dusti antes que Decker
percebesse que estava com a irmã errada.

468
Sem aviso, alguém sorrateiramente veio por trás de
Dusti e agarrou seu braço. "Eu a peguei."
A voz era nova e masculina. Dusti teria apenas
engasgado, mas ela estava irterpretando Bat. Sua irmã
teria odiado ser tocada. Ela torceu, batendo na cara. "Tire
as mãos de mim, saco de lixo! Que parte de 'eu sou uma
advogada e vou te ver no inferno você não entendeu? Estou
farta de vocês babacas me apalpando." Ela bateu-lhe
novamente e ele realmente a soltou, recuando.
“Você está segura agora, Batina.”
Dusti apertou os dentes e se virou. Seu avô andava
através da clareira, vindo direto para ela.
"Eu pensei que Los Angeles era ruim." Ela estendeu a
mão e alisou a camisa, um movimento que Bat faria. Isso
também deixou suas mãos mais perto da arma escondida
em sua cueca. Ele tinha se mexido, parte do punho ou do
cano está cavado em sua virilha. "Você precisa chamar a
polícia e o FBI! Dusti foi sequestrada por um bando de
lenhadores enlouquecidos. Eu não sei para onde eles a
levaram. Para adicionar insulto à injúria, eles me deram
essas roupas horríveis, meu terno foi arruinado, eu não sei
onde minha mala está..." Ela bufou. "E aqueles idiotas
quebraram meu telefone também!"
"Tudo vai ficar bem, Batina. Eu estou aqui agora."
Ela virou a cabeça, olhando para a forma escura do
bandido de seu avô. "Cai fora, seu bárbaro."
Ele fez isso. Decker se aproximou. "Deixe-me olhar para
você."
Ela o encarou. "Você não possuem lanternas?"

469
"Consiga uma.", Decker ordenou. "Ela não pode
enxergar." Ele estendeu a mão e pegou a mão dela.
Ela queria arrancá-la, mas não podia deixá-lo saber que
ela estava ciente de que ele era um cara mau. Ela agarrou-
o firmemente. "Que diabos esta acontecendo? Quem era
aquela criança? Muito obrigada por me resgatar."
Ele cheirou. Ela esperava que tudo o que ele pagasse
fosse Drantos.
"Estou fedendo, não é? Eles me forçaram a usar as
roupas de um cara. Meu terno foi rasgado no acidente de
avião e fomos arrastadas através do bosque para alguma
cidade lá trás." Ela tentou soar indignada. "Você tem um
telefone? Vou ligar para o meu assistente jurídico e fazer
ela me enviar roupas imediatamente." Ela não tinha certeza
se Bat poderia fazer isso, mas ela estava disposta a blefar.
Cada segundo deixava Lake e essa criança mais longe e
fora do perigo de ser capturados uma vez que os rapazes
fossem para cima.
"Vou levá-la para um amigo meu que mora aqui perto.
Ele vai ter um telefone e roupa de mulher para você usar."
Ele soltou a mão dela.
Ela o deixou ir. Ele provavelmente estava falando de
Aveoth. Eles não eram amigos e ela não era estúpida. "Mas
temos que encontrar Dusti! Ela provavelmente está
apavorada. A pobrezinha se assusta com facilidade e ela
está doente. O meu escritório de advocacia vai pagar o que
eles exigem, se eles querem dinheiro. Eu só preciso entrar
em contato com eles."
"Eles são covardes. Eles não iriam machucá-la." Decker
limpou a garganta. "Você também pode tomar banho uma
vez que cheguemos a casa dele."
"Bom." Ela olhou em volta, vendo quatro homens perto
deles. Ela baixou a voz. "Quem são eles?"
"Meus funcionários", ele mentiu. "Um deles vai levar
você. Eu vejo que você não tem sapatos decentes."

470
"Eles roubaram meus sapatos italianos de quatrocentos
dólares! E eu não quero ser tocada. Fui maltratada o
suficiente. Eu realmente só queria alguns minutos para me
acalmar depois de ser carregada através da floresta como
um saco de batatas sobre o dorso daquele gorila. Você tem
alguma ideia de como isso tem sido traumático para mim?"
Ele hesitou.
"Eu estive no inferno! Você não tem idéia, vovô. Eu não
confio em ninguém depois dos últimos dias que tive. Eu só
quero relaxar e não todo mundo em cima de mim. Posso
ter algum espaço para respirar? Eu preciso que eles
recuem! O que há com as pessoas daqui que vivem aqui e
invadindo meu espaço pessoal? Isso é tão malditamente
rude."
“É claro,”
As formas se afastaram. Dusti levantou a mão
novamente e a descansou em sua testa. "Obrigada." Ela
baixou a mão e fez uma massagem. Ela olhou em volta,
observando as figuras escuras se misturarem com a
floresta, e observou suas localizações.
"Nós realmente devemos levá-la a casa do meu amigo,
Batina. Não é seguro aqui fora. Esses criminosos podem
estar procurando por você".
"Apenas me dê um momento para meditar." Isso soou
totalmente californiano. Ela deslizou suas mãos pelo corpo
e deu-lhe as costas. Ela tateou a arma em sua roupa
íntima. "Eu vou conseguir pena máxima para todos os
idiotas envolvidos com o que foi feito para mim."
"Nós vamos resolver isso mais tarde. Precisamos ir",
Decker pediu.
Ela virou a cabeça, olhando para ele. Ela gostaria de
poder ver suas características. Seria bom saber como ele
era. Embora isso realmente não importasse. "Mamãe nunca
falou sobre você. Por quê?"

471
"Ela era uma adolescente tola quando fugiu. Ela não
entendia nada sobre dever e lealdade familiar. Agora não é
o momento para discutir isso."
“Eu discordo.”
"Eu sou seu avô." Ele parecia irritado. "Isso é tudo que
você precisa saber, e o que eu vou fazer é melhor para
você. Agora, eu estou te levando para longe daqui."
"E me entregar a Lorde Aveoth?" Ela imaginou que Lake
provavelmente teve tempo mais do que suficiente para
obter uma vantagem. "Talvez eu não queira me tornar
amante de um GarLycan. Você ao menos se importa?"
Ele respirou fundo.
Ela escondeu a arma ao longo de seu quadril e
lentamente se virou para ele. Seu polegar encontrou a
trava e descansou lá. "Eu sei que você tem um telefone
com você. Eles têm essas luzes bacanas neles. Puxe o seu
fora e me mostre seu rosto".
Ele não se moveu.
“Você é Decker Filmore mesmo?”
“Claro que sou.”
“Mostre-me seu rosto, vovô. Quero te ver.”
“Que diabos Velder disse a você?”
“Mostre-me seu rosto e eu te conto.”
Ele se moveu e ela viu a mão dele mexer em alguma
coisa. Ele a surpreendeu quando realmente ligou o telefone
e o fraco brilho iluminou seu rosto. Tinha sido um longo
tempo desde que ela o tinha visto, mas o reconhecimento a
atingiu. Ela se aproximou, estudando-o. Ele parecia não ter
mais de trinta e poucos anos.
"Você parece surpreendentemente bem para quê?
Duzentos anos de idade?"
"Tire ou coloque alguns anos." Seu tom ficou frio. "Estou
feliz que você saiba o que nós somos. Velder mentiu para
você. Eles são um bando de idiotas que estão matando a
nossa raça. Eles se escondem do mundo como os covardes

472
que são. Nós somos VampLycans, temidos por todos!
Estamos no topo da cadeia alimentar."
"É isso que você disse a minha avó antes de matá-la?"
Ela esperava que ele negasse.
"Aquela vadia estúpida estava sempre me fazendo
parecer fraco na frente do meu clã, com seus modos
irritantes e simpatia com aqueles que quebravam as leis",
ele rosnou. "Ela agiu pelas minhas costas por muito tempo.
Eu não tenho nenhum uso para qualquer um que esteja no
meu caminho. Ela não merecia viver."
Dusti se aproximou dele. "Eu acho que puxei a você em
pelo menos uma coisa. Eu não acho que você merece viver,
também. Você é um pedaço de merda."
Suas narinas alargaram e ela viu seus olhos cerrarem.
"Você sempre foi um babaca para mim, vovô." Ela virou
a trava de segurança da arma. "Você não deve chamar
outras pessoas de idiotas quando você não pode nem
mesmo distinguir suas próprias netas. Eu sou Dusti, e eu
não vou deixar você machucar Bat."
Raiva se mostrou em seu rosto e sua boca aberta. Suas
presas cresceram conforme ele rosnou.
"Sabe sobre o que mais você estava errado? Eu não sou
totalmente humana. Eu cheiro assim, mas eu herdei isso da
mulher com quem você acasalou e matou. Eu não sou
doente. Eu só precisava de um pouco de sangue."
Outro rosnado veio dele.
"Você poderia ter usado qualquer uma de nós para dar a
Aveoth", ela prosseguiu. "Eu o conheci, a proposito. Ele
realmente odeia o seu rabo. Aquele é um cara assustador.
Eu já tenho um companheiro, então ele me deixou ir. Acho
que eu deveria agradecer por você atrair Bat e eu para cá.
Drantos é a melhor coisa que já me aconteceu".
"Eu vou matá-lo e Aveoth vai aceitá-la, então!"
"Não, você não vai. Você já machucou pessoas o
suficiente. Eu sempre soube que você era um idiota, mas

473
você é realmente um monstro. Bat defende criminosos para
ganhar a vida porque ela sente que algumas pessoas
podem realmente ser inocentes. Você não é. Você só gosta
de machucar as pessoas e pisar nelas para seguir o seu
caminho. Alguém tem que pará-lo".
Seu braço disparou e ele agarrou sua garganta.
"Ninguém pode. Você acha que esses covardes do clã de
Velder são capazes de me derrotar? Eu vou matar todos
eles e fazer você assistir!"
“Isso nunca vai acontecer!”
“Vai acontecer. E Aveoth vai me ajudar.”
"Você está iludido. Aveoth quer você morto."
"Ele está viciado no sangue. Eu vou sangrar você na
frente dele e ele vai concordar com qualquer coisa para ter
você. Ele tem uma fraqueza, e pretendo usá-la contra ele."
"Ele foi informado sobre Bat, e você sabe o que ele
disse? "A mantenha longe de mim." Ele não a quer
também. Acabou. Ele sabe o que você está fazendo e ele é
um filho da puta durão. Eu o vi matar um de seus homens.
Ele nem sequer suou. Boom. Foi mais do que rápido. Ele se
move como o vento.”.
"Cheirar o sangue vai fazê-lo mudar de ideia. Eu vou ser
o dono dele."
"Você é um idiota." Ela realmente se inclinou mais perto,
olhando em seus olhos. "As pessoas dizem que eu sou a
boazinha, mas eles estão errados. Vá para o inferno, vovô."
Ela levantou a arma e empurrou-a contra a frente da
camisa dele sobre seu coração. Ele olhou para baixo
quando ela puxou o gatilho.
Ela disparou pelo menos quatro balas nele quando ele
cambaleou para trás, soltando-a e soltando o telefone. Ela
ainda podia distinguir sua forma quando ele bateu no chão
a luz fraca da lua. Ela mirou no peito e disparou mais dois
tiros, atingindo-o novamente.

474
Um grunhido alto veio do bosque. Ela se virou e apontou
a arma na direção. "Ele está morto! Acabou! Vocês podem
me matar por isso, mas se eu fosse vocês, eu ia salvar meu
próprio traseiro. Olhe para cima. GarLycans chegando,
idiotas! Esse foi o sinal ", ela blefou. "Lá vêm eles."
Ela ouviu algo através dos bosques em algumas direções
diferentes, mas nada saiu para a clareira. Ela fez uma volta
rápida, esperando que um deles a atacasse pelas costas,
mas isso não aconteceu. Seu coração desacelerou após
longos momentos passarem e nenhum dos homens de seu
avô atacou. Ela andou até o telefone e se inclinou,
pegando-o. Um toque da tela fez com que ele brilhasse
mais e ela o virou, colocando mais perto do homem no
chão. Ela apontou a arma para Decker Filmore, pronto para
disparar novamente se ele tentasse agarrá-la.
Sangue embebia a camisa azul que ele usava. Parecia
que ela atirou nele no estômago, pelo menos, duas vezes e
ele tinha tomado outros quatro no peito. Ele não estava se
movendo e seus olhos estavam fechados. Ela não podia
detectar a respiração dele.
Decker Filmore estava morto.
Dusti não tinha certeza de como se sentia sobre isso. Ela
recuou e virou-se, segurando o telefone pela quantidade
limitada de luz que ele provia. Ela estava sozinha com seu
avô morto na clareira. Os homens que trabalhavam para
ele tinham ido embora.
"Agora eu espero", ela supôs. O vento soprava e a arma
em sua mão estava pesada. Ela se perguntou quanto
tempo levaria para Drantos chegar.
Ela virou-se, olhando para o corpo no chão. "Eu não me
sinto culpada. Você matou a minha avó e deixou minha
mãe com tanto medo que fugiu de tudo que conhecia.
Aposto que foi aterrorizante para ela." Emoção a sufocou.
"Você teria usado a minha irmã sem se importar com o
quão miserável ela ficaria. Esse cara Aveoth teria acabado

475
matando-a em algum momento. Você não se preocupa com
nós duas, então por que eu deveria me importar que você
esteja morto? Eu não me importo. Nunca ferre com um
Dawson."

476
Capitulo Vinte e Um
Dusti se afastou do corpo de seu avô. Ela ficou
perturbada por estar perto dele.
Um uivo atravessou a floresta e ela olhou na direção de
onde acreditava ter vindo o som. Veio da floresta, das
árvores de onde ela tinha saido, perto do lago.
Ela abriu o canal de sua mente, tentando sentir Drantos.
Ela sentiu uma emoção que não era dela. Raiva.
Ela estremeceu, se ela não estivesse errada, ele estava
vindo até ela. Sentia ele se aproximar.
Dusti tocou na tela novamente para ativar o telefone e
usa-lo como uma lanterna para entrar na floresta. "Estou
aqui", ela gritou.
Algo saiu da floresta em uma velocidade assustadora.
Ela encontrou um longo tronco caído e subiu em cima dele.
A luz do telefone não era boa em mostrar-lhe mais do que
quatro palmos a sua frente. Ela se esticou, procurando por
qualquer sinal de movimento.
Ela viu uma grande besta saltar de um arbusto e cair no
chão na frente dela.
Ele derrapou até parar e sentou-se em seus pés, só
olhando para ela com olhos negros.
"Drantos?"
Ele balançou a cabeça negando.
Dusti ficou com muito medo, mas ele não a atacou. Ele
só ficou na frente dela, observavando-a com aqueles olhos
sinistros, até que eles ouviram ruídos detrás deles. Ele
virou á cabeça e se levantou, andou e ficou a direita dela.
Outra besta estava chegando rapidamente, era enorme
e peludo derrapou nas folhas soltas que cobriam o chão e
parou de repente. “Não se mova”. Ele rosnou soltando o ar
ofegante e foi para cima dela.
Ela engasgou e quase caíu devido a posição precária em
que se encontrava. Emoção inundou-lhe e ela congelou. O

477
corpo peludo e furioso se atirou sobre ela, mas ela não
bateu no chão. Ele se enrolou em volta dela jogando- a
para o ar e a fez pousar em seu grande corpo, foi então
que ela sentiu a presença de mais um Vamplycam se
aproximando.
Ele começou a mudar de forma, o pêlo recuando para
ser substituído por pele. O outro braço estava envolto em
torno dela, quase a esmagando com seu grande corpo.
Uma sombra escura do outro lado pairou sobre suas
cabeças. Ela levantou a cabeça. O telefone e a arma tinham
sido atirados para longe quando ela caiu. A sombra escura
do outro VampLycan continuou perto deles.

Ela estremeceu quando Drantos gritou dentro da cabeça


dela.
Ela apoiou as mãos no peito de Drantos e se levantou.
"Lake voltou para a aldeia com a sobrinha dele?"
"Sim", respondeu o pai de Drantos. "Passei por ele
depois de você."
Ela se incomodou com o tom áspero de Velder.
Drantos gritou com ela novamente.
"Onde está o Decker?" Velder rosnou.

"Ela está bem?" Ela reconheceu a voz de Red o primo de


Drantos.
"Responda”, Velder exigiu.

"Chega", Dusti gritou. “Vocês estão falando comigo


todos de uma vez. Puxou o fôlego e respirou fundo."
Drantos olhou para ela preocupado, ele ouviu sua
respiração pesada. "Eu estou bem."
“Onde está Decker”?
Ela estremeceu. Seu sogro ainda parecia estar furioso.
Ela viu a sombra dele. Ele não estava mais em quatro pés.
Ele era agora, apenas uma silhueta grande nas sombras.
478
Dusti se mexeu e Drantos a soltou. Ela o fitou e disse
“Eu o matei", admitiu.
"O quê"?
"É, tirei a arma da sua gaveta do criado-mudo. Eu atirei
nele. Confie em mim. Ele está morto. Atirei no peito dele
quatro vezes e duas vezes no estômago depois que ele
caiu."
"De jeito nenhum," Red engasgou falando.
"Sim", Dusti murmurou, virando para tentar ver o primo
de Drantos. Ela mal podia enxergar qualquer coisa então
desistiu, voltando-se cegamente para Drantos novamente
ela disse. "Ele não sabia sobre a arma até que fosse tarde
demais. Eu a escondi. Então o atingi e seus homens
fugiram em vez de me matar."
Drantos engasgou novamente.
"Que parte você não entendeu? Ou você não acredita?
Eu atirei no meu avô e então eu gritei para seus homens,
que os GarLycans estavam voando para lá, disse-lhes que
os tiros foram o meu sinal para eles atacarem. Não vi nada
vindo, mas eles correram para salvar suas vidas."
"Filho da puta," Red murmurou.
Drantos a puxou contra ele, quase a esmagando em um
abraço de urso. "Você poderia ter morrido!"
"Ele pensou que eu fosse a Bat no início. Ele precisava
dela viva. Ele não sabia que era eu até que eu disse a ele
— nessa altura já era tarde e estávamos perto o suficiente
então disparei a arma. Eu teria atirado mais, mas não sabia
exatamente quantas balas havia na arma. Eu não contei.
Acho que tem oito certo? Eu queria que sobrasse alguma,
caso precissasse atirar em algum dos seus homens."
"Inacreditável", Velder falou. "Onde está o corpo do
Decker, Dusti?"
"Na clareira. Isso me deixa nervosa, estar tão perto
daqui."
Drantos a colocou sobre ele e saiu de perto das árvores
e a visão dela ficou um pouco melhor com a luz da lua para

479
ajudar. Ela viu duas grandes formas ao lado deles. Red e
Velder estavam por perto.
Até que Velder de repente correu na frente.
Ela podia ver que seu sogro não estava usando roupa. A
visão de sua bunda nua não era algo que gostaria de ver,
mas ela não podia evitar. Ele caminhou até um lugar perto
da grama e se agachou.
"Merda," murmurou Drantos.
"O quê"? Dusti agarrou os ombros dele.
"O corpo dele não está aqui."
"Sinto cheiro de muito sangue." Red se afastou para ir
para até Velder.
"Quer dizer que o corpo dele não está mais aqui?" Dusti
balançou a cabeça. "Ele estava morto! Ele não estava
respirarando." Drantos a desceu de seu corpo. E segurou
firme a mão dela.
Velder rosnou e andou um pouco. Red o seguiu.
"O que foi pai?"
Velder fez uma pausa. "Há um rastro de sangue e duas
marcas no chão. Parece que um capanga retornou para
pegá-lo". Ele começou a andar novamente e então se
abaixou e levantou algo do chão.
"O que é isso? Não consigo ver." Dusti odiava estar em
desvantagem.
"Roupa" sussurrou. "Alguém se transformou." Ele
cheirou o ar. "Não é o cheiro de Decker."
"Eu atirei nele seis vezes droga." Dusti se recusou a
acreditar que ele poderia estar vivo. "Seis! Ele não
respirava."
"Nós somos difíceis de matar". Drantos a puxou para
mais perto dele.
"Pode ser possível que ele tenha morrido e levaram o
corpo dele. Saia daqui, Drantos." Velder se levantou. "Red
ajude-me a encontrá-los para ter certeza. Vamos acabar
com isso de uma vez."

480
Drantos soltou a mão de Dust, a pegou pela bunda e a
colocou no ombro e começou a carregá-la de volta para as
árvores.
Ela colocou as mãos em cima da bunda dele para
proteger seu rosto de bater nas costas dele. "Eu posso
andar."
"Cala a boca. Estou com muita raiva agora". Ele parou.
"Encontre minha arma. Deve estar por aqui."
"Não posso ver nada", Dusti falou.
"Eu não estava falando com você, companheira. Mais
pessoas do nosso clã acabaram de chegar. Fique em
silêncio."
Ela tentou segurar sua irritação, com Drantos dando
ordens em torno deles e ela não conseguia ver nada. Ele
tinha o direito de estar chateado com ela, mas ele estava
levando isso muito ao extremo. Ele disse para alguns
ajudarem seu pai, e para os outros se espalharem pela área
e procurar por Decker. Em seguida, ele marchou pelo
bosque com ela. Sua mente estava fechada quando ela
tentou captar o que ele estava pensando ou sentindo.
"Você realmente precisa me carregar assim?", ela
finalmente suspirou.
"Você tem sorte por eu não dar umas palmadas na sua
bunda. O que estava pensando? Você poderia ter morrido."
"Eu te disse que eu poderia enganá-lo. Me passar por
Bat ele nem sabia que era eu, até que eu o joguei na cara
dele. Eu sou igual à Bat quando estou brava. Você, por
favor, pode me descer? Eu odeio me sentir como um saco
de roupa suja."
"Droga". Drantos rosnou. “Você pode levar isto a sério.
Você entende que ele poderia ter te matado?"
"Eu sei disso, mas não sou uma inútil."
Ele relevou. "Eu nunca pensei que você fosse."
"Eles acham", ela sussurrou. "Eu precisava mostrar que
sou parte de seu clã, Drantos. Diga-me uma mulher que
não teria feito voluntariamente o que eu fiz, se estivessem

481
no meu lugar. Eu sei que está chateado, mas você nem
escutou a voz da razão."
Ele rosnou e começou a andar novamente.
"Eu estou bem. Lake tem a sobrinha dele de volta. Isso
é tudo que importa certo?"
"Droga, Dusti".
Ela ouviu o tom de voz dele amolecer, a raiva
diminuindo. Isto a encorajou a tentar melhorar seu humor.
"Acho que vou ficar com um título oficial no clã após essa
proeza? Dusti, a mestre das mentiras.”.
Ele bufou. Parecia quase uma risada cruel. "Cale-se".
Ela fechou a boca. Ele levou-a para casa, bateu com
força a porta da frente depois de entrar e então a desceu.
Ela não pode deixar de olhar para seu corpo nu com um
sorriso em seus lábios.
Ele estendeu a mão e levantou o queixo dela. "Nem
tente me distrair. Sexo não vai me acalmar."
"Eu não ia fazer isso. Eu estava apenas admirando a
vista."
"Você não deveria ter deixado nossa casa." Ele se
aproximou mais e acariciou sua bochecha. "Você me deixa
louco."
"É da natureza humana e eu sou mais isso."
Ele franziu a testa.
"Nós geralmente temos este desejo primordial de ajudar
alguém, Drantos. Meu avô raptou uma menina. A maneira
mais fácil de recuperá-la foi dar o que ele queria."
Seus lábios se pressionaram em uma linha firme,
transmitindo seu descontentamento.
Ela estudou os olhos dele. Eles eram bonitos e estavam
azuis escuros naquele momento. "Não fique zangado.
Funcionou. Aquela menina está segura, agora veja pelo
lado bom."
"Tenho medo de perguntar o que você está pensando
sobre isso."
"Eu atirei nele. Bat e Kraven podem vir para casa. Ela
está segura agora."

482
"Você poderia ter sido morta. Isso é tudo que consigo
pensar. Você sabe o que isto teria feito comigo? Você é
minha vida, Dusti. Minha companheira". A voz dele ficou
mais profunda. "É meu dever proteger você. Eu não posso
fazer isso se você me desafia e se coloca em risco."
"Você quer uma companheira ou um animal de
estimação treinado?"
Ele suspirou.
"Eu tenho vontade própria. Não aceito bem ordens. Nem
você, ou você teria me deixado ir."
"Está me culpando por esse truque que você fez?"
"Não. Não fique bravo. Só estou dizendo que nós somos
duas pessoas em um relacionamento e ambos temos
nossas próprias opiniões. Nem sempre vamos concordar
um com o outro. Não espere, pois não vou fazer sempre o
que você pede."
"Eu posso, quando se tratar de sua segurança."
"Você que disse. Você vive em um mundo perigoso. Eu
estou vivendo com você agora."
"Deus! Você me deixa louco."
De repente, ele tomou posse da sua boca, beijando-a
duramente. Ela pressionou seu corpo contra o dele,
segurando a sua cintura.
O som da porta se abrindo fez Dusti virar a cabeça para
ver quem tinha interrompido. Crayla entrou.
"Você está viva."
"Não, graças a você," Drantos resmungou. "Ela é minha
companheira. Não faça isso novamente. Não precisava
ajudá-la a fazer essas tolices."
"Pare!" Dusti virou, bloqueando o corpo do Drantos da
melhor forma que podia de sua mãe.
Crayla cruzou os braços sobre o peito dela. "Asha está
retornando para a mãe viva e bem. Podemos agradecer a
sua companheira por isso."
"Você a ajudou a sair da minha casa e a convenceu a ir
com Lake".

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Dusti suspirou. "Alguém me ouviu dizer para parar? Eu
quis dizer sem discussões, caso não tenha ficado claro.” Ela
virou a cabeça para olhar Drantos. Ela se aproximou,
envolvendo os braços frouxamente em torno dele. "Por
favor, não faça isso. Não fique com raiva de mim."
Ele segurou seu olhar. "Eu estou bravo com você e estou
furioso com ela."
"Onde está seu pai?"
Ele desviou o olhar para Crayla. "Ele e alguns de nossos
homens estão rastreando os capangas que estão com
Decker."
"Eu matei o meu avô", Dusti disse.
Crayla olhou para ela. "O quê"?
"Ela levou minha arma". Drantos a segurou mais
apertado. "É um milagre, ele não ter sentido o cheiro e
tentar tirá-la dela."
"Onde você escondeu a arma?"
"Na minha cueca. Na verdade, era do Drantos. Tive que
pegar emprestado uma dele."
"Perto de seu corpo e escondida sob algumas camadas
de roupa. Foi esperta."
O elogio de Crayla era agradável e apreciado. "Obrigada."
"Não a incentive mais mamãe."
"Ela fez bem. Ela sobreviveu e a criança está a salvo." O
tom do Crayla ficou suave. "Como está lidando com sua
primeira morte, Dusti? Eu tenho certeza que nunca tirou
uma vida antes."
Ela tinha experimentado tantas emoções e ainda não
tinha caído à ficha que ela era responsável pela morte de
Decker Filmore. Ela admitiu sua culpa. "Ele era um cara
ruim, embora eu duvide que este motivo me faça dormir
melhor à noite”.
A porta se abriu novamente e Velder entrou. Ele
ostentava um par de jeans desbotados e nada mais. Ele foi
para sua companheira e puxou-a para um abraço.
"O que aconteceu?" Drantos foi o único a perguntar.

484
Velder encostou o nariz na bochecha de Crayla antes de
olhar para seu filho. "Eles tinham uma tirolesa montada.
Eles fugiram. Eu não estava disposto a arriscar nossos
homens para segui-los, caso eles cortassem a linha do
outro lado. Tinha uma ravina íngreme e rochosa abaixo. A
queda poderia matá-los... mas eu tenho notícias piores."
Ele deixou cair o seu olhar para Dusti. "Vimos sinais de que
Decker sobreviveu."
"De jeito nenhum. Eu atirei nele seis vezes droga!”
"Eu encontrei sangue perto de onde eles atravessaram.
Era dele. Eles o levaram ele passou definitivamente para o
outro lado do precipício."
"Filho da puta," Drantos amaldiçou.
"Inacreditável". Dusti estava em choque. "Ele não
estava respirando. Tenho certeza que o coração e os
pulmões não estavam funcionando. Eu encostei no peito
dele!"
"Somos realmente difíceis de matar". Crayla suspirou.
"Você deveria ter atirado todas as balas na cabeça."
"Eu teria que ter levantado a arma para atingi-lo na
cabeça. Eu tive que esconde-la entre nossos corpos para
ele não ver, então abri fogo. Não pensei em continuar a
atirar, pensei que ele estivesse morto."
"Nós também nos curaramos rápido," Drantos lembrou-
lhe.
"Da morte? Não é minha culpa que vocês VampLycans
são aberrações da natureza. Não me venha com esse tom,
Drantos. Ninguém leva quatro balas no peito e duas na
barriga, e depois se levanta. Isso é errado."
"De qualquer maneira," Velder afirmou. "Decker está
vivo e foi embora. Preciso fazer várias ligações. Vou relatar
ao Lord Aveoth em que direção Decker foi. Vou também
alertar seu clã que a garota está aqui com a gente e fazer
arranjos para os pais se juntarem a ela." Então, ele olhou
para sua companheira. "Você e eu, nos falamos mais
tarde."
"Ela é uma das minhas. Não me olhe assim, Vel.”.

485
"Não isso de novo," Dusti murmurou. "Vamos apenas
esclarecer as coisas agora. Eu quiz fazer isso, fingir que era
Bat. O único que tinha problema com isso era Drantos. Meu
companheiro, meu problema. Eu me recuso a ser a razão
pela qual meu companheiro terá que enfrentar a lei.”
Os dois olhoram para ela.
Ela deu de ombros. "Eu fiz a besteira."
"Obviamente, mestre das mentiras," Drantos disse.
Dusti riu, virou a cabeça e sorriu para ele. "Eu gosto
desse título."
"Que título"? Velder não parecia estar se divertindo.
"Esquece." Drantos balançou a cabeça. "É uma
brincadeira minha e da minha companheira. Ela está bem.
Os dois devem ir. Temos alguns assuntos para terminar".
Eles os deixaram e Dusti se jogou em seus braços,
envolvendo seus braços em torno da cintura dele. "Estamos
bem? Eu te amo."
"Eu também te amo, mas você vai me deixar louco."
"Você é um cara durão. Acho que você aguenta e pode
me manipular."
“Tenho em mente muitas maneiras de como fazer isso."
Desejo tranbordou atraves do vínculo que eles tinham e
isto a encheu de emoção.
"Sexo"?
"Sexo", ele confirmou. "Você tem muito a se redimir."
"Soa sexy."
"Sim".
"Bom. E eu não posso esperar até Kraven e Bat
voltarem."
"Sei que sente falta de sua irmã".
"Eu sinto, mas ela realmente vai irritar seus pais". Ela
sorriu. "Sério, ela vai ser uma pedra no sapato. Quase sinto
pena da sua família. Quase."
Ele riu. "Eu quero fazer amor com você agora."
"Isto soa como o céu."
Um ligeiro ruído veio de fora. Dusti imediatamente ficou
tensa, se preparanda no caso de outra pessoa entrar na
486
casa sem aviso prévio. "Por que você não tranca a porta?
Estou farta de interrupções."
"Eu também."
Ele foi até a porta da frente e a trancou.

487
Capitulo Vinte e Dois
Dusti entrou no quarto primeiro. "Sozinhos, finalmente!"
"Sim". Drantos a seguiu entrou e trancou a porta do
quarto também. "Eu vou tomar um banho. Corri pela
floresta e estou coberto de suor. Eu já volto."
"Rápido".
Ela o viu sair, e decidiu se juntar a ele. Ele já estava
embaixo da água, ela se despiu e entrou no banheiro. Ela
adorou a vista do corpo dele, através do vapor do chuveiro.
Ele estava de cabeça baixa, mas rapidamente sentiu a
presença dela e virou a cabeça sorrindo.
"Tem espaço aí para mim?"
Ele abriu a porta e estendeu a mão. "Sempre".
Dusti entrou e tentou abrir a mente. Ondas de paixão
bateram nela e ela estendeu a mão, agarrando a de
Drantos. Ele riu e colocou os braços em volta dela. "Abra
sua mente para mim."
"Você é quem se fechou. Você estava fechado desde que
você me encontrou. Somente há poucos minutos consegui
sentir que você me queria."
"Eu estava com raiva, mas eu não estou mais."
"Eu sinto." Ela acariciou sua pele.
Ele gemeu, grudando sua boca na dela. "Você me faz
ficar quente. Você me queima por inteiro, querida."
Dusti fechou os olhos e se vinculou a seu companheiro,
sentindo suas emoções. Ela amou o jeito que ele a beijou.
Foi de leve até atingir uma necessidade avassaladora de
estar dentro dela. Ele a queria tanto que doia. Ele dominou
a boca dela com a língua, levantando-a do chão e fixando-a
contra a parede. Ela levantou as pernas e se enrolou na
cintura dele. Luxúria rolou entre eles, refletindo de um para
o outro até que ele deslocou seu quadril e entrou nela.
Dusti gritou com a sensação do pau dele preenchendo ela.

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Drantos largou a boca dela e foi para a garganta. As
presas dele causaram uma pequena quantidade de dor,
misturada com prazer. Ele lambia sua garganta. Suas
gengivas começaram a palpitar, mas ela não tinha certeza
se a sensação era dele ou dela. O sabor do sangue molhado
nos lábios e Drantos gemendo contra a garganta dela.
Movendo-se mais rápido, fodêndo-a e entrando nela o mais
fundo possível.
Ela arranhou seus ombros e sabia que ela não iria durar
muito tempo. O clímax rasgou através dela e ela gritou o
nome dele. Drantos veio com ela. Ela podia sentir em seu
corpo e através da ligação mental entre eles. Ele segurou-a
mais apertado e desceu de joelhos até o chão com ela
ainda envolta em torno dele. A água caindo nos dois em
baixo do chuveiro, encharcando seus corpos. Nada
importava.
Drantos removeu suas presas do pescoço dela e lambeu
o local que tinha mordido. Ele riu. "Foi uma rapidinha.
Pronta para ir para a cama e fazer um sexo mais suave e
lento?"
Dusti percebeu que ela tinha a boca pressionada na pele
dele quando ela tentou falar. Ela abriu os olhos quando se
afastou e viu que ela tinha mordido ele também. Não havia
perfuração, mas a marca familiar e suave dos seus dentes.
Ela tinha rompido a pele em alguns lugares, mas não
estava ruim.
"Sinto muito".
"Não sinta. Você sempre pode me morder. Vou me
curar, lembra?"
Ele mudou de posição para que a água não ficasse
caindo sobre eles e ela cravou seu olhar no dele. "Foi uma
coisa".
"Nós estamos recém-acasalados e tivemos um susto. É
normal."
"Nunca cheguei tão rápido assim antes."
"Você nunca foi acasalada antes." Ele mudou de posição.
“Levante-se, deixe-me desligar a água”.

489
Ela odiava separar seus corpos. Ele se levantou para
ficar ao lado dela e desligou a água. Ele abriu a porta e
saiu, enrolou uma toalha rapidamente sobre seu corpo. Ele
pegou outra abriu e disse.
"Vem cá".
Ela saiu e ele secou o corpo dela rapidamente do mesmo
jeito que ele havia secado o seu próprio. Ele jogou a toalha
de lado e ela se surpreendeu quando ele a levantou no colo
carregou-a para a cama colocando ela suavemente sobre
ela.
"Agora que temos tempo, eu vou fazer amor com você."
Ela sorriu. "Eu me senti muito amada".
Ele riu e agarrou os tornozelos dela, levantando e
espalhando suas pernas. Ele subiu para a cama com ela,
empurrou as pernas dela, e dobrou os joelhos dela. Drantos
lançou-se para ela. Ele não a beijou nos lábios desta vez...
Em vez disso a surpreendeu, quando foi direto para seus
seios. Sua boca estava quente quando ele se concentrou
em seu mamilo. Ela gemeu e enroscou os dedos no cabelo
dele, puxando-o para mais perto.
"Sinto até meu clitóris doer".
Ele rosnou e sugou mais forte. Dusti gemeu e cruzou as
pernas nas costas dele. Ele largou um seio e foi para o
outro. Ele ficou com um braço na cama e foi, correndo a
palma da mão na perna dela, depois ele espalmou a mão
em concha na bunda dela.

Dusti amava ouvir a voz dele dentro da cabeça dela. "Eu


sinto o mesmo por você. Você está me torturando. Não
precisa de preliminares. Eu posso sentir o quanto você quer
estar dentro de mim. Eu quero você lá."

Ele riu tirou a boca do seio dela e foi descendo com sua
boca. "Nunca. Eu adoro como você responde a mim. Eu
prometi que iríamos mais devagar. Eu só estou mantendo
minha palavra."

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Ele depositou beijos suaves, molhados no estômago
dela. Ele deslizou para baixo, agarrou a bunda dela e abriu
suas coxas com os braços. Ele passou os lábios no interior
da coxa dela beliscado com suas presas.
"Agora você está sendo maldoso."
Ele riu. "Você já está pronta para vir novamente. Eu
estou te dando um pouco de tempo para você se
recuperar."
Ela arqueou a pélvis para ele, mas foi difícil de fazer,
pois ele estava mantendo suas pernas abertas. Ela tentou
ler seus pensamentos, mas eles não estavam lá. "Você
cortou o vínculo entre nós. Não sinto você."
"Eu fiz de propósito, e vou fazer de novo." Ele esfregou
o queixo sobre o osso pélvico dela, provocando-a. "Vamos
tentar durar mais do que trinta segundos desta vez.”.
Ele baixou a boca e brincou com a ponta da língua em
seu clitóris Dusti gemeu desenrolou os dedos do cabelo
dele, se agarrando na cama. Os dentes inferiores dele
rasparam sobre o botão sensível.
"Tortura", ela gemeu.
"Nem comecei querida. Eu pretendo ficar aqui por um
tempo."
Ele passou a língua seu clitóris, lambendo lentamente
com leves pinceladas. Ela apertou os olhos fechados e
mordeu o lábio, o prazer lentamente se construindo. De vez
em quando ele usava os dentes para deslizar suavemente
entre os nervos inchados. O suor começou a escorrer pelo
corpo dela enquanto ela se contorcia na cama. Todos os
músculos tensos.
"Drantos, por favor!"
Isso tudo demorou. Ele se tornou agressivo com sua
boca e língua, aplicando mais pressão. Ele rosnou contra
ela, acrescentando vibrações. Dusti gritou o nome dele, o
clímax bateu tão forte que ela ficou preocupada que o seu
coração e cabeça fossem explodir.
Drantos soltou suas pernas e entrou nela Dusti abriu os
olhos e fitou seus olhos brilhantes. O azul estava

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absolutamente deslumbrante quase néon. Ele abriu sua
mente para ela e ela podia sentir a sua dor. Sentiu a
necessidade dele de estar dentro dela. Seu pau estava
doendo e ela sentia como se a pele fosse se romper.
"Por que demorou tanto?"
"Você merece ser adorada."
Suas palavras derreteram o coração dela. Suavemente
ela, sentiu o pau dele preenchendo-a por inteiro. Os olhos
dele estavam fechados quando o prazer se apoderou dele.
Ela podia ler sua mmente era perfeito como ela sentia e
sabia o que ele estava pensando. Apertada, muito molhada.
E tão o minha.
"Sim, e tão sua," Ela repetiu.
Drantos abriu os olhos quando ele estava totalmente
dentro dela. Ela com as pernas agarradas em volta da
cintura dele, descansando seus pés em cimadas costas
dele. Ela pôs os braços ao redor de seu pescoço para
segurá-lo firme. Ele queria fodê-la rápido e duro, mas ele
estava segurando. Ele queria mostrar ternura e
preocupação que ele tinha com ela, mas estava muito díficil
de segurar.
"Você não vai me quebrar."
"Sempre vou me preocupar", ele admitiu. "Eu sou muito
mais forte que você."
"Estamos ligados. Você pode sentir o quanto eu te
quero, não é?”
"Sim".
"Confie em nós juntos. Eu confio."
"Abra sua mente para mim."
Ela fez.
Ele sorriu. "Você acha que eu tenho um pau grande".
"Sim".
"E você ama o que eu sinto dentro de você."
"Culpada. Você vai continuar lendo meus pensamentos?
Leia este."

492
Ele a beijou

Ela cavou seus pés no traseiro dele e apertou seus


músculos vaginais, balançando os quadris. Ele gostou e o
movimento quebrou o último vestigio de moderação que ele
tinha. Ele espalhou os joelhos dela um pouco mais para
poder se posicionar melhor e começou a pressão.
Dusti fechou os olhos, divertindo-se em êxtase. Ela se
sentiu incrível. Eles se encaixavam perfeitamente. Ele
estava certo. Era como se eles tivessem sido feitos para o
outro. Ele era grosso e duro. Ele pegou mais velocidade e
ambos explodiram juntos.
Drantos eventualmente rolou de lado assim que acabou
deitadando ela em cima dele, enquanto eles tentavam
recuperar o fôlego.
"Como um animal, hein?"
Ela sorriu. "Não deixei passar?" Ela levantou a cabeça e
olhou nos olhos dele. O brilho havia sumido agora eram de
um azul bem escuro novamente.
"Ahh. Então, você quer ficar de cócoras e fazer no estilo
cachorrinho?”
Ela podia sentir ele a beijando.
"Só se você não mudar de forma ou então isso nunca vai
acontecer."
"De acordo. Acho que somos sexy dessa forma. Eu
acidentalmente já topei com um casal ou dois na floresta
durante a mudança."
"Você já tentou isso?"
Ele hesitou.
"Eu vou levar isso como um sim."
"Eu era jovem e estava muito excitado. Nós tentamos
alguma coisa deste tipo uma vez, mas não a achei tão
atraente com pelos."
"Você se incomoda que eu não possa mudar?" Isso era
uma preocupação que ela tinha.
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"Não". Ele parou de abraçá-la estendeu a mão,
colocando o rosto dela em ambas as mãos. "Você é perfeita
para mim. Eu não quero qualquer outra forma, Dusti. Não
comece com esses pensamentos novamente. Eu nunca vou
me arrepender de ter me acasalado com você. Não vejo
você como fraca ou inferior. Eu sei que você está com essa
merda na cabeça por causa do clã, mas eles não são meus
donos. Não te conhecem como eu." Ele fez uma pausa. "Eu
realmente gosto de poder ser tão protetor. Faz-me sentir
muito viril." Ele sorriu.
Ela riu. "Eu vejo".
"Eu posso te carregar. A maioria das mulheres
VampLycan iriam me bater com suas garras por esta
ofensa. Você deixa que eu faça várias coisas para você."
“O quê”?
"Você não protesta quando seco você com uma toalha.
Elas ficariam irritadas, mas a verdade é que eu realmente
gosto de fazer coisas íntimas desse tipo com você. Eu acho
sexy."
"Eu acho que é doce."
"Então nós estamos felizes."
"Sim, nós estamos."
"Eu sou tão grato que nos conhecemos".
Você se lembra de como fiquei louca quando nos
conhecemos. "Eu não estava tão apaixonada. O sentimento
foi crescendo em mim."
"Eu nunca pensei que teria que sequestrar minha própria
companheira e forçá-la há passar algum tempo comigo."
"Sim, isso não é algo que se planeje."
Ele riu.” Eu teria comprado algemas peludas se soubesse
que você viria."
Ela riu. "Só você diria isso."
Ele acariciou seus cabelos e a sua expressão ficou
sombria. "Eu sei o que minha mãe disse sobre ter um bebê
agora mesmo. Não dê ouvidos a ela. Ela tem boas
intenções, mas isso não faz dela menos irritante. Não dou a

494
mínima para o que eles pensam ou querem. Tudo o que
importa é que estamos felizes."
"Você nunca me explicou corretamente como eu daria a
luz e todas as outras coisas, eu não poderia ver um
médico?” “Poderia? Acho que só saberemos quando
acontecer. Não vou me preocupar com isso agora. Eu ainda
estava insegura de como funcionava essa coisa de
companheira, mas agora sei que vamos ficar juntos
enquanto vivermos.”.
"Sim, nós vamos."
Dusti apoiou as mãos no peito dele e se levantou,
escarranchando-se no colo dele. "Diga-me uma coisa."
"O que?"
"Vocês têm hospitais? Porque não quero que sua mãe
seja minha parteira."
"Não temos hospitais, mas não será ela."
"Pelo menos isso é uma boa notícia. Por que vocês não
têm hospitais? Por causa da alteração genética no sangue?"
"Sim. Eles iriam perceber que somos diferentes e você
carrega alguns dos genes da sua mãe."
"Certo".
"E eu vou te alimentar com meu sangue muitas vezes
quando você engravidar, nossos filhos podem mudar." Ele
fez uma pausa. "Tudo bem para você?"
"Passei alguns dias aqui e não quero que nossos filhos
sejam vistos como fracos e muito humanos. É uma droga."
"Eu sinto muito, Dusti. Eu odeio que você tenha se
sentido assim."
"Tudo bem. Eles vão aprender a gostar de mim... Ou
vamos viver na cabana que você me falou. Vai ajudar muito
quando chegar a Bat. Pelo menos teremos reforços."
"Eu esqueci completamente de te falar. Kraven entrou
em contato com Red. Ele mencionou durante a patrulha e
depois parou porque meu pai veio nos dar notícias de
Aveoth. Eles estão bem, e ele vai levar sua irmã ao
médico."
"Dr. Brent?"

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"Sim. Ele vai conseguir informações dele. Vamos
descobrir o que ele sabia, e talvez descobrir porque sua
mãe nunca te disse a verdade."
"Bat está indo para Los Angeles?"
"Parece que sim".
"Wow. Pobre Kraven."
"Por que diz isso?"
"Ela não vai querer voltar. Você tem ideia de quantos
anos eu implorei para ela tirar umas férias comigo. Nunca
aconteceu até que ela pensou que o nosso avô poderia nos
deixar fortunas em seu testamento."
“Kraven cuidará dela."
"Espero que ela não o leve para a casa dela."
"Por quê?"
"Você deveria ver seus armários e a quantidade de
sapatos que ela possui. É sua arma favorita quando ela fica
brava. Ela será capaz de atirar centenas nele.”
Drantos riu.
"Estou falando sério".
"Acho que ele pode lidar com ela."
"Espero que sim."
"Ele irá." Drantos se sentou. "Está com fome?"
"Você me prometeu sexo animal".
Ele rosnou e de repente virou-se, Prendendo-a debaixo
dele. "Eu sempre mantenho minha palavra. Vamos comer
mais tarde."
Drantos olhou nos olhos do Dusti, grato por ter
encontrado ela e feliz com o futuro que teriam juntos.
Nunca a vida seria chata. Ela iria mantê-lo em alerta. "Está
pronta para alguns rosnando e mordidas?"
"Manda ver, bebê." Ela acariciou sua pele, incitando-o a
continuar.
Ele baixou a boca na dela — E algo bateu na janela do
lado de fora.
Isso é brincadeira, e virou a cabeça.
"Tem alguém na janela?"

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"Acho que sim".
Dusti soltou um xingamento e pegou a roupa de cama para
se cobrir. "Está brincando? Trancamos a porta para evitar
interrupções".
"Drantos..." Seu pai bateu no vidro com mais força.
"Drantos!"
"Merda," ele murmurou, saiu de cima do corpo de sua
companheira e puxou a roupa de cama, cobrindo-lhe
melhor. "Mas que diabos?"
"Nós realmente precisamos pensar a respeito da
cabana."
Ele concordou com observação frustrada de Dusti, ele
espreitou pela janela e viu seu pai parado lá fora. Ele abriu
a janela "O quê"?
"Não consegui entrar. Por que sua porta está trancada?"
"Estou criando laços com o minha companheira. Não
queremos ser incomodados." Nunca achou seus pais
poderiam ser tão chatos, mas ele estava aprendendo coisas
novas todos os dias. Sua cabana nunca pareceu tão
inapropriada como agora.
"Os três clãs estão realizando uma reunião. Você precisa
se vestir e fazer parte dela. Estamos discutindo maneiras
de rastrear e capturar Decker. Os GarLycans estarão
presentes também."
"Droga".
Seu pai assentiu com a cabeça. "Lord Aveoth chegará
dentro de meia hora. Se apresse."
Drantos virou olhou para Dusti. Ela suspirou, segurando
a roupa de cama no peito dela. Ele sabia que ela podia
ouvir tudo. Ele olhou de volta para seu pai.
"Eu vou ficar. Vou demorar muito para descer. Os seres
humanos têm uma coisa chamada lua de mel, e minha
companheira merece o melhor. Isso seria ter que passar
pelo menos uma semana sozinho com ela. Você entende
isso pai?”
O pai dele pareceu chocado.

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"Não volte a bater na janela. E eu vou comprar
cortinas." Ele fechou o vidro entre elas, trancou a porta e
voltou para a cama. Dusti sorriu.
"Não acredito que você disse não a ele."
"Você é minha prioridade, Dusti. Já te contei que
VampLycans tem esconderijos? São abrigos seguros
escondidos no chão. Construímos caso fossemos para a
guerra com os GarLycans ou com os seres humanos. Não é
o lugar mais romântico mas ninguém além de Kraven,
sabe onde o meu é localizado. Ele me ajudou a construí-lo,
e eu fiz o mesmo para ele. Nós poderiamos nos trancar
dentro e ninguém seria capaz de nos achar."
Um brilho de emoção apareceu nos olhos dela. "Sério?"
"Sim. Você gostaria de ver nosso esconderijo?"
Ela ficou tentada, mas negou com a com a cabeça. "Bat
e Kraven podem voltar. Precisamos estar aqui."
“Não voltarão até Decker deixar de ser uma ameaça. Ele
é estúpido e louco.”
“Eu posso pegar o celular e pedir para Red mandar uma
mensagem para Kraven, e deixar ele avisado”.
Dusti sorriu. "Parece um bom plano".
"Sim." Ele inclinou-se, esfregando a boca na dela. "Você
sempre virá em primeiro lugar para mim, querida. Minha
família vai ter que se acostumar."

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