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Só Aliens Oficial

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ICE PLANET HONEYMOON:

RUKH & HARLOW By Ruby Dixon

Ice Planet Book 4,5

Rukh e Harlow estão recomeçando na praia, longe de todo


mundo.

Recém-acasalados, só agora estão percebendo a tarefa


monumental que é criar uma casa quando você não tem nada
além de couro nas costas. É ainda pior quando você não pode
falar com seu companheiro.

Os mal-entendidos arruinarão tudo?

Esta história é um epílogo estendido para leitores que


querem um pouco mais de seu casal favorito.
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CAPÍTULO 1
HARLOW

Uma das primeiras manhãs na praia, acordo com algo


correndo sobre meu pé.

Não foi a noite de sono mais confortável. Tinha areia em


todos os lugares, e a caverna em que nos acomodamos era
minúscula e fria.

Essas coisas não importam no momento em que olho para


a luz do sol fluindo da caverna e vejo uma das coisas-escorpião
empoleirada na minha bota. Eu chuto, deslizando para trás
na caverna em horror. Para onde quer que eu olhe há mais
dessas malditas coisas. Elas estão nas peles, na entrada da
caverna e juro que tem uma na parede. Faço um ruído de
aflição com a visão.

Meu companheiro, Rukh, instantaneamente acorda com o


meu som aterrorizado. Ele se senta, rosnando e pronto para
me proteger, uma pergunta em seus olhos.

Aponto para uma das coisas. Elas têm uma aparência


horrível, um cruzamento entre um caranguejo e um escorpião
com muitas pernas e cauda segmentada.
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Rukh arranca o mais próximo da parede e prontamente


arranca a cabeça com uma mordida.

Eu grito de horror novamente.

Ele estende a coisa mole para mim, uma oferta.

— Har-loh?

— Não comerei isso — choro — Não nessa vida!

O defunto vegetariano em mim está chocado com o


pensamento. Tive que fazer muitas mudanças desde que
cheguei a este planeta gelado, sem dúvida uma mudança em
meus hábitos alimentares. E até agora comer carne não tem
sido tão ruim, mesmo que eu aleatoriamente receba desejos
por um hambúrguer, entre todas as coisas. Mas vendo Rukh
segurando aquela coisa horrível para eu comer? Não consigo
fazer isso. Minha garganta se fecha com força e balanço minha
cabeça.

Ele o encara, e o olhar em seus olhos é inquietante.

— Har-loh... não?

— Não — eu digo. — Meus frutos do mar precisam ser


cozidos.

— Cozido? — Ele repete, balançando a coisa para mim.

— Rukh cozido?
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Rukh não sabe muitas palavras – nem um pouco – por ter


sido selvagem por tanto tempo. Ele está captando algumas das
minhas palavras, porém, desesperado para falar comigo. E
Cozido era uma que conhece.

Eu fico olhando para a coisa, tentando superar meu nojo


inicial. É comida, eu lembro a mim. É comida, é comida, é
comida.

— Cozido, claro — reafirmo. — Obrigada.

Rukh grunhe, o som cheio de prazer, e joga a coisa morta


no chão. Então pega outra das coisas. Ele a leva à boca, pronto
para arrancar a cabeça com uma mordida, e então olha para
mim. Como se relembrando o horror na minha cara, ele muda
de tática no último momento e, em vez disso, arranca a
cabeça.

Ele faz um som terrível de trituração, seguido por um


respingo de líquido e em seguida, é jogado para a outra.
Dentro de instantes, temos uma pequena pilha limpa e
organizada. Ele não se importa que eles o belisquem com suas
coisas picadoras de ferrão, ou que se afastem rapidamente
quando veem sua mão descendo. Rukh é mais rápido que eles,
e algo me diz que já fez isso várias vezes antes.

Eu não posso invejar o homem por sobreviver, mesmo que


seja um pouco difícil para minha sensibilidade.
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Eu me enrolo na parte de trás da pequena caverna e vejo


Rukh enquanto ele persegue os menores saindo da caverna
com um movimento de sua mão e decapita os maiores.

Não faz muito tempo desde que Rukh e eu ressoamos.

Nem que ele me bateu na cabeça e me sequestrou, e ainda


estou me ajustando. É muito para absorver tudo de uma vez,
deixando para trás a tribo sa-khui que me acolheu desde que
cheguei a este planeta para ir para uma selva sozinha com
Rukh. Mas ele deixou claro que eles são o inimigo.

Já que ele é meu homem, não sairei do lado dele. Nós


apenas teremos que descobrir como administrar com apenas
nós dois.

É uma das razões pelas quais estamos nesta praia, eu


acho. Pelo que posso dizer da nossa (reconhecidamente curtas
e, na maioria das vezes, inferidas) conversas, o tempo estará
mais quente aqui durante toda a temporada de inverno brutal
e estamos muito mais longe da tribo que ele deseja
desesperadamente evitar.

O túmulo do pai dele está aqui também, então suspeito


que ele apenas gosta da praia. É bonita, mesmo que não seja
nada como as praias em casa. É fria e rochosa e um pouco
violenta, mas a maré ainda rola para atingir as areias, e há
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uma familiaridade reconfortante com isso, mesmo que a areia


seja esverdeada e a maré lamacenta de gelo.

Rukh empilha todos os caranguejos-escorpiões mortos e


começa a fazer uma fogueira perto da entrada da caverna.

É pequena e estremeço por dentro quando ele joga as


coisas mortas diretamente sobre as chamas. Eu tenho que me
lembrar que Rukh costumava comer comida crua e fria, e o
fogo é para mim.

Eu realmente não posso reclamar que ele não seja hábil


em grelhar sua comida, se nunca grelhou antes, posso?

Ele está tentando me agradar e, realmente, isso é tudo que


uma garota pode pedir.

Uma vez que estão todos no fogo, ele olha para mim com
expectativa. Eu sorrio em aprovação para ele, e adoro que um
sorriso lento curva sua boca.

— Obrigada — eu digo suavemente.

— Cozido — Rukh diz enquanto se move ao redor do fogo


e volta para o meu lado.

— Rukh cozinheiro Har-loh.

Eu rio. Eu sei o que ele quis dizer, mas soa um pouco


engraçado de ouvir.

— Você está indo muito bem, Rukh. Agradeço isso.


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Ele se senta extremamente perto de mim, empurrando


para o lado algumas das peles soltas que empilhei em cima de
nós enquanto dormíamos. Ele está nu – ele está quase sempre
nu – e Rukh se inclina para perto, tocando meu queixo

— Rukh, beijo Har-loh — ele murmura — Sim?

Ele definitivamente aprendeu todas as palavras –


importantes –, meu companheiro selvagem e feroz.

Ele merece um beijo, isso é certo.

— Beijo — eu sussurro, e me inclino para escovar meus


lábios sobre os dele. Não pensarei nele mordendo a cabeça de
uma daquelas coisas de caranguejo-escorpião, porque posso
achar nojento, mas para ele, é apenas comida. Não quero
nunca que se sinta envergonhado perto de mim. Não há nada
de errado com ele; sou eu que tenho que me ajustar à vida
aqui.

Então toco seu rosto suavemente em um beijo.

Beijar Rukh nunca é uma tarefa árdua. Se qualquer coisa,


parece um pouco com o Natal, todas as vezes, o que é uma
maneira estranha de pensar sobre isso, mas se encaixa. Ele
age como se cada vez que o beijo, fosse um presente. E sinto
que toda vez que eu o beijo, estou recebendo algo especial
também. Então… Natal.
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Fico feliz em tocá-lo, beijar sua boca firme, dar-lhe prazer.


Penso em todos os anos em que cresceu na selva sem ninguém
para conversar, muito menos alguém para beijar, e estou feliz
que a ressonância nos uniu.

Não importa que ele tenha me assustado no começo. Eu vi


o homem solitário e dolorido por baixo de toda a sujeira e me
apaixonei.

Rukh geme baixinho contra minha boca, me puxando para


as peles. Ele está faminto por atenção, meu companheiro. Não
importa quão insignificante seja o toque, ele sempre quer
mais. Eu mantenho isso em mente enquanto o beijo, me
certificando de tocá-lo, todo, escovando meus dedos sobre sua
pele e pescoço. Eu murmuro o nome dele entre pequenas
pressões de nossos lábios, deixando-o saber o quanto estou
satisfeita com ele e como estou feliz por estar aqui. Ele não
consegue entender minhas palavras ainda, então mostrarei a
ele em ações.

— Har-loh — ele murmura, seu khui ronronando, apesar


do fato de já termos ressoado. Apenas estarmos perto um do
outro é o suficiente para fazer nosso khuis responderem e
coloco minha mão sobre seu coração, onde seu khui – canta –
para mim.
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Rukh roça o nariz no meu, depois morde meu lábio


inferior. Sua mão desliza para a cintura solta da minha
legging, e então empurra para dentro. Meu companheiro é
voraz e é uma ânsia que compartilho.

Eu pensei que as coisas deveriam desacelerar com a


ressonância, mas já faz alguns dias e ainda sinto uma fome
louca por ele como sempre. Eu ainda acordo com ele me
tocando no meio da noite, e isso me excita.

Não é uma tarefa árdua ser tocada por ele. Nem um pouco.
Eu ainda estou conseguindo me acostumar a este planeta, à
ressonância e ao pensamento de que fizemos um bebê.

Mas me ajustar a ele? Nenhuma dificuldade.

— Toque-me — eu sussurro. — Eu não me importo.

— Toque — ele ronca, e sua mão passa entre minhas


coxas. Ele é um rápido aluno e bastou eu mostrar a ele o que
gostava que agora está determinado a fazer certo o tempo todo.
Eu gemo, agarrando-me aos seus ombros enquanto ele esfrega
levemente meu clitóris.

— Har-loh minha.

Sua voz é tão possessiva quando se inclina e belisca minha


orelha, repetindo as palavras.

— Har-loh minha.
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Porra, quando ele aprendeu – minha – e eu ainda me


importo?

Balanço contra a mão dele enquanto ele trabalha minha


boceta, seu dedo dançando levemente sobre meu clitóris. Eu
enterro minhas mãos em seu cabelo e aperto meu corpo contra
ele enquanto ele mordisca minha orelha e parece determinado
a me dar um orgasmo forte e rápido, mesmo antes do café da
manhã.

Necessidade engrena em meu corpo e antes mesmo que eu


possa processar as coisas, estou gozando e rápido, minha
boceta inundando com minha liberação. Solto um pequeno
grito ao gozar, atordoada em como ele pode me fazer gozar tão
rápido.

Ele me beija novamente, seus movimentos suaves e ternos.

— Har-loh.

— Meu Rukh — digo a ele suavemente. Eu sorrio para ele,


todo o prazer estúpido e passo minha mão ao longo de seu
peito.

Isso o deixa feliz também. Ele me lança um olhar feroz,


como se gostasse da ideia de eu chamá-lo de meu. Naquele
momento, porém, os escorpiões da areia começam a estourar
e chiar no fogo. Relutantemente ele se afasta e vai até a
comida.
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— Rukh comida Har-loh — diz ele em vez disso.

— Se for preciso — digo, lutando contra um pouco de


decepção. Eu não me importaria de rolar nas peles por um
tempo, mas acho que não é assim que você sobrevive aqui fora.
Dá muito trabalho e preciso começar a pensar como meu
bárbaro.

— Comida e aí começamos a fazer um lar, certo? Certo.

Rukh apenas resmunga uma resposta.


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CAPÍTULO 2

RUKH

Nunca me cansarei de ver minha mulher comer a comida


que tenho trazido para ela. Sei que ela não gosta da aparência
dos rastreadores, mas gosta do sabor quando são cozidos no
fogo. Devo me lembrar de fazer isso sempre. Har-loh gosta de
toda comida quente. De tudo quente, eu percebo, enquanto
colocava algumas das peles sobre seu corpo antes de vir se
juntar a mim perto do fogo. Ela não tem nada além de pele
manchada. Em vez disso, ela coloca a pele de outras pessoas
em cima dela e estremece quando não tem o suficiente delas.

Isso é outra coisa que devo aprender quando se trata da


minha companheira. Har-loh é frágil e fraca comparado a
mim. Devo cuidar dela. Eu devo lidar com todas as coisas que
são muito difíceis ou que ela não gosta de fazer, porque sou
seu companheiro.

Eu entrego a ela uma das coisas de casca dura e ela


imediatamente a joga na areia, sibilando e lambendo os dedos.

— Areia quente — ela reclama, chupando o dedão — Dá


um tempo.
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Toco a criatura de casca dura, mas não me parece muito


quente. Ela ficou com areia na dela, então abro a minha,
revelando toda a saborosa carne branca por dentro, e a coloco
em um canto da pele do animal na frente dela.

A expressão de Har-loh fica mais suave.

— Obrigada Baby — ela me diz, e meu pênis surge em


resposta às suas palavras suaves. Eu adoro ouvi-la falar.

Eu aceno e pego o que ela deixou cair, limpando os grãos


de areia antes de quebrá-lo e comê-lo. Eu observo enquanto
ela pega o dela com as pontas dos dedos delicados,
mordiscando os pequenos pedaços de carne que ela puxa. Ela
é tão... suave. E rosada. Preocupo-me que não serei um bom
companheiro para ela. Que não poderei cuidar dela como
deveria. Fico bem em dormir na areia, ou quando o tempo
torna-se rápido e as nuvens vêm e não vão embora por dias e
dias. Mas estas coisas serão difíceis para minha pequena
companheira, e o pensamento disso faz meu intestino apertar
com medo.

Não posso perder Har-loh como perdi meu pai. Nem voltar
a não ter ninguém em absoluto.

Har-loh é tudo para mim. Ela me mostrou como beijar e


como colocar um kit dentro dela. Ensinou como me lavar. Ela
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sorri para mim e está me ensinando as palavras. Nunca estive


tão feliz como agora, com Har-loh ao meu lado.

Isto me assusta um pouco. Eu sei de muitas noites em que


acordei e não tinha alguém para conversar, ninguém para me
dar comida quando estava com fome. Muitas vezes eu estava
triste e sozinho, sentindo falta do meu pai.

Não deixarei minha Har-loh ficar triste e sozinha. Com


esse pensamento correndo por minha mente eu pego outro
rastreador, quebro a casca dura e o ofereço a minha
companheira.

— Coma.

Depois de comermos, Har-loh faz barulhos que deseja sair


da caverna.

É mais seguro para ela lá dentro, mas se quiser ver a


grande água salgada, não negarei a ela. É uma coisa
fascinante de se olhar, e encontro o rugido constante das
ondas calmantes. Eu vejo como minha companheira coloca
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todas as peles, cobrindo a pele manchada e então sorri para


mim.

— Ruivah — eu resmungo e espero que ela saia da


caverna. Eu pretendo ficar ao lado dela por enquanto tanto
quanto possível. Har-loh é inteligente em muitas coisas, mas
não é tão resistente como deveria ser. Ela é delicada e frágil, e
não a quero machucada.

Quando ela sai da caverna, pega minha mão. Eu espero,


me perguntando se ela tem algo para me mostrar, mas tudo o
que faz é segurar minha mão. No meu olhar perplexo, ela
apenas ri e estende a mão para tocar meu rosto com a outra
mão

— Passeio sim? — Mas ela aperta minha mão e não solta


e me puxa junto, indicando que devo segui-la.

Eu a sigo. Eu a seguiria em qualquer lugar.

Har-loh fala com sua voz feliz enquanto caminhamos na


praia, mas não sei as coisas que ela diz. Estou contente em
ouvi-la balbuciar e andar ao seu lado, bebendo seu perfume e
observando seus movimentos. Sua cabelo brilhante
emaranhada na brisa e ela empurra atrás de suas orelhas
pequenas constantemente, mas nunca para de falar. Ela
também não me solta, e decido que gosto da pressão calorosa
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de sua mão segurando a minha. Ela se apega a mim para que


eu não saia do lado dela?

Como se eu fosse deixá-la para trás.

Minha companheira se agacha e pega algo na areia. É uma


casca dura, aquela que vem de uma criatura com muitas
pernas.

— Pegue isso pra gente — ela me diz, segurando-o.

Ela quer que eu olhe para isso? Eu o levanto até o nariz e


cheiro, mas a criatura dentro está muito longe. Eu o examino
por um momento e em seguida, jogo de volta para no chão.

— Não! — Har-loh chora, soltando minha mão. Ela pega a


coisa, e o olhar em seu rosto fica triste quando ela pega os dois
pedaços quebrados dele.

— Rukh, não.

— Não? — eu não entendo. Eu faço o gesto de comida,


confuso. Ela está com fome?

— Comer? Har-loh comer?

— Não — ela diz novamente, um pouco mais calma.

Há frustração em seu rosto enquanto ela junta as duas


peças novamente.

— Poderia ser... — ela olha para cima para mim. —


...necessidade para o lar.
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Eu fico olhando para ela, tentando entender. Odeio não ter


os sons da boca como ela tem. Quero dizer-lhe como é
adorável. Como olhar para ela me faz mais feliz do que uma
barriga cheia. Como quando acordo de manhã e ela está no
meu lado, há tanta alegria em meu coração que me faz doer
todo. Que eu amo as manchas em seu rosto, tanto quanto amo
os pequenos sons que ela faz quando eu estou colocando meu
pau dentro dela. Eu quero dizer muitas coisas para ela.

Mas as palavras que tenho são muito pequenas.

— Har-loh... repete?

O olhar em seu rosto fica suave, e ela se move para frente,


pressionando suas tetas no meu peito. Ela inclina a cabeça
para trás e levanta o rosto para o meu como faz quando quer
empurrar sua boca contra a minha em um – beijo –. Eu me
inclino e dou a ela um, e ela sorri para mim. — Casa — ela me
diz.

— Har-loh Rukh pode casa. — Casa — eu repito, em


seguida, aponto para a concha quebrada. — Casa?

Ela ri e balança a cabeça, puxando minha mão novamente.

— Casa — ela repete, levando-me para longe da beira da


água. Ela me puxa atrás dela, voltando para a caverna onde
dormimos na noite passada. Então ela se vira e gesticula para
mim.
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— Rukh Har-loh em casa.

Ela está cansada? Tento entender o que está dizendo. Ela


deseja dormir? Eu movimento para entrar, mas ela balança a
cabeça novamente. Frustração passa por cima de seu olhar e
ela aponta para a totalidade da pequena caverna.

— Casa... costurar pele bebê — Ela dá um tapinha na


barriga lisa. — Kit.

Eu toco sua barriga, tentando entender. O kit dela está


chegando agora?

Har-loh balança a cabeça novamente. Ela franze os lábios,


pensando.

— Rukh, Har-loh, kit — Ela faz uma pausa e gesticula


para a fogueira.

— Fogo. Pele. Caverna.

Ela faz um grande círculo com gesto com a mão e olhando


para mim novamente.

— Casa.

Eu franzo a testa, tentando seguir. Todas essas coisas são


esta palavra? Nós dois, nosso kit, as peles, a concha que ela
desejava manter... e então a compreensão me atinge. Eu tenho
visto animais fazendo ninhos para seus filhotes.

Har-loh deseja fazer um ninho?


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Eu coloco a mão em sua barriga.

— Casa... kit Har-loh Rukh, casa?

Ela acena com entusiasmo — Tem pequeno, bebê.

— Casa — repito para mim mesmo. Um ninho. Um lugar


seguro para minha companheira e eu termos nosso kit. Deve
ser confortável e seguro. Eu penso nos sons angustiados que
ela fez esta manhã quando os rastreadores estavam em suas
botas. Eu olho para a pequena caverna, menor do que o que
deixei nas montanhas e não tão confortável.

Isso não dará certo.

Minha Har-loh e meu kit merecem um ninho melhor do


que este.

Eu pego a mão da minha companheira.

— Casa — eu digo novamente, e puxo-a junto comigo. Essa


praia está cheia de pequenas cavernas de tamanhos variados.
Encontraremos uma melhor para o nosso ninho e então Har-
loh ficará feliz. Eu farei um lar para minha família, e nós
estaremos juntos, sempre.
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CAPÍTULO 3

HARLOW

Precisamos de tantas coisas.

À medida que subimos e descemos a praia, recolho tudo o


que pode ser útil. Conchas grandes o suficiente para funcionar
como utensílios ou pratos, juncos que podem ser secos e
tecidos em cestos, pedras que funcionam bem para cozinhar –
tudo pode ser reaproveitado.

Não demora muito para encher minha bolsa e à medida


que descartamos nossas descobertas, percebo o quanto
precisamos. Precisamos de pedras para cercar a fogueira.
Precisamos de utensílios de cozinha. Precisamos de peles para
roupas e botas e cobertores quentes.

Precisamos de uma caverna maior.

Eu mordo meu lábio, tentando não me preocupar com


tudo.

Estou preocupada, é só quem eu sou. Tenho certeza de


que o diagnóstico de câncer influenciou isso. Meu câncer está
em remissão agora, porém, graças ao meu khui. Eu posso me
dar ao luxo de ver o lado bom das coisas.
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E tenho Rukh ao meu lado. Seja o que for que eu preciso,


ele me ajudará a conseguir porque ele me adora tanto quanto
o adoro.

Então olho nossa pequena caverna e então me volto para


meu companheiro. — Precisamos de um lugar maior.

Ele franze a testa. — Repete, Har-loh?

— Pequena — digo, gesticulando para a caverna. — É


muito pequena. — Eu bato no teto baixo, onde ele tem que se
agachar.

— Pequena. Queremos grande — Eu abro minhas mãos.


— Grande caverna.

O reconhecimento surge em seu rosto. Ele pega minha


mão, gesticulando mais longe na praia.

Eu fico animada. — Existe outra caverna? Você conhece


uma?

Eu não deveria estar surpresa. As montanhas aqui estão


positivamente cheias de cavernas e fissuras em todos os
lugares. Não sou cientista, mas não posso deixar de pensar
que tem algo a ver com todas as fontes termais em todos os
lugares. Seja qual for o motivo, estou feliz por isso.
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Podemos fazer a pequena caverna funcionar, mas prefiro


muito mais ter um lugar onde podemos nos esticar e nos
divertir, se esta for a nossa nova casa.

Caminhamos pela praia, Rukh segurando minha mão com


força, mesmo quando é inconveniente. É como se ele não
quisesse me deixar ir. Eu não me importo. Estou feliz por ser
segurada. Nós escalamos as rochas e nos movemos para o
final da enseada. Estamos a uma curta distância dos
penhascos altos, mas não tão longe que será uma caminhada
de um dia inteiro até entrar nas colinas nevadas onde os
animais com pelo tendem a sair.

Não tenho visto qualquer coisa peluda vagando pela praia.


Não sei se estamos assustando-os ou se eles simplesmente
não vêm até aqui. Tem havido algumas aves grandes e
temerosas – avestruzes com problemas de raiva, eu gosto de
pensar nelas - que evitamos. Mas, na maioria das vezes, são
apenas caranguejos e coisas assim.

É estranho estar em uma praia e não ouvir os gritos


constantes das gaivotas.

Bem quando estou pronta para fazer uma pausa, porque


parece que cruzamos a praia inteira, Rukh segue em direção
a um afloramento rochoso. Mais atrás, posso ver alguns
cânions cegos emoldurados por rochas, mas ele não
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se dirige para eles. Ele vai para o afloramento e leva um


momento, mas então eu vejo a entrada da caverna.

É uma grande, certo. Mesmo daqui, posso dizer que o teto


é alto o suficiente para Rukh ficar totalmente de pé, sem seus
chifres arranhando o teto. Olho ao redor. Estamos na parte
mais protegida da enseada aqui, com as ondas a uma curta
distância, mas não tão perto que tenhamos que nos preocupar
com as marés. O interior não é extremamente profundo, mas
é espaçoso, com uma câmara frontal rasa cravejada de
estalactites1 e, em seguida, uma câmara interna mais
profunda que é grande e espaçosa.

Está um pouco bagunçada – há uma camada de areia por


todo o chão e o que parece ser cascas de caranguejos mortos
ao longo das paredes, mas a limpeza é bastante fácil.

O melhor de tudo é que há um filete de água deslizando


em uma pequena piscina perto da frente. Isto parece que vem
direto da pedra, o que significa que é água doce, não água
salgada. Eu pego algumas gotas em meus dedos e provo. Sim.
Fresca e fria.

Eu me viro para olhar para Rukh. Ele está me olhando com


uma expressão cautelosa, como se estivesse preocupado em

1
Estalactites são formações pontiagudas que partem do teto, isto é, formam através do gotejamento da água
pelas fendas das paredes das cavernas.
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não gostar do lugar. Suspeito que se eu dissesse a ele que era


terrível, ele continuaria procurando até que encontrasse algo
melhor para mim, mesmo que tenha que demorar anos.

Ele é exatamente assim. Ele quer o melhor para mim,


mesmo que isso signifique muito mais trabalho.

Eu me movo para ele e pego suas mãos.

— É perfeita — eu sorrio para ele — Essa é uma caverna


muito boa. Podemos fazer nossa família aqui.

— Sim? — ele pergunta.

— Sim — eu concordo, apertando suas mãos. — Um


grande sim!

RUKH

Minha companheira nunca para de trabalhar, mesmo na


nova caverna. Trazemos nossa pequena pilha de posses para
o nosso novo local, e Har-loh trabalha em varrer todos as
coisas mortas e a areia do chão. Não é uma tarefa fácil, mas
quando tudo está finalmente limpo e todos os detritos se
foram, juntamos pedras e fazemos uma fogueira perto da
entrada, para que a fumaça tenha um lugar para sair. Har-loh
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faz um ninho com as peles, mas noto que ela estremece


quando as tira.

Precisamos de mais peles, eu percebo. Algumas para vestir


e outras para dormir. Teremos que caçar juntos, e isso me
preocupa. Har-loh é uma criatura suave e caçar é um trabalho
árduo. As montanhas não ficam muito longe de uma
caminhada, mas prefiro que esteja segura e confortável aqui
na caverna. Talvez eu possa sair e caçar enquanto ela fica
aqui.

Não gosto da ideia, mas também não gosto da ideia de levar


a minha companheira comigo em uma caça perigosa.

Muitos dos animais nas neves têm garras longas e presas


afiadas, e a carne manchada de Har-loh se rasgaria
facilmente. Ficarei longe dela por um dia, mas será necessário.

Har-loh deve ser mantida aquecida, e esta praia não tem


pelo.

No entanto, é uma preocupação para outro dia.

Har-loh parece cansada, seu rosto pálido contraído


enquanto nos sentamos perto do fogo. Eu a puxo para mais
perto de mim e ela se apoia no meu ombro. Eu gosto disso,
minha companheira pressionando contra o meu lado. Ela
envolve seus braços em volta de mim, tremendo e eu me
preocupo que esteja com muito frio.
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Sou um péssimo companheiro, deixando minha mulher


estremecer dentro de uma caverna quando poderíamos estar
usando peles.

Amanhã então, eu decido. Pela manhã, quando o sol


nascer, iremos caçar peles. Eu coloco um dedo em um dos que
ela está usando e a cutuco. — Har-loh, repete?

— Mmm? — Ela se senta, me dando um olhar curioso, e


quando eu digo as palavras novamente ela entende. — Pele?

— Pele — repito, tentando memorizar a palavra. — Har-loh


pele. Sim?

— Pelo de Harlow? — Ela diz as palavras, uma pergunta


em seu rosto.

— Har-loh, pele — Eu gostaria de ter palavras para dizer a


ela que caçarei muitos animais para ela amanhã. Que não
descansarei até que tenha peles quentes para cobrir seu
corpo. É minha para proteger, e não a deixarei tremer.

— Pele? — minha companheira repete novamente e, em


seguida, pega minha mão na dela. Ela a orienta entre as coxas,
sobre o pedaço de pele que tem em seu monte. — Sim?

Há uma nota sensual em sua voz que não tinha ouvido


antes. Ela pensa que estou pedindo para tocá-la, que quero
reivindicá-la. Minha frustração por não ser capaz de
comunicar desaparece, porque quero tocá-la. Tocar
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minha companheira e fazê-la se sentir bem ainda é novo e


excitante. Eu me inclino em direção a ela, escovando minha
boca sobre a dela em um beijo, porque eu sei que ela gosta
disso.

Har-loh suspira e cutuca sua boca contra a minha, mesmo


enquanto suas coxas deslizam separando.

Eu gemo baixo em minha garganta. Como eu tive a sorte


de ter essa companheira? Depois de tantas temporadas
sozinho, é surpreendente para mim que tenha uma
companheira para tocar e para cuidar. Que teremos um kit.
Que seremos uma família.

Que ela é minha e não estou sozinho.

— Har-loh — eu respiro contra seus lábios macios, mesmo


enquanto procuro o cerne aninhado entre as dobras de sua
boceta. Ela me mostrou como gosta de ser tocada, e cada
momento, eu fico um pouco melhor nessas coisas. Estou
aprendendo o que mais a agrada, que carícias fazem seu corpo
se contrair e quais a fazem gritar. Nossas bocas se
encontrando, minha língua batendo levemente contra a dela
enquanto deslizo meus dedos para cima e para baixo no seu
canal molhado. Empurro um profundamente dentro dela, no
poço quente de sua boceta, e uso meu polegar para fazer
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círculos ao redor do pequeno botão de carne chamado de –


clitóris –.

Ela choraminga e se agarra a mim, suas coxas apertando


minha mão.

— Rukh — ela ofega, e sua boceta me aperta com força. —


Sinta, encharcada.

Eu a acaricio, usando meus dedos como se fosse meu pau,


dirigindo para a suavidade de seu corpo, mesmo enquanto
trabalho seu clitóris. Eu amo assistir o prazer construindo
através dela. Ela engasga, se balançando contra mim, e então
seus movimentos se tornam mais frenético. Apressados. Sua
boceta fica mais úmida com cada toque dos meus dedos
dentro dela, e ela pressiona sua testa na minha, montando em
mim enquanto eu trabalho seu corpo com a minha mão.
Preciso assistir ela gozar. Não há visão que eu goste mais do
que quando ela chega ao clímax, a tensão em seu rosto dá
lugar a um prazer.

Eu amo o jeito que ela cantarola depois, quando seu corpo


relaxa. Estou fascinado por tudo, e se pudesse ficaria montado
em cima dela o dia todo, observando o prazer tomar conta de
seu rosto.

Ela me beija com fome fazendo ruídos suaves em sua


garganta enquanto ela bombeia os quadris,
Só Aliens Oficial

determinada a gozar. Eu a seguro contra mim, puxando-a, e


quando uma das suas tetas saltam sedutoramente perto da
minha boca, eu abaixo minha cabeça e lambo a ponta.

Har-loh grita, com as mãos nos meus chifres. Eu a sinto


pressionar sua bochecha contra um quando ela os agarra com
força, seus movimentos cada vez mais rápidos.

Meu pau dói com a necessidade, a ponta vazando fluido


para baixo do meu eixo e quero nada mais do que esfregar
contra ela. Ou dentro dela. Entretanto, quero que ela goze
primeiro. Gosto da visão de sua libertação ainda mais do que
da minha. Eu provoco a ponta de seu mamilo com a minha
língua, lambendo-o e depois chupando o pequeno botão.

Às vezes ela gosta dos meus dentes, então eu também os


adiciono, mas gentilmente, suavemente.

Sua boceta apertada pressiona em meus dedos. O corpo


de Har-loh treme contra mim e então ela está ofegante saindo
um pequeno gemido em sua garganta. Ela enrijece e em
seguida, umidade inunda minha mão e sua liberação
estremece por ela.

Eu a seguro contra mim, correndo minha boca sobre sua


pele macia e salpicada enquanto ela desce de seu clímax. Ela
cantarola baixinho quando relaxa e então começa a pressionar
beijos ao longo do meu queixo e pescoço.
Só Aliens Oficial

— Sua vez, Babe.

Palavras dela são um absurdo, mas seu tom é claro. Eu a


fiz se sentir bem. Rosno com satisfação, esfregando seus
flancos. Ela desliza uma perna sobre meus quadris e monta
no meu pau, em seguida, pressiona outro beijo na minha boca.

— Eu por cima.

— Repete — eu resmungo, querendo desesperadamente


entender o que minha companheira está dizendo.

Mas ela apenas me dá um sorriso malicioso e esfrega sua


boceta molhada para cima e para baixo no meu eixo. Quando
gemo, ela se inclina para beijar levemente minha boca e depois
se recosta.

Seus dedos acariciam meu pau enquanto ela me segura


com firmeza... e lentamente se senta no meu comprimento.

Não ouso me mexer.

Nunca imaginei tal coisa. O acasalamento ainda é novo


para mim.

Minha Har-loh teve que me mostrar como colocar meu pau


dentro dela. Eu tinha o desejo, mas não o conhecimento.
Desde então, temos estado famintos um pelo outro e Har-loh
constantemente me mostra novas maneiras de dar prazer a
Só Aliens Oficial

ela. Eu a levei enquanto estava de costas e eu a peguei por


trás, como os animais fazem.

Ela montando em mim e alimentando meu pau em seu


corpo... é novo.

E eu gosto.

Eu gemo de prazer enquanto ela se contorce em cima de


mim, seu corpo tomando todo o meu comprimento. Ela ofega,
seu olhar fixo em mim, suas mãos apertadas em meus braços.

— Rukh.

Ela respira meu nome como se isso lhe trouxesse alegria


apenas por dizê-lo. Então, enquanto observamos um ao outro,
ela levanta os quadris lentamente e em seguida, senta-se em
mim novamente.

Nada nunca foi melhor.

Minha semente ameaça derramar rapidamente mas quero


que este momento dure. Estou fascinado pela visão dela
montando em mim, do meu pau desaparecendo em seu corpo.
Agarro seus quadris e a guio para cima e para baixo, cada vez
mais rápido até que ela começa a choramingar mais uma vez,
meu nome sem fôlego em seus lábios. Eu cerro meus dentes,
determinado a durar até que ela aperta sobre mim novamente.
Eu aprendi que se eu fizer as coisas certas, Har-loh chegará
Só Aliens Oficial

ao clímax duas vezes e é meu novo objetivo fazer isso todas as


vezes.

Ela grita, jogando a cabeça para trás, e suas unhas cavam


em meus braços enquanto me cavalga mais rápido e mais
forte. Apesar de minhas intenções de demorar, não consigo.

Isso é muito bom, minha companheira muito bonita, sua


boceta muito apertada, molhada e perfeita.

No momento em que a sinto apertar em torno de mim e ela


faz um som ofegante de sua garganta, eu gozo. Minha
liberação explode para fora de mim e a agarro com força contra
meu peito enquanto minha semente derrama em seu calor e
seu corpo treme sobre o meu.

Nada é melhor do que isso. Nada.

Os momentos passam. Har-loh cantarola em sua


garganta, alisando meu cabelo envolta do meu rosto. Os fios
dele estão grudando em sua pele assim como na minha e ela
faz ruídos com a garganta, falando. Não consigo seguir as
palavras dela, mas gosto dos sons felizes. Eu a seguro contra
mim, acariciando sua pele macia.

Nunca estive tão feliz. Ter Har-loh é... não sei as palavras.
Só sei que meu coração está tão cheio que às vezes dói no
peito.
Só Aliens Oficial

Ela murmura algo e em seguida, puxa um casaco de pele


sobre nós dois. Eu arrumo isso, me certificando de cobrir
minha companheira, pois está sempre gelada.

Har-Loh sorri para mim e então se encosta no meu peito,


falando baixinho. A boceta dela ainda apertando meu pau
profundamente dentro dela, e posso sentir cada
estremecimento de seu corpo. Assim.

No entanto, a pele é um lembrete do que devo fazer


amanhã. Eu devo sair e caçar. Eu tenho feito armadilhas e
pescado desde que chegamos aqui na praia, porque eu não
queria sair do lado da minha companheira. Har-loh é frágil e
há muitas, muitas coisas que ela não entende sobre cuidar de
si mesma. Ela não sabe como armar armadilhas ou fazer uma
lança. É uma sorte ela me ter, porque posso fazer essas coisas
para ela. Mas a caça é perigosa. Não posso levar Har-loh
comigo. Não sei o que eu faria se um rebanho de dvisti voltasse
para o lado errado e a pisoteasse.

Não sei o que faria se um gato da neve a atacasse.

Har-loh deve ficar segura na caverna, com o fogo.

Eu vou caçar.
Só Aliens Oficial

CAPÍTULO 4

HARLOW

Quando acordo de manhã, Rukh se foi.

Huh.

Normalmente acordamos emaranhados nas peles com


alguns aconchegos antes do amanhecer e uma rapidinha
antes do café da manhã, mas esta manhã, ele não está em
nenhum lugar para ser visto.

Esfrego os olhos e olho para fora da caverna, mas não vejo


Rukh.

Provavelmente pescando, então. Talvez tenha acordado


com uma necessidade urgente de pegar alguns peixes ou algo
assim. Ainda não somos bons em comunicação, e muito entre
nós é adivinhação.

Com um bocejo, envolvo as poucas peles que temos com


força em volta do meu corpo e atiço o fogo. As brasas baixaram
enquanto eu dormia, e cutuco até que fiquem quentes mais
uma vez, em seguida, trabalho na configuração do
improvisado tripé para aquecimento de água.

Eu gostaria que tivéssemos mais coisas. Eu tenho notado


quantos suprimentos estão na caverna principal, e
Só Aliens Oficial

como trabalhamos duro para fazer esses suprimentos.


Quando penso em quanto tempo tenho que dedicar apenas
para fazer uma bolsa de cozinha, tenho um novo apreço por
aqueles atenciosos sa-khui que levaram um bando de
humanas para suas casas, sem fazer perguntas, e nos
alimentaram e nos vestiram.

Rukh pensa neles como inimigos, mas eles sempre foram


gentis comigo. Eu fiz minhas escolhas. Estou com Rukh agora,
e isso significa recomeçar de todas as maneiras.

Eu sigo para a entrada da caverna, meus dedos do pé se


enrolando nas rochas geladas, e olho para fora, procurando
pelos ombros largos e cabelos longos e rebeldes de meu
companheiro. Também não o vejo na praia, mas isso não
significa que não esteja por perto. Ele está provavelmente
recolhendo comida.

Molho um pedaço de couro macio, tomo um banho rápido


com a água derretida e em seguida, adiciono um pouco mais
do gotejamento da caverna. Assim que minha bolsa está cheia,
adiciono as últimas folhas para o chá quente e me visto.

Talvez enquanto Rukh estiver pescando, posso encontrar


algumas das plantas que os sa-khui sempre usaram para
fazer chá. Posso iniciar nossos suprimentos por lá, eu decido.
As folhas são fáceis. É tudo o mais que é assustador.
Só Aliens Oficial

Uma coisa de cada vez, Harlow, lembro a mim mesma.

Eu sigo para os penhascos, percebendo que a lança de


Rukh sumiu de dentro da caverna. Definitivamente caçando.
A visão dela faltando realmente me faz sentir um pouco
melhor, e me concentro em colher folhas para o chá. Estou
orgulhosa de mim mesma por realmente reconhecer várias das
plantas que se agarram às falésias aqui. É estranho, porque
para um planeta coberto de gelo, há uma quantidade
surpreendente de vegetação para ser encontrada se você
souber onde procurar.

Existem as árvores não-batata que crescem caules


incrivelmente altos, mas não há nenhum perto da praia que
eu possa ver.

Existem todos os tipos de videiras cruzando as rochas e


crescendo nas fendas. E sei que se subir nas montanhas,
posso cavar sob a neve e encontrar todos tipos de plantas
estranhas e duras que de alguma forma crescem apesar do
frio e do cinza, da luz do sol fraca.

Recolho as folhas até que minha bolsinha não aguente


mais e minhas mãos estão cheias. Procuro Rukh novamente
mas ainda não há sinal dele. Eu não posso deixar isso me
preocupar. Ele sabe o que está fazendo. Da próxima vez, direi
Só Aliens Oficial

a ele que se sair precisa me levar com ele. Preciso melhorar na


caça também.

Não faz sentido ficar com raiva disso. E não estou,


realmente. Apenas frustrada porque nossa comunicação está
caindo novamente. É uma coisa que desejo que fossemos mais
rápidos. Há tantas coisas que quero dizer a ele, e gostaria que
ele pudesse falar mais comigo.

Estamos chegando lá, mas estamos ambos impacientes


para mais. Pensar em Rukh e nas palavras que posso ensinar
a ele me distrai, e estou de volta à caverna e espalhando as
folhas para secar antes que percebesse. Perto de entrada da
caverna, vejo as pilhas de algas marinhas que recolhi da praia,
e as coloco para secar também. Quando secarem, eles
endurecem em juncos grossos que pode ser trançado e tecido
em cestos, e o pensamento de fazer o meu é emocionante.

Armazenar. Quem teria pensado que eu ficaria tão feliz


com o armazenamento? Sopra minha mente.

Há muito a ser feito, porém, e não posso ficar parada. Com


esse pensamento em mente, começo a trabalhar.
Só Aliens Oficial

Momentos depois recolho meus últimos punhados de


folhas e os tenho espalhados em um pelo perto da minha
pequena fogueira, quando percebo que está quase escuro.

Não, risque isso, ESTÁ escuro. Os céus estão claros porque


as estrelas estão brilhando em cima. Está completamente
escuro e as luas estão altas. E ainda não há nenhum sinal do
meu companheiro. Eu me mantive ocupada o dia todo, porque
sentada perto do fogo e me preocupando não me faz bem, mas
ele nunca se foi por tanto tempo. Eu não posso ajudar, mas
estou com um pouco de pânico.

Ok, muito.

Eu vou para a entrada da caverna, abraçando meus


mantos de pele ao meu corpo, e examino a praia escura.

Sem Rukh. O que eu faço? Devo pegar minha lança


improvisada e seguir para as colinas atrás dele?

Está escuro e todos os tipos de criaturas estranhas


aparecem à noite, então não sei se é uma ideia tão inteligente.
Mas se ele está lá fora, machucado, não posso simplesmente
deixá-lo e manter minha bunda feliz aquecida pelo fogo.

Eu não sei o que fazer. Sentar e esperar? Ir atrás dele?

Eu considero minhas opções por alguns momentos e então


apago o fogo. Envolvendo-me em peles, pego minha lança e
saio atrás dele. Faço meu caminho para os
Só Aliens Oficial

penhascos, tropeçando em pedras geladas na escuridão. Há


um pequeno caminho natural subindo pelas falésias que leva
até as colinas ondulantes de inverno acima, que se
transformam em montanhas. Subo alguns degraus e paro,
ouvindo. Ouço o barulho de algo caminhando nas areias, o
ruído de passos.

Rukh?

Eu volto descendo o caminho em direção a ele.

— É você, Rukh?

O som fica mais alto e então faço uma pausa. Há uma


forma escura na areia e isso não é Rukh. Nem um pouco. Na
verdade, parece um crustáceo de algum tipo, mas é do
tamanho de um crocodilo terrestre... ou maior. Tem dois
tentáculos com olhos no final, e eles giram em minha direção.

Solto um grito de horror e tropeço para trás, segurando


minha lança.

A coisa foge, como se tivesse tanto medo de mim quanto


eu dela.

Eu fico olhando para a criatura, o coração batendo forte.


Minhas mãos estão escorregadias na minha lança, e o vento
fica mais forte, soprando meu cabelo na minha cara.
Só Aliens Oficial

Um sentimento de desamparo toma conta mim. Eu não sei


o suficiente sobre este mundo para lidar com minhas merdas
sozinha à noite. Se aquele caranguejo não for a coisa mais
assustadora nesta praia à noite? E se o próximo não correr?

Não sei onde Rukh está. E se eu for para as montanhas e


nunca o encontrar?

Além de frustrada, eu recuo para a segurança da minha


caverna e construo a fogueira. Nossos estoques de lascas de
esterco também desaparecerão rapidamente. Isso é outra
coisa que precisamos procurar.

Porém nada disso importa se Rukh não voltar. Não posso


fazer isso sozinha. Não posso viver nesta praia sozinha.
Preciso do meu companheiro. Lágrimas quentes escorrem dos
meus olhos enquanto deito ao lado do fogo e espero meu
companheiro voltar.

Quando acordo novamente, é de manhã.

Sem Rukh.
Só Aliens Oficial

O fogo está completamente apagado, e nenhuma


quantidade de espetadas nas brasas o faz reviver, o que é
frustrante. Isso significa que tenho que construir um do zero,
uma parte me pergunta por que ainda me preocupo.

Rukh não voltou. Ele me deixou. Tenho certeza que não é


de propósito – ele não faria isso – o que significa apenas uma
coisa. Algo ruim aconteceu com ele e não pôde voltar por conta
própria.

Eu tenho que ir procurá-lo, então.

Eu tranço meu cabelo e coloco minhas roupas de couro.


Enrolo couro extra em torno de minhas botas, reforçando-as,
já que as montanhas são mais frias e rochosas, e a neve pode
esconder todos os tipos de perigos. Verifico a ponta da minha
lança para ter certeza de que está afiada, agarro meu odre e a
última de nossas rações secas. Não voltarei até encontrar
Rukh.

— Estou indo, Babe.

No momento em que saio da caverna, entretanto, eu paro.

Dois dvisti mortos estão ordenadamente dispostos a uma


curta distância.

Eu me aproximo deles, perplexa, mas eles estão


definitivamente mortos. Há crosta de gelo em suas peles, com
gargantas e barrigas cortadas pela caça. Eu me
Só Aliens Oficial

ajoelho ao lado de um, que foi sangrado para que a carne


continue boa.

Rukh deve ter feito isso, e o pensamento me enche de


alívio.

Dvisti não desce na praia. Nos poucos dias desde que


estivemos aqui, eu vi um ocasional no cume, mas eles não
descem. Acho que é muito difícil para os pés deles.

Olhando para cima, eu examino a praia, mas não há


nenhum sinal do meu companheiro.

— Rukh? — Minha voz ecoa nos penhascos. Não há nada


além de silêncio.

Eu me levanto e sigo as pegadas na areia, mas elas


conduzem de voltar para as falésias e desaparecerem.

Ele voltou? Sem me acordar? Sem falar comigo? Não


entendo.

Por que ele não veio e acordou sua companheira? Me beijar


dizer oi antes de correr de novo?

Eu entendo perfeitamente que há muito a ser feito e ele


sente a pressão de fornecer. Talvez ele sinta que uma
tempestade está chegando e queira comer um monte de carne
preservada. Ele está acostumado a ficar sozinho. Ele sabe o
que deve ser feito neste ambiente hostil.
Só Aliens Oficial

Mesmo assim... me sinto um pouco abandonada.

Tudo isso é novo para mim e estou sozinha. Ontem eu


estava tão apavorada que algo tivesse acontecido com ele que
não conseguia pensar direito.

Eu tive que me dedicar às tarefas ou então enlouqueceria


de preocupação.

Em vez disso, ele está apenas caçando... e acho que não


quer ser incomodado por sua companheira.

Eu mordo meu lábio, preocupada.

Sou muito pegajosa? É por isso que ele fugiu para as


Colinas? Ele precisa de uma pausa de mim?

O pensamento corta como uma faca, e ainda... faz sentido.


Rukh está acostumado a ficar sozinho. Claro que acharia
minha constante presença um pouco chata. Ele
provavelmente está indo sozinho para respirar, e apenas
preciso aceitar isso.

Estamos nisso juntos. Ele é meu companheiro, e só


precisamos nos acostumar um como o outro. Quando ele
voltar para casa, tentarei ser menos pegajosa e carente e mais
independente. Não quero que ele se sinta sufocado.

Mas, ainda estou machucada. Claro, alguns de meus


hormônios. Achei que quando nos imaginei morando juntos
Só Aliens Oficial

na praia, eu tinha uma ideia na minha cabeça que estaríamos


juntos. Mas talvez sua ideia fosse diferente.

Frustrada, pego o primeiro dvisti pela perna e começo a


arrastá-lo de volta para a caverna. Não há tempo para
lamentar. Tenho que processar esta carne e tirar a pele, e não
há ninguém para fazer isso além de mim. Sentimentos feridos
não nos darão comida para comer na temporada brutal, então
é melhor eu pular para ela.
Só Aliens Oficial

CAPÍTULO 5

RUKH

Quando volto para a caverna naquela noite, eu tenho outro


dvisti e dois gatos da neve mortos. Também estou arranhado,
ensanguentado, cansado, e não quero nada mais do que
abraçar minha companheira. Mas isso não é pele suficiente
para mantê-la aquecida, e o tempo mais frio estará sobre nós
em breve. Não terei minha companheira tremendo quando
posso caçar carne e tirar as peles de animais, então eu devo
continuar saindo, deixando minhas mortes a uma distância
segura da caverna e as organizo de forma que Har-loh saberá
que sou eu.

Mesmo sabendo que é um trabalho necessário, odeio ficar


longe dela. Gostaria de poder deslizar sob as peles com ela e
beber seu perfume, tocá-la até que acordasse e estendesse a
mão para mim. De poder ir dormir com meus braços ao redor
dela. Desejo muitas coisas, mas os desejos não manterão
minha Har-loh quente.

Com um suspiro de frustração, me viro e volto para as


colinas.
Só Aliens Oficial

HARLOW

Rukh esteve aqui novamente.

Quero gritar de frustração quando vejo as novas mortes


alinhadas em uma curta distância da caverna. Não posso
acreditar que meu companheiro voltou – de novo – e não disse
nenhuma merda para mim. Ele nem se incomodou em entrar
na caverna. Coloquei uma cobertura de areia na entrada para
verificar tal coisa. Se ele entrasse – mesmo só para me olhar –
mostraria uma pegada ou duas. Com certeza, não fez.

Estou passando rapidamente da mágoa para a raiva.

Percebo que ele está acostumado a estar sozinho, mas que


porra é essa? Eu disse algo para deixá-lo com raiva? Ou isso é
apenas que precisa de ainda mais espaço? Por quanto tempo
isso durará?

Não tenho respostas.

Não consigo nem escrever um bilhete para ele na areia.


Nós mal podemos falar um com o outro, muito menos nos
comunicar de outras maneiras. Não tenho escolha a não ser
esperar. Nem posso ir encontrá-lo agora, porque a carne que
está trazendo tem que ser processada. Eu tenho que cortá-la,
remover todos os pedaços utilizáveis, cortá-la em
Só Aliens Oficial

tiras, fumar ou secar a carne e limpar os órgãos utilizáveis. As


peles estão sentadas enroladas, e eu preciso raspá-las
também. Não há horas suficientes no dia, e trabalhei até
adormecer perto do fogo ontem à noite.

E agora posso fazer tudo de novo.

Eu fico olhando, exausta, para as mortes.

Os sa-khui têm esconderijos nas neves profundas onde


guardam sua carne. Não posso arrastar essas coisas para as
montanhas, no entanto, e um buraco aqui na praia seria
comido por caranguejos. Não ficaria fria o suficiente também.
Tudo tem que ser cozido e processado e... eu só quero chorar.

Com um suspiro cansado, os arrasto em direção à caverna.

Outro problema surge, é claro. Eu fico sem combustível


para o meu fogo. Os estercos que são tão abundantes nas
montanhas não existem aqui, e não há nada para eu queimar.
Toda a carne vai para o lixo a menos que eu descubra algo. Eu
olho para o cemitério da minha caverna ao meu redor,
procurando por algo para queimar. Há carne sangrenta por
toda parte, em vários estágios de secagem.

Há longas cadeias de intestinos pendurados, e as cabeças


de animais despidas me encaram de perto, esperando que
seus cérebros sejam usados para trabalhar as peles. Seis
Só Aliens Oficial

meses atrás, a visão disso teria me feito fugir gritando de


horror.

Sei que tudo é útil, no entanto.

Confuso, mas útil.

Estou ferrada se não tiver fogo, no entanto.

Eu tamborilo meus dedos no meu quadril imundo,


tentando pensar. Ok, se não tiver fogo, de que outra forma
posso lidar com isso? Como os humanos antigos preservavam
a carne?

Sal. Carne salgada.

— Bingo — digo a ninguém, e desço para a costa.

Eu posso molhar uma das peles na água do oceano e a


colocar para secar, eu acho, e raspar o sal à medida que seca.
Não é o método mais rápido, mas talvez haja um depósito de
sal de alguns tipo na praia que poderei usar.

Claro que não. Mas há um tronco gigantesco e meio


apodrecido.

Eu fico olhando para ele com admiração, uma vez que está
no limite da linha de maré. As árvores aqui são todas coisinhas
frágeis e ridículas que não podem ser usadas como madeira
comum. A única verdadeira lenha cresce alto, no alto das
montanhas, segundo me disseram, e é tão remoto que
Só Aliens Oficial

ir lá atrás de madeira nem é uma opção. Mas este pedaço de


madeira parece um pedaço de árvore que você pode encontrar
na Terra. É grosso... e com sorte, queimará.

Ignorando os escorpiões de areia correndo por perto, vou


até o tronco da árvore. Isso está ainda um pouco molhado,
mas com sorte e raciocínio rápido, talvez eu consiga queimar.
É muito pesado para levantá-lo, então passo a maior parte da
tarde o rolando, aos poucos, em direção à caverna. Quando
está perto o suficiente, eu cavo uma fogueira, usando meus
preciosos juncos de algas marinhas secas para começar, e
início um fogo lento e fumegante e coloco a carne próxima para
secar.

Estou exausta, mas terei que ficar acordada e assistir para


que os predadores não venham roubar a comida. Talvez até
tenha um vislumbre do meu companheiro.
Só Aliens Oficial

CAPÍTULO 6

RUKH

Pego mais dois dvisti quando decido voltar para a praia,


onde minha linda companheira está segura. Há um grande
rebanho de criaturas gordas tentadoramente perto, mas só
consigo lidar com um tanto quanto estou sozinho. Eu carrego
as duas carcaças de volta comigo – uma sobre meus ombros e
outra em meus braços.

Estou cansado e não durmo há dias, mas cada morte que


trago é mais carne para minha Har-loh, mais peles para
aquecê-la. Portanto, devo continuar trabalhando.

Mais dois, penso. Não, quatro. Melhor estar seguro e ter


peles extras, caso o tempo fique extremamente frio.

Ao me aproximar da praia, porém, vejo uma luz laranja


piscando.

Um fogo. Isto está fora da caverna, em vez de dentro, e meu


coração bate de preocupação. Porque a praia está em chamas?
Eu chego mais perto, correndo, e é apenas por pura teimosia
que não lance minhas mortes e corro em direção a minha
companheira. Sei se eu os colocar para baixo, algum necrófago
virá e os arrebatará. É uma fogueira, eu percebo,
Só Aliens Oficial

enquanto corro em direção à luz. Uma fogueira com alguém


sentado à sua frente.

Só quando estou diretamente sobre o fogo é que percebo


que é minha Har-loh.

Ela adormeceu sentada, um pedaço de pau na mão como


se cochilasse enquanto cutucava o fogo. Tiras de carne estão
espalhadas sobre as superfícies de muitas rochas e
penduradas cuidadosamente na haste de sua lança bem
acima das chamas. Há muita carne, e tudo cheira bem. A uma
curta distância do fogo, no entanto, eu vejo caranguejos e
rastejantes e todos os tipos de coisas esperando para pegar
uma mordida. Deve ser por isso que ela ficou aqui fora.

Seus olhos não se abrem quando eu me aproximo, nem


quando coloco minhas duas mortes no chão.

Seu rosto está tenso, com olheiras manchando seu rosto.


Ela também está suja. Sangue seco em forma de crostas em
suas roupas e há anéis de sujeira sob suas unhas e manchas
de sangue no rosto.

Isso não é como a minha Har-loh. Ela adora estar limpa.


Isto foi uma das primeiras coisas que ela me ensinou, e ela
sempre toma banho rápido.

Por que ela não tomou banho agora? Ela está ferida?
Só Aliens Oficial

Preocupado, caio de joelhos ao lado dela e estudo seu


rosto. As manchas dela estão tão brilhante como sempre. Isso
é um bom sinal, eu acho. Mas ela está magra e não gosto de
como não despertou, embora eu esteja no acampamento,
fazendo barulho.

— Har-loh — eu murmuro, escovando meus dedos sobre


sua bochecha para acordá-la. — Har-loh.

Ela estremece acordando com um pequeno bufo


engraçado, seus olhos desfocados. O olhar dela se instala em
mim, e sua boca se abre em surpresa.

— Rukh. Você voltou.

Então, ela explode em lágrimas barulhentas.

— Porque me deixou?

— Har-loh? — Acaricio sua bochecha, preocupado.

Ela chora ao me ver? Ela está cansada de me ter como


companheiro porque não posso prover o suficiente para ela?

O pensamento é como um golpe no peito, e respiro


profundamente. Gostaria de ter as palavras para perguntar o
que está errado, mas tudo o que posso oferecer é simples. —
Não?

— O que foi isso? — ela soluça. Mas ela se adianta e passa


as mãos ao longo do meu rosto, como se me tocando
Só Aliens Oficial

com a mesma preocupação com que a toquei. — Harloh ok?


Ferido?

Podemos fazer barulho de palavras amanhã, eu decido.


Não gosto de como ela parece cansada.

Com muito sono, ela poderia cair no fogo. Eu fico de pé,


puxando-a contra mim.

— Caverna Har-loh?

— Oh — Ela balança a cabeça, embora esteja trêmula de


exaustão.

— Não. Nós precisamos projeteger a carne — ela me incita


a libertá-la, e quando eu o faço, ela faz gestos nas faixas que
cobrem todas as superfícies.

— Comida.

Aaah. Eu entendo agora... e ela está certa. Exigira muito


esforço para puxar tudo para dentro para que os predadores
não o roubem de nós. Ela é inteligente para sentar aqui com a
comida, mas está com frio e cansada. Pelo menos posso ajudar
com isso. Sento perto do fogo novamente e indico que ela deve
se sentar ao meu lado. Para meu alívio, ela vem até mim
imediatamente, se pressionando contra o meu lado e se
aconchegando.
Só Aliens Oficial

Eu envolvo sua capa em volta de nossos ombros e abraço


minha companheira forte.

Ela suspira feliz e desliza seus dedos frios contra minha


barriga.

— Amanhã falaremos sobre isso.

Acho que ela me diz que sou sábio e inteligente para


decidir guardar a comida.

Satisfeito com seu elogio, pressiono um beijo em sua juba


brilhante e olho para o fogo. Suas mãos me agarrando com
força, uma delas enrolada em volta da minha cauda como se
quisesse me ancorar contra ela. Isso deixa meu pau
desconfortavelmente duro, mas eu não a acordo para acasalar.
Har-loh precisa dormir. Eu a seguro e observo o fogo, e mesmo
que esteja cansado, não adormeço. Posso ficar acordado por
muito, muito tempo se precisar, e agora Har-loh precisa
dormir mais do que eu.

Eu cuido da minha companheira até que a escuridão se


torne um cinza pálido e o céu iluminar. Os dois sóis nascerão
em breve. Se quiser encontrar aquele rebanho dvisti
novamente, devo deve sair em pouco tempo. É difícil, quando
tudo que quero fazer é segurar Har-loh e a observar dormir,
sabendo que está segura, confortável e descansada.
Só Aliens Oficial

Mas segurar minha companheira não a alimenta, então


silenciosamente puxo suas mãos de mim. E escorrego para
fora de seu alcance e fico de pé. Estou dolorido, eu percebo, e
há alguns arranhões de um dos gatos da neve mais ferozes ao
longo do meu ombro que doem. Eu giro um ombro, testando
meus músculos rígidos.

Uma mão passa pelo meu rabo, agarrando-o e segurando-


o quieto.

Eu olho para baixo e minha companheira de olhos


sonolentos está olhando para mim. — Onde pensa que vai?

Ela é linda e, embora eu esteja cansado, meu pau se agita


ao vê-la.

Eu toco sua bochecha com dedos gentis e, em seguida,


gesticulo para as colinas. As sobrancelhas dela se juntando, e
acho que não entende, então aponto para minha lança.

Har-loh se levanta e se move para minha lança. Ela


agarra... e então arremessa para longe de nós, deslizando na
areia a uma curta distância e olho para a minha companheira
em confusão. Por que ela fez aquilo?

Ela aponta para mim — Sim, precisa falar.

— Har-loh — eu me movo para pegar minha lança, mas ela


faz um barulho indignado e pisa na frente dela antes que eu
possa.
Só Aliens Oficial

— Carne Har-loh — Eu aponto as mortes que trouxe


ontem à noite, porque me lembro da palavra para comida.

— Carne, sim. Pele, sim. Har-loh, sim.

Seu olhar vai para minhas pegadas, e então ela balança a


cabeça.

— Fica — ela diz suavemente. Ela aponta para o chão, e


levo um momento para perceber que ela não quer que eu vá.
Ela quer que eu fique aqui com ela.

— Carne — digo novamente, mas me preocupo que ela não


entenda.

— Sim, carne — eu aponto para os animais — Sim. Sim.


Sim. — Faço um gesto para uma enorme quantidade. — Carne
Har-loh — Eu dou um tapinha no meu estômago, indicando
que eu quero que ela tenha uma barriga. — Mmmm.

Sua mão vai para a boca e seus lábios se contraem. Eu


preferiria muito ela sorrindo e rindo do que chorando, e sorrio
de volta para ela.

— Rukh — ela diz suavemente, pegando minha mão. Ela


faz uma pausa por um momento, estudando nosso entorno.

— Eu cansada — Ela faz uma pausa e dá um grande


bocejo.
Só Aliens Oficial

— Cansada — ela aponta para a carne e, a cada tira, diz


seu nome novamente.

Ela aponta para o fogo e diz seu nome. Ela aponta para a
caverna, e então dá outro olhar cansado, depois boceja de
novo.

— Har-loh cansada.

Ela se move em minha direção e passa os dedos no meu


rosto.

— Rukh cansado.

Eu faço um barulho de frustração. Como faço para que ela


entenda que é minha responsabilidade de garantir que ela seja
alimentada e aquecida? Que sou um pobre companheiro se
não puder mantê-la confortável? Eu indico as peles dos
animais.

— Pele. Har-loh pele. Sem brrrr — estremeço. — Rukh


companheiro, pele de Har-loh.

Eu aceno com a cabeça, como se isso respondesse tudo.

Ela balança a cabeça novamente.

— Fique — ela diz com a voz suave novamente. —


Cansado. Rukh cansado. Har-loh cansada. Pele depois.

Ela se move em minha direção e envolve seus braços ao


redor do meu torso, pressionando sua bochecha
Só Aliens Oficial

contra meu peito. Ela está quente e macia, e sou um homem


fraco, muito fraco. Ficar ao lado dela? Eu não gostaria de nada
mais.

Eu acaricio seu cabelo, amando a proximidade dela, a


pressão de sua pele na minha.

— Mais-tarde? — eu ecoo. Não conheço essa palavra, mas


suspeito que signifique amanhã.

Que descansemos hoje e amanhã eu caço novamente.

— Mais tarde — ela concorda.

Muito bem. Um dia de descanso, então.


Só Aliens Oficial

CAPÍTULO 7

RUKH

Afinal, não é um dia de descanso. No momento em que


Har-loh e eu comemos e lavamos com água, minha
companheira começa a trabalhar. Eu pensei que ao deixá-la
para trás, ela relaxaria e dormiria perto do fogo, esperando
confortavelmente para eu voltar. No entanto, esta não é a
verdade. Quando eu vou para a caverna que reivindicamos,
vejo carne seca em todas as superfícies, as peles enrolados e
as cabeças apodrecendo no canto da caverna. Quando volto
para o lado de Har-loh, ela já está trabalhando duro,
massacrando os dvisti. Ela usa sua pequena faca de pedra
para cortá-los e descascar a pele. Ela abre o intestino e puxa
os órgãos, depois os leva até a beira da água para limpá-los e
também os pendura para secar.

Eu não posso ter minha companheira fazendo todo esse


trabalho, então eu ajudo e ajudo, e ela me lança um olhar
agradecido.

No final do dia, eu entendo por que minha Har-loh está tão


cansada. Entendo agora, por que não queria que eu fugisse
para as montanhas com a tarefa fácil de caça. Preparar a
carne e a pele é demorado, confuso e exaustivo.
Só Aliens Oficial

Trabalhamos até que os sóis caiam além da borda do céu


novamente e escurece. No final dele, as peles são enroladas e
empacotadas, e Har-loh faz movimentos que ela os raspará
amanhã.

Eu penso em todas as peles esperando dentro da caverna


também. De toda a carne. Das tiras de junco secando e o tanto
que ela pode fazer algo com eles. Dos órgãos que ela
cuidadosamente salva e gesticula que ela fará algo com eles.

É muito diferente de quando caçava sozinho. Se estivesse


com fome, eu mataria algo e o comeria até que não houvesse
mais carne. Se não terminasse tudo, eu o enfiaria em um
banco de neve e roeria a carne congelada no próximo dia. Não
pensava no futuro. Mas com Har-loh, devemos pensar em
muitos voltas da lua a partir de agora.

Devemos pensar em quando nosso kit chegar.

Teremos tudo pronto.


Só Aliens Oficial

HARLOW

Rukh fica depois de escurecer, e estou incrivelmente feliz


por isso.

Acho que ele saindo antes sem dizer uma palavra foi um
mal-entendido. Não acho que ele me odeie. Nem que está
cansado de mim. Acho que ele não está acostumado a ter que
discutir suas ações com mais ninguém, então ele não pensou
em nada e foi embora. Para ele, não era grande coisa. Ele não
percebeu o que parecia para mim.

Tudo se resume a comunicação. Precisamos aprender a


falar um com o outro e começar com a linguagem. Não importa
quão difícil seja, eu tenho que conseguir mais palavras dele e
preciso aprender como ele pensa. Podemos descobrir isso.

Assim que a carne cozinha o suficiente para não


apodrecer, nós a penduramos na caverna para secar. Há uma
lista interminável de coisas a serem feitas, e quando a carne
está pronta, eu trabalho para tirar os cérebros dos crânios
para usar nas peles amanhã.

Quando termino, estou tão cansada que quero cair, e mal


tenho forças para lavar minhas mãos antes que desmorone
Só Aliens Oficial

nas peles, exausta. Rukh se junta a mim e me enrolo ao lado


dele e durmo como uma morta.

Quando acordo, o interior da caverna está frio e vazio.


Estou apavorada que ele saiu de novo.

— Rukh?

— Har-loh — ele grita de fora.

O alívio cai sobre mim e luto contra o soluço que sobe na


minha garganta. Eu me recomponho, enfio os pés nas botas e
saio para encontrá-lo. Para o meu alívio, meu companheiro
está lá perto do fogo improvisado. Ele tem tudo funcionando
de novo, queimando o resto do enorme tronco que não pegou
completamente na noite passada. Eu vejo que ele espalhou
mais algumas tiras para secar, e há uma bolsa para o chá do
café da manhã pendurada sobre a fogueira.

Na areia, Rukh tem uma das peles desenrolada e está


ocupado raspando o lado de baixo.

Ele está aqui. E está me ajudando. Ele não vai a lugar


nenhum. Estou tão aliviada, caio de joelhos e engasgo
novamente.

— Har-loh? — Rukh se levanta de seu lugar perto da pele


e vai para o meu lado. Assisto através das minhas lágrimas
enquanto ele estuda suas mãos nojentas e cobertas de sangue,
como se quisesse me abraçar, mas não consegue. Ele
Só Aliens Oficial

se agacha ao meu lado, inclinando a cabeça para que possa


ver meu rosto. — Sim?

É a palavra errada, mas sei o que está perguntando. Eu


consigo sorrir e limpar meus olhos.

— Estou bem. Apenas emocional. Provavelmente a


gravidez.

Ou com o que está acontecendo muito nos últimos tempos,


mas eu realmente não posso dizer isso a ele agora.

— Obrigada por ficar.

Ele me observa, então se aproxima e beija o topo da minha


cabeça.

— Chá?

— Oh — Eu fico toda sentimental e chorona de novo, mas


escondo melhor desta vez.

Ele conhece a palavra para chá.

— Chá seria ótimo, obrigada.

Com apenas esse pequeno gesto, tudo parece certo no


mundo novamente.
Só Aliens Oficial

Ter a ajuda de Rukh faz com que tudo não pareça tão
assustador. Antes de perceber, toda a carne está defumada,
todas as peles são raspadas e os cérebros esfregados na parte
inferior da pele. Não é o melhor trabalho que já fiz em peles.
Sei que há mais etapas a serem tomadas para garantir que a
pele seja a mais macia possível – muitos alongamento e
secagem. Mas nossa prioridade é a quantidade, em vez de
qualidade – a qualidade pode vir depois.

Quando termino minha última pele e olho ao redor, não


vejo nada urgente para ser feito. Pela primeira vez em dias,
não há nada tão urgente que não possa esperar até amanhã.

Eu quero desmaiar de alívio. Em vez disso, eu apenas


limpo minha testa suada e dou um suspiro caloroso.

— Acho que terminamos por agora, Baby.

Rukh franze a testa para mim e enxuga minha testa com


os polegares. Oh. Devo ter manchado com algo. Eu olho para
as minhas mãos... e faço uma careta. Estou totalmente
repugnante. Minhas unhas estão cobertas de sujeira, minha
pele está coberta de manchas secas e pedaços de coisas
inomináveis, e estou suada e nojenta. Eu olho para Rukh e é
o mesmo para ele. Ele também está sujo e seu cabelo comprido
está grudando na pele.
Só Aliens Oficial

Agora que o pior do trabalho está feito, não há nada que


eu queira mais do que um banho quente.

— Vamos nos lavar, vamos? — Faço um movimento de


esfregar para o meu companheiro, indicando limpeza. —
Lavagem.

Ele concorda. — Lavagem.

Como trabalhamos lado a lado hoje, repassei algumas


palavras básicas com ele. Esconder. Carne. Raspar. Rocha.
Aceno. Mar.

Qualquer coisa que pudesse apontar ou fazer facilmente,


eu dei palavras e Rukh as repetiu. Não tenho certeza se ele
será capaz de se lembrar de tudo o que repassamos, mas
espero que, dia após dia, caiamos em uma compreensão mais
fácil um do outro.

Eu acendo o fogo, alimentando-o, enquanto Rukh enche


nossas bolsas com água para aquecer sobre as chamas. Há
algumas pedras menores que continuo aquecendo perto o fogo
que escorrego na água aquecida para aquecer as coisas mais
rápido enquanto Rukh desaparece na caverna novamente.
Para minha alegria, ele volta com minhas bagas de sabão.

— Lavar — ele diz novamente, e gesticula para os pequenos


frutos secos. — Repetir?

Ele está pedindo a palavra para eles.


Só Aliens Oficial

— Bagas-sabão — informo, e adiciono alguns na água.


Eles murcharam porque os tenho por muito tempo, mas
espero que aquecê-los na água esprema um pouco do suco de
limpeza. Caso contrário, vamos cheirar bem e frutado.

Conforme a água esquenta, Rukh se move em minha


direção. Eu sorrio para ele, cansada. Estou meio-esperando
outra palavra pergunta, mas em vez disso, ele puxa os
cadarços da minha túnica.

— Lavar — ele murmura. — Lavar Har-loh.

— Estou muito suja — eu sorrio para ele, parando para


que ele possa puxar as amarras. — Dias e dias de sujeira. Será
bom ficar limpa.

Ele estreita os olhos para mim e posso dizer que está


tentando seguir junto com as minhas palavras.

Coloco minha mão em uma mancha em seu abdômen duro


e a escovo.

— Sujo — eu digo a ele. Eu esfrego outra faixa de sujeira


em seu braço. — Sujo.

Rukh resmunga. Ele abre a frente da minha túnica,


revelando meus seios. Meus mamilos picam de frio, e seu olhar
vai lá. Uma dor de fome começa baixo na minha barriga, e eu
me pergunto se isso representará sexo. Mas Rukh apenas tira
Só Aliens Oficial

a túnica de mim e, em seguida, olha meus antebraços e a


sujeira lá. — Sujo.

Sim, estou muito nojenta. Acho que é uma coisa boa que
não estamos parecendo sexy... embora, para ser honesta,
estou cada vez menos preocupada com a forma como olho ao
redor de Rukh. Eu sei que ele gosta de mim, não importa o
quê. Meu cabelo pode estar um esfregão nojento e ele ainda
me acharia bonita.

É um sentimento bastante libertador. Eu esfrego meus


dedos sobre o peito, porque estou cansada, dolorida e suja,
mas também estou ficando com tesão. Já se passaram dias e
dias desde que fiz sexo com meu companheiro e estou com
saudades. Sinto falta dele.

Além disso, o jeito que ele diz – sujo – daquele jeito


carinhoso é muito excitante.

Ele está completamente nu, como de costume, e quero


correr minhas mãos por toda parte dele. Quero pegar seu pau
e esfregar essas cristas até que ele esteja tão duro que estará
vazando, e então ele perderá o controle, me jogar na areia e
nós teremos um sexo quente e sujo.

Exceto que a areia é muito desagradável para minha pele


também. Suspiro com o pensamento, porque estou pegajosa e
com coceira.
Só Aliens Oficial

— Imunda e suja Harlow.

Rukh ri. Ele se inclina e coloca um pano de couro macio


na água, balançando como eu faço quando estou tomando
banho. Em seguida, ele o puxa e pressiona contra a minha
pele, um olhar de intensa concentração em seu rosto enquanto
ele me lava.

Uma garota poderia se acostumar com isso. Eu suspiro


feliz, segurando meu cabelo para cima do meu pescoço
enquanto ele me esfrega com a água morna. Eu tento não
olhar para os filetes de água escorrendo na minha pele, porque
tenho certeza que estão descoloridos e nojentos e só quero
focar em me aquecer.

— Você me lava primeiro e depois eu lavo você — digo ao


meu companheiro quando ele banha meu braço. — Parece
bom?

— Rukh lava Har-loh — diz ele em voz baixa, deslizando


aquele pedaço de couro úmido sobre minha pele. — Bom.
Bom.

Ele definitivamente aprende rápido. Meus mamilos estão


tensos e duros de necessidade, e quando Rukh começa a lavar
minha frente, não reclamo. Não está sujo – minha túnica me
protegeu do pior da aspereza, mas preciso desesperadamente
Só Aliens Oficial

de seu toque sobre meus seios sensíveis. Ele roça uma ponta
e eu respiro, excitação forte inundando através de mim.

Mas tudo que Rukh diz é – Sujo – e fica me lavando.

Quando estou limpa, me sinto melhor. Muito melhor.


Lavarei meu cabelo amanhã, talvez, mas por enquanto é o
suficiente apenas estar limpa e cheirando bem. Eu suspiro
feliz quando ele puxa minhas calças imundas e começa a
trabalhar no resto de mim enquanto lavo minhas mãos e
esfrego minhas unhas. No momento em que ele está feliz com
a forma como estou limpa, estou tremendo e vestindo nada
além de minhas botas, o corpo gelado como a brisa seca na
minha pele. Agora é a vez de Rukh. Eu pego o pequeno trapo
dele e o mergulho, então gesticulo para que ele se vire.

— Agora eu lavarei você.

Ele nem mesmo hesita. Rukh me apresenta suas costas,


seu rabo balançando para a frente e para trás languidamente,
e quando toco nele com o pano quente, ele faz um som de
prazer em sua garganta.

Meu corpo responde, minha boceta fica molhada enquanto


eu limpo seus membros fortes. Deus, ele é lindo. Tenho muita
sorte de tê-lo. Até mesmo os nossos “Problemas” não são
grandes. Podemos não nos comunicar muito bem, tivemos que
aprender por conta própria, mas parecem coisas
Só Aliens Oficial

pequenas em comparação do despertar de ter este homem


grande e lindo ao meu lado. Eu posso perdoar tudo neste
momento, o que significa que estou super, super quente para
algum sexo.

O pensamento é divertido e eu me certifico de esfregar a


pele de Rukh o mais rápido que posso. No momento em que
ele estiver limpo de sangue e sujeira, estou absolutamente
indo para pular em seus ossos. Parte de mim quer transformar
isso em um banho sexy de esponja, mas há muita pele azul
que precisa ser limpa e está muito frio para ficar demorando.

Banho de esponja nada de sexo primeiro, decido, e depois


entro na caverna. Então poderemos ter muito sexo como nós
gostamos.

Estou tendo dificuldade em seguir meu próprio plano, no


entanto.

Rukh estava nu e como ele me ajudou, o que significa que


está sujo em todos os lugares.

É difícil dizer a mim para esperar e ser paciente quando


tenho que limpar sua bunda dura e perfeita. Ou quando passo
o pano para baixo em cada perna forte. Enquanto caminho
para a sua frente, eu noto que não sou a única afetada. Seu
pau está duro e orgulhoso, enquanto lavo suas coxas.
Só Aliens Oficial

Bem, eu só tenho que ter certeza de que ele está limpo lá


também, não tenho? É meu dever como companheira
amorosa.

Então molho o pano novamente e tomo muito cuidado ao


lavar seu saco e cada cume daquele pau grande e grosso.

Eu lavo sua espora e dou um pequeno suspiro de decepção


quando trabalho meu caminho até seu peito. Eu prefiro ficar
entre suas coxas, mas isso não limpará o resto dele. No
momento em que me endireito para fazer seus ombros, ele está
me olhando com um olhar brilhante e intenso que me rouba o
fôlego.

— Acho que terminei — consigo dizer, jogando o pano na


última gota de água da bolsa — Tudo bem. Agora...

Ele balança a cabeça, prendendo meu braço antes que eu


possa sair. — Har-loh suja.

— Ainda? — Olho para o meu corpo, segurando meus seios


olhando tudo por baixo. Não estou tão limpa como se estivesse
em um banho quente, mas pensei que tínhamos nos saído
muito bem. Eu me sinto revigorada e bem. Me sinto mais do
que pronta para ter meu companheiro me tocando, o que eu
não poderia dizer uma hora atrás.

— Onde?
Só Aliens Oficial

Rukh faz um barulho com a garganta e então se inclina


sobre a fogueira, puxando a toalha novamente. Ele me lança
um olhar abrasador.

— Rukh lava.

E então ele cai de joelhos na minha frente.

Eu... oh. Minha respiração fica mais rápida e penso no


quanto gostei de limpar seu pau, embora eu não precisasse.
Talvez tenha gastado um pouco demais de tempo e amado isso
e ele teve ideias em sua cabeça. Ou talvez apenas sinta falta
do meu toque tanto quanto sinto falta dele. Seja o que for, não
reclamarei.

— Rukh — eu respiro, afastando os fios de cabelo do rosto


— Onde você está indo me lavar, Babe?

Ele me lança um olhar malicioso que me rouba o fôlego e


depois pressiona o calor pano bem entre minhas coxas.

Eu me contorço ao sentir isso contra minhas dobras. É


uma sensação boa, quente e úmida, mas não é o que eu quero
lá.

— Você está me dizendo que eu sou uma garota suja?

— Limpar Har-loh — diz ele suavemente, esfregando o


pano para frente e para trás. A fricção só me deixa mais
molhada e não consigo ficar parada. Não quando ele está tão
Só Aliens Oficial

perto da minha boceta e quando ele está falando naquela voz


baixa e faminta. Vai me deixando absolutamente louca de
necessidade.

Rukh considera por um momento, em seguida, joga de


lado o pano. Ele envolve um braço em volta dos meus quadris
e me puxa para perto, até que seu rosto roça contra meu
estômago.

Então rosna e levanta uma das minhas pernas sobre o


braço, espalhando minhas coxas.

Eu grito de surpresa, avançando e agarrando seus chifres


para me equilibrar. Ele não para, porém, apenas me puxa para
frente até que minha perna esteja sobre um ombro e minha
boceta está praticamente em seu rosto.

— Rukh — eu choramingo. Meu pulso parece como se


estivesse batendo entre minhas coxas, calor percorrendo meu
corpo... e ainda assim ele não me toca. Tudo ainda é uma
grande provocação.

— Estou limpa o suficiente para você? Ou você precisa de


uma inspeção mais detalhada?

Ele olha para a minha boceta pensativamente e, em


seguida, estende um dedo para traçar minhas dobras. — Beija
Har-loh — ele murmura, olhando para mim. — Sim?
Só Aliens Oficial

Ele quer beijar minha boceta? Colocar a boca dele aí? Uh,
como se eu ainda tivesse que pensar duas vezes.

— Sim — eu encorajo — Sim, sim. Todos os beijos.

Meu companheiro faz um som de fome baixo em sua


garganta. Apertando meus quadris, empurrando seu rosto
entre minhas coxas e lambendo minhas dobras. Eu gemo,
segurando com força seus chifres enquanto ele geme de prazer
e se move para outra degustação.

Ele ainda está tão alto quando está sentado assim eu


tenho que ficar na ponta dos pés para encaixar sua boca na
medida. Quando ele muda de posição, quase caio no fogo.

— Rukh — eu chamo — Espera, espera.

Rukh olha para mim, seus olhos azuis escuros com


excitação, sua boca molhada com meus sucos. Mesmo
enquanto eu olho para ele, ele lambe os lábios.

— Vamos entrar na caverna — Eu aponto para nossa casa


a uma curta distância e sinto um arrepio. — Está frio aqui.
Não há onde deitar.

Ele olha ao nosso redor, piscando, e é como se ele levasse


um momento para perceber onde estamos. Eu acredito nisso.
Se ele me jogasse na areia para me foder, duvido que me
importaria uma vez que colocasse sua boca em mim
novamente. Mas ele me puxa para perto para um beijo
Só Aliens Oficial

rápido no tufo entre minhas coxas e, em seguida, coloca


minha perna no chão. Ele fica em pé, e esse é o único aviso
que recebo antes que que me agarre e me arraste sobre o seu
ombro.

Então, com a bunda no ar, ele me carrega de volta para


nossa caverna.

Eu ri.

— Tão impaciente que você nem me deixa andar, hein?


Vejo como é.

— Rukh... beijo — ele me diz, dando um tapinha na minha


bunda e depois acariciando-a.

Engraçado como não tem um grande vocabulário, mas


com essas duas palavras, ele é capaz de me fazer mais
molhada do que qualquer outra. Eu me contorço com
antecipação em seu ombro duro, e ele esfrega minhas nádegas
novamente. Ele deve gostar de ter-me sob sua mão, porque
ronca com prazer, seu khui ronronando alto, e então mergulha
seus dedos em minha fenda.

Oh Deus. O toque inesperado me faz gritar de surpresa, e


quando as pontas dos dedos ásperos roçam a entrada do meu
núcleo, eu gemo. Eu provavelmente pareço ridícula, fazendo
todos aqueles barulhos, mas não tem ninguém aqui para nos
ouvir.
Só Aliens Oficial

— Mmm, Rukh, beijo — ele diz novamente, seus dedos


mergulhando mais profundamente na minha umidade.

— Isso significa que me beijará lá? — pergunto, ofegante.


— Porque se sim, estou satisfeita com isso.

Ele me carrega para a caverna, o mundo balançando ao


meu redor, e seguro ele o melhor que posso. É difícil me
concentrar, especialmente quando ele tem os dedos bem
dentro de mim. É o sentimento mais erótico e confuso, mas eu
meio que adoro isso.

Ele faz uma pausa e, em seguida, seus dedos deixam meu


corpo, e poderia simplesmente chorar com a forma como
muito eu preciso deles de volta.

Choramingo um protesto, e ele me coloca de pé, seu olhar


bloqueado em mim. Enquanto eu olho para o meu
companheiro, Rukh coloca os dedos molhados na boca e os
lambe.

— Oh — eu respiro. O calor agita minha barriga. Meu khui


está ronronando de volta. Após nossa ressonância inicial, ele
zumbe suavemente quando estou extremamente excitada ou
quando sinto fortemente. Está zumbindo agora, o prazer
pulsando por mim. É há algo mais erótico do que assistir meu
companheiro lamber meu gosto de seus dedos?
Só Aliens Oficial

Rukh se abaixa e me beija. Lentamente. Suavemente. Eu


fecho meus olhos, em transe pela delicadeza do beijo. De seu
toque. Considerando que em apenas um curto período de
tempo atrás, este era um homem selvagem que esteve sozinho
por quase toda a sua vida, e está incrivelmente cuidadoso
comigo.

Nunca me sinto desconfortável ou ameaçada. Sempre me


sinto segura, querida e muita amada em seus braços. Sua
língua passa rapidamente contra a minha, e eu o alcanço,
querendo envolver meus braços em volta de seu pescoço e me
perder em sua boca por um tempo. Mas meu companheiro
agarra minhas mãos nas dele e não me deixa enrolar sobre
ele. Em vez disso, ele cai de joelhos em nossas peles de dormir
– fria de desuso – e me puxa para baixo com ele.

Bem, eu não preciso de muito convencimento. No


momento em que me sento, ele gentilmente me empurra de
costas e desliza entre minhas coxas. É obvio que ele quer
continuar o “beijo” que começou lá fora, perto da lareira. Eu
escovo seu cabelo bagunçado para trás de seu rosto, tão cheio
de amor (e luxúria) por este homem.

— E eu aqui pensando que você estava cansado de mim —


sussurro. — Eu posso ser uma verdadeira idiota às vezes, não
posso?
Só Aliens Oficial

Ele pressiona sua boca na parte interna da minha coxa,


esfregando seus lábios contra minha pele.

— Rukh, beijo Har-loh.

— Por favor beije. — Abro minhas pernas para ele,


encorajando-o com minhas ações. — Beije-me o quanto
quiser. Har-loh adora seus beijos. E sua boca. — Deslizo meu
dedos sobre seus lábios — Boca. Esta é a sua boca.

Ele dá uma leve mordida ponta dos meus dedos. — Beijo.

Eu rio. — Certo. Desculpe. Sem distrações do beijo agora.


Sem jogos de palavras, apenas beijos.

Eu me movo contra ele, e quando ele arrasta minha coxa


de volta por cima do ombro, não posso evitar o pequeno
gemido de antecipação que foge de mim. Eu o quero? Eu quero
mais beijos sobre a parte mais sensível do meu corpo? Eu
quero sua língua mergulhando entre cada pequena dobra e
acariciando meu clitóris? Oh foda-se, sim, absolutamente. Eu
faço um som de necessidade na minha garganta enquanto eu
emaranho minhas mãos em seus cabelos. — Beijo, por favor.
Beijo.

Rukh rosna de uma forma que é absolutamente possessiva


e meus dedos do pé se enrolam em resposta. Deus, eu adoro
como fica possessivo com minha boceta. Ele se inclina e fuça
no meu monte, seus lábios vagando sobre minhas
Só Aliens Oficial

dobras antes que ele as separe e me abra bem para o seu


“beijo”.

Sua língua desliza sobre minha boceta, e então está me


lambendo com uma intensidade feroz e faminta de tal forma
que a respiração escapa dos meus pulmões. Estou chocada
com a necessidade dele – e com a minha. Ele está faminto,
meu companheiro, sua boca e lábios ferozes em minhas partes
sensíveis. Eu suspiro a cada lambida e carícia, a fome
aumentando rapidamente.

Eu preciso dele dentro de mim, e logo.

— Por favor — eu choramingo — Oh, por favor, Rukh.


Estou tão perto.

— Beijo.

É tudo o que meu lindo companheiro diz quando levanta a


boca, apenas para mergulhar imediatamente de volta para
outra degustação. Ele tenta uma variedade de coisas, claro e
doce, então firme e comandante. Ele provoca meu clitóris e
depois se move para a entrada no meu núcleo, e sei que ele
está medindo minhas respostas. Quando eu gemo com algo
que ele faz, eu consigo mais. Se fico em silêncio, ele passa para
outra coisa.

Podemos não ter as palavras, mas ele está ouvindo.


Só Aliens Oficial

Rukh lambe ao redor do capuz do meu clitóris e, em


seguida, fecha a boca sobre toda a área e começa a sugar.

Oh meu Deus. Eu grito, minhas mãos voando para seus


chifres e praticamente caio nos cobertores.

Ele rosna de prazer, me segurando no lugar e continuando


suas ministrações agora que ele sabe que encontrou o ponto
mágico.

Eu me agarro a ele enquanto adora meu clitóris com


aquela sucção intensa, meu orgasmo crescendo forte e rápido.
Antes mesmo que eu pudesse pensar sobre isso, meu corpo
atingi o clímax e estremeço enquanto minha liberação varre
sobre mim. Tudo aperta com força da maneira mais feliz e eu
cavalgo as ondas enquanto Rukh continua a me segurar.

Quando o clímax diminui, estou supersensível. Eu


empurro a cabeça de Rukh, indicando que eu quero que ele
pare. Ele me dá uma última lambida possessiva e depois
levanta a sua cabeça. Nossos olhos se encontram e os dele
estão ferozes de necessidade, sua boca molhada dos meus
sucos.

Deus, ele é sexy. Eu o alcanço, atordoada, porque quero


sentir seu peso sobre mim. Não há nada que eu goste mais do
que o corpo de Rukh sobre o meu, me pressionando nas peles.
Só Aliens Oficial

Já faz muito tempo desde que eu senti isso, e preciso disso


tanto quanto precisava daquele orgasmo duro e feroz.

Rukh se move sobre mim e levanto meus joelhos,


deslizando minhas pernas em volta de seus quadris. Suspiro
enquanto ele se apoia em mim, porque eu amo a próxima
parte. A sensação dele empurrando em mim é pura felicidade,
e fecho meus olhos enquanto seu pau cutuca a minha
entrada.

— Har-loh — ele murmura. Seu cabelo, solto e selvagem,


faz cócegas na minha pele enquanto cai sobre mim.

— Eu sou sua — digo a ele — Har-loh é toda sua.

Ele afunda profundamente em um golpe rápido e eu


respiro fundo.

Oh Deus, eu amo a sensação do meu corpo se esticando


ao redor dele, ajustando-se ao seu comprimento. Essa
primeira impressão é a melhor, e quando ele muda seu peso,
sua espora esfrega contra meu sensível clitóris. Eu gemo,
envolvendo meus braços em torno dele enquanto ele começa a
trabalhar seus quadris.

Rukh ainda é novo no sexo e sua resistência não é o que


poderia ser, mas eu não me importo. Ele sempre me faz gozar
pelo menos uma vez antes de terminar, e isso é bom o
Só Aliens Oficial

suficiente para mim. Eu amo o toque e estar envolvida em


torno dele. Eu amo a conexão.

Eu amo ser possuída por ele.


Só Aliens Oficial

CAPÍTULO 8

RUKH

Eu gozo rápido demais. Eu sempre quero durar mais, para


fazer com que cada momento enterrado bem no fundo do
corpo de Har-loh dure para sempre, mas nunca consigo. Um
prazer quente corre através de mim enquanto eu a encho com
minha semente, e ela me segura perto enquanto eu desabo em
cima dela. Minha companheira acaricia meu cabelo e
murmura sons para mim, sua voz doce e gentil.

— Rukh — diz ela, e bate no meu peito.

Então ela bate no dela.

— Har-loh. — Ela gesticula para nós dois. — Juntos.

Seu significado é claro. Somos um par, destinados a ser


um.

— Juntos — eu concordo, e sou recompensado com um


sorriso feliz. Har-loh é minha e eu sou de Har-loh. Nós
estamos juntos. Neste momento e em tudo.
Só Aliens Oficial

Acordo com o corpo quente da minha companheira em


volta de mim. Har-loh se agarra a mim em seu sono, e isso me
deixa feliz. É como se ela sentisse minha falta, mesmo quando
os olhos estão fechados. Eu gosto disso. Eu a seguro com
força, acariciando sua pele macia enquanto ela cochila, me
contento em vê-la. Eu poderia ficar aqui nas peles com ela o
dia todo, respirando seu doce perfume e empurrando meu pau
em sua boceta molhada. Seria um dia bom.

Mas não alimentei minha companheira e há muito a ser


feito. Nós devemos ter comida, e devemos ter tudo pronto para
quando nosso kit chegar. Eu toco a barriga dela, tomando
cuidado para não acordá-la. Ela ainda está plana aqui, mas
se for como os animais da natureza, ela inchará quando nosso
kit estiver chegando. Mal posso esperar para ver isso.

Pela primeira vez na minha vida, espero mais do que


apenas a próxima refeição, o próximo sono. Anseio por uma
vida com Har-loh, quente e confortável em nossa caverna,
nosso kit embrulhado nas peles conosco.

Eu saio do nosso ninho, certificando-me de que Har-loh


está coberta com o espesso de peles e cabeça para fora. A praia
está tranquila, o único som é o rolar constante da maré e o
guincho ocasional de um pássaro distante. O céu está cinza,
mas não parece estar nevando. É um bom dia para ir caçar e
ainda precisamos de mais coisas.
Só Aliens Oficial

Precisamos de mais carne, mais peles. Precisamos de


combustível para o fogo – percebi que estávamos sem. Existem
plantas para colher e bagas para encontrar. Existem...

— Rukh?

Eu me viro e olho para minha companheira. Ela está na


entrada da caverna, peles agarradas à sua pele nua. Há uma
expressão triste em seu rosto salpicado.

— Você vai caçar? — ela pergunta.

— Caçar?

Eu conheço a palavra “caça”. Eu sei o que ela pergunta...


e odeio ver a decepção em seu rosto. Eu estarei fora o dia todo
de novo e ela terá que fazer todo o trabalho duro por conta
própria. Não é fácil para ela quando eu trago a carne de volta
para a praia. Percebo isso agora. Isso cria mais trabalho para
ela e fazê-lo sozinha é...muito.

E de repente, não quero deixar minha companheira para


trás. Har-loh é inteligente. Se ela não pode caçar, pode ficar à
distância e me ajudar a carregar as coisas. Ela pode coletar
plantas e combustível para o fogo. Quando voltarmos,
podemos trabalhar na carne e nas peles juntos. Tudo isso
pode ser feito por um, mas é mais rápido com ajuda.

Ainda estou pensando que estou sozinho e não deveria


estar.
Só Aliens Oficial

Har-loh quer estar ao meu lado, e eu quero estar ao lado


dela.

Então eu aceno.

— Caça Rukh — Eu estendo minha mão para ela — Caça


Har-loh? Juntos?

Um sorriso brilhante floresce em seu rosto, e é a coisa mais


linda que eu já vi.

— Juntos — ela concorda.

Estou satisfeito. Tudo fica melhor junto.

Fim por enquanto...

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