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Prova I – HIS 136 – História da América I

Prof. Responsável: Luiz Estevam de Oliveira Fernandes


Instruções
1- Identifique a folha de repostas, escrevendo seu nome, matrícula e e-mail.
2- Responda as questões em TNR 12, espaço 1,5.
3- Atenha-se ao tempo estipulado de 24h. Não serão tolerados atrasos.
4- Responda duas das questões abaixo relacionadas. A questão 1 é de resposta obrigatória. Não a responder invalida a prova
como um todo. A segunda questão deverá ser escolhida entre as questões de número 2 a 6. Não responder a uma delas
invalida a prova como um todo.
5- Cada questão tem valor 5,0 e a prova um total de 10,0.
6- Responder a mais de duas questões invalida a prova como um todo.

1) Compare e comente dois dos documentos abaixo. Para isso, leve em consideração os seguintes aspectos:
a) Descreva os documentos quanto a seu gênero.
b) Utilize a historiografia obrigatória de cada um dos documentos escolhidos.
c) Utilize como chave de leitura as propostas da Retórica da Alteridade de François Hartog.

DOC. 1: Hernán Cortés. Cartas de Relación. Madrid: Editorial Castalia, 1993. Edição de Ángel Delgado Gómez.-
tradução Anderson R. dos Reis.
Primeira Carta de Relação (pp. 130-132)
E dali a pouco {Cortés} enviou outros capitães com a retaguarda de cem homens, e o dito capitão Fernando Cortés foi com os
dez a cavalo de modo encoberto por um dos lados. Tendo pois esta ordem, os dianteiros toparam com grande multidão de
índios de guerra que vinham de encontro conosco, e se por acaso naquele dia não houvéssemos saído para guardar o caminho
poderia ser que nos dessem grande trabalho. E como o capitão da artilharia que ia à frente fez certos requerimentos ante um
escrivão aos ditos índios de guerra que encontrou, dando-lhes a entender por meio dos intérpretes e línguas que estavam
conosco [que] não queríamos guerra, mas paz e amor com eles, não se preocuparam em responder com palavras, mas com
uma nuvem de flechas que começaram a atirar. E estando assim guerreando os dianteiros com os índios, chegaram os dois
capitães da retaguarda. E havendo duas horas que estavam guerreando todos com os índios, chegou o capitão Fernando
Cortés com os da cavalaria por uma parte do monte por onde os índios começariam a cercar aos espanhóis, e ali esteve
guerreando com os ditos índios por uma hora. E tanta era a multidão de índios que nem os que estavam guerreando com a
infantaria espanhola viam os que estavam a cavalo nem sabia em que parte andavam nem os que estavam a cavalo entrando e
saindo nos índios se viam uns aos outros. Desde que os espanhóis ouviram os homens montados a cavalo avançaram contra
eles {os índios}, e logo foram os ditos índios postos em fuga. E seguindo meia légua a perseguição, visto pelo capitão como
os índios iam fugindo e não havia mais o que fazer e que sua gente estava muito cansada, mandou que todos se recolhessem
em umas casas de umas estâncias que ali havia. E depois de recolhidos, acharam-se feridos vinte homens, dos quais nenhum
morreu nem dos que se feriram no dia anterior.
E assim, recolhidos e curados os feridos, voltamos ao caminho e trouxemos conosco dois índios que ali foram tomados, os
quais o dito capitão mandou soltar, e enviou com eles suas cartas aos caciques dizendo-lhes que se quisessem vir onde ele
estava, que lhes perdoaria o erro cometido e que seriam seus amigos. E na tarde deste mesmo dia vieram dois índios que
pareciam ser da elite {principales} e disseram que a eles lhes pesava muito o passado, e que aqueles caciques lhe rogavam
que os perdoassem e que não lhes fizessem mais danos pelo seu passado e que não os matassem mais gente do que os já
mortos, que eram duzentos e vinte homens; e que o passado fosse passado e que dali para frente eles queriam ser vassalos
daqueles príncipes que lhes dizia, e que por tais se davam e tinham, e que ficavam e se obrigavam a servir-lhes cada vez que
em nome de Vossa Magestade algo lhes ordenassem. E assim se assentaram e foram feitas as pazes. E perguntou o capitão
aos ditos índios pelo intérprete que tinha sobre que gente era a que em batalha se havia achado. E responderam-lhe que de
oito províncias se haviam juntado os que ali tinham vindo, e que segundo se conta e calcula que eles tinham no total quarenta
mil homens, e que até aquele número eles sabiam contar muito bem. Acreditem Vossas Reais Altezas por certo que esta
batalha foi vencida mais pela vontade de Deus que por nossas forças, porque para com quarenta mil homens de guerra pouca
defesa havia nos quatrocentos que nós éramos.

Doc 2) A relação do Jerônimo Ramón Pané sobre os costumes antigos dos índios. Frei Ramón Pané chegou ao Novo
Mundo como participante da segunda expedição de Cristóvão Colombo que se dirigiu à ilha que passariam a chamar de
Espanhola (depois Santo Domingo). Escreveu este texto nas Antilhas, c. 1496. IN: Suess, Paulo. A Conquista Espiritual da
América Espanhola. 1992.
"Eu, frei Ramón, pobre ermitão da Ordem de São Jerônimo, por ordem do ilustre senhor Almirante e vice-rei e governador
das Ilhas e da Terra Firme das Índias, escrevo o que pude aprender e saber das crenças e idolatrias dos índios, e de como
veneram seus deuses. Disto tratarei na presente relação.
[...] Cada um, ao adorar os ídolos que tem em casa, chamados por eles de cemis, observa um particular modo e superstição.
Crêem que está no céu e é imortal, que ninguém pode vê-lo, que têm mãe, mas não tem princípio, e a este chamam de Yacahú
Bagua Maórocoti, e a sua mãe de Atabey, Yermao, Guacar, Apito e Zuimaco, que são cinco nomes. Estes, sobre os quais
escrevo são da Ilha Espanhola, porque das outras ilhas não sei coisa alguma por não tê-las visto jamais. Sabem também de
onde vieram, onde tiveram origem o sol e a lua, como se fez o mar e para onde vão os mortos. E acreditam que os mortos
lhes aparecem pelos caminhos quando alguém anda sozinho, porque quando vão muito juntos, não lhes aparecem. Foram
seus antepassados que os fizeram crer tudo isto porque eles não sabem ler, nem contar senão até dez. (...)
De onde tiram isto e quem os faz acreditarem assim: Há alguns homens, que conversam entre si, e que são chamados
behiques, os quais praticam muitos enganos, como mais adiante diremos, para fazê-los crer que falam com esses (os mortos)
e que sabem todos os seus atos secretos; e que quando estão doentes, lhes tiram o mal, e assim os enganam. Porque eu vi em
parte com meus olhos, pois das outras coisas somente contei o que tinha ouvido de muitos, especialmente dos principais, com
os quais conversei mais do que com os outros; pois esses crêem nas fábulas com maior certeza que os outros. Pois, do mesmo
modo que os mouros, têm sua lei compediada em canções antigas, pelas quais se regem, como os mouros pela escritura.E
quando querem cantar suas canções, tocam certo instrumento que se chama mayohabao, que é de madeira, oco, forte e muito
delgado, de um braço de comprimento e meio de largura. A parte onde se toca é feita em forma de tenazes de ferrador e a
outra parte é semelhante a uma maça, de maneira que parece uma cabaça com o pescoço comprido. E tocam este instrumento,
o qual tem tanta voz que se ouve a légua e meia de distância. Ao som dele cantam as canções, que aprendem de cor; tocam-
no os homens principais, que aprendem a tocá-lo desde a infância e a tocar com ele, segundo seu costume. (...).
Como partimos para o país do dito Mabiatué, isto é, eu frei Ramón, (...) e João Mateo, o primeiro que recebeu a água do
santo batismo na ilha Espanhola: No segundo dia em que partimos do povoado e residência de Guarionex, para ir a outro
cacique chamado Mabiatuaé, o pessoal de Guarionex edificava uma casa junto ao oratório, no qual deixamos algumas
imagens ante as quais se ajoelhassem, orassem e se consolassem aos catecúmenos, os quais eram a mãe, os irmãos e os
parentes do mencionado João Mateo, o primeiro cristão, aos quais se juntaram outros sete; depois todos os de sua casa se
tornaram cristãos e se perseveraram em seu bom propósito segundo nossa fé. De modo que toda referida família ficava para
guardar o dito oratório e algumas herdades que eu lavrava o mandava lavrar. E, tendo ficado eles cuidando do dito oratório,
no segundo dia, após termos partido para ir ao supradito Mabiatué, seis homens foram ao oratório, do qual cuidavam sete dos
referidos catecúmenos, e por ordem de Guarionex, lhes disseram que tomassem aquelas imagens que frei Ramón deixara ao
cuidado dos sobreditos catecúmenos, as destroçassem e quebrassem, pois frei Ramón e seus companheiros tinham partido, e
não sabiam quem tinha feito. Os seis criados de Guarionex foram ali e encontraram os seis rapazes que guardavam o oratório,
temendo o que depois aconteceu, e os rapazes assim doutrinados disseram que não queriam que entrassem; mas eles entraram
a força, e tomaram as imagens e as levaram.
O que sucedeu com as imagens e milagre que Deus fez para mostrar seu poder: Tendo aqueles saído do oratório, atiraram as
imagens ao chão e as cobriram de terra e depois urinaram em cima (...) e tudo isto por vitupério. Ao saber disto, deixaram
eles o que faziam e correram gritando para informar a dom Bartolomé Colombo, que tinha o governo no lugar do Almirante,
seu irmão, que tinha ido a Castela. Este, como lugar-tenente do vice-rei e governador das ilhas, instaurou processo contra os
malfeitores e, sabida a verdade, os mandou queimar publicamente. Mas, apesar disto, Guarionex e seus vassalos não se
afastaram do mau propósito de matar os cristãos no dia designado para levar-lhes o tributo de ouro que pagavam. (...)

DOC. 3 : assinaturas de Colombo

DOC. 4: Frei Bartolomé de las Casas. “O Paraíso Destruído: Brevíssima relação da destruição das índias”. Porto
Alegre: L&PM, 2011. PP. 32 a 34.CAPÍTULO 1: DA ILHA ESPANHOLA
Entravam nas vilas, burgos e aldeias não poupando nem crianças e homens velhos, nem mulheres grávidas e parturientes e
lhes abriam o ventre e faziam em pedaços.Na ilha Espanhola que foi a primeira, como se disse, a que chegaram os espanhóis,
começaram as grandes matanças e perdas de gente, tendo os espanhóis começado a tomar as mulheres e filhos dos índios para
deles servir-se e usar mal e a comer seus víveres adquiridos por seus suores e trabalhos, não se contentando com o que os
índios de bom grado lhes davam, cada qual segundo sua faculdade, a qual é sempre pequena porque estão acostumados a não
ter de provisão mais do que necessitam e que obtêm com pouco trabalho. E o que pode bastar durante um mês para três lares
de dez pessoas, um espanhol o come ou destrói num só dia. Depois de muitos outros abusos, violências e tormentos a que os
submetiam, os índios começaram a perceber que esses homens não podiam ter descido do céu. Alguns escondiam suas
carnes, outros suas mulheres e seus filhos e outros fugiam para as montanhas a fim de se afastar dessa Nação. Os espanhóis
lhes davam bofetadas, socos e bastonadas e se ingeriam em sua vida até deitar a mão sobre os senhores das cidades.
E tudo chegou a tão grande temeridade e dissolução que um capitão espanhol teve a ousadia de violar pela força a mulher do
maior rei e senhor de toda esta ilha. Cousa essa que desde esse tempo deu motivo a que os índios procurassem meios para
lançar os espanhóis fora de suas terras e se pusessem em armas: mas que armas? São tão fracos e de tão poucos expedientes
que suas guerras não são mais que brinquedos de crianças que jogassem com canas ou instrumentos frágeis. Os espanhóis,
com seus cavalos, suas espadas e lanças começaram a praticar crueldades estranhas; entravam nas vilas, burgos e aldeias, não
poupando nem as crianças e os homens velhos, nem as mulheres grávidas e parturientes e lhes abriam o ventre e as faziam
em pedaços como se estivessem golpeando cordeiros fechados em seu redil. Faziam apostas sobre quem, de um só golpe de
espada, fenderia e abriria um homem pela metade, ou quem, mais habilmente e mais destramente, de um só golpe lhe cortaria
a cabeça, ou ainda sobre quem abriria melhor as entranhas de um homem de um só golpe. Arrancavam os filhos dos seios da
mãe e lhes esfregavam a cabeça contra os rochedos enquanto que outros os lançavam à água dos córregos rindo e caçoando, e
quando estavam na água gritavam: move-te, corpo de tal?! Outros, mais furiosos, passavam mães e filhos a fio de espada.
Faziam certas forcas longas e baixas, de modo que os pés tocavam quase a terra, um para cada treze, em honra e reverência
de Nosso Senhor e de seus doze Apóstolos (como diziam) e deitando-lhes fogo, queimavam vivos todos os que ali estavam
presos. Outros, a quem quiseram deixar vivos, cortaram-lhes as duas mãos e assim os deixavam; diziam: Ide com essas cartas
levar as notícias aos que fugiram para as montanhas. Dessa maneira procediam comumente com os nobres eos senhores;
faziam certos gradis sobre garfos com um pequeno fogo por baixo a fim de que, lentamente, dando gritos e em tormentos
infinitos, rendessem o espírito ao Criador. Eu vi uma vez quatro ou cinco dos principais senhores torrando-se e queimando-se
sobre esses gradis e penso que havia ainda mais dois ou três gradis assim aparelhados; e pois que essas almas expirantes
davam grandes gritos que impediam o capitão de dormir, este último ordenou que os estrangulassem; mas o sargento, que era
pior que o carrasco que os queimava (eu sei seu nome e conheço seus parentes em Sevilha), não quis que fossem
estrangulados e ele mesmo lhes atochou pelotas na boca a fim de que não gritassem, e atiçava o fogo em pessoa até que
ficassem torrados inteiramente e a seu bel prazer. Eu vi as cousas acima referidas e um número infinito de outras; e pois que
os que podiam fugir ocultavam-se nas montanhas a fim de escapar a esses homens desumanos, despojados de qualquer
piedade, ensinavam cães a fazer em pedaços um índio à primeira vista. Esses cães faziam grandes matanças e como por vezes
os índios matavam algum, os espanhóis fizeram uma lei entre eles, segundo a qual por um espanhol morto faziam morrer cem
índios.

DOC 5) Bernal Díaz del Castillo, Historia Verdadera de la Conquista de la Nueva España. Participou diretamente da
conquista de México-Tenochtitlan, servindo nas tropas capitaneadas por Hernán Cortés e Pedro de Alvarado. Texto
concluído em 1568. Capítulo CXXVII: Depois que foi morto o grande Montezuma, Cortés decidiu informar a seus capitães e
principais que lutavam conosco, e o que mais sobre isso aconteceu. (pp. 391-393)
“A fim de mais razões Cortés enviou um papa e um principal dos que estavam presos, que soltamos para que fossem dizer ao
cacique que alçaram por senhor, que se dizia Coadlavaca, e a seus capitães como o grande Montezuma morrera, e que eles o
viram morrer, e da maneira que morreu e das feridas que lhe fizeram os seus, que dissessem como a todos nos pesava isso, e
que o enterrasse como um grande rei que era, e que colocassem o seu primo de Montezuma, que estava conosco, por rei, pois
ele deveria herdar, ou a outros filhos seus, e que a quem haviam alçado por senhor que não o via por direito, e que houvesse
paz para sairmos de México, que se não houvesse paz, agora que estava morto Montezuma, a quem tínhamos respeito, e que
por sua causa não destruímos a sua cidade, que faríamos guerra contra eles e queimaríamos todas as casas, e lhes faríamos
muito mal. E para que visse que Montezuma estava morto, mandou seis mexicanos principales e os demais papas que
tínhamos presos que o pegassem nas costas e o entregassem aos capitães mexicanos e lhes dissessem o que Montezuma
mandou ao tempo que queria morrer, que aqueles que o levassem nas costas estavam presentes na sua morte. E disseram a
Coadlavaca toda a verdade, como eles próprios o mataram com três pedradas. E depois que o viram morto, vimos que
choraram bastante, que bem ouvimos os gritos e uivos que por ele davam; e ainda com tudo isso não cessou a grande bateria
de ataques que sempre nos davam com vara e pedra e flecha, e logo a recomeçaram com mais intensidade e com grande
selvageria, e nos diziam: ‘Agora vão pagar de verdade a morte de nosso rei e senhor e a desonra de nossos ídolos; e as pazes
que nos pediram, venha aqui e diremos como e de que maneira hão de ser’.
E diziam tantas palavras sobre isso e outras coisas, que já não me lembro e as deixarei de dizer aqui; e que já tinham eleito
um bom rei, e que não será de coração tão fraco a ponto de ser enganado com palavras falsas como foi Montezuma; e que não
nos preocupássemos com o enterro, mas sim com nossas vidas, que em dois dias não ficaria nenhum de nós para que tais
coisas fosse enviado a dizer. E com tais práticas, muitos gritos e silvos e pedras lançadas e varas e flechas e outros muitos
esquadrões ainda querendo atear fogo em muitas partes de nossos aposentos. E desde que aquilo viu Cortés e todos nós,
decidimos que no outro dia sairíamos todos e fôssemos para outra parte onde havia muitas casas em terra firme, e que
fizéssemos todo o mal que pudéssemos e fôssemos para a estrada, e que todos os que estivessem a cavalo rompessem com os
esquadrões e os alanceassem ou os jogassem na lagoa, e ainda que os matassem com os cavalos.
E isso se ordenou para se porventura com o dano e morte que lhes fizéssemos cessariam a guerra e se trataria alguma maneira
de paz para sair livres, sem outras mortes e danos. E posto que outro dia o fizemos todos de modo muito varonil e matamos
muitos inimigos, e que se queimaram obra de vinte casas, e fugimos até as proximidades da terra firme, tudo foi pouco para o
dano que sofremos, tanto as mortes como as feridas que nos fizeram, e não pudemos guardar nenhuma ponte, porque todas
estavam meio quebradas; e carregaram muitos mexicanos sobre nós, e tinham colocado barricadas e anteparos em partes onde
conheciam que podiam alcançar os cavalos. De maneira que se muitos trabalhos tínhamos até então, muitos maiores tivemos
mais adiante.

2) Discorra sobre o Debate de Valladolid, levando em consideração a documentação e a historiografia obrigatória do


módulo.

3) Por que T. Todorov chamou as duas primeiras partes de seu livro de “Descobrir” e “Conquistar”? Quais suas teses
sobre Colombo e Cortés?

4) 4)“... As histórias frequentemente homogeneízam as cinco principais potências que colonizaram as Américas em
uma única identidade: “a Europa”. As cerimônias e os meios simbólicos franceses, espanhóis, portugueses, holandeses
e ingleses usados para instaurar a autoridade sobre as colônias são frequentemente agrupados, como se existisse um
único quadro político europeu do domínio colonial. O que os europeus partilhavam era uma plataforma tecnológica e
ecológica comum: embarcações transatlânticas que carregavam balestras, canhões, arcabuzes, cavalos, equipamentos
de cerco e doenças. Mas não partilhavam nem mesmo um entendimento comum dos objetivos políticos da ação
militar. Uma abordagem que diferencie – em vez de homogeneizar – a Europa nos permite examinar as diferenças e
também as semelhanças nos meios de criação da autoridade colonial sobre o Novo Mundo”. (Seed, Patrícia.
Cerimônias de posse na conquista européia do Novo Mundo (1492-1640). SP: Unesp, 1999, p. 11.)
a) Qual a tese de Seed sobre as cerimônias de posse no Novo Mundo?
b) Nos casos inglês e espanhol, quais as principais cerimônias de posse realizadas e o que elas indicavam?

5) a) Quais as teses de Bruit e Freitas Neto sobre Las Casas?


b) Quais as teses em combate no Debate de Valladolid?

6) Discorra sobre a Conquista do México, comentando as teses dos autores constantes da leitura obrigatória.

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