Você está na página 1de 11

lOMoARcPSD|31863782

Ldia seq2 teste cronica d joao i

Portugues (Escola Secundária João de Deus)

A Studocu não é patrocinada ou endossada por alguma faculdade ou universidade


Descarregado por Laura Gomes ambrósio (laura.g.ambrosio@gmail.com)
lOMoARcPSD|31863782

Testes por sequência • Teste 2


Letras em dia, Português, 10.° ano

Sequência 2 • Fernão Lopes, Crónica de D. João I

Grupo I

Apresenta as tuas respostas de forma bem estruturada.

Lê o excerto do Capítulo 148 da Crónica de D. João I.

Parte A

Das tribulações1 que Lixboa padecia per mingua2 da mantiimentos


Estando a cidade assi cercada na maneira que já ouvistes, gastavom-se os
mantiimentos cada vez mais, por as muitas gentes que em ela havia, assi 3 dos que se
colherom4 dentro, do termo5, de homeẽs aldeãos com molheres e filhos, come dos que
veerom na frota do Porto; e alguũs se tremetiam6 aas vezes em batees e passavom de noite
5 escusamente7 contra8 as partes de Ribatejo, e metendo-se em alguũs esteiros9, ali
carregavom de triigo que já achavom prestes10, per recados que ante mandavom. E partiam
de noite remando mui rijamente, e algũas galees 11 quando os sentiam viinr remando, isso
meesmo remavom a pressa sobre eles; e os batees por lhe fugir, e elas por os tomar, eram
postos em grande trabalho.
10 Os que esperavom por tal triigo andavom per a ribeira 12 da parte de Exobregas13,
aguardando quando veesse, e os que velavom, se viiam as galees remar contra 8 lá,
repicavom14 logo por lhe acorrerem15. Os da cidade como16 ouviam o repico, leixavam o
sono, e tomavom as armas e saía muita gente, e defendiam-nos aas beestas se compria 17,
ferindo-se aas vezes dũa parte e doutra; […]
15 Em esto gastou-se18 a cidade assi apertadamente 19, que as pubricas esmolas
começarom desfalecer20, e neũa geeraçom21 de pobres achava quem lhe dar 22 pam23; de
guisa24 que a perda comum25 vencendo de todo a piedade, e veendo a gram mingua 2 dos
mantiimentos, estabelecerom deitar fora as gentes minguadas 26 e nom perteencentes27
pera defensom; e esto foi feito duas ou tres vezes, ataa 28 lançarem fora as mancebas
20 mundairas29 e Judeus e outras semelhantes, dizendo que pois 30 taes pessoas nom eram
pera pelejar31, que nom gastassem os mantiimentos aos defensores; mas isto nom
aproveitava cousa que muito prestasse. […]
Como nom lançariam fora a gente minguada e sem proveito, que o Meestre mandou
saber em certo pela cidade que pam havia per todo em ela, assi em covas 32 come per
outra maneira, e acharom que era tam pouco que bem havia mester 33 sobr’elo conselho?

LOPES, Fernão, 1980. Crónica de D. João I (textos escolhidos; apresentação crítica, seleção, notas
e sugestões para análise literária de Teresa Amado). Lisboa: Seara Nova / Editorial Comunicação (pp. 193-195)

1. tribulações: adversidades, aflições; 2. mingua: falta; 3. assi: tanto; 4. colherom(-se): recolheram(-se); 5. termo: limite, referência à área
do concelho de Lisboa; 6. se tremetiam: se metiam dentro; 7. escusamente: secretamente; 8. contra: para, em direção a; 9. esteiros:
braços estreitos de rio; 10. prestes: pronto; 11. galees: galés (dos castelhanos); 12. ribeira: margem; 13. Exobregas: Xabregas,
localidade de Lisboa; 14. repicavom: tocavam (os sinos); 15. acorrerem: socorrerem; 16. como: assim que; 17. se compria: se era
necessário; 18. gastou-se: consumiu-se; 19. apertadamente: desesperadamente; 20. desfalecer: faltar; 21. geeraçom: família; 22. dar:
desse; 23. pam: pão; 24. guisa: modo, maneira; 25. a perda comum: as privações comuns a todos; 26. minguadas: carentes, miseráveis,

LDIA10 © Porto Editora

Descarregado por Laura Gomes ambrósio (laura.g.ambrosio@gmail.com)


lOMoARcPSD|31863782

Testes por sequência • Teste 2


Letras em dia, Português, 10.° ano

deficientes; 27. nom perteencentes: incapazes; 28. ataa: até; 29. mancebas mundairas: prostitutas (amantes/raparigas mundanas); 30.
pois: já que; 31. pelejar: lutar. 32. covas: silos, celeiros subterrâneos; 33. mester: necessidade.

1. Explicita o «grande trabalho» (l. 8) em que se envolviam, por vezes, «Os da cidade» (l. 11),
atendendo ao conteúdo dos dois primeiros parágrafos.

2. Face à fome na cidade, foi tomada a decisão de expulsar algumas pessoas.


Explica o critério utilizado na seleção dessas pessoas.

3. Mostra como, no contexto das «tribulações» vividas na capital, se evidencia a consciência coletiva.
Fundamenta a tua resposta com elementos textuais.

4. Refere o valor expressivo da interrogação retórica presente no último parágrafo.

Parte B
Lê o excerto do Capítulo 11 da Crónica de D. João I.

Ali eram ouvidos braados de desvairadas1 maneiras. Taes i2 havia que certeficavom3
que o Meestre era morto, pois as portas estavom çarradas, dizendo que as britassem 4 pera
entrar dentro, e veeriam que era do Meestre, ou que cousa era aquela.
Deles5 braadavom por lenha, e que veesse lume pera poerem fogo aos Paaços, e
5 queimar o treedor6 e a aleivosa7. Outros se aficavom8 pedindo escaadas pera sobir acima,
pera veerem que era do Meestre; e em todo isto era o arroido 9 atam grande que se nom
entendiam uũs com os outros, nem determinavom neũa cousa. E nom somente era isto aa
porta dos Paaços, mas ainda arredor deles per u 10 homeẽs e molheres podiam estar. Ũas
viinham com feixes de lenha, outras tragiam carqueija pera acender o fogo cuidando
10 queimar o muro dos Paaços com ela, dizendo muitos doestos11 contra a Rainha.
De cima nom minguava quem braadar 12 que o Meestre era vivo, e o Conde Joam
Fernandez morto; mas isto nom queria neuũ creer, dizendo:
– Pois se vivo é, mostrae-no-lo e vee-lo-emos.

LOPES, Fernão, 1980. Crónica de D. João I (textos escolhidos; apresentação crítica, seleção, notas
e sugestões para análise literária de Teresa Amado). Lisboa: Seara Nova / Editorial Comunicação (pp. 97-98)

1. desvairadas: diversas, contraditórias;


2. i: aí;
3. certeficavom: asseguravam, afirmavam;
4. britassem: arrombassem, quebrassem;
5. Deles: alguns (deles);
6. treedor: traidor;
7. aleivosa: traidora, desleal;
8. aficavom: insistiam, teimavam;
9. arroido: ruído, algazarra;
10. u: onde;
11. doestos: insultos;
12. braadar: gritasse;

5. Justifica os «brados» (l. 1) e o «arroido» (l. 6), considerando os acontecimentos descritos no


excerto e o teu conhecimento global do capítulo 11 da Crónica de D. João I.

6. Explica de que modo o povo pode ser considerado um ator coletivo.

LDIA10 © Porto Editora

Descarregado por Laura Gomes ambrósio (laura.g.ambrosio@gmail.com)


lOMoARcPSD|31863782

Testes por sequência • Teste 2


Letras em dia, Português, 10.° ano

Parte C
7. Na primeira parte da Crónica de D. João I, Fernão Lopes narra acontecimentos que precederam o
reinado deste monarca, em particular na cidade de Lisboa. Destacam-se, nesse relato,
protagonistas distintos.
Escreve uma breve exposição sobre os atores individuais e coletivos na Crónica de D. João I.
A tua exposição deve incluir:
– uma introdução ao tema;
– um desenvolvimento no qual identifiques e caracterizes as figuras que agem de forma
singular e as que atuam em grupo;
– uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.

Grupo II

Nas respostas aos itens de escolha múltipla, seleciona a opção correta.

Lê o texto.

Cada vez mais pessoas, em todo o mundo, recebem a sua informação pelas redes
sociais. Muitas delas escolhem o que veem de acordo com as fontes da sua preferência,
sejam jornais, rádios ou canais de televisão, sites que consideram dignos de confiança.
Muitas outras abrem apenas as notícias que lhes parecem interessantes, seja por terem
5 um título chamativo que despertou a sua curiosidade ou porque dizem algo com que
concordam.
A cada dia que passa, num tempo de mudança política rápida, a informação disponível
parece infinita, o mundo parece estar todo num telemóvel. Por contraintuitiva que possa
parecer, esta ideia torna a importante tarefa de nos informarmos cada vez mais árdua, em
10 particular por se ter tornado tão difícil distinguir a verdade da mentira.
E isso é importante? Se pensarmos nas notícias como a ferramenta que nos ajuda a
tomar decisões, sim, é. E muito. As notícias devem dizer-nos o que está a acontecer e
porquê, permitindo-nos assim formar opiniões e agir, em sociedade, de acordo com as
nossas opiniões. Se a informação que temos é falsa, as nossas opiniões serão frágeis, e
15 quando muitas opiniões se baseiam em falsidades, em preconceitos, em erros e falácias, a
nossa vida comum – a democracia – está em risco. Numa era digital, em que mais e mais
pessoas se informam a cada segundo, é fundamental sabermos distinguir uma notícia de
um boato, bem como termos a capacidade de avaliar criticamente a informação que
recebemos.
20 Só o Facebook tem mais de 2,3 mil milhões de utilizadores, entre os 7,5 mil milhões de
seres humanos que vivem no planeta, o que significaria que quase um terço da população
tem uma conta nesta rede social, se tomarmos como boa a ideia (errada) de que um
utilizador é sempre uma pessoa. Seja como for, é muita gente, em particular se
considerarmos que o país mais populoso do mundo, a China, não permite a sua utilização.
25 Em Portugal, há seis milhões de contas, o suficiente para que uma eficaz campanha
[…] consiga ter efeitos sobre a maioria da população.
E isso deve preocupar-nos. Porque, na verdade, é o nosso nome que aparece quando
30
LDIA10 © Porto Editora

Descarregado por Laura Gomes ambrósio (laura.g.ambrosio@gmail.com)


lOMoARcPSD|31863782

Testes por sequência • Teste 2


Letras em dia, Português, 10.° ano

sociabilizamos online. É a cada um de nós que cabe, antes de partilharmos qualquer coisa
nas redes sociais ou de difundirmos qualquer informação a quem nos está mais próximo,
fazer a pergunta certa: «Isto é verdadeiro ou falso?» A falsidade deixa rasto. Quantas
vezes pensámos: «Nunca ouvi falar deste site ou da pessoa que publica esta história.»,
«Nenhum jornal deu esta notícia.», «O endereço (URL) e o formato da notícia são
estranhos.», «Há tantos erros na escrita, parece tradução automática.», «Não há citações
de nenhuma pessoa.», «A notícia está anunciada de forma estranha: ‘Clica aqui e vais ver
uma coisa extraordinária’.», «As imagens parecem fabricadas.».
Se aprendermos a ler a informação a que somos diariamente expostos – e que
procuramos, também –, seremos mais capazes de a filtrar e escolher. Para percebermos
se uma história é parcial, devermos saber colocar-nos algumas questões no momento da
leitura: se a história só mostra as coisas de uma perspetiva; se a notícia sugere que os
leitores façam alguma coisa, ou pensem de determinada forma; se o título é enganador –
sim, é parcial.
A informação verdadeira procura chegar à verdade – não à verdade filosófica, mas
àquela aproximação que nos é útil para sabermos mais, razão pela qual as notícias se
baseiam em factos.
PENA, Paulo, 2019. Fábrica de Mentiras. Viagem ao mundo das fake news. Lisboa: Objetiva (pp. 20-21)

1. De acordo com os dois primeiros parágrafos, a quantidade de informação atualmente disponível


(A) promove a qualidade da informação.
(B) compromete a identificação de dados fidedignos.
(C) simplifica o acesso à verdade.
(D) facilita o reconhecimento de factos incorretos.

2. Ao utilizar a interrogação retórica, na linha 10, o autor


(A) solicita uma informação.
(B) reforça uma opinião.
(C) introduz uma ideia nova.
(D) reformula um pedido.

3. De acordo com o autor, a responsabilidade pela divulgação de informações falsas é


(A) exclusivamente das redes sociais.
(B) individual.
(C) de aproximadamente um terço da população mundial.
(D) dos criadores de notícias parciais.

4. A expressão «verdade filosófica» (l. 39) sugere


(A) imparcialidade. (C) obrigatoriedade.
(B) factualidade. (D) subjetividade.

5. Em «lhes parecem interessantes» (l. 4), o pronome encontra-se anteposto ao verbo, porque está
(A) integrado numa oração subordinada.
(B) dependente do advérbio «apenas».
(C) dependente de uma oração coordenada.
(D) integrado numa oração subordinante.

LDIA10 © Porto Editora

Descarregado por Laura Gomes ambrósio (laura.g.ambrosio@gmail.com)


lOMoARcPSD|31863782

Testes por sequência • Teste 2


Letras em dia, Português, 10.° ano

6. Classifica a oração iniciada por «que», na linha 22.

7. Completa as afirmações abaixo apresentadas, selecionando a opção adequada a cada espaço.


Regista as letras – (a), (b) e (c) – e, para cada uma delas, o número que corresponde à opção
selecionada em cada um dos casos.
No excerto «num tempo de mudança política rápida, a informação disponível parece
infinita» (ll. 6-7), o verbo principal pertence à subclasse dos verbos (a) . Assim,
a palavra sublinhada desempenha a função sintática de (b) .
Já o adjetivo «disponível» desempenha a função sintática de (c) .

(a) (b) (c)

1. transitivos diretos 1. complemento oblíquo 1. modificador restritivo do nome


2. transitivos-predicativos 2. predicativo do sujeito 2. modificador
3. copulativos 3. complemento direto 3. modificador apositivo do nome

Grupo III
«Cada vez mais pessoas, em todo o mundo, recebem a sua informação pelas redes
sociais.»
No início do texto apresentado no Grupo II, o autor faz a afirmação acima transcrita.
Escreve uma exposição de cento e oitenta a duzentas e quarenta palavras sobre o papel
das redes sociais na (des)informação da sociedade atual.
A tua exposição deve incluir:
– uma introdução ao tema;
– um desenvolvimento no qual explicites dois dos aspetos que fazem das redes sociais
simultaneamente um veículo de informação e de desinformação;
– uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.

Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra,
independentemente do número de algarismos que o constituam (ex.: /2021/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
− um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial do texto produzido;
− um texto com extensão inferior a oitenta palavras é classificado com zero pontos.

Cotações

Item
Grupo
Cotação (em pontos)
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 104
I
16 8 16 16 16 16 16
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 56
II
8 8 8 8 8 8 8

LDIA10 © Porto Editora

Descarregado por Laura Gomes ambrósio (laura.g.ambrosio@gmail.com)


lOMoARcPSD|31863782

Testes por sequência • Teste 2


Letras em dia, Português, 10.° ano

III Item único 40

TOTAL 200

LDIA10 © Porto Editora

Descarregado por Laura Gomes ambrósio (laura.g.ambrosio@gmail.com)


lOMoARcPSD|31863782

Matriz do Teste 2 • Fernão Lopes, Crónica de D. João I

Estrutura e cotação Domínios Aprendizagens Essenciais

Parte A  Interpretar textos literários


portugueses produzidos entre
1. 16 pontos os séculos XII e XVI:
Fernão Lopes, Crónica de
2. 8 pontos
D. João I
3. 16 pontos Educação
Literária
Parte B
Grupo I
104 pontos 4. 16 pontos

5. 16 pontos

6. 16 pontos

Parte C  Escrever uma exposição


Escrita sobre um tema, respeitando
7. 16 pontos as marcas de género.

1. 8 pontos  Ler em suportes variados


textos de diferentes graus de
2. 8 pontos complexidade do género:
exposição sobre um tema.
3. 8 pontos
Leitura  Analisar com segurança
Grupo II
4. 8 pontos frases simples e complexas:
56 pontos
Gramática identificar funções sintáticas;
5. 8 pontos dividir e classificar orações.

6. 8 pontos

7. 8 pontos

 Escrever uma exposição


Grupo III
Item único 40 pontos Escrita sobre um tema, respeitando
40 pontos
as marcas de género.

Sugestões de resolução do Teste 2 na sua defesa.


2. O critério utilizado para selecionar as pessoas a
Grupo I – Parte A
expulsar teve a ver com a sua capacidade de contribuir
1. O «grande trabalho» (l. 8) remete para as tentativas para a defesa coletiva. Por não servirem para «pelejar»
das gentes da cidade de Lisboa de conseguirem (l. 24), foram expulsas «as gentes minguadas» (l. 17),
alimentos, através do rio Tejo e nas «partes de «as mancebas mundairas e Judeus e outras
Ribatejo» (l. 5), procurando escapar às galés semelhantes» (ll. 23--24).
castelhanas. Para tal, saíam de noite em batéis,
3. A consciência coletiva afirma-se nos momentos em
combinando previamente carregamentos de trigo e
que é necessário defender a cidade, como entidade
preparando a vigilância nos momentos de entrada e
física, mas sobretudo como capital de um país que
saída das embarcações na capital, com o envolvimento
procura manter a independência e como grupo humano.
da população que, quando era necessário, se envolvia

LDIA10 © Porto Editora

Descarregado por Laura Gomes ambrósio (laura.g.ambrosio@gmail.com)


lOMoARcPSD|31863782

Para tal, todos os cidadãos contribuíam, quer os da 5. (A)


cidade de 6. Oração subordinada substantiva completiva.
Lisboa, arriscando viajar «de noite escusamente» (l. 4)
para ir buscar trigo ou mantendo-se alerta para 7. a) 3; b) 2; c) 1.
colaborar na defesa, sempre que os sinos tocavam («os
Grupo III
que
velavom, se viiam as galees remar contra lá, repicavom Resposta pessoal.
logo por lhe acorrerem. Os da cidade como ouviam o
repico, leixavam o sono, e tomavam as armas e saía
muita gente, e defendiam-nos aas bestas se compria»,
ll. 10-12), quer os de outros pontos da nação,
colaborando no fornecimento de mantimentos para a
capital («trigo que já achavom prestes, per recado que
ante
mandavom», ll. 5-6).
4. A interrogação retórica, focando a expulsão de
pessoas da cidade, procura contribuir para a sua
justificação, apresentando-a como última estratégia
possível no contexto da escassez de alimentos. Além
disso, legitima a decisão do Mestre de Avis, face às
condições extremas em que se encontrava a capital.

Grupo I – Parte B
5. Os gritos e o ruído ouvidos no momento descrito
decorrem do alvoroço provocado pelo anúncio de que
matavam o Mestre de Avis, divulgado, nas ruas de
Lisboa, pelo Pajem e por Álvaro Pais. Em reação a tal
anúncio e ao apelo para que salvassem o Mestre, os
habitantes da cidade mobilizaram-se para o defender,
provocando a confusão descrita no excerto («era o
arroido atam grande que se nom entendiam uũs com os
outros, nem determinavom neũa cousa.», ll. 6-7).
6. Os membros do povo atuam em conjunto, como uma
única vontade, na tentativa de garantirem a segurança
do Mestre. Por se movimentarem e agirem enquanto
massa anónima, são referidos pelo narrador com
recurso às formas na terceira pessoa do plural, não se
individualizando nenhuma figura humana: «Taes i havia
que…» (l. 1), «Deles braadavom por lenha» (l. 4),
«Outros se aficavom» (l. 5).

Grupo I – Parte C
7. Resposta pessoal. Tópicos de resposta:
– Atores individuais: figuras históricas, em
particular o Mestre de Avis, caracterizado como
representante da vontade popular e garantia da
independência nacional.
– Ator coletivo: o povo, em particular o de Lisboa,
agindo como entidade única e congregando a
força, o empenho e a coragem de todos na
defesa da capital e do país.

Grupo II
1. (B)
2. (C)
3. (B)
4. (D)

LDIA10 © Porto Editora

Descarregado por Laura Gomes ambrósio (laura.g.ambrosio@gmail.com)


lOMoARcPSD|31863782

Testes por sequência • Teste 2


Letras em dia, Português, 10.° ano

Grelha de correção do Teste 2 • Fernão Lopes, Crónica de D. João I

IITotal
Grupo I
Grupo II Grupo III
Parte A Parte B Parte C

Descontos
Total I

Total III

TOTAL
1 2 3 4 5 6 7 ET C
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
. . . . . . . D L

C F T T C F T C F T C F T C F T C F T
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10
N.º 6 8 6 6 6 6 9 7 56 24 16 40
0 6 0 6 0 6 0 6 0 6 6 4 8 8 8 8 8 8 8
1
2
3
4
5
6
7
8
9
1
0
11
1
2
1
3
1
4
1
5
1
6
1
7
1
LDIA10 © Porto Editora

Descarregado por Laura Gomes ambrósio (laura.g.ambrosio@gmail.com)


lOMoARcPSD|31863782

Testes por sequência • Teste 2


Letras em dia, Português, 10.° ano

8
1
9
2
0
2
1
2
2
2
3
2
4
2
5

LDIA10 © Porto Editora

Descarregado por Laura Gomes ambrósio (laura.g.ambrosio@gmail.com)

Você também pode gostar