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Letras em dia, Português, 11.

º ano

Testes por sequência • Teste 2

Sequência 2 • Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa

Grupo I

Apresenta as tuas respostas de forma bem estruturada.

Parte A
Lê o texto. Se necessário, consulta as notas.

Madalena – Que tens tu? Nunca entraste em casa assim. Tens cousa que te dá cuidado…
e não mo dizes? O que é?
Manuel – É que… Senta-te, Madalena; aqui ao pé de mim, Maria. Jorge, sentemo-nos, que
estou cansado. (Sentam-se todos). Pois agora sabei as novidades, que seriam estranhas, se
5 não fosse o tempo em que vivemos. (Pausa). É preciso sair já desta casa, Madalena.
Maria – Ah? inda bem, meu pai!
Manuel – Inda mal! mas não há outro remédio. Sairemos esta noite mesma. Já dei ordens
a toda a família. Telmo foi avisar as tuas aias do que haviam de fazer, e lá andam pelas
câmaras velando nesse cuidado. Sempre é bom que vás dar um relance de olhos ao que por
10 lá se faz; eu também irei por minha parte. Mas temos tempo: isto são oito horas, à meia-noite
vão quatro; daqui lá o pouco que me importa salvar estará salvo… e eles não virão antes da
manhã.
Madalena – Então sempre é verdade que Luís de Moura e os outros governadores?…
Manuel – Luís de Moura é um vilão ruim: faz como quem é. O arcebispo é… o que os
15 outros querem que ele seja. Mas o conde de Sabugal, o conde de Santa Cruz, que deviam
olhar por quem são, e que tomaram este encargo odioso… e vil, de oprimir os seus naturais
em nome dum rei estrangeiro!… Oh, que gente, que fidalgos portugueses! Hei de lhes dar
uma lição, a eles e a este escravo deste povo que os sofre, como não levam tiranos há muito
tempo nesta terra.
20 Maria – O meu nobre pai! Oh, o meu querido pai! Sim, sim, mostrai-lhes quem sois e o que
vale um português dos verdadeiros.
Madalena – Meu adorado esposo, não te deites a perder, não te arrebates. Que farás tu
contra esses poderosos? Eles já te querem tão mal pelo mais que tu vales que eles, pelo teu
saber, que esses grandes fingem que desprezam… mas não é assim, o que eles têm é
25 inveja! O que fará, se lhes deres pretexto para se vingarem da afronta em que os traz a
superioridade do teu mérito! Manuel, meu esposo, Manuel de Sousa, pelo nosso amor…
Jorge – Tua mulher tem razão. Prudência, e lembra-te de tua filha.

GARRETT, Almeida, 2014. Frei Luís de Sousa. Porto: Porto Editora (pp. 37-39)

1. Localiza o excerto na globalidade da obra, salientando a sua relevância na evolução da ação.

2. Justifica os sentimentos manifestados por Madalena na sua primeira fala, atendendo aos
antecedentes da ação.

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Testes por sequência • Teste 2

3. Explica o comportamento manifestado por Manuel no excerto transcrito, relacionando-o com a


intenção manifestada na fala das linhas 13-18.
Fundamenta a tua resposta com elementos textuais pertinentes.

4. Descreve a reação de Maria à decisão anunciada por Manuel e esclarece o modo como essa
reação se manifesta nas suas falas.

Parte B
Lê o excerto do Capítulo 115 da Crónica de D. João I.

E ordenou o Meestre com as gentes da cidade que fosse repartida a guarda dos muros pelos
fidalgos e cidadãos honrados; aos quaes derom certas quadrilhas 1 e beesteiros2 e homẽes
d’armas pera ajuda de cada uũ guardar bem a sua. Em cada quadrilha havia uũ sino pera repicar
quando tal cousa vissem3, e como4 cada uũ ouvia o sino da sua quadrilha, logo todos rijamente 5
5 corriam pera ela; por quanto aas vezes os que tiinham cárrego 6 das torres viinham espaçar 7 pela
cidade, e leixavom-nas encomendadas a homeẽs de que muito fiavom 8; outras vezes nom ficavom
em elas senom as atalaias 9; mas como4 davom aa campãa 10, logo os muros eram cheos, e muita
gente fora.
E nom soomente os que eram assiinados 11 em cada logar pera defensom, mas ainda as outras
10 gentes da cidade, ouvindo repicar na See, e nas outras torres, avivavom-se os corações deles; e
os mesteiraes12 dando folgança a seus oficios 13, logo todos com armas corriam rijamente 5 pera u14
diziam que os Castelãos mostravom de viinr. Ali viriees os muros cheos de gentes, com muitas
trombetas e braados e apupos esgremindo espadas e lanças e semelhantes armas, mostrando
fouteza15 contra seus ẽmigos.
LOPES, Fernão, 1980. Crónica de D. João I (textos escolhidos; apresentação crítica, seleção, notas
e sugestões para análise literária de Teresa Amado). Lisboa: Seara Nova / Editorial Comunicação (p. 172)

1. quadrilhas: partes de muralha (quadrelas) que cabem a cada vigia;


2. beesteiros: soldados armados com bestas;
3. quando tal cousa vissem: quando vissem que era caso para isso;
4. como: quando;
5. rijamente: rapidamente;
6. cárrego: cargo, encargo;
7. espaçar: espairecer, distrair-se;
8. de que muito fiavom: em quem muito confiavam;
9. atalaias: vigias, vigilantes;
10. davom aa campãa: davam sinal de alarme, tocando o sino;
11. assiinados: designados, responsáveis;
12. mesteiraes: artífices, artesãos;
13. dando folgança a seus oficios: fazendo uma paragem no seu trabalho;
14. u: onde;
15. fouteza: coragem, determinação.

5. Explicita o papel do ator individual referido no excerto.

6. No texto da Parte A, Maria salienta o valor de Manuel de Sousa Coutinho enquanto «português dos
verdadeiros» (l. 20).
Comprova que a expressão é válida para ambos os textos (da Parte A e da Parte B), tendo
em conta o modo como neles se manifesta a afirmação e a defesa de valores patrióticos.

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Parte C
7. Lê o excerto seguinte, retirado de uma fala de Telmo em Frei Luís de Sousa (Ato II, Cena I).

«Vosso pai, D. Maria, é um português às direitas. Eu sempre o tive em boa conta; mas agora,
depois que lhe vi fazer aquela ação, que o vi, com aquela alma de português velho, deitar as
mãos às tochas e lançar ele mesmo o fogo à sua própria casa; queimar e destruir numa hora
tanto de seu haver, tanta coisa de seu gosto, para dar um exemplo de liberdade, uma lição
tremenda a estes nossos tiranos… Oh, minha querida filha, aquilo é um homem! A minha vida,
que ele queira, é sua. E a minha pena, toda a minha pena é que o não conheci, que o não
estimei sempre no que ele valia.»

GARRETT, Almeida, 2014. Frei Luís de Sousa. Porto: Porto Editora (pp. 54-55)

Escreve uma breve exposição em que analises a evolução dos sentimentos de Telmo
relativamente a Manuel de Sousa Coutinho.
A tua exposição deve incluir:
– uma introdução ao tema;
– um desenvolvimento no qual descrevas a mudança de sentimentos de Telmo face a Manuel de
Sousa Coutinho, explicitando os motivos que a determinaram;
– uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.

Grupo II

Nas respostas aos itens de escolha múltipla, seleciona a opção correta.

Lê o texto.

Portugal tem dois vizinhos: o oceano Atlântico e a Espanha. Um deles foi visto durante
muito tempo como uma opção arriscada, traidora e perigosa; o outro era líquido.
A história ibérica é, em grande parte, a crónica de duas nações separadas pela sua
geografia partilhada, um caso de «tão perto e tão longe». A configuração da Ibéria convida
5 à comparação entre os portugueses e os espanhóis e as semelhanças são óbvias. Mas
também as diferenças são pronunciadas.
Espanha é cerca de quatro vezes maior do que Portugal, em área e população, e
encurrala Portugal num canto remoto, constituindo um tampão entre os portugueses e o
resto da Europa e engendrando aquilo a que o escritor António José Saraiva chamou
10 «uma espécie de mentalidade insular» dos portugueses. A Espanha foi tradicionalmente o
grande adversário de Portugal. Através da intrusão ou mesmo da anexação por Castela, o
reino expansionista que se transformou no Estado espanhol foi sempre uma ameaça. Na
política externa portuguesa, isto constituiu durante séculos a «questão espanhola». Na
coreografia da sua relação com Espanha, os portugueses movem-se cautelosamente em
15 redor do seu belicoso vizinho. E, quando precisavam de um amigo poderoso para manter a
Espanha à distância, viravam-se para Inglaterra, o seu mais antigo aliado. Esses dois
países desempenharam um papel fulcral na formação dos destinos de Portugal.

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Contra todas as probabilidades, Portugal, através da história, resistiu quase sempre à


atração magnética por Madrid. Agostinho da Silva, filósofo português do século passado,
20 observou: «O que Portugal fez de maior no mundo não foi nem o descobrimento nem a
conquista, nem a formação de nações ultramarinas: foi o ter resistido a Castela.» A
consequência foi que os dois países viraram as costas um ao outro e seguiram os seus
caminhos separados. [...]
Hoje em dia, os dois países dão-se bem, mas, durante séculos, a relação era gelada e
25 pontuada por um viril antagonismo. Os velhos provérbios portugueses revelam essa
antipatia: «De Espanha, nem bom vento nem bom casamento», diz um deles, referindo-se
ao vento quente e seco que arrasa as colheitas e, ao que se pensa, aos casamentos reais
que, irrefletidamente, tentaram unir os dois países num só. Um velho provérbio espanhol é
igualmente aguçado: «Dispam um espanhol de todas as suas virtudes e têm um
30 português.» Mesmo hoje em dia, a vulgar referência aos espanhóis como nuestros
hermanos é tingida de ironia. Embora os portugueses e os espanhóis sejam da mesma
árvore genealógica ibérica, são ramos separados. O escritor do século XIX Alexandre
Herculano reconhecia um incorrigível individualismo nos seus compatriotas: «Somos
independentes porque o queremos ser: eis a razão absoluta, cabal, incontestável, da
35 nossa individualidade nacional».

HATTON, Barry, 2011. Os Portugueses. Lisboa: Clube do Autor (pp. 107-112)

1. De acordo com os três primeiros parágrafos do texto,


(A) as diferenças entre os povos ibéricos foram desde sempre pouco percetíveis.
(B) Espanha foi, ao longo da História, o maior aliado dos portugueses.
(C) a geografia promoveu a separação de Portugal e Espanha.
(D) Inglaterra contribuiu decisivamente para a autonomia dos povos ibéricos.

2. Ao recorrer à expressão «Na coreografia da sua relação com Espanha» (ll. 13-14), o autor utiliza
uma metáfora sugestiva
(A) da intensidade das ameaças espanholas.
(B) dos diferentes momentos da relação de Portugal e Espanha.
(C) do temor português face a Espanha, ao longo da história dos dois países.
(D) da fragilidade portuguesa face ao poderio militar de Espanha.

3. O autor recorre às citações de Agostinho da Silva (ll. 20-21) e de Alexandre Herculano (ll. 33-35)
para
(A) apresentar um novo ponto de vista.
(B) introduzir um contra-argumento.
(C) reforçar a perspetiva defendida.
(D) ilustrar o seu ponto de vista através de exemplos.

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4. No contexto em que ocorre, a palavra «aguçado» (l. 29) significa


(A) humorístico.
(B) perspicaz.
(C) subtil.
(D) indelicado.

5. As expressões «entre os portugueses e os espanhóis» (l. 5) e «o grande adversário de Portugal»


(ll. 10-11) desempenham as funções sintáticas
(A) de complemento do nome e de complemento direto, respetivamente.
(B) de complemento oblíquo e de predicativo do sujeito, respetivamente.
(C) de complemento do adjetivo e de complemento direto, respetivamente.
(D) de complemento do nome e de predicativo do sujeito, respetivamente.

6. Classifica a oração iniciada por «Embora», na linha 31.

7. Completa as afirmações abaixo apresentadas, selecionando a opção adequada a cada espaço.


Regista as letras – (a), (b) e (c) – e, para cada uma delas, o número que corresponde à opção
selecionada em cada um dos casos.
Ao longo do texto, são usados diversos mecanismos que asseguram a coesão.
No primeiro parágrafo, o recurso às expressões «Um deles» (l. 1) e «o outro» (l. 2)
evidencia a coesão ____(a)____ e, na passagem «A configuração da Ibéria convida à
comparação entre os portugueses e os espanhóis e as semelhanças são óbvias. Mas
também as diferenças são pronunciadas.», as palavras sublinhadas concretizam a coesão
    (b)    .
A coesão referencial ocorre em diversos momentos, sendo exemplo a utilização de
    (c)    .

(a) (b) (c)

1. gramatical frásica 1. lexical por reiteração 1. «isto», na linha 13

2. gramatical interfrásica 2. lexical por substituição 2. «quando», na linha 15

3. lexical por reiteração 3. gramatical interfrásica 3. «Portugal» (ll. 1, 7, 8, 11, 17, 18, 20)

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Grupo III
Num texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas e
cinquenta palavras, defende uma perspetiva pessoal sobre a afirmação da identidade portuguesa na
atualidade.
No teu texto:
– explicita, de forma clara e pertinente, o teu ponto de vista, fundamentando-o em dois argumentos,
cada um deles ilustrado com um exemplo significativo;
– utiliza um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).

Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra,
independentemente do número de algarismos que o constituam (ex.: /2022/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
− um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial do texto produzido;
− um texto com extensão inferior a oitenta palavras é classificado com zero pontos.

Cotações

Item
Grupo
Cotação (em pontos)
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 104
I
16 16 16 16 8 16 16
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 56
II
8 8 8 8 8 8 8

III Item único 40

TOTAL 200

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Matriz do Teste 2 • Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa

Estrutura e cotação Domínios Aprendizagens Essenciais

 Interpretar obras literárias


Parte A portuguesas produzidas entre
os séculos XVII e XIX:
Frei Luís de Sousa, de
Almeida Garrett.
1. 16 pontos

2. 16 pontos  Interpretar textos literários


portugueses produzidos entre
3. 16 pontos Educação os séculos XII e XVI:
Literária Crónica de D. João I, de
4. 16 pontos Fernão Lopes. [Retoma]
Grupo I
104 pontos  Comparar textos de
Parte B diferentes épocas em função
dos temas, ideias, valores e
marcos históricos e culturais:
5. 8 pontos Frei Luís de Sousa e Crónica
de D. João I.
6. 16 pontos

Parte C  Escrever uma exposição


sobre um tema, respeitando
Escrita
as marcas de género.
7. 16 pontos

1. 8 pontos  Ler em suportes variados


textos de diferentes graus de
2. 8 pontos complexidade do género:
exposição sobre um tema.
3. 8 pontos
 Sistematizar o conhecimento
4. 8 pontos das diferentes funções
Leitura sintáticas.
Grupo II 5. 8 pontos
 Explicitar o conhecimento
56 pontos
Gramática gramatical relacionado com a
6. 8 pontos
articulação entre constituintes
e entre frases (frase
complexa).
7. 8 pontos  Analisar processos de
coesão e de progressão do
texto.

 Escrever um texto de
Grupo III
Item único 40 pontos Escrita opinião, respeitando as
40 pontos
marcas de género.

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Sugestões de resolução do Teste 2


Grupo I – Parte A
Grupo I – Parte C
1. O excerto localiza-se no final do primeiro ato de Frei
Luís de Sousa, no momento em Manuel regressa a casa 7. Resposta pessoal. Tópicos de resposta:
com a notícia de que os governadores espanhóis – Telmo respeita Manuel de Sousa Coutinho, vê-o como
manifestaram a intenção de se mudar para Almada, por «um guapo cavalheiro, honrado fidalgo, bom português»
causa da peste em Lisboa, desejando ocupar o seu (Ato I, cena II), mas não lhe reconhece a nobreza de
palácio. Face a essa intenção, Manuel opta por carácter e as mesmas qualidades que fazem de D.
abandonar a sua casa (que posteriormente incendiará), João de Portugal, seu primeiro amo, a seus olhos, um
provocando a mudança da família para o espaço que «espelho de cavalaria e gentileza».
permitirá o reencontro com – Após o incêndio ateado por Manuel ao seu próprio
D. João de Portugal e a catástrofe subsequente. palácio e a simbologia do gesto, Telmo, como o
advérbio «agora», presente na fala transcrita, sugere,
2. Na primeira fala, Madalena mostra-se ansiosa e
muda a sua perspetiva em relação ao esposo de
preocupada, como as interrogações e hesitações
Madalena. Reconhece a força e a excelência do
evidenciam. Perante a agitação que marca a chegada do
carácter de Manuel, lamentando não o ter avaliado
marido, a sua aflição sugere possíveis receios
adequadamente até aí.
relacionados com a incerteza da morte de D. João de
Portugal, que, conforme as cenas anteriores dão a
conhecer, lhe provoca um permanente estado de
Grupo II
inquietação. 1. (D)
3. Manuel, movido pelo desejo de defender os seus 2. (B)
valores, decide enfrentar os seus inimigos. Informa a 3. (C)
família da necessidade de abandonar de imediato a casa
4. (B)
– «É preciso sair já desta casa, Madalena», l. 5;
«Sairemos esta noite mesma.», l. 7 – e toma as 5. (D)
diligências necessárias para a mudança. Com essa 6. Oração subordinada adverbial concessiva.
atitude, pretende, como anuncia na fala das linhas 13 a
7. (a) 2; (b) 2; (c) 1.
18, «dar uma lição» de patriotismo, opondo-se à opressão
«em nome dum rei estrangeiro» (ll. 15-16) e afrontando os
«tiranos» (l. 17).
Grupo III
Resposta pessoal.
4. Maria adere, empolgada (l. 6), à resolução de Manuel,
revelando o seu entusiasmo através de frases
exclamativas, nas quais apoia e incentiva a decisão e
elogia o carácter do pai (ll. 19-20).

Grupo I – Parte B
5. O Mestre de Avis («o Meestre», l. 1) é o líder
(«ordenou», l. 1) ao qual cabe a função de assegurar a
defesa da cidade e de, para isso, distribuir a «guarda dos
muros pelos fidalgos e cidadãos honrados» (ll. 1-2).
6. Em ambos os textos se manifesta a dimensão patriótica
e, de modos distintos, os protagonistas defendem a
independência e resistem ao inimigo. Manuel afronta os
governadores castelhanos, com o sacrifício da própria
casa, num gesto que, como o próprio refere, adquire um
significado exemplar («Hei de lhes dar uma lição», l. 16).
Também no excerto da Crónica de D. João I os
protagonistas do povo, enquanto ator coletivo, evidenciam
uma consciência coletiva e empenham-se na defesa da
independência e da identidade nacional. A sua natureza
de «portugueses verdadeiros» torna-se notória quando,
ao toque dos sinos, todas as «gentes da cidade» (l. 9) se
mobilizam «rijamente» (ll. 4 e 10), «mostrando fouteza
contra seu ẽmigos» (ll. 12-13). Nesses momentos,
«avivavom-se os corações deles» (l. 9) e «logo todos com
armas» (l. 10) confrontavam os castelhanos, ficando «os
muros cheos de gentes» (l. 11).

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