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Matriz do teste de avaliação

Português, 11.º ano

Unidade 4 Eça de Queirós, Os Maias


Domínios, descritores de desempenho e conteúdos
Domínios Descritores de desempenho Conteúdos
EL14.2. Ler textos literários portugueses de diferentes • Representação de espaços sociais e
Educação a crítica de costumes
géneros, pertencentes aos séculos XVII a XIX.
Literária • Espaços e seu valor simbólico e
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista
emotivo
e universos de referência, justificando.
• Descrição do real e o papel das
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando. sensações
EL14.6. Explicitar a estrutura do texto: organização interna. • Representações do sentimento e da
EL14.7. Estabelecer relações de sentido: a) entre as paixão: diversificação da intriga
diversas partes constitutivas de um texto; b) entre amorosa (Pedro da Maia, Carlos da
situações ou episódios; c) entre características e pontos de Maia e Ega)
vista das personagens; d) entre obras. • Características trágicas dos
protagonistas (Afonso da Maia, Carlos
EL14.10. Reconhecer e caracterizar os seguintes
da Maia e Maria Eduarda)
elementos constitutivos da narrativa: a) ação principal e • Linguagem, estilo e estrutura
ações secundárias; b) personagem principal e personagem · O romance: pluralidade de ações;
secundária; c) narrador: presença e ausência na ação; complexidade do tempo, do espaço e
formas de intervenção: narrador-personagem; comentário dos protagonistas; extensão
ou reflexão; d) espaço (físico, psicológico e social); e) · Visão global da obra e estruturação:
tempo (narrativo e histórico). título e subtítulo
· Recursos expressivos: comparação,
EL14.11. Identificar e explicitar o valor dos recursos
ironia, metáfora, personificação,
expressivos mencionados no Programa. sinestesia e uso expressivo do
EL14.12. Reconhecer e caracterizar textos quanto ao adjetivo e do advérbio
género literário: […] romance. · Reprodução do discurso
L7.1. Identificar tema e subtemas, justificando. • Discurso político
Leitura
L7.2. Fazer inferências, fundamentando. • Apreciação crítica
L7.3. Explicitar a estrutura do texto: organização interna. • Artigo de opinião
L7.4. Identificar universos de referência ativados pelo • Recursos expressivos
texto.
L7.5. Explicitar o sentido global do texto, fundamentando.
L7.7. Explicitar, em textos apresentados em diversos
suportes, marcas dos seguintes géneros: […] discurso
político, apreciação crítica e artigo de opinião.
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais • Funções sintáticas
Gramática adquiridos no ano anterior. • Coordenação e subordinação
G18.2. Distinguir mecanismos de construção da coesão • Mecanismos de coesão textual
textual.
(referencial, temporal, frásica, lexical)
G19.1. Reconhecer e fazer citações.
G.19.2. Identificar e interpretar discurso direto, discurso • Modalidades de reprodução do
indireto e discurso indireto livre. discurso
G19.3. Reconhecer e utilizar adequadamente diferentes • Deíticos e respetivos referentes
verbos introdutores de relato do discurso.
G20.1. Identificar deíticos e respetivos referentes.
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do • Exposição sobre um tema
Escrita género: exposição sobre um tema […].
E12.2. Mobilizar informação adequada ao tema.
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma
planificação, evidenciando um bom domínio dos
mecanismos de coesão textual: a) texto constituído por
três partes (introdução, desenvolvimento e conclusão),
individualizadas e devidamente proporcionadas; b)
marcação correta de parágrafos; c) utilização adequada de
conectores.
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E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso
correto do registo de língua, vocabulário adequado ao tema,
correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na
pontuação.
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de
revisão e aperfeiçoamento, tendo em vista a qualidade do
produto final.

Estrutura, cotações e critérios de classificação


Estrutura Tipologia de questões e Critérios de classificação*
cotações
Parte A Resposta restrita A cotação é distribuída por parâmetros de
Grupo I
Integra um excerto • 3 itens de construção – conteúdo (60%) e de estruturação do
Avaliam-se
de Os Maias, que 60 pontos (20 pontos cada) discurso (20%) e correção linguística (20%):
conhecimentos
constitui o suporte de • aspetos de conteúdo –12 pontos;
de Educação
itens de resposta. • aspetos de estruturação do discurso e
Literária e
Parte B Resposta restrita correção linguística:
capacidades de
É constituída por itens • 2 itens de construção – · estruturação do discurso – 4 pontos;
Escrita.
de resposta restrita 40 pontos (20 pontos cada) · correção linguística – 4 pontos.
sobre conteúdos
relativos ao romance
Os Maias.
Resposta restrita Itens de escolha múltipla: A cotação do
Grupo II
• 7 itens de seleção – 35 item só é atribuída às respostas que
Avaliam-se capacidades de Leitura e de
pontos (5 pontos cada) apresentem de forma inequívoca a opção
Gramática.
• 1 a 3 itens de construção correta.
– 15 pontos Itens de associação: Apenas é atribuída
pontuação às respostas totalmente corretas.
Resposta extensa (200 a • A cotação é distribuída por parâmetros de
Grupo III estruturação temática e discursiva (60%) e
300
Avaliam-se capacidades de Escrita, de correção linguística (40%):
palavras) – 50 pontos
articuladas com conhecimentos de · aspetos de conteúdo – 30 pontos;
Educação Literária. · aspetos de estruturação do discurso e
correção linguística: estruturação temática e
discursiva – 10 pontos; correção linguística –
10 pontos.
• Estão previstos descontos por aplicação de
fatores de desvalorização no domínio da
correção linguística**. Estes descontos são
efetuados até ao limite das pontuações
indicadas nos critérios de classificação.
• São desvalorizadas as respostas que não
respeitem as indicações apresentadas
relativamente ao género textual, ao tema ou
à extensão.
• São classificadas com zero pontos as
respostas em que se verifique o afastamento
integral do tema proposto ou em que a
extensão seja inferior a oitenta palavras.

* Critérios gerais de classificação


• As respostas ilegíveis são classificadas com zero pontos.
• Em caso de omissão ou de engano na identificação de uma resposta, esta pode ser classificada se for possível identificar
inequivocamente o item a que diz respeito.
• Se for apresentada mais do que uma resposta ao mesmo item, só é classificada a resposta que surgir em primeiro lugar.
• A classificação das provas nas quais se apresente, pelo menos, uma resposta escrita integralmente em maiúsculas é sujeita a
uma desvalorização de cinco pontos.

** Fatores de desvalorização − correção linguística


• Desvalorização de 1 ponto: erro inequívoco de pontuação, erro de ortografia (incluindo erro de acentuação, uso indevido de letra
minúscula ou de letra maiúscula e erro de translineação), erro de morfologia, incumprimento das regras de citação de texto ou de
referência a título de uma obra.
• Desvalorização de 2 pontos: erro de sintaxe, impropriedade lexical.
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Teste de avaliação
Português, 11.º ano
Unidade 4 Eça de Queirós, Os Maias

Utiliza apenas caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta.


Não é permitida a consulta de dicionário.
Não é permitido o uso de corretor. Deves riscar aquilo que pretendes que não seja classificado.
Para cada resposta, identifica o grupo e o item.
Apresenta as tuas respostas de forma legível.
Ao responderes, diferencia corretamente as maiúsculas das minúsculas.
Apresenta apenas uma resposta para cada item.
As cotações dos itens encontram-se no final dos mesmos.

Critérios gerais de classificação


• As respostas ilegíveis são classificadas com zero pontos.
• Em caso de omissão ou de engano na identificação de uma resposta, esta pode ser classificada
se for possível identificar inequivocamente o item a que diz respeito.
• Se for apresentada mais do que uma resposta ao mesmo item, só é classificada a resposta que
surgir em primeiro lugar.
• A classificação das provas nas quais se apresente, pelo menos, uma resposta escrita
integralmente em maiúsculas é sujeita a uma desvalorização de cinco pontos.

Fatores de desvalorização − correção linguística

Fatores de desvalorização Desvalorização (pontos)

• Erro inequívoco de pontuação


• Erro de ortografia
(incluindo erro de acentuação, uso indevido de letra
minúscula ou de letra maiúscula e erro de translineação) 1
• Erro de morfologia
• Incumprimento das regras de citação de texto ou de
referência a título de uma obra

• Erro de sintaxe 2
• Impropriedade lexical

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GRUPO I (100 PONTOS)

A
Lê o texto a seguir transcrito. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.
Eram quatro horas, o sol curto de inverno tinha já um tom pálido.
Tomaram a tipoia. No Rossio, Alencar, que passava, que os viu – parou, sacudiu ardente-
mente a mão no ar. E então Carlos exclamou, com uma surpresa que já o assaltara essa manhã
no Bragança:
5 – Ouve cá, Ega! Tu agora pareces íntimo do Alencar! Que transformação foi essa?
Ega confessou que realmente agora apreciava imensamente o Alencar. Em primeiro lugar,
no meio desta Lisboa toda postiça, Alencar permanecia o único português genuíno. Depois,
através da contagiosa intrujice, conservava uma honestidade resistente. Além disso, havia
nele lealdade, bondade, generosidade. O seu comportamento com a sobrinhita era tocante.
10 Tinha mais cortesia, melhores maneiras que os novos. Um bocado de piteirice não lhe ia mal
ao seu feitio lírico. E por fim, no estado a que descambara a literatura, a versalhada do Alen-
car tomava relevo pela correção, pela simplicidade, por um resto de sincera emoção. Em re-
sumo, um bardo1 infinitamente estimável.
– E aqui tens tu, Carlinhos, a que nós chegámos! Não há nada, com efeito, que caracterize
15 melhor a pavorosa decadência de Portugal, nos últimos trinta anos, do que este simples facto:
tão profundamente tem baixado o carácter e o talento, que de repente o nosso velho Tomás,
o homem da Flor de Martírio, o Alencar de Alenquer, aparece com as proporções de um génio
e de um justo!
Ainda falavam de Portugal e dos seus males, quando a tipoia parou. Com que comoção
20 Carlos avistou a fachada severa do Ramalhete, as janelinhas abrigadas à beira do telhado, o
grande ramo de girassóis fazendo painel no lugar do escudo de armas! Ao ruído da carrua-
gem, Vilaça apareceu à porta, calçando luvas amarelas. Estava mais gordo o Vilaça – e tudo na
sua pessoa, desde o chapéu novo até ao castão de prata da bengala, revelava a sua importân-
cia como administrador, quase direto senhor, durante o longo desterro de Carlos, daquela
25 vasta casa dos Maias. Apresentou logo o jardineiro, um velho, que ali vivia com a mulher e o
filho, guardando o casarão deserto. Depois felicitou-se de ver enfim os dois amigos juntos. E
ajuntou, batendo com carinho familiar no ombro de Carlos:
– Pois eu, depois de nos separarmos em Santa Apolónia, fui tomar um banho ao Central e
não me deitei. Olhe que é uma grande comodidade, o tal sleeping-car2! Ah, lá isso, em pro-
30 gresso, o nosso Portugal já não está atrás de ninguém!… E Vossa Excelência agora precisa de
mim?
– Não, obrigado, Vilaça. Vamos dar uma volta pelas salas… Vá jantar connosco. Às seis!
Mas às seis em ponto, que há petiscos especiais.

QUEIRÓS, Eça de (2016). Os Maias. Porto: Porto Editora [pp. 722-724]

1. bardo: trovador; poeta. 2. sleeping-car: carruagem-cama (carruagem de comboio cujos compartimentos têm camas).

Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.
1. Localiza o excerto lido na estrutura interna de Os Maias. (20 pontos)

2. Refere o valor simbólico da personagem Alencar, neste momento da ação. (20 pontos)

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3. Analisa estilisticamente o excerto que se segue. (20 pontos)

“Com que comoção Carlos avistou a fachada severa do Ramalhete, as janelinhas


abrigadas à beira do telhado, o grande ramo de girassóis fazendo painel no lugar do
escudo de armas!” (ll. 19-21)

Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.
4. A morte é uma consequência da vida. No entanto, é sempre dolorosamente aceite, quando
surge como consequência do desencanto dessa mesma vida. (20 pontos)

4.1. Identifica as duas personagens de Os Maias em que a morte surge como resultado evidente
desse desencanto e explicita o percurso de uma dessas personagens. (20 pontos)

5. Esclarece o valor simbólico de Lisboa enquanto espaço privilegiado em que se desenrola


a ação de Os Maias. (20 pontos)

G R U P O II (50 PONTOS)

Lê o texto seguinte.

Eu conheci Tomás de Alencar. Conheci-o na província, donde nunca saiu, quando ele já tinha o seu
longo bigode romântico embranquecido pela idade e amarelecido pelo cigarro, como n’Os Maias. Não
era este homem profissionalmente um poeta – quero dizer, nunca fabricara livros de versos para vender
a editores. Fazia, porém, versos, que apareciam num jornal de ***. E era ainda poeta pela sua maneira
5 especial de entender a vida e o mundo. Desde o primeiro dia que o tratei, senti logo nele uma soberba
encarnação do lirismo romântico. E desde logo tive o desejo, a fatal tendência, de convertê-lo num
personagem. Já, com efeito, este homem perpassa n’O Crime do Padre Amaro – tão rapidamente,
porém, que o tipo vem todo condensado numa só linha. Ninguém hoje se lembra já d’O Crime do Padre
Amaro, por isso cito esse episódio. É na praia da Vieira, uma praia de banhos ao pé de Leiria, à hora do
10 banho: “As senhoras sentadas em cadeirinhas de pau, de sombrinhas abertas, olhavam o mar palrando;
os homens, de sapatos brancos, estendidos pelas esteiras, chupavam o cigarro, riscavam emblemas na
areia – enquanto o poeta Carlos Alcoforado, muito fatal, muito olhado, passeava só, soturno, junto à
vaga, seguido do seu terra-nova.” Mais nada.
Não volta mais em todo o livro. Mas nessa curta linha passa ele real, como era, tão vivo que o revejo
15 agora, magro, com a grenha sobre a gola, fatal e soturno, admirado das mulheres, seguido do seu terra-
-nova. E revejo-o ainda, como numa das derradeiras vezes, anos depois, passeando rente de um muro
de cemitério, ao cair da tarde, numa quieta vila de província, mais grisalho, mais soturno, falando de
versos e das tristezas da vida, com o chapéu desabado sobre os olhos, embrulhado num xale-manta
cinzento, seguido do seu terra-nova.
20 O meu trabalho n’Os Maias foi transportá-lo para as ruas de Lisboa, acomodá-lo ao feitio de Lisboa,
começando por o desembrulhar do seu xale-manta, e separá-lo do seu cão – porque estes dois atributos
não se coadunam com os costumes da capital. Completei-o também dando-lhe esse horror literário do
naturalismo, que Alcoforado nunca tivera – porque nesses tempos ditosos ainda não se parolava em
»

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Portugal acerca do naturalismo, nem o nosso bom Chagas conhecia ainda, para dele se rir, de alto para
25 baixo, o épico d’O Germinal.
Em todas as feições fundamentais, porém, ele permaneceu no romance exatamente como foi na
vida.
Era dele a solenidade do Alencar. Dele a voz cavernosa e lenta. Dele o hábito (que o ajudou a matar)
de atirar às goelas copinhos de genebra. Dele o costume de empregar o invocativo filhos! – tão invete-
30 rado que este plural vinha mesmo quando se dirigia a uma só pessoa, como se em espírito falasse a
uma descendência de espíritos. Eram dele, enfim, a lealdade, a honestidade impecável, a bondade, a
generosidade, a alta cortesia de maneiras: e é bem petulante que alguém tente à força encafuar-se den-
tro destas nobres qualidades, e procure resplandecer perante a multidão com o brilho que elas irra-
diam, repetindo assim a fábula sempre grotesca e sempre irritante da gralha que se reveste com as penas
35
melhores do pavão!
QUEIRÓS, Eça de (2000). Notas Contemporâneas. Lisboa: Livros do Brasil [pp. 157-159]

1. Para responderes a cada um dos itens de 1.1. a 1.7., seleciona a opção correta.
Escreve, na folha de respostas, o número de cada item e a letra que identifica a opção
escolhida.
1.1. Neste texto, Eça de Queirós (5 pontos)
a. apresenta uma reflexão crítica sobre as obras O Crime do Padre Amaro e Os Maias.
b. caracteriza minuciosamente, em termos físicos, psicológicos e sociais, a entidade real que deu
origem à personagem Alencar.
c. critica asperamente o perfil psicológico dos poetas Carlos Alcoforado e Alencar.
d. dá a conhecer a génese da personagem Alencar.
1.2. No primeiro parágrafo, Eça de Queirós refere-se a (5 pontos)
a. um poeta real.
b. uma entidade marcada pela veia romântica.
c. um artista de renome no século XIX.
d. uma personagem fictícia, de nome Tomás de Alencar.
1.3. Na linha 7, o conector “com efeito” desempenha uma função (5 pontos)
a. contrastiva.
b. de confirmação.
c. contra-argumentativa.
d. de retificação.
1.4. O discurso reproduzido nas linhas 9 a 13 é apresentado sob a forma de (5 pontos)
a. discurso direto.
b. discurso indireto.
c. discurso indireto livre.
d. citação.
1.5. Com a expressão “Completei-o também dando-lhe esse horror literário do naturalismo” (ll. 22-23),
Eça de Queirós (5 pontos)
a. demonstra a sua repulsa pelo Naturalismo.
b. atribui uma característica psicológica à personagem Alencar.
c. alude a Carlos Alcoforado como poeta que segue a estética do Naturalismo.
d. faz referência à crítica ao Naturalismo feita pela sociedade da época.
1.6. Na linha 30, a conjunção “que” introduz uma oração (5 pontos)
a. coordenada explicativa.
b. subordinada adverbial comparativa.
c. subordinada adverbial consecutiva.
d. subordinada substantiva completiva.
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1.7. Na última frase do texto, a referência à “gralha” e ao “pavão” baseia-se (5 pontos)
a. na metáfora.
b. no eufemismo.
c. na sinestesia.
d. na aliteração.

2. Responde ao item apresentado. (15 pontos)


2.1. Considerando a frase abaixo, faz corresponder a cada constituinte frásico (coluna A) a
respetiva função sintática (coluna B).
Escreve, na tua folha de respostas, as letras e os números correspondentes. Utiliza cada letra e
cada número apenas uma vez.

O meu trabalho n’Os Maias foi transportá-lo para as ruas de Lisboa, acomodá-lo ao feitio de
Lisboa, começando por o desembrulhar do seu xale-manta, e separá-lo do seu cão – porque estes
dois atributos não se coadunam com os costumes da capital. Completei-o também dando-lhe
esse horror literário do naturalismo, que Alcoforado nunca tivera – porque nesses tempos ditosos
5 ainda não se parolava em Portugal acerca do naturalismo, nem o nosso bom Chagas conhecia
ainda, para dele se rir, de alto para baixo, o épico d’O Germinal. (ll. 20-25)

Coluna A Coluna B

a. “lo” (l. 1) 1. Sujeito


b. “estes dois atributos” (ll. 2-3) 2. Complemento direto
c. “que Alcoforado nunca tivera” (l. 4) 3. Complemento indireto
d. “em Portugal” (l. 5) 4. Complemento oblíquo
e. “dele” (l. 6) 5. Modificador (do grupo verbal)
6. Complemento do nome
7. Modificador apositivo do nome

G R U P O III (50 PONTOS)

Em Os Maias sente-se, desde o início, o peso de um destino “fatal” que se abate sobre as
personagens, arrastando-as para a destruição.
Redige uma exposição sobre este tema, com um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas palavras. A tua exposição deve apresentar as seguintes características: carácter
demonstrativo, elucidação evidente do tema (fundamentação das ideias), concisão e
objetividade, valor expressivo das formas linguísticas (deíticos, conectores…).

Observações:

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única palavra,
independentemente dos algarismos que o constituam (ex.: /2015/).

2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas
palavras –, há que atender ao seguinte:
• um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial (até 5 pontos) do texto produzido;
• um texto com extensão inferior a oitenta palavras é classificado com zero pontos.

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