Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GRUPO I
Educação Literária
PARTE A
NOTAS
1
dog-cart – viatura usada pela aristocracia.
2
faetonte – carruagem ligeira e de quatro rodas.
3
jardineira – móvel onde se colocam flores ou outros objetos de adorno.
4
acaçapado – encolhido.
5
americanos – carros que andam sobre carris de ferro, movidos por tração animal.
6
guias – rédeas.
1. Compare, nas suas semelhanças e diferenças, os espaços representados no excerto. Ilustre a resposta
com elementos textuais pertinentes.
Nos excertos transcritos, é possível encontrar várias características da linguagem e estilo de Eça de
Queirós, nomeadamente a a) presente na descrição dos espaços e dos objetos, como em
“três janelas abertas bebiam à farta a luz” (linha 5). Além disso, a acutilância e vivacidade da crítica,
sobretudo no trabalho a que Carlos se predispõe, são conseguidas pelo recurso à ironia, como o
segmento
b) evidencia. Do mesmo modo, a adjetivação revela múltiplos sentidos, como no segmento
“espessos veludos escuros” (linhas 3 e 4), conseguidos também através da c) ,
expressando, simultaneamente, conforto e bem-estar.
a) b) c)
PARTE B
Leia o texto.
4. Explicite o simbolismo das “cartas” (linha 9) e das “flores” (linha 19), tendo em conta o seu
conhecimento sobre a obra.
PARTE C
Baseando-se na sua experiência de leitura da obra Os Maias, de Eça de Queirós, escreva uma
breve exposição sobre o modo como se concretiza a crítica à sociedade lisboeta do século XIX.
GRUPO II
Leitura e Gramática
2 que nos permitem pôr em confronto o que resiste e o que se transforma. Ainda se usa a
0 expressão vencidismo para caracterizar a geração de Eça de Queiroz – no entanto não
tem sentido negativo essa expressão, uma vez que a palavra “vencidos” nasceu como
uma ironia (“battus de la vie”) que o tempo não confirmou como fatalidade profética, mas
sim como orientação crítica e como obrigação de uma modernização cosmopolita e
europeia. Não transigir2 com a mediocridade e o atraso foi a marca dessa geração de
2 1870. E se virmos bem, Eça de Queiroz, sendo um diplomata a viver fora de Portugal, foi
5 sempre na perspetiva de português que retratou a nossa sociedade. A marca própria está
na visão citadina que sempre imprimiu à sua obra, enquanto alguém como Camilo Castelo
Branco (romancista de primeira água, a merecer também as honras de Panteão) foi mais
próximo do país profundo rural, apesar da sua extraordinária cultura erudita. […]
E assim se concretiza a fidelidade ao pensamento de Eça de Queiroz e da sua
3 geração – para quem o País não poderia ser condenado ao atraso e à mediocridade. E as
0 “honras de Panteão Nacional” significam reconhecimento de um excecional contributo
cultural e cívico.
Guilherme d’Oliveira Martins, “A presença de Eça de Queiroz…”, in Jornal de Letras, janeiro / fevereiro de 2021, p. 29
(texto com supressões)
NOTAS
1
“cenotáfios” – memoriais fúnebres erguidos para homenagear pessoas cujos restos mortais estão noutro local.
2
transigir – condescender; aprovar.
1. Ao caracterizar Eça de Queirós como “uma identidade nacional antiga, aberta, complexa e fecunda”
(linhas 5 e 6), Guilherme d’Oliveira Martins pretende evidenciar as ideias de
(A) diversidade e de abundância.
(B) modéstia e de sofisticação.
(C) patriotismo e de relevância.
(D) presunção e de nacionalismo.
5. No contexto em que ocorre, a expressão “no entanto” (linha 22) contribui para a coesão
(A) interfrásica.
(B) frásica.
(C) temporal.
(D) lexical.
7. Os segmentos “mas não tem hoje esse estatuto formal” (linhas 10 e 11) e “um excecional contributo
cultural e cívico” (linhas 34 e 35) exprimem a modalidade
(A) apreciativa, no primeiro caso, e epistémica, no segundo caso.
(B) epistémica, no primeiro caso, e apreciativa, no segundo caso.
(C) epistémica, em ambos os casos.
(D) apreciativa, em ambos os casos.
Marca a página 11 Teste de avaliação – Unidade 4
GRUPO III
Escrita
Num texto bem estruturado, com um mínimo de duzentas
e um máximo de trezentas e cinquenta palavras, faça a
apreciação crítica da pintura, da autoria de Gustav Klimt.
FIM