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Os novos dados apontam para que o armazenamento de magma a longo prazo ocorra a
temperaturas baixas e com uma baixa percentagem de material em fusão, mesmo por baixo
de vulcões ativos, e que elevadas percentagens de fusão, causadas pelo fluxo reativo de
material fundido que mobiliza os cristais, são temporárias.
Fonte: Imperial College London. "Volcanoes fed by 'mush' reservoirs rather than molten magma chambers."
ScienceDaily. ScienceDaily, 4 December 2018 e M. D. Jackson, J. Blundy, R. S. J. Sparks. Chemical
differentiation, cold storage and remobilization of magma in the Earth’s crust. Nature, 2018
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Figura 1
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4. Considere as seguintes afirmações relativas à fração cristalina de um magma.
I – A fração de um magma que se mantém no estado sólido é constituída por cristais de
minerais com um baixo ponto de fusão.
II – Verifica-se isomorfismo quando, durante a diferenciação de um magma, se altera a
composição de um mineral sem que se altere a sua estrutura cristalina.
III – Acima dos 1000 ºC já não é possível a existência de cristais num magma.
5. Explique qual o processo de diferenciação sofrido pelo magma que é libertado à superfície,
durante as erupções vulcânicas.
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Proposta de resolução
1. Opção (B). O segundo parágrafo do texto refere que, para entrar em erupção, os vulcões
precisam de uma fonte de magma com a maior parte do seu volume em estado de fusão e
que este magma se forma por ascensão e fusão de materiais que formam intrusões
superficiais ou são libertados à superfície. O terceiro parágrafo do texto refere que se supõe
que o armazenamento do magma a longo prazo ocorre a temperaturas baixas e com baixa
percentagem de material em fusão e que elevadas percentagens de fusão são temporárias.
Da interpretação do texto, depreende-se que o magma que é libertado nas erupções
vulcânicas tem uma elevada percentagem de material em fusão e encontra-se em
reservatórios superficiais de formação recente. Também se conclui, pela leitura e
interpretação do texto, que o magma não se encontra armazenado em estado de fusão em
câmaras magmáticas antigas e que o magma superficial não está no estado sólido.
2. Opção (A). O material rochoso fundido que ascende entre os cristais torna-se mais ácido e
mais viscoso. É possível observar na Figura 1 que o teor em sílica é tanto maior quanto menor
for a profundidade. O texto refere, no segundo parágrafo, que a rocha fundida ascende entre
os cristais, que fundem também. Como os cristais são cada vez mais ricos em sílica à medida
que o magma vai subindo, este também fica cada vez mais rico em sílica e os magmas ricos
em sílica são ácidos e viscosos.
3. Opção (C). As intrusões superficiais de magmas diferenciados são constituídas por magmas
ricos em sílica, porque se verificou a fusão de cristais durante a ascensão. Estes magmas, ricos
em minerais félsicos, se não foram emitidos à superfície arrefecem lentamente e cristalizam
em rochas de cor clara, ou seja, leucocratas, com textura fanerítica, caracterizada por cristais
de grandes dimensões. As rochas melanocratas formar-se-iam se o magma fosse pobre em
sílica e a textura afanítica surgiria se o magma fosse emitido numa erupção e arrefecesse
rapidamente.
4. Opção (A). A fração de um magma que se mantém no estado sólido é constituída por cristais
de minerais resistentes ao calor e, por isso, com um elevado ponto de fusão (I – F). Os minerais
que sofrem alteração da sua composição sem alterarem a sua estrutura cristalina mantêm a
sua “forma”, ou seja, a configuração espacial da rede cristalina e o tipo de ligações químicas,
e constituem um caso de isomorfismo (II – V). Acima de 1000 ºC formam-se, no magma,
cristais de minerais que cristalizam a temperaturas elevadas, como a olivina, a piroxena e a
plagióclase cálcica (III – F).
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5. De acordo com o estudo referido no texto, o magma que é libertado à superfície sofre
diferenciação por assimilação magmática. O magma é armazenado a longo prazo a baixas
temperaturas e com uma pequena percentagem do seu volume em estado de fusão e pouco
antes da erupção o material fundido ascende, num fluxo reativo, que vai provocando a fusão
dos cristais sólidos entre os quais a ascensão se verifica. Este magma sofre alterações na sua
composição, ou seja, diferenciação magmática por assimilação. O magma vai incorporando
na sua constituição os elementos dos cristais que fundem e, como a concentração de sílica
nos cristais vai aumentando durante a ascensão, o magma vai-se tornando cada vez mais rico
em sílica à medida que ascende.