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Felipe Petri Correa da Silva 16.2.37.

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Resenha do vídeo postado no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=xjjISK6QfJg&t=64s

As Manifestações de Junho de 2013 no Brasil

O vídeo é sobre o estudo intitulado: “A Historicidade do Político: As Manifestações de


Junho de 2013 no Brasil”, de autoria da Professora Luísa Rauter Pereira. O que foi chamado de
Marchas de Junho por muitos jornais, se iniciou como um protesto contra ao aumento da passagem
de ônibus em São Paulo. Os protestos escalonaram para todo o país nas grandes e pequenas cidades
e durou em torno de 2 meses. A autora procurou investigar a concepção e a interpretação de
diversos grupos sociais em relação ao evento.
É um consenso de que 2013 foi uma ruptura. O Brasil vivia em uma certeza de um país
consolidado como democrático e a política era vista como desinteressante para muitos. Esta ruptura
se trata de uma mudança de rumo repentina dentro e fora da política formal. Para a esquerda seria o
inicio da tomada das rédeas da política nacional pelos trabalhadores; para a direita, a retirada do
poder das mãos dos partidos de esquerda e a chance de uma volta dos valores conservadores.
O sentimento de transformação temporal alargou o evento que permanece em aberto até
hoje, embora não existam mais protestos do tamanho de 2013, houve um caminho aparentemente
sem volta, no qual o brasileiro se envolveu com política tantos nas redes sociais como nas ruas de
uma maneira extraordinária. Apesar da vitória de um projeto “conservador”, na realidade
reacionário em 2018, a direita não viu sua utopia conservadora e capitalista, idealizada em Junho de
2013, se consolidar, quanto a esquerda, Junho se afasta do conceito de luta de classes que ele
poderia ter tomado. Para ambos existe a sensação de uma desesperança em um projeto político que
visa o futuro, o médio ou longo prazo. O clima mórbido de que a política se tornou uma disputa
diária por projetos momentâneos de resistência soa muito com o presentismo de Hartog, onde o
presente não oferece um futuro alcançável, e o tempo presente se alarga e se alastra na concepção
de tempo. Se comunica com um passado que não existe mais, foi rompido, mas não leva a um
futuro palpável. Este fenômeno da a aparente perpetuação dos protestos de Junho, pois ele se
estendeu e se desenrolou em outros guinadas políticas como o impeachment da Presidente Dilma e
as eleições conturbadas, e até violentas, de 2014 e 2018.
Por parte da esquerda, houve uma sensação de retrocesso associada a perda de direitos com a
vinda do neoliberalismo mais forte e a pressão maior sobre as lutas identitárias, consideradas
danosas para a sociedade pela extrema-direita.

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