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Livro 5
Encurralando Carmen
Esta tradução foi realizada por fãs sem qualquer propósito lucrativo e
apenas com o intuito da leitura de livros que não têm qualquer previsão de
lançamento no Brasil.
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incorreto e ilícito no caso de quebra desta regra, eximindo o grupo de qualquer parceria,
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do art. 184 do Código Penal e da Lei 9.610/1988.
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finalmente tem a chance de encerrar a dor e a tristeza avassaladoras que estão lentamente
consumindo-a. Pegando uma carona no jato executivo que sua irmã está co-pilotando,
segue para a Califórnia para se encontrar com seu informante. Os planos mudam quando
uma das mulheres a bordo é sequestrada ao pousar e Carmen é mortalmente ferida. Ela
acorda para se encontrar a bordo de uma nave de guerra alienígena rumo a um mundo
distante.
As habilidades de Creon Reykill como guerreiro são lendárias entre os Valdier. Ele
construir uma forte aliança com seus antigos inimigos. Mas essa vitória teve um custo.
Tudo muda quando uma pequena e delicada fêmea diferente de tudo que ele já viu
antes é trazida ao seu mundo. No momento em que a olha, sabe que ela pertence a ele.
Seu dragão fará qualquer coisa para reclamá-la, sua simbiose fará qualquer coisa para
protegê-la e ele fará qualquer coisa para afastar as sombras de seus olhos. Pois ele sabe
é o único no universo que pode curar seu coração despedaçado. Ela lutará com ele a cada
passo para voltar para casa e terminar o que começou. E ele fará tudo ao seu alcance para
mantê-la ao seu lado. Será necessário usar todas as habilidades que possui para ficar um
Ele pode convencê-la a dar ao amor uma segunda chance antes que ela arrisque
Alguns termos, gírias, expressões podem ser encontrados bem como objetos que não
estão em conformidade com a Gramática Normativa.
Boa leitura!
Florencia, Colômbia, três anos antes…
beijo em seus lábios. Ele tinha um mau pressentimento sobre esta noite. — Não gosto
disso. Esta reunião é muito importante para o cartel de drogas ignorar. Se o governador
desta região obtiver o apoio de que precisa, o cartel perderá o controle sobre a área.
Carmen sorriu para o homem que era seu marido há quatro anos. Podiam ter se
casado há pouco tempo, mas ele foi o amor da vida dela desde o primeiro dia no jardim
de infância, quando a defendeu contra outra garotinha que estava mexendo com ela. Ela
colocou os braços em volta do pescoço e enterrou o rosto contra ele, inalando seu
perfume maravilhoso.
Scott se afastou e olhou para o rosto brilhante de Carmen. Seus olhos se arregalaram
quando entendeu o que ela queria dizer. Seu rosto se contraiu com repentina
preocupação. Nunca deveria ter aceitado esta última designação. Praguejou baixinho
estão cobrindo o governador e sua esposa. Minha equipe cobrirá seu filho. Nos
concluída e iremos para casa. Nós cobrimos todos os cenários. — Ela adicionou enquanto
— Quando... quando você descobriu? — Scott perguntou com voz rouca, movendo
— Esta manhã. — Ela riu novamente. — Pedi para Maria pegar um teste de gravidez
Scott passou os braços em volta de Carmen e a segurou como se ela fosse a coisa
mais preciosa do mundo. E ela era exatamente isso para ele. Ele se apaixonou por ela no
momento em que olhou em seus olhos castanhos escuros; quando os dois tinham cinco
anos. Ela estava no parquinho com os punhos erguidos e uma expressão obstinada e
feroz no rosto. Ele ficou lá observando Sally Mae dar um passo para trás enquanto
Carmen avançava para ela. Sally Mae estava puxando as tranças de Carmen e ela estava
farta disso. Quando um dos amigos do segundo ano de Sally Mae empurrou Carmen,
Scott se cansou. Ele entrou lançando um soco. Ninguém mexia com a menininha de olhos
cor de chocolate amargo, cabelos da cor do sol e o rosto mais bonito que ele já vira.
Sally Mae e seus amigos o espancaram, mas valeu a pena. Daquele dia em diante,
Carmen e ele ficaram inseparáveis. Quando chegaram ao colégio, ele pediu que ela fosse
sua namorada para sempre e ela concordou. Seus pais se preocuparam no início, mas
se casassem antes de agir de acordo com seus sentimentos. Quando os pais de Carmen
morreram em um acidente de carro durante o último ano do ensino médio, isso selou
sua determinação de cuidar da garota dos seus sonhos. Casaram-se dias depois da
Agora, enquanto Scott olhava para os olhos animados de Carmen, ele se perguntou
se havia tomado as decisões certas. Ele deveria ter desistido há seis meses. Carmen queria
aceitar esta última missão, mas ele deveria ter dito não. Sim, isso lhes daria o dinheiro
extra de que precisavam para abrir seu próprio negócio em casa, mas o medo de que algo
pudesse acontecer com ela o inundou com a necessidade de protegê-la diferente de tudo
vez. Amanhã iremos para casa e começaremos uma nova vida. — Scott murmurou
enquanto se afastava. — Não quero que você vá com a equipe esta noite. Quero que
— Você está ficando todo protetor comigo, Scott Michael Walker? Porque se você
estiver, deixe-me lembrá-lo.... — A voz de Carmen sumiu quando Scott pressionou seus
— Sim, eu estou. Eu também sou o chefe desta operação, caso você não se lembre.
— Scott disse intensamente. — Fique no carro, pelo menos. O resto da equipe pode
***
Mais tarde naquela noite, as equipes partiram. Cada equipe faria uma rota diferente
aumentaram e Scott estava levando cada uma delas a sério. Ele deu ordens estritas às
Scott se aproximou de Carmen quando ela estava prestes a entrar no veículo com o
filho de dez anos do governador Álvaro, José. Ele a puxou para o lado e deu um beijo
forte em seus lábios. Seus olhos brilharam com determinação quando ele olhou para ela.
— Se houver algum problema, se você sentir mesmo a mais leve coceira de que algo
está errado, dê o fora. — Ele disse severamente. — Faça o que for preciso para
— Idem para você. Eu te amo muito. Fique seguro. — Ela colocou uma mão
se mexessem. Ele olhou para trás para Carmen uma última vez antes de se mover em
***
Carmen olhou para a escuridão que cercava o veículo. A viagem para o aeroporto
foi felizmente monótona. Eles haviam feito vários cortes antes de virar para entrar pelo
Norte. Carmen era a única que sabia como eles se aproximariam. Scott se certificou de
que apenas o líder da equipe de cada veículo conhecesse a rota para reduzir a chance de
vazamento.
O SUV preto parou no portão. Marcus, um dos membros da equipe avançada, abriu
o portão com um aceno de cabeça. Ele deu o sinal de que Scott e os outros já estavam lá.
Scott estava perto do avião quando eles pararam. Carmen saiu primeiro, olhando ao
redor. Ela acenou para os outros dois homens no carro que estava tudo limpo. Sorriu ao
— Sí. — Carmen disse gentilmente em espanhol. — Vamos, vamos falar com seus
pais.
Ela estendeu a mão e apertou a dele em encorajamento quando ele colocou sua mão
menor na dela.
Seu sorriso hesitante quebrou seu coração. Uma criança nunca deveria sentir esse
tipo de medo. Scott a avisou que o cartel poderia ter como alvo o menino, em um esforço
para se vingar da repressão do governador contra eles. Carmen se certificaria de que eles
a todo custo.
Ela estava na metade do caminho para o avião quando o SUV do qual tinham
acabado de sair explodiu, jogando todos eles no chão. Carmen instintivamente rolou seu
corpo sobre José e cobriu sua cabeça. Ouviu os sons de tiros automáticos à distância
acima do som dos motores do jato acelerando. Balançou a cabeça para limpar o zumbido
em seus ouvidos. Carlos e Enrique estavam lutando para se levantar ao lado dela.
Forçando seu corpo para cima, puxou José com ela fazendo questão de protegê-lo
enquanto o empurrava em direção ao avião. Carlos estava atirando atrás deles em vários
enquanto corria em sua direção. E se engasgou ao sentir uma bala perfurar sua coxa. Ela
avião com Carlos cobrindo suas costas. Carmen rolou, segurando a perna com uma das
atingiu no braço, jogando-a para trás no pavimento. Sua cabeça se virou quando ouviu
outras balas atingindo outra coisa não muito longe dela. Um grito de negação saiu dela
enquanto observava o corpo de Scott sacudir quando uma série de tiros o cortou. Ele caiu
a cerca de dois metros e meio dela. Carmen lutou contra a agonia que queimava seu
corpo, determinada a chegar ao homem que amava. Ela chegou a menos de um metro
dele antes que um par de sapatos polidos surgisse em sua linha de visão.
A figura se abaixou, segurando seu ombro ileso, e a virou até que ela estava olhando
daqueles olhos frios, tentando encontrar Scott. Seu único pensamento era chegar até ele.
— Tanta beleza. — Javier disse suavemente, afastando uma mecha de cabelo loiro
branco do rosto de Carmen e virando sua cabeça em sua direção. — Ouvi falar da jovem
informantes não mentiram quando disseram que a mulher era de uma beleza
excepcional. — Disse ele, rindo quando Carmen tentou virar a cabeça novamente.
Javier olhou para onde Scott estava deitado, lutando para respirar.
— Ele significa algo para você, sí? Os outros, eles não se importam tanto com você.
Eles a deixaram sozinha. — Ele disse, balançando a cabeça e passando o polegar sobre
a voz rouca.
Javier riu.
— Um valentão? — Ele respondeu, rindo alto enquanto olhava para seus homens.
— Não sou chamado de valentão desde que era criança. — Disse ele, voltando-se para
olhar para Carmen com um sorriso frio. — Não pequena americana, eu não sou um
Um soluço escapou de Carmen quando seu olhar seguiu Javier enquanto ele se
levantava e caminhava até onde Scott estava deitado. Scott olhou para Javier antes de
virar os olhos para Carmen. Ela viu amor, aceitação e arrependimento em seus olhos.
— Não! — Carmen tentou gritar. — Afaste-se dele! Afaste-se dele! — Ela soluçou,
Javier acenou com a cabeça para um de seus homens para segurar Carmen enquanto
— Você não precisa se preocupar. Vou cuidar muito bem de sua mulher. — Javier
sorriu enquanto puxava uma arma de seu bolso. — Por muito, muito tempo. —
a cair enquanto ela observava o homem que significava o mundo sacudir uma vez antes
de permanecer imóvel. Um frio envolveu seu corpo e alma enquanto olhava nos olhos
cegos de Scott. Seus dedos agarraram a faca que ela havia desembainhado ao lado do
corpo. Seus olhos se voltaram para Javier, que balançou a cabeça em desgosto antes de
— Quando o inferno congelar. — Disse Carmen em uma voz sem emoção enquanto
Ela enterrou a faca o mais profundo que pôde na coxa de Javier. Ele caiu para trás
com uma maldição estrangulada, agarrando a faca espetada em sua perna. Um de seus
homens sacou sua arma e disparou contra Carmen várias vezes, enquanto vários outros
homens puxavam Javier para longe dela. Ela sorriu enquanto ouvia os sons fracos dos
gritos de Javier enquanto eles o moviam de volta para seu veículo. À distância, ouviu o
som de sirenes, mas nada disso importava para ela. Ela usou o que restava de sua força
para estender o braço bom para onde Scott estava deitado perto dela. Precisava tocá-lo
uma última vez. Um soluço ficou preso em seu corpo machucado, mesmo enquanto as
Eu preciso tocá-lo.... uma... última... vez, ela pensou vagamente enquanto seus dedos
rebelar contra deixar a nave de guerra alienígena em que ela havia acordado semanas
antes. Estava com medo de que, uma vez que estivesse fora da nave de guerra, todas as
chances de encontrar um caminho para casa seriam perdidas. Olhou para sua irmã. Sabia
que no fundo Ariel estava aliviada com a estranha reviravolta dos acontecimentos em
suas vidas. Ariel acreditava que Carmen teria que desistir de sua sede de vingança agora.
Isso nunca aconteceria, Carmen pensou com tristeza. Nem que seja a última coisa que eu
Carmen não se lembrava do momento real em que foi trazida a bordo da nave de
guerra. Ela estava morrendo. O homem que sequestrou Abby, a artista que estava
viajando com elas, a esfaqueou. Ela não o viu puxar a faca até que fosse tarde demais.
Foi distraída pelos sons de alguns animais selvagens que a haviam assustado. Ou, pelo
menos, pensava que fossem animais selvagens. Carmen não tinha certeza em que
científico. Pessoalmente, ela realmente não dava a mínima. Sua maior preocupação era
prometera a Scott. Mesmo enquanto aquela fúria a percorria, outra parte dela estava
aliviada que a intensa dor que tinha vivido nos últimos três anos estava prestes a acabar
de uma vez por todas. Cedeu à sensação de paz que a envolvia em seus braços apertados,
guerra alienígena, a fúria a inundou. Ela enganou a morte novamente. Passou a primeira
semana descontando sua raiva nos homens a bordo da nave de guerra na esperança de
que eles apenas a tirassem de seu sofrimento. Depois da primeira semana, entretanto,
teve que admitir relutantemente que começou a gostar dos alienígenas esquisitos. Eles
E, eles eram bons lutadores, pensou, olhando para alguns dos homens olhando para
Sabia que eles só iam à unidade médica para fazê-la se sentir bem. Ela podia ter
causado alguns novos hematomas, mas nunca realmente machucou nenhum deles. Bem,
exceto pelos dois caras da primeira vez, quando ela ainda estava na unidade médica.
Ariel, Trisha e ela os pegaram de surpresa e usaram alguns golpes menos do que justos
para os nocautear. Foi quando a raiva atingiu seu apogeu. Depois disso, era quase
divertido quando um dos guerreiros chegava à porta de seus quartos antecipando sua
resposta.
Ela usou esse tempo para praticar e desenvolver suas habilidades. Treinou com os
homens com quem lutou, desfrutando de sua maior força e agilidade. Isso a ajudou a
voltar à forma, fez o tempo a bordo passar voando e aprimorou suas habilidades de luta.
Percebeu que poderia usar todas as habilidades que pudesse aprender quando voltasse
atrás do transportador para transportá-los para baixo. Precisava aprender tudo o que
pudesse se quisesse escapar. Era melhor manter suas memórias onde pertenciam agora,
no passado. O local se iluminou ao seu redor e ela sentiu uma sensação de desorientação
quando seu irmão mais velho agarrou seu braço, virando-o na direção da sala de
transporte localizada em uma das alas do palácio. Era o último lugar que ele queria ir.
Odiava mulheres chorosas. Odiava mulheres frágeis, pegajosas e choronas. Dê a ele uma
forte fêmea Sarafin ou Curizan qualquer dia. Não que não houvesse algumas mulheres
Valdier que pudessem competir por sua atenção, mas pelo menos ele não tinha que se
arriscar a encontrar novamente uma mulher Sarafin ou Curizan com quem se deitou, a
menos que quisesse. Todas as mulheres Valdier queriam algo dele; ou seja, uma posição
elevada, o conforto do palácio, e ele esperando para fazer tudo o que quisessem.
Clarmisa era um exemplo perfeito de tudo o que ele odiava nas mulheres fracas. Ele
acabou tendo que deixar o planeta antes que ela voltasse para seu clã. Ela o enlouqueceu
com suas lamentações: a comida estava muito fria, os quartos muito pequenos, os criados
muito rudes. Então, começou a ser pegajosa. Era muito fraca para andar sem ele
segurando sua mão ou estava assustada com as sombras nos corredores. Ele não sabia
por que ela o tinha como alvo. Finalmente teve o suficiente na noite em que ela entrou
em seus aposentos. Ela desabou em uma torrente de lágrimas depois que ele ordenou
que ela saísse de seus quartos. Clarmisa teve muita sorte de sua simbiose não a ter
matado. A única coisa que a salvou foi provavelmente o desgosto de até mesmo tocá-la.
Creon sentiu seu dragão estremecer ao pensar em tocar a linda, mas vazia, princesa
Valdier. Podia sentir sua própria pele arrepiar ao se lembrar dela tocando seu peito com
seus dedos macios. Ele havia tomado um longo banho quente antes de fazer as malas e
partir novamente para o sistema estelar Sarafin. Havia retornado há apenas alguns dias.
Estava procurando informações sobre o sequestro de seu irmão mais velho, Zoran mas
sabia que os Curizan não estavam por trás disso. Ele era o melhor amigo de Ha'ven, o
Sarafin, pudesse saber de algo. Creon era amigo do enorme shifter felino. Eles eram uma
espécie astuta, tão ferozes quanto habilidosos. Ele salvou o grande filho da puta durante
uma das batalhas nas Grandes Guerras. Enquanto Vox se recuperava, Creon e ele
conversaram. Eles descobriram que havia mais por trás das guerras do que foram
levados a crer, mas certas facções dentro de seus governos os alimentavam com
informações falsas. Uma amizade foi formada e eles trabalharam juntos nos bastidores
com Ha'ven para expor a trama para derrubar cada um de seus respectivos governos.
— Ainda não entendo por que preciso estar lá. — Creon murmurou para Mandra
enquanto caminhava ao lado dele. — Não é ruim o suficiente eu ter que lidar com
Clarmisa se esgueirando para a minha cama? Por que eu tenho que lidar com essa espécie
fraca que Zoran está trazendo de volta? Certamente você pode lidar com isso. — Ele
gemeu.
— Você me deve! Depois que você saiu, tive que lidar com ela e o pai dela. Ele queria
exigir que você a reivindicasse como sua companheira. No final tive que ameaçar desafiá-
lo se ele não voltasse para o seu clã. — Ele rosnou de volta. — Posso lidar com uma
mulher frágil e chorosa, mas não com duas. Trelon disse que precisava de ajuda com as
duas irmãs. Conversamos ontem sobre como elas eram delicadas e frágeis. Assim que as
Creon gemeu silenciosamente. Odiava lidar com situações como essa. Dê a ele uma
boa luta, algum trabalho secreto, até mesmo uma tentativa de assassinato em sua vida,
mas nunca, nunca uma mulher carente. Suspirou enquanto seguia Mandra para a sala
de transporte. Fez uma pausa para olhar ao redor, esperando que as fêmeas já tivessem
Caminhou até um pequeno grupo de guerreiros que reconheceu por estar na nave
de guerra de seu irmão Kelan. Eles devem ter descido antes. Ficou surpreso por eles
ainda estarem aqui. Normalmente, uma vez que os guerreiros chegavam, eles
— Bem-vindo ao lar. — Disse Creon calmamente. — Estou surpreso que ainda esteja
aqui. Achei que já teria corrido para uma das casas de prazer agora. — Brincou ele, dando
Se havia uma coisa em que ele se destacava, era em deixar os outros à vontade e
obter informações. Trelon tinha os lábios fechados quando conversaram com ele. Creon
gostava de lidar com todas as informações que pudesse obter. Se as mulheres precisavam
de um curandeiro imediatamente, ele queria um por perto para cuidar delas o mais
rápido possível.
transportadas para baixo. Eu continuo esperando para ver se posso capturar a de cabelo
Creon franziu a testa. Por que um guerreiro tão feroz como Jurden quer uma fêmea
alienígena fraca? Ele ouviu enquanto os homens brincavam sobre ser o único forte o
suficiente para capturar o coração da mulher alienígena. Eles riram sobre como Tammit
Do que em nome dos Deuses eles estavam falando? Creon se perguntou com um
aceno de cabeça. Olhou para Mandra com um encolher de ombros confuso. Certamente
Não havia como estarem falando sobre as fêmeas do planeta em que seu irmão
pousou. Ele tinha visto e conversado com a companheira de Zoran. Ela era tão gentil e
delicada quanto as flores de sua mãe. Parecia que uma brisa suave iria derrubá-la.
Creon se virou para dizer algo a Mandra quando o corpo de seu irmão, Trelon, e três
quando três pequenas figuras apareceram ao lado de Trelon. A mais próxima dele
parecia uma criança. As outras duas mulheres eram semelhantes na cor, mas isso era
tudo que tinham em comum, pelo que ele percebeu com um rápido olhar. Ficou surpreso
quando ouviu Trelon gritar para ele e Mandra agarrarem as fêmeas. Trelon agarrou a
menor por cima do ombro e saiu correndo para a porta. Creon se virou a tempo de ver a
homens atrás dele chegaram tarde demais. Ele alcançou o braço da mulher apenas para
sentir seu corpo deixando o solo e subindo no ar por um breve momento. Foram apenas
seus anos de treinamento que o impediram de cair de costas. Ele torceu no último
A figura esguia se virou para ele e golpeou sua garganta. Creon recuou um passo
enquanto se afastava do golpe que o teria deixado com falta de ar se o tivesse atingido.
Sentiu seu dragão rugir e empurrar contra sua pele em uma batalha feroz para se libertar.
Escamas negras, a cor do céu noturno mais escuro, ondulavam sobre seus braços e seu
— Que diabos está acontecendo com você? — Ele explodiu enquanto se esquivava
companheira.
seu estômago enquanto perdia o foco. — Você acha que esse demônio que está tentando
nos matar é sua companheira? — Ele ofegou enquanto tentava sugar o ar quando o
Creon bloqueou golpe após golpe tentando evitar que seu traseiro fosse chutado
enquanto tentava ganhar o controle de seu dragão. A maldita coisa estava se recusando
a ouvi-lo enquanto lutava para escapar e agarrar a fêmea que se movia com movimentos
rápidos como um relâmpago. Ele finalmente teve o bastante e soltou um rugido alto e
Estava com medo de abraçá-la com muita força, caso a machucasse. Esse foi seu
primeiro erro. Ela aproveitou a proximidade para infligir mais danos. Ele sentiu a cabeça
dela bater em seu olho esquerdo em um golpe que trouxe lágrimas aos seus olhos. O
segundo erro foi pensar que se ele puxasse a cabeça dela para mais perto, ela não poderia
bater nele novamente. Ele gritou quando os pequenos dentes dela apertaram sua orelha
em uma mordida viciosa que o fez se soltar. Esse foi seu terceiro erro. Isso o deixou
vulnerável ao joelho dela, que encontrou o caminho para sua virilha antes de se conectar
Creon viu estrelas ao soltar a feroz selvagem de cabelos brancos. Ele recuou vários
passos tentando recuperar o fôlego enquanto colocava as duas mãos nos joelhos para se
firmar para não cair de bunda. Cuspiu o sangue de seu lábio estourado enquanto
— Vá! Por que você espera? Nossa companheira fugiu. Persiga ela! Persiga ela! — Seu
— Persegui-la? Eu vou estrangulá-la! Só não sei se vou fazer isso antes ou depois de
— Acho que vocês precisam explicar onde nas bolas do dragão meus irmãos
conseguiram essas fêmeas e de quem foi a ideia estúpida de pensar que eram delicadas?
— Creon rosnou, enxugando o sangue da boca e estremecendo ao sentir primeiro o olho,
depois a orelha.
começaram a rir. — Sem mencionar que quase arrancou minha orelha com uma mordida.
Jurden sorriu.
— Agora você sabe por que estávamos esperando. Elas não são magníficas?
Creon apalpou sua orelha novamente, fazendo uma careta ao toque de sangue que
boca! Você não está ajudando meu nível de dor neste momento. — Ele rosnou.
Creon lançou um olhar de dor para os homens o olhando como se ele tivesse perdido
— Você não. — Ele fez uma nova careta indo em direção à porta. — Meu estúpido
dragão pensa que o demônio é sua companheira. — Ele resmungou enquanto as portas
***
Carmen girou em círculo. Ela estava em algum tipo de corredor longo. As janelas do
chão ao teto refletiam a luz brilhante do planeta. Quando finalmente escapou do homem
que tentava agarrá-la, tudo que conseguia pensar era em encontrar um lugar para se
esconder e se reagrupar. Correu para fora da sala como se os cães do inferno estivessem
atrás dela. De certa forma, ela se sentia como se ainda estivessem. No momento em que
aquele homem a tocou, algo dentro dela reagiu a ele. Isso... a assustou. Carmen
murmurou uma maldição sob sua respiração. Isso foi estúpido. Os únicos sentimentos
Ela caminhou ao longo do corredor até chegar a outro conjunto de escadas estreitas
que conduziam para cima. Olhou para trás brevemente para se certificar de que ninguém
a estava seguindo antes de se virar e dar um passo hesitante para frente. Logo ela estava
paredes. Correu uma mão ao longo da pedra branca que brilhava com pequenos cristais
que preenchia o andar superior. O teto era de vidro transparente, chegando a quase dez
selvagem. Carmen se virou tentando ver tudo de uma vez, mas havia muito para ver.
Flores brilhantes pendiam e vinhas com verdes, roxos e rosas pulsantes enrolavam-se em
altas estátuas de dragões e outras criaturas que nunca tinha visto antes.
Ela andou ao longo dos caminhos estreitos, curvando-se sob as vinhas suspensas,
tocando nas flores e ofegando quando elas se fechavam de repente. No centro do átrio
havia uma piscina elevada. Pequenas fontes em forma de pássaros despejaram água de
volta na piscina. No final, a enorme forma de um dragão deitado de costas com água
escorrendo de sua boca e sobre sua barriga formava uma pequena cachoeira.
inundou enquanto ela olhava nos olhos que costumavam brilhar de excitação. Agora
tudo o que via era desolação e dor. Ela estendeu a mão, espirrando na superfície até que
não pudesse mais ver sua imagem antes de se sentar na beira da piscina. Inclinou a
cabeça para olhar para o teto, sem vontade de olhar em seus próprios olhos novamente.
Através do vidro transparente ela podia ver as imagens de dragões reais voando no alto.
Envolvendo os braços em volta da cintura, ela balançou para frente e para trás.
— Oh, Scott, eu gostaria que você pudesse me abraçar novamente. — Ela sussurrou
em uma voz suave. Mesmo tão baixinho quanto ela falava, o som parecia ecoar acima do
som da água. — Estou com tanto medo. Eu não sei o que fazer.
Ela ficou sentada por um longo tempo, deixando um plano após o outro fluir por
sua mente, na tentativa de descobrir como poderia voltar para casa. Descartou um após
o outro quando percebeu que não tinha ideia de onde estava, muito menos como pilotar
uma nave espacial. Sua mão se moveu para a faca que sempre mantinha com ela. Era a
faca de caça de Scott. Era a faca que ela usaria para matar Cuello quando o encontrasse.
Seus dedos correram sobre o cabo antes que ela os envolvesse e puxasse para fora. Ela
deixou a ponta cortar a palma fundo o suficiente para tirar sangue. Ela precisava daquele
pequeno lembrete de que ainda estava viva, de que ainda tinha a chance de completar a
para a esquerda, então ela se moveu para a direita, tentando manter a borda da piscina
entre ela e o que quer que estivesse vindo em sua direção. Tropeçou para trás quando a
forma de um enorme dragão dourado apareceu. Cores rodopiaram pelo corpo dourado,
— Saia daqui. — Carmen disse em uma voz baixa e severa. — Vá! Saia. — Ela
repetiu.
Ela não tinha o mesmo toque com os animais que sua irmã tinha. Ariel poderia olhar
para um leão da montanha e a maldita coisa começaria a ronronar e tentar ser um gato
de colo. Carmen pareceria um almoço para essa maldita coisa. Ela tinha visto criaturas
simbioses. Eles pareciam ter algum tipo de relação simbiótica com as criaturas vivas.
Tudo o que importava era que se aquela coisa estava aqui, isso significava que sua outra
metade poderia não estar longe. Para ela, isso significava problema.
Ele ergueu sua enorme cabeça no ar e parecia como se estivesse farejando algo.
Carmen observou sua cabeça abaixar até parar ao seu lado. Ela seguiu a linha de visão
da criatura dourada e amaldiçoou quando viu que estava focada em sua mão. O sangue
acumulou nas pontas dos dedos de onde ela cortou a palma. Carmen cerrou os punhos
em um esforço para evitar que o sangue pingasse, mas era tarde demais. Uma pequena
respondia ao sangue. Ela estremeceu de surpresa quando uma linha de ouro disparou
dele, enrolando em torno de sua mão ferida. Ela entrou em ação, lutando para quebrar o
controle sobre sua mão. Quanto mais ela lutava, mais ouro girava em torno dela,
envolvendo-a em seus tentáculos até que ela fosse mantida imóvel por ele. Ela se recusou
a se encolher. Se era assim que deveria morrer, então que fosse. Seus olhos brilharam
intensamente por um momento antes que ela os fechasse e visualizasse uma imagem de
Memórias de seu cabelo castanho claro ondulando nas pontas depois que ele saiu
ela até que estava envolvida em seu calor e amor novamente. Ela se lembrou de seus
olhos verdes dançantes enquanto a provocava por estar louca. Lembrou-se da maneira
como ele fez amor com ela em frente à lareira na pequena casa que eles haviam comprado
em sua cidade natal. Lembrou-se dele segurando-a como se nunca fosse deixa-la ir
quando ela descobriu que seus pais morreram em um acidente de carro. E, se lembrou
do olhar de pura admiração quando ela disse a ele…. Dor e tristeza a encheram de
repente a ponto de ela se perguntar se a criatura teria que se preocupar em matá-la. Ela
Um som baixo de lamento escapou dela quando a dor se tornou mais do que podia
conter. Abriu os olhos e olhou para as escuras chamas douradas queimando nos olhos
Seu coração estava partido pela frágil fêmea humana. Ela soube o momento em que a
em seu ambiente. Este era o único lugar para onde ela se retirava quando a solidão e a
dor a dominavam. Trabalhar com as plantas e o solo dava-lhe uma sensação de paz
quando precisava.
Ela sentia falta de seu companheiro. Embora ele não tivesse sido seu verdadeiro
companheiro, ela o amava e ainda sofria por sua morte. Tinha pensado em se juntar a ele
na morte no início, pois este era o caminho do verdadeiro companheiro de seu mundo,
Quando seu filho mais velho, Zoran, foi sequestrado, ela ficou com medo de ter que
transformou em uma bênção dos deuses e deusas. Ele tinha descoberto sua verdadeira
companheira com uma fêmea do mundo distante, onde buscou refúgio. Além disso,
parecia que a viagem tinha abençoado todos os seus filhos com seu verdadeiro
átrio enquanto a simbiose de Mandra brincava com a mulher de cabelos longos e brancos.
Pensou em deixar seu santuário para encontrar a garota quando esta aparecesse. Mesmo
à distância, ela sabia instintivamente que a garota queria ficar sozinha. Morian havia lhe
dado aquele espaço, mas estava curiosa sobre essas criaturas lindas e frágeis que haviam
conquistado os corações de seus filhos. Ela se esgueirou por um dos muitos caminhos e
a seguiu. Suas palavras sussurradas atraíram Morian. A garota tentava parecer dura por
Morian esperou para ver o que a simbiose de Creon faria. Se esta menina fosse a
verdadeira companheira de seu filho, ele faria tudo ao seu alcance para ajudá-la. Morian
mordeu o lábio quando a simbiose dourada soltou um som baixo de angústia pela dor
da garota. Suas cores brilhavam em uma mistura que se movia rapidamente, refletindo
sua angústia.
A garota engasgou enquanto o som crescia até ecoar pela sala enorme. A forma
dourada ao redor dela mudou novamente até que ficou na forma de uma grande criatura
com orelhas longas e caídas. Era uma forma incomum para uma simbiose, uma que
Morian nunca vira antes, mas a garota deve ter reconhecido. Morian observou a figura
sussurrando baixinho.
— Sinto muito. — A voz fraca de Carmen ecoou suavemente. — Eu sinto muito. Está
bem. Eu não deveria ter pedido isso a você. É só que às vezes... — Sua voz sumiu antes
de falar novamente. — Às vezes a dor é demais para eu aguentar. Logo, porém, logo
tudo ficará bem. Assim que eu voltar para casa, tudo ficará bem. — Acrescentou ela com
um sorriso determinado.
Morian se afastou quando sentiu outra mudança no átrio. Olhou para a menina
acalmando a simbiose de seu filho e um sentimento de medo por ela a invadiu. Algo lhe
dizia que não seria uma boa coisa para a garota retornar ao seu mundo. Virando-se,
Morian se moveu para impedir seu novo visitante. Ela precisava avisá-lo de que nem
***
cabelos brancos nas últimas horas, sem sorte. Havia encontrado seu irmão Mandra em
vez disso... inconsciente! A outra demônia o nocauteou com um vaso e escapou por uma
das janelas que davam para os jardins. Uma vez que ele se certificou de que seu irmão
ficaria bem, deixou-o para lidar com a outra fêmea enquanto caçava por sua irmã.
Não acredito que pensamos que elas precisariam de um curandeiro! Creon pensou
desgostoso. O que precisamos é de uma gaiola para elas. Vou jogar a bunda dela em uma
das velhas celas sob o palácio por alguns dias e ver se ela gosta disso! Ou talvez eu apenas
a amarre e a entregue a Trelon para que ele possa levá-la de volta ao seu mundo.
Creon franziu a testa. Nenhuma das ideias deu a ele a satisfação que pensava. Na
verdade, a ideia de alguém levar a mulher a qualquer lugar fez uma onda de raiva feroz
Merda! Creon pensou enquanto sentia seu pau inchar com a imagem da selvagem
A imagem continuou a se formar em sua mente até que ele teve que parar e ajustar
a frente da calça para que pudesse andar sem doer. Tinha que admitir, seu corpo estava
dizendo sim, sim, sim para a ideia. Isso o irritou ainda mais. Ele não tinha tempo para
isso. Precisava descobrir o que diabos estava acontecendo e descobrir quem estava por
Creon ainda resmungava baixinho quando de repente sentiu uma pequena mão
agarrar seu braço. Recuou por instinto e moveu-se para sacar a arma que sempre
mantinha ao seu lado. Franziu a testa fortemente quando viu sua mãe parada nas
sombras, olhando para ele com uma expressão preocupada no rosto. Ele abriu a boca
para perguntar o que havia de errado, mas ela balançou a cabeça rapidamente e
Creon seguiu seu olhar quando ela olhou para um conjunto espesso de arbustos,
mas não viu nada fora do comum. Sobressaltou-se de novo quando ela puxou seu braço
e indicou que deveria segui-la. Sua carranca ficou escura enquanto seus olhos
continuavam a procurar o que havia chateado sua mãe. Se houvesse uma ameaça para
ela, ele mataria quem quer que fosse sem piedade. Ele a seguiu por um caminho que se
abria para a escada escondida que levava ao seu escritório particular. Eles se moveram
incomum. Seus olhos se arregalaram quando ele teve um vislumbre de cabelo branco
perto da piscina central. Ele se mexeu um pouco, deixando seu dragão avançar para
aumentar sua visão. Em segundos, os detalhes nítidos da mulher que o atacou na sala de
— Venha, eu preciso falar com você. — Disse Morian, puxando o braço de Creon. —
A cabeça de Creon se virou para olhar para sua mãe, que estava esperando
impacientemente por ele. Ela estava mordendo o lábio inferior e parecia muito
preocupada. Creon virou a cabeça para encarar a figura esguia novamente. Algo estava
acontecendo com a garota? Ela foi ferida? Ele a machucou sem saber quando a agarrou
ou bloqueou alguns de seus golpes? Ele deixou seus olhos se moverem para baixo sobre
Ela estava muito magra, ele pensou com crescente preocupação. Parecia que não era
Havia algo mais sobre ela. A maneira como estava agarrada a sua simbiose o
confundiu. Ele passou a mão pelo cabelo em frustração. Havia algo que estava perdendo;
ele simplesmente não conseguia pensar direito. Estava em sua linguagem corporal, a
maneira como ela estava segurando sua simbiose, a aparência frágil dela.
Creon balançou a cabeça. Isso não fazia sentido algum. Ele sentiu sua força quando
ela lutou contra ele. Ela não desistiu e era rápida, muito rápida e usou movimentos que
ele nunca tinha visto antes misturados com movimentos que ele treinou pessoalmente
alguns de seus guerreiros. Ela também era muito boa em desaparecer. Ele levou horas
para descobrir onde ela tinha ido e mesmo assim ele não tinha certeza se ela estava aqui.
Um leve gemido escapou dele quando outro fato foi absorvido; ela estava agarrada
a sua simbiose e ele estava enrolado em torno dela. Seus olhos se estreitaram nas grossas
faixas de ouro em seus pulsos delicados. Seus olhos se voltaram para sua garganta, onde
mais ouro brilhava. Sua simbiose a reivindicou. Seu dragão a queria, e ele...
ir até ela e abraça-la. Ele queria protegê-la, possuí-la e reivindicá-la para que todos
vissem. Abrindo os olhos, ele se virou para olhar para sua mãe, que estava olhando para
ele atentamente.
silenciosa.
Creon sentiu seus olhos se moverem de volta para a figura bem abaixo dele. Ela
estava sentada no chão agora com a cabeça de sua simbiose em seu colo. Sua simbiose
tinha a forma de alguma criatura incomum que a garota parecia achar reconfortante. Seu
dragão parecia sentir algo na voz de sua mãe porque queria ir até a garota e se enrolar
em torno dela.
— Minha companheira. Algo aconteceu com minha companheira? — Seu dragão
perguntou com medo, empurrando sua pele novamente para se libertar. — Deixe-me ir
— Vamos protegê-la. — Disse Creon tentando acalmar seu dragão. — Mas primeiro,
precisamos saber o que aconteceu. Mamãe não ficaria tão preocupada se nossa
companheira estivesse bem. Se ela estiver em perigo, faremos o que for preciso para
protegê-la. Mesmo que isso signifique trancá-la até sabermos que ela está segura.
Ele sabia que seu dragão não gostava da ideia de trancar sua companheira, mas até
que soubesse que perigo ela corria, não haveria escolha. Subiu os degraus atrás de sua
mãe. Ele sempre foi bom em descobrir os segredos dos outros. Ele era ainda melhor em
protegê-los.
Carmen inspirou profundamente para se acalmar, usando as técnicas de meditação
que aprendeu depois da Colômbia. Kevin Arbor, o chefe deles na Security International,
exigiu que ela recebesse aconselhamento após a morte de Scott. A terapeuta, Connie
Wong, os ensinou a ela. Connie explicou que a ajudaria a lidar com os ataques de pânico
e a depressão de que sofria depois de uma experiência tão traumática. Carmen os tinha
aprendido simplesmente para que pudesse permanecer focada no único objetivo que
— Vai ficar tudo bem. — Carmen repetiu em voz alta. — Você só precisa descobrir
como sair deste mundo e voltar para casa. Você consegue. Você pode fazer o que quiser.
Não pare, não desista. — Carmen disse baixinho para si mesma enquanto se concentrava
Ela continuou a passar a mão suavemente sobre a enorme criatura dourada que era
uma réplica quase exata de Harvey, seu velho Basset Hound de orelhas caídas com quem
ela tinha crescido. É verdade que era um Harvey muito maior e mais brilhante do que o
original. Ainda assim, a forma era reconfortante para ela enquanto acariciava a superfície
macia e brilhante. Sentiu um pequeno sorriso curvar seus lábios enquanto olhava para
os olhos da criatura.
Harvey. Ele era um cão desajeitado e adorável que tive quando era pequena. Foi o único
animal que gostou mais de mim do que de Ariel. Ele me seguia por toda parte. — Ela
falou em voz baixa, sentindo-se repentinamente mais calma desde... desde que Scott
morreu.
Carmen olhou para baixo assustada quando uma onda de calor a inundou. Seus
olhos se arregalaram enquanto imagens de seu velho Basset Hound flutuavam em sua
mente. Seu sorriso cresceu até que ela pudesse sentir as lágrimas queimando seus olhos.
A cauda da criatura dourada balançou para frente e para trás em resposta à sua surpresa
e sorriso.
— Eu não entendo nada disso. — Ela sussurrou com um aceno de cabeça. — Este
mundo, você, os guerreiros que conheci e o homem... — Sua voz se desvaneceu quando
Um arrepio percorreu seu corpo quando a imagem se tornou mais clara. O guerreiro
alto foi mais do que um páreo para ela. Ele reagiu com graça e estilo que enviou ondas
de calor por seu corpo. Seu corpo ágil se torceu como se fluísse em uma dança graciosa
quando ela o jogou por cima do ombro. Carmen reagiu com medo e a necessidade
instintiva de escapar de um predador. Não havia dúvida em sua mente que era
exatamente o que ele era, um predador mortal. Cada linha de seu corpo gritava que ele
era letal. Seus olhos dourados brilharam com um calor que alcançou algo profundo
dentro dela que ela pensou que tinha morrido três anos atrás, quando ele a olhou com
fúria. Seu cabelo longo e preto fluía ao redor de seus ombros musculosos e escuros que
estavam claramente exibidos sob o colete de couro preto que ele usava. Suas calças pretas
estavam bem esticadas nas coxas grossas e musculosas. Ela temia que, se não pudesse
A nova onda de calor que a criatura enviou através dela confirmou o que ela temia.
Se esta criatura era a simbiose do homem, ela precisava escapar dele também. A menos
que... Carmen olhou para os olhos tristes e caídos... a menos que isso pudesse ajudá-la.
— Preciso encontrar minha irmã e voltar para casa. Você pode me ajudar a escapar?
— Ela perguntou com uma voz ligeiramente suplicante. — Por favor, temos que voltar
para casa imediatamente. Já passou mais tempo do que eu esperava. Tenho que
encontrar alguém. É importante que eu volte para meu mundo o mais rápido possível.
Pode me ajudar?
Uma parte dela se sentia culpada por pedir a ajuda da criatura, mas ela sabia quão
poderosos eles eram. Ela os observou quando estava se esgueirando pela nave tentando
aprender tudo que podia sobre as espécies que sequestraram sua irmã e amigos. Ela sabia
que Abby confiava neles. Ela se apaixonou por aquele chamado Zoran. Ela não culparia
ou negaria a ninguém sua chance de amor. Ela teve sua chance. Ela não iria embora sem
Ariel, Trisha e Cara, a menos que elas quisessem ficar. Se era isso que elas queriam, ela
iria sozinha. Tinha certeza de que Trisha gostaria de voltar para a Terra. Ela nunca
Paul Grove foi como um segundo pai para ela e Ariel durante toda a vida, mesmo
antes da morte de seus próprios pais. Elas passaram tanto tempo na casa de Trisha
quanto ela na casa delas. Bem, quando elas não estavam tentando escondê-la e mantê-la.
Carmen sempre amou a menina quieta que era um pouco mais velha do que ela. Não
conseguia contar as vezes que convenceu Trisha a se esconder na casa delas para que
pudesse ter duas irmãs mais velhas. Paul e seus pais finalmente desistiram e deixaram
as meninas se revezarem ficando na casa uma da outra nos fins de semana. Mesmo
enquanto elas cresciam, sua amizade especial havia sobrevivido. Ela teria partido o
coração quando Ariel e Trisha foram para a faculdade mais cedo, se Scott e Paul não
estivessem lá. Quando seus pais foram mortos, Paul assumiu a guarda dela durante seu
último ano do ensino médio. Ele a levou com ele durante alguns de seus exercícios de
ela como deixar a paz das montanhas tirar um pouco da dor que ela estava sentindo. Ela
havia trabalhado com Samara, outra garota que trabalhava meio período para Paul e
tinha a mesma idade que ela, com os cavalos que Paul mantinha em seu rancho. Samara
era pouco maior do que Cara e quase tão hiperativa. Ela tinha um temperamento
explosivo, entretanto. Provavelmente por ter que lidar com quatro irmãos mais velhos
Carmen estava tão perdida em suas memórias que, quando Harvey se levantou de
repente, ela teve que se sacudir para trazer tudo de volta ao foco. Quando percebeu que
não estava mais sozinha, uma carranca escura torceu suas feições pálidas em uma
máscara hostil.
— Você de novo não! — Carmen mordeu sarcasticamente. — Não teve sua bunda
chutada o suficiente?
Ela olhou ferozmente para a imagem do homem alto que a fez correr em pânico.
Nunca deixaria ninguém saber que estava com medo. Também não permitiria que ele ou
qualquer outra pessoa a impedisse de sua missão. Ele precisava entender isso logo de
cara. Ela não deixaria seu corpo dominar sua cabeça. Levantou-se para ficar
— Eu preciso voltar para o meu planeta imediatamente. — Ela adicionou com uma
***
Creon ouviu sem acreditar os temores de sua mãe pela mulher esguia em seu jardim.
Ela havia contado a ele sobre o desejo da garota de acabar com sua vida. Que algo a
estava machucando. Lágrimas se formaram em seus olhos quando ela contou a ele sobre
as palavras sussurradas de medo que a garota expressou e sobre o choro doloroso que
foi arrancado da garota quando sua simbiose a segurou. A dor tinha sido tão intensa que
— Eu nunca vi nada arrancar um grito assim de uma simbiose antes. — Morian disse
desesperadamente. — O som disso ressoou com tanta dor e tristeza que rasgou meu
próprio coração. Sua companheira está sofrendo. Não sei se ela está doente ou o quê, mas
Creon olhou duvidosamente para sua mãe até que a imagem da pequena figura
agarrada a sua simbiose veio à tona em sua mente. O medo varreu por ele com o
pensamento de sua companheira com dor. Ele precisava se conectar com sua simbiose
para que pudesse ver o que havia de errado com ela. Se ele precisava se arriscar a colocá-
la na transformação, onde as qualidades de cura adicionais de seu dragão a ajudariam,
ele o faria. Seria perigoso, mas se houvesse o risco de ela morrer de qualquer maneira,
ele não teria escolha. Creon sabia que se houvesse algo de errado com ela e ela não
sobrevivesse, ele não viveria. Mesmo sem reivindicá-la totalmente, suas vidas estavam
— Sim. — Morian respondeu olhando cuidadosamente para seu filho mais novo.
Ele havia sofrido muito durante as Grandes Guerras. Ele também foi o motivo das
guerras terem terminado pacificamente. De todos os filhos, era com ele que ela se
preocupava mais. Ele sempre foi o mais quieto dos cinco meninos com quem ela foi
abençoada. Ele também era um dos mais letais em sua proteção Valdier e seu povo. Não
que seus outros filhos não tivessem feito o que era necessário, mas Creon sacrificou uma
parte de quem ele era para garantir o fim bem-sucedido das guerras.
— Ela é um demônio. — Ele respondeu com uma ligeira curva em seus lábios
enquanto tocava primeiro sua orelha, então seu olho, antes de seu lábio. — É difícil
acreditar que algo possa estar errado com ela, mas vou me certificar de que esteja bem.
— Sim.
— Olhe sob a máscara que ela usa como proteção e você verá a verdadeira garota
por baixo. — Morian aconselhou baixinho. — E esteja preparado para uma luta diferente
de tudo que já teve que enfrentar antes. Ela não vai desistir facilmente.
— Sou muito versado na arte da guerra, Dola. E eu nunca perco. — Ele respondeu
Morian observou enquanto seu filho descia os degraus e se dirigia para onde a
garota humana estava sentada. Seus olhos seguiram a figura feroz até que ele parou
sobre a menor sentada ao lado de sua simbiose. Quando a garota se levantou, ela viu o
— Espero que você esteja certo, meu filho. Pois esta é uma batalha que pode levar
***
Creon girou os ombros para aliviar um pouco a tensão neles e fez uma careta ao
tinha transcorrido tão bem quanto o da sala de transporte. Ele finalmente teve que
amarrá-la e puxar seu traseiro para fora do átrio, chutando, gritando maldições e jurando
fazer mais do que castrá-lo quando ela se libertasse. Sua simbiose tinha sido muito
protetora com a fêmea, mas ao mesmo tempo trabalhou para ajudá-lo a capturá-la.
Ela olhou para sua simbiose com tal olhar de traição que ela disparou quase
imediatamente depois que ele a trancou em sua suíte. Os sons de vidro quebrando contra
a porta quando ele a fechou mostraram que seu temperamento não tinha se acalmado
durante o tempo que ele a carregou por cima do ombro para seus aposentos.
A única coisa que ele descobriu foi que ela não estava ferida fisicamente. Pelo menos,
isso é o que ele esperava da informação que sua simbiose foi capaz de lhe dizer durante
o breve contato que teve com ela. Ele tentou enviar as pulseiras e o colar que formou
sobre seu corpo para ter certeza, mas ela os removeu, jogando-os pela janela antes que
Agora, ele precisava descer para a sala de conferências. Deveria se encontrar com
seus irmãos para repassar as informações que havia descoberto até agora. A informação
mais recente de Ha'ven era muito perturbadora para compartilhar ainda. Pelo menos,
até que ele pudesse verificar. Deveria se encontrar com Ha'ven em alguns dias. Até então,
era melhor manter o que suspeitava para si mesmo. Queria contar a seus irmãos o que
havia descoberto em sua viagem ao sistema estelar Sarafin. Ele se encontrou com Vox, o
líder da raça shifter de felinos. Vox disse que vários de seus guerreiros mais confiáveis o
abordaram sobre um membro da família real Valdier solicitando um encontro com ele.
Vox adiou a reunião quando estava prestes a desembarcar em uma viagem rápida a um
dos espaço portos Valdier para negociar um acordo para mais cristais e farejar algumas
Respirando fundo, voltou a se concentrar em sua situação atual. Ele tinha que
comparecer à reunião lá embaixo, mas primeiro precisava ter certeza de que sua
companheira estava segura. Olhou para as portas fechadas onde sua companheira ainda
Uma boa surra na bunda poderia estar reservada para seu irmão enquanto ele
estivesse lá. Não mudaria nada, mas o faria se sentir um pouco melhor. Ele revirou os
ombros novamente e fez um gesto para os dois guardas que estavam de pé ao lado,
esperando por suas instruções. Os dois estavam olhando para a porta com cautela, como
— Proteja-a com sua vida. — Instruiu Creon antes de fazer uma careta. — Bolas de
dragão! — Ele murmurou quando outra série de maldições nada femininas soou através
da porta seguida por outro estrondo. — Apenas... certifique-se de que a porta permaneça
do quarto. Ambos estremeceram quando um pequeno baque atingiu a porta seguido por
resignação antes de se virar e caminhar pelo longo corredor. Seria um dia muito, muito
longo.
Creon podia ouvir a voz de Mandra antes mesmo de entrar na sala de conferências.
Pelo que parecia, seu irmão mais velho estava de mau humor. Creon entrou na sala
— Você trouxe aquelas mulheres aqui! Eu deveria chutar sua bunda por isso. —
sentar na bela mesa de pau rosa com um display holovid montado no centro. — Eu vou
Creon não pôde deixar de lançar um olhar sombrio para Trelon e Kelan enquanto se
sentava em um dos assentos de couro escuro aveludado. Ele esfregou uma mão cansada
sobre a testa antes de se sentar para assistir seus dois irmãos mais velhos se enfrentando.
Eles estavam presos de braços dados, seus músculos tensos enquanto cada um
empurrava o outro.
— Não consigo encontrar essa maldita fêmea em lugar nenhum. — Mandra rosnou.
— Eu deveria chutar a sua bunda para trazê-la de volta! — Ele disse olhando
tenho. Ela nunca dorme, nunca se cala e desmontou tudo na nave de guerra de Kelan e
na minha casa pelo menos uma dúzia de vezes tentando ver como funciona.
Kelan olhou para Mandra e Creon com um olhar de longo sofrimento em seu
próprio rosto.
— A mulher chamada Trisha está exigindo que eu a leve para casa com seu pai. Ela
— Como você está, irmão? — Kelan perguntou se virando para olhar para Creon. —
Você já encontrou a demônio de cabelo curto? Ela foi um pé no saco a bordo do V’ager.
Ela lutou com todos os homens que podia e dane-se se eles não se apaixonaram por ela
por isso.
— Sim, ela não está feliz comigo agora. Ela insiste em retornar ao seu planeta
imediatamente. Tive que contê-la para que eu pudesse prendê-la. — Ele disse
laconicamente.
— Eu pensei que vocês dois iriam encontrar companheiros para as outras duas?
conter. Seu dragão lutou para se livrar da ideia de entregar Carmen a outro homem.
Escamas negras ondulavam incontrolavelmente sobre sua pele enquanto ele lutava pelo
controle.
Zoran olhou para frente e para trás entre Mandra e Creon assistindo com espanto
enquanto seus dois irmãos mais novos lutavam pelo controle. Nunca tinha visto nenhum
deles perder o controle assim antes. Demorou um pouco antes de perceber o que havia
acontecido.
reivindicaram as mulheres?
Creon voltou ao seu lugar e olhou melancolicamente para fora da janela com os
braços cruzados sobre o peito. Não, ele ainda não havia reivindicado aquela chamada
Carmen. Ele finalmente soube o nome dela depois de baixar os relatórios da V’ager.
Tinha lido sobre suas façanhas a bordo. Como ela antagonizou os homens a bordo para
lutar contra ela. Como mal estava viva quando foi trazida a bordo. Mesmo com a
tecnologia avançada de Valdier, Zoltin escreveu que quase a perdeu mais de uma vez.
Ela foi esfaqueada várias vezes no peito e na lateral. O som de Mandra falando sobre a
— Sim. — Mandra estava dizendo. — O problema é que toda vez que chego perto
dela, ela me ataca! Agora, eu nem consigo encontrá-la. Ela quebrou meu nariz e saiu
correndo. Ela está se escondendo em algum lugar e eu não consegui localizá-la ainda.
nocauteado. — Disse Creon com uma carranca, tentando se lembrar da condição de seu
assim. As mulheres não deveriam saber como lutar. Qual era o propósito de ter um
planeta cheio de guerreiros do sexo masculino se as mulheres eram tão cruéis quanto os
Kelan grunhiu enquanto se levantava e caminhava até o pequeno bar para servir
uma bebida.
— O que vamos fazer com elas? — Ele perguntou desanimado. — Como pode uma
espécie tão frágil e delicada causar tantos danos e ser tão teimosa? — Sua voz sumiu
***
Várias horas depois, Creon estava do lado de fora das portas de seus aposentos. Ele
se perguntou vagamente se tinha mais objetos de vidro para sua companheira quebrar.
Sua simbiose ficou ao seu lado olhando para a porta também. Ambos estavam um pouco
— Não, meu senhor. — O guarda respondeu. — Não houve nenhum som na última
hora ou assim.
— Não acho que sobrou nada para ela quebrar. — Disse o segundo guarda com um
Creon passou a mão cansada na nuca. Ficar aqui não tornaria a tarefa à frente mais
fácil. Ele pode muito bem enfrentar a fúria de sua companheira. Ele tinha a sensação de
que ela não iria gostar quando descobrisse que eram os quartos dele que ela ocupava.
Ficou surpreso que o chão não estava cheio de cacos de vidro quebrados. Empurrou a
porta um pouco mais e ouviu. Tudo o que o cumprimentou foi o silêncio. Ele acenou com
a cabeça para sua simbiose ir na frente dele. Depois entrou, fechou e trancou a porta com
um golpe de sua mão. O painel escondido na parede brilhou brevemente para mostrar
Creon olhou ao redor. Contra a parede perto da porta estava uma pequena cesta que
ele pegara durante uma de suas muitas viagens. Estava cheio até o topo com pedaços de
cerâmica e vidro quebrados. Ao lado dela estava uma pequena vassoura que os
empregados usavam para limpar seus aposentos. A mulher o confundiu. Sua mãe ficou
preocupada por estar frágil e sofrendo, enquanto tudo o que ele via era a hostilidade e o
desafio ferozes.
Sua simbiose parou na porta de seus aposentos e olhou para dentro. Virou-se para
ele e sacudiu seu corpo maciço antes de entrar no quarto. Creon caminhou lentamente
para frente até que parou na porta de seus aposentos. Enrolada em uma pequena bola
no meio da cama estava sua companheira. No brilho suave da lua, ele podia ver seu
pescoço. Podia ver a constante ascensão e queda de seu peito enquanto ela dormia.
incomodar. Levantando delicadamente uma mecha de seu cabelo macio, ele colocou-a
atrás da orelha, maravilhando-se com a textura macia. Ela se mexeu em seu sono,
inclinando a cabeça até que sua bochecha descansasse contra a palma da mão dele. Creon
Era como se todo o seu corpo estivesse de repente vivo e sintonizado com esta bela
criatura.
Incapaz de se conter, ele correu o polegar sobre sua mandíbula até pousar em seu
lábio inferior. Seus lábios se separaram em um suspiro suave. Um pequeno sorriso puxou
seu lábio inferior. Creon se inclinou para roçar seus lábios nos dela. Uma necessidade
diferente de tudo que ele já sentiu antes sobrecarregou seus sentidos. Ele a queria,
precisava dela de uma forma que puxava a própria essência de sua alma. Ele se afastou
um pouco, determinado a acordá-la quando ela de repente sussurrou em uma voz suave
e rouca.
— Oh, Scott, eu senti sua falta. — Carmen murmurou em seu sono. Ela se virou
homem nos lábios de sua companheira enviou ondas de ciúme por ele. Afastou-se
rapidamente ao sentir a mudança passando por ele. Incapaz de evitar que seu dragão
assumisse o controle, Creon correu para as portas abertas que davam para a varanda e
se lançou sobre o parapeito. Ele mudou quando seu corpo caiu em direção ao chão.
metros do chão antes de empurrar e se elevar mais alto, voando sobre as paredes do
palácio. Permaneceu invisível para todos, incluindo os guardas. O único que podia vê-
lo era sua simbiose que havia se dividido. Uma parte deitada enrolada ao lado de sua
companheira, enquanto a outra parte voou até se dissolver em torno dele no ar,
Voou por quilômetros tentando escapar do calor escaldante que explodiu dentro
dele. Ele havia passado pela densa floresta e se dirigido para as regiões montanhosas.
Costumava voar longas distâncias à noite. Normalmente, era para escapar dos
noite ele fez isso para lidar com a raiva ardente porque sua companheira queria, amava
outro.
— Nós a tomamos de qualquer maneira. Ela aprenderá a nos amar. Ela é nossa. — Seu
dragão rugiu de raiva. — Nós a manteremos. O homem do mundo dela não a mantém segura.
— Você acha que eu não sei disso? — Creon rosnou de volta. — Zoran, Kelan e
Trelon trouxeram as mulheres contra sua vontade. Nossa companheira foi mortalmente
ferida e teria morrido em seu planeta. Mas isso não significa que ela não pudesse
pertencer a outro.
— Ela está aqui agora! Ela é nossa. Eu não devolverei. — Seu dragão disse com
determinação. — Eu quero minha companheira! Ela é minha. Você não a mandará embora.
— Não, eu não vou mandá-la embora. — Creon disse cansado, puxando seu dragão
o suficiente para que ele pudesse guia-lo até uma pequena saliência na encosta de uma
montanha. — Ela foi aceita por todos nós. Minha simbiose é muito protetora com ela,
para o vasto terreno. A escuridão não interferiu em sua visão. Ele via tão bem no escuro
quanto durante o dia. Uma leve brisa soprou sobre as árvores altas, a maioria das quais
tinha mais de mil anos. À distância, podia distinguir o brilho do luar refletindo na água
de um rio próximo. Ele estava acima da linha das árvores e pequenos tufos de neve ainda
pairavam na face da rocha em que ele pousou. O frio também não o incomodava. Seu
corpo era quente e em forma de dragão, suas escamas ajudavam a isolar seu corpo dos
elementos externos.
asas firmemente contra seus lados. Ele era um pouco menor do que seus irmãos em
forma de dragão, mas em alguns aspectos era mais letal por causa disso. Podia se mover
em áreas em que eles não podiam e suas escamas unicamente pretas refletiam o ambiente
redor. Combinava com sua alma agora. Por um breve vislumbre, pensou ter encontrado
o brilho de luz que o faria se sentir completo novamente. Era uma falsa esperança. Sua
verdadeira companheira amava outro. Ele nunca tinha ouvido falar de tal coisa antes.
Em toda a sua vida, em todos os arquivos que leu secretamente, nunca tinha ouvido falar
dos deuses e deusas presenteando um Valdier com uma verdadeira companheira que
Teria que olhar os arquivos novamente. Ele se recusava a acreditar que era possível.
Mesmo os deuses e deusas não poderiam desejar puni-lo por coisas nas quais ele não
tinha escolha. Seus pensamentos se tornaram mais sombrios quando se lembrou das
Grandes Guerras. Ele havia matado muitos durante as guerras. Em todos os três lados,
Sarafin, Curizan e Valdier. Ele tinha feito o que tinha que fazer para proteger seu povo.
Quando encontrou traidores dentro dos Valdier que estavam trabalhando com um
pequeno grupo da realeza Curizan e Sarafin a fim de derrubar todos os três governos de
seus respectivos sistemas estelares, ele, Ha'ven e Vox trabalharam juntos para erradicá-
los. Um dos traidores era sua amante, Aria. Ele pensava que a amava. Sabia que ela não
era sua verdadeira companheira. Sabia que teria sido uma vida difícil tentar equilibrar
as três partes de quem era para estar com ela, mas ele estava disposto a tentar.
Nunca se esqueceria de quando Vox o abordou com suas suspeitas. Ha'ven havia
sido ferido, quase morto, em uma tentativa de assassinato pouco antes de ser capturado
por um grupo desconhecido. Os únicos que sabiam onde e quando ele estaria eram
Creon, Vox e Ha'ven. Creon resgatou Ha'ven e arrastou sua bunda para fora das
Não foi até que Vox mencionou que deveria haver um vazamento em algum lugar
dentro de seus intergrupos que uma sensação de pavor o varreu. Vox soube pouco tempo
depois que um de seus guerreiros os traiu. Vox torturou o homem até que ele revelou
que havia dado a informação a uma mulher chamada Aria, que ele tinha tomado como
amante. Ela era uma das principais agentes do grupo por trás do início da guerra. Só ela
Creon não confrontou Aria com a informação a princípio, não querendo acreditar
que ela pudesse traí-lo daquele jeito. Em vez disso, ele e Vox montaram uma missão falsa
e prepararam uma armadilha. Apenas os dois e Aria tinham as informações. Ele contou
a Aria sobre seus planos de transportar um membro da realeza Curizan que haviam
teve a prova de que sua amante era quem estava dando as ordens. Ele se sentia como se
tivesse traído seu povo. Centenas, senão milhares de guerreiros Valdier, Curizan e
Sarafin morreram por causa da ganância de poder de alguns membros das casas reais.
Ele se apaixonou por um deles e, sem saber, deu-lhes informações privilegiadas. Creon
sentiu a morte de cada guerreiro que morreu durante a batalha como uma marca contra
sua alma.
Tinha sido uma noite clara quando Aria veio até ele pela última vez. Não tinha sido
muito diferente da noite que ele estava olhando. As luas haviam surgido várias horas
antes e ela estava deitada na cama envolta em nada além do luar. Ela estava linda. Seu
cabelo escuro espalhado ao redor dela e seus seios fartos eram firmes e convidativos.
Mas olhando para ela pelo que era naquela luz pálida, ele foi capaz de ver a frieza em
seus olhos e a torção cruel de sua boca enquanto ela falava de seu amor por ele. Ele a
matou lentamente, extraindo cada pedaço de informação dela antes de dar-lhe a paz da
morte. Seu dragão queimou seus restos mortais. Ele não deixaria nada dela para lembrá-
lo de sua traição. Na manhã seguinte, ele e Vox foram atrás de Ha'ven. Eles haviam
matado todos no asteroide. Demorou muito até que Creon pudesse começar a se perdoar
pelo que aconteceu com seu melhor amigo. Embora Creon nunca pudesse se perdoar
noite inteira sem ter pesadelos. Mesmo quando tomava analgésicos e antidepressivos,
ela ainda era atormentada por eles. Sua mão se estendeu para se firmar, apenas para
descobrir que não estava sozinha na cama. Uma versão menor de Harvey estava ao lado
dela.
— Oh, aquele traidor! É melhor ele planejar me levar para casa hoje! — Ela disse,
saindo da cama. — Eu preciso encontrar minha irmã e ter certeza de que ela e Trisha
bolas de algodão. Então, cafeína. Deus, espero que eles tenham café aqui. — Ela
murmurou enquanto abria vários painéis na parede procurando por qualquer coisa que
pudesse vestir.
Deu um suspiro de alívio quando encontrou várias camisas grandes. Elas iriam
engoli-la, mas ela não se importava. Enquanto estivesse coberta, isso era tudo que
importava. Enfiou a mão e tirou um par de calças de couro. Elas eram muito grandes,
tanto nos quadris quanto no comprimento. Teria que fazer um cinto e enrolá-las, mas
elas serviriam na falta de algo melhor. Sem calcinha, mas não era como se ela não tivesse
Carmen mordeu o lábio para parar seus pensamentos. Ela não iria lá esta manhã.
Estava se sentindo muito vulnerável sem trazer lembranças. Entrou na grande sala
localizada na parede oposta. Ela havia encontrado o banheiro depois de sua tentativa
que precisava limpar a bagunça que tinha feito. Isso ia contra tudo dentro dela e a
maneira como ela foi criada para deixar a bagunça. Sua mãe teria revirado em seu túmulo
se visse Carmen quebrando pratos do jeito que ela fez em seu acesso de raiva por estar
Carmen entrou no banheiro admirando as belas cores da pedra. Uma enorme piscina
que a lembrava de alguns dos antigos banhos romanos ficava no centro da sala. Havia
um banheiro, o que parecia ser uma pia longa e rasa, e uma área de banho grande o
suficiente para caber um carro compacto. Na parte de trás do chuveiro havia um jardim.
Na verdade, consistia apenas nas duas paredes finais e no teto. Os dois lados compridos
eram abertos. Por que alguém precisaria de áreas tão grandes para tomar banho estava
além de Carmen. Ela estava feliz com seu pequeno chuveiro. Era muito mais fácil de
limpar.
Colocou as roupas que juntou sobre uma mesinha e começou a se despir. Ela não se
olhou no espelho que cobria uma parede inteira. Sabia o que veria. Estava perdendo peso
novamente. Era difícil se forçar a comer. Ela simplesmente não tinha mais apetite.
Bem, ela pensou com um sorriso torto, eu tenho, mas não por comida.
O sorriso desapareceu quando uma nova imagem surgiu em sua mente e não era
Javier Cuello. A imagem era do homem alto e moreno que lutou com ela e a trancou
nestes quartos sem dizer uma palavra. Claro, ela não deu a ele muita chance.
Seu rosto queimou de vergonha quando ela se lembrou de algumas coisas que havia
dito, sem mencionar sua linguagem. Ela estava em uma forma rara ontem. Entre o medo,
a raiva e a sensação de que sua vida estava fora de controle, ela deixou tudo sair em um
grande acesso de raiva que teria deixado qualquer criança de dois anos orgulhosa, sem
a linguagem inventiva.
Carmen deixou suas roupas caírem em uma pilha bem organizada no chão. Ela as
lavaria e penduraria para secar quando terminasse. Entrou na enorme área do chuveiro
e girou em um círculo. Não havia portas para isso. Não havia nem cortina de chuveiro.
Ela olhou para o teto que devia ter pelo menos 3 metros e meio de altura. Ela podia ver
uma série de buracos por onde a água poderia sair. Estava prestes a desistir e
simplesmente pular na banheira romana quando uma névoa suave e quente começou a
ficar um pouco mais pesada. Uma risadinha assustada escapou dela enquanto a envolvia
em uma chuva leve. Fechou os olhos e apreciou o jato quente que caiu sobre ela.
***
Creon ainda estava cansado. Ele não tinha dormido muito na noite anterior. Sua
mente e seu dragão se recusaram a acreditar que sua companheira pudesse pertencer a
outra pessoa. Ele estava determinado a confrontá-la. Ele a deixaria saber que ela teria
que aceitar que nunca voltaria para o homem de seu velho mundo. Seu lugar era agora
em Valdier ao seu lado. Uma vez que a transformação fosse concluída, ela não teria
escolha. Seu corpo seria muito diferente para ela ser capaz de retornar com segurança a
seu mundo.
— Como você acha que eu ainda não pensei nisso? — Creon mordeu
sarcasticamente antes de soltar um suspiro quente. — Sinto Muito. Não devo descontar
Creon lutou contra o desejo de revirar os olhos. Seu dragão tinha uma mente única
agora. Ele queria acasalar e não iria parar até que o fizesse.
— Como se você não quisesse foder sua companheira também. — Seu dragão sorriu.
Essa era a outra desvantagem de ter três partes de si mesmo, os outros dois sabiam
dentro de seu dragão. Sim, ele a queria. Ele a queria desesperadamente. Seu corpo
clamava por tomá-la forte e rápido no início, então longo e lento. Queria colocar sua
marca nela para que todos vissem. Ele se lembrou das palavras de Kelan sobre como
metade dos homens a bordo do V’ager estavam apaixonados por ela. Podia entender por
quê. Ela era uma lutadora feroz e forte. Embora fisicamente parecesse delicada e frágil,
ela tinha uma força que a fazia parecer tão forte quanto qualquer guerreiro Valdier.
Creon varreu as paredes do palácio. Ele esticou as asas o máximo que pôde e
deslizou, fazendo um ligeiro arco até ficar alinhado com a varanda que levava ao seu
quarto. A mesma sacada da qual ele havia se jogado na noite anterior. Pousou levemente
ele desceu e passou rapidamente pelas portas. Seus olhos varreram para frente e para
trás observando os lençóis desgrenhados. Uma versão menor de sua simbiose dormia no
meio da cama. Ele ergueu a cabeça, enviando imagens de Carmen para ele. Um sorriso
malicioso curvou seus lábios quando ouviu o som de água caindo. Talvez fosse hora de
Creon rapidamente tirou suas roupas e entrou no banheiro. Ele parou por tempo
suficiente para apreciar a beleza de sua companheira. Seus olhos percorreram sua forma
ágil. Ela estava virada de lado com a cabeça inclinada para trás e os olhos fechados, um
pequeno sorriso curvava seus lábios. Ele ignorou o fato de que o sorriso provavelmente
desapareceria, mas seu desejo por ela só cresceu enquanto seus olhos percorriam seu
corpo esguio. Seus próprios lábios se curvaram quando ele notou o formato de suas
costelas delineadas sob sua pele. Ele cuidaria disso em breve. Ele se certificaria de que
ela tivesse o suficiente para comer. Seu cabelo curto estava penteado para trás por causa
da água. Gostava de como ele se enrolava nas pontas. Ela se virou, deixando cair a cabeça
para frente. Ele avançou com curiosidade quando viu que ela tinha algo sobre um ombro.
Ele entrou no chuveiro com ela e estendeu a mão para tocar as asas delicadas da
criatura voadora pintada em um ombro. Ele tinha certeza de que ela explodiria em
violência com seu toque. Em vez disso, ela congelou como se apenas o toque dos dedos
Carmen manteve a cabeça baixa e se virou ligeiramente. Ela estava perdida na magia
do chuveiro e não percebeu que não estava mais sozinha. Um arrepio percorreu seu
corpo no momento em que o homem atrás dela a tocou. Uma parte dela queria se cobrir
e outra parte estava curiosa sobre o que aconteceria. Seu corpo pareceu ganhar vida de
repente. Fazia tanto tempo que ela não se sentia viva que queria sentir isso por apenas
Creon traçou as bordas da bela criatura pintada em sua pele. Ele tinha visto outras
pessoas com essas imagens, mas nunca uma tão bonita como esta. As linhas intrincadas
iam do topo de seu ombro até o quadril. A criatura tinha uma cabeça delicadamente
curva com pequenas penas subindo para cima. Isso o lembrou da mulher em pé na frente
dele. Havia uma expressão de tristeza em seus olhos, como se tivesse passado por muita
dor e sofrimento. A parte de trás dela curvava-se para baixo em uma linha suave até que
alcançava as penas da cauda que eram longas e fluidas, alcançando para tocar a leve
curva de sua bunda e envolvendo seu quadril. Foi pintado em tons gloriosos de
vermelho, rosa e roxo suave. O artista dedicou tempo para tornar cada pena individual
única. Foi claramente um trabalho de amor para o artista. Era como se a criatura nas
costas de sua companheira tivesse capturado uma parte de sua essência para sempre.
— É lindo, como você. O que há de tão especial sobre esta criatura? — Ele perguntou
maravilhado.
cabeça para olhar para frente. — Ela vive eternamente, passando por um ciclo sem fim
Ele se inclinou para frente para que pudesse ouvir suas palavras suavemente faladas
e deslizou os braços em volta da cintura dela. Inclinou o rosto apenas o suficiente para
que pudesse sentir o calor dela contra seus lábios. Ouviu a dor em sua voz. Esta criatura
Carmen se virou em seus braços e ergueu o rosto para ele. A água do chuveiro
grudou em seus longos cílios como lágrimas. Ela olhou profundamente em seus olhos
olhos escureceram de tristeza. — Das cinzas da velha fênix, uma nova nasce para viver
outra vida.
— Eu sinto tanta dor dentro de você. Isso me rasga. Deixe-me ajudá-la. Deixe-me
tirar a sua dor. — Disse ele roucamente. — Deixe-me assumir isso por você para que
desejo de deixar outra pessoa tirar seu fardo dela. Ela tinha feito uma promessa que
nunca esqueceria. Sua mão desceu para sua barriga lisa. Ela cerrou o punho contra ela.
Havia ressuscitado três vezes das cinzas. Era hora de retornar à Terra e construir seu
ninho final. Somente quando ela terminasse, não renasceria, mas buscaria a paz eterna.
envolvendo-a ao redor dela. Enfiou as pontas entre os seios para segurá-la antes de pegar
as roupas que havia trazido para o banheiro com ela. Precisava sair daqui. Precisava ir
para casa. Tinha coisas para fazer, pessoas para ver, alguém para matar. Tinha que
Sem se virar, ela falou alto o suficiente para que ele a ouvisse.
— Eu tenho que falar com minha irmã, Trisha e Cara. Precisamos voltar para a Terra.
mudou quando ele viu a imagem nas costas dela. Ele precisava saber o que a estava
machucando. Sua simbiose a examinou minuciosamente enquanto ela dormia. Ela havia
enviado a informação assim que ele voltou. Ela tinha várias cicatrizes antigas que sua
simbiose curou. Ele estava preocupado com o quão perto muitas delas haviam chegado
No momento em que ele entrou em seu quarto, Carmen estava vestida com uma de
suas camisas e um par de calças. A camisa dele ia quase até os joelhos e ela estava
ocupada enrolando as pernas das calças para cima. Ele não resistiu à risada que escapou
dele.
— Você parece uma criança brincando de se vestir com minhas roupas. — Observou.
— Eu não tenho nenhuma outra roupa, exceto a que eu estava vestindo e elas estão
sujas. Vou lavá-las e devolver as suas assim que puder coloca-las de volta. Estou
supondo pelo seu comentário que este é o seu apartamento. Como espero sair daqui mais
tarde hoje, não vou pedir meu próprio lugar para ficar. Quero ver minha irmã e amigos,
depois quero transporte de volta para casa. Preciso voltar o mais rápido possível.
Carmen lançou um rápido olhar para ele antes de virar a cabeça novamente. Ela
realmente gostaria que ele colocasse algumas roupas. A toalha que tinha enrolado em
torno dele não cobria o suficiente para deixá-la confortável. Inferno, nada sobre ele,
vestido ou não, a deixava confortável. Seu corpo estava hipersensível no que dizia
respeito a ele. Ela nunca tinha estado com ninguém além de Scott. Ele era o único homem
que a tinha visto sem roupas, exceto pelos médicos que a operaram. Até mesmo sua
ginecologista era mulher. Uma onda de culpa a inundou quando percebeu que podia
pensar em Scott e não parecia doer tanto quanto antes. Ela apertou a mandíbula. Não
permitiria que seus sentimentos confusos pelo homem que estava diante dela a
você para ele. Você é minha agora. Você não pode voltar para ele.
Carmen empalideceu.
— Eu não sou sua. Nunca poderei ser sua. Vou voltar para o meu planeta. Com ou
O ciúme pesou profundamente em Creon. Ele não permitiria que sua companheira
tivesse a impressão de que ela voltaria para o homem que ela deixou para trás. Sua vida
estava com ele em Valdier agora. Podia demorar, mas ela iria aceitar. Nenhum deles
olhos. Agarrando seus braços com força, ele a puxou contra si e pressionou seus lábios
Carmen explodiu contra ele, lutando como ele esperava antes. Ele não cometeu os
mesmos erros que cometeu na sala de transporte. Segurou-a contra seu corpo, não dando
a ela a oportunidade de usar as pernas contra ele. Suas mãos mantiveram os braços dela
firmemente pressionados contra o seu lado. Sua boca a impedia de usar a cabeça.
Infelizmente, sua boca ainda era uma arma letal, ele pensou ao sentir a picada aguda
— Você é minha, mi elila. Não podemos sobreviver sem você. Quanto mais cedo
Carmen se recusou a olhar para ele. Ela manteve os olhos grudados em seu peito
largo. Tudo dentro dela queria ceder, mas suas palavras doeram. Ela mordeu o lábio
Carmen ergueu os olhos quando o som de angústia rompeu sua própria dor.
de que ela precisava voltar para matar alguém o pegou de surpresa. Ela continuava a
confundi-lo. Cada vez que ele pensava que estava começando a entendê-la, ela dizia ou
fazia algo totalmente diferente do que ele esperava. Estava tão confuso que fez a única
coisa que podia para ajudá-lo a entender a situação... procurou sua mãe para pedir
outras quando sabia que estava totalmente fora de si. No caso de entender o que fazer
com essa mulher, ele decidiu que seu melhor curso de ação era buscar a ajuda de outra
mulher. Era por isso que estava agora de pé nos aposentos de sua mãe, em vez de sair
Ele se virou para olhar para sua mãe. Ela ainda era muito bonita. Seu cabelo ainda
era tão preto quanto o céu da meia-noite quando as luas não surgiam. Seus olhos
brilhavam com um ouro suave e quente. Sua pele tinha algumas novas rugas ao redor
dos olhos e boca, a maioria delas aparecendo após a morte de seu pai. Ela se movia com
a graça natural de uma princesa Valdier. Quando seu pai morreu durante um acidente
enquanto caçava, ele temeu que ela o seguisse logo depois. Por vários meses, sua dor foi
tão tangível que ele sentiu que poderia estender a mão e tocá-la. Passaram-se vários anos
desde a morte de seu pai e às vezes ele ainda sentia a profunda dor dentro dela. Ela sentia
falta de seu companheiro. Ele sabia que seu pai não era seu verdadeiro companheiro.
Eles se casaram para criar um relacionamento mais forte entre dois clãs poderosos,
tornando-os um só. Seus pais vieram das Casas da Realeza. Dizia-se que sua mãe era
uma sacerdotisa dos deuses e deusas cujo sangue vital corria em suas veias e cujo sangue
dava vida a suas simbioses. Sua mãe sabia coisas que outras pessoas não percebiam. Ela
podia se comunicar com todas as simbioses e seu amor pelas plantas que viviam em seu
planeta era evidente. Se ele não soubesse melhor, juraria que ela poderia falar com elas e
vice-versa.
— Claro. — Disse ela, colocando uma mão reconfortante em seu braço. — É sobre
Carmen?
Ele acenou com a cabeça, sem saber por onde começar. Moveu-se para se sentar em
uma das cadeiras de veludo perto da janela. Decidiu contar a ela tudo o que havia
acontecido até agora. Talvez ela pudesse ver o que ele não podia.
— Ela está sofrendo e se recusa a permitir que eu a ajude. — Disse ele enquanto
terminava de contar tudo a ela, incluindo sobre a imagem nas costas de sua companheira
Morian olhou para o rosto tenso de seu filho. Era óbvio que a dor da jovem estava
irradiando para fora até afetar Creon e seu dragão. Talvez fosse hora de ela mesma visitar
a jovem.
— Talvez ela precise de outra mulher para conversar. — Morian sugeriu. — Eu irei
vê-la. Há um jantar planejado para esta noite. Pedi à costureira que fizesse algumas
roupas para cada uma das mulheres com base nas informações que Zoran me enviou.
— Eu adoraria isso. Ela não está falando comigo novamente. Uma vez que recusei
seu pedido para ver sua irmã e amigos e levá-la para casa, ela me deu as costas e se
recusou a dizer outra palavra. Isso me preocupa mais do que qualquer outra coisa. —
Morian abriu a boca para responder quando uma batida rápida em suas portas
externas a deteve. Ela não esperava mais ninguém. Levantando-se, ela se assustou
Morian correu para a porta e a abriu. Um guarda estava do lado de fora parecendo
muito sério. Ele se curvou respeitosamente para Morian, mas seus olhos estavam
— O que houve?
— É a fêmea humana. — O guarda disse severamente. — Ela escapou de seus
aposentos derrubando seu guarda. Nós a recapturamos, mas ela está lutando contra nós.
— Oh, querido. — Morian disse, sua mão indo para sua garganta. Ela se virou para
***
último cara. Esses caras eram mais difíceis de pegar de surpresa. Ela estava começando
a suspeitar que os guerreiros a bordo do V’ager estavam brincando com ela. Não ficaria
surpresa se eles tivessem vindo comprar uma briga com ela apenas para aliviar o tédio
de ficar confinado em uma nave de guerra por longos períodos de tempo ou se ela fosse
uma novidade para eles porque esses caras eram totalmente sérios.
Ela escapou batendo um vaso na cabeça de seu guarda. Foi preciso um pouco de
atuação da parte dela apenas para o cara abrir a porta para ver como ela estava. O grito
alto e o estrondo finalmente conseguiram. Ela mandou Harvey buscar flores e inventou
uma história sobre como adoraria ter flores para decorar o apartamento. Depois de
algumas fungadas e alguns movimentos de seus cílios, Harvey relutantemente cedeu.
Ela percebeu que tinha uma chance de escapar com Harvey e o alto, moreno e confuso
Agora, estava cercada por sete... não oito... homens muito altos, de aparência muito
séria. Ela também estava ferida. Seu tornozelo estava latejando o suficiente para que ela
soubesse que estava pelo menos torcido. Dores quentes e agudas irradiaram por sua
perna no momento em que ela a pressionou. Seu braço esquerdo também latejava. Um
dos homens bateu nele quando ela se virou para acertá-lo quando ele a agarrou. O
desespero a invadiu. Ela não foi capaz de encontrar sua irmã, Trisha ou Cara. Ela não
tinha como sair deste planeta. Não tinha mais nada pelo que viver. A única coisa que a
manteve viva nos últimos três anos foi uma necessidade obstinada de vingança. Agora,
A depressão a atingiu com força. Tão duro, senão mais duro do que no primeiro ano
após a morte de Scott e ela perder seu filho. Ela se sentia totalmente inútil. Girou em um
círculo, favorecendo o pé machucado. Sua mão direita foi instintivamente para a faca
que carregava. Ela se sentia tão presa agora quanto naquela noite na pista. Sua mente
estava começando a se fragmentar enquanto ela lutava contra o pânico de estar presa e
indefesa novamente.
homens a pular para trás. Um olhar selvagem surgiu em seus olhos quando ela percebeu
que não haveria como escapar, pelo menos não viva. Um soluço baixo escapou dela
enquanto a depressão contra qual ela vinha lutando a oprimiu com um sentimento de
total desesperança. Tentou se concentrar nas técnicas de mediação que Connie lhe
mostrou, mas ela estava além disso. Tentou acreditar que poderia voltar para casa, mas
Harvey apareceu fora do pequeno círculo. Ele empurrou dois dos guardas,
ignorando suas ordens para ficar para trás. A simbiose lentamente se aproximou de
Carmen, como se reconhecesse que ela estava se segurando em sua sanidade por um fio.
— Vá, Harvey. — Carmen comandou na mesma voz baixa. — Vá. Eu não quero você
observou cuidadosamente, como se sentisse que ela estava assustada e lutando pelo
controle. Um som de zumbido baixo escapou dele enquanto cintilava em vários tons de
cores diferentes.
guarda para outro. — Tudo que eu queria era encontrar minha irmã e amigas e ir para
casa. — Disse ela com voz rouca para a figura dourada que a observava tão atentamente.
Os olhos de Carmen voaram para a nova figura que se movia em sua direção. Era
seu guerreiro de cabelos escuros. A raiva explodiu nela. Era sua culpa ela estar nessa
bagunça. Ele deveria apenas tê-la mandado de volta para casa. Isso os teria poupado de
— Eu disse que não posso fazer isso. — Ele respondeu calmamente enquanto fazia
Carmen deu um salto para o lado quando viu os guardas atrás dela se afastando.
Tropeçou um pouco quando a dor atingiu seu pé. Reprimiu um grito quando as agulhas
Creon deu um passo em sua direção, mas parou quando ela apontou a faca para ele.
— Deixe-me ajudá-la. — Disse ele calmamente. — Você está ferida. Deixe-me cuidar
de você.
— Eu disse que não posso deixar você voltar. — Ele disse suavemente dando outro
— Então não há mais nada para mim. — Ela sussurrou olhando para ele com olhos
cheios de dor. — Eu não tenho razão para continuar lutando. Não há razão para
suavemente. Havia uma convicção nisso, uma aceitação. Ele precisava de mais tempo
para entender como poderia ajudá-la. Ele podia sentir que a estava perdendo.
— Scott não gostaria que você acabasse com sua vida. — Morian disse baixinho
enquanto ela se movia para ficar ao lado de Creon. — Ele não gostaria que você desistisse
Carmen balançou perigosamente ao ouvir o nome de Scott, seus olhos refletindo sua
dor e tristeza.
— Você não sabe como é a dor dia após dia. Isso está me destruindo. Eu sinto tanto
a falta dele. — Ela engasgou com a voz cheia de lágrimas. — É minha culpa que ele esteja
morto. Se eu tivesse ficado em casa, ele ainda estaria vivo. Nosso... nosso bebê teria
sobrevivido. — Sussurrou Carmen enquanto uma única lágrima se soltou e rolou por
sua bochecha.
— Matar o homem que tirou isso de você trará algum deles de volta? — Morian
perguntou enquanto dava um passo para mais perto de Carmen. — Scott gostaria que
você fosse atrás do homem sabendo como isso seria perigoso para você? Você acha que
— Não, isso não os trará de volta. — Ela engasgou. — Mas eu fiz uma promessa a
Scott, ao nosso bebê e a mim mesma de que mataria o homem responsável. — Ela falou
Carmen.
Carmen olhou nos olhos dourados quentes da mulher à sua frente e acenou com a
cabeça.
— Para você, mas não para mim ou para o resto da família de Creon. Pois se você
morrer, meu filho também morre. Estou pedindo que você dê uma chance a esta vida. —
Morian respondeu calmamente. — A dor pode diminuir se você der uma chance. A vida
pode começar de novo. Assim como com sua fênix. Você ressuscitou das cinzas, Carmen.
atrás da mulher.
— Como minha morte pode prejudicar seu filho... Creon? — Ela perguntou,
seu dragão e a vida de sua simbiose estão em suas mãos. Você tem o poder de decidir se
parado rigidamente atrás dela, esperando para ver o que ela decidiria. — Eu não
Carmen olhou para a mão que foi estendida para ela. Olhando para cima, ela olhou
para os olhos pacientes esperando por ela fazer sua escolha. Seus olhos passaram pela
mulher para fitar os olhos escuros e dourados do homem. Algum instinto disse a ela para
Creon, ela pensou consigo mesma. Agora ela sabia o nome dele.
na mão estendida da mulher. Dedos fortes e finos se enrolaram nos dela e os apertaram
— Eles estavam seguindo suas ordens, então se alguém precisa ser disciplinado, é
você! — Ela retrucou. — Eles estavam apenas fazendo o que lhes foi dito.
— Eu acho que você encontrou seu par, meu filho. Ela é tão protetora dos guerreiros
quanto você.
Creon gemeu.
— Eu não acho que dizer aos homens para me manter prisioneira, e depois
— Eu pensei que estávamos além disso. Quantas vezes eu tenho que dizer que nunca
vou deixar você ir? — Ele retrucou, cansado de ela não o ouvir.
— Bem, para sua informação, ouvir vai nos dois sentidos! — Carmen respondeu
com a mesma veemência. — Você não está ouvindo o que estou dizendo, então por que
eu deveria ouvi-lo?
soltou.
— Confusa? Eu? — Carmen olhou para ele com surpresa. — Você me colocou em
seu apartamento, entrou no chuveiro comigo quando eu estava nua e me disse que eu
pertenço a você como se fosse um grande privilégio. Eu nem sabia seu nome até dois
minutos atrás! Não sou eu que sou confusa. Eu disse exatamente o que queria!
Uma risada assustou os dois de volta à percepção de que não estavam sozinhos.
— Creon, por que não a curamos, tomamos alguns refrescos, explicamos onde ela
está, por que você a está reivindicando e o que isso significa para vocês dois? — Disse
Morian exasperada. — Estou começando a entender por que ela está tão confusa.
Creon grunhiu em resposta à observação alegre de sua mãe. Ele subiu os degraus
de pedra branca que levavam de volta aos seus aposentos. Harvey trotou ao seu lado,
esperando ter uma chance de curar sua companheira. Creon meio que se perguntou se
sua simbiose poderia curar sua pequena demônia de cabelos brancos se ele a
— Você disse isso em voz alta. — Carmen murmurou baixinho enquanto soltava o
cabelo dele. — Você não tem permissão para me estrangular se estiver me protegendo.
sala de estar.
Já fazia mais de uma semana desde que ela chegou ao planeta e estava se sentindo
tão confusa agora quanto quando chegou. E tão frustrada. Depois de sua captura no pátio
do palácio, Creon a carregou de volta para seus aposentos. Sua mãe, Morian,
pacientemente preparou algo para todos comerem enquanto Creon fazia Harvey curar
sua perna e braço. Carmen ficou cética no início, mas em poucos minutos toda a dor
passou.
Posteriormente, Morian e Creon deram a ela uma breve história de seu mundo e
suas crenças, ou seja, as crenças sobre companheiros verdadeiros. Carmen tinha ouvido,
mas era impossível para ela acreditar que sua partida poderia prejudicar, muito menos
matar Creon. De certa forma, poderia entender se fosse como se ela e Scott se
conhecessem por toda a vida e estivessem juntos o tempo todo, mas à primeira vista? Foi
Ela tinha chegado aos corredores uma tarde, mas ele a encurralou em uma das salas
dos fundos quando ela pegou o caminho errado. Ela acabou em uma sala sem outra saída
além da porta pela qual entrou. Seu rosto queimou ao se lembrar do beijo escaldante que
ele lhe dera. Ela se sentiu verdadeiramente encurralada naquele dia quando ele a
prendeu contra a parede e a beijou tão apaixonadamente que ela estava ofegante depois.
Ele puxou a bunda dela de volta para seus aposentos dizendo que não havia nenhum
lugar onde ela pudesse ir que ele não a encontrasse. Ela estava mais determinada do que
atividade lá embaixo.
— Acho que eles estavam apenas inventando, então eu não tentaria escapar.
Isso não a impediu. Ela tentou escapar várias vezes na semana passada. Agora, o
miniatura. Ela estava ficando sem meios para tentar enganá-los. Uma das vezes que
tentou escapar, convenceu dois dos guardas de que precisava de ajuda com um vaso
Chegou ao final do corredor antes que Harvey a pegasse e a arrastasse de volta. No dia
Depois disso, tentou fugir vestida como uma das criadas que vieram fazer a limpeza.
Ela amarrou a pobre garota e a colocou no quarto dos fundos. Desceu até a metade da
escada antes que o alarme soasse mais uma vez, graças a Harvey! A simbiose dourada
estava começando a lhe dar nos nervos. Creon explodiu de raiva quando a viu correndo
determinada para os portões do palácio. Ele a pegou e puxou sua bunda de volta para
cima. Ela acabou com oito guardas naquela noite. Eles foram instruídos a identificar cada
— Ele ainda está chateado por eu não estar falando com ele.
Uma imagem da cama enorme no quarto de Creon passou por sua mente. Carmen
fez uma careta para as pulseiras de ouro em seus pulsos. Harvey se recusou a removê-
las após o incidente no pátio do palácio. Ela havia tentado arrancá-las, mas nada que
— E porque me recuso a dormir com ele! — Ela adicionou. — Se o que eles dizem é
verdade, dormir com ele e deixá-lo me reivindicar completamente seria ainda pior.
Talvez se ele não me reivindicar como dizem e eu sair, ele ficará bem. Ele será capaz de
encontrar outra garota para acasalar. — Ela argumentou, ignorando a pontada de ciúme
difíceis de ignorar. Felizmente para ela, até agora Creon tinha sido o cavalheiro perfeito.
Ele não tentou empurrar toda a sua coisa de sobre ela. Ele se certificou de que ela tivesse
comida, que ela beliscava enquanto ele resmungava. Ele apenas soltou alguns bufos e
grunhidos quando ela levou as roupas que Morian lhe entregou para um quarto de
hóspedes menor, em vez de seu quarto. Ele até cedeu um tanto graciosamente sobre ela
se recusar a comparecer ao jantar. Ela percebeu que tinha algo a ver com as palavras
murmuradas. — Pelo menos não terei que matar outro guerreiro se ele tentar reivindica-
Então, dois dias atrás, ele desapareceu e ela não o tinha visto desde então. Ela sabia
que algo estava acontecendo. A atividade no pátio havia aumentado quase tão
ficado tão chateada ontem que tentou apenas passar por eles. Eles estavam aprendendo
que seria mais fácil pegá-la se trabalhassem em equipe. Ela também suspeitou que Creon
prometeu esfolar qualquer um deles vivo se ela se machucasse novamente, porque eram
muito cuidadosos sempre que brigavam com ela para se certificar de que o faziam com
Ela tinha sido mantida virtualmente uma prisioneira aqui. Morian viera visitá-la no
dia seguinte ao incidente no pátio. Creon saiu para uma reunião pouco depois. Ela tentou
fazer perguntas sobre Scott, mas Carmen se recusou a dizer qualquer outra coisa. Temia
que quanto mais eles soubessem, mais tentariam usar a informação para fazê-la mudar
de ideia.
Morian tinha compartilhado calmamente o quão difícil foi no começo quando seu
companheiro morreu repentinamente. Ela falou sobre a dor, tristeza e solidão que ainda
a afetava às vezes. Quando Carmen apontou que ela ainda estava viva, Morian explicou
que embora ela tivesse amado seu companheiro profundamente, ele não tinha sido seu
verdadeiro companheiro.
— Enquanto Zlatan me amava como eu o amava, seu dragão e sua simbiose nunca
simbiose, já que eu era uma sacerdotisa. Mas não era a mesma coisa que se eu fosse sua
verdadeira companheira. Seu dragão cuidou de mim, mas não havia o fogo para mim
enquanto tomava um gole de chá. — O homem Zlatan era muito apaixonado e atencioso.
usava para a menina assustada por baixo. Carmen estava com medo de se permitir amar
novamente. Ela estava com medo de se abrir para o amor. Seu filho teria que lutar para
superar as paredes que esta jovem e frágil terráquea havia construído ao redor de seu
coração. Mesmo que ela agisse muito duramente, por baixo estava equilibrada em um
— Uma verdadeira companheira é um presente muito raro e especial com que todos
guerreiro. O homem, seu dragão e sua simbiose. Todos os três formam o guerreiro e lhe
dão sua força. Mas, é uma existência solitária. No fundo existe uma fome que só uma
guerreiro, crescendo com o tempo. Ele pode gostar de sexo com uma mulher, mas isso
nunca sacia sua fome. Seu dragão se tornará mais difícil de lidar à medida que ele
envelhece, querendo uma companheira para si. Isso só pode acontecer com a mulher
certa. Só então o fogo do dragão queimará. Torna-se mais difícil para o macho controlar
quando ele descobre sua verdadeira companheira. O fogo vai queimar mais e mais
— E se ela não quiser ser tomada? — Carmen perguntou em voz baixa, olhando para
as mãos postas em vez de para Morian. — E se ela não quiser ser reivindicada?
— Ela não tem escolha, minha filha. — Morian respondeu gentilmente. — Uma vez
próprio dragão para a superfície em resposta ao chamado de seu companheiro. Ela não
será capaz de negar nem o homem nem o dragão. Uma vez que for reivindicada, nunca
Carmen ficou sentada no sofá por horas depois de pensar. Ela precisava fugir antes
que Creon a mordesse. Era por isso que ela havia tentado escapar a semana toda.
Precisava colocar a maior distância possível entre eles antes que fosse tarde demais.
Não esperava ninguém. Morian normalmente batia uma vez e entrava. Quem quer que
Carmen agarrou a pequena estátua que estava usando como arma para intimidar os
quando ela olhou para a visitante rapidamente. Olhou para os guardas que a observavam
com cautela. Estendendo a mão, ela agarrou o braço de sua irmã mais velha e puxou-a
Carmen revirou os olhos com o exagero antes de voltar para a sala de estar.
— Você não está exagerando um pouco? E não, eu não matei ninguém... ainda. —
Ela acrescentou baixinho. — Onde diabos você esteve? Você sabe o que está
acontecendo?
— Sim, Morian me disse. Parece que merda acontece até em mundos alienígenas. —
Disse Carmen, indo até um carrinho e servindo uma bebida. Ela se aproximou e entregou
a Ariel. — Eu pensei que você tinha sumido da face do planeta. Ninguém me disse onde
— Mandra, hein? Qual é ele? — Carmen perguntou com uma sobrancelha levantada.
Enrubescendo, Ariel olhou para sua bebida por um momento antes de levantar os
— Parece que ele fez mais do que tentar. — Carmen respondeu secamente, olhando
— Sim, ele fez. — Ariel respondeu mordendo o lábio. — Gosto muito dele, Carmen.
Eu... eu o amo.
Carmen olhou para sua irmã mais velha com olhos tristes. Não havia muito que
pudesse dizer. Ela notou a marca no pescoço de Ariel quando a puxou pela porta e
reconheceu aquele brilho em seus olhos. Ela tinha aquele mesmo brilho há muito tempo,
quando Scott estava vivo. Estava feliz por Ariel. Seria mais fácil deixá-la sabendo que ela
seria cuidada e não estaria sozinha. Tudo ficaria bem. Ela sabia em seu coração agora
que poderia deixar sua irmã mais velha sem se sentir culpada.
— Estou feliz por você, mana. Se alguém merece felicidade, é você. — Carmen disse
calmamente.
— Você ainda vai tentar voltar para casa, não é? — Ela perguntou resignada.
— Então eu vou com você. — Disse Ariel, abaixando-se para colocar sua bebida na
— Não, Ariel. Você tem uma vida aqui agora. Esta não é sua batalha, é minha.
Existem algumas coisas que tenho que fazer sozinha. Esta é uma delas. Eu quero...
preciso saber que você está segura e feliz. — Disse Carmen, esperando que Ariel
entendesse e concordasse. — Por favor, preciso saber que você está segura e feliz.
— Nós prometemos que sempre estaríamos lá uma para a outra, não importa o que
aconteça. Eu vou com você, então cale a boca e aceite isso. — Ela murmurou.
— Não tenho certeza. Eu tentei sair pela janela e quase me matei. — Ariel disse com
um sorriso torto. — Senhorita Graça, não sou eu. A saliência era estreita demais para me
— Não, mas tenho cortinas. Podemos amarrá-las como costumávamos fazer quando
— O que então?
— Tenho visto transportes decolando não muito longe da cidade. Nós vamos até lá
e roubamos um deles. Você disse que achava que poderia pilotar um, não é? Então, nós
o programamos para nos levar para casa. — Disse Carmen se ajoelhando na frente de
— Você pode. — Carmen disse seriamente. — Eu sei que você pode, Ariel. Eu tenho
— Antes do que?
— Antes que ele me reivindique. — Disse Carmen, com um olhar de súplica pela
compreensão da irmã. — Se ele me morder, com certeza vai matá-lo quando eu for
embora. Eu não quero machucá-lo. Preciso partir antes que ele faça isso.
— Seria uma coisa tão ruim, Carmen? Você tem a chance de deixar o passado para
trás, de recomeçar. Você não pode dar uma chance? Scott... — Sua voz sumiu quando
Ariel se levantou e agarrou o braço de sua irmã mais nova, virando-a para que fosse
— Não, não vou esquecer. Eu vou te ajudar, mas você tem que me ouvir primeiro!
— Ela disse com força. — Scott nunca iria querer que você fizesse isso. Ele gostaria que
você seguisse em frente! Ele não esperaria que você assumisse uma missão suicida para
vingá-lo. Por que você não pode deixar ir? Por que você não pode seguir em frente com
— Porque o bastardo que assassinou Scott também matou nosso bebê. Perdi mais
do que você pode imaginar naquela noite. Não vou pedir que você desista do homem
que ama, Ariel. Eu sei o que é ser amada e amar outra pessoa com cada fibra do seu ser.
O que espera que eu faça? Esqueça-os? Agir como se eles nunca tivessem existido? Eu
não quero nunca mais me apaixonar. Não vou correr o risco de me abrir assim de novo.
O rosto de Ariel suavizou quando ela viu o medo nos olhos de Carmen.
Carmen tentou se afastar do olhar conhecedor de Ariel, mas sua irmã se recusou a
deixá-la ir.
— Ele me deixa confusa. — Sussurrou Carmen finalmente. — Quando olho para ele,
sinto coisas que nunca pensei que sentiria novamente. Tento irritá-lo, mas ele apenas me
olha como se pudesse ver dentro de mim. — Carmen olhou para Ariel com uma
expressão confusa. — Estou com medo, Ariel. Eu sabia o que fazer na Terra. Não sei o
— Você acha que fugir vai resolver os sentimentos que você está tendo? — Ariel
menos tentar.
E, quando os caras descobrirem, eles vão ficar mais do que um pouco chateados conosco.
— Sim, mas pense na diversão que teremos antes que isso aconteça.
— Pelo menos não são os dentes. — Disse Carmen suavemente, virando-se para o
— Eu não contaria com isso. — Ariel murmurou com uma explosão de esperança.
Um enorme sorriso iluminou seu rosto. Sua irmã estava fazendo um último esforço
para escapar, a fim de absolver a culpa que sentia por não ser capaz de cumprir a
promessa que havia feito a si mesma. Mas, no fundo, Ariel podia ver a esperança nos
dois dias com seus irmãos, Ha'ven e um pequeno grupo de guerreiros nas regiões
havia levado Abby apenas para descobrir que ela escapou dele ao se transformar. Zoran
Ha'ven havia dado a ele a confirmação final que ele precisava de que o irmão mais
velho de seu pai, Raffvin, ainda estava vivo e era responsável pelo assassinato de seu
pai. Ha'ven também relatou que seu irmão, Adalard, quase foi morto em uma tentativa
— Estou pronto para matar o bastardo por quase matar meu irmão, mas tenho que
reconhecer que ele foi capaz de sequestrar Vox. — Disse Ha'ven com um sorriso. — É
— Você sabe que ele vai chutar a sua bunda se continuar a chamá-lo assim. —
Respondeu ele enquanto voltavam para os transportes que esperavam para devolvê-lo
— Como se aquele grande bichano tivesse uma chance. — Disse Ha'vem. — Você
sabe que termos que ir resgatar sua bunda lamentável. Estou ansioso para esfregar isso
em seu rosto. Ouvi dizer que o venderam para uma operação de mineração administrada
pela Antrox. Odeio lidar com esses insetos sem emoção. — Ele resmungou.
— Tenho certeza de que Vox está tendo o melhor momento de sua vida agora. —
Creon respondeu baixinho, sua mente já de volta para tentar descobrir como lidar com
sua companheira.
— Eu te digo como lidar com ela. — Seu dragão rosnou teimosamente. — Eu digo a você
uma e outra vez, mas você não me escuta. Deixe-me mordê-la. Eu cuido disso. Você também tem
medo dela. Eu não estou com medo. Eu ensino a ela quem está no comando.
— Não, você está com medo. — Seu dragão respondeu secamente. — Ela não é Aria. Eu
nunca gostei de Aria. Harvey nunca gostou de Aria. Nós gostamos de Carmen. Ela é boa
companheira. Ela é uma companheira teimosa. Ela é mais teimosa do que você. Ela é uma boa
companheira perfeita.
— Eu sei que ela não é Aria! Eu só.... — Creon soltou um suspiro de frustração. —
— O que o torceu assim? Eu podia dizer que você e seu dragão estavam discutindo
sobre algo. — Disse ele com um movimento da mão para os braços de Creon, que
estavam cobertos por escamas pretas. — Você não costuma deixar que nada o perturbe
o suficiente para perder o controle. O que houve? Zoran e sua companheira ficarão bem
e você sabe que Vox pode lidar com qualquer coisa que o Antrox jogar nele.
Ha'ven parou de andar e olhou atentamente para o amigo. Esta era uma grande
notícia. Ha'ven sabia que Creon se recusou a deixar outra mulher se aproximar dele após
a traição de Aria. Ele também sabia que era quase impossível para um Valdier encontrar
sua verdadeira companheira. O fato de Creon ter encontrado a sua com uma espécie
encontrar sua verdadeira companheira e tudo. Parece que você prefere trocar de lugar
— Não, ela não é feia. Na verdade, ela é muito, muito bonita. É só... — Creon fez
uma careta antes de murmurar o resto da frase. — É só que ela não quer nada comigo.
— Ela não... — Ha'ven riu ainda mais. — Ela não quer ter nada a ver com você. —
Ele gritou tentando recuperar o fôlego. — Você encontra sua verdadeira companheira e
ela é a única mulher em dez sistemas estelares que não quer ter nada a ver com você! Eu
— Talvez não para você, mas para o resto de nós é! — Ele riu, rolando para ficar de
pé a tempo de não ser chutado por Creon. — Vamos! Quantas mulheres você roubou
quando paramos nos bares dos espaço portos? As mulheres sentem o cheiro de um
— Você está exagerando. Aconteceu uma vez e as mulheres não tinham ideia de que
você e Vox eram príncipes também porque estavam agindo como se fossem meus servos.
Eu ganhei o sorteio. Vox tinha sido o Príncipe na vez anterior e elas estavam em cima
dele. — Creon respondeu. — E não se atreva a dizer nada a minha companheira sobre
isso. Estou tendo um tempo difícil o suficiente com ela sem você contar suas histórias
fantásticas.
— Talvez ela quisesse você se pensasse que outras mulheres estavam competindo
por sua atenção. — Ha'ven especulou enquanto escovava as folhas e a sujeira de sua
— Pelos deuses, estou falando sério, Ha'ven. Tenho lido sobre as informações que
Kelan e Trelon baixaram sobre as mulheres da Terra. Elas não gostam que seus
realmente cortou o pau de um homem por fazer isso. Eu não duvido que minha
companheira seja capaz disso. Ela é uma lutadora feroz. Ela não iria parar em apenas
— Vamos. — Disse Creon, cansado. — Eu a deixei sozinha por muito tempo. Ela
tentou escapar pelo menos uma dúzia de vezes na semana passada. Tive que triplicar os
— Boa sorte, meu amigo. Cuidarei dos arranjos necessários para ir atrás de Vox e
me encontrar com você amanhã, a menos que você queira deixá-lo esperando um pouco
mais. Diga a Mandra que ele deve se encontrar com Adalard. Ele já o está esperando.
Depois de resgatar o gatinho, nos encontraremos com ele e Adalard. Até lá, devemos
saber onde seu tio está escondido. — Disse Ha'ven com um tapa simpático no ombro de
Creon.
Creon deu um passo em direção à nave que o levaria de volta ao palácio enquanto
Ha'ven subia naquela que o levaria de volta a nave de guerra que eles usariam para ir
atrás de Vox. Talvez fosse hora de levar Carmen a algum lugar de onde ela não seria
capaz de escapar. Uma vez que ela estivesse na nave de guerra, não havia nenhum lugar
Uma hora depois, Creon tremia de raiva profunda. Carmen escapou novamente.
Desta vez com sua irmã. Ele ouviu em um silêncio frio enquanto os guardas lhe contavam
que as duas mulheres haviam desaparecido no dia anterior. Os guardas não perceberam
que algo estava errado até que ficaram preocupados quando não houve resposta para o
servo que trazia os lanches noturnos. Elas ainda não haviam sido encontradas.
expandimos ainda mais a busca. Não parece que foram levadas, mas sim partiram por
— Como elas passaram por vocês? — Creon rosnou com uma intensidade fria que
O guarda ficou congelado quando viu os olhos de Creon escurecer. Ele tinha ouvido
as histórias do jovem lorde, algumas que gelariam o sangue de qualquer guerreiro. Seus
olhos piscaram para a longa faca curva que o mais jovem real segurava cerrada em seu
punho.
— Elas desceram a sacada e escalaram a parede até uma sacada inferior usando as
sobre seus braços e seu pescoço. Seu rosto começou a se alongar enquanto ele deixava a
mudança tomar conta dele. Ele mataria cada guarda se algo acontecesse com sua
companheira. Ele lhes deu instruções estritas para proteger sua companheira e não a
deixar escapar. O grupo de guardas congelou quando a faca estremeceu onde ficou presa
na parede. Creon puxou seu dragão de volta sob controle, ignorando seu desagrado
— Nós as encontraremos. — Disse Mandra em uma voz mortal. — Elas não podem
Uma batida na porta fez todos os homens olharem em volta. Um guarda vestindo o
uniforme padrão de calça de couro preta, colete preto e botas pretas de cano alto estava
Creon.
Creon se virou e se dirigiu para a porta no momento em que soube onde sua
companheira estava. Ele não lhe daria mais tempo para aceitar seu acasalamento; ale a
reivindicaria assim que a tivesse sozinha e então a tiraria daqui até que ela entendesse
que ele nunca a deixaria partir. Empurrou para fora da porta, transformando-se em seu
dragão assim que ele estava fora. Moveu-se rapidamente em direção à base de
lançamento.
E, ele prometeu silenciosamente, eu darei a ela a surra que ameacei dar antes.
— Foda-se. — Creon rosnou enquanto circulava para pousar perto da base que
***
Carmen segurou o braço com cautela contra o peito. Estava inchado e doía o
suficiente para deixá-la nauseada. Ela sabia que seu pulso estava quebrado. Sentiu os
ossos quebrarem quando o guarda a agarrou. Seu rosto doía também. Sabia que estava
inchando com o calor que irradiava de sua bochecha. Ela queria tocá-lo, mas tinha medo
de soltar o pulso por tempo suficiente para senti-lo. Manteve o queixo enfiado no peito.
Usou todos os movimentos que aprendeu com Scott e com os guerreiros a bordo da
V’ager, mas os guardas eram muito fortes. Na realidade, ela não tinha planejado lutar
com nenhum deles. Finalmente aceitou que nunca seria capaz de retornar à Terra a
menos que Creon a levasse. Seus olhos piscaram para o maior guarda. Ele tinha quase
quatro vezes o tamanho dela e de Ariel. Ele agarrou Ariel rudemente quando ela
tropeçou. Deve ter pensado que ela tentaria escapar porque, quando a agarrou, quase a
empurrou do chão. Quando sua irmã gritou de dor, Carmen foi atrás dele. Ninguém
machucava sua irmã mais velha. Tudo foi para o inferno depois disso. Quando um dos
caras deu um soco em Carmen, jogando-a no chão, Ariel pulou em sua bunda. Não foi
até Carmen gritar de dor quando seu pulso quebrou que todos congelaram. Ela
Agora, o grande guarda olhava com crescente inquietação para a porta. Ele se
recusou a olhar para Carmen depois que trouxeram ela e Ariel para o pequeno escritório.
Ariel a ajudou a se sentar. Quase imediatamente, dois dos guardas colocaram restrições
para prendê-las em suas cadeiras. Uma vez que eles não podiam conter seus braços, eles
Pouco tempo depois, o rugido alto de um dragão ecoou pela base. Os três guardas
parados na sala com elas empalideceram com o som. Um momento depois, Creon
irrompeu na sala. Ele não tinha se transformado totalmente de volta em sua forma de
duas pernas. Seu rosto ainda estava ligeiramente alongado, seus olhos eram duas chamas
douradas de fúria e escamas negras ainda cobriam seus braços, pescoço e bochechas.
Seus olhos se fixaram em Carmen. O rosnado baixo e perigoso retumbando dele fez
os homens na sala recuarem até que foram pressionados rigidamente contra a parede.
Seus olhos se moveram de um para o outro antes de voltarem para o corpo maltratado
de Carmen.
Eu... — Carmen começou antes de parar para lamber os lábios repentinamente secos. —
Eu... preciso de sua ajuda. — Ela pediu baixinho. — Por favor... você vai me ajudar? Eu
não quero machucar mais. — Ela adicionou suavemente enquanto novas lágrimas
enchiam seus olhos e escorriam por suas bochechas pálidas. — Por favor. — Ela
sussurrou entrecortada.
Creon olhou em seus enormes olhos castanhos brilhantes. Ele ouviu suas palavras
não ditas. Ela estava finalmente pronta para lhes dar uma chance. Ele não tinha certeza
do que havia mudado, mas podia ouvir o apelo silencioso. Ela estava com medo, mas
estava pronta para dar o primeiro passo em direção à cura, o primeiro passo em direção
a aceitá-lo e ao que seria sua nova vida. Ela estava finalmente pronta para se levantar das
cinzas.
Carmen olhou para ele silenciosamente implorando para que ele entendesse o que
ela não podia dizer. Ela viu o momento em que ele reconheceu seu apelo tácito. Creon
respirou fundo, trêmulo, enquanto caminhava até ela. Ele ouviu Mandra entrar na sala e
caminhar até Ariel, que estava sentada em silêncio ao lado de sua irmã.
— O pulso dela está quebrado. — Ariel murmurou baixinho para Creon. — Ela
também levou um duro golpe no rosto. Por favor, cuide dela. Ela estava tentando me
proteger.
Creon olhou para o rosto machucado da companheira de seu irmão. Seus olhos se
moveram para os homens parados ao lado. Ele se encontraria com cada um para mostrar
uma das companheiras de seus irmãos. Todos os três homens baixaram a cabeça em
pequenas fêmeas.
— Creon. — Sussurrou Carmen, olhando para ele enquanto ele soltava as amarras
— Vamos discutir isso depois que eu curar você. Nunca mais, Carmen. Você estará
ao meu lado de agora em diante até que eu saiba que você não tentará me deixar. Eu
reivindico você. Assim que estiver curada. Vou terminar minha reivindicação e se os
deuses e deusas nos abençoarem, você será minha para sempre. — Disse ele com firmeza,
levantando-se.
Carmen deu um pequeno aceno de cabeça para mostrar que ela entendeu que não
— Eu tive que tentar uma última vez. — Ela disse em uma voz tão fraca que ele
quase perdeu.
Creon se abaixou e gentilmente a ergueu em seus braços, com cuidado para não
bater em seu braço ferido. Ele se virou e rosnou para Harvey voltar para seus aposentos
e esperar por eles. A enorme criatura dourada estremeceu de raiva, virando sua enorme
cabeça para olhar fixamente para os três guerreiros que estavam em silêncio dentro da
destruir cada um de vocês. Vou levar meu tempo e vou aproveitar cada momento. —
— Por favor, aceite minhas desculpas por prejudicar sua companheira, meu senhor.
Ela é uma lutadora feroz e muito protetora. Ela é uma companheira forte para você.
Carmen se sentiu horrível pelo grandalhão. Ele estava apenas cumprindo seu dever.
Não era culpa dele que ela fosse um pouco mais frágil do que estava acostumado. Ela
virou o rosto para o pescoço de Creon e o beliscou levemente para chamar sua atenção.
— Não fique bravo com ele. Ele estava fazendo seu trabalho. — Sussurrou ela,
companheira. Ele acenou com a cabeça para o guerreiro. Precisava levar sua
companheira de volta ao palácio. Tinha saído com tanta pressa que não tinha pensado
sua simbiose, que tinha a forma de um pequeno skimmer. Ele já havia mandado a sua
Venha, meu amigo. Precisamos levar nossa companheira para casa. — Ele sussurrou.
enquanto ela sentia o mundo ao seu redor mudando, então ela estava muito mais alta do
que estava momentos antes. Em questão de segundos, ela estava olhando com olhos
arregalados para a cabeça elegante de um dragão. Ela estava embalada em suas garras
dianteiras. Incapaz de se conter, ela estendeu a mão boa e timidamente tocou as escamas
negras da meia-noite no peito do dragão. As escamas eram duras e lisas ao seu toque.
Ela sentiu um arrepio percorrer o corpo enorme enquanto deixava seus dedos
explorarem o máximo que ela podia alcançar. A cabeça negra alongada se virou para ela
e soprou uma lufada de ar quente. Carmen estendeu a mão e tocou suavemente a ponta,
— Você é tão lindo. — Ela suspirou, esquecendo sua dor e medo em um momento
disso, ele se moveu nas patas traseiras, batendo as asas e decolou para o céu. Soltou uma
série de tosses com o grito assustado de sua companheira e puxou-a para mais perto de
seu corpo quente. Sentiu-a relaxar contra ele. Uma nova sensação de triunfo fluiu por ele
em sua confiança nele em sua forma de dragão. Esta noite um novo dragão nasceria. Ele
não tinha dúvidas de que sua companheira sobreviveria à transformação. Ela tinha
sobrevivido a mais do que a maioria dos guerreiros. Ela era sua fênix.
Creon pousou levemente na varanda de seus aposentos, equilibrando-se
suavemente enquanto se transformava. Ele desceu, tentando não empurrar Carmen mais
do que o necessário. Ela estava mais pálida do que antes e ele estava preocupado que ela
Ele estava de volta à forma da estranha criatura que Carmen parecia achar tão
reconfortante. Suas longas orelhas douradas balançavam para cima e para baixo e eram
tão compridas que parecia que ele poderia tropeçar nelas na emoção de chegar até
Carmen.
Creon caminhou rapidamente pelo corredor até seu quarto. Colocou Carmen
cuidadosamente nas cobertas macias. Ela estava segurando seu braço e mordendo o
lábio. Linhas tensas de dor beliscaram os cantos de sua boca e uma névoa de dor nublou
seus lindos olhos castanhos. Ela estava respirando rapidamente pela boca.
Ele se sentou na beira da cama e passou a mão com ternura pela testa dela. Harvey
se dissolveu e fluiu sobre Carmen, tentáculos dourados movendo-se sobre seu pulso
quebrado primeiro, então continuando até tocar cada centímetro de seu corpo
machucado. Creon observou enquanto uma névoa de ouro subia pelo pescoço de sua
companheira e pela bochecha machucada. Carmen estremeceu e ficou perfeitamente
— É uma sensação tão suave e quente. — Murmurou Carmen, olhando para Creon
unia a sua simbiose enquanto ele ainda era uma criança, ele nunca pensou em como se
sentia enquanto o curava. Era tão natural quanto respirar. Assim como seu dragão. Ele
não conseguia imaginar como seria se não tivesse nenhum dos dois.
— Eu nunca pensei sobre isso antes, mas você está certa, formiga quando cura. —
Ele respondeu ainda passando a mão sobre a testa dela antes de deixar seus dedos
— Por que você correu de novo? Certamente você sabia que nunca teria saído do
planeta e mesmo se tivesse, teria sido capturada antes de chegar longe. Teria sido
suicídio pensar que poderia retornar ao seu mundo em um ônibus espacial. Você teria
morrido antes de chegar a uma fração da distância de seu planeta. — Ele perguntou com
voz rouca.
— Eu não queria que você me mordesse. Achei que se pudesse me afastar, você
encontraria outra pessoa. Quero dizer, se você não me reivindicasse, quando eu partisse,
nada te aconteceria se você não tivesse me reivindicado até o fim. — Carmen tentou
explicar.
Ela estava tendo dificuldade em pensar direito. Ela não estava mais sofrendo, pelo
menos não de suas feridas que agora estavam curadas. Seu corpo clamava pelo dele. Ela
podia sentir a atração. Estava mais forte do que nunca. Era como se houvesse algo dentro
Ela observou enquanto seus olhos escureciam para um ouro ainda mais escuro. As
chamas gêmeas queimaram com uma intensidade que enviou um arrepio de consciência
através dela até que ela sentiu como se seu sangue estivesse fervendo. Ela virou a cabeça
quando Harvey se refez ao lado dela. O enorme Basset Hound dourado passou uma
Um suspiro escapou dela quando de repente foi erguida em um par de braços muito
fortes e possessivos.
— Nunca pode haver outra para mim. Você é minha companheira, para sempre. —
colocou os braços em volta do pescoço dele. Creon pressionou até que sentiu os lábios
seu suspiro assustado para aprofundar o beijo, enredando os dedos em seu cabelo e
quase impossível ver suas pupilas. Ela estava respirando de forma curta e profunda. Ele
gemeu quando sentiu seu peito se expandir, esfregando seus mamilos retesados contra
seu peito enquanto ela tentava estabilizar a respiração. Ele enterrou o rosto em seu
pescoço e respirou fundo. No momento em que seus lábios tocaram sua pele aquecida,
Creon ficou surpreso quando seu dragão ganhou o controle de repente, atacando
com uma única determinação... reivindicar sua companheira. Ele gemeu alto quando o
doce sangue de Carmen se derramou em sua boca. Seu dragão rugiu dentro dele ao sentir
a resposta de sua companheira a ele e o gosto de seu sangue. O fogo do dragão queimou
em sua garganta enquanto crescia e se derramava dele para Carmen. Um grito agudo
ecoou na sala quando o corpo de Carmen se arqueou contra o dele com a intensidade do
calor que se derramava por ela. Ela se sentia como se estivesse pegando fogo de dentro
para fora. O calor se juntou e se acumulou entre suas pernas. Ela se moveu inquieta,
Um rosnado baixo a advertiu para não lutar. Creon continuou respirando o fogo que
seu dragão começou, determinado a não deixar sua companheira escapar dele
firmemente em suas garras. Ele pressionou o corpo esguio sob ele mais para baixo nas
cobertas macias de sua cama, rastejando sobre ela até que ele a tivesse enjaulado. Suas
pernas correram ao longo do lado de fora das dela e ele apertou seu pênis pesado contra
ela para que ela soubesse o efeito que tinha sobre ele. Ele manteve a parte superior do
corpo levantado apenas o suficiente para não esmagá-la. Seus dedos ainda estavam
travados firmemente em seus cabelos sedosos, segurando sua cabeça enquanto ele
Ele podia ouvir seus suspiros ásperos em seu ouvido enquanto ela lutava para
respirar quando o fogo do dragão explodiu por ela. As mãos dela agarraram suas costas
e ombros, alternando entre tentar empurrá-lo e agarrá-lo com força contra ela.
Tudo o que ele podia fazer era gemer enquanto o fogo derramava em ondas sem
pela necessidade. Seu dragão lutou ferozmente para superar o que restava de sua
resistência. Era como se ele entendesse que, como a fênix mística, somente quando a
resistência de Carmen fosse finalmente queimada até as melhores cinzas ela poderia
O gemido de Creon aumentou à medida que o fogo dentro dele cresceu a um ponto
em que se perguntou se ele queimaria com ela. O grito de Carmen perfurou a sala quando
de sua companheira, Creon arrancou a boca de sua pele delicada e passou a língua na
marca para aliviar a dor e selar sua marca. O símbolo de um dragão negro puro, asas
bem abertas com uma de suas patas dianteiras levantadas em desafio, mostrado
claramente na curva entre seu pescoço e ombro. Ele nunca tinha visto uma marca mais
ter respirado tanto nela. Ela é muito frágil para lidar com tanto fogo do dragão de uma
só vez.
Creon olhou para o rosto pacífico de sua companheira enquanto ela estava deitada
rosado. Seus cílios pareciam crescentes ainda contra suas bochechas e um leve orvalho
cobria sua testa, fios de cabelo loiro-branco escurecidos com a umidade caindo contra
ela. Ele se afastou e deu um suspiro de alívio quando viu o leve subir e descer de seu
peito. Ela desmaiou quando a última explosão do fogo do dragão queimou através dela.
Ele franziu a testa ao ver a leve mancha de sujeira em sua bochecha, onde ela havia
caído ao ser atingida. Ele se afastou e rapidamente tirou suas roupas antes de começar a
despi-la. Ele iria dar banho e prepará-la. Quando ela acordasse, o fogo do dragão
queimaria através dela com uma intensidade que o assustaria. Normalmente, pelo que
ele leu nos arquivos, um guerreiro morderia sua companheira várias vezes durante o
mudando sua companheira por dentro, remodelando seu sangue, órgãos, sua própria
Seu dragão tinha derramado tudo que ele tinha naquela mordida. Um leve gemido
escapou de Carmen e ela se moveu inquieta na cama quando o fogo começou a aumentar.
Sua respiração ficou presa quando os olhos de Carmen se abriram de repente para
olhar para ele em silêncio. Flocos de ouro misturados com o marrom escuro agora,
brilhando na luz fraca do banheiro. Seus lábios se separaram como se fosse dizer algo,
mas nada saiu. Seus olhos se arregalaram, tornando-se um ouro mais escuro. Ela respirou
fundo antes de se inclinar para trancar sua boca com a dele em um beijo que era tão
Creon estremeceu e passou as mãos pela cintura dela, movendo-as para puxá-la para
mais perto. Ele fez uma pausa quando sentiu um movimento ao longo de suas costas sob
a pele. Quebrou o beijo para olhar para baixo em choque e preocupação quando viu a
ondulação de escamas brancas, vermelhas, rosa e roxas deslizando sobre sua pele. Seus
dedos se cravaram em seus ombros, suas unhas tirando sangue quando uma onda de
fogo explodiu dentro dela, forçando um grito agudo de necessidade de sua garganta.
— Por favor. — Ela gritou com voz rouca. — O fogo está me queimando.
— Não lute contra isso, minha linda fênix. — Ele sussurrou com admiração
nunca caindo.
Um poder que não entendia estava tomando conta dela, mudando-a, transformando-a
em algo novo, algo diferente. Ela olhou nos olhos do homem que a pegara de surpresa.
Ele lutou para quebrar todas as barreiras que ela ergueu. Ele se recusou a deixá-la
desistir. Sua antiga vida estava chegando ao fim. Seu ninho foi construído, pronto para
ela queimar até as cinzas para que pudesse se levantar e viver novamente.
— Leve-me. — Ela finalmente sussurrou, caindo para frente até que estava enrolada
firmemente contra seu corpo. — Me leve, me abrace... me ame e nunca me deixe ir. —
Ela disse enquanto as lágrimas que ela segurou por tanto tempo finalmente caíram,
corpo esguio envolto firmemente em seus braços. Ele a virou suavemente até que ela
montou nele. Capturando seus lábios, ele agarrou suas coxas, guiando-a até que ela
estivesse alinhada com seu pênis inchado e puxou-a para baixo enquanto inclinava seus
deslizando ao longo de seu couro cabeludo enquanto ela torcia os dedos em seu cabelo
para puxá-lo para mais perto enquanto começava a balançar para frente e para trás. Suas
— Eu te amo, mi elila. — Creon sussurrou contra seus lábios. — Você é minha vida.
Eu reclamo você como minha verdadeira companheira. Nenhum outro pode ter você.
um motivo para querer viver novamente. Suas pálpebras caíram enquanto as chamas
dentro dela queimavam mais brilhantes, puxando um gemido profundo dela enquanto
o prazer intenso crescia. Ela podia sentir seu pau longo e grosso acariciando-a
com o impulso forte e afiado enquanto ele se movia profundamente dentro dela era
demais.
— Sim. — Ela ofegou enquanto seu clímax aumentava. — SIM! — Ela engasgou
Um rosnado baixo escapou de Creon quando ele sentiu seu corpo apertar contra o
dele, agarrando seu pênis enquanto ela pulsava ao redor dele. Ela era muito bonita
enquanto gozava. Seus olhos estavam fechados e sua cabeça ligeiramente jogada para
trás, expondo a coluna delgada de sua garganta para ele. Um olhar de felicidade curvou
seus lábios. Incapaz de resistir, ele se balançou mais forte, mais rápido. Aproveitando
seu suspiro quando seus olhos se abriram em choque enquanto seu corpo se apertava
novamente.
— Creon. — Ela suspirou com voz rouca. — Oh! — Ela gritou, agarrando seus
— Você é minha. — Ele rugiu quando seu próprio corpo respondeu ao dela.
profundamente dentro dela. Podia sentir suas paredes vaginais acariciando-o, puxando
mais para fora dele. Por dentro, seu dragão rugiu querendo ver sua companheira nascer.
O fogo do dragão queimou sua garganta novamente. Ele não achava possível sobrar mais
nada dentro dele, mas seu dragão se recusou a ser saciado até que ele soubesse que sua
Ele assumiu o controle mais uma vez com uma força que Creon nunca
Seus olhos baixaram para o seio pequeno e firme de Carmen. Abaixando a cabeça, ele
Sua cabeça se abaixou quando sentiu o beliscão forte, seguido pelo puxão em seu
pequeno rastro de sangue escorreu de um lado, escorregando até cair na água morna da
banheira. Um gemido escapou dela quando ela sentiu o calor inundá-la, fazendo seu
mamilo inchar em resposta. Logo, a pulsação entre suas pernas combinava com o
movimento de sucção de sua boca enquanto ele continuava a se mover para frente e para
trás, passando a língua sobre o mamilo tenso até que se tornou ultrassensível.
— Você vai me matar. — Ela gemeu com uma voz rouca enquanto as ondas de desejo
alimentou e cresceu a um nível explosivo dentro dela. Ela estourou quando atingiu o
pico, esfregando seus quadris contra o alívio que ele procurava. Ela sentiu um leve puxão
quando ele soltou seu seio, seguido por uma língua quente sobre o mamilo hipersensível.
A cabeça dela caiu para a frente para se apoiar no ombro dele, enquanto soluços
agitados saíam de sua garganta. O mundo se inclinou quando um braço forte deslizou
para baixo para apoiar sua bunda enquanto ele se levantava. Água derramou por seus
corpos que ainda estavam presos. Seu outro braço a segurou pela cintura, mantendo-a
pressionada contra seu peito largo. Ela sabia que ele estava voltando para o quarto, mas
não se importou. Ela era uma massa de nervos supersensíveis agora incapazes de
funcionar ou sustentar seu próprio corpo. Ela mordeu o lábio quando ele saiu de dentro
dela, tentando sem sucesso impedir que o grito de negação escapasse de seus lábios
inchados.
— Shh, apenas começou. — Sua voz profunda sussurrou baixinho contra seu ouvido
— O que você quer dizer com apenas começou? — Ela perguntou em choque.
para o topo da cama enquanto ele continuava se movendo para baixo, puxando uma das
concluída. — Disse sua voz abafada antes de se agarrar ao pequeno cerne inchado entre
Carmen se arqueou em sua boca ainda olhando para cima. As imagens refletidas na
superfície espelhada acima dela mostravam tudo o que ele estava fazendo com seu
corpo. A visão e o som eram tão eróticos que ela não conseguia fechar os olhos para
bloqueá-los. Ela viu a imagem de si mesma se abrindo para ele como uma flor buscando
o sol. Abriu mais as pernas, abrindo-se para ele. Seus dedos se enrolaram com força nas
cobertas da cama. Ela podia ver a marca em seu seio esquerdo. Ele latejava, como se sua
boca ainda o mantivesse cativo. Um grito saiu de sua garganta quando seu corpo se
estilhaçou de repente. Ela podia sentir a força de seu orgasmo quando explodiu para fora
dela. O puxão aumentou em vez de diminuir. Incapaz de aguentar mais, seus dedos
— Pare. — Ela gritou mesmo enquanto enrolava as pernas em volta da cabeça dele,
prendendo-o contra ela. — Oh, Deus! — Ela murmurou várias vezes enquanto o prazer
a inundava.
Creon se afastou com um rosnado suave e estrondoso. Ele agarrou suas coxas,
puxando-as ao redor de sua cabeça e deslizou as mãos até sua cintura, onde a girou com
força até que ela deitou de barriga. Puxando-a sobre os joelhos, ele a segurou pela cintura
e deslizou seu pênis latejante entre as dobras lisas e inchadas até que estava tão enterrado
quanto podia. Ele a segurou com força, mesmo enquanto ela lutava contra a intrusão
contra seu centro sensível. Ele reprimiu uma maldição quando as ondas do fogo do
dragão enredaram os dois em suas garras gananciosas. Seus quadris se moveram para
frente e para trás cada vez mais rápido enquanto queimava mais quente. Escamas
ondularam sobre os dois em resposta, as pretas dele contra as dela brancas, vermelhas,
rosas e roxas.
Os olhos de Creon se concentraram na teia de veias que se espalhava por suas costas.
A imagem da fênix em suas costas deu a ilusão de movimento. Suas asas se espalhando,
que o deixou tremendo e ofegante. Ele se curvou sobre seu corpo, esforçando-se para
— Nunca. — Ele engasgou com a garganta grossa de emoção. — Nunca vou deixar
você.
Creon ficou deitado de lado olhando para o rosto relaxado de sua companheira. Ele
estava maravilhado com sua beleza, sua força e sua determinação. Um sorriso curvou
seus lábios quando percebeu que havia um leve tremor em sua mão. Ele estava
maravilhado com ela. Ela não se esquivou da reivindicação dele ou de seu dragão. Ela
combinou com ele toque por toque, gosto por gosto, fogo com fogo ao longo da noite
apenas para cair em um sono profundo enquanto as luas se punham e o sol brincava no
horizonte. O sorriso desapareceu lentamente. Ele nunca seria capaz de deixá-la retornar
Durante a noite, ela havia hesitantemente contado a ele sobre sua vida antes. Ela
falou do marido sem esconder nada. Ele ficou surpreso a princípio com a falta de ciúme
que sentia pelo outro homem. Talvez tenha sido a maneira triste, mas pacífica, como ela
lhe contou sobre sua vida antes. Quanto mais ele aprendia, mais estava grato pelo outro
homem ter estado lá para ela. Ele a abraçou com força quando ela lhe contou como ele
foi assassinado e sobre o homem de quem ela havia buscado vingança. E, ele a confortou
quando ela chorou ao lhe dizer sobre a perda do filho que ela e seu primeiro
companheiro haviam concebido devido aos ferimentos que havia sofrido. Ele havia
jurado naquele momento que faria três coisas. Ele plantaria sua semente dentro dela, não
para substituir a criança que ela perdeu, mas para preencher o vazio em seu coração e
braços. Ele a protegeria com cada fibra dele, de seu dragão e de seu ser simbiótico. E, por
último, eles voltariam para seu mundo e ele mataria pessoalmente o homem que tirou
tanto dela.
Sua mão desceu para tocar suavemente seu estômago plano. O sorriso voltou a
crescer lentamente enquanto ele pensava no fato de ter cumprido sua primeira tarefa.
Pouco antes das luas se fixarem, ele plantou suas sementes profundamente dentro dela.
Ele sentiu seu dragão se mexendo em confusão e admiração quando as pequenas luzes
gêmeas acenderam para a vida, ancorando bem no fundo de seu útero. Seu dragão
reivindicava.
— Sim, você fez. — Creon respondeu secamente antes de relutantemente rolar para
— Não, fodo minha companheira. — Seu dragão respondeu com um enorme bocejo. —
Depois da soneca.
seus irmãos antes de partir. Ele também precisava falar com sua mãe. Queria agradecê-
la por sua ajuda. Ela disse que ele precisava olhar sob a máscara para a criatura ferida
por baixo. Ele agora entendia a profundidade da dor e tristeza que sua companheira
havia sofrido e faria tudo o que pudesse para tornar a vida dela feliz e gratificante. Hoje
era o primeiro dia de sua nova vida e ele estava determinado que seria um dia que ela
***
Várias horas depois, Carmen estava caminhando ao lado de Cara, Ariel e Trisha em
direção aos aposentos de Abby. Junto com mais de uma dúzia de guardas que
mantinham uma distância marginal atrás dela. Carmen ficou surpresa com as batidas na
porta e, por hábito, pegou o vaso que mantinha perto da porta antes de perceber que
provavelmente não precisava mais dele. Ela abriu a porta para encontrar Cara quicando
como uma super bola. Atrás dela estavam Trisha e Ariel e um carrinho carregado com
potes de...
replicadores para fazer isso. Demorou um pouco, mas acho que descobri. Eu também fiz
você cruzar este fio com aquele e adicionar outra coisa, você acaba com algo novo. Tudo
que seu cérebro conseguia processar era o cheiro de café. Ela teria seguido as mulheres
— Estamos indo ver Abby. Ela teve a aventura mais incrível! — Cara disse
animadamente. — Eu ouvi que Mandra disse a Kelan, que disse a Trelon, que ela
Carmen balançou a cabeça e colocou a mão no ombro de Cara para interromper seus
movimentos enérgicos.
— A única pergunta que tenho é se eu ganho uma xícara de café se seguir você?
Carmen olhou para os guardas que deram mais um passo para trás. Ela franziu a
testa em confusão para eles. Antes, pelo menos dois ou três deles estariam em sua bunda
agora. Ela deu um passo em direção a eles e eles quase tropeçaram tentando se afastar
dela. Ela balançou a cabeça em confusão antes de fechar a porta e seguir as outras
mulheres pelo corredor. De vez em quando, olhava por cima do ombro para ver se os
guardas ainda estavam lá. Estavam, mas eram como um cardume de Barracudas. Eles
mantinham a mesma distância dela. Se ela se movia em direção a eles, eles recuavam. Se
ela avançava, eles davam um passo mais perto. Era totalmente estranho.
— Então, o que há com todos os guardas? — Cara perguntou enquanto saltava pelo
corredor. — Eu teria pensado que tínhamos proteção suficiente com todas as nossas
Carmen não ficaria surpresa se Cara começasse a dançar no teto com a quantidade
de energia que ela estava gastando. Se pudessem controlá-la, poderiam alimentar todo o
planeta por pelo menos um mês ou dois. Em vez disso, ela fez uma careta quando ouviu
— Oh, eles não estão nos protegendo. Estão aqui para impedir que Carmen e eu
— Você precisa de ajuda? Aposto que poderia religar o V’ager! Podemos explorar.
Talvez pudéssemos tentar... — Gemidos altos dos guardas arrancaram risadas das
mulheres.
Mesmo Carmen não conseguiu esconder o sorriso que curvou seus lábios. Cara era
aditiva e exaustiva, tudo na mesma frase. Era óbvio que ela estava em uma forma rara
hoje. Ela se perguntou como o irmão de Creon estava se saindo. Cansado, exausto,
esgotado foram alguns adjetivos que vieram à mente. Carmen tinha visitado Trisha e
Ariel o suficiente nos últimos três anos para saber como sua amiguinha poderia ser.
Ultrajante em um dia bom e destrutiva em um ainda melhor. Ela nunca tinha visto Cara
tendo um dia ruim, então ela imaginou que o mundo estaria seguro até esse dia chegar.
Ela deu um silencioso obrigada quando eles chegaram à porta de Abby. Estava
prestes a se tornar selvagem se não pegasse uma xícara de café logo. O cheiro era o
paraíso e ela estava pronta para mais do que uma baforada. Abaixou a cabeça para
esconder o rubor que subiu em suas bochechas quando se lembrou por que estava com
uma necessidade tão desesperada de uma xícara. Ela estava funcionando com cerca de
três horas de sono. Creon foi insaciável na noite anterior. Já fazia muito tempo que ela
não fazia um treino assim. Desde que ela e Scott passaram aquele longo fim de semana
no Rio de Janeiro. Um brilho suave e quente a encheu. Ela agora podia pensar em suas
memórias com ele com uma medida de felicidade em vez de apenas dor e tristeza. Eles
viveram, amaram e riram da vida ao máximo. Agora, era hora de deixar ir e viver
novamente. Lágrimas queimaram seus olhos. Não de tristeza desta vez, mas com uma
gratidão por ela ter recebido a chance de ser amada assim, não uma, mas duas vezes em
sua vida. Seus dedos caíram para o lado dela. Ela sentiu um calor se espalhar pelas
pontas dos dedos em seu braço enquanto Harvey roçava nela. Longos tentáculos de ouro
saíram de seu casaco, envolvendo-se em seus braços e movendo-se sob sua camisa para
Ele soltou um pequeno bufo antes de trotar pela porta aberta para os aposentos de
Abby, onde ele prontamente se virou em um círculo várias vezes antes de se deitar no
primeiro local ensolarado que pôde encontrar perto das janelas. Carmen ouviu as outras
serviu de uma xícara de café e foi até a cadeira mais próxima de onde Harvey estava
deitado. Enrolando as pernas sob ela, ela seguiu junto com a história de Abby de tudo
que aconteceu com ela. Ela se inclinou para frente quando Abby soltou sua pequena
bomba.
risadinha nervosa.
As palavras ecoaram por Carmen quando Abby descreveu a Cara como ela fez isso.
Carmen olhou para a pele macia cor de pêssego de seus braços, mas estava se lembrando
da noite passada. Ela tinha visto como ondulações de cor subiam e desciam por eles.
Assim como quando Creon se transformou na base, ela pensou atordoada. Isso foi o
que ele quis dizer sobre a transformação. Isso era o fogo ardente que estava dentro de
mim. Ele estava me transformando... como... sua mente congelou por um momento.
Uma pequena risada nervosa escapou dela quando mais memórias vieram. Como
ela se sentiu como se algo estivesse se movendo sob sua pele. Como suas costas
queimaram e coçaram como se algo estivesse tentando explodir delas. Como seus olhos
se iluminaram com paixão, desejo e deleite enquanto a olhava fixamente. Como algo
companheiro.
Carmen permaneceu imóvel, ouvindo a voz dentro dela em vez das risadas vindas
de Cara e Abby. Ela abaixou a cabeça para que os outros não pudessem ver a confusão
em seus olhos ou perceber quando ela os fechou enquanto se concentrava internamente.
Estendeu a mão novamente para ver se o que tinha ouvido era imaginário ou real.
Os olhos de Carmen se abriram e seu pulso acelerou até que ela sentiu que estava
prestes a hiperventilar.
— Nossos bebês. — Disse a voz com um suspiro de satisfação. — Veja, você olha. Você
profundamente dentro dela, sem saber o que estava procurando ou o que fazer. Era como
se algum fio invisível de repente começasse a brilhar dentro de sua mente. As imagens
giravam, se misturando e formando uma forma sólida, tornando-se mais claras quanto
mais ela focava. A imagem de um belo dragão esguio nas cores da fênix em suas costas
apareceu. Tons de branco se mesclavam com vermelhos, rosas e roxos da ponta de seu
focinho longo e estreito até a cauda. Suas asas estavam dobradas perto de seu corpo.
— Olhe mais de perto. — Disse a voz rouca. — Olhe para o presente do nosso companheiro
para nós.
Carmen observou enquanto uma delicada asa se erguia para revelar duas
minúsculas faíscas de luz. Elas eram tão pequenas e frágeis, mas brilhavam com uma
força que desmentia seu tamanho. Elas se aproximaram uma da outra e do dragão
enrolado protetoramente ao redor delas. Carmen podia sentir o aperto no peito enquanto
lutava contra uma colagem de emoções. Estendeu a mão com sua mente para acariciar
— Boba, de que outra forma eu tocaria em meu companheiro se você não mudasse! — Seu
dragão disse enquanto envolvia sua asa em torno das duas faíscas novamente. — Meu
companheiro tão excitado quanto o seu. Ele não quer esperar muito. Veja. Ele me chama.
Carmen não conseguiu parar a risada nervosa que explodiu dela. Ela abriu os olhos
e olhou para Abby novamente. Depois que começou, não conseguia parar. O ar se encheu
com suas risadas enquanto uma felicidade diferente de tudo que ela já pensou ser
— Oh, Abby, por favor, nos ensine. Eu adoraria ser capaz de dar o inferno a alguém,
e tenho certeza de que poderia pensar em uma centena de maneiras diferentes de fazer
isso na forma de um dragão. — Disse ela, enquanto imagens de Creon em sua forma de
alternando entre humanos e dragões e usando as simbioses. Cara era a mais criativa, mas
Carmen veio com a mais tortuosa. Ela poderia escapar pelas janelas e voar por níveis
diferentes ou voar sobre o oceano que ela tinha visto à distância ou quando ele ficasse
mandão, ela poderia envolve-lo com o rabo e pendurá-lo de cabeça para baixo na
varanda até que ele cedesse. Continuou e continuou, cada um ficando mais ridículo do
que o anterior. Quando Zoran entrou na sala algumas horas depois e encontrou todas as
cinco mulheres histéricas, ele gemeu alto. Carmen olhou para o rosto dele e começou a
estava levando Ariel com ele para encontrar Adalard. Creon parou do lado de fora da
porta de seus aposentos e olhou para o grupo de homens do lado de fora. Todos estavam
olhando para ele com cautela. Parecia que sua ameaça de destruir pessoalmente qualquer
homem que tocasse em sua companheira havia se espalhado. Cada um deles parecia que
parte do dia com as outras mulheres. Ela não tentou atacar nenhum de nós.
Ele teria dado um suspiro de alívio se não fosse pela pausa hesitante na voz do
guarda. Algo aconteceu. Um sentimento de pavor o percorreu. Não tinha como ela
conseguir saber sobre ele dando a ela... ele olhou para a porta enquanto uma sensação
de tribulação o percorria.
— O que você não está me dizendo? — Ele perguntou enquanto sua mandíbula se
contraiu em determinação.
O guarda olhou para alguns dos homens parados perto dele, mas eles apenas
olharam para o teto e colocaram as mãos atrás das costas. Ele fez uma careta para os
covardes. Eles o estavam deixando para enfrentar a ira do jovem príncipe conhecido por
— Parecia que ela estava mexendo em coisas lá dentro. Não podíamos entrar para
verificar se ela estava bem. Cada vez que tentávamos, ela ameaçava fazer sushi com a
gente. — Disse o guarda. — Não tínhamos certeza do que era sushi, mas parecia muito
perigoso. Ela disse que se precisasse de nós, pediria nossa ajuda quando o inferno
significava, mas decidimos que ela estava bem pois estava gritando e nos ameaçando.
Creon esfregou a nuca com a mão cansada. Ela não estava feliz com alguma coisa.
Ele esperava que ela não descobrisse sobre sua amiga, Trisha. Ele tentou pensar se havia
alguma maneira que ela pudesse ter feito isso. Sua amiga nocauteou um dos guardas
com ela e desapareceu. Seu irmão, Kelan, estava fora de si. Algo foi dito ou algo
aconteceu quando eles estavam com sua amiga Abby. Ele nunca deveria tê-la deixado ir!
Endireitando os ombros, ele acenou para os guardas dispensando-os. Ele lidaria com
o que quer que estivesse errado. A última coisa que queria, porém, era os guerreiros
— Vocês todos podem partir. Eu vou lidar com isso. — Ele disse rispidamente,
esperando até que todos tivessem saído antes de se virar em direção às portas de seus
aposentos.
— NÃO! Não, acho que você já fez o suficiente. Deixe-me cuidar disso desta vez. —
— Foda…
— Eu sei. Foda-me. Eu não quero você, eu quero minha companheira. Ela é mais meu tipo.
Creon fechou os olhos e contou até dez antes de abri-los e abrir a porta com
determinação. Pronto ou não, ele iria enfrentar sua companheira. Ele entrou na sala
escura e fechou a porta. Não havia dado mais do que três passos para dentro da sala
quando sentiu algo envolver seus tornozelos, levantando-o tão rapidamente que ele não
teve tempo de reagir. Antes que percebesse, ele estava pendurado de cabeça para baixo,
igualmente orgulhosa e determinada que tinha escamas brancas com bordas vermelhas,
rosas e roxas. Ela torceu o pescoço e inclinou a cabeça até ficar olhando para ele enquanto
— Você descobriu o seu dragão. — Disse Creon, lutando contra o sorriso que tentava
se libertar quando sua companheira olhou para ele como se se perguntasse se ela queria
enquanto ela o erguia mais alto para que pudesse olhá-lo nos olhos com mais facilidade.
Um rosnado baixo seguido por um bufo respondeu a essa observação também. Ele
a olhou com cautela enquanto ela virava a cabeça para olhar ao redor da sala. Seus olhos
seguiram os dela. Ele viu que todos os móveis foram empurrados para um lado, dando
a ela mais espaço para manobrar em sua forma de dragão. Começou a ficar um pouco
— Carmen, eu posso explicar. — Ele começou a dizer pouco antes de sentir que
estava decolando.
Ele caiu de costas no sofá macio com um baque suave. Olhou para o teto por um
momento, tentando acalmar o coração e a cabeça. Sentando-se, ele abriu a boca para
tentar acalmar sua companheira quando ela passou correndo por ele. Antes que ele
pudesse dizer uma palavra, ela se agarrou à varanda e se empurrou. Um rugido de raiva
explodiu dele quando seu dragão respondeu à fuga de sua companheira. Ele rolou para
fora do sofá caindo de quatro, mudando de posição. Com a habilidade de séculos atrás
dele, ele correu através das grandes portas abertas pulando na varanda e voando atrás
de sua companheira.
***
A alegria fluiu por Carmen enquanto ela voava pelo ar quente da noite. Respirou
profundamente, sentindo o cheiro do oceano. Ela se sentia livre, viva e feliz. Nunca
pensou que se sentiria assim novamente. Ela passou a tarde quando voltou da visita de
Abby e as outras garotas tentando se transformar. Estava muito inquieta para descansar,
embora soubesse que deveria estar exausta por não dormir o suficiente. Em vez disso,
estava com mais energia do que nos últimos três anos. Ela havia movido todos os móveis
deixavam maluca com suas batidas constantes, querendo saber se ela estava bem, se ela
precisava de alguma coisa e querendo saber o que estava acontecendo atrás da porta
fechada. Ela suspeitava que Creon tivesse falado com eles, ou mais como ameaçado com
Foram necessárias algumas tentativas, mas em pouco tempo ela foi capaz de se
transformar. Ela começou deixando as escamas subir e descer em seus braços. Parecia
estranho, mas seu dragão assegurou-lhe que não doeria. Depois que ela finalmente cedeu
ao seu dragão, foi incrivelmente simples. Seu corpo formigou e uma onda quente a
inundou. A próxima coisa que percebeu, tudo parecia mais claro, mais nítido e menor!
Foi uma coisa boa ela ter movido a mobília, caso contrário, teria voado quando ela
tentasse dar uma boa olhada em seu novo corpo. Seu dragão explodiu em risadas baixas
e roucas, enquanto ela tentava agarrar o rabo com as garras dianteiras. Ela acabou se
virando até rolar de costas no chão. Suas asas eram outra fonte de diversão para seu
dragão enquanto ela as segurava para que pudesse olhar para elas. Ela era bonita!
Praticou a transformação para frente e para trás até se sentir confortável. Então,
começou a planejar. Não estava com raiva de Creon por não ter contado o que estava
acontecendo com ela. Sinceramente, teria sido a última coisa em sua mente e a menos
importante. Ela teria concordado com qualquer coisa, uma vez que ele a tocou. Uma
onda de prazer tão intensa que parecia quase como uma dor percorreu seu corpo quando
ela se lembrou das coisas incríveis que ele fez com ela. Não, ela não se arrependia.
Finalmente aprendeu que a vida era muito curta para ter arrependimentos, muito menos
insistir neles. Ela vinha fazendo isso nos últimos três anos e tudo o que isso lhe trouxe
Em vez disso, decidiu se concentrar no hoje. Ela abriu suas asas apreciando a
virar para a esquerda quando uma sombra apareceu pelo canto do olho vindo direto
para ela. Ela rolou tentando ver mais, mas era muito rápido. De repente, algo se enrolou
em seu rabo, girando-a de cabeça para baixo e segurando-a suspensa para que pudesse
— Agora é minha vez de abraçá-la. — Disse Creon com uma voz sombria e rouca.
— Só se você prometer nunca me deixar ir. — Carmen respondeu com a voz trêmula.
— Eu não apenas prometo, eu juro pela minha vida. — Ele jurou enquanto a puxava
Carmen relaxou contra ele, deixando suas asas penduradas como véus sob ela.
Ergueu a cabeça até que pudesse se esfregar contra seu pescoço longo e musculoso. Ela
e seu dragão responderam à textura suave e ao cheiro de seu companheiro. Seu dragão
se aproximou, esfregando sua barriga contra o macho maior. Incapaz de resistir, Carmen
virou a cabeça e passou uma língua longa e estreita pela garganta de Creon e sob sua
Carmen agarrou seus enormes antebraços com suas garras menores. Ela engasgou
quando ele desceu. Não conseguia ver para onde ele os estava levando. Só podia confiar
cegamente que cuidaria dela. Suas asas poderosas moviam-se com golpes fortes para
baixo enquanto ele se aproximava de uma clareira nos altos penhascos ao longo da costa.
Ele soltou suas pernas traseiras, mas manteve sua cauda firmemente amarrada a ele com
a sua mais longa. Ele pousou suavemente em uma pequena saliência gramada,
de Carmen embaixo dele. Uma vez que ela estava deitada em silêncio sob seu corpo
maior, ele soltou suas pernas dianteiras. Ficou sobre ela olhando para sua barriga
exposta. Podia sentir seu dragão ficando duro com a imagem da pose submissa de sua
companheira. As dobras que cobriam seus genitais se separaram, revelando seu desejo
por sua companheira. Seus olhos brilharam enquanto ele olhava cuidadosamente ao
redor, cheirando o ar para se certificar de que eles estavam seguros antes de tomá-la. Ele
era um macho no auge e no momento mais perigoso. Nada sobreviveria à sua fúria se
ele ou sua companheira fossem ameaçados. Ele ergueu a cabeça e soltou um rugido longo
e alto avisando a qualquer um que pudesse ouvir para ficar longe da área. Seus olhos
varreram o horizonte e ele ouviu cuidadosamente antes de baixar a cabeça para sua
companheira. O fogo ardente em seus olhos a avisou que seria um longo e duro
acasalamento. Os lábios do enorme macho puxaram para trás para revelar seus longos
dentes afiados. Um rosnado baixo foi o único aviso que a fêmea menor teve antes que
Uma série de tosses roucas escapou da fêmea menor enquanto o enorme macho
acima dela lentamente a empalava com seu eixo espesso e longo. Sua cabeça se sacudiu,
tentando quebrar o domínio que o macho tinha sobre ela enquanto seu corpo lutava para
aceitar seu eixo rígido. O macho, sentindo a tentativa de sua companheira de quebrar
seu domínio e fugir, avançou com um rosnado baixo, mordendo com mais força. O
sangue quente e fragrante derramou-se em sua boca, fluindo sobre sua língua e garganta
abaixo. O sabor era tão rico e doce que Creon perdeu o pouco controle que tinha sobre
seu domínio de civilidade. Ele era um macho puro em seu aspecto mais animalesco.
A forma menor de Carmen se contorceu sob o enorme macho. Ela esticou o pescoço,
dando-lhe melhor acesso à sua coluna esguia. O fogo queimou através dela e dentro dele
enquanto a segurava, bebendo dela enquanto ele balançava mais forte, mais profundo e
mais rápido. Ele esticou suas asas, as garras no centro e nas pontas travando com as dela
até que ela se espalhou sob seu corpo enorme, incapaz de resistir. Ele puxou a cauda para
cima, forçando a parte inferior de seu corpo a subir. A posição o levou ainda mais fundo,
repetidamente. Mesmo quando ele inchou, travando seus corpos juntos, continuou se
movendo.
— Creon! — Carmen gritou ao sentir o poder do clímax de seu dragão por todo o
preso bem no fundo de seu dragão, respondia ao macho tomar sua companheira. Sua
apertava até que o prazer e a dor se tornassem um. Ele se sacudiu mais uma vez antes
que sua semente quente enchesse a fêmea menor presa a ele. Sua cabeça balançou até
que ele olhou para as estrelas brilhando no alto e rugiu sua reivindicação enquanto seu
corpo enorme balançava mais e mais conforme ele liberava seu cheiro, sua essência, sua
sua semente jorrava dele, deixando-o verdadeiramente saciado pela primeira vez em sua
vida longa e solitária. Só então ele abaixou a cabeça para lamber suavemente as feridas
que havia infligido. Ele soltou suas asas, deixando-a puxá-las contra seu corpo trêmulo,
mesmo enquanto ele envolvia ternamente suas próprias asas ao redor dela. Ele segurou
seu peso fora de sua forma menor esperando que o inchaço em seu pênis diminuísse o
suficiente para que pudesse sair dela sem machucá-la. Sua cauda tremulou para frente e
para trás esfregando a dela em conforto enquanto uma tosse suave escapava dela
— Você é tão linda. — Creon repetia sem parar enquanto seu dragão acariciava seu
pescoço com a língua. — Eu te amo muito, mi elila. Você é o ar que respiro, a luz da
minha escuridão. Agora você conhece os medos que tenho. Há momentos em que não
consigo controlar meu dragão. É uma batalha constante. Você pode me perdoar? Pode
A cabeça delicada do dragão de Carmen se virou para olhar para seu companheiro.
Ela carinhosamente passou sua língua longa e sedosa sobre sua bochecha e ao longo de
seus lábios. Aninhando-o com o focinho, ela mostrou a ele através do toque que não
— Eu não iria querer você de outra maneira. — Carmen disse sonolenta. — Segure-
de garota no chão. Dê a ela uma motocicleta e ela poderia correr em círculos ao seu redor.
Não era como sua irmã mais velha, que amava a ideia de subir ao alto ou mesmo para o
espaço sideral. Não, ela gostava de onde o chão era próximo e o ar ao seu redor era
respirável.
Forçou um sorriso trêmulo aos lábios para mostrar a Creon que ela estava bem. Ele
deve ter percebido que era apenas uma atuação. Ele cuidadosamente enroscou os dedos
em sua mão com os punhos firmes, esfregando o polegar nas costas enquanto continuava
falando com vários homens a bordo da nave. Carmen fechou os olhos e se concentrou
nos exercícios de mediação que Connie lhe ensinou. Inspire, segure por quatro segundos,
expire por quatro segundos, faça quatro vezes. Carmen decidiu que faria isso pelo menos
quarenta vezes em vez disso. Com sorte, eles já estariam a bordo da Horizon. Era a nave
dispositivo de camuflagem que fazia a parte externa da nave parecer diferente do que
realmente era.
Creon explicou que os Curizans eram famosos por sua tecnologia e engenhosidade.
Tudo o que importava era que a maldita coisa não tivesse um vazamento no meio do
nada. Ela deixava os aparelhos e coisas assim para Cara e a viagem espacial e o voo
rápido para Trisha e Ariel. Tudo o que queria eram grandes espaços abertos e uma moto
rápida sob sua bunda. Se ela estivesse se sentindo realmente aventureira, faria isso sem
ataque de pânico completo fervia dentro dela. — Talvez fosse melhor se eu ficasse para
trás. Eu poderia explorar e me familiarizar mais com o seu mundo. — Ela disse com voz
rouca.
Creon se virou com uma carranca escura que se dissipou quando ele viu a leve
camada de suor escorrendo de sua testa, o aperto de seus lábios e sua tez quase
Ele tentou puxar sua mão livre da dela para que pudesse tocá-la. Ela o segurou com
tanta força que ele pôde sentir que estava entorpecido pela restrição de sangue. Quando
ela não quis soltá-lo, usou a outra mão para inclinar o queixo dela para que fosse forçada
a olhar em seus olhos. Ele sustentou o olhar dela até sentir que ela começava a relaxar
um pouco.
funcionando! Eu realmente acho que deveria ficar aqui. Não quero ir para o espaço. —
— Disse Creon, ainda mantendo contato visual com ela. — Você estava com tanto medo
Realmente não pensei sobre o fato depois disso, porque era como estar em um grande
navio no oceano, apenas sem escotilhas para olhar para fora, sem mencionar que
Os olhos de Creon se estreitaram com a menção de quão perto ela esteve de morrer
antes que ele a conhecesse. Teria que se lembrar de agradecer a seus irmãos por sua
intervenção. Não conseguia imaginar uma vida sem ela agora. Ela era seu mundo e o
— Eu não deixaria, lembra? — Carmen disse, apertando a mão dele com mais força.
— Estava com medo de que machucasse os bebês, embora você tenha dito que não faria.
Não vou correr o risco de perdê-los. — Disse ela puxando uma respiração estável. — Eu
ficarei bem. Apenas sou um tipo de garota mais pés no chão, só isso.
passou. Será tranquilo agora que rompemos a atmosfera. Uma vez a bordo, irei me
assegurar de levá-la aos nossos quartos para que possa se deitar um pouco. Você teve
muito com que lidar e pouco descanso. Ainda está muito magra, também. — Ele
continuamente desde o primeiro dia em que chegou. Um carrinho com comida estava
sempre disponível em seus aposentos e ele tentava verificar o quanto ela comia ao longo
do dia. Ele havia se tornado ainda mais persistente nos últimos dois dias.
acho que seria uma boa ideia tentar me fazer comer agora. A menos que você queira isso
Ele reprimiu uma risada. Se soubesse que levá-la para o espaço a enfraqueceria a
ponto de ela ser uma gatinha indefesa, teria feito isso antes. Ele se concentrou nas
simbioses douradas enroladas em seus pulsos. Pediu para ajudar no enjoo de sua
companheira. Uma fração de segundo depois, o ouro ao redor de seus pulsos se juntou
aos dela e começou a se mover. Minúsculos pontos de ouro apareceram em suas orelhas
e ao redor de seu pescoço, formando uma longa corrente que desapareceu no decote do
top preto de seda que ela estava usando. Ele reprimiu um gemido quando o ouro pousou
— Oh, mi elila. — Ele gemeu com voz rouca. — Espero que você se sinta melhor
mais tarde.
***
Pouco tempo depois, Creon olhou para Carmen para se certificar de que ela estava
melhor. Deu um suspiro de alívio quando ela lentamente relaxou contra ele. A cor em
seu rosto havia retornado assim que as vibrações de quebrar a atmosfera cessaram. Ele
também a incluiu nas discussões que estava tendo com dois dos guerreiros que viajavam
com eles em um esforço para distraí-la. Parecia estar funcionando enquanto ela ouvia
dois irmãos faziam parte de uma equipe de elite que ele montou durante a Grande
Guerra. Sabia que podia contar com eles para proteger sua companheira com suas vidas.
Ele também queria que ela os conhecesse e confiasse neles, pois sua responsabilidade era
garantir que ela estivesse segura em todos os momentos. Eles a protegeriam quando ele
não pudesse estar ao seu lado. Ele se recusava a correr o risco de que qualquer coisa
Eles eram rápidos, ferozes e funcionavam como se fossem uma única força de combate
mortal. Ele havia lutado com eles muitas vezes e valorizava suas habilidades de luta
excepcionais. Era quase impossível distingui-los; havia aprendido há muito tempo a nem
mesmo tentar. Custou-lhe mais de uma bebida quando foi desafiado a distinguir os
irmãos.
— Então, minha senhora, você não se importa com viagens espaciais? — Cree
espaços abertos. Minha irmã e minha melhor amiga adoram viagens espaciais, no
entanto. Elas estavam no exército em casa e queriam fazer parte do programa espacial
— Fêmeas nas forças armadas? Você está brincando, sim? — Calo perguntou usando
o mesmo tom. — Todos os guerreiros sabem que as mulheres não são feitas para lutar.
Creon lutou contra um gemido quando viu a boca de sua companheira se apertar e
seus olhos se estreitarem com o desafio involuntário. Ele havia aprendido nas últimas
semanas que, quando ela tinha uma expressão como essa, alguém estava fadado a se
machucar. Debateu se deveria corrigir os irmãos, mas decidiu que se eles iriam ajudá-lo
a proteger sua companheira, precisavam saber o que ela era capaz de fazer. Ele quase
mudou de ideia quando Carmen passou uma mão casualmente pela frente de sua blusa
até que seus dedos acariciaram sua garganta pálida, onde a marca do dragão estava
claramente exibida.
Uma risada suave e sexy escapou dela quando ela inclinou a cabeça para o lado.
Não, eu proíbo.
brilhantemente para os dois homens à sua frente. — Sei como os guerreiros Valdier
— Sua companheira tem um bom senso de humor. Quem sabe, podemos precisar
— Eu não a antagonizaria se fosse você! — Ele avisou enquanto pegava a mão dela.
resto da viagem. Ela havia sido treinada para procurar as menores coisas que poderiam
ser usadas contra um oponente durante os anos em que ela e Scott trabalharam na
mesmo cabelo escuro dos Valdier e olhos dourados. Ambos tinham a linha da mandíbula
forte e feições orgulhosas dos guerreiros, também; para não mencionar a constituição
musculosa. Uma diferença era a marca de nascença perto do canto do olho direito. A
nascença de Calo acabava um pouco antes disso. Era apenas uma pequena diferença e a
maioria das pessoas perderia, mas estava lá. Cree também usava mais a mão esquerda
do que a direita, era o mais quieto e atencioso dos dois e tinha o hábito de tocar a faca ao
lado do corpo a cada poucos minutos. Calo, por outro lado, usava um pouco mais a mão
direita, era mais aberto e seus olhos se moviam constantemente, como se para verificar
se nada havia mudado. Ela sabia exatamente o que faria no minuto em que
Creon deu um suspiro de alívio quando o transporte começou sua abordagem final
para atracar com a nave de guerra. Ele tiraria Carmen do transporte e a levaria para seus
aposentos antes que algo acontecesse. Percebeu o brilho calculista em seus olhos e sabia
que ela não esqueceria ou perdoaria o que os dois guerreiros em frente a eles haviam
dito. A voz do piloto veio através de seus comunicadores dizendo que a atracação estava
completa e eles poderiam remover as restrições de assento. Ele estendeu a mão e desfez
a de Carmen primeiro.
— Não. — Ele sussurrou em seu ouvido enquanto se inclinava sobre ela. — Eles vão
aprender.
— Pode ter a maldita certeza que vão. — Ela sussurrou de volta ferozmente antes
— Bolas de dragão! — Ele sibilou sabendo que ela estava prestes a colocar dois de
***
Carmen deu um suspiro de alívio quando desembarcaram na nave. Ela podia
beijavam o solo ao desembarcar. Certo, era apenas um ônibus espacial e ela agora estava
em uma nave ainda maior no espaço, mas se sua mente quisesse negar esse fato, ela podia
lidar com isso. Simplesmente não gostava de voltar para algo do tamanho de uma lata e
viagem aos asteroides de mineração onde eles acreditavam que Vox estava sendo
mantido. De acordo com as informações que ouvira na viagem para fora do planeta,
havia três lugares possíveis que ele poderia ter sido levado e eles precisariam verificar
cada um. Parecia que o cara poderia cuidar de si mesmo se algumas das histórias que os
caras estavam contando fossem alguma indicação. De qualquer forma, eles não pareciam
muito preocupados com ele. Uma área de mineração ficava nas bordas externas do
sistema estelar Cardovus, que era o mais próximo. Eles iriam verificar aquele primeiro.
Se ele não estivesse lá, eles parariam em dois portos espaciais diferentes antes de seguir
para o próximo. A maior preocupação deles era se um assassino havia sido enviado para
cuidar dele. Se Vox fosse morto e rumores de que Curizan e Valdier se uniram para fazê-
lo se espalhassem, haveria outra guerra. Ao que parece, isso teria um efeito devastador
deles. Parecia que ele podia ser um filho da puta mal se quisesse. Ele era tão alto quanto
Creon e tinha aquele mesmo tom sombrio, como se tivesse visto e feito coisas das quais
não se arrependia. Ela encarou seus olhos roxos escuros, recusando-se a recuar. Um
rosnado baixo escapou dele em seu desafio. Carmen sorriu e ergueu a sobrancelha.
— Eu pensei que você tinha uma companheira, Creon. — Disse o homem alto
olhando Carmen de cima a baixo. — Ela parece pouco maior do que uma criança.
— Pare com isso, Ha'ven. — Creon rosnou baixinho. — Eu sei que você está apenas
tentando irritá-la para ver o que ela vai fazer, mas não vou deixar você insultá-la.
— Eu estava esperando para ver se sua companheira tinha o fogo que você
Cree e Calo riram. Carmen deixou o sorriso permanecer em seu rosto. Se eles
queriam vê-la como uma gatinha, então que fosse. Ela estava prestes a mostrar a eles que
esta gatinha tinha garras muito afiadas e uma cauda perversa. Movendo-se rapidamente,
ela se virou, arrancando a faca de Cree de sua bainha enquanto dava um chute na
mandíbula de Calo antes de girar em um arco gracioso e derrubar os pés de Cree debaixo
dele. Ela também não tinha acabado com eles. Em segundos, ela tinha Ha'ven pendurado
de cabeça para baixo por seus pés em sua cauda. Ela deu um sorriso largo para Ha'ven
antes de jogá-lo contra os dois irmãos que estavam se levantando, suas bocas abertas por
um breve momento antes de pegarem o corpo inteiro do grande guerreiro em seus peitos.
Antes que eles pudessem se levantar, Carmen sentou-se branca, vermelha, rosa e
roxa em cima deles. Talvez ela não fosse uma gatinha, afinal, mas um cachorro grande,
porque ela era definitivamente a rainha desta pilha de cães! Nenhum dos homens
poderia se levantar a menos que ela o fizesse. Ela agarrou a faca afiada em sua garra
dianteira. Abaixando-se para ficar olhando para os três rostos com um sorriso, cortou
uma pequena mecha de cabelo de cada uma das cabeças dos homens antes de soprar um
— Eu acho que você provou seu ponto, Carmen. — Disse Creon, recuando com os
braços cruzados sobre o peito, rindo. — Não tenho certeza se Calo consegue respirar.
Carmen virou a cabeça brevemente para olhar para seu companheiro. Ela bufou
corpo enquanto o fazia. Segundos depois, um par de braços fortes envolveu sua forma
de duas pernas. Ela segurava a faca de Cree em uma mão esguia e três comprimentos
diferentes de cabelo na outra. Eles eram seu prêmio e ela não iria devolvê-los.
— Miau. — Disse Carmen, seus olhos brilhando com humor e desafio enquanto
Ha'ven esfregou a virilha com a mão. Ela deu uma joelhada nele enquanto se
levantava e estava latejando dolorosamente. Ele estudou a mulher novamente com uma
nova apreciação. Ela era rápida, engenhosa e tinha um senso de humor perverso... ele
— Que espécie você disse que ela é? — Ele perguntou curiosamente, apreciando o
castanho suave de seus olhos, sua pele pálida e delicada, cabelos amadurecidos pelo sol
rosnando. Escamas negras ondularam sobre seu corpo e ele parcialmente mudou. Ele
frente dele.
— Eu protegeria sua companheira com minha vida, meu amigo. Não tenho desejo
de tomar o que é seu. Você merecia esta bênção há muito tempo. — Ele disse calmamente.
— Mas eu não me importaria de encontrar uma para mim. — Acrescentou ele com um
Creon olhou fixamente nos olhos do amigo. Tudo o que podia ver era a veracidade
por trás de sua declaração. Com uma palavra baixa para seu dragão, ele deu um passo
para trás e respirou fundo várias vezes para acalmar seu dragão e a si mesmo.
— Ainda somos muito protetores com ela. — Ele murmurou para o amigo.
Cree e Calo se levantaram para ficar ao lado deles. Os outros guerreiros que pararam
para assistir ao pequeno show de Carmen e a reação de Creon a ele lentamente voltaram
— Pelo que parece, ela é quem poderia fazer a proteção! — Ele disse com uma risada
— Não é sua, Calo. Pertencia a Cree. Agora, pertence a mim. — Ela disse antes de
virar para Cree. — Eu posso usá-la quando tiver que proteger suas bundas.
A risada de Ha'ven ecoou pela baía de atracação. Cree e Calo ficaram com suas bocas
abertas novamente e olhando com espanto enquanto Creon colocava uma mão
possessiva na parte inferior das costas de sua companheira e a guiava em direção a uma
das saídas. Os dois irmãos ficaram paralisados até perceberem que estavam sendo
— Eu quero encontrar uma para nós também. — Cree murmurou baixinho para seu
gêmeo enquanto caminhava atrás da bunda sexy e oscilante da mulher que tinham sido
— Você acha que a espécie dela poderia lidar com nós dois juntos? — Calo
perguntou maravilhado.
— Acho que a questão será se nós dois podemos lidar com a mulher!
Carmen colocou as mãos nas bochechas de Creon e puxou sua cabeça para a dela.
Ela pressionou seus lábios contra os dele; beijando-o profundamente antes de recuar,
sem fôlego. Seus olhos estavam brilhando de desejo enquanto ele olhava para ela.
— Eu ouvi você na primeira, segunda, terceira, quarta... — Ela não podia continuar
Passaram-se duas semanas desde que deixaram Valdier e não estavam mais perto
de encontrar Vox do que antes. A área de mineração que visitaram primeiro foi
abandonada pela Antrox, mas eles não levaram tudo quando partiram. O Antrox havia
compadeceu deles. Eles eram humanos. Haviam sido retirados da Terra quatro anos
antes. De acordo com o relato que Creon deu a ela, o homem não era mais considerado
viável, pois não conseguia produzir trabalho suficiente a cada dia para justificar sua
alimentação. Eles ficaram com apenas alguns suprimentos e um jovem Pactor aleijado
demais para trabalhar. O velho humano disse que o menino era seu neto. O menino havia
escapado, se escondendo nos túneis para não se separar do avô. Pelo que o velho disse a
confortável para todos. O menino não deixaria o Pactor nas minas. Ele se recusou a sair
dos túneis até que prometemos que ele poderia trazê-lo com eles. Por que ele se apegou
à besta feia, nunca vou entender. Ele tem jeito com a criatura, entretanto. Isso o segue em
velho tem uma boca suja. Ele não deixa ninguém se aproximar do menino dizendo que
é mentalmente incapaz de entender o que está sendo dito. Ele também disse que o
menino era mudo. Pelo menos, esse foi o motivo que ele deu para manter o menino longe
de todos. Ele recusou assistência médica para os dois. Tandor não insistiu, pois os dois
pareciam bem e os exames iniciais quando foram trazidos a bordo não sinalizaram
nenhuma doença ou enfermidade. Ainda assim, eles estão sendo muito pouco
cooperativos. — Disse Creon com voz rouca. — Talvez fossem mais receptivos à nossa
suas roupas. — Você dificilmente pode culpá-los. Veja o que tiveram que suportar nos
últimos quatro anos. Eles foram arrancados de tudo e de todos que conheciam e usados
assegurar-lhes que as coisas serão melhores. Ha'ven finalmente acabou seccionando uma
das baias de reparos. O velho, o menino e o Pactor estão usando como seus aposentos.
— Ele disse, olhando distraidamente enquanto ela pegava suas roupas no chão onde ele
as havia jogado antes. — Eu gosto mais de você do jeito que você está. — Acrescentou
pegar as calças que ele havia tirado dela. Ela reprimiu uma risada quando o ouviu gemer
alto. Estava se tornando um mau hábito dele tentar mantê-la nua. Ela estava aprendendo
que, se quisesse deixar seus aposentos a bordo da Horizon, seria melhor fazê-lo antes
— Não, se eu fizer, nenhum de nós irá embora. Achei que você tivesse uma reunião
— Merda! Eu esqueci. Você é distração demais para mim, mi elila. — Ele respondeu
está? Houve uma situação em Valdier. Tilkmos, e aquele maldito garoto está causando
problemas de novo. Ele foi atrás de alguns guerreiros com uma pá quando eles entraram
na área de reparos para pegar algumas peças. Devíamos ter apenas deixado seus três
— Vá ver o que aconteceu. — Disse Carmen enquanto dava um beijo nos lábios de
ela atentamente.
— Cree ou Calo irão com você. Não vou correr o risco de eles atacarem você.
Ela parou por um segundo, prestes a discutir antes de ver que ele estava
genuinamente preocupado.
com força contra a pele. Lágrimas queimaram seus olhos com a intensa emoção
brilhando nos dele. Ela podia entender. Esses mesmos sentimentos estavam correndo
por ela. Ela nunca pensou que teria uma segunda chance e estava com medo de que algo
— Eu também te amo. — Ela sussurrou, olhando em seus belos olhos dourados com
um olhar assombrado. — Às vezes, fico com tanto medo de que isso seja um sonho e eu
acorde.
Ele a puxou contra si, envolvendo os braços em volta dela e segurando-a com força.
— Então, estou tendo o mesmo sonho. Um do qual eu nunca quero despertar. — Ele
respondeu rispidamente.
***
foram atacadas. Eles foram capazes de resgatar Abby antes que ela fosse levada, mas
Cara e Trisha não se saíram tão bem. Além disso, a notícia devastadora de que seu tio
agora tinha uma arma poderosa o suficiente para destruir uma simbiose era horrível.
Zoran relatou friamente as mortes dos guardas e suas simbioses. Ele explicou suas
descobertas, mas ainda não tinham certeza do que era poderoso o suficiente para destruir
algo feito de pura energia. Trelon e Kelan estavam liderando o ataque a uma nave de
guerra de Curizan que a simbiose de Trelon estava seguindo. Ele os manteria informados
sobre quando eles recuperassem Cara e Trisha. Zoran se recusou a acreditar que as duas
— N'tasha estava por trás disso. — Zoran respondeu com uma voz mortalmente
fria. — Se Kelan ou Trelon não a matarem, eu o farei. Ela cometeu um crime hediondo
contra seu povo. Quero saber cada traidor que está em aliança com Raffvin.
— Estamos indo para o espaço porto de Kardosa. — Disse Creon. — Vox não estava
contatos em Kardosa que podem saber para qual ele foi levado. Receio que Raffvin
arma capaz de tais atrocidades a ponto de matar nossas simbioses, ele é ainda mais
informante que sabe onde a base principal de Raffvin está escondida. Eles estão viajando
para se encontrar com ele. Se tiverem uma maneira de deter Raffvin, eles continuarão
imediatamente para inflamar seus irmãos e os guerreiros Sarafin. Podemos muito bem
— Você avisou Mandra sobre a arma que Raffvin tem? — Creon perguntou
preocupado. — É muito perigoso para ele e Adalard irem atrás dele sozinhos.
— Mandra está ciente do que aconteceu e usará seu melhor julgamento. Pode ser a
única vez que temos uma chance contra Raffvin. Ele não prosseguirá a menos que tenha
certeza de que pode derrotá-lo. Ele não arriscaria sua vida ou a de sua companheira. —
— Lembre-se também que ele não está sozinho. Adalard pode ser mortal. — Disse
Ha'ven com orgulho de seu irmão mais novo. — Ele já tem um motivo para querer a
cabeça de Raffvin montada em sua parede. Ele estará ao lado do seu irmão.
— Então, continuamos em nosso curso para Kardosa, a menos que as coisas mudem.
Entrarei em contato com Mandra e discutirei seu apoio caso eles encontrem Raffvin.
— Fique forte e lute bem, irmão. — Zoran disse, citando sua despedida durante os
tempos de batalha.
— Você também, irmão. — Disse Creon antes de desligar. Ele se virou para olhar
para Ha’vem. — Precisamos encontrar Vox o mais rápido possível e apoiar Mandra.
Tenho um mau pressentimento de que Raffvin fará tudo o que puder para matá-lo assim
com as companheiras de seus irmãos. Se ele tiver sucesso em matar uma ou as duas... —
Sua voz sumiu quando os dois perceberam a terrível possibilidade de que Creon e
— Isso não vai acontecer. Vamos rever o que sabemos. Isso ajudará a restringir nossa
pesquisa.
***
Carmen olhou para Cree e revirou os olhos. Ele tentou insistir que era Calo no início,
mas finalmente desistiu quando ela balançou a cabeça em desgosto. Foi realmente
divertido vê-lo tentar descobrir como ela podia diferenciá-los. Ela se recusou a dizer a
ele, o que o deixou ainda mais irritado. Do jeito que estava, ele se recusou a deixá-la
— Você está sob minha proteção. — Ele insistiu, tentando conter seu temperamento
quando ela apenas olhou para ele com uma sobrancelha levantada. — Creon disse isso.
— Tanto faz. — Carmen respondeu e apertou o painel de controle. — Se isso faz com
que suas calças de menino pareçam melhores, fique à vontade. Sempre posso arrastar
— Vá em frente, eu sei exatamente o que você ia dizer. — Ela riu, apreciando como
Ela observou enquanto ele se movia cautelosamente para a área de reparos. Ele
gritou para o velho que havia trazido um visitante. Foi só quando Cree viu o velho acenar
com a cabeça quando estava saindo da sala lateral preparada para seu uso, que ele deu
Mantenha seus olhos atentos. Dizem que ele não está bem da cabeça.
— Vou me certificar de que gritarei como uma menina se o vir. Tenho certeza de que
— Espertinha, ele é mudo. Ele não iria ouvi-la se você fizesse isso. — Cree mordeu
arrogantemente.
significava que o menino não conseguia falar, não que ele não pudesse ouvir. Ela olhou
para o velho que estava olhando para ela com preocupação. Ele avançou, agarrando a pá
enquanto o fazia.
Cree estendeu a mão para agarrar o braço de Carmen e puxá-la para trás, mas ela se
abaixou e se torceu antes que ele pudesse, afastando-se dele. Ela deu um sorriso caloroso
para o homem que caminhava em sua direção. Ele parecia ter sessenta e poucos anos,
embora fosse difícil dizer pelas rugas que revestiam seu rosto. Seus olhos eram afiados e
O homem parou na frente dela. Ele segurou a pá com firmeza, mas a abaixou de
modo que ela encostou em seu lado direito. Ele enxugou a mão esquerda ao longo da
perna esfarrapada da calça antes de lentamente estender a mão e agarrar a dela com
Geórgia.
Carmen deixou que ele segurasse a mão dela um pouco mais do que o normal. Era
quase como se ele tivesse medo de que ela desaparecesse. Ela apertou a mão dele para
baixinho. — Cree será um bom menino e ficará perto da porta se isso te deixar mais
confortável.
— Eu gostaria de mostrar a você... — Ele parou com outra maldição e apenas olhou
— Ele está todo nervosinho, não está? — Ela perguntou em um sussurro exagerado
e piscou para Cal. — Eles fazem muito isso, mas realmente são como cachorrinhos
crescidos demais.
Cree rosnou novamente e cruzou os braços sobre o peito enorme. A porta se abriu
ao lado dele e a simbiose de Creon entrou na forma de um Basset Hound. Desta vez, suas
em uma delas.
Uma risadinha suave quebrou o som da baia de reparos. Carmen, Cal, Harvey e
Cree se viraram para ela, assustados. Harvey estremeceu, fazendo com que suas orelhas
grandes voassem ao redor dele antes de saltar para a forma esguia do garoto meio
escondido atrás de uma criatura estranha do tamanho de um pônei Shetland. A figura
desapareceu rapidamente novamente antes que Carmen tivesse a chance de dar uma boa
olhada nele. Ela se virou assustada quando ouviu um estrondo profundo vindo de Cree.
Virando-se, ela ficou chocada ao ver os olhos dele colados na direção do menino. Seus
olhos de ouro escuro tinham chamas e parecia que ele estava tendo problemas com seu
dragão.
Carmen se virou para ver o que ele estava olhando. Ele parecia estar focado no jovem
Pactor. Talvez seu dragão tenha pensado que era o almoço. O que quer que estivesse
acontecendo, estava tornando difícil convencer o homem parado na frente dela de que
ele não queria fazer mal, já que ele soltou um rosnado baixo e estrondoso.
fora? Prometo que se precisar de você, chamarei. Estou com Harvey comigo, então me
Os olhos de Cree ainda estavam grudados no Pactor. Ele estava ofegante e suando
profusamente agora. Ela teve que chamá-lo várias vezes antes que ele relutantemente
voltasse os olhos para ela. Com um olhar de dor torcendo suas feições, ele deu um aceno
— Bem, eu acho que o dragão dele gosta de Pactors. — Ela murmurou. Voltando-se,
ela balançou a cabeça em confusão. — Homens! Não me importa de que planeta eles são,
Carmen riu.
— Você e eu. Na verdade, eles não tinham café até que minha amiga, Cara, o
reproduzisse. Ela é saltitante o suficiente, mas quando o aperfeiçoou, pensei que eles
poderiam ter alimentado uma dúzia de naves de guerra com sua energia.
— Eles não estão abusando de você e da sua amiga, estão? Você pode ficar comigo
agora se não fosse por eles. Se você quiser compartilhar seu café comigo, contarei uma
história minha, de minha irmã e de nossas amigas. Acabou sendo realmente incrível. —
Ela prometeu, esperando que ele decidisse se ela estava dizendo a verdade ou não.
Mais tarde, Carmen se sentou na beira da cama esperando que Creon contasse o que
o estava incomodando. Ele voltou mais tarde do que de costume e estava muito quieto.
Ela o observou cuidadosamente enquanto ele vinha em sua direção. Linhas escuras de
preocupação estavam gravadas em torno de sua boca e seus olhos mantinham o olhar
que aconteceu?
Creon desviou o olhar. Carmen sabia que ele estava avaliando se contava a verdade,
parte da verdade ou nada. Ela o empurrou até que ele estivesse deitado e o cutucou para
que ele soubesse que ela queria que rolasse. Ele grunhiu, mas fez o que ela queria. Uma
vez que ele estava deitado de bruços, ela subiu em cima dele, montada em sua cintura.
gato, começou quando ela usou seus dedos fortes para relaxá-lo.
— Por favor, me diga, eu preciso saber a verdade sobre o que está acontecendo.
músculos podiam ser descritos como nada menos que felicidade. Ele apreciou que ela
não tentou pressioná-lo com lágrimas e acessos de raiva. Ela esperou calmamente, como
se soubesse que ele só precisava de alguns minutos para colocar seus pensamentos em
ordem.
— Cara e Trisha foram levadas. N'tasha, uma das mulheres do palácio, estava por
trás do ataque. Ela era uma das amantes de Trelon antes dele conhecer sua companheira.
Tentaram levar Abby, mas um dos guardas foi capaz de interceptar o homem que a
segurava antes que eles pudessem transportá-la para fora do planeta. — Ele começou
calmamente.
— Seus irmãos sabem para onde podem ter sido levadas? — Ela perguntou,
mantendo a voz calma, mesmo enquanto seu coração batia de medo por suas duas
amigas.
— Cara tinha um pedaço da simbiose de Trelon com ela. Estava enviando sinais para
a simbiose deixada para trás. Eles as estão perseguindo e devem intercepta-las a qualquer
— Raffvin tem uma arma diferente de tudo que conhecemos antes. É poderosa o
suficiente para matar uma simbiose, algo que achávamos impossível de fazer.
— Sim e não. Dois dos guardas que protegiam Trisha e suas simbioses foram mortos.
Trisha estava usando uma pequena quantidade da simbiose de Kelan. O que sobrou foi
— Acham... — Ela começou antes de sua garganta apertar de medo por Trisha. —
Eles acham que ela foi morta também? — Ela perguntou com voz rouca enquanto suas
Ele rolou tão rapidamente que ela se viu sentada em seu estômago em vez de em
suas costas. Ele agarrou ambos os punhos cerrados com força em suas mãos.
— Não! — Ele disse com firmeza. — Ela não está morta. Kelan saberia
imediatamente se ela tivesse sido morta. Ele sentiria tudo em sua alma. Não havia
sangue. Eles acreditam que ela foi levada viva. Eles vão encontrá-la. Kelan nunca vai
desistir de procurá-la. — Ele enfatizou, forçando-a a olhar em seus olhos para que
— Ela não merece isso. — Sussurrou Carmen. — Ela já passou por muito. Por que
— Raffvin sabe que matar nossas companheiras é uma sentença de morte para nós.
— Respondeu ele com voz rouca, olhando em seus belos olhos castanhos. — Vocês são
nossa maior força e nossa maior fraqueza. Não podemos sobreviver por muito tempo se
vocês forem tiradas de nós. Nossos dragões chorariam, nossas simbioses perderiam a
essência necessária para sobreviver longe da colmeia e eu... — Ele fez uma pausa e
respirou fundo. — Eu não poderia viver com o vazio de uma vida sem você.
— Eu sei sobre o que você está falando. Sei o que é perder algo tão precioso que o
Um gemido baixo foi puxado dele com a dor e tristeza nos olhos e na voz de sua
companheira enquanto ela se lembrava de sua vida passada e perda. Ele ficou dilacerado
por ela ter que se lembrar de uma dor tão avassaladora. Ele a puxou para si, esmagando
— Você já fez isso. Você pegou a dor e o vazio e os preencheu com luz, amor e
esperança. Você me prometeu para sempre, Creon. Eu quero cada segundo desse tempo.
— Ela disse, carinhosamente escovando a mão sobre o cabelo dele e colocando-a contra
sua bochecha.
Ele virou a cabeça o suficiente para que pudesse dar um beijo em sua palma.
— Eu não te daria nada menos. — Ele respondeu antes de puxá-la de volta para
Creon olhou para Carmen novamente enquanto a puxava para mais perto dele. Ele
seu lado, onde poderia vê-la o tempo todo. Em vez disso, não estava fazendo nenhum
dos dois. Seu olhar se moveu para Cree e Calo, onde estavam no canto do grande
elevador com suas simbioses. Deu a eles instruções estritas de que deveriam ficar ao lado
de sua companheira como se fossem parte dela. Harvey também estaria com eles.
Eles haviam chegado a Kardosa algumas horas antes. Ele e Ha'ven se separariam e
encontrariam com vários informantes diferentes que tinham no espaço porto. Carmen
era muito incomum para não chamar atenção indesejada para eles. Sua pele clara e
bordo da Horizon. Felizmente, os guerreiros a bordo sabiam melhor do que mexer com
Devo ficar à vista deles o tempo todo, não me afastar, e se eles me disserem para fazer
qualquer coisa, então devo fazê-lo imediatamente. — Disse ela, recitando as instruções
literalmente.
— Claro... vou tentar. — Disse ela maliciosamente. — Quem sabe, talvez eu tenha
que salvar suas bundas! Além disso, não estarei sozinha. Mel e Cal estão se encontrando
algum tempo com eles. Mel ainda não vai chegar perto de mim. Ele parece estar curioso
sobre mim, no entanto. Cal quer ver um espaço porto de verdade. Eles estão trancados
nos últimos quatro anos, depois na Horizon. Acho que será bom para os dois saírem.
— É melhor ele não atacar ninguém ou vou deixar sua bunda aqui. Ele começou a
jogar coisas em Yar ontem, quando foi buscar algumas peças para um dos motores. —
Creon fez uma careta feroz. — Não vou deixar aquele jovem machucar você.
— Ele não vai. Ele sempre mantém distância quando visito Cal. Sei que ele entende
o que está acontecendo enquanto ouve nossas conversas. Acho que ele é apenas jovem e
comigo.
— Sim, eu sei. Um dia desses, Carmen! POW! Bem no beijador. — Disse ela,
mudando a voz para soar como Jackie Gleason antes de cair na gargalhada, sentindo-se
1
Gêmeos Bobbsey são personagens fictícios, dois conjuntos de gêmeos fraternos - o par mais velho chamado Bert e Nan, o
mais jovem Freddie e Flossie - que são apresentados em uma extensa série de livros infantis da autora americana Laura Lee
Hope (um pseudônimo coletivo de muitos escritores, incluindo Harriet S. Adams).
Os olhos de Creon se arregalaram com a excitação queimando nos olhos de sua
companheira. Ela estava se divertindo! Esta era a primeira vez que ele via seus olhos
completamente sem sombras. Ela estava… brilhando. Sua garganta se apertou com o
feliz. Foi incapaz de resistir a puxá-la contra ele e deslizar a mão sobre sua barriga lisa.
Logo, começaria a inchar com seus filhotes. Fechando os olhos brevemente, ele estendeu
a mão da simbiose enrolada em seus pulsos para as que estavam nela para se conectar.
Ele procurou profundamente dentro dela até que encontrou seu dragão enrolado
firmemente em torno das pequenas faíscas de vida dentro dela. Seu dragão abriu sua asa
assim que sentiu a busca de seu companheiro. O calor o inundou enquanto ele se
concentrava nos faróis gêmeos. Ele sentiu a resposta deles ao seu toque leve.
Recuou ao sentir o elevador parar. Abrindo os olhos, ele olhou para ela com uma
combinação de orgulho e posse. Viu como seus olhos se enrugaram e seus lábios se
***
da criatura de orelhas caídas trotando ao lado dela enquanto Cree e Calo, e suas
simbioses em forma de gêmeos Werecats, seguiam de perto atrás. Sua mandíbula doía
por apertar com tanta força em um esforço para conter sua exigência de que ela voltasse
para seu lado. Uma carranca escura torceu suas feições quando ele a perdeu de vista.
— Ela está em boas mãos, meu amigo. — Disse Ha'ven calmamente. — Deixe-nos
encontrar as informações que viemos para que você possa se reunir com ela.
eu encontrar meu tio, vou estripá-lo. Ele causou muita dor para ter até mesmo o
lembrou a seu amigo. — Você tem que admitir que será muito divertido ver a cara de
Creon grunhiu, lutando contra o desejo de rasgar através da multidão atrás de sua
companheira.
— Vamos terminar isso. Quero levar minha companheira a algum lugar onde sei
Creon se virou e saiu, misturando-se às ruas lotadas. Iria encontrar Devnar primeiro.
Ele era um Toluskin, uma besta de pele grossa com duas pernas e quatro braços. Devnar
era dono de uma empresa de peças e recuperação que negociava com equipamentos
legais e ilegais. Qualquer pessoa que precisasse de uma peça para o transporte passava
por ele. Ele lidava com alguns capitães de cargueiros honestos, alguns militares honestos
Ele se moveu pelas ruas lotadas com facilidade, já que a maioria dos clientes olhava
para ele e lhe dava bastante espaço. Manteve uma das mãos na espada curta em seu
quadril e a outra na pistola a laser firmemente presa em sua mão. Seu longo cabelo preto
estava preso na nuca. Ele vestia o uniforme típico de calça e colete de couro preto com
uma camiseta preta. Tinha várias facas escondidas ao redor de seu corpo, incluindo duas
em cada bota. Este era um mundo com o qual ele estava muito familiarizado e sabia que
Virando em um beco estreito, olhou para uma dupla de Marastin Dow, uma espécie
esguia e roxa que eram piratas espaciais conhecidos. Eles não seguiam as regras do
sistema estelar. Seu próprio mundo era um labirinto mortal de ladrões e assassinos. Seus
filhos aprendiam desde cedo que a vida era matar ou morrer. Na verdade, homens e
mulheres recebiam o mesmo treinamento na arte da pirataria. Ele tinha estado no mundo
Creon os ignorou sabendo que eram mais carniceiros e nunca atacariam um dragão
esgueirar-se sobre seus oponentes e cortar suas gargantas. Ele dobrou vários outros becos
antes de voltar para uma via pública maior perto dos ancoradouros menos vigiados.
Fez uma pausa para olhar em volta com cuidado. Sabia que estava sendo seguido.
Ele podia sentir isso e seu dragão também. Ele estava andando para frente e para trás em
agitação.
— Eu também sinto, meu amigo. — Ele disse silenciosamente. — Paciência, eles vão
se mostrar em breve.
Ele empurrou a porta parcialmente aberta ouvindo quando um carrilhão soou para
que Devnar soubesse que tinha companhia. O enorme corpo redondo do Toluskin teve
que virar de lado para passar pela porta dos fundos da pequena loja. A loja estava mal
iluminada, mas isso não era um problema para Creon quando ele chamou seu dragão à
superfície. Seus olhos se estreitaram em longas fendas e brilharam em ouro escuro e rico.
— Sabe, eu poderia obter bons créditos por esses seus olhos. — Devnar bufou.
A risada profunda de Devnar fez todo o seu corpo se mover. A pele de couro laranja
escuro e cinza ondulou quando ele se aproximou do balcão estreito que separava a frente
da traseira. Ele apoiou dois de seus braços no balcão, mantendo os outros dois
— O que o velho Devnar pode fazer por um Príncipe Dragão Valdier? — Devnar
bufou com uma voz grossa com sotaque. — Se você quiser entrar nos ringues de luta,
posso conseguir alguns bons oponentes. Eu poderia fazer 60/40 com você. A melhor
balcão antes que eu arranque os que estão apoiados nele. Não desejo machucá-lo, meu
velho amigo, mas tenho pouca paciência agora. — Disse Creon, puxando parcialmente a
Devnar bufou várias vezes, mas lentamente levantou seus outros dois braços,
— Agora você sabe que o velho Devnar sabe melhor do que mexer com você. Tenho
uma dívida de vida com você. — Respondeu ele, apoiando-se pesadamente no balcão.
— Você me deve três dívidas de vida, seu velho ladrão. — Creon grunhiu,
Devnar concordou.
— Que informação você precisa? Há muita conversa acontecendo. Isso tem alguma
coisa a ver com o desaparecimento de um certo príncipe gato teimoso e cabeça quente?
— Você não está chateado com ele ainda, está? Ele salvou sua vida daquele assassino
bovino.
— Sim, ele fez, mas eu tenho garras de gato na minha bunda dele me agarrando e
me puxando para baixo daquela maldita lançadeira. Minha senhora não ficou feliz
comigo. Ela pensou que eu tinha estado na casa de prazer e fui pego por um guerreiro
Sarafin trabalhando em sua mulher. Levei quase um mês para fazê-la parar de jogar
— Agradeça que foi sua bunda que ele agarrou e não outra coisa. O que você ouviu?
— Ouvi dizer que seu tio decidiu que quer controlar o sistema estelar Valdier, de
preferência sem a realeza atual viva, exceto por uma bela princesa Valdier. Nunca ouvi
o nome, mas ele disse algo sobre que ela deveria ter sido sua, em vez de companheira de
seu irmão. Presumo que você saiba de quem ele estava falando? — Devnar perguntou,
esfregando duas de suas mãos enquanto uma dos outros coçava sua bunda.
— Você ouviu isso diretamente dele? — Creon perguntou olhando nos olhos negros
redondos.
— Bem, não exatamente dele. Eu ouvi de um homem que estava conversando com
outro homem que estava trabalhando em uma nave que ouviu alguns tripulantes a bordo
da Mortar, uma das naves de guerra que seu tio usa, falando sobre isso. — Ele respondeu
o asteroide de mineração Antrox entre as luas de Quillar de Bosca e Dorland. Eles fariam
o Antrox trabalhar com ele até que enviassem uma mensagem para ele ser eliminado.
Eles estavam dando aos malditos insetos três vezes os créditos apenas para mantê-lo. —
Devnar sorriu, se você pudesse chamar a torção de seus lábios grossos de um sorriso. —
Ouvi dizer que ele matou três dos membros da força de segurança que o protegiam antes
de derrubarem sua bunda novamente. O capitão ordenou que ele e seus homens fossem
mantidos sedados até serem entregues ao Antrox. Aposto que a bunda peluda dele está
Creon balançou a cabeça em desgosto com o óbvio prazer de Toluskin pela situação
de Vox.
— Você ouviu mais alguma coisa? — Ele perguntou, pronto para terminar com o
— Só para você cuidar de suas costas, dragão. — Devnar disse, de repente muito
sério. — Seu tio tem uma nova arma da qual a tripulação estava se gabando que pode
matar um guerreiro Valdier, seu dragão e sua simbiose. Essa é uma arma pela qual cem
que funciona.
— Obrigado, meu amigo. — Disse Creon virando-se para sair. — Você só me deve
duas dívidas de vida. Agradecemos sua ajuda. Cuide-se até que isso seja resolvido. —
— Diga àquele maldito shifter gato que minha dívida com ele está paga. Prefiro ficar
Creon acenou com a cabeça em concordância antes de sair pela porta. Ele se virou
para o lado oposto de onde veio. Queria saber quem o estava seguindo e queria respostas
para o que seu tio estava fazendo a seguir. Ele caminhou pela rua movimentada, saindo
de uma passagem estreita antes de se esconder em uma porta coberta. Seus olhos
escanearam a multidão focando em uma espécie de réptil com escamas verdes escuras e
uma grande coleção de contas coloridas. Ela riu quando ele juntou as mãozinhas como
se implorasse para que ela fizesse uma compra em seu estande. Ela manteve os olhos
de Cal e prometeu escoltar Cal e Mel ao mercado para que eles pudessem se encontrar.
Mel, circulando o garoto várias vezes antes de se sentar para que ele pudesse se curvar e
esfregar nele. O menino manteve a cabeça baixa e um enorme chapéu cobria sua cabeça.
Carmen ainda não tinha visto o rosto de Mel. O menino era extremamente tímido. Ele
nunca chegava perto quando ela vinha visitá-la, preferindo ficar com o pequeno Pactor
na área de reparos. Ela não sabia quem estava mais surpreso, ela ou Cree e Calo, quando
suas duas simbioses de repente correram para o menino que estava ajoelhado. Ambas as
simbioses esbarraram nele, exigindo um pouco da atenção que estava dando a Harvey.
Ela observou enquanto o menino, que mantinha a cabeça inclinada para baixo, esfregava
— Carmen, é bom ver você. — Cal disse com um largo sorriso e um suave sotaque
sulista, chamando sua atenção de volta para ele. — Zuk tem nos mostrado o lugar.
Deixamos a nave assim que atracou para que pudéssemos pegar algumas coisas que Mel
e eu precisávamos. Você comeu? Zuk estava dizendo que há um bom lugar não muito
longe daqui.
— Não. Temos explorado. Isso não é totalmente alucinante? Quer dizer, eu vi filmes
alienígenas em casa, mas vê-los na vida real é.... tão diferente do que eu esperava! —
Carmen disse enquanto observava várias criaturas que obviamente eram fêmeas
passarem por eles olhando para ela com tanto interesse quanto ela estava olhando para
elas.
para comer algo. — Disse Zuk educadamente, certificando-se de ter a permissão de Cree
e Calo também.
— Obrigada, Zuk. — Carmen respondeu, olhando para onde Mel ainda estava
ajoelhado com as três simbioses ao seu redor. — Cal, você acha que Mel se importaria se
Cal se virou para olhar hesitantemente para seu neto antes de se virar e olhar para
— Sim, Mel vai ficar bem. Apenas certifique-se de que aqueles dois fiquem para trás
ou isso pode assustá-lo. Ele não gosta de estar aqui e está nervoso como o diabo. Talvez
seus amigos dourados possam sentar com ele. Eles parecem ter um efeito calmante no
menino.
subindo dois níveis. Mel seguiu atrás de todos com Harvey e os gêmeos Werecats ao seu
lado. Ele se certificou de manter uma ampla distância de Cree e Calo, que ficavam se
virando e franzindo a testa para ele quando ele arrastava seus pés demais. Carmen sentiu
pena do menino. O chapéu enorme e as roupas muito grandes acentuavam sua figura
pequena.
— Cal, Mel sempre foi assim? — Carmen perguntou baixinho, não querendo que o
menino a ouvisse.
— Não, só desde que fomos levados. — Ele respondeu rispidamente. —Tem sido
especialmente difícil para ele. Ser tirado de seu mundo em uma idade tão jovem. A única
coisa em que ele encontrou conforto foi cuidar daquelas malditas criaturas.
— Talvez eu possa falar com Creon sobre levá-lo de volta para a Terra. — Carmen
disse hesitante. — Não posso prometer nada, mas ele pode concordar em devolver você
e seu neto quando tudo isso acabar. Se não, vocês são bem-vindos em Valdier. É
Cal olhou para Mel, que estava ficando para trás novamente. Ele se assustou quando
viu Calo caminhar na direção de seu neto. Ele franziu a testa quando viu Mel recuar até
que as simbioses de Calo e Cree e Harvey o cercaram de forma protetora. Calo disse algo
baixinho para Mel antes de se virar bruscamente com uma expressão de raiva em seu
rosto normalmente alegre e marchou de volta para ficar atrás de Carmen em um silêncio
rígido.
— Nós agradeceríamos qualquer coisa que você pudesse fazer. — Cal disse
para Mel uma última vez antes de seguir Zuk até o pequeno restaurante sobre o qual
havia falado.
Eles estavam sentados em uma grande mesa retangular perto da porta do pequeno
bar. Isso lembrou a Carmen de algumas das Cantinas, no México. Havia um bar circular
comendo ao redor dele, bem como ao redor das mesas amplamente espaçadas. Carmen
ficou intrigada a princípio por que as mesas estavam tão distantes uma da outra, até que
quase um metro de largura e um metro e oitenta de altura. Cada uma delas usava lenços
transparentes sobre o que parecia ser duas peças que mal cobriam seus seios múltiplos e
região inferior. Eles tinham uma pele vermelha escura e escamosa com longos cabelos
verdes. Seus rostos eram achatados, com apenas duas pequenas fendas onde estava o
Carmen sabia que estava encarando e teve que forçar seus olhos de volta para as
imagens na mesa.
— Se quiser pedir qualquer coisa, basta tocar na imagem. — Disse Zuk com um
Cree olhou para o final da mesa onde Mel estava sentado. Ele franziu a testa quando
viu as faixas gêmeas de ouro aparecendo ao redor dos pulsos delgados do menino
Os olhos verdes escuros de Mel o espiaram brevemente antes que ele abaixasse a
nela. A mandíbula de Cree apertou e ele olhou para seu irmão que estava olhando em
um silêncio pétreo para Mel. Cree sacudiu a cabeça brevemente para seu irmão quando
— Vou pedir para Mel. — Cal disse vivamente. — O menino não come muito.
— Ele precisa comer mais. — Calo mordeu rispidamente. — Ele é muito pequeno
para sua idade. Como se tornará um guerreiro forte se não começar a comer? Talvez Cree
— Isso não será necessário. — Respondeu Cal. — Carmen vai pedir ao seu
companheiro para nos devolver ao nosso mundo. Mel ficará bem do jeito que está
Ambos os homens se viraram para encarar Carmen antes de olhar para baixo com
raiva.
— Talvez seja melhor assim. — Calo finalmente disse em um tom baixo. — Se você
não se importa, não estou com fome. Vou patrulhar a área externa. — Acrescentou ele,
levantando-se.
Carmen franziu a testa para os dois irmãos quando eles rapidamente deixaram o
bar. Ela olhou para baixo e ficou surpresa quando viu os olhos de Mel seguindo os
homens. Ela estava definitivamente perdendo alguma coisa, mas não conseguia
descobrir. Estava prestes a dizer algo quando uma das garçonetes apareceu com a
comida. Ela olhou para os pães, queijos e frutas com alívio. Reconheceu muitos deles da
— Não achei que você se interessaria pela comida mais típica dos residentes daqui.
— Disse ele, apontando para seu próprio prato que parecia uma combinação de
Zuk apontou para um corredor estreito. Carmen lançou lhe um sorriso agradecido,
embora trêmulo, antes de correr para o banheiro. Ela suspirou de alívio quando viu um
emblema que reconheceu de seus estudos e abriu a porta. Chegou ao banheiro bem na
hora em que seu estômago se rebelou. Apoiou as mãos na parede até sentir como se
tivesse expulsado tudo o que estava para sair. Passou a mão na boca, trêmula, enquanto
tropeçou até o dispositivo na parede e acenou com as mãos na frente dele. Outra luz
apareceu e deslizou sobre suas mãos. Ela só precisava de algo para sua boca agora.
Arriscando-se, ela se inclinou para frente e abriu a boca na frente do sensor de luz. Com
certeza, a luz se concentrou em sua boca, limpando-a. Com alívio, Carmen abriu a porta
apenas para se encontrar enfrentando duas mulheres esguias e roxas paradas do lado de
fora da porta. Uma delas borrifou algo em seu rosto. Carmen vagamente sentiu a outra
agarrando-a quando ela começou a desmaiar. Seu primeiro pensamento foi uma
sensação de descrença de que isso pudesse estar acontecendo antes de ela enviar um
***
Zuk e Cal estavam conversando baixinho quando Harvey de repente mudou para a
forma de um Werecat e sibilou alto em perigo. As duas criaturas sentadas ao lado de Mel
sentir o perigo ao qual Harvey havia reagido. Zuk ordenou que Cal ficasse com Mel
derrubava várias, espalhando comida e bebida por toda parte. Ele se moveu rapidamente
em direção ao corredor onde Carmen havia desaparecido. Ele fez uma pausa enquanto
congelava para cheirar o ar ao redor da porta, seu som alto de angústia era tão agudo
— O que houve? — Calo perguntou ao jogar alguns dos clientes que estavam em
seu caminho.
anestésico.
— Ou nos fundos. — Cree disse. — Devem tê-la transportado para a nave. Eles
devem estar trabalhando com alguém com autoridade no espaço porto. Nunca teriam
O espaço porto impedia que todas as espécies usassem qualquer tipo de feixe de
transporte, a menos que fosse autorizado. Eles tinham escudos no lugar para evitar que
fosse usado. Seria muito fácil para assassinos, ladrões e possíveis criminosos usá-lo para
acreditando que estavam acima de qualquer tipo de restrição. Cree apertou seu
contato com Creon ou Ha'ven até que os homens ligassem seus comunicadores
novamente. Eles não queriam ser distraídos ou ouvidos por alguém tocando em seu
dispositivo de comunicação.
— Leve uma equipe de segurança para a torre de autoridade. Quero todas as naves
bloqueadas. Ninguém está autorizado a sair até que tenha sido revistado completamente.
Dow.
Calo já estava abrindo caminho pela multidão seguindo Harvey, que estava se
— Zuk, leve Cal e seu neto de volta para a nave imediatamente. — Calo gritou
Cree se deteve um momento na frente de Zuk antes de seguir seu irmão. Seus olhos
estavam grudados onde Mel estava ao lado das simbioses dele e de seu irmão. Chamou
sua simbiose para ficar com Mel. Ele finalmente forçou seus olhos para longe da pequena
figura curvada.
antes de chamar a simbiose de seu irmão para segui-lo enquanto ele corria atrás de seu
irmão.
Ele sabia que a simbiose de seu irmão poderia encontrar Calo, que estava seguindo
Harvey pelas ruas movimentadas. Parecia que a enorme criatura dourada estava se
afastando das baias de ancoragem e entrando nas áreas de vida mais difíceis do espaço
porto. Ele acelerou até que pudesse ver seu irmão à frente. Parou de repente quando
dobrou uma esquina e encontrou seu irmão parado nas sombras enquanto Harvey se
— Isso não é como os Marastin Dow fazem. — Disse ele baixinho por trás de seu
irmão.
— Por que eles a trariam aqui? — Calo perguntou, observando enquanto Harvey
— Eu não sei, mas estão mortos, então não importa. — Cree falou enquanto
em uma grande criatura voadora e pousava no topo do prédio ao lado de Harvey. Eles
se ergueram e passaram pelo nível mais alto do edifício. A porta no topo foi aberta
revelando a escada escura. Os dois irmãos invocaram seus dragões para que sua visão
Werebeast enquanto as duas partes menores formavam uma armadura sobre os irmãos.
Calo acenou com a cabeça para sua simbiose seguir Harvey e eles se moveram para
a escuridão. Eles tinham que encontrar Carmen. Os dois irmãos sentiram o peso de seu
fracasso em protegê-la. Se alguma coisa acontecesse com ela, eles nunca poderiam viver
convencer alguém de algo. Ela não tinha a sensação de que elas estavam com raiva,
apenas... desesperadas? Ela franziu a testa e abriu os olhos para ver onde estava.
Estremeceu de surpresa quando viu um par de olhos castanhos escuros olhando para ela
com preocupação.
— Quem é você? E o que está fazendo aqui? — Carmen perguntou com a voz rouca
— Meu nome é Ben Cooper. Você está bem? Sinto muito pelo que aconteceu. Eu não
sabia que Evetta e Hanine fariam isso. — Disse ele baixinho enquanto puxava uma
Os olhos de Carmen voaram para as duas mulheres de pele roxa que estavam atrás
dele. Uma delas estava mordendo o lábio enquanto a outra olhava para Ben com um
olhar preocupado. Uma das mulheres disse algo baixinho a Ben antes de desaparecer na
outra sala.
algumas pequenas luzes acesas. As paredes estavam sujas e gastas, mas parecia que o
lugar estava sendo mantido o mais limpo possível com a mobília e os acessórios gastos.
As paredes e o chão eram de um cinza fosco. A mobília era escassa, com apenas a cama
de solteiro e uma pequena mesa e cadeira no quarto em que ela estava. O quarto externo
não parecia muito melhor. Ela podia ver outra mesa parecendo velha e quatro cadeiras
nela.
— Onde estou? — Ela perguntou hesitante, olhando de perto para o homem a sua
frente.
Ele tinha longos cabelos castanhos claros e olhos castanhos escuros como os dela.
Parecia estar na casa dos trinta e poucos anos e tinha cerca de um metro e oitenta e cinco,
se ela tivesse que adivinhar. Ele estava magro, entretanto, como se não comesse bem há
muito tempo.
baixinho, olhando para trás e estendendo a mão. — Esta é Evetta. Ela é minha esposa. —
Ele disse suavemente enquanto seus dedos se fechavam sobre os finos roxos. — Meu
irmão e eu fomos sequestrados da Terra quase quinze anos atrás. Fomos vendidos como
escravos várias vezes antes que o cargueiro em que estávamos fosse invadido pela nave
que Evetta e sua irmã estavam há cinco anos. — Disse Ben antes de dar um beijo leve na
palma de Evetta. — Tínhamos convencido todas as espécies desde que fomos levados
que meu irmão Aaron e eu não poderíamos ser separados, senão morreríamos. Evetta e
sequestrou a nossa.
— Eu vi Ben. — Disse Evetta, hesitante, olhando para Ben com um sorriso suave. —
Seu toque, sua voz, me fizeram sentir coisas que nunca senti antes. Eu daria minha vida
por ele. Ele é meu marido. — Ela disse com orgulho enquanto sorria para ele.
— Estamos fugindo desde que conseguimos escapar, há duas semanas. Aaron foi
ferido na fuga. Ele precisa de ajuda. Evetta e Hanine estavam procurando um curandeiro
que trabalhasse barato. Não temos muitos créditos e temos que ter cuidado com quem
abordamos. — Disse ele, cansado. — Sou muito incomum para sair. Isso teria enviado
— Minha irmã e eu vimos você. Você se parecia com meu marido e o irmão dele.
Achamos que você saberia como curar o marido da minha irmã. Ele está com muita dor.
Você viaja com o Valdier. Seu ouro é mágico. Você vai usá-lo para curá-lo. — Disse Evetta
Carmen olhou entre o rosto cansado e abatido de Ben e o olhar determinado no rosto
de Evetta.
— Deixe-me dar uma olhada nele. Posso não ser capaz de fazer muito, mas o
estreita. — Eu farei tudo que puder para ajudá-lo. — Disse ela, colocando a mão no braço
de Ben para encorajá-lo. — Você, seu irmão e suas esposas são bem-vindos para partir
conosco quando formos. Temos dois outros humanos que também foram levados.
lo para mais perto dela. Ben sorriu para sua esposa, envolvendo um braço apertado em
torno de sua cintura. Ele murmurou algo em seu ouvido que pareceu fazê-la se sentir
— Agradeço a oferta. Ficaríamos felizes com o transporte para algum lugar seguro,
mas nem meu irmão nem eu podemos voltar para a Terra. Como imagina, Evetta e
— Sei exatamente como você se sente. Vamos dar uma olhada em seu irmão. —
Disse ela.
Ben se virou e saiu para a outra sala. Havia outra cama estreita ao longo da parede
e um homem pálido e suado estava deitado sobre ela. Ele abriu os olhos cheios de dor
para olhar para ela. Hanine estava usando um pano úmido para enxugar a testa. Ele tinha
— Por favor, ajude meu marido. — Hanine disse lentamente. — Ele está com muita
dor.
— Vou ver se posso ajudar. — Disse Carmen suavemente. — Vou precisar entrar em
contato com meus amigos. Ele vai precisar de mais do que eu posso fazer.
— Não! — Hanine disse, levantando-se para ficar na frente de Aaron. — Você ajuda!
que puder para ajudá-lo, no entanto. Por favor, confie em mim. Eu não machucaria você,
Carmen se ajoelhou ao lado de Aaron quando Hanine finalmente deu um passo para
o lado. Ela passou a mão na testa dele. Estava quente. Ele estava com febre alta. Ela
moveu a mão para baixo para puxar a bandagem. Um buraco irregular na lateral do
corpo mostrava que ele tinha um corte profundo no lado direito. Tinha cerca de sete
centímetros de comprimento e ela achava que era quase tão profundo. As bordas
— Está infectado. — Disse ela enquanto puxava a bandagem ainda mais para trás.
— Por favor, você tem que ajudá-lo. — Ela disse suavemente para as faixas de ouro
em seus pulsos.
Ela sentiu as faixas estremecerem em negação. Eles não queriam ajudar aqueles que
— Por favor, ele é como eu. — Ela implorou. — Eles só me levaram porque estavam
desesperados. Eu nunca saberia sobre eles de outra forma. Temos que ajudá-los. Por
para o homem deitado rigidamente na cama estreita. Ele se moveu rapidamente sobre
ele, limpando a ferida e retirando o veneno antes que se recuperasse com a mesma
Ela pegou um pedaço de pano limpo e colocou sobre o ferimento. Virou-se para Hanine,
— É muito pequeno e seu ferimento é muito ruim para curar completamente. Foi
capaz de retirar a infecção e limpar a ferida. Ele precisa de uma cura adicional que minha
simbiose não pode fazer. — Disse Carmen, levantando-se e virando-se para Ben e Evetta.
— Não! — Hanine disse, sacando sua espada laser. — Você faz isso curá-lo! Eu quero
enquanto olhava nos olhos selvagens de Hanine. — Hanine, eu sei o que é perder alguém
que você ama. Se você me deixar entrar em contato com meu pessoal, ele pode
— É um truque. — Eela disse, levantando sua espada laser. — Você pode curá-lo se
quiser, mas pensa em nos enganar e nos entregar. Meu marido não vai morrer!
— Hanine. — Uma voz fraca sussurrou. — Ela está certa. Eu posso dizer que fez o
que podia, amor. Confie nela. — Aaron disse, olhando para sua esposa. — Por mim…
Antes que Hanine pudesse responder, a porta de seu apartamento pequeno e sujo
Aaron rugiu fracamente de onde estava deitado. Ben empurrou Evetta para trás
dele, ignorando seu grito de indignação quando sua irmã foi puxada para baixo e sob o
enorme werebeast dourado. Momentos depois, Cree e Calo invadiram a sala com suas
espadas de laser e pistolas em punho. Cree levantou seu braço para atirar em Ben.
— Cree! Não se atreva! — Carmen gritou com toda a força de seus pulmões. —
Harvey, deixe Hanine ir agora mesmo! Estou falando sério. AGORA! — Ela gritou com
raiva.
Cree fez uma pausa, mas não baixou o braço. Harvey estava com a boca aberta,
pronto para perfurar a garganta de Hanine com os dentes em forma de adaga em sua
boca. As pontas de dois de seus dentes haviam tirado apenas uma pequena quantidade
vários pequenos dragões voadores que pairavam ao redor dela como mosquitos ao redor
de um pedaço de fruta madura. Carmen balançou a cabeça em irritação, mas não disse
nada sabendo que a simbiose dourada estava apenas tentando protegê-la. Ela deu um
levantar.
— Este é Harvey. — Disse ela, enquanto Hanine se movia um pouco atrás dela em
um esforço para se afastar dele. — Esses dois são os gêmeos Bobbsey, Cree e Calo. Não
— Eu juro, Carmen. — Calo murmurou em uma voz sombria. — O que diabos está
acontecendo e por que você está protegendo um par de escória de Marastin Dow?
— Cale a boca. — Ben rosnou, dando um passo na direção de Calo. — Essa escória
— Você acasalou com uma delas? — Ele perguntou com uma sobrancelha levantada,
— Sim. — Disse Ben com os dentes cerrados. — Eu não dou a mínima para o que
você pensa sobre isso. Se não pode ser educado com ela, mantenha a boca fechada ou eu
— Parece que uma boa brisa o derrubaria. — Disse Calo com um sorriso torto. —
Carmen, você quer explicar por que Cree e eu não devemos matá-los?
— Porque se você fizer isso, terei que chutar seus traseiros e então direi a Creon que
você me aborreceu. Acho que ele pode matar você apenas por isso. — Ela respondeu
sarcasticamente. — Evetta e Hanine me viram e sabiam que eu era humana como Ben e
Aaron. Aaron precisa de atenção médica imediata. Elas pensaram que eu poderia ajudá-
lo, já que somos da mesma espécie. Agora, pare de ser um idiota e me ajude a levá-los
de volta à Horizon.
— Você percebe que os Marastin Dow não são confiáveis. — Cree disse ceticamente
mesma forma que você faz com os Marastin Dow, não confiaria em nenhum de vocês.
palavra… Raffvin.
— Tudo bem, mas você pode explicar isso para seu companheiro e Ha'ven quando
eles encontrarem um par de esc.... fêmeas Marastin Dow a bordo de sua nave de guerra.
— Calo rosnou olhando para Ben, que deu outro passo ameaçador em sua direção
— Esta deve ser a viagem mais estranha que já fiz. — Cree murmurou baixinho antes
de ligar para a Horizon e avisá-los para se prepararem para alguns novos passageiros.
— Precisamos levá-lo à Horizon sem chamar muita atenção. — Disse Carmen em
uma voz cheia de preocupação. — Ben e Evetta estão preocupados que possa haver
— Hanine cuida disso. — Disse Evetta baixinho antes de acenar para a irmã. — Leve-
Hanine ergueu uma tela de computador em suas mãos e tocou uma série de
comandos.
— Espere. — Disse ela com um sorriso antes de passar o dedo sobre ele novamente.
O último pensamento de Carmen foi tanto para evitar irradiar em qualquer lugar
Valdier com o tablet que Calo havia conseguido para ela, mas estava tendo problemas
de concentração. Aaron estava muito melhor. Tandor assegurou a Hanine que seu
marido se recuperaria totalmente. Carmen riu quando Hanine se jogou em seus braços e
soluçou. Ele a segurou, olhando sem jeito para o pequeno grupo em busca de ajuda.
Nenhum dos Valdier jamais tinha visto um Marastin Dow agir com tanta alegria e alívio
antes. Ben passou os braços em volta de Evetta e a segurou com força enquanto os dois
a bordo da Horizon de que nenhum de seus novos passageiros era uma ameaça. Ele não
acreditou nela até que viu as duas mulheres chorando incontrolavelmente na unidade
médica.
Sua mente vagou para Cal e seu neto. Zuk garantiu que os dois voltassem em
segurança para a Horizon. Havia algo estranho sobre o menino, mas ela não conseguia
definir o que era. Talvez fosse sua idade. Ele tinha se sentado longe de todos e não comia
muito. Harvey e as outras duas simbioses ficaram de guarda como se soubessem que ele
forma com ela. Eles pareciam saber que ela preferia sua companhia aos humanos. Ariel
era assim até certo ponto. Carmen suspeitava que os animais simplesmente sabiam que
Ariel era uma otária que podia ser enganada em qualquer coisa quando se tratava deles.
Ela sorriu quando ouviu Creon entrar em seus aposentos. Deslizou da cama e
caminhou até a porta. Ele estava perdido em pensamentos e não percebeu que ela o
observava. Ela o viu estremecer de dor quando removeu a bainha da espada amarrada
nas costas. Ela se apressou e o ajudou a removê-la sem dizer uma palavra. Ele fez uma
pausa para olhar para sua cabeça inclinada enquanto ela se concentrava em desfazer os
— Senti sua falta hoje, mi elila. — Disse ele com voz rouca, escovando o cabelo atrás
da orelha. — Você teve um dia muito emocionante pelo que ouvi. — Ele adicionou
rispidamente enquanto tocava seu cabelo. Estava ficando mais longo e deslizava
— Também senti sua falta. — Ela sussurrou baixinho. — Você precisa que Harvey
venha curar você. Tem um corte longo e estreito com cerca de dez centímetros de
esquerdo. — Ela insistiu enquanto passava um dedo ao longo da borda externa da pele
cortada.
— Havia dois assassinos em vez de um. — Ele suspirou pesadamente. — Devo estar
— Talvez não seja que você esteja envelhecendo, mas está se distraindo... por minha
Ele colocou um dedo sob seu queixo e forçou sua cabeça para que pudesse olhá-la
nos olhos.
— Nunca pense isso. Foi meu erro e não vai acontecer de novo. O assassino que eles
assassino tanto quanto a mim. — Ele insistiu severamente. — Isso não tem nada a ver
com você. Há muitas coisas acontecendo agora. Partimos para o cinturão de asteroides
entre as luas de Quillar de Bosca e Dorland. É para lá que acreditamos que Vox foi levado.
Creon enquanto a simbiose dourada se movia sobre sua pele, curando os cortes e
hematomas. Ela não disse nada, sabendo que ele iria informá-la sobre o que tinha
acontecido e as novas informações que ele descobrira quando estivesse pronto. Scott era
da mesma forma. Era como se eles precisassem ter tudo bem organizado em seus
— Ha'ven me disse que Trelon resgatou Cara. — Disse Carmen enquanto o puxava
suavemente atrás dela em direção ao banheiro. — Ou, devo dizer, ele resgatou os pobres
Curizans que a levaram. Acho que ela escapou e reprogramou a nave deles. — Ela disse
levemente.
— Não há nada de pobre neles. Espero que meus irmãos tenham matado todos eles.
— Meu Deus, você está se sentindo um pouco sedento de sangue, não está? — Ela
brincou antes de ficar séria. — Kelan matou N’tasha. Ela disse que tinha matado Trisha.
— Ela colocou as mãos em ambas as bochechas quando ele gemeu de horror. — Me deixe
terminar. Ela disse que a matou, mas não o fez. Trisha foi levada por outro grupo. Kelan
foi atrás dela. Muitos dos homens a bordo estavam sob coação. Raffvin prendeu suas
Creon fechou os olhos. Agora, a única que ainda não havia sido encontrada era
Trisha. Ele orou aos deuses e deusas para que ela estivesse segura até que seu irmão
pudesse alcançá-la. Ele havia enviado um breve relato do que havia descoberto a Ha'ven,
— Trisha vai ficar bem. — Disse Carmen com confiança. — Ela não só foi treinada
por nossos militares em casa, mas seu pai é um dos melhores treinadores de
sobrevivência do mundo. Ele a ensinou a caçar, rastrear e lutar de maneiras que ninguém
— Banhe-se comigo. — Disse ele com voz rouca. — Preciso te abraçar por um tempo.
em risadas quando ele gemeu impacientemente e apenas arrancou-a dela. Ela se torceu
em um esforço para salvar as calças, mas ele era muito rápido para ela.
— Se você continuar fazendo isso, eu não terei nenhuma roupa para vestir. — Ela
— Isso parece bom para mim. — Ele gemeu, envolvendo suas grandes mãos em
volta da cintura dela. — Você ainda precisa ganhar mais peso. Eu não posso esperar até
— Eles são idiotas. — Ele respondeu deslizando a boca ao longo do ombro dela. —
É mais divertido ter algo em que se agarrar quando estou enfiando meu pau em você.
— Então, você está dizendo que não gosta de mim como sou agora? — Ela
perguntou olhando por cima do ombro para ele com uma sobrancelha levantada.
Creon fez uma pausa e inclinou a cabeça para trás para olhar para ela com cuidado
antes de responder.
— Essa é uma das perguntas sobre as quais ouvi meus irmãos falando. — Disse ele,
parecendo um pouco nervoso. — Eles me avisaram que havia certas perguntas que uma
enquanto ele lutava para descobrir uma maneira de sair da bagunça que tinha feito ao
— Tipo... isso faz minha bunda parecer grande? — Ele disse irritado. — Por que isso
a incomodaria? Eu adoraria se você tivesse uma bunda grande! Eu não seria capaz de
tirar minhas mãos dela. Já estou tendo bastante dificuldades, mas se fosse maior... — Um
— Bem, nesse caso, eu acho que você precisa me mostrar o quanto você gosta. — Ela
sussurrou.
— Eu sempre quis tentar isso. — Ele gemeu quando uma névoa quente e pesada de
Carmen acenou com a cabeça, sem fôlego com a fome em sua voz. Ela podia sentir
sua vagina pulsando de necessidade. Virou-se de forma que suas costas estivessem
contra a parede da unidade de banho. Uma longa barra de metal corria ao redor do topo,
provavelmente para os machos se agarrarem caso algo acontecesse à nave enquanto eles
estavam ali. Ela teve que ficar na ponta dos pés para alcançá-la. Isso esticou seu corpo.
Ela envolveu os dedos em torno dela com força e se segurou quando ele começou a
ensaboá-la. Um leve gemido escapou dela quando ele começou com seu cabelo,
— Está crescendo mais. — Ele murmurou, apreciando como seus olhos se fechavam
e seu corpo tremia quando ele a tocava. — Eu gostaria que você o deixasse ficar mais
longo. Quero ser capaz de enrolar minhas mãos nele enquanto te pego por trás.
Os olhos de Carmen se abriram. Seus olhos se voltaram para o castanho escuro com
moviam sobre seus ombros e braços. — Eu gostei quando você miou para Ha'ven, Cree
Seus olhos brilharam quando as mãos dele se moveram sobre seus dedos e
Ele empurrou para frente, moendo seu pênis contra ela. O comprimento duro e
grosso estava preso entre seus corpos e ela podia o sentir latejando. Suas mãos se
estenderam e seguraram seus seios, seus dedos agarrando seus mamilos entre eles. Ele
os beliscou com força, apreciando seu suspiro alto com sua aspereza. Ele sempre foi terno
e cuidadoso ao fazer amor com ela. Esta noite ele queria tomá-la duro e com força.
— Se você ficar com medo ou não quiser que eu faça algo, você vai me dizer? — Ele
atrevido. — Porque deixe-me dizer uma coisa. — Ela acrescentou em um tom rouco. —
O desafio e a promessa em suas palavras fizeram seu sangue ferver. Seu dragão
estava saltando dentro dele, ofegante. Ele podia sentir a inquietação do macho enquanto
dolorosamente.
Suas mãos ficaram mais ásperas conforme seu desejo crescia. Ele se agarrou a um de
seus mamilos, sugando e beliscando até que ficasse inchado e rosa antes de atacar o
outro. Seus gritos altos o incitaram enquanto ele se movia por seu corpo para a doce
umidade de seu clitóris. Ele deslizou dois dedos grossos em sua boceta inchada,
apreciando como ela se abria como uma flor para ele. Ele puxou o cabelo loiro macio e
encaracolado que a protegia. Quando ela gemeu, ele puxou novamente com um pouco
mais de força. Ela ergueu as duas pernas e as colocou sobre os ombros dele.
— Coma-me. — Ela exigiu, olhando para ele de joelhos entre suas pernas.
Os olhos de Creon se arregalaram com sua demanda aquecida. Ele gostava de uma
mulher que dizia a ele o que queria. Ele a sentiu cruzar os tornozelos atrás de suas costas.
Espalhou seus lábios inchados enquanto ela se inclinava para frente, expondo seu canal
— Você vai ser fodida quando eu disser que pode ser fodida. — Ele respondeu com
A cabeça de Carmen se curvou para que pudesse observá-lo enquanto ele começava
a chupar seu clitóris. Estava tão inchado que doeu no começo, mas ela gostou. Seus
braços tremiam de segurar seu corpo, mas ela não conseguia se soltar. O desconforto
afiadas seguidas pela lavagem de sua língua repetidamente puxavam os gritos dela
implorando para que ele lhe desse alívio das ondas de desejo que cresciam dentro dela.
— Oh! — Ela gritou, sua cabeça caindo para trás quando sentiu a língua dele
deslizando dentro dela junto com os dedos. — Estou gozando! — Ela ofegou assim que
Creon ordenhou seu orgasmo, sugando até que ela derreteu. Ele colocou as mãos
em volta da cintura dela e a ajudou a mover as pernas ao redor de seus ombros. Mesmo
com as pernas dela no chão, ele teve que sustentá-la enquanto os braços dela caíam
— Eu acho que você me matou. — Ela sussurrou encostada em seu peito. — Não
consigo me mover.
— Não, minha gatinha. Eu não matei você... ainda. Isto é apenas o começo.
Carmen se encostou na parede, esperando não se envergonhar ao se tornar uma
poça no chão.
— Oh, sim. — Disse ele, inclinando a cabeça para o lado. — Meu dragão precisa
liberar um pouco do fogo do dragão queimando por dentro. Confie em mim, este é
O corpo de Carmen sacudiu e estremeceu quando as chamas correram por ela. Ela
sentiu o aperto imediato de sua vagina e a necessidade latejante antes de começar a bater
fortemente dentro dela. Ela se inclinou para frente quando seus dentes começaram a se
alongar.
— Companheiro quer ficar com tesão? — Seu dragão respondeu com determinação. —
soprar seu próprio fogo de dragão nele. — Você e seu companheiro vão nos matar!
— Talvez, mas é uma maneira divertida de morrer. — Seu dragão riu ao sentir as ondas
quentes crescendo no corpo de seu companheiro. — Sim, uma maneira muito divertida de
morrer.
língua sobre a marca em sua companheira. Ele desligou o chuveiro. Carmen ainda estava
ligada a ele, respirando o fogo do dragão quente o suficiente para queimar as bolas de
uma dúzia de guerreiros Sarafin. Seu corpo já estava sobrecarregado de antes. Agora,
Infelizmente para ela, ou para ele, dependendo de como você olhava para as coisas,
ela não podia. Seu dragão estava determinado a expelir até a última gota de fogo do
dragão em seu companheiro. Ela sentiu seu corpo sendo levantado e batido contra a
parede do chuveiro, suas pernas agarradas e separadas, mas ela ainda não conseguia se
afastar. O pau duro e grosso de Creon estava inchado até quase o dobro do tamanho
normal pela sensação enquanto ele o empurrava dentro dela o máximo que podia. Ainda
assim, não foi longe o suficiente. Ele puxou e bateu nela uma e outra vez, indo mais e
— Minha! — Ele rosnou, suas pupilas estreitas fendas de chamas douradas ardentes.
— Minha companheira!
Carmen se agarrou a seus ombros enquanto ele batia nela sem parar. Ela observou
com fascinação como escamas negras ondulavam sobre seu peito nu, seu pescoço e suas
bochechas. Seus próprios braços estavam ondulando com escamas brancas, vermelhas,
Os olhos de Creon se fixaram em seus seios enquanto eles saltavam para cima e para
baixo com a força de sua posse. Seus dentes se alongaram um pouco antes de ele se
inclinar e afundá-los em seu seio direito. Um grito irrompeu dela enquanto ele respirava,
marcando-a como sua novamente. Ele nunca diminuiu a velocidade. Seu pênis
empurrou através de seu canal liso até que ela pudesse sentir a ponta de seu pênis contra
seu útero. Cada golpe parecia estar dizendo que ela era dele, ela era dele, ela era dele.
impossível para ele se retirar. Enquanto ela se esforçava para se afastar, seu corpo
dentro dela. Ondas quentes de sua semente a lavaram enquanto ele a enchia com cada
pedacinho de sua essência. Só quando seu corpo liberou a última gota ele soltou seu seio,
redor dela quando a sentiu estremecer quando o ar mais fresco do quarto lavou sua pele
ainda úmida. Ele não se incomodou em sair dela. Ele ainda estava muito inchado. Em
vez disso, forçou seus membros trêmulos a sair do chuveiro. Pegando um par de toalhas,
ele a carregou ainda montada em sua cintura para a cama, enquanto tentava
— Está tudo bem. — Ela murmurou sonolenta, esfregando o nariz contra o pescoço
Creon deu uma risadinha. Ela não percebeu que estava fazendo um ruído suave e
retumbante em seu peito. Sua gatinha estava ronronando. Ele se sentou na cama antes
de se esticar com ela em cima dele. Ele iria sair dela daqui a pouco.
— A sensação dela é muito boa para já acabar. — Ele pensou cansado enquanto
puxava as cobertas sobre os dois. — Eu vou sair em alguns minutos. — Esse foi o último
estavam em volta dela e ela ainda estava esparramada sobre ele. Ela ergueu a cabeça em
confusão antes de sua cabeça clarear. Olhou-o por um momento antes de rolar e pular
— Parece que a Horizon está sob ataque. — Ele mordeu rapidamente enquanto
— Bem, se você pudesse levar sua bunda até a ponte, saberia. — Ha'ven respondeu
cargueiro de suprimentos a curta distância. Um dos bastardos achou que eles poderiam
nos enfrentar também. Acho que o dispositivo de camuflagem está funcionando muito
bem. Estou pronto para desliga-lo apenas para poder assistir aqueles pedaços de merda
— Por que você simplesmente não explode o inferno fora deles? — Creon disse,
amarrando sua espada em volta da cintura e agarrando a mão de Carmen para puxá-la
Ha'ven com um bufo. — Se você estivesse aqui, poderia ver por si mesmo.
— Estou aqui. — Disse Creon enquanto ele e Carmen pisavam na ponte. — Desarme
o dispositivo de camuflagem. Deixe-os ver com quem diabos estão lidando. Se isso não
outra. As duas naves menores eram longas e estreitas, com uma popa mais larga que a
proa. O cargueiro tinha quase o dobro do tamanho, mas foi construído com um design
mais quadrado para espaço, não para velocidade. As luzes estavam piscando e apagando
no cargueiro. Foi quase cômico observar as duas naves piratas uma vez que a Horizon
desarmou seu dispositivo de camuflagem, revelando que era uma nave de guerra
apressadamente. — Eles podem ser bastardos malvados, mas a maioria é covarde. Eles
só atacam os mais fracos do que eles ou aqueles em menor número. — Disse ele com
Imagino que tão rápido quanto aqueles covardes esterco de Pactor saíram, eles não
— Lamento não poder atender agora, mas se quiser deixar seu nome e número após
o bipe, teremos prazer em retornar sua ligação o mais rápido possível. BIP... — Uma voz
feminina rouca disse antes de ser seguida por uma longa série de xingamentos. — Como
diabos eu vou saber quem diabos é Horizon? Você acabou de me mandar sentar aqui e
não me mexer, droga! — Havia uma voz abafada ao fundo antes que a voz da mulher
gritasse de volta. — Bem, se você não quer que eu aperte a porra dos botões, então não
Ha'ven olhou divertido para Creon, que lutava para não rir.
irritando agora. Você pode apenas deixar uma maldita mensagem e eu farei com que ele
ligue para você depois que eu arrancar as garras de sua bunda mal-humorada? — A voz
rouca respondeu antes de começar a gritar. — Vox, eu juro que você precisa ser castrado!
Se manchar minha bolsa com sangue, farei isso com a primeira faca cega que encontrar.
Você tem alguma ideia de quanto eu paguei por essa maldita coisa?
— Bob! Cuidado atrás de você, doçura. Há outro cara roxo feio surgindo pela
escotilha. Fred, seja um amor e dê uma ajuda a Bob. Lodar, querido, acho que Fred pode
ter um pequeno corte na cabeça. Há sangue por todo o lado. Quando você tiver uma
chance, pode dar uma olhada nele? Tor, querido, por que você não pode simplesmente
atirar seus traseiros para o espaço? Achei que você soubesse fazer coisas assim. O que
você disse, Lodar? Não pude ouvir você porque uma certa bola de pelo estava fazendo
muito barulho quando você falou. Ah, sim, querido, direi a Fred que você o verá assim
que terminar de lutar. Fred, querido, Lodar está ocupado, mas ele verá você assim que
terminar de matar os bandidos. Vox, droga, você está totalmente na minha lista de
merda! Você tem sangue na minha saia, seu idiota! Vá matar alguém do outro lado da
sala. Eu posso atirar nos bastardos perto de mim! Não preciso da sua ajuda!
— Acho que encontramos nossa bola de pelo perdida. — Disse ele quando
conseguiu recuperar o fôlego. — Só não tenho certeza de quem ele precisa ser resgatado,
alto interrompeu a descrição da mulher. — Bem, se você não gosta do que tenho a dizer
sobre você, pode simplesmente largar minha bunda grande de volta no meu planeta!
— Oh-oh. — Creon murmurou. — Ele não disse a coisa certa quando foi perguntado.
— Olá, meu nome é Carmen. Eu sou do Wyoming! — Ela gritou dando um palpite
Riley St. Claire. Eu sou de Denver. O que está fazendo aqui? Você não sabe como é bom
ouvir outra amiga saindo da Twilight Zone! Espero que você tenha se divertido mais do
que eu. — Houve alguns murmúrios muito baixos para Carmen entender antes de ouvir
a resposta da mulher. — Não, Bob. Eu não quis dizer você, sua linda banheira de gelatina.
Eu estava me referindo àquela pilha irritante de gato... — Desta vez, quando sua voz
sumiu, foi porque uma voz masculina muito irritada estava respondendo.
— Pelas bolas de Guall, Riley, eu vou bater em sua bunda até que fique vermelho
— Você não quer dizer minha bunda grande, seu idiota? — Riley respondeu
sarcasticamente.
— Mulher, eu vou... — A voz morreu quando uma maldição alta encheu o ar acima
do som do tiro do laser. — Você atirou em mim! — A voz profunda rugiu de espanto.
— Mas não onde eu estava mirando. — Riley retrucou. — Eu juro, Vox, é melhor
você ficar longe de mim até que meu temperamento esfrie ou eu não vou errar a mira na
— Sim! Eu preciso que você venha e.... — Vox rosnou antes de gemer. — Vamos,
Riley. Eu não quis dizer nada quando disse que você tinha uma bunda grande. Eu gosto
esconder sua diversão. Era óbvio quando ouviram a longa linha de maldições de Vox
— Venha nos tirar desse pedaço de merda Trillian sem valor. — Rosnou Vox. — Há
dez de nós a bordo. Você pode matar qualquer número acima disso.
— Uma nave será enviada imediatamente. — Disse Creon com uma risada. — É bom
— Sim, bem, seu tio não vai gostar de ouvir isso. Esse pedaço da bunda real Valdier
é meu! Ele vai desejar nunca ter mexido com esse príncipe Sarafin. — Vox mordeu
asperamente.
Riley soou atrás dele. — Cuidado, a próxima coisa que você sabe é que vai atirar bolas
de cabelo.
— Riley, eu juro, vou torcer seu pescoço quando eu pegar você! — Vox rosnou.
— Tor! — Riley disse em uma voz cantada. — Vox está sendo mal comigo de novo.
— Não dê ouvidos ao que ela diz. Eu não estou sendo mal com ela! O que eu fiz para
merecer uma companheira como esta? — Vox gemeu antes que o link de comunicação
fosse cortado.
Carmen se virou para olhar para Ha'ven, que tinha um olhar perplexo no rosto como
se nunca tivesse ouvido seu amigo falar assim antes. Ele olhou para Carmen com uma
sobrancelha levantada. Tudo o que ela pôde fazer foi encolher os ombros e sorrir
inocentemente.
— Deve ser uma coisa humana. — Ela respondeu, sem se preocupar em esconder o
***
Carmen sentou-se relaxando com Cal e Riley na baía de reparos, bebendo café e
rindo enquanto Riley explicava como ela acabou no espaço e com cinco amigos, quatro
dos quais não foram permitidos em qualquer lugar perto dela por um dito, cabeça-
de algumas das caixas de carga onde Mel, que ainda se recusava a sair sempre que
— Espantalho?
Carmen franziu a testa por um momento antes de compreender. Ela se sentiu tão
estúpida. Claro! Mel não era neto de Cal. Mel era sua...
— Neta. — Respondeu ela, olhando suavemente com compaixão para Cal. — É por
Cal soltou um suspiro profundo antes de assentir com relutância. Ele olhou para a
porta para se certificar de que Cree ou Calo não estavam na área de reparos. Ele olhou
para as duas mulheres sentadas em frente a ele por mais alguns segundos antes de gritar.
— Melina, venha aqui. — Ele disse rispidamente. — Está tudo bem, querida. Elas
A figura esguia emergiu lentamente de trás das caixas. O enorme chapéu que ela
normalmente usava estava em uma mão esguia. Ela estava vestindo as roupas grandes
que preferia e estava torcendo uma das pontas irregulares nervosamente entre os dedos.
Caminhou em direção a seu avô com passos lentos e cautelosos antes de se ajoelhar no
Ela tinha os maiores e mais verdes olhos que Carmen já tinha visto. Ela sorriu
timidamente para ela antes de se virar para olhar para Riley com os olhos arregalados.
Carmen observou Cal escovando ternamente a mão sobre o cabelo castanho escuro de
Melina.
— Você pode falar, garota. Elas não vão nos denunciar. — Assegurou-lhe ele,
olhando severamente para Carmen e Riley para que soubessem que não aceitaria que
— Ei. — Melina disse com um sotaque suave. — É bom finalmente conseguir falar
com você.
— Olá, Melina. Se você não se importa que eu pergunte, quantos anos você tem?
— Eu fiz 21 anos na semana passada. — Disse Melina com um sorriso triste. — Vovô
e eu contamos os dias desde que fomos levados para que pudéssemos controlar quanto
tempo se passou.
— Por quê?
— Os Antrox usam as mulheres como forma de controlar os homens. Eles não lhes
dão muita escolha. Se soubessem que minha neta era uma mulher, não há como dizer o
que teria acontecido com ela. Era mais fácil fazê-la passar por um menino. O comerciante
que nos vendeu para o Antrox não percebeu a diferença e aquelas criaturas insetos
aceitaram Mel como um menino, não com idade suficiente para o trabalho pesado nas
minas, mas com idade suficiente para manter outras tarefas. — Explicou ele.
— Eu vi algumas das outras mulheres sendo vendidas para comerciantes que
vinham para deixar as coisas nas minas. — Mel disse calmamente. — Tínhamos medo
cavalos em uma fazenda perto de nossa casa e sempre fui boa com animais, então
trabalhei com os Pactors. Eles não são muito diferentes das mulas na maneira como
agem. Vovô pensou que seria bom se eu agisse como se não pudesse falar e não estivesse
bem da cabeça. — Ela continuou tocando sua têmpora com as pontas dos dedos.
— Quando as minas se esgotaram, o Antrox decidiu que eu estava muito velho para
fazer muito. Mel os ouviu e se escondeu nos túneis onde não puderam encontrá-la. Ela
conhecia os túneis de trás para frente por causa dos anos que passou lá. Eles não
conseguiram encontrá-la, então nos deixaram para trás. — Disse Cal. — Quando os
menos de uma semana de comida e água. Mel e eu decidimos que seria melhor
continuarmos fingindo que ela era meu neto com deficiência. Isso evitou que os homens
— Eu não quero que eles olhem para mim. — Disse Mel vigorosamente. — Vi o que
os homens fizeram com algumas daquelas mulheres. — Disse ela, corando quando olhou
— Querida, aqueles insetos não sabiam o que fazer comigo! Eu tinha aqueles
bastardos tremendo em suas cuecas compridas! — Ela disse com uma piscadela. — Não
acho que eles ficaram muito felizes com o comerciante que me deixou em sua porta.
— Casa? Eu pensei que você tinha cinco companheiros, com quatro deles que não
— Eu só disse que pegaria as cinco hemorroidas para que não acabassem no prato
de alguém no café da manhã, almoço ou jantar. Mas como todas as boas hemorroidas,
elas continuaram a ser uma dor na minha bunda e é hora de passarem e serem
descarregadas no banheiro mais próximo, como diria minha querida vovó Pearl. — Disse
ela com um suspiro exagerado e um mão cerrada sobre o coração como se ela estivesse
bateu o chapéu na cabeça e saltou de pé, indo para as caixas novamente. Carmen
observou o rosto de Cree escurecer enquanto seu olhar seguia Melina. Um olhar de
tensão apertou sua boca em uma linha reta antes que ele desviasse o olhar para Carmen.
— Minha senhora, seu companheiro deseja vê-la. — Cree disse cuidadosamente. Ele
limpou a garganta antes de olhar para Riley. — Seu companheiro também, Lady Riley.
Lorde Vox disse e eu cito, diga a ela para levar sua bela bunda para nossos aposentos
agora.
— Diga a ele: minha bela bunda está bastante confortável onde está e ele pode
empurrar seu.... — Cree engasgou com uma tosse enquanto Riley continuava a dizer a
ele o que ele poderia repetir para Vox. — Oh, não importa. Diga a ele que estarei lá
Cree se curvou rigidamente antes de olhar para as caixas onde Mel estava escondida.
— Eu irei com você. Vejo vocês mais tarde, Riley, Cal. — Carmen disse com um
fora da área de reparos. Carmen colocou a mão gentilmente em seu braço para detê-lo.
Cree estava surpreso com a compaixão que viu na fêmea humana que havia mudado
— Nós, terráqueos, nem sempre somos o que aparentamos ser. — Disse ela olhando
para as chamas douradas dos olhos de Cree com preocupação. — Não perdemos a
esperança de voltar para casa facilmente. Cal e Mel querem voltar para a Terra.
Cree ficou rígido antes de encolher os ombros.
Carmen abriu a boca para repetir o comentário sobre tudo não ser o que parecia,
mas pensou melhor. Pelo olhar fechado no rosto de Cree, era óbvio que ele não queria
mais discutir isso. Ela olhou para a porta da área de reparos com uma carranca. As coisas
poderiam ficar muito complicadas se ele ou Calo descobrissem que Mel era na verdade
Melina.
Vários dias depois, Carmen olhou pela janela de visualização na área do lounge a
bordo da Horizon, perdida em pensamentos. Sua vida mudou muito em tão pouco
tempo. Ela escovou suavemente os dedos ao longo da cabeça lisa de Harvey. A simbiose
dourada podia sentir sua angústia emocional e ficou perto dela o dia todo. Ela deixou
seus dedos acariciarem sua cabeça, precisando do toque para ajudar a acalmá-la.
Ela não estava mais nervosa por estar no espaço, o que era uma coisa boa,
considerando que eles ficariam longe de Valdier por mais alguns meses. Isso não
significava que estava pronta para pular em um dos pequenos ônibus em breve, ela
estava apenas mais confortável na nave de guerra maior. Havia muito o que fazer a
bordo para mantê-la ocupada. Ela e Creon treinavam todos os dias em horários
diferentes devido ao seu horário de trabalho. Às vezes, quando não podiam se encontrar,
ela induzia Cree ou Calo a uma luta. Na maior parte do tempo, quando ele estava
deles. Ela também conversou com a irmã algumas vezes. O relacionamento delas estava
melhorando lentamente. Não era bem o que era antes da morte de Scott, mas estava
Creon parou durante uma breve pausa em seu trabalho para dizer a ela que Kelan
havia encontrado Trisha. Ela foi levada para uma lua hostil conhecida por seus
habitantes perigosos. Ele assegurou que Trisha estava ilesa e segura a bordo da V’ager.
Ela não sabia de todos os fatos sobre o que aconteceu, apenas que Trisha e Kelan estavam
Ele e Ha'ven também conversaram com Mandra e Adalard, o irmão mais novo de
Ha'ven. Eles se encontraram com um informante e estavam indo para uma lua isolada
Ela tristemente disse adeus a Riley ontem. Uma das naves de guerra Sarafin se
encontrou com a Horizon e Vox, Riley, e o resto da tripulação do cargueiro, menos Bob
e Fred, foram transferidos para ele. A nave de guerra de Vox estava viajando ao lado da
Horizon para a base oculta de Raffvin. O Rei Sarafin não estava disposto a deixar uma
chance de retaliação escapar por entre seus dedos. Riley ia ficar a bordo da Horizon, mas
Vox se recusou a deixá-la. Ela não foi calmamente. Na verdade, Carmen tinha certeza de
que todos dentro de três sistemas estelares poderiam tê-la ouvido. Do lado de Vox, houve
muitos xingamentos, seguidos por uma grande variedade de ameaças que Riley
descartou. Riley, por outro lado, gostava mais de lançar alguns golpes selvagens e
qualquer outra coisa que pudesse colocar as mãos. Carmen decidiu que precisava
seu punho ficar preso no corpo de gelatina de Bob. Ela suspeitou que essa era uma das
razões pelas quais aqueles dois alienígenas incomuns decidiram que era mais seguro
ficar a bordo da Horizon do que se transferir com os outros. Vox finalmente teve que
amarrar Riley e jogá-la por cima do ombro antes que todos partissem com pressa. Ela
tentou ajudar sua nova amiga, mas Creon a pegou e a imobilizou quando ela foi atrás do
cegos para a escuridão do outro lado. Isso refletia a maneira como ela se sentia por
dentro. Fechou os olhos contra a depressão que ameaçava levá-la por seu caminho escuro
e frio novamente. Ela tinha passado por isso tantas vezes nos últimos três anos. Esperava
ser finalmente capaz de resistir, mas a escuridão da dor e da tristeza parecia não ter
— O que incomoda você, mi elila? — A voz suave e preocupada de Creon veio atrás
dela.
Carmen enxugou o rosto, sem graça, tentando se certificar de que não estava
chorando.
— Nada. — Disse ela, olhando rapidamente por cima do ombro para ele com um
Sua carranca escura mostrou que ela não foi muito convincente. Ele caminhou em
sua direção. Uma vez que estava de pé atrás dela, passou os braços ao seu redor,
puxando-a para mais perto de seu calor. Eles ficaram assim por vários minutos antes que
— Talvez você tenha exagerado ultimamente? — Ele sugeriu. — Entre seus estudos,
suas visitas a Cal e treinar, você não descansou muito. — Disse ele.
— Como você saberia disso? — Ela perguntou com um pequeno sorriso triste
havia para saber sobre uma mulher que estava grávida. Ela me disse que era diferente
para cada fêmea, e até mesmo para cada filhote, mas que há algumas coisas que
Ele moveu as mãos para baixo para cobrir o ligeiro arredondamento que estava
— Como você se cansando mais facilmente. Você pode se tornar emotiva às vezes.
Se o fizer, ela disse que devo sempre concordar com você. — Ele adicionou provocando
antes de continuar. — Você vai passar por um período em que pode ficar enjoada de
repente. — Disse ele apoiando o queixo no topo de seu cabelo sedoso. — Ela também
avisou que pode ser pior para você porque nossa espécie não carrega tanto tempo quanto
a sua.
— Bem, isso explica por que eu estava vomitando minhas tripas antes. — Ela
meditou antes de seus ombros caírem. — Eu quero ir para casa, Creon. — Ela sussurrou.
Os braços de Creon se apertaram.
Mandra e Adalard em alguns dias. Com a força combinada das naves de guerra Curizan,
— Sua casa agora é em Valdier, Carmen. Você nunca pode voltar para a Terra. —
Carmen abaixou a cabeça para que ele não pudesse ver as lágrimas se formando em
seus olhos no reflexo do vidro que cobria a janela de visualização. Ela fez menção de se
afastar dele, mas seus braços se apertaram, recusando-se a deixá-la ir. Ele se abaixou e
inclinou a cabeça para trás o suficiente para olhar em seus olhos brilhantes.
— Por que é tão importante que você volte? Sua vida lá não existe mais. — Ele disse
Ela fechou os olhos brevemente antes de abri-los para olhar para ele com tristeza.
— Sempre será uma parte da minha vida. — Ela sussurrou antes de se afastar para
seus braços. Imagens de Carmen e outro homem surgiram em sua mente. As cenas
brilharam rapidamente. Ele a viu rindo com o homem que deve ter sido seu primeiro
companheiro. Ela era muito jovem e o menino estava segurando um sorvete para ela. Ele
era pequeno e tinha um olho roxo e um dente faltando. A cena mudou para anos depois,
quando o menino estava sorrindo para ela com flores na mão desta vez. A próxima
mostrava os dois dançando lentamente com luzes multicoloridas girando ao redor deles.
Ele podia ver a expressão nos olhos do homem mais jovem. O amor brilhava
intensamente enquanto ele balançava desajeitadamente para frente e para trás. A cena
mudou para o homem segurando Carmen. Ela chorava baixinho perto do que parecia
ser sepulturas recentes. Ele a segurava protetoramente perto de seu corpo enquanto
outros conversavam. Foi a última cena que finalmente rompeu sua resistência. A cena do
homem ligeiramente mais velho deitado no chão sangrando. Seus olhos estavam cheios
de tristeza enquanto olhava para Carmen com amor, pesar e aceitação. Seus lábios se
moveram e Creon soube o que ele estava dizendo sem ouvi-los. Ele disse a ela que a
amava e sentia muito. A imagem mudou para um homem parado sobre seu corpo e
noite.
***
Creon murmurou uma maldição antes de caminhar rapidamente atrás dela. Ele
estava nervoso em contar a ela sobre Kelan levando Trisha de volta para a Terra. Até
tinha debatido sobre contar a ela, mas decidiu que não queria segredos entre eles. Ele
tinha falado com Ariel um pouco na noite passada depois que ele e seu irmão
conversaram. Ela perguntou como sua irmã estava. Ela estava preocupada, pois estava
chegando o aniversário em que seu primeiro companheiro e seu filho ainda não nascido
morreram.
medida que se aproxima. Ela... — A voz de Ariel morreu quando ela mordeu o lábio e
Ariel olhou para cima e ele podia ver as lágrimas escorrendo pelo seu rosto.
— Ela quase tirou a própria vida no primeiro ano. Ela teve uma overdose de
analgésicos e sedativos que os médicos lhe deram. Fiquei preocupada quando não
consegui falar com ela. Algo me disse que eu precisava encontrá-la imediatamente.
Quando a encontramos, ela... — Ariel respirou fundo antes de continuar. — …ela estava
deitada no banco de pedra em frente aos túmulos com um sorriso sereno no rosto, como
se soubesse que não demoraria muito para que estivesse com eles. Estava muito frio lá
fora e ela não estava de casaco. Ela engoliu quase um frasco cheio de comprimidos. Paul,
o pai de Trisha, estava comigo quando finalmente a encontramos. Ele a carregou de volta
para o carro e nós a levamos às pressas para o hospital. Ela passou um pouco mais de
um mês na ala psiquiátrica. Quando os médicos a liberaram, ela deixou o país. Ela mal
falou comigo no próximo ano e meio. Mesmo agora, ela está distante. Não confia mais
em mim. — Disse ela, chorando baixinho. — Eu a amo muito, Creon. Ela é toda a família
Ele tinha agradecido por ter ajudado Carmen naquele momento difícil de sua vida.
Assegurou-lhe que cuidaria de sua irmã e não deixaria nada acontecer com ela. Ele
— Talvez isso a ajude. — Ele acrescentou. — Estou pensando em encher sua vida de
felicidade.
— Espero que você faça. — Ariel disse com uma fungada. — Ela merece isso. Estou
— Não tanto quanto estou feliz por ela ter você como irmã. — Ele respondeu com
Ariel riu.
— Mandra pode não concordar com você na parte da gentileza, mas tenho certeza
que tenho a parte do amor coberta. Tome cuidado, Creon, até nos encontrarmos
novamente.
***
Creon decidiu, enquanto seguia Carmen para fora do salão, que fazia muito tempo
que seus dragões não saíam para brincar. Talvez um pouco de distração ajudasse. Ele
faria qualquer coisa para ajudá-la a passar por esse momento difícil. Sabia que quanto
mais tempo estivessem juntos, sua dor e tristeza acabariam por diminuir para um nível
mais suportável. Ele não esperava que isso fosse embora completamente, assim como
sua própria dor, mas sabia que poderia se curar enquanto ela estivesse ao seu lado.
Ele correu atrás dela, varrendo-a do chão. Ignorou seu grito assustado enquanto
— O que você está fazendo? — Ela perguntou sem fôlego olhando para ele com
— Creon, eu realmente não estou com vontade de brincar agora. — Ela murmurou,
colocando a cabeça em seu ombro. — Prefiro ficar sozinha um pouco, se você não se
importa.
— Você não sabe que, como companheira de um príncipe Valdier, você nunca estará
sozinha novamente? Se Harvey não estiver com você, ou uma parte dele não estiver com
você, sempre terá seu dragão. E logo, você terá dois pequeninos muito teimosos que vão
exigir sua atenção. Quero me divertir antes que eles apareçam para tirar sua atenção de
— Você está sendo um pouco infantil, não é? — Ela perguntou com um suspiro. —
Esse beicinho vem direto de um manual de instruções para crianças de dois anos de
— Eu sou um Príncipe Dragão Valdier! Nunca sou infantil. Eu sou lindo, sexy,
seus atributos.
Ele balançou as sobrancelhas para cima e para baixo enquanto caminhava pelas
— Eu acredito que você fez... algumas vezes. — Ela respondeu olhando para ele com
um suspiro sombrio.
Ele sorriu para ela e agarrou suas mãos com força, levando-as aos lábios.
soluço silencioso cresceu até que seu corpo estremeceu com a força deles. Ele a puxou
— Deixe sair. — Ele murmurou suavemente. — Você segurou isso por muito tempo.
Deixe que as lágrimas lavem a dor e aliviem a sua tristeza. Ele era um companheiro muito
afortunado por ter alguém como você em sua vida. Estou feliz por estar recebendo esse
presente agora. — Ele disse baixinho acariciando suas costas para cima e para baixo. —
Em breve, nossos filhotes encherão seus braços. Eles nunca irão substituir o que você
perdeu, mas espero que você deixe eu e eles enchermos seu coração para que isso possa
Carmen ouviu suas palavras suavemente faladas enquanto ela soluçava pelas vidas
perdidas em uma idade muito jovem. Ela sabia que a vida não era justa, mas, droga,
tinha que doer tanto? Fechou os olhos e respirou o perfume masculino inebriante de
Creon. Isso a puxou, acalmando-a até que ela se deitou em seus braços.
Ele envolveu um braço com força em volta da cintura dela e o outro em volta da
— E agora?
— Olhe bem dentro de você para onde está o seu dragão. — Ele disse em voz baixa.
Ela respirou fundo novamente e se concentrou. Foi difícil no início, pois sua mente
parecia estar espancada e machucada. Ela se forçou a relaxar enquanto Creon continuava
Carmen com olhos castanhos dourados flamejantes. Suas escamas brilhavam e pareciam
brilhar enquanto ela ficava mais clara na mente de Carmen. Sua asa estava ligeiramente
afastada de seu corpo, como se ela estivesse tendo problemas para fechá-la
completamente. A respiração de Carmen saiu quando seu dragão levantou sua asa para
revelar por que ela não conseguia puxá-la para mais perto de seu corpo. As duas
pequenas faíscas estavam mais definidas agora. Quando ela estendeu a mão para tocá-
— Agora, você pode observá-los enquanto eu pego meu companheiro por um tempo. — Seu
dragão bufou. — Eles têm tanta energia como você! Sempre se movendo e brincando! Eu não
consigo dormir.
Antes que Carmen pudesse reagir à declaração de seu dragão, ela sentiu um
formigamento em seu corpo quando a mudança veio sobre ela. Percebeu vagamente que
Creon se afastou dela enquanto ela se transformava. Seu corpo se torceu e girou,
seu dragão. Lindas escamas brancas, vermelhas, rosa e roxas ondulavam e fluíam sobre
sua pele em uma exibição brilhante. Suas longas asas estouraram para fora, expandindo-
se até que suas membranas brancas transparentes se estendessem acima e atrás dela.
Garras delicadas formadas com unhas rosadas de formas elegantes aparecendo debaixo
dela. Sua cabeça se alongou até que as belas curvas de sua mandíbula, focinho e testa se
formaram. Suas pequenas orelhas se mexeram para frente e para trás enquanto ela
companheira.
Ele estendeu a mão para correr os dedos sobre sua orelha delicada antes de deslizar
ao longo de sua mandíbula. Esfregou os dedos ao longo de seu lábio inferior, usando a
pressão para virar a cabeça em sua direção. Ele sorriu quando ela abaixou a cabeça e a
— Você ajudou a me curar, Carmen. — Ele disse baixinho enquanto seus dedos
acariciavam suas escamas suaves. — Você me curou quando pensei que estava além da
redenção.
Carmen olhou para ele confusa. Ela gentilmente o cutucou com a cabeça, querendo
que ele continuasse. Creon olhou nos olhos castanhos dourados de sua companheira e
suspirou. Seu rosto se suavizou com amor enquanto a olhava nos olhos.
— A Grande Guerra me mudou, me deixando mais duro e.... mais sombrio. Eu
mudei muito do jovem dragão despreocupado antes de começar. Mais tarde soube-se
que a guerra foi iniciada por um pequeno grupo de membros da realeza Sarafin, Curizan
distensão e a inquietação dentro de seus próprios clãs. Eles pediram mudanças radicais.
Queriam impedir que certos clãs tivessem voz no governo de seus mundos. Começaram
a fazer e mudar as leis para se adequar a eles. A classe não guerreira foi pressionada a
produzir mais e receber menos. Restrições foram colocadas sobre aqueles que pensavam
de forma diferente deles. À medida que a inquietação em casa crescia, cresciam também
as tensões entre nossos sistemas estelares com Sarafin e Curizan. — Ele fez uma pausa
enquanto ela pressionava a cabeça em seu ombro e suspirava pesadamente. — Acho que
você entende do que estou falando. — Ele respondeu rispidamente antes de continuar.
— Os Valdier sempre foram mais reclusos por causa de nossa relação simbiótica. Não
tínhamos certeza de como ela reagiria a outras espécies ou o que aconteceria se um fosse
capturado e levado. Esses temores foram concretizados quando um clã acusou um grupo
depois de quatro anos de guerra é que descobri que não foi assim. Ha'ven e eu estávamos
em uma batalha feroz em uma das luas que usamos para minerar os cristais. Cada um
estávamos desabou, prendendo-nos. Ha'ven ficou preso sob alguns dos destroços.
Quando me transformei para matá-lo, ele disse para eu ir em frente, mas os Curizans
nunca cederiam aos covardes que matavam mulheres e crianças inocentes. — Ele parou
agarrá-lo e puxá-lo para mais perto de sua barriga. Ela bufou para deixá-lo saber que
queria que ele acariciasse sua barriga enquanto continuava sua história. O ato de tão
— Você gosta de mim acariciando você, não é? — Ele perguntou com uma risada
enquanto se movia para se sentar no chão ao lado dela e começou a correr a mão para
cima e para baixo em sua barriga macia. Ele suspirou e continuou sua história. — Eu não
sabia do que ele estava falando. Eu o desenterrei com a exigência de que queria saber o
que ele queria dizer. Uma coisa levou à outra e, pela primeira vez, dois membros das
famílias reais de cada sistema estelar sentaram-se e conversaram. Levamos quatro anos
então porque estávamos tentando nos matar. — Ele balançou a cabeça em pesar. —
Desnecessário dizer que em vez de matar Ha'ven, ele se tornou meu melhor amigo.
Trabalhamos juntos depois disso e começamos a juntar os fatos até que ficou claro quem
estava por trás de tudo. A única coisa que não tínhamos certeza era qual papel Sarafin
de Sarafin. Isso não é uma tarefa fácil quando você é amigo deles, muito menos inimigos.
Acontece que encontramos Vox ao mesmo tempo que um assassino. Acabei salvando sua
bunda peluda. Ele foi atingido por um dardo envenenado. O assassino queria que
parecesse que os Curizans o haviam matado. Ha'ven capturou o assassino. Uma vez que
ficou evidente que a guerra era apenas um disfarce para o que realmente estava
— Ele parou de acaricia-la e ficou imóvel até que ela o cutucou com a cabeça novamente.
— Achamos que tínhamos tido sucesso até... até que a mulher que eu pensei que amava
— Aria era linda por fora, mas fria como gelo por dentro. Ela era membro de uma
família real em Curizan. Eu a conheci não muito depois de Ha'ven e eu nos tornarmos
amigos. Tornamo-nos amantes e fiz planos para ligar minha vida à dela, embora
soubesse que ela não era minha verdadeira companheira. Meu dragão a tolerava, mas
minha simbiose não a suportava. Ela ia embora sempre que estávamos juntos. Por mais
de um ano, ela me fez acreditar que me amava tanto quanto eu a amava. Foi só quando
Ha'ven foi sequestrado e torturado... — Ele soltou um longo suspiro. — Ela planejou
tudo usando as informações que recebeu de mim depois que fizemos amor. Vox
suspeitou dela imediatamente, mas me recusei a acreditar que alguém tão bonita e
apaixonada pudesse me trair assim. Foi só quando ele pegou um de seus guerreiros
voltando de sua cama e torturou a verdade dele que eu finalmente comecei a acreditar
nele. Ela veio para minha cama naquela noite vestida com nada além de luar. — Ele
explicou em voz baixa. — Ela era linda, mas pela primeira vez eu a vi como realmente
era, uma vadia de sangue frio. Eu a forcei a me dizer para onde Ha'ven foi levado antes
Carmen levantou a cabeça e olhou para ele com firmeza. Ela soltou um grunhido
profundo e uma bufada antes de empurrar seu ombro com um pouco mais de força do
que antes. Ele olhou nos olhos dela esperando para ver o horror pelo que ele tinha feito.
Em vez disso, ela soltou uma pequena lufada de ar quente e levantou uma sobrancelha
— Eu deveria saber que você não ficaria chateada, minha companheira sanguinária.
— Ele riu secamente. — Nós o resgatamos, é claro. Mas não antes dele ter sido espancado
e torturado gravemente. Ele levou vários meses para se recuperar. Ele me perdoou muito
Carmen percebeu que demorou muito para o orgulhoso Príncipe Dragão Valdier
admitir esse momento sombrio de sua vida para ela. Ela o amava ainda mais por ter a
coragem de ouvir quando ele poderia facilmente ter ignorado suas dúvidas. Ela o amava
por lutar não só para salvar a vida de seu povo, mas por fazer amizade com aqueles que
já foram seus inimigos. E, ela o amava por compartilhar com ela sua vida, para o bem ou
para o mal, e amá-la por quem ela era... o pesar, a dor e o sonho de uma nova vida.
Ela rolou, envolvendo suas asas em torno dele e levantando-o até que ele deitasse
em sua barriga arredondada. Ela o embalou contra seu corpo enquanto esfregava sua
cabeça contra a dele. Ele riu enquanto ela balançava para frente e para trás.
— Que tal eu deixar seu companheiro passar algum tempo com você? — Ele
sussurrou em seu ouvido pontudo. — Ele também não se importaria de rolar por aí com
você.
Ela lentamente abriu suas asas para que ele pudesse deslizar para fora dela. Em
segundos, seu grande corpo negro estava se elevando sobre ela. Seus olhos dourados
encheu a área de armazenamento enquanto ele se movia sobre ela. Ele envolveu sua
longa cauda ao redor dela, puxando sua região inferior para cima nitidamente enquanto
a montava lentamente. Seu gemido alto sacudiu as paredes enquanto ele deslizava
cinturão de asteroides que protegia a base lunar que Raffvin havia construído. Relatórios
estavam chegando sobre o que havia acontecido no início do dia. Seu irmão e as forças
de Adalard lideraram um ataque à base. Raffvin estava presente, mas pelos relatórios,
ele havia feito planos de partir para outra base desconhecida. Isso forçou seu irmão a
tomar a decisão de prosseguir na esperança de que a Horizon com suas forças adicionais
necessidade, mas também ficou preocupado quando recebeu a notícia de que Mandra
— Maldito cabeça-dura teimoso! Ele deveria ter esperado por nós! Estávamos a um
dia de viagem. — Creon rosnou ao entrar na sala de conferências da ponte onde Ha'ven
estava conversando com Adalard. — Ele poderia ter sido morto e teríamos perdido tanto
tínhamos muita escolha. Bahadur interceptou uma transmissão que estava movendo-se
para outra base. Nós o mantivemos encurralado e sem energia. Todos nós concordamos
em tirá-lo.
— Vamos discutir sua decisão mais tarde, irmãozinho. — Disse Ha'ven severamente.
— Eu não sou mais aquele pequeno, Ha’ven. — Adalard rosnou de volta. — Você
não pode mandar em mim como costumava fazer, irmão mais velho.
Os olhos de Ha'ven brilharam, mas ele segurou a língua. Ele sabia que estava fora
da linha montando a bunda de seu irmão mais novo, mas o preocupava o quão perto
esteve de perdê-lo recentemente. Entre os assassinos que Raffvin enviou para matar seus
irmãos mais novos e esta batalha, ele estava perdendo o juízo. Ficou surpreso que sua
mãe não tivesse amarrado Adalard e o colocado nas masmorras sob o palácio para
mantê-lo seguro.
— Ele vai ficar bem. O curandeiro o sedou agora. Ele tinha um buraco no peito, mas
será preciso mais do que isso para matá-lo. Sua companheira é inacreditável! — Adalard
disse com um sorriso. — Bahadur tem tentado convencê-la a se afastar dele, mas ela não
cede. Seu tio mudou sua simbiose para pura energia negativa. — Ele continuou mais
sobriamente. — Essa foi a arma que ele aperfeiçoou. De alguma forma, sua essência
bastava para contaminá-la. Ariel recebeu uma pedra de uma espécie incomum na lua,
onde nos encontramos com Bahadur. Essa é uma história para outro dia. A pedra absorve
energia negativa. Ela foi capaz de usar isso e sua maneira incomum com as simbioses
para segurar sua simbiose tempo suficiente para puxar o suficiente da energia negativa
para que parte da simbiose de Mandra fosse capaz de derrotá-la. O que sobrou de sua
simbiose é muito fraca. Ariel tem passado muito tempo com ela, pois está muito
angustiada.
— E Raffvin? — Ha'ven perguntou olhando atentamente para seu irmão mais novo,
mas o sinal está muito fraco. Ele estava ferido. Sem sua simbiose para curá-lo e ajudar a
proteger seu dragão, ele ficará muito enfraquecido. Acreditamos que está indo atrás de
Vox.
— Bem, diga a ele para virar o traseiro! — Vox disse enquanto participava da
conferência holovid. — Se ele não fosse tão covarde, eu o teria poupado de uma viagem
para a lua.
— Não, minha companheira está brava comigo novamente. Ela está cantando algo
sobre garrafas de bebidas em um muro. Ela está nisso há dois dias inteiros agora! — Ele
rosnou lançando um olhar por cima do ombro. — Riley, como eu poderia saber que você
gostava tanto daquele pedaço de pano? Achei que estava vivo quando vi o pelo dele!
— Você poderia ter perguntado antes de destruí-lo, seu idiota peludo! Minha santa
irmã me deu aquela jaqueta de aniversário! Até que você me leve de volta à Terra, vou
tornar sua vida um inferno! — Ela gritou de volta antes de começar a cantar
desafinadamente novamente.
— Achei que Ariel fosse ruim! Como Vox teve tanta sorte de encontrar uma mulher
assim?
— Obviamente, você não está sentado onde estou! — Vox rosnou em voz baixa.
— É isso, estou dizendo a Lodar e Tor que você está sendo mal de novo!
— Oh, Deus! Agora eles vão ficar com raiva de mim também. — Vox gemeu. — Eu
preciso acalmar minha companheira antes que ela comece outro motim a bordo. Achei
que minha equipe fosse me colocar em uma cela de detenção por matar sua jaqueta.
Achei que a coisa estava atacando-a! Como eu poderia saber que a pele era para
meu palpite é que Raffvin encontrará um lugar para se esconder até que ele possa se
recuperar. Acho que seria melhor se planejássemos nesse tempo. — Creon disse cansado.
— Mandra precisa se recuperar. Sugiro que ele volte para Valdier, onde ele e sua
simbiose podem se curar mais rápido. Também tenho um favor a pedir à talentosa
companheira do meu irmão. Tenho um jovem Pactor manco e que precisa de cuidados.
Um homem idoso e seu neto foram encontrados nas minas Antrox quando estávamos
procurando por Vox. Eu apreciaria se o animal fosse transferido para o D’stroyer, onde
pode ser levado de volta para casa e cuidado. O menino passou a gostar muito dele e
ficaria de coração partido se fosse eliminado. — Disse Creon antes de olhar para Ha’ven.
— Eu planejo levar minha companheira para a Terra antes de retornarmos para Valdier.
ao seu mundo? Pelo que ouvi, pode não ser uma boa ideia.
— O velho jurou que não diria uma palavra e o menino é mudo. Ninguém iria
acreditar neles de qualquer maneira. É importante que eu viaje para lá. — Disse ele com
— Eu vou continuar rastreando Raffvin. Posso sair assim que tivermos uma
— Adalard, quero que venha a bordo da Horizon. Seria melhor se você viajasse com
— Não. — Adalard mordeu. — Eu sei o que você está tentando fazer, Ha'ven. Estou
me encontrando com Jazar. Ele acha que descobriu onde duas bases adicionais estão
escondidas. Precisamos atacar antes que as forças de Raffvin descubram que temos suas
localizações.
— Quando você descobriu isso? — Ha'ven exigiu. — Por que não fui informado
imediatamente?
— Jazar tem estado muito ocupado. Digamos que ele se aproveitou do seu desejo de
enviá-lo ao mais distante espaço porto do sistema estelar. — Disse Adalard com um
sorriso torto.
Ha'ven amaldiçoou sob sua respiração. Ele havia enviado seus dois irmãos em
iniciado.
— Eu preciso voltar para minha casa. — Disse Ha'ven com um pedido de desculpas.
— Meus irmãos e eu continuaremos procurando por Raffvin. Vou coordenar tudo com
esperaria, mas minha companheira precisa disso para finalmente se curar e aceitar sua
vida comigo.
Creon sorriu para o homem que se tornara como um irmão para ele.
— Obrigado.
— Se esta é a parte em que vocês dois começam a se abraçar e se beijar, estou fora
— Aprendi este gesto com minha companheira. Significa foda-se, Bahadur. — Creon
riu.
— Apenas em seus sonhos, Príncipe Dragão, apenas em seus sonhos. — Bahadur riu
de volta antes de se despedir deles para ir verificar vários dos guerreiros que foram
— Vou me juntar ao meu irmão e ao seu no D’stroyer antes de voltar para casa. —
Disse Ha’ven, levantando-se. — Boa viagem, Creon. Cuide bem da sua gatinha guerreira.
***
Ha'ven, Adalard, Bahadur, Zebulon e ele haviam discutido os planos para destruir o
resto das bases Curizan que o meio-irmão de Ha'ven e Adalard havia criado antes de
Zoran matá-lo. Eles queriam eliminar todas as defesas de Raffvin em um esforço para
encurralá-lo.
parte da tarde, até tarde da noite. Eles garantiram que ele iria se curar. Levaria um pouco
mais de tempo devido à sua simbiose não ser capaz de ajudá-lo. A criatura dourada se
dividiu ao meio para que uma parte dela pudesse permanecer com sua companheira.
Creon soube que Ariel havia escapado da cela de detenção em que seu irmão a confinou
com a ajuda da simbiose. Ele estava grato por ela ter escapado, caso contrário, ele
inimigo formidável. Ele tinha o poder do sangue real por trás disso. Com a simbiose de
Mandra sendo dividia ao meio, era mais forte do que a maioria, mas não teria sido uma
defesa contra a mais poderosa de seu tio. Ele teria que se lembrar de questionar Ariel
mais sobre a pedra que ela recebeu. Pode ser necessário ver se eles poderiam encontrar
mais ou pelo menos descobrir quais propriedades ela possuía que lhe permitia absorver
a energia negativa. Ele tinha certeza de que seu irmão Trelon e sua companheira, Cara,
Um sorriso curvou seus lábios ao pensar nas mulheres extraordinárias que seu
irmão Zoran havia descoberto. Cada uma era forte e poderosa à sua maneira. A força
gentil, proteção e carinho de Abby a tornavam a rainha perfeita para seu povo. A energia
de Cara combinava com sua natureza curiosa. As coisas que ela havia inventado já
estavam ajudando a melhorar suas naves de guerra. A habilidade de Trisha com o que
ela chamava de táticas de guerrilha era inacreditável. Ele havia conversado com Palto e
Jaguin sobre ela. Todos os quatro de seus melhores rastreadores ficaram surpresos com
as habilidades dela. Ele também conversou com Kelan sobre o que aconteceu na lua
orbitando Quitax. Sua habilidade de sobreviver em uma lua tão hostil enquanto era
caçada era digna de qualquer guerreiro. O fato de que ela estava grávida quando isso
aconteceu era nada menos que incrível. Agora, ouvir o que a irmã de sua companheira,
Ariel, fez no meio da batalha o deixou pasmo. Essas mulheres podiam ser menores, mais
delicadas, mais frágeis do que muitas das mulheres que habitavam os dez sistemas
estelares conhecidos para os quais ele havia viajado, mas elas possuíam uma força
silenciosa e dignidade que as tornava mais ferozes do que qualquer guerreiro. Elas
tinham uma paixão pela vida e uma abundância de compaixão e lealdade que faria
armazenamento. Ela lutou para proteger os mais fracos e isso lhe custou muito. Ele havia
decidido naquele momento que eles viajariam para a Terra. Quando ela desabou e
chorou, como se cada lágrima fosse arrancada da própria essência de seu ser, isso rasgou
seu coração. A dor e a tristeza presas por tanto tempo em seu corpo esguio o sacudiram
profundamente. Ele tinha visto muitas, muitas coisas, mas o que ela testemunhou
quebrou até mesmo sua crença firme sobre a que um guerreiro poderia sobreviver.
Assistir impotente enquanto a vida de sua companheira era tirada na sua frente o teria
deixado louco de tristeza e dor. As imagens enviadas por sua simbiose de suas memórias
queimaram em sua alma com uma necessidade furiosa de vingança sobre o homem que
Ele caminhou em silêncio até o balcão onde havia uma variedade de refrescos e
serviu uma bebida. Deixou seu olhar vagar pelo interior espaçoso de seus aposentos
antes de caminhar até a janela de exibição. Não era nem de perto tão grande quanto seus
aposentos em Valdier, mas era maior do que os outros aposentos a bordo da Horizon.
Ele sabia que havia uma excelente possibilidade de Carmen dar à luz antes de seu retorno
a Valdier. Pelo que ele aprendeu com sua mãe, as fêmeas humanas carregavam seus
filhotes por nove meses, enquanto uma fêmea Valdier carregava por cinco. Ele sabia que
Ficou olhando para a riqueza do espaço. Ele havia passado grande parte de sua vida
adulta no espaço, mas agora descobriu que queria mais. Queria um lugar onde pudesse
ver seus filhotes crescerem, correr e brincar. Ele queria um lugar onde ele e Carmen
pudessem voar em suas formas de dragão sempre que quisessem ou deitar em um prado
de grama roxa e ouvir os sons do rio e das criaturas da floresta ao redor deles. Ele queria
um lar.
Braços delgados envolveram sua cintura por trás e ele podia sentir sua bochecha
quando ela a encostou em suas costas. Ele ergueu um dos braços para abraçá-la. Eles
ficaram assim por vários longos minutos antes que ele a puxasse para que pudesse
envolve-la com o braço, colocando a palma da mão sobre seu estômago enquanto a
— Sobre o que você está pensando? — Ela perguntou a ele em voz baixa, olhando
Ele colocou sua bebida na pequena mesa redonda perto da janela de exibição e
passou os braços ao redor dela, puxando-a para mais perto enquanto descansava a
cabeça na dela.
— Você ficaria chateada? — Ele perguntou. — Era o que você queria, não é? Voltar
— Por quê? — Ela perguntou desconfiada. — Por que você me levaria agora quando
— Eu vou matar o homem que machucou você e seu primeiro companheiro. — Ele
disse com uma convicção silenciosa. — Eu vi o que ele fez. Nunca saberei como você
sobreviveu a tal perda e se estiver ao meu alcance, você nunca mais terá que enfrentá-lo.
Mas saiba disso, serei eu quem o matarei. É meu direito como seu companheiro buscar
justiça.
— E se algo acontecer com você? — Ela perguntou com um tom de voz embargado.
— Eu não poderia passar por isso de novo, Creon. Perder você... — Sua voz enfraqueceu
quando o medo por ele anulou seu desejo de vingança. — Matá-lo nunca trará Scott ou
nosso bebê de volta. — Disse ela olhando para ele com lágrimas nos olhos. — Mas amar
você e ter você em minha vida me dá algo que eu nunca esperei ter novamente. Não
— Carmen, eu não sou humano. Não sou fácil de matar. Ele machucou mais do que
apenas você. Ele será levado à justiça por te machucar, seu primeiro companheiro e seu
filho ainda não nascido. Mas, também vou impedi-lo de machucar outras pessoas. Além
disso, quero que você tenha a chance de dizer adeus. Você merece esse encerramento
antes de poder se erguer completamente das cinzas para renascer novamente, minha bela
fênix.
Carmen não disse nada. Em vez disso, ela se inclinou para o corpo quente de Creon
e o abraçou com força. Ela se aconchegou mais perto, desejando que pudesse permanecer
sempre tão perto dele. Uma leve vibração em seu estômago a fez estremecer em choque.
O rosto de Creon se abriu em um sorriso ansioso quando ele pressionou sua mão
sobre a dela. Carmen moveu a mão para que pudesse pressioná-la contra seu abdômen
ligeiramente arredondado. Um momento depois, seu rosto se iluminou com um sorriso
— Eles serão guerreiros fortes como seu pai! — Ele exclamou com orgulho.
— É melhor você dizer ao companheiro que elas são guerreiras fortes como a mãe. Elas têm o
seu temperamento. — Murmurou seu dragão, cansado. — Elas chutam como você também.
a risada que ameaçava escapar. Seus olhos brilharam com malícia quando ela olhou para
o rosto de Creon.
— Bem, de acordo com meu dragão... — Ela riu. — ...é melhor você começar a pensar
em tons de rosa em vez de azul. Ela diz que elas serão exatamente como eu. O que você
O sorriso no rosto de Creon desapareceu junto com todas as cores nele. Ele balançou
vertiginosamente quando o fato de que ela estava tendo garotinhas afundou nele. Gemeu
— Eu nunca... faz tanto tempo desde que uma mulher... — Ele estava tendo
problemas para respirar enquanto pensava que teria duas lindas filhas. — Bolas de
dragão! — Ele rugiu de repente. — Eu vou matar qualquer guerreiro que apenas olhe
para elas. — Ele rosnou. — Terei que pegar Cree e Calo... não, eles são muito jovens, terei
que encontrar alguns guerreiros mais velhos que estão acasalados... Vou construir uma
casa para nós rodeada pelos muros mais altos... Talvez eu possa...
— Elas nem nasceram ainda. Acho que temos tempo antes que os guerreiros
comecem a vir convidá-las para um encontro. — Ela disse enquanto sorria pacientemente
— Anos. — Ela respondeu dando um beijo nos lábios dele. — Faça amor comigo. —
Ela sussurrou.
Carmen deu uma risadinha e agarrou sua mão para puxá-lo em direção aos seus
aposentos.
Vox, a Shifter. Ela estava começando a mostrar sua gravidez mais e mais a cada dia. Teve
que reduzir alguns de seus treinos. Passava mais tempo se alongando e apenas andando
na nave de guerra do que chutando a bunda de Cree e Calo agora. Eles foram orientados
a ficar perto o tempo todo quando ela começasse a florescer, como Creon chamou. Ele
estava constantemente tentando fazer com que ela se deitasse e descansasse. Cree e Calo
eram tão ruins quanto. Ela sabia que os dois guerreiros deviam estar cansados de ser sua
babá, porque ela estava completamente cansada de tê-los como sombras gêmeas.
— Acho que você deveria ir com calma hoje. — Disse Creon ao terminar de se
pouco.
— Eles deveriam inchar um pouco! Estou grávida. Estou farta de estar aqui. Quero
ir visitar Cal e Meli... Mel. — Ela corrigiu rapidamente. — Ambos estão entusiasmados
com o retorno à Terra em breve. Acho que eles estão tão cansados de ficar presos na baía
— Não há razão para eles permanecerem lá o tempo todo. — Disse ele, olhando para
— Eu gostaria que tivéssemos sido capazes de ver Kelan e Trisha antes de partirem.
— Ele disse enquanto colocava uma mão calmante sobre a dela. — Parece que eles
estavam tendo problemas para tirar alguns dos guerreiros do planeta. Vários guerreiros
encontraram suas verdadeiras companheiras, porém, eles parecem estar tendo algumas
— Nem sempre temos muita escolha. Quando nosso dragão e nossa simbiose
Acrescentou defensivamente.
— Não, você começa a dizer, pedir, exigir mais tarde. — Ela acrescentou,
— Sim. — Acrescentou ele enquanto suas mãos se moviam para seus seios mais
cheios. — Mas você adora quando eu sou assim. Agora, antes de ir, lembre-se de ter seu
comunicador e que Cree ou Calo estão com você. Apenas no caso…. — Ele acrescentou
antes de esmagar seus lábios nos dela para conter os protestos que podia ver se formando
em seus lábios.
***
Ela teria Cree e Calo derrubados na primeira oportunidade que tivesse depois que
os bebês nascessem. Cree estava rindo e zombando de sua caminhada enquanto ela se
movia pelo corredor. Ele seria torrado. Ela podia até ter que pensar em algumas coisas
para fazer antes de ter os bebês. Talvez devesse conversar com Cara sobre como
Outra coisa que notou foi que quanto maior ela ficava, mais Creon se tornava
protetor e irritante. Ela mal conseguia fazer xixi sem ele querer que alguém estivesse com
ela. Se ela ouvisse mais um apenas no caso.... Iria gritar. Finalmente chegou ao ponto em
que ela passava a maior parte do dia na baía de reparos com Cal e Melina. Desde que o
Pactor foi enviado para uma nova casa no D’stroyer com Ariel, Melina estava se sentindo
deprimida.
— Estou aqui, Carmen. — Disse Cal, saindo dos aposentos dele e de Melina.
— Você está bem? Parece um pouco pálido. — Carmen perguntou com preocupação.
— Estou bem. A sopa que tomei no almoço não está combinando comigo, só isso. —
Cal disse com uma risada rouca. — Só Deus sabe o que havia nela. Eu parei de tentar
descobrir isso anos atrás. Descobri que se eu soubesse o que havia na comida,
provavelmente morreria de fome. Eu me preocupo com Melina, no entanto. Ela é muito
Carmen riu.
— Ela não é a única. Você deveria ter visto os guerreiros tentando descobrir com o
que alimentar minha irmã. Ela é vegetariana. Eles nunca tinham ouvido falar de tal coisa
antes. A única coisa que podiam pensar para alimentá-la eram frutas. Ela estava tão
cansada disso quando chegamos em Valdier que eu não tinha certeza se ela comeria
colocado.
havia seguido até a área de reparos. — Como vai você? Já conversou com as garotas que
— Sim, parei no caminho para cá. — Respondeu ela. — Evetta e Hanine estão
Hanine compartilhou como ela foi capaz de contornar os escudos no espaço porto e
usa para ultrapassar os cargueiros. Aaron está quase como novo e ele e Ben estão
treinando com alguns dos guerreiros. Acho que eles vão se estabelecer em Curizan
quando voltarmos. Ha'ven mencionou uma aldeia que iria recebê-los todos.
escuro para trás da orelha. — Pude ouvir algumas de suas conversas. Ben e Aaron eram
— Vovô, por que você não vai se deitar um pouco? Acho que você deveria chamar
o médico para vir te olhar. Você não estava se sentindo bem na noite passada também.
— Eu não preciso de nenhum médico, mas acho que vou deitar um pouco. — Disse
Cal, levantando-se lentamente. — Carmen, você fica e cuida da minha neta. Ela precisa
de um tempo de menina.
— Eu vou, Cal. — Carmen disse sorrindo para Cal. — Espero que você se sinta
melhor.
— Obrigado. — Cal disse com um sorriso genuíno. Ele se virou para olhar para
— Eu não vou, vovô. — Disse Melina levantando-se para ajudar seu avô.
Ela deu um passo em direção a ele quando de repente endureceu e agarrou seu peito.
Ela mal teve tempo de agarrá-lo antes que ele desabasse no chão. Seu grito de medo
Carmen gritou por Cree o mais alto que pôde enquanto se movia para onde Cal
estava deitado no chão. Ela se curvou sobre ele, procurando o batimento cardíaco e
sentindo a respiração. Ela não sentiu ou ouviu nenhum dos dois. Passou por cima dele e
começou a fazer RCP. Melina moveu-se para sua cabeça e inclinou-a para trás, esperando
o sinal de Carmen para respirar por ele. As portas da área de reparos se abriram e Cree
entrou correndo. Viu a figura deitada de Cal e imediatamente pediu assistência médica.
Ele se ajoelhou ao lado do homem idoso e avaliou rapidamente sua condição. Não havia
pulso e sua pele estava ficando de um tom claro de azul. Ele olhou para o neto e congelou.
Cachos escuros caíram sobre os ombros de Melina e pelas costas. Ela estava
sussurrando freneticamente para que seu avô ficasse bem, implorando que ele, por favor,
não a deixasse sozinha. Ela passou as pequenas mãos pelas bochechas dele.
— Por favor, vovô, não me deixe. — Ela chorou baixinho. — Por favor, não me deixe
aqui sozinha. Estaremos em casa em breve. Vamos voltar para a fazenda. Vou cozinhar
depois da missa. Será como antes. Aposto que aquele velho cão de caça ainda anda à
e súplica e soube que estava totalmente perdido. Ele teria movido todas as estrelas da
galáxia para fazer o que ela implorou, se tivesse o poder para fazer isso; mas sabia que
não havia nada a ser feito pelo velho humano. Sua essência já havia deixado seu corpo.
— Eu... Não há nada que possa ser feito para salvá-lo. — Disse ele, gentilmente
queimaram em seus olhos verdes vívidos. Ela ficou de pé quando ele se levantou para
ficar sobre o corpo de seu avô. Carmen se sentou no chão ao lado de Cal, segurando sua
— Não! Você não quer ajudá-lo! — Ela gritou olhando para o avô enquanto as
lágrimas escorriam por seu rosto. — Eu vi o que suas criaturas douradas podem fazer.
— Não, Mel... — Disse ele em resignação. — Mesmo nossas simbioses não podem
O grito de dor de Melina encheu a sala de reparos. Quando Cree deu outro passo
em sua direção, ela se virou e fugiu para as caixas, lutando entre as fendas estreitas onde
ele não podia tocá-la. As portas se abriram novamente para admitir Tandor e vários
Carmen ergueu os olhos quando ele chamou seu nome. Lágrimas silenciosas caíram
suavemente por seu rosto. Nos recessos mais distantes das caixas, os soluços irregulares
de Melina encheram o ar. Ela colocou cuidadosamente a mão enrugada de Cal em seu
peito.
— Adeus, meu querido, querido amigo. — Disse ela baixinho antes de deixar Creon
— Ele foi morto instantaneamente. Não haveria nada que pudéssemos ter feito para
médicos colocavam o corpo de Cal na cama portátil de enfermaria. Tandor olhou para as
caixas de onde os soluços de Melina podiam ser ouvidos. Ele balançou a cabeça
tristemente.
— Mulher. — Cree disse baixinho, seus olhos grudados nas caixas antes de se virar
para olhar para Creon e Tandor. — O menino é uma mulher. Qual é o nome dela? — Ele
Carmen levantou a cabeça e olhou com os olhos cheios de lágrimas para as caixas
— Melina. — Ela respondeu suavemente. — Eu vou ficar com ela. Ela não deve ser
deixada sozinha.
Os passos de Calo diminuíram quando o que seu irmão estava dizendo foi
absorvido. Seus olhos imediatamente foram para as caixas, onde apenas um gemido
ocasional podia ser ouvido. Seu rosto se contraiu de preocupação e resolução. Ele olhou
para o irmão e acenou com a cabeça uma vez. Eles estavam de acordo.
***
Fazia pouco mais de uma semana desde que Cal faleceu. Melina se recusou a deixar
a baía de reparos. Levou dias para finalmente fazê-la sair das caixas onde havia criado
uma toca escondida. Ela empilhou silenciosamente roupas de cama e as poucas coisas
que pertenciam a seu avô na abertura estreita. Ela só saía quando Carmen estava sozinha.
Várias vezes Cree e Calo tentaram ficar, mas ela nem mesmo respondia a Carmen se
sentisse que eles estavam em qualquer lugar por perto. As duas simbioses se dividiram
porque não conseguiam nem mesmo separar as caixas por medo de esmagá-la sob eles
se o fizessem. Seu único contato foi com sua simbiose que se tornou sua companheira
constante. Os homens iam várias vezes ao dia para deixar comida e bebida para ela, bem
Carmen estava esperando que ela terminasse o banho. Tinha jurado a Melina não
deixar ninguém, especialmente aqueles dois guerreiros que não a deixavam em paz,
entrar na sala de reparos. Carmen se virou quando a porta se abriu e os dois homens
— Lady Carmen, por favor. — Calo disse em uma voz tensa. — Você não entende.
— Você não acha que ela tem o suficiente para lidar? — Carmen perguntou
enquanto deixava suas mãos deslizarem para os quadris. — Ela acabou de perder seu
último membro da família, está prestes a voltar para casa depois de ter ficado fora nos
últimos quatro anos, e você acha que ter não um, mas dois companheiros devem ajudá-
la a se sentir melhor?
— Não temos escolha. — Ele rosnou. Seus punhos cerrados com força ao seu lado.
— Não. — Disse uma voz da porta. — Eu quero que vocês me deixem em paz. Vou
levar vovô de volta para que ele possa ficar com a vovó e meus pais. — Melina disse em
reivindicamos você. — Ele disse enquanto seus olhos se moviam para as duas faixas de
— Não. — Ela disse suavemente olhando para os homens com olhos tristes. — Estou
indo para casa e vou esquecer que isso já aconteceu comigo. Vou viver minha vida em
casa, na Geórgia. Eu não posso ser uma companheira. — Ela disse, inclinando a cabeça
Melina apenas balançou a cabeça e disparou para as caixas novamente antes que
pudessem impedi-la. Seus rugidos altos de frustração ecoaram pela área de reparos.
Quando o som parou, Carmen pôde ouvir as fungadas suaves de Melina enquanto ela
chorava.
precisa enterrar seu avô. Dê isso a ela antes de fazer qualquer coisa. Dê a ela um tempo
Carmen colocou a mão no braço de cada homem. Esperou até que eles se virassem
para olhar para ela antes de dizer qualquer coisa. Ela precisava que eles entendessem o
lágrimas queimavam em seus próprios olhos. — Temos que nos despedir e aceitar que
não há como voltar, apenas seguir frente. Acredite em mim, estou falando por
experiência própria.
Ambos os homens olharam fixamente para ela antes de seus olhos voltarem para as
caixas e os gemidos suaves. A dor passou pelos olhos de ambos os homens antes de
— Apenas saiba disso. — Cree falou em uma voz cheia de resolução. — Ela não
permanecerá em seu mundo quando partirmos. — Ele disse antes de acenar para seu
irmão.
Carmen observou enquanto os dois homens se viravam e saíam. Seu coração estava
com Melina, mas ela também entendia que os homens não tinham escolha. Deixá-la para
trás seria uma sentença de morte não apenas para os homens, seus dragões e suas
simbioses, mas também para Melina que, sem o seu conhecimento, já havia aceitado a
sala de estar da casa da fazenda de Paul. — Mesmo que fosse apenas em uma tela
holovid.
— Eles estão ocupados. — Respondeu Creon. — Pelo menos dois dos guerreiros
ficaram para trás apenas porque Kelan sabia que estávamos chegando. — Ele disse,
aproximando-se para que pudesse dar um beijo em seus lábios. — Foi muito gentil da
parte de Paul ter estabelecido esta casa como uma base para nós. — Ele continuou
— Ainda teremos que ter cuidado. — Ela sussurrou. — Se o governo descobrir sobre
alienígenas pousando no meio do Wyoming, não acho que ficarão muito felizes com
você.
guerreiros a chance de encontrar suas verdadeiras companheiras. Esta é uma chance rara.
Eles terão muito cuidado para não arruinar isso para os outros.
Carmen se recostou no braço dele, puxando a outra mão para cobrir a barriga. Ela
estava definitivamente mostrando agora. Não havia como negar ou esconder que estava
grávida. Ela brincou com os dedos dele enquanto pensava sobre o que ainda precisava
ser feito.
— Quem ficou no planeta? — Ela perguntou roucamente enquanto corria os dedos
levemente sobre a mão dele, que estava fazendo círculos muito excitantes em sua barriga.
— Jaguin e Gunner ainda estão aqui. — Ele respondeu distraidamente. — Eles são
precisam.
— Trisha disse que havia várias outras mulheres a bordo que não estavam sendo
muito cooperativas. — Disse ela enquanto agarrava a mão dele e a movia para mais perto
de seu seio.
— Kor e Palto estão voltando para Valdier com suas companheiras. Dois homens
que estavam com Trisha também encontraram companheiras, assim como vários outros
guerreiros. Kelan deu a cada guerreiro tempo para pesquisar antes de ser forçado a
retornar. Jaguin ainda não encontrou sua companheira, mas Gunner encontrou a dele.
falar sobre minha companheira. Você tem ideia de quanto tempo se passou desde que
fizemos amor?
Carmen riu e agiu como se tivesse que pensar muito por um minuto.
— Deixe-me ver, oh sim! — Ela disse, estalando os dedos. — Eu acho que foi esta
Carmen estendeu a mão para dar um beijo em seus lábios quando seu celular tocou
com o toque que ela havia definido para seu contato. Ela se afastou e olhou para Creon
em silêncio por outro toque antes de empurrar seu ombro, forçando-o a recuar enquanto
— Ele estará neste local em dois dias. — Disse a voz do outro lado da linha. — Tome
cuidado. Fiz upload de informações adicionais sobre o complexo. Esta é a última vez que
posso ajudá-la. — A voz rosnou do outro lado da linha. — Acho que ele está atrás de
— Você vai fazer exatamente o que eu disser, Carmen, ou vou amarrar sua bunda
Os olhos de Carmen se suavizaram e ela os deixou cair para o seu meio inchado.
— Eu não vou deixar ele tirar isso de mim de novo. — Disse ela calmamente. —
— Quando isso acabar, — Ele disse suavemente, passando os nós dos dedos por sua
bochecha antes de continuar. — então este mundo será um pouco mais seguro para
uma vez.
***
sobre o terreno. Eles haviam retornado tarde da noite passada para o rancho de Paul.
Javier Cuello. Cree e Calo ainda não haviam retornado com Melina. Eles viajaram com
ela para enterrar seu avô no terreno da família na pequena fazenda que possuíam nos
— Carmen é sua primeira prioridade. — Creon estava dizendo aos dois homens.
de Jaguin e uma seção menor da simbiose de Gunner viajariam com eles. Metade da
— Você causou a mesma dor de cabeça para mim, caso não se lembre. — Ele a
lembrou baixinho.
— Sim, e eu faria tudo de novo para ter você ao meu lado. — Acrescentou ele
suavemente.
— São os hormônios, de acordo com Dola. — Ele brincou. — Você voltará a chutar
decepcionou. Ele era um agente secreto da DEA. Tinha sido amigo íntimo de seu ex-
chefe, Kevin. Ele ficou preocupado quando ela não apareceu meses atrás, que Javier
tivesse descoberto que ela estava atrás dele e tivesse atirado nela, especialmente quando
Kevin não podia dizer a ele onde ela estava. Carmen contou a ele uma história sobre
como foi ferida em um sequestro. Ela ficou o mais perto possível da verdade, sem
estava atualmente escondido. Ele só podia dizer a ela que Javier estaria no complexo em
dois dias. Ele não sabia quanto tempo iria ficar enquanto o governo estava reprimindo o
cartel. O governador que ele tentou matar era agora o presidente do país e não era um
homem que perdoava quando se tratava de alguém que tentou matar sua família,
— Depois que pousarmos no complexo, quero que vocês dois cubram Carmen. Eles
têm armas que podem atirar em longo alcance. Eu dei a você alguns dos brinquedos de
Ha'ven. Os escudos nos protegerão de suas armas. Mate qualquer um que atirar em
vocês. — Creon disse severamente. — Carmen, você vai ficar atrás de mim. Eles não
verão Harvey até que ele mude para uma forma diferente. As simbioses de Jaguin e
Gunner vão tirar a maioria dos guardas. Com sorte, entraremos antes de Cuello saber
— Você é tão má. — Carmen respondeu suavemente. — Depois que isso acabar, que
tal eu convencer Creon a voar quando voltarmos para casa. Paul me mostrou alguns
— Você promete? — Seu dragão rugiu de prazer. — Eu terei meu companheiro? Todo
meu?
— Não. — A voz de Creon era mais profunda do que normalmente era quando seu
dragão respondeu a sua companheira. — Eu sei o que ela quer. É muito perigoso. Não a
Os olhos de Creon se voltaram para ela ao som de um leve ronronar em sua voz.
— O que? — Ele rosnou para Gunner, que estava sentado em sua cadeira.
— Você me puxou para longe daquela bunda teimosa... minha companheira, então
o mínimo que pode fazer é ter um pouco de simpatia por mim. — Ele resmungou em um
beicinho. — Eu estava quase no ponto de pensar que ela iria falar comigo em vez de
tentar me matar.
— Sim, bem, você ainda está à minha frente. Pelo menos você encontrou sua
iluminado entrando em vista. — Você acha que ele tem luzes suficientes acesas? Este
Jaguin e Gunner sorriram. Suas simbioses chegaram antes deles e prepararam um grupo
de desembarque. Harvey flutuou sem ser visto acima do solo. Uma porta se dissolveu e
Jaguin e Gunner se levantaram. Eles acenaram com a cabeça e pularam para fora da
porta, mudando enquanto caíam em seus dragões. Eles se moveram em silêncio pelo
complexo, ajudando a tirar qualquer guarda armado. Gunner soprou um anel de fogo
azul brilhante que desapareceu rapidamente para mostrar que era seguro pousar.
ajudou Carmen a descer. Jaguin e Gunner estavam esperando por ela e rapidamente
assumiram uma posição de cada lado dela enquanto Creon liderava o caminho. Harvey
enquanto eles se moviam em direção à casa situada no meio do complexo. Creon acenou
com a mão e a porta se desintegrou. Ele rapidamente embolsou o dispositivo que Ha'ven
— Brinquedo legal. — Gunner murmurou. — Espero que essa maldita coisa não
funcione conosco.
Creon sorriu e balançou a cabeça.
— Não, apenas madeira. — Ele disse, apontando para as peças de metal penduradas
Uma jovem esguia saiu de uma sala ao lado. Seus olhos se arregalaram e sua boca
se abriu para gritar, mas nenhum som saiu. Ela olhou para a porta mais adiante no
corredor, em seguida, de volta para o pequeno grupo de seres estranhos entrando por
uma porta que não estava mais lá. Seus olhos escuros pareciam esperançosos quando ela
Carmen travou os olhos com a jovem cujos olhos se moveram para a cintura
silenciosa. A garota apontou para a porta e ergueu quatro dedos, depois mais dois e a
forma de uma mulher. A garota apontou para os quatro dedos e acenou com a cabeça.
Carmen levou o dedo aos lábios e acenou com a compreensão. A garota se afastou
Creon pegou o dispositivo antes de perceber que não funcionaria, pois a porta era
de metal sólido. Ele olhou para Harvey, que bufou e avançou rapidamente. Em
segundos, a porta estava deitada no chão e tentáculos de ouro teciam ao redor da sala
segurando três homens no lugar onde eles estavam sentados e o quarto pelos tornozelos
no ar. Creon se moveu para impedir que Carmen entrasse na sala quando viu o que os
homens estavam fazendo, mas ela passou por ele. Seus olhos escureceram de aflição
quando viu uma jovem com a idade de Melina esticada em uma prateleira em forma de
T. Sua camisa estava puxada para baixo em volta da cintura. Listras ensanguentadas
cruzavam suas costas onde o homem de pé a estava chicoteando. Sua cabeça pendurada,
uma longa trança pálida de cabelo loiro estava pendurada na frente dela.
— Solte-a. — Carmen exigiu imediatamente enquanto seus olhos foram para a outra
garota.
Ela olhou para a outra garota que estava amarrada e ajoelhada. Ela tinha cabelos
loiros também. Seu cabelo era mais curto, mas não muito. Ela tinha hematomas em um
lado do rosto e seus olhos estavam atordoados como se ela pudesse ter uma concussão.
— Quem são vocês? — Javier exigiu em espanhol de onde ele estava preso em seu
assento.
Carmen saiu do lado esquerdo de Creon para que pudesse ser vista por Javier. Ela
soube que ele a reconheceu no minuto em que a viu. Ela virou-se para encará-lo. Sentiu-
se congelada por dentro até o momento em que seus olhos se fixaram nos dele. O fogo
tristeza aumentavam. Memórias de Scott olhando para ela antes de Javier atirar nele, os
meses de dor por se recuperar de suas próprias feridas e lidar com a perda de seu marido
e filho.
— Você! — Ele rosnou lutando para se libertar. — Eu tenho procurado por você nos
— Você deveria ter procurado mais porque eu queria que você me encontrasse. —
garota que havia sido chicoteada. Sua simbiose estava circulando em angústia, tentando
envolvê-la. Jaguin embalou seu corpo ensanguentado, tentando ter cuidado com suas
costas devastadas.
— Ela se parecia o suficiente com você para que eu pudesse fazê-la pagar pelo que
você fez comigo! — Ele mordeu de raiva. Ele olhou para os fios de ouro que o prendiam.
— O que é isso? Que tipo de arma é essa? Nunca tinha visto nada parecido antes. —
balançando levemente. — Você machucou uma garota inocente porque ela te lembrava
de mim?
— Não! — Carmen disse bruscamente. Ela se afastou de Creon e olhou para Javier.
— O que eu fiz pra você? — Ela exigiu asperamente, dando um passo em direção a Javier.
libertar o homem, mas para ser cauteloso. Javier puxou uma bengala que estava
encostada na mesa em sua direção. Ele ficou sem jeito e se moveu lentamente ao redor
da mesa. Uma vez que estava do outro lado, ele puxou a perna da calça para cima o
suficiente para Carmen ver que ele estava usando uma perna protética.
— Você matou meu marido e meu bebê. Você me deixou para morrer. Realmente
acha que eu dou a mínima que você perdeu uma perna? Você tirou de mim tudo que me
— Você parece ter encontrado algo neste mundo para substituir o homem e a criança
que declara que foram tirados de você. — Javier rosnou balançando a cabeça em direção
— Eles não são deste mundo. — Ela disse enquanto deixava a onda de mudança
tomar conta dela. Tons brilhantes de branco, vermelho, rosa e escamas roxas ondularam
sobre ela enquanto ela deixava seu dragão seguir seu caminho.
— Crocantes? — Seu dragão perguntou esperançosamente.
O xingamento murmurado de Creon seguiu suas ordens para que Jaguin, Gunner e
suas simbioses voltassem com as duas mulheres feridas para a Horizon, enquanto ele
cuidava dos homens e de sua companheira. Creon mudou, cuspindo fogo ao mesmo
tempo que Carmen. O fogo combinado deles engolfou Javier, congelando o olhar de
horror e terror em seu rosto por um breve momento antes que as cinzas caíssem onde ele
estivera. Creon se virou para os outros homens enquanto Harvey os soltava, um de cada
Ele se virou para sua companheira, que levantou a cabeça e rugiu quando o resto de
sua dor derramou dela. Gentilmente, ele moveu seu corpo negro mais perto do dela. Ele
rosnou para Harvey para criar uma abertura grande o suficiente para que voassem. Em
segundos, um enorme buraco abriu a parede de trás para a escuridão. Creon empurrou
sua companheira com suas asas e cauda, beliscando-a para força-la a segui-lo. Ele sabia
que ela estava presa no passado. Ele precisava trazê-la para longe deste lugar e levá-la
para seu novo futuro. Lentamente ela respondeu, movendo-se em direção à abertura.
Quanto mais perto chegava, mais rápido ela ia, como se estivesse pronta para enfrentar
o novo começo que a esperava fora das paredes do complexo. Suas asas varreram as
cinzas dos homens para cima e para longe até que nada restasse de sua existência. Logo
os dois estavam no ar, seguidos de perto por Harvey. Ele a deixaria voar tão longe e tão
rápido quanto ela quisesse. Quando ela se cansasse, ele a seguraria e a guiaria. Ele nunca
ventos, tocou as nuvens, beijou a lua enquanto voava o mais alto que podia antes que a
chamavam. Ela mudou-se das cidades iluminadas para uma pequena enseada escura. As
águas estavam calmas enquanto ela deslizava centímetros acima delas. As estrelas e o
brilhantes de suas escamas contra a luz branca e brilhante da lua cheia. Deixou as pontas
de uma de suas garras dianteiras tocarem a superfície, fazendo ondulações atrás dela
enquanto voava.
lado dela.
— Ele machucou aquelas mulheres por minha causa. — Carmen lamentou baixinho.
— Calma, minha gatinha guerreira. — Creon disse enquanto a seguia até a praia de
virava para olhar para a lua cheia. Parecia perto o suficiente para ser tocada. Ela ergueu
a cabeça e soltou um grito pesaroso ao pensar que outras pessoas foram prejudicadas
por causa dela. A forma negra da meia-noite de Creon pousou. Na escuridão da noite,
— Não se culpe, Carmen. Você não tem controle sobre o que aquele homem fez. Ele
era mau. Não tome as ações dele como suas. Você é a luz da escuridão. — Ele disse
enquanto sua forma maior se aproximava dela. — Olhe. — Ele sussurrou. — Veja como
Carmen olhou para baixo quando ele gentilmente tocou sua garra dianteira na dela.
Suas escamas brilharam por um momento antes de a cor escurecer e começar a refletir as
— Juntos somos um. — Ele sussurrou. — É hora de minha fênix se erguer das cinzas
e abraçar nossa vida juntos. Você vai fazer isso comigo? Você vai fazer isso por nossas
Carmen deitou sua cabeça esguia contra o peito enorme de Creon brevemente antes
de se afastar o suficiente para olhar em seus olhos novamente. Era hora de finalmente
dizer adeus. Ela nunca esqueceria sua antiga vida, sempre seria uma parte dela, mas era
hora de aceitar sua nova vida. Ela havia mudado assim como a fênix, até que apenas as
cinzas de sua antiga vida permaneceram. Fora dessas cinzas, ela tinha uma escolha de
como queria viver sua nova vida. Ela queria uma sem arrependimentos.
— Não. — Ela disse suavemente contra o vento. — Para Valdier. — Ela olhou para
ele com olhos castanhos dourados flamejantes. — Para minha nova vida com você e
nossas filhas.
O enorme macho se moveu para trás da fêmea menor. Ele a tomaria novamente esta
noite. Ele a reivindicaria sob as estrelas e a lua de seu planeta, em uma praia arenosa. Ele
rugiria para todos ouvirem que um Príncipe Dragão Valdier encontrou sua companheira
no lugar mais improvável com a mulher mais bonita que já tinha visto. Ela era delicada,
frágil, forte e corajosa. Ela era teimosa, leal e compassiva. Ela era a luz de sua escuridão.
Era a sua companheira perfeita e ele a amava mais do que a própria vida.
A esguia dragão fêmea abaixou a cabeça em submissão até que o macho maior a
— Olhe para as estrelas enquanto eu a tomo, minha linda fênix. Olhe para as estrelas
Quando ela ergueu a cabeça para as estrelas, Creon se curvou sobre ela, mordendo
e soprando o fogo do dragão de seu macho nela. Ele abraçou o fogo que queimava os
dois. Ele deu as boas-vindas ao fogo que se acendeu em ambos quando eles se uniram
novamente e novamente.
dentro de suas asas, segurando-a e levando-a com golpes longos e fortes. Ela balançou
para trás contra ele enquanto ele agarrava suas asas nos ombros com as garras dianteiras,
levantando-se nas patas traseiras e envolvendo a cauda firmemente ao redor dela para
soltou seu pescoço enquanto sua tosse irregular quebrou junto com as ondas na
superfície. O corpo dela ordenhou o dele uma e outra vez, puxando-o mais para dentro
pássaros e animais nativos que viviam ao longo da costa isolada. Seu rugido pôde ser
ouvido por quilômetros e muitos residentes ao longo da costa jurariam que viram e
ouviram o antigo deus, Quetzalcoatl, enquanto ele rugia sua reivindicação para que
***
Carmen caiu em um sono exausto envolta nas asas fortes de seu companheiro; os
sons das ondas sua canção de ninar, a brisa quente seu leque e um céu infinito de estrelas
sua luz noturna. Ela finalmente estava em paz. Ela vagamente se lembrava de Creon
anos de estresse. Creon a carregou envolta com a mesma força em seus braços enquanto
a segurava em suas asas para Harvey, que esperava pacientemente por eles mais adiante
na praia.
— Obrigado, meu amigo. — Disse Creon calmamente enquanto colocava Carmen
na cama contornada que se formou debaixo dela. — Leve-nos de volta para a casa de
Harvey brilhou, mudando de cor para combinar com a luz da manhã. Um pescador,
contornando a enseada, contaria mais tarde sobre a magnífica criatura que havia
desaparecido bem diante de seus olhos, mas não antes de vê-la surgir da praia. Mais
tarde, ele traria vários de seus amigos e um cientista para mostrar a eles as pegadas que
***
Mais tarde naquele dia, Carmen e Creon estavam no pequeno cemitério fora da
cidade de Casper Mountain, Wyoming. O túmulo de Scott estava perto de sua mãe e dos
pais dela. Carmen avançou e colocou várias rosas vermelhas sobre o túmulo e um
Mais que um marido, mais que um amigo, o amor da minha vida. Ele repousa aqui
protegendo nosso filho por nascer para sempre em seus braços. Você estará para sempre em meu
coração.
Carmen sorriu agradecida enquanto Creon a ajudava a se levantar. Ele a abraçou
com ternura, dando-lhe tempo para dizer adeus. Ela apertou a mão dele antes de se virar
— Estou pronta para ir para casa. — Disse ela calmamente. — Estou pronta para
viver novamente.
Creon não disse uma palavra. Ele não precisava. Podia ver a sensação de paz nela
enquanto ela deixava seu passado. Ele passou o braço em volta dela e se virou para
Harvey, que estava esperando por eles. Partiriam esta tarde para Valdier. Carmen queria
que suas filhas nascessem em sua casa lá, se possível. Estaria perto se voltassem a tempo,
mas ela estava determinada a que suas meninas conhecessem seu mundo natal.
Creon tinha falado com Trelon. Ele disse sobre como usar as simbioses com os
cristais mais as ondas sonoras que Cara havia aperfeiçoado. Ele advertiu que isso tinha
que ser feito na ordem certa e na frequência certa, caso contrário, faria as simbioses
agirem como um bando de guerreiros Valdier em uma competição de bebida. Ele havia
dado a tarefa às mulheres Marastin Dow de todas as pessoas para estabelecerem. Ambas
supervisionaria. Ele tinha recebido a notícia quando estavam vindo para cá que Cree e
Calo haviam retornado à nave de guerra. Nada foi dito sobre se Melina estava com eles
ou não. Ele imaginou que descobriria logo. Não conseguia imaginá-los partindo sem ela,
mas se ela se recusasse terminantemente, eles poderiam não ter tido escolha, já que ele
dúvidas de que iria reaparecer. Ha'ven disse que mais três bases rebeldes foram
encontradas. Jazar e Adalard estavam cuidando delas. Vox estava passando por seu
próprio sistema estelar. Uma das bases tinha vários guerreiros Sarafin que se recusaram
a nomear quem apoiavam. Com o poder das três casas reais trabalhando juntas em vez
de em guerra entre si, era apenas uma questão de tempo até que eles descobrissem quem
confortável antes de ordenar a Harvey que os levasse para a Horizon, que estava
orbitando do outro lado da lua. Carmen não olhou para trás quando eles se ergueram no
ar. Ela olhou para o céu com um sorriso e estendeu a mão para ele.
semanas, ela floresceu até parecer que havia engolido algumas melancias, alguns melões
e talvez algumas maçãs. Eles haviam chegado em Valdier tarde, ou deveria dizer de
manhã cedo. Ela se sentiu como se tivesse acabado de ir para a cama quando acordou
cheia de energia.
Oh, inferno, ela pensou enquanto cambaleava até a cômoda no quarto principal de
— Você acha que está mal. — Seu dragão reclamou. — Não há espaço para mim aqui!
— Eu sei. — Carmen disse enquanto esfregava as costas. Bem contra os meus rins
com aquelas duas diabinhas que pensam que era o seu saco de pancadas pessoal!
Carmen deixou seus olhos vagarem para cima e para baixo em sua forma alta e
rouca. — Quanto mais redonda você fica, mais sua beleza brilha. Não existe um guerreiro
Carmen bufou.
— Você obviamente não tem ouvido o que eles estão dizendo! — Ela retrucou.
— Quem te insultou? Vou estripá-los e assar seus cadáveres em uma cova aberta. —
Ele exigiu.
— Oh, não, você não precisa! — Ela retrucou com uma risada enquanto imaginava
Cree e Calo lentamente girando em um espeto. Não que ela tivesse visto os dois ao
mesmo tempo ultimamente. — Eu tenho esse privilégio quando não tiver o tamanho de
derrotar agora é porque estou grande demais para jogar suas bundas por aí. Até agora,
eles nos devem duas semanas de babá! — Ela deu uma risadinha rouca. — Acredite em
mim, isso é mais do que uma vingança quando eles tiverem que trocar algumas fraldas!
quero lutar para não me deitar de novo. — Disse desesperadamente, olhando para a
— Você também. — Ela apontou. — Estou bem. Você termina de se vestir, então vou
tomar um banho rápido. Eu quero ir ver o filho de Abby, os gêmeos de Cara e Trelon e
o bebê de Trisha também. Oh meu Deus, você pode acreditar que todos nós vamos ter
filhos ao mesmo tempo? Bem, exceto por Ariel. — Carmen disse com um sorriso triste.
— Não tenha tanta certeza disso. — Disse Creon enquanto gentilmente a colocava
de pé. — Mandra tinha um sorriso enorme no rosto e não era por bater em qualquer um
— Sim. — Creon riu. — Ele revelou que estão esperando um menino. Mas não diga
nada ainda. Ele disse que Ariel o fez jurar segredo até ter certeza. Ela se recusou a
acreditar nele quando ele disse que havia plantado sua semente nela.
Carmen revirou os olhos e começou a dizer algo sarcástico quando seu rosto se
contorceu de dor. Ela agarrou a barriga e respirou fundo quando sentiu um chute forte
seguido de um estalo. A água quente começou a fluir por suas pernas e se agrupar ao
redor dela.
— Você está bem? — Creon perguntou, olhando para ela com cuidado quando ela
respirou fundo. — Talvez eu deva chamar Tandor para vir dar uma olhada em você.
— Sim, eu acho que pode ser uma boa ideia. — Ela ofegou quando ondas de dor
começaram a percorrê-la.
— Carmen, você está vazando. — Disse ele com voz rouca. — Você deveria vazar?
Carmen olhou feio para ele, mas não conseguiu dizer nada quando outra contração
a atingiu. Ela deixou escapar um longo gemido de dor e se curvou. Creon estendeu a
— Bebês. — Ela gemeu enquanto lutava para se virar e voltar para a cama. — Agora!
— Ai! — Creon gritou quando ela apertou sua mão. — Isso dói!
Creon achou que era do seu interesse não corrigi-la sobre o que ele queria dizer. Ele
a ajudou a ir para a cama antes de se virar para sair correndo do quarto. Parou apenas
— O que? — Ele perguntou em pânico, seus olhos indo e vindo entre a porta e
— Coloque algumas calças antes de trazer todos aqui. — Ela instruiu antes de gemer
puxar as calças. Ele agarrou seu comunicador e se atrapalhou com ele, tentando ativá-lo.
levantava, pulando para cima e para baixo para levantar as calças o resto do caminho.
Ele mal as prendeu parcialmente antes de Carmen soltar um grito gutural de dor.
Ele estendeu a mão para ela, puxando sua camisola úmida para ver se havia algo que
pudesse fazer. Ele viu a cabeça de uma de suas filhas crescendo pouco antes de seus
olhos rolarem para trás e ele cair no chão. Carmen olhou para o chão e soltou um grito
alto quando sua primeira filha empurrou. Dentro de instantes, Morian estava ao lado
dela, assim como Tandor e vários dos outros curandeiros. Três deles e Morian cuidaram
de Carmen enquanto ela dava à luz, primeiro uma, depois a segunda filha, com cinco
minutos de diferença. O outro curandeiro ordenou a dois guerreiros que pareciam muito
novamente.
vários minutos depois. Ele ficou deitado no sofá por alguns segundos antes de se
lembrar. Rolando, ele grunhiu quando bateu no chão novamente antes de xingar quando
bateu com a cabeça na mesa baixa em frente a ela. — CARMEN! — Ele gritou em pânico
tentando se levantar.
Havia uma pequena figura embrulhada em seus braços aninhada contra um seio. Ele
avançou apenas para parar quando sua mãe se levantou e se virou com outro pequeno
pacote nos braços. Ele deu um passo à frente, hipnotizado pelos pequenos sons
gorgolejantes. Sua mãe estendeu o pequeno pacote que segurava. Instintivamente, suas
arregalaram quando ele viu o cabelo preto espesso cobrindo a pequena cabeça. Olhos
por algo. Ele ergueu a mão e estendeu o dedo mindinho. A mãozinha o agarrou
Seus olhos se ergueram para Carmen. Lágrimas brilharam em seus olhos enquanto
ele olhava para sua bela companheira. Ele caminhou lentamente até ela e sentou-se ao
seu lado. Ela gentilmente puxou a pequena boca de seu seio e a fez arrotar antes de
estendê-la para Creon. Ele puxou o dedo da boca minúscula de sua filha, franzindo a
Creon cuidadosamente colocou sua filha agitada contra Carmen antes de erguer
com cuidado o bebê adormecido. Ela tinha cabelo tão branco quanto o de Carmen. Ela
abriu os olhos dourados brevemente para olhar para ele. Ela abriu a boca e bocejou,
contentamento.
Ele ergueu os olhos quando sentiu a mão de sua companheira acariciando sua
bochecha. Ele sentiu a fria umidade de suas lágrimas. Ele tinha muito pelo que viver.
Faria tudo em seu poder para proteger sua companheira e suas filhas do mal.
Carmen corou enquanto seus olhos se moviam para Morian, que estava limpando o
quarto. Morian riu enquanto olhava para Creon e Carmen com suas novas filhas. Ela
tomou a decisão certa quando decidiu que não era sua hora de deixar este mundo. Seus
filhos precisariam de ajuda e suas filhas precisariam se unir quando os homens se
tornassem muito protetores. Ela sentiu um rubor crescer ao pensar nos olhos escuros de
um certo humano que havia retornado com Kelan e Trisha. Seu olhar tinha sido... Morian
balançou a cabeça. Ela estava velha demais para pensamentos tão fantasiosos. Devia ter
entendido mal. Ela só o encontrou brevemente. Mas ainda assim, ele... Ela soltou um
suspiro suave.
— Estarei por perto se você precisar de mim. — Disse Morian enquanto colocava
silenciosamente a última das roupas de cama limpas no pequeno berço perto da cama.
— Durma criança. — Ela disse suavemente. — Elas vão te acordar quando estiverem
Creon segurou Spring contra ele com força por um momento antes de se levantar e
deitá-la suavemente ao lado de sua irmã. Elas se viraram quase imediatamente uma para
parado olhando para elas com admiração. Tudo sobre elas era perfeito. Ele olhou de volta
— Vá para sua companheira, Creon. Ela precisa de você agora mais do que suas
garganta estava apertada, mas ele sentiu que precisava dizer a ela o quanto a ajuda dela
— Obrigado, Dola, por tudo. — Disse ele calmamente. — Você viu a dor e a tristeza
dentro da minha companheira antes de mim. Sem a sua orientação, não sei se teria
forte. — Disse ele com uma convicção silenciosa. — O amor dela enche minha vida a
ponto de transbordar.
Creon não precisava de mais incentivo. Ele gentilmente levantou sua companheira
e a deitou de volta até que ela estivesse deitada confortavelmente antes que ele se
arrastasse ao lado dela. Ele passou os braços em volta dela com força e deu um beijo em
— Você não é a única a se erguer das cinzas, minha linda Fênix. — Creon sussurrou
com ternura. — Eu subi ao seu lado. Juntos, com nossas filhas, começaremos uma nova
vida.
Para você que chegou até aqui, o nosso muiiiito obrigado. Esperamos
que tenha gostado pois foi feito especialmente para você!