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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 16945
Primeira edição
13.05.2021

Versão corrigida
20.06.2022

Classificação da resistência ao fogo de


elementos construtivos de edificações
Classification of fire resistance of building elements

ICS 13.220.50 ISBN 978-85-07-08456-3

Número de referência
ABNT NBR 16945:2021
69 páginas

© ABNT 2021
ABNT NBR 16945:2021

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ABNT NBR 16945:2021

Sumário Página

Prefácio.............................................................................................................................................................. vii
Introdução .......................................................................................................................................................... ix
1 Escopo .............................................................................................................................................. 1
2 Referências normativas................................................................................................................ 2
3 Termos e definições ...................................................................................................................... 4
4 Curvas de elevação de temperatura ......................................................................................... 7
4.1 Geral .................................................................................................................................................. 7
4.2 Curva-padrão de temperatura..................................................................................................... 7
4.3 Curva de crescimento lento ........................................................................................................ 7
4.4 Curva de incêndio seminatural .................................................................................................. 8
4.5 Curva de exposição pelo lado externo de fachadas ............................................................ 8
5 Critérios de desempenho para avaliação da resistência ao fogo ..................................... 9
5.1 Geral .................................................................................................................................................. 9
5.2 Critérios de desempenho ............................................................................................................. 9
5.2.1 Capacidade portante, R................................................................................................................ 9
5.2.2 Integridade, E.................................................................................................................................. 9
5.2.3 Isolação térmica, I........................................................................................................................ 10
5.2.4 Redução de radiação térmica, W............................................................................................. 12
5.2.5 Ação mecânica, M........................................................................................................................ 13
5.2.6 Fechamento automático, C ....................................................................................................... 13
5.2.7 Controle de fumaça, S ................................................................................................................ 13
5.2.8 Resistência ao fogo em chaminés, G ..................................................................................... 14
6 Indicação das classes de resistência ao fogo...................................................................... 14
6.1 Classificação dos tempos de resistência ao fogo .............................................................. 14
6.2 Classificação dos critérios de resistência ............................................................................ 14
6.3 Indicação da classificação principal....................................................................................... 15
6.4 Classificações específicas ........................................................................................................ 15
6.4.1 Portas e vedadores...................................................................................................................... 15
6.4.2 Vedações aplicadas em aberturas de passagem de esteiras transportadoras............ 16
6.5 Classificação adicional .............................................................................................................. 16
6.5.1 Critérios de classificação relativos a curvas de temperatura específicas .................... 16
6.6 Apresentação da classificação ................................................................................................ 17
6.7 Declaração da classe de resistência ao fogo nas especificações de elementos
construtivos................................................................................................................................... 17
7 Procedimento de classificação da resistência ao fogo ..................................................... 17
7.1 Geral ................................................................................................................................................ 17
7.1.1 Procedimento ................................................................................................................................ 18
7.1.2 Regras gerais para definição do número de ensaios de resistência ao fogo a serem
realizados ....................................................................................................................................... 19
7.1.3 Campo de aplicação .................................................................................................................... 20
7.1.4 Métodos de ensaio de resistência ao fogo............................................................................ 20

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ABNT NBR 16945:2021

7.2 Classificação de elementos estruturais sem função de compartimentação ................ 21


7.2.1 Geral ................................................................................................................................................ 21
7.2.2 Classificação de paredes estruturais sem função de compartimentação .................... 21
7.2.3 Classificação de pisos e tetos sem função de compartimentação................................. 22
7.2.4 Classificação de vigas ................................................................................................................ 23
7.2.5 Classificação de pilares ............................................................................................................. 24
7.2.6 Classificação de sacadas, passarelas e escadas................................................................ 25
7.3 Classificação de elementos com capacidade estrutural e com função de
compartimentação ....................................................................................................................... 26
7.3.1 Geral ................................................................................................................................................ 26
7.3.2 Classificação de paredes estruturais com função de compartimentação .................... 26
7.3.3 Classificação de pisos e tetos estruturais com função de compartimentação ........... 28
7.3.4 Classificação de pisos elevados.............................................................................................. 29
7.4 Produtos e sistemas para proteção de elementos estruturais e seus componentes... 30
7.4.1 Geral ................................................................................................................................................ 30
7.4.2 Ensaios a serem executados .................................................................................................... 31
7.4.3 Métodos de ensaio....................................................................................................................... 31
7.4.4 Critérios de desempenho ........................................................................................................... 32
7.4.5 Classes de resistência ao fogo ................................................................................................ 32
7.4.6 Classificação de elementos estruturais protegidos ........................................................... 32
7.5 Classificação de elementos não portantes ........................................................................... 36
7.5.1 Geral ................................................................................................................................................ 36
7.5.2 Classificação de paredes não estruturais e divisórias internas ...................................... 36
7.5.3 Classificação de fachadas cortina e paredes externas...................................................... 37
7.5.4 Classificação de forros com resistência ao fogo independente ..................................... 39
7.5.5 Classificação de portas e vedadores resistentes ao fogo para compartimentação,
juntamente aos seus dispositivos de fechamento ............................................................. 41
7.5.6 Classificação de portas e vedadores para controle da passagem de fumaça............. 43
7.5.7 Classificação de vedadores aplicados em aberturas de passagem de esteiras
transportadoras ............................................................................................................................ 44
7.5.8 Classificação de selagens de aberturas de passagem de instalações.......................... 46
7.5.9 Classificação de selagens perimetrais e de juntas lineares ............................................. 47
7.5.10 Classificação de tubulações de serviço e shafts ......................................................... 49
7.5.11 Classificação de chaminés ........................................................................................................ 50
7.6 Elementos construtivos envidraçados ................................................................................... 51
Anexo A (normativo) Relatório de classificação ...................................................................................... 52
A.1 Geral ................................................................................................................................................ 52
A.2 Conteúdo ........................................................................................................................................ 52
A.3 Formatação do relatório de classificação ............................................................................. 53
Anexo B (informativo) Apresentação dos dados de caracterização e seus campos de aplicação
para produtos e sistemas para proteção de elementos estruturais
ou suas partes .............................................................................................................................. 57
B.1 Geral ................................................................................................................................................ 57

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ABNT NBR 16945:2021

B.2 Dados de caracterização para membranas verticais de proteção .................................. 57


B.3 Dados de caracterização para proteção aplicada a membros de concreto ................. 58
B.4 Dados de caracterização para proteção aplicada em elementos de aço ...................... 59
B.5 Dados de caracterização para proteção aplicada em membros mistos de aço/
concreto ......................................................................................................................................... 61
B.6 Dados de caracterização para proteção aplicada em pilares de aço preenchidos
com concreto ................................................................................................................................ 62
B.7 Dados de caracterização para proteção aplicada a membros de madeira ................... 63
Bibliografia........................................................................................................................................................ 69

Figuras
Figura B.1 – Curvas das temperaturas x profundidade no concreto (para espessura mínima
e máxima de proteção contra incêndio)................................................................................. 64
Figura B.2 – Curvas da espessura de proteção contra incêndio  profundidade dp no
concreto ......................................................................................................................................... 65
Figura B.3 – Curvas do tempo para se atingir θD fator de forma (1)  temperatura de
projeto (2) ....................................................................................................................................... 66
Figura B.4 – Curvas de θD  fator de forma (1)....................................................................................... 66
Figura B.5 – Relação da espessura de proteção (1) e tempo de resistência ao fogo (2) para
lâminas de aço perfiladas ......................................................................................................... 67
Figura B.6 – Determinação da espessura equivalente do concreto (2) para espessuras de
proteção contra incêndio intermediárias (1) ........................................................................ 67
Figura B.7 – Curvas de temperatura crítica em pilares de aço preenchidos com concreto –
Tempo de resistência ao fogo (2)  espessura de proteção (1) ...................................... 68

Tabelas
Tabela 1 – Classes de resistência ao fogo para paredes estruturais com função
de compartimentação ................................................................................................................. 27
Tabela 2 – Classes de resistência ao fogo para pisos e tetos estruturais com função
de compartimentação ................................................................................................................. 29
Tabela 3 – Classes de resistência ao fogo para pisos elevados ........................................................ 30
Tabela 4 – Classes de resistência ao fogo para paredes não estruturais e divisórias internas ... 37
Tabela 5 – Classes de resistência ao fogo para fachadas cortina e paredes externas
não envidraçadas ......................................................................................................................... 39
Tabela 6 – Classes de resistência ao fogo para forros com resistência ao fogo independente... 41
Tabela 7 – Classes de resistência ao fogo para portas e outros elementos de fechamento ...... 43
Tabela 8 – Classes de resistência ao fogo para vedações aplicadas em aberturas de
passagem de esteiras transportadoras ................................................................................. 45
Tabela 9 – Classes de resistência ao fogo para selagens de aberturas de passagem de
instalações ..................................................................................................................................... 46
Tabela 10 – Especificação adicional de selagens de aberturas de passagem ‒
Configurações de extremidade nos dutos ............................................................................ 47

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ABNT NBR 16945:2021

Tabela 11 – Classes de resistência ao fogo para selagens perimetrais e de juntas...................... 48


Tabela 12 – Especificações adicionais de selagens perimetrais e de juntas .................................. 48
Tabela 13 – Critérios de desempenho para tubulações de serviço ................................................... 50
Tabela 14 – Classes de resistência ao fogo para dutos e shafts........................................................ 50
Tabela B.1 – Dados de caracterização para membros verticais ......................................................... 58

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ABNT NBR 16945:2021

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 16945 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio (ABNT/CB-024),
pela Comissão de Estudo de Vedações Corta-Fogo (CE-024:101.006). O Projeto circulou em Consulta
Nacional conforme Edital nº 02, de 05.02.2021 a 08.03.2021.

A ABNT NBR 16945 é baseada na EN 13501-2:2016.

Esta versão corrigida da ABNT NBR 16945:2021 incorpora a Errata 1, de 20.06.2022.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 16945 é o seguinte:

Scope
This Standard specifies the procedure of classification of building elements using data from fire
resistance, smoke leakage tests and other tests which are within the direct field of application of the
relevant test method.

This Standard also includes Classification on the basis of extended application of test results.

This Standard deals with:

a) loadbearing elements without a fire separating function:

— walls;

— floors;

— roofs;

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ABNT NBR 16945:2021

— beams;

— columns;

— balconies;

— walkways;

— stairs.

b) loadbearing elements with a fire separating function, with or without glazing:

— walls;

— floors;

— roofs;

— raised floors.

c) products and systems for protection of building elements:

— ceilings with no independent fire resistance;

— coatings and screens, with no independent fire resistance, for protection of structural elements;

d) non-loadbearing elements, with or without glazing:

— walls and partitions;

— facades (curtain walls) and external walls;

— ceilings with independent fire resistance;

— raised floors;

— fire doors and shutters and their closing devices;

— smoke control doors and shutters;

— conveyor systems and their closures;

— penetration seals;

— linear joint seals;

— service ducts and shafts;

— chimneys.

Relevant test methods for these elements are listed in Clauses 2 and 7.

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ABNT NBR 16945:2021

Introdução

A segurança contra incêndio nas edificações depende fortemente do controle da propagação do fogo
e fumaça entre ambientes e da preservação da capacidade portante de elementos estruturais, durante
uma situação de incêndio. Estas questões são amplamente contempladas considerando o emprego
nas edificações, de modo seletivo, de elementos construtivos dotados de resistência ao fogo. Para
tanto, toma-se como referência um parâmetro, que caracteriza os elementos construtivos, denominado
“resistência ao fogo”, determinado por meio de ensaios e definido em termos do tempo em minutos.
No ensaio, submete-se um corpo de prova representativo do elemento construtivo a uma elevação
de temperatura, característica de incêndio e determina-se o tempo de resistência ao fogo por meio da
falha de atendimento de critérios específicos de avaliação.

O objetivo desta Norma é definir um procedimento harmonizado de classificação da resistência ao fogo


de elementos construtivos. Interpreta-se os requisitos funcionais para os diferentes grupos de elementos
construtivos e explica-se o método para se obter as suas classificações, com base nos resultados de
ensaios ou aplicação ampliada de resultados de ensaio para elementos construtivos específicos

A proposta de classificação apresentada é identificada por siglas, cada qual relacionada a uma
característica importante do comportamento de resistência ao fogo de elementos construtivos.

NOTA Relatórios de ensaio constituem a base para relatórios de aplicação ampliada.

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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 16945:2021

Classificação da resistência ao fogo de elementos construtivos de


edificações

1 Escopo
Esta Norma especifica o procedimento de classificação da resistência ao fogo de elementos
construtivos, utilizando dados obtidos nos ensaios de resistência ao fogo, de controle de fumaça e
outros ensaios complementares, que estão no âmbito do campo direto de aplicação do método de
ensaio apropriado.

Esta Norma também inclui classificação com base na aplicação ampliada de resultados de ensaio.

Esta Norma abrange os seguintes elementos:

a) elementos estruturais sem função de compartimentação:

— paredes;

— pisos;

— tetos;

— vigas;

— pilares;

— sacadas;

— passarelas;

— escadas.

b) elementos estruturais com função de compartimentação, com ou sem partes envidraçadas:

— paredes;

— pisos;

— tetos;

— pisos elevados.

c) produtos e sistemas de proteção de elementos estruturais:

— forros sem resistência ao fogo independente;

— revestimentos e painéis, sem resistência ao fogo independente, para proteção de elementos


estruturais sem resistência ao fogo independente.

d) elementos não estruturais, com ou sem partes envidraçadas:

— paredes e divisórias internas;

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ABNT NBR 16945:2021

— fachadas cortina e paredes externas;

— forros com resistência ao fogo independente;

— pisos elevados;

— portas e vedadores para compartimentação, juntamente aos seus dispositivos de fechamento;

— portas e vedadores para controle de fumaça;

— sistemas de esteiras transportadoras e respectivos vedadores;

— selagens de aberturas de passagem de instalações;

— selagens perimetrais e de juntas;

— dutos e shafts;

— chaminés.

Os métodos de ensaio apropriados para esses elementos são listados nas Seções 2 e 7.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou
parciais, constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente
as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido
documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5628, Componentes construtivos estruturais – Determinação da resistência ao fogo

ABNT NBR 6479, Portas e vedadores – Determinação da resistência ao fogo

ABNT NBR 10636, Paredes divisórias sem função estrutural – Determinação da resistência ao fogo –
Método de ensaio

ABNT NBR 11742, Porta corta-fogo para saída de emergência

ABNT NBR 14323, Projetos de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios
em situação de incêndio

ABNT NBR 14925, Elementos construtivos envidraçados resistentes ao fogo para compartimentação

ABNT NBR 15281, Porta corta-fogo para entrada de unidades autônomas e de compartimentos
específicos de edificações

ABNT NBR 16626, Classificação da reação ao fogo de produtos de construção

ABNT NBR 16965, Ensaio de resistência ao fogo de elementos construtivos – Diretrizes gerais

EN 1364-3, Fire resistance tests for non-loadbearing elements – Part 3: Curtain walling – Full
configuration (complete assembly)

EN 1364-4, Fire resistance tests for non-loadbearing elements – Part 4: Curtain walling – Part
configuration

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ABNT NBR 16945:2021

EN 1365-5, Fire resistance tests for loadbearing elements – Part 5: Balconies and walkways

EN 1365-6, Fire resistance tests for loadbearing elements – Part 6: Stairs

EN 1366-5, Fire resistance tests for service installations – Part 5: Service ducts and shafts

EN 1366-6, Fire resistance tests for service installations. Raised access and hollow core floors

EN 1366-7, Fire resistance tests for service installations – Part 7: Conveyor systems and their closures

EN 13216-1, Chimneys ‒ Test methods for system chimneys – Part 1: General test methods

EN 13381-1, Test methods for determining the contribution to the fire resistance of structural members –
Part 1: Horizontal protective membranes

EN 13381-2, Test methods for determining the contribution to the fire resistance of structural members –
Part 2: Vertical protective membranes

EN 13381-3, Test methods for determining the contribution to the fire resistance of structural members –
Part 3: Applied protection to concrete members

EN 13381-5, Test methods for determining the contribution to the fire resistance of structural members –
Part 5: Applied protection to concrete/profiled sheet steel composite member

EN 13381-6, Test methods for determining the contribution to the fire resistance of structural members –
Part 6: Applied protection to concrete filled hollow steel columns

ENV 13381-7, Test methods for determining the contribution to the fire resistance of structural members –
Part 7: Applied protection to timber members

EN 14600, Doorsets and openable windows with fire resisting and/or smoke control characteristics –
Requirements and classification

EN 15725, Extended application reports on the fire performance of construction products and building
elements

ISO/TR 834-3, Fire-resistance tests – Elements of building construction – Part 3: Commentary on test
method and guide to the application of the outputs from the fire-resistance test

ISO 834-9, Fire-resistance tests – Elements of building construction – Part 9: Specific requirements for
non-loadbearing ceiling elements

ISO 834-10, Fire-resistance tests – Elements of building construction – Part 10: Specific requirements
to determine the contribution of applied fire protection materials to structural steel elements

ISO 834-11, Fire resistance tests – Elements of building construction – Part 11: Specific requirements
for the assessment of fire protection to structural steel elements

ISO 834-13, Fire-resistance tests – Elements of building construction – Part 13: Requirements for the
testing and assessment of applied fire protection to steel beams with web openings

ISO 3009, Fire-resistance tests – Elements of building construction – Glazed elements

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ABNT NBR 16945:2021

ISO 10295-1, Fire tests for building elements and components – Fire testing of service installations –
Part 1: Penetration seals

ISO 10295-2, Fire tests for building elements and components – Part 2: Fire testing of service
installations – Part 2: Linear joint (gap) seal

ISO/TR 10295-3, Fire tests for building elements and components – Fire testing of service installations –
Part 3: Single component penetration seals – Guidance on the construction and use of test configurations
and simulated services to characterise sealing materials

ISO/TR 12470-1, Fire-resistance tests – Guidance on the application and extension of results from
tests conducted on fire containment assemblies and products – Part 1: Loadbearing elements and
vertical and horizontal separating elements

ISO/TR 12470-2, Fire-resistance tests – Guidance on the application and extension of results from
tests conducted on fire containment assemblies and products – Part 2: Non-loadbearing elements

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
aplicação de uso final
aplicação real de um elemento construtivo, em relação a todos os aspectos que influenciam seu
comportamento e sob situação específica de exposição ao fogo

NOTA A aplicação de uso final abrange aspectos como quantidade, orientação, posição em relação
a outros elementos adjacentes e método de fixação.

3.2
campo ampliado de aplicação
resultado de um processo, envolvendo a aplicação de regras definidas que podem incorporar
procedimentos de cálculo, que prevê o resultado de um ensaio com base em um ou mais resultados
obtidos em ensaios realizados segundo a mesma norma, considerando variações de propriedades de
um elemento construtivo ou variações da aplicação de uso final

3.3
campo direto de aplicação
resultado de um processo, envolvendo a aplicação de regras definidas, por meio do qual considera-se
que um resultado de ensaio é igualmente válido para variações em uma ou mais propriedades de um
elemento construtivo ou aplicação de uso final

3.4
chamas persistentes
chamas contínuas com duração de no mínimo 10 s

3.5
cobrimento
produto destinado a proteger elementos subjacentes contra danos durante uma exposição específica
de incêndio

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3.6
componente
parte integrante de um elemento construtivo

3.7
controle de fumaça
capacidade de um elemento construtivo de diminuir a passagem de gases frios e quentes ou fumaça
de um lado para o outro lado desse elemento abaixo de níveis especificados

3.8
corpo de prova
elemento de uma edificação fornecido com o objetivo de se determinar sua resistência ao fogo ou
contribuição à resistência ao fogo de outros elementos construtivos

3.9
dados de caracterização
conjunto de dados e parâmetros relativos a um determinado produto ou elemento, capaz de descrever
suas características e comportamento com precisão

3.10
elemento construtivo
parte constituinte da edificação, como paredes, divisórias, tetos, vigas ou pilares

3.11
elemento de compartimentação
elemento construtivo que é destinado a separar duas áreas adjacentes de um edifício durante um
incêndio

3.12
elemento envidraçado
elemento construtivo que possua uma ou mais partes transparentes ou translúcidas, resistentes ao
fogo ou não, em seu conjunto, e que são colocadas em um quadro com fixadores e fechamentos

3.13
elemento estrutural
elemento construtivo capaz de suportar cargas externas num edifício, inclusive durante um incêndio

3.14
forro
elemento não estrutural de uma edificação que inclui elementos de sustentação e fixação e, também,
de acordo com a situação considerada, pontos de acesso para ventilação e iluminação

3.15
nível de carga solicitante
intensidade da carga aplicada durante o ensaio estabelecida em função da capacidade portante do
elemento à temperatura ambiente

NOTA A capacidade portante de um elemento à temperatura ambiente é determinada por meio de ensaio
ou de cálculos, considerando as propriedades mecânicas reais do elemento estrutural ensaiado.

3.16
parede com função de compartimentação
parede, envidraçada ou não, que atende aos critérios de integridade e isolação térmica ou redução de
radiação durante o tempo de resistência ao fogo determinado
1

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3.17
fachada cortina
fachada independente da estrutura da edificação, sustentada por esta à frente do reticulado estrutural,
possuindo tipicamente painéis, vidros, juntas, fixadores e montantes

3.18
parede externa
parede que faz parte do envelopamento externo de um edifício, incluindo partes envidraçadas que
possam estar sujeitas a um incêndio externo ou interno

3.19
parede não estrutural
parede projetada para suportar apenas o seu peso próprio

3.20
parede estrutural
parede projetada para suportar cargas externas verticais

3.21
parede sem função de compartimentação
parede, envidraçada ou não, que atende apenas ao critério de integridade durante o tempo de
resistência ao fogo determinado

3.22
piso
elemento de compartimentação vertical de uma edificação com capacidade estrutural

3.23
porta
elemento de fechamento de aberturas em paredes de compartimentação destinado à passagem de
pedrestes, materiais e equipamentos no nível do piso

3.24
produto
material empregado na constituição de elementos construtivos de edificações

3.25
relatório de aplicação ampliada
documento relatando resultados de aplicação ampliada, incluindo todos os detalhes dos processos
que levaram a esses resultados

3.26
resultado da aplicação ampliada
resultado previsto para o parâmetro de desempenho obtido após o processo de ampliação do campo
de aplicação

3.27
teto
elemento de compartimentação vertical, instalado na horizontal ou inclinado, com capacidade estrutural
e que engloba a cobertura
1

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ABNT NBR 16945:2021

3.28
vedação aplicada a esteiras transportadoras
conjunto completo de fechamento de aberturas em paredes de compartimentação ou laje por onde
passa uma esteira transportadora e, quando presente, sua estrutura de apoio ou trilho corrediço

3.29
vedador
elemento de fechamento de aberturas em paredes de compartimentação ou lajes destinado à
passagem de esteiras e materiais acima do nível do piso

4 Curvas de elevação de temperatura


4.1 Geral

A resistência ao fogo dos elementos de construção deve ser avaliada em ensaios de resistência ao
fogo que desenvolvem temperaturas segundo uma ou mais curvas citadas em 4.2 a 4.6. Ao longo
desta Norma, são indicadas situações em que curvas específicas devem ser usadas. Algumas curvas
estão associadas a classificações adicionais de resistência ao fogo, como especificado em 6.5.

Os ensaios de resistência ao fogo devem ser realizados seguindo procedimentos próprios a cada
elemento construtivo. Os métodos de ensaio para cada elemento estão definidos na Seção 7.

4.2 Curva-padrão de temperatura

A curva-padrão de temperatura é a curva usada na maioria dos ensaios de resistência ao fogo, de


acordo com a ABNT NBR 16965. A curva-padrão relaciona tempo e temperatura por meio da Equação 1.
Essa relação deve ser considerada ao longo de toda a extensão do ensaio.

T = 345 log (8t + 1) + 20 (1)

onde

T é a temperatura, expressa em graus Celsius (°C);

t é o tempo, expresso em minutos (min).

4.3 Curva de crescimento lento

É usada para os casos em que se espera que o desempenho de um elemento se altere mais
negativamente durante a fase de crescimento do incêndio. É particularmente importante para elementos
cujo bom desempenho dependa de altas taxas de incremento de temperatura abaixo dos 500 °C, como
observado na curva-padrão de temperatura. Produtos com propriedades reativas e intumescentes
obtêm suas classificações mais facilmente com a curva-padrão. É, portanto, essencial realizar ensaios
com a curva de crescimento lento em elementos que possuam esses tipos de produtos.

A relação tempo e temperatura ocorre por meio da relação proposta a seguir.

Para 0 < t < 21 :

T = 154 t0,25 + 20 (2)


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Para t > 21:

T = 345 log10 (8 (t ‒ 20) +1) + 20 (3)

onde

T é a temperatura expressa em graus Celsius (°C);

t é o tempo expresso em minutos (min).

4.4 Curva de incêndio seminatural

Em ensaios com a curva de incêndio seminatural, a temperatura dos gases adjacentes a um forro
rebaixado deve atingir 1 000 °C entre 10 min a 20 min do início do ensaio.

Devido à dificuldade de se atingir esses valores em fornos convencionais, o ataque térmico pode ser
simulado por meio de um incêndio em um engradado de madeira de baixa densidade.

NOTA 1 O incêndio seminatural produz um impacto direto das chamas, com alta capacidade de transferência
de calor convectivo, que não é reproduzido em ensaios de forno usando a curva-padrão de temperatura.
É mais apropriado para membranas leves de proteção, suspensas horizontalmente e que possuam baixa
inércia térmica.

NOTA 2 Detalhes adicionais relativos à aplicação prática dessa curva de temperatura podem ser encontrados
na EN 13381-1.

4.5 Curva de exposição pelo lado externo de fachadas

Trata-se da relação tempo e temperatura que simula a exposição ao fogo da face externa de uma
parede de fachada, considerando chamas que emerjam de uma janela ou que sejam produzidas
por um fogo equivalente a uma fogueira ao ar livre. A relação tempo e temperatura é definida pela
Equação 4.

T = 660 (1 ‒ 0,678e‒0,32t ‒ 0,313e‒3,8t) + 20 (4)

onde

T é a temperatura, expressa em graus Celsius (°C);

t é o tempo, expresso em minutos (min).

4.6 Temperatura constante

Algumas avaliações precisam ser feitas em temperatura constante, a fim de se qualificar propriedades
específicas de um elemento construtivo. A temperatura depende especificamente do tipo de elemento
sendo ensaiado. A taxa de incremento para que cada temperatura seja atingida deve estar especificada
no respectivo método de ensaio.

A seguir, podem ser encontradas as temperaturas constantes usadas para diversas situações de
ensaio:

— 20 °C para verificação da capacidade de controle de fumaça de portas à temperatura ambiente,


conforme 5.2.7;
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— 200 °C para verificação da capacidade de controle de fumaça de portas nessa temperatura,


conforme 5.2.7;

— 500 °C para verificação do desempenho de pisos elevados;

— 1 000 °C para verificação da resistência ao fogo no interior de chaminés e elementos relacionados.

5 Critérios de desempenho para avaliação da resistência ao fogo


5.1 Geral

A classificação harmonizada da resistência ao fogo depende da avaliação dos critérios principais


de capacidade portante, integridade, isolação térmica e redução da radiação térmica do elemento
construtivo em questão. Critérios adicionais e específicos, indicados nesta Norma, também podem
ser avaliados.

O atendimento de cada critério pode se dar por períodos de tempo diferentes, podendo caracterizar
um tempo de resistência ao fogo para cada critério. Esta Seção detalha os critérios integrantes da
classificação harmonizada, bem como os respectivos métodos de verificação de atendimento por
determinado período de tempo.

Quando um critério puder ter mais de uma definição diferente ou tipo de desempenho, seções
posteriores identificarão as definições específicas aplicáveis.

5.2 Critérios de desempenho

5.2.1 Capacidade portante, R

A capacidade portante é a capacidade do elemento construtivo de suportar a exposição ao fogo, em


uma ou mais faces, por um determinado período de tempo, preservando sua estabilidade estrutural.

A avaliação desse critério está ligada à não ocorrência de colapso e depende do tipo de elemento em
questão. A seguir, encontram-se as variantes possíveis para análise:

a) para elementos carregados por flexão, como lajes e tetos, deve-se avaliar a taxa de deflexão e a
deflexão real;

b) para elementos carregados axialmente, como pilares e paredes, deve-se avaliar a taxa de
deformação axial e a deformação axial real;

c) para pisos elevados, o colapso é observado quando o elemento perder a capacidade de suportar
a carga aplicada, isto é, quando o próprio piso ou um dos seus elementos de apoio entrarem em
colapso.

5.2.2 Integridade, E

A integridade é a capacidade do elemento construtivo de suportar a exposição ao fogo em um lado


apenas, por um determinado período de tempo, sem que haja a transmissão do fogo para o outro
lado, avaliada pela ocorrência de trincas ou aberturas que excedam determinadas dimensões, pela
passagem de quantidade significativa de gases quentes ou chamas, ou pela falha dos mecanismos de
travamento no caso de elementos móveis, como portas e vedadores.
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A avaliação desse critério está ligada à ocorrência dos seguintes eventos:

— fissuras ou aberturas acima de um determinado limite;

— ignição de um chumaço de algodão do outro lado do elemento. O limite de tempo para verificação
da ignição é de 30 s;

— chamas persistentes no lado não exposto ao aquecimento.

O critério da integridade deve ser avaliado pela ocorrência dos três eventos apresentados anteriormente,
registrando-se o tempo em que a falha ocorreu em cada evento. O solicitante do ensaio também tem
a opção de escolher quando deseja parar o ensaio de acordo com o nível de integridade que deseja
garantir ao seu elemento.

A classificação do critério da integridade, E, deve considerar se o elemento também é classificado pelo


critério da isolação térmica, I, descrito em 5.2.3. Nos elementos construtivos classificados em ambos
os critérios de integridade e isolação térmica, o valor da resistência ao fogo pelo critério da integridade
será determinado pela ocorrência de qualquer um dos três eventos descritos anteriormente. Em
elementos em que o critério de isolação térmica não precise ser atendido, o valor da resistência
ao fogo pelo critério da integridade pode ser determinado somente pela ocorrência de abertura de
fissuras ou pelo aparecimento de chamas persistentes no lado não exposto ao aquecimento.

A falha do critério de capacidade portante acarreta imediatamente na falha do critério de integridade


para o mesmo período de resistência ao fogo.

Alguns elementos necessitam que a integridade seja avaliada por meio da ocorrência de mais eventos
ou por meio de outros ensaios, diferentes dos citados neste item. Nestas situações, a metodologia de
ensaio apropriada será ditada por normas específicas.

5.2.3 Isolação térmica, I

A isolação térmica é a capacidade do elemento construtivo de compartimentação de suportar a exposição


ao fogo em um lado apenas, por um determinado período de tempo, contendo a transmissão do fogo
para o outro lado, causada pela condução de calor em quantidade suficiente para ignizar materiais
em contato com a sua superfície protegida e, também, a capacidade de prover uma barreira ao calor,
que proteja as pessoas próximas à superfície oposta ao fogo durante o período de classificação de
resistência ao fogo.

Quando um elemento for avaliado considerando diferentes níveis de desempenho térmico, associado
a distintas áreas discretas ou a componentes do elemento ensaiado, sua classificação como um todo
deve ser feita com base no menor tempo no qual a elevação de temperatura máxima ou média seja
atingida em qualquer uma destas áreas.

A falha do critério de integridade ou de capacidade portante acarreta imediatamente na falha do critério


de isolação térmica para o mesmo período de resistência ao fogo.

A avaliação do critério de isolação térmica depende do tipo de elemento e se dá conforme apresentado


em 5.2.3.1 a 5.2.3.3.

5.2.3.1 Avaliação da isolação térmica em elementos que não sejam portas, vedadores ou
vedações aplicadas em aberturas de passagem de esteiras transportadoras

Para esse grupo, a avaliação da isolação térmica deve ser feita por meio da medição de temperatura
em pontos da face não exposta do elemento. O incremento médio de temperatura medido nos pontos
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da face não exposta não pode ultrapassar 140 °C e em qualquer ponto o incremento máximo não pode
ultrapassar 180 °C em relação à temperatura inicial.

Nos casos em que o elemento a ser ensaiado tenha área pequena, ou seja, inferior a 0,25 m2, somente
o critério do incremento máximo em qualquer ponto deve ser usado.

5.2.3.2 Avaliação da isolação térmica em portas e vedadores

Para esse grupo, existem duas subclassificações possíveis para o critério de isolação térmica.

— Isolação térmica I1:

A avaliação deve ser feita por meio da medição da elevação da temperatura na face não exposta
da folha da porta ou vedador. O valor médio da elevação de temperatura na face não exposta
ao fogo não pode superar 140 °C. Em qualquer ponto, o incremento máximo de temperatura
não pode ultrapassar 180 °C em relação à temperatura inicial nesse ponto. As temperaturas não
podem ser medidas a uma distância menor que 25 mm das extremidades visíveis da folha da
porta ou vedador.

Além disso, o incremento máximo de temperatura em qualquer ponto do batente não pode
ultrapassar 180 °C, quando medido a 100 mm das extremidades visíveis da folha da porta ou
vedador, caso o batente possua mais de 100 mm de largura. Caso o batente possua menos de
100 mm, a medição desse incremento deve ser feita com o centro do disco de medição distando
20 mm da junção entre o batente e a parede onde a porta ou vedador está instalado.

— Isolação térmica I2:

A avaliação deve ser feita por meio da medição da elevação da temperatura na face não exposta
da folha da porta ou vedador. O valor médio da elevação de temperatura na face não exposta
ao fogo não pode superar 140 °C. Em qualquer ponto, o incremento máximo de temperatura
não pode ultrapassar 180 °C em relação à temperatura inicial nesse ponto. As temperaturas não
podem ser medidas a uma distância menor que 150 mm das extremidades visíveis da folha da
porta ou vedador.

Além disso, o incremento máximo de temperatura em qualquer ponto do batente não pode
ultrapassar 360 °C, quando medido a 100 mm das extremidades visíveis da folha da porta ou
vedador, caso o batente possua mais de 100 mm de largura. Caso o batente possua menos
de 100 mm, a medição desse incremento deve ser feita na junção entre o batente e qualquer
elemento adjacente a ele.

Os sufixos 1 e 2 devem estar presentes na classificação final do elemento quanto ao critério da


isolação térmica.

5.2.3.3 Avaliação da isolação térmica em vedações aplicadas em aberturas de passagem de


esteiras transportadoras

Para esse grupo, existem três subclassificações possíveis para o critério de isolação térmica:

— Isolação térmica I1:

A avaliação deve ser feita por meio da medição da elevação da temperatura na face não exposta
da vedação. O valor médio da elevação de temperatura na face não exposta ao fogo não pode
superar 140 °C. Em qualquer ponto, o incremento máximo de temperatura não pode ultrapassar
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180 °C em relação à temperatura inicial nesse ponto. As temperaturas não podem ser medidas
a uma distância menor que 25 mm das extremidades visíveis da vedação.

Além disso, o incremento máximo de temperatura em qualquer ponto do entorno da vedação


não pode ultrapassar 180 °C, quando medido a 100 mm das extremidades visíveis da vedação,
caso o conjunto de vedação possua uma peça no entorno com mais de 100 mm de largura. Caso
contrário, a medição desse incremento deve ser feita na junção entre o limite do elemento de
vedação e qualquer elemento adjacente a ele.

— Isolação térmica I2:

A avaliação deve ser feita por meio da medição da elevação da temperatura na face não exposta
da vedação. O valor médio da elevação de temperatura na face não exposta ao fogo não pode
superar 140 °C. Em qualquer ponto, o incremento máximo de temperatura não pode ultrapassar
180 °C em relação à temperatura inicial nesse ponto. As temperaturas não podem ser medidas
a uma distância menor que 150 mm das extremidades visíveis da vedação.

Além disso, o incremento máximo de temperatura em qualquer ponto do entorno da vedação


não pode ultrapassar 360 °C, quando medido a 100 mm das extremidades visíveis da vedação,
caso o conjunto de vedação possua um componente no entorno com mais de 100 mm de largura.
Caso contrário, a medição desse incremento deve ser feita na junção entre o limite do elemento
de vedação e qualquer elemento adjacente a ele.

— Isolação térmica I:

Nos casos em que o corpo de prova possuir a configuração de um tubo ou duto, de forma que
não se busque avaliar explicitamente uma vedação de abertura de passagem dessa esteira
transportadora, as verificações descritas em I1 e I2 não podem ser feitas, devendo-se adotar
a classificação I comum.

Quando um corpo de prova incorporar vedação aplicada à abertura de passagem de esteiras


transportadoras juntamente com selagens de aberturas de passagem de instalações, deve-se aplicar
a classificação I para essas selagens. Contudo, a vedação completa aplicada a aberturas de passagem
da esteira transportadora deve ser classificada usando o índice apropriado 1 ou 2, a fim de se distinguir
entre essas duas formas de classificação possíveis para esse tipo de sistema.

5.2.4 Redução de radiação térmica, W

A redução de radiação térmica é a capacidade do elemento de compartimentação de suportar


a exposição ao fogo em um lado apenas, por um determinado período de tempo, enquanto a medição
do calor radiado no lado protegido permanece abaixo de um nível especificado.

Elementos avaliados para este critério devem receber a sigla W ao lado da classificação já existente,
segundo o exemplo: EW, REW. A avaliação da redução de radiação térmica é feita por meio da medição
do valor máximo de radiação, na face não exposta do elemento, durante o ensaio. O valor-limite é de
15 kW/m2.

Um elemento que possua um determinado tempo de resistência ao fogo para o critério de isolação
térmica possui automaticamente no mínimo o mesmo tempo de resistência ao fogo para o critério de
redução de radiação térmica.

A falha no critério de integridade, quando da ocorrência dos eventos de abertura de fissuras acima
de um determinado limite ou aparecimento de chamas persistentes no lado não exposto, acarreta
imediatamente na falha do critério de redução de radiação térmica.

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5.2.5 Ação mecânica, M

A ação mecânica é a capacidade do elemento construtivo de suportar impactos, representando uma


situação em que, em função da ocorrência do incêndio, ocorre falha estrutural de qualquer parte da
edificação nas proximidades, causando impacto no elemento em questão.

Na avaliação desse critério, o elemento deve ser submetido a um impacto de energia definida na face
não exposta ao incêndio, imediatamente após a chegada ao tempo de resistência ao fogo desejado
para qualquer outro critério já mencionado: R, E, I ou W. A energia do impacto é estabelecida nos
métodos de ensaio. Caso o elemento resista ao impacto, sem prejuízo aos demais critérios, ele
receberá a classificação M.

5.2.6 Fechamento automático, C

O fechamento automático é a capacidade da porta ou vedador de fechar uma abertura por meio de
mecanismos de fechamento automático, toda vez que o elemento for aberto ou quando for detectada
a presença de fumaça.

Essa classificação se aplica a elementos normalmente mantidos na posição “fechada” e que devem
se fechar automaticamente após qualquer abertura. Também se aplica a elementos normalmente
mantidos na posição “aberta” e que devem se fechar na ocorrência de um incêndio e a elementos que
são controlados mecanicamente, que devem se fechar na ocorrência de um incêndio.

Ensaios verificando a capacidade de fechamento automático são feitos em condições ambientais


normais e estão vinculados a uma classificação de durabilidade, relacionada à intensidade prevista de
uso do elemento. O ensaio deve ser único e o resultado deve indicar somente o atendimento ou não
deste critério, para o uso previsto. Os requisitos de ensaio devem estar de acordo com o seguinte:

— C0: Porta ou vedador que não foi classificado quanto à intensidade de uso;

— C1: Porta ou vedador que é retido na posição “aberta”;

— C2: Porta ou vedador cujo uso previsto é de baixa frequência e que ocorrerá de forma muito
diligente – como em elementos residenciais, grandes elementos de vedação em fábricas ou
estabelecimentos comerciais;

— C3: Porta ou vedador cujo uso previsto é de média frequência e que ocorrerá de forma diligente;

— C4: Porta ou vedador cujo uso previsto é de alta frequência e que ocorrerá de forma diligente;

— C5: Porta ou vedador cujo uso previsto é de alta frequência.

5.2.7 Controle de fumaça, S

O controle de fumaça é a capacidade da porta ou vedador de reduzir a passagem de gases quentes


ou frios e de fumaça de uma face para a outra.

A notação e a verificação são feitas conforme apresentado a seguir:

Sa – Controla fumaça na temperatura ambiente: a máxima vazão medida do outro lado do elemento,
nessa temperatura e a uma pressão máxima de 25 Pa, não pode exceder 3 m3/h por metro de abertura
linear entre as partes fixas e móveis do elemento (por exemplo, entre uma folha de porta e o batente),
excluindo-se a soleira.

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S200 – Controla fumaça na temperatura ambiente e a 200 °C: a máxima vazão medida no outro lado
do elemento, nessas temperaturas e a uma pressão máxima de 50 Pa não pode exceder 20 m3/h para
elementos de folha única ou 30 m3/h para elementos de duas folhas.

5.2.8 Resistência ao fogo em chaminés, G

A classificação de resistência ao fogo em chaminés, ou produtos relacionados, considera a capacidade


do elemento de resistir a incêndios característicos de locais com presença de grande quantidade de
fuligem. Este critério engloba aspectos de vazamento de produtos de combustão e isolação térmica.

O ensaio é realizado a uma temperatura constante de 1 000 °C, aplicada de modo apropriado e mantida
por 30 min, após este nível de temperatura ter sido atingido, passados 10 min do início do ensaio,
conforme estabelecido em 4.6.

Dutos e outros elementos associados, encapsulados por paredes, só devem atender ao critério de
vazamento de produtos de combustão ao final do ensaio.

As chaminés instaladas no interior de edifícios ou que apresentem uma ou mais superfícies externas
adjacentes a estes devem atender ao seguinte critério de isolação térmica: a máxima temperatura
permitida em elementos adjacentes não pode exceder 100 °C, quando o local adjacente tiver
temperatura ambiente, ou seja, em torno de 20 °C. Qualquer distância em relação a produtos que
não sejam incombustíveis, conforme especificado na ABNT NBR 16626, e necessária para atender
a este requisito, deve ser declarada. Este valor não pode exceder a distância requerida para atender
ao critério relativo a condições normais de operação. A classificação G deve ser complementada pela
indicação da distância necessária.

Esta Norma abrange apenas os requisitos de desempenho associados a chaminés expostas a incêndios
em seu interior. Outras propriedades das chaminés, como estanqueidade a gases quentes e resistência
a choques térmicos, mesmo que associadas a uma situação de incêndio, não são consideradas
como integrantes ao campo da resistência ao fogo. Estas propriedades devem ser tratadas nas
especificações particulares das chaminés.

6 Indicação das classes de resistência ao fogo


6.1 Classificação dos tempos de resistência ao fogo

Os tempos de resistência ao fogo permitidos aos elementos construtivos devem ser apresentados em
minutos e estar contidos na seguinte lista: 15, 30, 45, 60, 90, 120, 180, 240 ou 360. Ao término do
ensaio de resistência ao fogo, o tempo classificatório obtido deve ser arredondado para um desses
valores, sempre para baixo.

NOTA Alguns períodos não se aplicam em alguns elementos, assim, é necessário observar a Seção 7
para o correto emprego da classificação.

6.2 Classificação dos critérios de resistência

A classificação deve ser feita com o uso das siglas classificatórias apontadas em 5.2.1 a 5.2.8.

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6.3 Indicação da classificação principal

A indicação é expressa por meio da combinação das siglas dos critérios de resistência ao fogo e do
respectivo tempo obtido para cada caso, conforme apresentado em 6.1. A classe de cada elemento
deve ser declarada seguindo os modelos apresentados a seguir:

a) para elementos estruturais:

— REI t: sendo t o período de classificação, em minutos, durante o qual os critérios de capacidade


portante, integridade e isolação térmica são atendidos;

— REW t: sendo t o período de classificação, em minutos, durante o qual os critérios de


capacidade portante, integridade e redução de radiação térmica são atendidos;
RE t: sendo t o período de classificação, em minutos, durante o qual os critérios de capacidade
portante e integridade são atendidos;

— R t: sendo t o período de classificação, em minutos, durante o qual o critério de capacidade


portante é atendido.

b) para elementos não estruturais:

— EI t: sendo t o período de classificação, em minutos, durante o qual os critérios de integridade


e isolação térmica são atendidos;

— EW t: sendo t o período de classificação, em minutos, durante o qual os critérios de integridade


e redução de radiação térmica são atendidos;

— E t: sendo t o período de classificação, em minutos, durante o qual o critério de integridade


é atendido.

Nas classes em que há combinação de critérios: REI, REW, RE, EI e EW, o tempo definido para a
resistência ao fogo da classe deve ser aquele referente ao critério mais crítico, ou seja, o que possui
a menor resistência.

As classificações possíveis específicas de cada elemento estão definidas na Seção 7. Somente


aquelas combinações de critérios e tempos para os respectivos elementos podem ser usadas.

6.4 Classificações específicas

6.4.1 Portas e vedadores

Como apresentado em 5.2.3.2, este grupo de elementos possui duas classificações possíveis para
o critério da isolação térmica, I1 e I2. A classificação deve especificar qual subcritério está sendo
adotado.

Quando ensaios resultarem em valores diferentes de resistência ao fogo para I1 e I2, o elemento pode
possuir mais de uma classificação, englobando esse critério. Por exemplo, um vedador que falhe no
primeiro critério de isolação térmica após 50 min de ensaio, no segundo após 70 min e que falhe no
critério da integridade somente após 95 min é classificado da seguinte forma: EI1 45/EI2 60/E 90.

Quando ensaios resultarem em valores iguais de classificação, deve-se priorizar a utilização do


subcritério mais rigoroso, I1. Por exemplo, um vedador que falhe no primeiro critério da isolação térmica

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após 50 min, no segundo após 55 min e que falhe no critério da integridade somente após 70 min
é classificado da seguinte forma: EI1 45/E 60.

6.4.2 Vedações aplicadas em aberturas de passagem de esteiras transportadoras

Como apresentado em 5.2.3.3, esse grupo de elementos possui três classificações possíveis para
o critério da isolação térmica, I1, I2 e I. A classificação deve especificar qual subcritério está sendo
adotado.

Como exemplo, o sistema completo de vedações aplicadas em aberturas de passagem de esteiras


transportadoras pode ter qualquer uma ou mais das seguintes classificações para diferentes corpos
de prova: EI1 45, EI2 60, EI 90, E 120.

6.5 Classificação adicional

Quando um elemento possuir alguma característica adicional dentre as descritas em 5.2.5 a 5.2.7
e atender ao respectivo critério, a classificação deve ser complementada segundo o descrito a seguir:

a) M, quando alguma ação mecânica de impacto puder ocorrer no elemento e este atender aos
requisitos descritos em 5.2.5; por exemplo, REI 30-M;

b) C, quando portas ou vedadores possuírem dispositivo de fechamento automático ensaiado de


acordo com o método que atenda às diretrizes descritas em 5.2.6; por exemplo, E I2 30-C3;

c) S, para elementos com função de controle de fumaça atendendo aos limites descritos em 5.2.7.

Elementos de compartimentação devem possuir a classificação específica Sa ou S200, quando


devidamente comprovada por ensaio, conforme exemplo: EI2 60-S200. Elementos que não possuam
função de compartimentação, mas que possuam a capacidade de controlar fumaça, devem ser
classificados somente com a sigla S, quando devidamente comprovado por ensaio.

6.5.1 Critérios de classificação relativos a curvas de temperatura específicas

Alguns elementos possuem requisitos específicos de desempenho ou se comportam de formas distintas


frente ao fogo. Quando uma curva específica de temperatura for usada no ensaio, a classificação deve
ser completada pelas respectivas siglas descritas a seguir:

a) cl, quando o desempenho de um elemento for avaliado, não só pela curva-padrão de temperatura,
mas também pela curva de crescimento lento; por exemplo, EI 30-cl;

b) sn, quando o desempenho de uma membrana ou qualquer elemento de forro com baixa resistência
ao fogo for verificado e aprovado, não só pela curva-padrão, mas também pela curva de incêndio
seminatural; por exemplo, R 60-sn;

c) ef, quando o desempenho de um elemento for verificado e aprovado pela curva de exposição pelo
lado externo de fachadas em vez da curva-padrão; por exemplo, EI 60-ef;

d) r, quando o desempenho de um elemento for verificado e aprovado pela curva de temperatura


constante de 500 °C em vez da curva-padrão; por exemplo, RE 30-r.

e) G, para o desempenho de elementos construtivos de chaminés e produtos correlatos, quando


ensaiados pela curva de temperatura constante de 1 000 °C.

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A sigla que for aplicável deve ser inserida após os critérios de classificação principais ou adicionais,
caso presentes.

6.6 Apresentação da classificação

Somente as combinações de classificação apresentadas na Seção 7 devem ser usadas. As classificações


devem ser declaradas em ordem decrescente de quantidade de critérios e crescente de tempo de
resistência.

Não há limite para a quantidade de siglas que devem ser adicionadas na classificação contanto que
o atendimento a cada critério seja comprovado. Alguns elementos construtivos requerem verificações
adicionais para que dados critérios sejam inseridos nas suas classificações finais.

A classificação deve ser apresentada para cada elemento construtivo seguindo o modelo a seguir:

REI t – MCS

Na representação anterior, quando aplicável, a sigla W deve ser inserida na classificação na posição
em que se encontra a sigla I, substituindo-a.

No caso de elementos estruturais, a carga aplicada durante o ensaio deve ser inserida no relatório
final de classificação, conforme detalhado em 7.1.2.5.

A forma de se classificar elementos específicos de chaminés, G, é apresentada em 7.5.11.

6.7 Declaração da classe de resistência ao fogo nas especificações de elementos construtivos

As especificações de elementos construtivos, incluindo as descrições e a declaração da classificação


da resistência ao fogo, de acordo com esta Norma, devem se basear em resultados de ensaios de
resistência ao fogo. Isso permite atribuir ao elemento um nível de confiança adequado, que considera
possíveis variações dos seus componentes e das técnicas de produção.

Além disso, as especificações devem informar quais são os meios de controle das propriedades do
produto.

NOTA Para alguns elementos construtivos pode ser necessária a realização de ensaios de caracterização
para dar apoio às especificações.

7 Procedimento de classificação da resistência ao fogo


7.1 Geral

Nesta Seção, são apresentadas informações relativas ao campo direto de aplicação e listados os
elementos que fazem parte do escopo desta Norma, juntamente aos respectivos métodos de ensaio,
parâmetros de avaliação dos critérios de desempenho e classificações específicas permitidas para
cada elemento construtivo. A adoção de normas EN se deve ao fato de ainda não existirem normas
brasileiras ou normas ISO correspondentes. Quando essas forem publicadas, as normas ISO devem
ser adotadas em substituição às normas EN e as normas brasileiras, prioritariamente, em substituição
a ambas.

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7.1.1 Procedimento

O campo de aplicação da classificação de cada elemento deve ser previsto pelo solicitante do ensaio
e deve contemplar os seguintes aspectos:

a) condições de exposição: faces a serem expostas ao fogo durante o ensaio;

b) dimensões do elemento: incluindo vão principal, altura e largura;

c) condições de vinculação: condições de restrição de movimento no elemento;

d) variações relativas à aplicação do elemento na obra;

e) a classificação prevista, por exemplo: combinações de diferentes critérios e tempos de resistência


ao fogo.

O número de ensaios e os corpos de prova a serem usados nos ensaios dependem do campo direto
de aplicação e do método de ensaio apropriado para cada elemento e estarão especificados nos itens
a seguir.

A necessidade de se realizar ensaios sob outras curvas de temperatura é função dos produtos
envolvidos no elemento construtivo, tipo de elemento e respectivo campo de aplicação. Devem-se
considerar as seguintes situações:

— curva de crescimento lento para elementos com propriedades intumescentes ou reativas, cujo
bom desempenho possa depender de altas taxas de incremento de temperatura abaixo dos
500 °C;

— curva de incêndio seminatural para membranas leves horizontalmente suspensas para proteção
de outros elementos construtivos;

— curva de exposição pelo lado externo de fachadas para fachadas externas compostas por
elementos não estruturais;

— curvas de temperatura constante para portas com controle de fumaça, pisos elevados ou
chaminés.

Os ensaios de resistência ao fogo devem ser executados com registro de tempo, em minutos, até
que os diferentes aspectos de cada critério continuem sendo atendidos, conforme definido em 5.2.1
a 5.2.8.

A classificação de um elemento está ligada ao campo direto de aplicação proposto a ele. Caso seja
necessária a realização de mais de um ensaio de resistência ao fogo, em um mesmo campo direto
de aplicação, deve prevalecer o resultado com a resistência ao fogo mais baixa. Campos diretos de
aplicação mais restritos podem levar a valores maiores de resistência ao fogo.

Os relatórios de classificação devem ser preparados de acordo com o modelo proposto no Anexo A.
Relatórios de classificação podem ser emitidos para qualquer combinação de critérios de desempenho
e tempos de resistência ao fogo abrangidos pelos resultados de ensaio ou resultados de aplicação
ampliada.

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7.1.2 Regras gerais para definição do número de ensaios de resistência ao fogo a serem realizados

7.1.2.1 Princípios gerais

A repetição de ensaios com condições iguais, não é necessária. Um único ensaio já é capaz de
classificar o elemento para uma condição de aplicação.

Elementos assimétricos de compartimentação podem ter um desempenho diferente dependendo da


face que estará exposta ao fogo durante o ensaio. A classificação desses elementos deve ser feita
com a realização de ensaios de resistência ao fogo em ambas as faces, a não ser que o elemento se
enquadre no descrito em 7.1.2.2.

Elementos portantes podem ter desempenhos diferentes dependendo da carga aplicada durante o
ensaio e das condições de vinculação, o que também influenciará no campo direto de aplicação da
classificação.

Em alguns casos pode ser necessária a realização de ensaios adicionais.

O número de ensaios dependerá adicionalmente da:

a) classificação prevista para o elemento;

b) necessidade de se ensaiar o elemento com mais de uma das curvas de temperatura previstas na
Seção 4.

Existe uma grande variedade de tamanhos, formas e acabamentos de elementos construtivos a fim
de se atender as necessidades de mercado. É, portanto, impraticável ensaiar todos os elementos
existentes em todas as situações possíveis. A extensão na qual o elemento ensaiado pode ou não
variar, sob condições de aplicação direta dos resultados, deve ser apresentada por meio de regras ou
diretrizes incluídas nos métodos de ensaio apropriados, que limitam a variação permitida entre o corpo
de prova e a situação real, sem que seja necessária a execução de avaliações ou cálculos adicionais.

A extensão na qual o elemento ensaiado pode variar para definir condições de aplicação ampliada
deve ser dada por meio de regras técnicas incluídas em normas específicas de ampliação de aplicação
de resultados de ensaios de resistência ao fogo.

7.1.2.2 Condições de exposição

Para elementos de compartimentação que podem ser expostos ao calor de ambos os lados, dois
ensaios devem ser executados, ensaiando cada face do elemento, a não ser que este seja totalmente
simétrico. Ao final dos ensaios, sempre deve prevalecer a classificação da face menos resistente.

Elementos assimétricos somente podem ser ensaiados em um único lado nas seguintes situações:

a) caso o lado menos resistente possa ser facilmente assumido. Essa suposição deve ser confirmada
pela experiência de profissionais capacitados e a análise que levou a essa conclusão deve ser
documentada no relatório de classificação;

b) caso o solicitante do ensaio preveja a ação do fogo somente em um lado do elemento na situação
real.

Caso um elemento seja assimétrico e seja ensaiado somente por um lado, devido a uma das suposições
descritas anteriormente, deve-se mencionar esse fato no relatório de classificação.

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Vigas podem ser ensaiadas com três ou quatro faces expostas ao fogo dependendo da situação real
de uso do elemento. Paredes estruturais podem ser ensaiadas com os dois lados expostos ao fogo
para se avaliar algumas aplicações especiais.

7.1.2.3 Dimensões

O corpo de prova deve possuir dimensões iguais às do elemento real. No caso de elementos que não
possam ser ensaiados com o tamanho real, deve-se consultar as normas apropriadas ao ensaio de
resistência ao fogo de cada elemento. Ensaios com corpos de prova com vãos livres, altura ou largura
maiores que as da situação real normalmente permitem o aproveitamento direto dos resultados. Para
a situação inversa, a aplicação não é direta e necessita da consulta a documentos específicos.

7.1.2.4 Condições de vinculação

Dependendo da condição de aplicação do elemento construtivo, pode ser necessária a realização de


ensaios com diversas condições de vínculos. Isso não se aplica somente quando a vinculação mais
crítica é conhecida.

NOTA A carga de ruptura de um elemento depende em grande medida da condição de vínculo adotada.

7.1.2.5 Carga solicitante

Usualmente, os resultados classificatórios de ensaios com cargas maiores podem ser usados para
cargas solicitantes menores.

NOTA Convém que a indicação da carga solicitante, preferencialmente, seja feita como uma porcentagem
da carga de ruptura do elemento à temperatura ambiente. Caso a carga de ruptura não seja conhecida, é
recomendado que o relatório de classificação indique a própria carga solicitante e as propriedades mecânicas
do material adotado.

7.1.2.6 Detalhes construtivos

Em geral, o campo direto de aplicação dos resultados de ensaio está restrito a elementos idênticos ao
corpo de prova.

Não é permitida a realização de ensaio com aspectos e detalhes construtivos diversos em um mesmo
corpo de prova, a fim de se reduzir o número total de ensaios necessários. Isso só pode ser feito caso
se comprove a independência de cada detalhe no corpo de prova.

7.1.3 Campo de aplicação

O campo de aplicação pode ser definido a partir de relatórios de ensaio de resistência ao fogo e de
outros dados presentes em métodos específicos que descrevam, por exemplo, o papel da aplicação
ampliada de resultados de ensaio no processo de classificação.

7.1.4 Métodos de ensaio de resistência ao fogo

A classificação da resistência ao fogo deve ser feita com a execução de ensaios específicos, uma
vez que existem formas e características diversas em cada elemento construtivo, não permitindo
a generalização dos ensaios. Para cada elemento exposto nesta Seção, será apresentada, caso
existente, a correspondente norma brasileira que contém o método de ensaio de resistência ao fogo
apropriado. Não havendo norma brasileira para um dado elemento, deve ser aplicado o método de
ensaio estrangeiro referenciado.

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Normas brasileiras contendo métodos de ensaio que sejam anteriores à data de aprovação deste
Documento devem ser aplicadas sempre tendo em vista as diretrizes de métodos de ensaio contidos
nas normas estrangeiras referenciadas, que já englobam a classificação proposta nesta Norma.
Após a revisão das normas antigas e a criação de novas normas brasileiras preenchendo as lacunas
existentes, a consulta às normas estrangeiras correspondentes não será mais necessária.

7.2 Classificação de elementos estruturais sem função de compartimentação

7.2.1 Geral

No grupo de elementos estruturais sem função de compartimentação está incluída a classificação dos
seguintes elementos:

— paredes estruturais sem função de compartimentação, conforme estabelecido em 7.2.2;

— pisos estruturais sem função de compartimentação, conforme estabelecido em 7.2.3;

— tetos estruturais sem função de compartimentação, conforme estabelecido em 7.2.3;

— vigas, conforme estabelecido em 7.2.4;

— pilares, conforme estabelecido em 7.2.5;

— sacadas, conforme estabelecido em 7.2.6;

— passarelas, conforme estabelecido em 7.2.6;

— escadas, conforme estabelecido em 7.2.6.

Para esse grupo, o critério de classificação é R, podendo ser definidas as seguintes classes de
resistência ao fogo: R30; R45; R60; R90; R120; R150; R180; R240; R360.

7.2.2 Classificação de paredes estruturais sem função de compartimentação

7.2.2.1 Método de ensaio e campo direto de aplicação

Paredes estruturais sem função de compartimentação devem ser ensaiadas pelo método de ensaio
proposto na ABNT NBR 5628. A aplicação ampliada deve seguir o descrito nas ISO/TR 834-3 e
ISO/TR 12470-1.

7.2.2.2 Ensaios a serem executados

As características dos corpos de prova e o número de ensaios que devem ser executados devem ser
definidos a partir de uma comparação entre o campo de aplicação previsto da classificação e o campo
direto de aplicação dos resultados como definido no respectivo método de ensaio e nas ISO/TR 834-3,
ISO/TR 12470-1.

O método de ensaio fornece informações sobre os seguintes aspectos:

— corpo de prova/construção;

— campo direto de aplicação dos resultados;

— diretrizes para a definição dos corpos de prova.

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Os aspectos que influenciam o número de ensaios a serem executados devem incluir, por exemplo:

a) a variedade de condições de exposição a serem avaliadas;

b) face exposta ao fogo em elementos assimétricos;

c) a variedade de cargas que devem ser aplicadas, com ou sem excentricidade;

d) variabilidades construtivas requeridas, como paredes com ou sem vidros.

7.2.2.3 Critérios de desempenho

O critério de desempenho deve ser o da capacidade portante. A falha da capacidade portante é


verificada quando os dois parâmetros citados a seguir for excedido:

— deformação axial real: C = h/100 (mm);

— taxa de deformação axial: dC/dt = 3h/1000 (mm/min).

Sendo h a altura inicial da parede em milímetros (mm).

7.2.2.4 Classes de resistência ao fogo

As seguintes classes de resistência ao fogo podem ser definidas como: R30, R45, R60, R90, R120,
R180, R240, R360.

7.2.3 Classificação de pisos e tetos sem função de compartimentação

7.2.3.1 Método de ensaio e campo direto de aplicação

Pisos e tetos sem função de compartimentação devem ser ensaiados somente de baixo para cima, de
acordo com a ABNT NBR 5628.

NOTA Isso ocorre devido ao incêndio em andares abaixo ser normalmente mais crítico para esses elementos.
Contudo, requisições adicionais podem ser feitas quanto à espessura das lajes e materiais utilizados a fim de se
garantir maior segurança contra incêndios tanto de baixo para cima como no sentido inverso.

Quando, em casos excepcionais, um piso estrutural ou teto puder ser exposto ao fogo por ambos os
lados simultaneamente, esses elementos devem ser ensaiados como sacadas e passarelas, conforme
7.2.6.

7.2.3.2 Ensaios a serem executados

As características dos corpos de prova e o número de ensaios que devem ser executados devem ser
especificados a partir de uma comparação entre o campo de aplicação previsto da classificação e o
campo direto de aplicação dos resultados, como definido no respectivo método de ensaio.

O método de ensaio fornece informações sobre os seguintes aspectos:

— corpo de prova/construção;

— campo direto de aplicação dos resultados;

— diretrizes para definição dos corpos de prova.

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Os aspectos que influenciam o número de ensaios a serem executados são, por exemplo:

a) a variedade de carregamentos que devem ser abrangidos;

b) as variabilidades construtivas requeridas, como pisos e tetos com ou sem vidros, materiais
e componentes com função de isolação térmica e camadas à prova d’água para tetos;

c) a validação necessária para uma gama de inclinações de teto;

d) a variedade de condições de vinculação que devem ser abrangidas;

e) o sistema completo do forro em que o piso ou teto faz parte.

7.2.3.3 Critérios de desempenho

O critério de desempenho deve ser o da capacidade portante. A falha da capacidade portante é


verificada quando um dos parâmetros citados a seguir for excedido:

— deflexão real: D = L2/400d (mm);

— taxa de deflexão: dD/dt = L2/9000d (mm/min).

Sendo L o vão livre inicial do corpo de prova em questão, em milímetros (mm), e d a distância, em
milímetros (mm), da fibra de máxima compressão à fibra de máxima tração na seção estrutural. As
distâncias devem ser medidas quando o elemento estiver à temperatura ambiente.

7.2.3.4 Classes de resistência ao fogo

As seguintes classes de resistência ao fogo podem ser definidas como: R30; R45; R60; R90; R120;
R150; R180; R240; R360.

7.2.4 Classificação de vigas

7.2.4.1 Método de ensaio e campo direto de aplicação

Vigas devem ser ensaiadas de acordo com a ABNT NBR 5628. A aplicação ampliada deve seguir
o descrito nas ISO/TR 834-3 e ISO/TR 12470-1.

7.2.4.2 Ensaios a serem executados

As características dos corpos de prova e o número de ensaios que devem ser executados devem ser
especificados a partir de uma comparação entre o campo de aplicação previsto da classificação e o
campo direto de aplicação dos resultados, como definido no respectivo método de ensaio e na seção
apropriada das normas ISO/TR 834-3 e ISO/TR 12470-1.

O método de ensaio fornece informações sobre os seguintes aspectos:

— corpo de prova/construção;

— campo direto de aplicação dos resultados.

Os aspectos que influenciam o número de ensaios a serem executados são, por exemplo:

a) variedade de condições de vinculação que devem ser abrangidas: biapoiadas ou com restrições
adicionais;

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b) variedade de condições de exposição que devem ser abrangidas: três ou quatro faces expostas
ao calor;

c) comprimento da viga: ensaios com máxima força cortante ou máximo momento fletor.

7.2.4.3 Critérios de desempenho

O critério de desempenho deve ser o da capacidade portante. A falha da capacidade portante é


verificada quando um dos parâmetros citados a seguir for excedido:

— deflexão real: D = L2/400d (mm);

— taxa de deflexão: dD/dt = L2/9000d (mm/min).

Sendo L o vão livre inicial do corpo de prova em questão, em milímetros (mm), e d a distância,
em milímetros (mm), da fibra de máxima compressão à fibra de máxima tração na seção estrutural.
As distâncias devem ser medidas quando o elemento estiver à temperatura ambiente.

7.2.4.4 Classes de resistência ao fogo

As seguintes classes de resistência ao fogo podem ser definidas como: R30; R45; R60; R90; R120;
R150; R180; R240; R360.

7.2.5 Classificação de pilares

7.2.5.1 Método de ensaio e campo direto de aplicação

Pilares devem ser ensaiados de acordo com a ABNT NBR 5628.

7.2.5.2 Ensaios a serem executados

As características dos corpos de prova e o número de ensaios que devem ser executados devem ser
especificados a partir de uma comparação entre o campo de aplicação previsto da classificação e
o campo direto de aplicação dos resultados, como definido no respectivo método de ensaio.

O método de ensaio fornece informações sobre os seguintes aspectos:

— corpo de prova/construção;

— campo direto de aplicação dos resultados.

Os aspectos que influenciam o número de ensaios a serem executados são, por exemplo:

a) a variedade de condições de exposição que devem ser abrangidas;

b) a variedade de ligações nas extremidades do pilar: extremidades articuladas ou não;

c) tipo e intensidade do carregamento;

d) detalhes construtivos.

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7.2.5.3 Critérios de desempenho

O critério de desempenho deve ser o da capacidade portante. A falha da capacidade portante é


verificada quando um dos parâmetros citados a seguir for excedido:

— deformação axial real: C = h/100 (mm)

— taxa de deformação axial: dC/dt = 3h/1000 (mm/min)

Sendo h a altura inicial do pilar em milímetros (mm).

7.2.5.4 Classes de resistência ao fogo

As seguintes classes de resistência ao fogo podem ser definidas como: R30; R45; R60; R90; R120;
R150; R180; R240; R360.

7.2.6 Classificação de sacadas, passarelas e escadas

7.2.6.1 Método de ensaio e campo direto de aplicação

Sacadas e passarelas devem ser ensaiadas de acordo com a EN 1365-5. Escadas devem ser
ensaiadas de acordo com a EN 1365-6.

7.2.6.2 Ensaios a serem executados

As características dos corpos de prova e o número de ensaios que devem ser executados devem
ser especificados a partir de uma comparação entre o campo de aplicação previsto da classificação
e o campo direto de aplicação dos resultados, como definido no respectivo método de ensaio.

O método de ensaio fornece informações sobre os seguintes aspectos:

— corpo de prova/construção;

— campo direto de aplicação dos resultados.

Os aspectos que influenciam o número de ensaios a serem executados são, por exemplo:

a) a variedade de condições de exposição que devem ser abrangidas;

b) a variedade de ligações nas extremidades: extremidades articuladas;

c) tipo e intensidade do carregamento;

d) detalhes construtivos.

7.2.6.3 Critérios de desempenho

O critério de desempenho deve ser o da capacidade portante. A falha da capacidade portante é


verificada quando um dos parâmetros citados a seguir for excedido:

— deflexão real: D = L2/400d (mm);

— taxa de deflexão: dD/dt = L2/9000d (mm/min).

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Sendo L o vão livre inicial do corpo de prova em questão, em milímetros (mm), e d a espessura inicial,
em milímetros (mm).

7.2.6.4 Classes de resistência ao fogo

As seguintes classes de resistência ao fogo podem ser definidas como: R30; R45; R60; R90; R120;
R150; R180; R240; R360.

7.3 Classificação de elementos com capacidade estrutural e com função de


compartimentação

7.3.1 Geral

No grupo de elementos estruturais com função de compartimentação está incluída a classificação dos
seguintes elementos:

— paredes estruturais com função de compartimentação – ver 7.3.2;

— pisos estruturais com função de compartimentação – ver 7.3.3;

— tetos estruturais com função de compartimentação – ver 7.3.3;

— pisos elevados – ver 7.3.4.

Para esse grupo, os critérios de classificação são: R, E, I, W e M. As classes de resistência ao fogo


que podem ser definidas variam e estão apresentadas no respectivo item do elemento.

7.3.2 Classificação de paredes estruturais com função de compartimentação

7.3.2.1 Método de ensaio e campo direto de aplicação

Paredes estruturais com função de compartimentação devem ser ensaiadas de acordo com
a ABNT NBR 5628. A aplicação ampliada dos resultados de ensaio deve seguir o descrito nas
ISO/TR 834-3 e ISO/TR 12470-1.

7.3.2.2 Ensaios a serem executados

As características dos corpos de prova e o número de ensaios que devem ser executados devem
ser especificados a partir de uma comparação entre o campo de aplicação previsto da classificação
e o campo direto de aplicação dos resultados, como definido no respectivo método de ensaio e nas
ISO/TR 834-3 e ISO/TR 12470-1.

O método de ensaio fornece informações sobre os seguintes aspectos:

— corpo de prova/construção;

— campo direto de aplicação dos resultados;

— diretrizes para a definição dos corpos de prova.

Os aspectos que influenciam o número de ensaios a serem executados são, por exemplo:

a) a variedade de condições de exposição a serem avaliadas;

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b) a orientação do ensaio em elementos assimétricos;

c) a variedade de cargas que devem ser aplicadas, com ou sem excentricidade;

d) as variabilidades construtivas requeridas como, por exemplo, paredes com ou sem vidros.

7.3.2.3 Critérios de desempenho

7.3.2.3.1 Capacidade portante

A falha da capacidade portante é verificada quando os dois parâmetros citados a seguir for excedido:

— deformação axial real: C = h/100 (mm);

— taxa de deformação axial: dC/dt = 3h/1000 (mm/min).

Sendo h a altura inicial do pilar em milímetros (mm).

7.3.2.3.2 Integridade

A integridade deve seguir as diretrizes de 5.2.2.

7.3.2.3.3 Isolação térmica

A isolação térmica deve seguir as diretrizes de 5.2.3.1.

O método de ensaio especifica como a média das temperaturas deve ser determinada para elementos
uniformes e não uniformes.

7.3.2.3.4 Redução de radiação térmica

A classificação quanto à redução de radiação térmica é o tempo em que a máxima radiação medida,
como especificado no método de ensaio, não ultrapassar 15 kW/m2, conforme 5.2.4.

7.3.2.3.5 Ação mecânica

O elemento deve resistir ao impacto descrito no método de ensaio, sem que haja prejuízo ao
desempenho dos outros critérios.

7.3.2.4 Classes de resistência ao fogo

As classes de resistência ao fogo permitidas para esses elementos são definidas na Tabela 1.

Tabela 1 – Classes de resistência ao fogo para paredes estruturais com função


de compartimentação
RE 30 60 90 120 150 180 240 360
REI 30 45 60 90 120 150 180 240 360
REI-M 30 60 90 120 150 180 240 360
REW 30 60 90 120 150 180 240 360

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7.3.3 Classificação de pisos e tetos estruturais com função de compartimentação

7.3.3.1 Método de ensaio e campo direto de aplicação

Pisos e tetos com função de compartimentação devem ser ensaiados somente de baixo para cima,
de acordo com a ABNT NBR 5628.

7.3.3.2 Ensaios a serem executados

As características dos corpos de prova e o número de ensaios que devem ser executados devem ser
definidos a partir de uma comparação entre o campo de aplicação previsto da classificação e o campo
direto de aplicação dos resultados, como definido no respectivo método de ensaio.

O método de ensaio fornece informações sobre os seguintes aspectos:

— corpo de prova/construção;

— campo direto de aplicação dos resultados;

— diretrizes para a definição dos corpos de prova.

Os aspectos que influenciam o número de ensaios a serem executados são, por exemplo:

a) a variedade de carregamentos que devem ser abrangidos;

b) as variabilidades construtivas requeridas como pisos e tetos com ou sem vidros, materiais
e componentes com função de isolação térmica e camadas à prova d’água para tetos;

c) a validação necessária para uma gama de inclinações no teto;

d) a variedade de condições de vinculação que devem ser abrangidas;

e) o sistema completo do forro em que o piso ou teto faz parte (caso haja dependência entre as
partes).

7.3.3.3 Critérios de desempenho

7.3.3.3.1 Capacidade portante

A falha da capacidade portante é verificada quando os dois parâmetros citados a seguir for excedido:

— deflexão real: D = L2/400d (mm);

— taxa de deflexão: dD/dt = L2/9000d (mm/min).

Sendo L o vão livre inicial do corpo de prova em questão, em milímetros (mm), e d a distância,
em milímetros (mm), da fibra de máxima compressão à fibra de máxima tração na seção estrutural.
As distâncias devem ser medidas quando o elemento estiver à temperatura ambiente.

7.3.3.3.2 Integridade

A integridade deve seguir as diretrizes de 5.2.2.

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7.3.3.3.3 Isolação térmica

A isolação térmica deve seguir as diretrizes de 5.2.3.1.

O método de ensaio especifica como a média das temperaturas deve ser determinada para elementos
uniformes e não uniformes.

7.3.3.4 Classes de resistência ao fogo

As classes de resistência ao fogo permitidas para esses elementos são definidas na Tabela 2.

Tabela 2 – Classes de resistência ao fogo para pisos e tetos estruturais com função
de compartimentação
RE 30 60 90 120 150 180 240
REI 30 45 60 90 120 150 180 240

7.3.4 Classificação de pisos elevados

7.3.4.1 Método de ensaio e campo direto de aplicação

Pisos elevados devem ser ensaiados de acordo com a EN 1366-6.

7.3.4.2 Ensaios a serem executados

As características dos corpos de prova e o número de ensaios que devem ser executados devem ser
especificados a partir de uma comparação entre o campo de aplicação previsto da classificação e o
campo direto de aplicação dos resultados, como definido no respectivo método de ensaio.

O método de ensaio fornece informações sobre os seguintes aspectos:

— corpo de prova/construção;

— campo direto de aplicação dos resultados;

— diretrizes para a definição dos corpos de prova.

Os aspectos que influenciam o número de ensaios a serem executados são, por exemplo:

a) a variedade de condições de exposição a serem avaliadas (exposição-padrão ou exposição


reduzida);

b) a variedade de carregamentos que devem ser abrangidos;

c) as variabilidades construtivas requeridas.

7.3.4.3 Critérios de desempenho

7.3.4.3.1 Capacidade portante

A falha da capacidade portante é verificada quando o piso em si ou um dos apoios do piso entrarem
em colapso, como descrito em 5.2.1-c).

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7.3.4.3.2 Integridade

A integridade deve seguir as diretrizes de 5.2.2.

7.3.4.3.3 Isolação térmica

A isolação térmica deve seguir as diretrizes de 5.2.3.1.

7.3.4.4 Classes de resistência ao fogo

As classes de resistência ao fogo permitidas para esses elementos são definidas na Tabela 3.

Tabela 3 – Classes de resistência ao fogo para pisos elevados


RE 30
REI 30 60

A classificação deve considerar a exposição a que o corpo de prova foi sujeito.

A falta da sigla r na classificação do elemento significa que ele foi ensaiado pela curva-padrão de
temperatura (resistência ao fogo completa). A presença da sigla r na classificação do elemento significa
que ele foi ensaiado pela curva de temperatura constante de 500 °C (exposição reduzida), conforme
4.6. Por exemplo: RE 30 ou RE 30-r.

Considera-se que pisos elevados que atendam a curva-padrão de temperatura, por um determinado
período de tempo, também atendem a curva de temperatura constante de 500 °C, pelo mesmo período
de tempo.

7.4 Produtos e sistemas para proteção de elementos estruturais e seus componentes

7.4.1 Geral

A categoria de produtos e sistemas para proteção de elementos estruturais inclui forros (membranas
horizontais de proteção), painéis ou divisórias verticais (membranas verticais de proteção), revestimentos,
pranchas e fachadas protetoras contra incêndio.

Esses produtos e sistemas não necessariamente asseguram ou possuem resistência própria ao fogo,
mas buscam aumentar ou prover resistência ao fogo aos elementos estruturais que protegem.

Os métodos de ensaio caracterizam os produtos e sistemas para proteção de elementos estruturais


e seus componentes de forma que o campo direto de aplicação dos resultados de ensaio possa ser
ampliado para outros elementos estruturais além daqueles incluídos nas normas de ensaio.

A classificação obtida em ensaio é sempre relativa ao conjunto, produto ou sistema protetor e elemento
protegido e não pode ser usada para caracterizar somente a proteção. A classificação dos itens de
proteção pode ser conhecida por meio de dados coletados de ensaios, juntamente com métodos de
cálculo, como aqueles descritos, por exemplo, nas ABNT NBR 14323 e ISO 834-11, os quais estão
fora do escopo desta Norma.

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7.4.2 Ensaios a serem executados

Os ensaios a serem executados, a extensão permitida ao campo direto de aplicação dos resultados
e o procedimento a ser seguido para esse fim dependem:

— da natureza do produto de proteção:

a) membranas horizontais (forros);

b) membranas verticais (painéis);

c) revestimentos, pranchas e fachadas protetoras contra incêndio.

— da natureza do elemento estrutural a ser protegido:

a) aço;

b) concreto;

c) compósito de aço e concreto;

d) madeira;

e) alumínio.

As características dos corpos de prova e o número de ensaios que devem ser executados devem ser
especificados a partir de uma comparação entre o campo direto de aplicação previsto da classificação
e o campo direto de aplicação dos resultados, como definido no respectivo método de ensaio.

O método de ensaio fornece informações sobre os seguintes aspectos:

— corpo de prova;

— campo direto de aplicação dos resultados;

— diretrizes para a definição dos corpos de prova, incluindo a configuração-padrão do elemento a


ser protegido.

Os aspectos que influenciam o número de ensaios a serem executados são, por exemplo:

● a natureza do elemento estrutural a ser protegido, como descrito anteriormente;

● a natureza do produto de proteção, como descrito anteriormente.

Nos ensaios desses elementos, deve ser usada a curva-padrão de temperatura.

Para produtos reativos ou intumescentes, pode ser necessária a realização de ensaios adicionais com
a curva de crescimento lento, conforme 4.3.

7.4.3 Métodos de ensaio

Estes produtos devem ser ensaiados de acordo com as ABNT NBR 5628, ISO 834-10, EN 13381-2,
EN 13381-3, EN 13381-5, EN 13381-6 e ENV 13381-7.

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ABNT NBR 16945:2021

7.4.4 Critérios de desempenho

O critério de desempenho para o elemento estrutural protegido é equivalente àquele do respectivo


elemento sem a proteção.

Os métodos de ensaio fornecem dados que permitem a extensão do campo direto de aplicação dos
resultados de ensaio para uma variedade de combinações entre a proteção e o elemento estrutural
protegido. Adicionalmente, os métodos de ensaio fornecem dados sobre a capacidade protetora do
produto ou sistema de proteção, que podem ser inseridos diretamente nos projetos estruturais.

7.4.5 Classes de resistência ao fogo

Revestimentos, pranchas e fachadas não possuem resistência ao fogo independente do elemento


que estão protegendo. Por causa disso, a classificação é feita para o elemento protegido ou está
relacionada àquele elemento.

Divisórias de forro utilizadas como membranas verticais ou horizontais de proteção podem ou não ter
resistência própria ao fogo. Contudo, quando usadas como membranas de proteção, a classificação
deve ser feita em relação ao elemento estrutural protegido.

Os critérios de classificação que podem ser definidos são os mesmos do elemento estrutural original
que será protegido.

7.4.6 Classificação de elementos estruturais protegidos

7.4.6.1 Geral

A classificação da resistência ao fogo de um elemento estrutural protegido deve ser feita de acordo
com as diretrizes desta Norma.

As mesmas classes existem para o elemento protegido e elemento não protegido. Dados de
caracterização podem ser incluídos no relatório de classificação. Uma amostra desses dados pode
ser encontrada no Anexo B. Esses dados de caracterização estão disponibilizados para uso na
EN 1990: Eurocode ‒ Basis of structural design.

Embora produtos, membranas e sistemas de proteção de elementos estruturais considerem


primeiramente o critério R, os critérios E, I e W também podem ser deduzidos se permitidos, de acordo
com as descrições nos métodos de ensaio. O desempenho nos critérios R, E, I e W também pode ser
demonstrado conforme diretrizes contidas na EN 1990: Eurocode ‒ Basis of structural design.

7.4.6.2 Elementos estruturais protegidos por membranas horizontais

Um membro estrutural horizontal comum de uma edificação, incluindo qualquer construção de suporte,
que possua uma membrana horizontal de proteção a ser usada como uma barreira resistente a um
incêndio vindo de baixo, deve ser submetido a ensaio com a curva-padrão de temperatura e carregamento,
apoio e restrições predefinidos de acordo com a EN 13381-1.

7.4.6.3 Elementos estruturais protegidos por membranas verticais

Um membro estrutural vertical comum de uma edificação, protegido contra incêndio por uma membrana
vertical deve ser submetido a ensaio com a curva-padrão de temperatura de acordo com a EN 13381-2.

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ABNT NBR 16945:2021

Onde o desempenho contra ação mecânica for recomendado, deve ser executado o respectivo ensaio
de acordo com a ABNT NBR 16965.

Os seguintes membros estruturais verticais podem ser considerados:

— pilares de aço;

— pilares de concreto;

— pilares mistos de aço preenchidos com concreto;

— pilares de madeira;

— pilares de alumínio.

Ao longo do ensaio, devem ser medidas as temperaturas nas cavidades e na superfície dos pilares.
Dessas medições são criadas as curvas características de temperatura nas cavidades e superfície
para emprego no campo direto de aplicação dos resultados. Essas curvas características estão
disponibilizadas para uso na EN 1990: Eurocode ‒ Basis of structural design.

Temperaturas-limite para tipos específicos de materiais de construção, dos quais a capacidade portante
deve ser obtida, são definidas com base nas curvas características de temperatura nas cavidades
e superfície.

Produtos de proteção contra incêndio são caracterizados por resultados de ensaios expressos
em termos do tempo em que as temperaturas-limite são atingidas. Por meio dessa informação,
a classificação de elementos estruturais protegidos é obtida de acordo com os procedimentos
detalhados no método de ensaio,

Produtos protegidos que forem bem-sucedidos no ensaio de ação mecânica devem receber
a classificação M, por exemplo, R 30-M.

7.4.6.4 Elementos de concreto protegidos por revestimentos, pranchas ou fachadas

Elementos comuns de concreto, protegidos contra incêndio por revestimentos, pranchas ou fachadas,
serão ensaiados pela curva-padrão de temperatura, de acordo com a EN 13381-3.

Os seguintes elementos de concreto são definidos:

a) lajes de concreto simulando elementos planos de duas dimensões;

b) barras de concreto simulando vigas e pilares.

Ao longo do ensaio, as temperaturas superficial e interna do concreto e do seu reforço devem ser
medidas. Dessas medições são definidas as curvas características.

O método de avaliação deve detalhar o processo por meio do qual os resultados da medição de
temperatura e as observações feitas durante o(s) ensaio(s) são usados a fim de prover as seguintes
informações:

— a relação entre a temperatura no concreto em diferentes profundidades, o tempo e a espessura


da proteção contra incêndio;

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ABNT NBR 16945:2021

— a espessura equivalente do concreto, em relação ao critério de isolação térmica;

— informações quanto à aderência.

Esses dados estão disponibilizados para uso na EN 1992-1-2 Structural Eurocode.

7.4.6.5 Elementos de aço protegidos por revestimentos, pranchas ou fachadas

Um número de seções curtas de aço, protegidas por um sistema de proteção contra incêndio, deve
ser submetido a ensaio, sob a curva-padrão de temperatura, de acordo com a ISO 834-10. A análise
dos resultados de ensaio deve ser feita de acordo com a ISO 834-11.

Adicionalmente, vigas e pilares carregados ou não são também aquecidos a fim de prover informações
relativas à capacidade do sistema de proteção contra incêndio de permanecer intacto e aderido
à seção de aço ensaiada (capacidade de aderência).

Esses ensaios se relacionam à proteção contra incêndio quando usada em vigas ou pilares de aço de
seções sólidas I ou H, ou em seções vazadas circulares ou retangulares.

É necessária a realização de ensaio adicional de acordo com a ISO 834-13 a fim de prover informações
quando o sistema é usado em vigas de aço que contenham aberturas em suas almas.

Um conjunto-padrão de pequenos perfis de aço é definido em função das seguintes circunstâncias:

a) a variedade de fatores de forma das seções de aço que serão abrangidos;

b) a variedade de espessuras do material de proteção;

c) o método de ensaio a ser utilizado;

d) a natureza do sistema de proteção: reativo ou não reativo.

Ao longo do ensaio, uma série de temperaturas deve ser medida no aço.

Os dados de temperatura das seções curtas de aço são somente usados para a avaliação do sistema de
proteção contra incêndio. Contudo, esses dados são corrigidos com base na aderência e divergências
na espessura.

A avaliação do desempenho térmico é feita com base na temperatura média corrigida de cada seção
curta, usando-se um dos procedimentos de verificação, como por exemplo:

— um método de análise por equação diferencial;

— um método de análise por regressão numérica;

— um método de análise gráfica.

Esses dados são necessários para uso na EN 1993-1-2 Structural Eurocode ou EN 1994-1-2.

7.4.6.6 Elementos compósitos de aço laminado com concreto protegidos por revestimentos,
pranchas ou fachadas

Lajes compostas padronizadas, protegidas pelo sistema de proteção contra incêndio, devem ser
submetidas a ensaio com a curva-padrão de temperatura de acordo com a EN 13381-5.

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ABNT NBR 16945:2021

Ao longo do ensaio, devem ser medidas as temperaturas internas e da superfície da laje ou placa de
concreto ou aço.

O método de ensaio deve detalhar os meios pelos quais os resultados das medições de temperatura
e observações são usados para prover:

a) a relação entre a temperatura na lâmina de aço, tempo e espessura da proteção contra incêndio;

b) a espessura equivalente de concreto, em relação ao critério da isolação térmica;

c) as informações quanto a aderência e tempos-limite de exposição.

Uma temperatura característica deve ser definida. Isso está disponibilizado para uso no documento
EN 1994-1-2, Structural Eurocode.

O tempo necessário para que a temperatura característica do aço laminado atinja as temperaturas de
projeto é plotado em um gráfico em função da espessura da proteção contra incêndio.

A avaliação deve ser feita no mínimo para a mínima e a máxima espessuras.

7.4.6.7 Elementos mistos de aço preenchidos com concreto protegidos por revestimentos ou
pranchas

Pilares compostos padronizados, protegidos pelo sistema de proteção contra incêndio devem ser
submetidos a ensaio com a curva-padrão de temperatura de acordo com a EN 13381-6.

Ao longo do ensaio, devem ser medidas as temperaturas na superfície de aço do pilar.

O método de ensaio deve detalhar os meios pelos quais os resultados das medições de temperatura
e observações serão usados para prover:

a) a relação entre a temperatura no aço, o tempo e a espessura da proteção contra incêndio;

b) informações quanto à aderência.

Uma temperatura característica deve ser definida. Isso está disponibilizado para uso na EN 1994-1-2,
Structural Eurocode.

O tempo necessário para que a temperatura característica do aço atinja as temperaturas de projeto é
plotado em um gráfico em função da espessura da proteção contra incêndio.

A avaliação deve ser feita no mínimo para a mínima e a máxima espessuras.

7.4.6.8 Elementos de madeira protegidos por revestimentos, pranchas ou fachadas

Para um sistema de proteção contra incêndio aplicado a pisos, paredes ou vigas e pilares de madeira,
devem ser realizados ensaios-padrão para pisos ou vigas, bem como uma série de ensaios em
elementos pequenos, de acordo com a ENV 13381-7.

Ao longo do ensaio, devem ser medidas as temperaturas na superfície e dentro do corpo de prova de
madeira.

Os ensaios devem avaliar:

a) o comportamento do sistema de proteção contra incêndio e a sua aderência;

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b) a temperatura superficial da madeira subjacente à proteção contra incêndio e a evolução da


temperatura no seu interior.

O método de ensaio deve calcular as taxas de carbonização e o avanço da linha carbonizada ao longo
da madeira.

A contribuição do material de proteção é expressa em termos do tempo necessário para início da


carbonização e da taxa de carbonização. Isso está disponibilizado para uso na EN 1995-1-2, Structural
Eurocode.

7.5 Classificação de elementos não portantes


7.5.1 Geral

No grupo de elementos não estruturais está incluída a classificação dos seguintes elementos:

— paredes não estruturais e divisórias internas – ver 7.5.2;

— fachadas cortina e paredes externas – ver 7.5.3

— forros com resistência ao fogo independente – ver 7.5.4;

— portas e vedadores resistentes ao fogo para compartimentação, juntamente aos seus dispositivos
de fechamento – ver 7.5.5;

— portas e vedadores para controle da passagem de fumaça – ver 7.5.6;

— vedações aplicadas em aberturas de passagem de esteiras transportadoras – ver 7.5.7;

— selagens de aberturas de passagem de instalações – ver 7.5.8;

— selagens perimetrais e de juntas – ver 7.5.9;

— dutos e shafts – ver 7.5.10;

— chaminés – 7.5.11.

Os critérios de classificação dependem do elemento em questão.

7.5.2 Classificação de paredes não estruturais e divisórias internas

7.5.2.1 Método de ensaio e campo direto de aplicação

Paredes não estruturais e divisórias internas devem ser ensaiadas de acordo com a ABNT NBR 10636.
A aplicação ampliada dos resultados de ensaio deve seguir o descrito nas ISO/TR 834-3 e
ISO/TR 12470-1.

7.5.2.2 Ensaios a serem executados

O modelo de corpo de prova e o número de ensaios que devem ser executados deve ser especificado
a partir de uma comparação entre o campo direto de aplicação previsto da classificação e o campo
direto de aplicação dos resultados, como definido no respectivo método de ensaio e nas ISO/TR 834-3,
ISO/TR 12470-1.

O método de ensaio fornece informações sobre os seguintes aspectos:

— corpo de prova;

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ABNT NBR 16945:2021

— campo direto de aplicação dos resultados;

— diretrizes para a definição dos corpos de prova, especialmente para ensaio de elementos
envidraçados ou paredes não estruturais que tenham vidros incorporados.

Os aspectos que influenciam o número de ensaios a serem executados são, por exemplo:

a) a orientação do ensaio em elementos assimétricos;

b) a necessidade de ensaio com exposições adicionais: condições de exposição térmica externa;

c) as variabilidades construtivas requeridas como paredes com ou sem partes sem isolação térmica,
como alguns vidros, por exemplo, que devem ser avaliados com ensaios adicionais usando-se
corpos de prova separados, tendo em vista o campo direto de aplicação previsto, bem como a
natureza da construção de apoio do vidro.

7.5.2.3 Critérios de desempenho

7.5.2.3.1 Integridade

A integridade deve seguir as diretrizes de 5.2.2.

7.5.2.3.2 Isolação térmica

A isolação térmica deve seguir as diretrizes de 5.2.3.1.

7.5.2.3.3 Redução de radiação térmica

A classificação quanto à redução da radiação térmica será o tempo em que a máxima radiação medida,
como especificado no método de ensaio, não exceder 15 kW/m2, conforme 5.2.4.

7.5.2.3.4 Ação mecânica

O elemento deve resistir ao impacto descrito no método de ensaio, sem que haja prejuízo ao
desempenho dos outros critérios.

7.5.2.4 Classes de resistência ao fogo

As classes de resistência possíveis para o elemento em questão são definidas na Tabela 4.

Tabela 4 – Classes de resistência ao fogo para paredes não estruturais e divisórias internas
E 30 60 90 120 180
EI 15 20 30 45 60 90 120 150 180 240
EI-M 30 60 90 120 150 180 240
EW 30 60 90 120 180

7.5.3 Classificação de fachadas cortina e paredes externas

7.5.3.1 Método de ensaio e campo direto de aplicação

Fachadas cortina devem ser ensaiadas de acordo com a EN 1364-3. Partes de paredes cortina devem
ser ensaiadas de acordo com a EN 1364-4. A aplicação ampliada dos resultados de ensaio, quando

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ABNT NBR 16945:2021

aplicável, deve seguir o descrito nas ISO/TR 834-3 e ISO/TR 12470-1. Na ausência de diretrizes
aplicáveis, deve-se seguir o descrito na EN 15725.

A EN 1364-4 não pode ser usada de forma isolada para classificar fachadas completas. Quando
algum elemento envidraçado com resistência ao fogo estiver inserido na parede cortina, esse deve ser
ensaiado de acordo com a ISO 3009.

Paredes externas e partes de paredes externas devem ser ensaiadas de acordo com a
ABNT NBR 10636.

7.5.3.2 Ensaios a serem executados

As características dos corpos de prova e o número de ensaios que devem ser executados devem ser
especificados a partir de uma comparação entre o campo direto de aplicação previsto da classificação
e o campo direto de aplicação dos resultados, como definido no respectivo método de ensaio e nas
ISO/TR 834-3 e ISO/TR 12470-1 ou na EN 15725, quando aquelas não possuírem diretrizes aplicáveis.

Os métodos de ensaio fornecem informações sobre os seguintes aspectos:

— corpo de prova;

— campo direto de aplicação dos resultados;

— diretrizes para a definição dos corpos de prova, especialmente para ensaio de elementos
envidraçados.

Os aspectos que influenciam o número de ensaios a serem executados são, por exemplo:

a) os lados a serem ensaiados;

b) se a fachada ou parede externa será ensaiada de ambos os lados, somente pelo lado interno ou
somente pelo lado externo.

Variabilidades construtivas específicas como ocorrem em elementos com ou sem partes sem isolação
térmica, como alguns vidros, por exemplo, devem ser avaliados com ensaios adicionais usando-se
corpos de prova separados, tendo em vista o campo direto de aplicação previsto, bem como a natureza
da construção de apoio do vidro.

7.5.3.3 Critérios de desempenho

7.5.3.3.1 Integridade

A integridade deve seguir as diretrizes de 5.2.2.

7.5.3.3.2 Isolação térmica

A isolação térmica deve seguir as diretrizes de 5.2.3.1.

O método de ensaio especifica como a média das temperaturas deve ser determinada para elementos
uniformes e não uniformes.

Para elementos que incorporem áreas discretas com diferentes isolações térmicas, a verificação do
atendimento desse critério deve ser feita em cada área.

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Em ensaios feitos de acordo com as EN 1364-3 e EN 1364-4, os resultados de isolação térmica


e integridade devem ser apresentados separadamente para a face externa, face interna e selos
perimetrais e de juntas, como especificado no método de ensaio.

7.5.3.3.3 Redução de radiação térmica

A classificação quanto à redução da radiação térmica será o tempo em que a máxima radiação medida,
como especificado no método de ensaio, não exceda 15 kW/m2, conforme 5.2.4.

7.5.3.4 Classes de resistência ao fogo

As classes de resistência ao fogo possíveis para o elemento em questão são definidas na Tabela 5.
A classificação de elementos envidraçados deve seguir a ABNT NBR 14925.

Tabela 5 – Classes de resistência ao fogo para fachadas cortina e paredes externas


não envidraçadas
E 30 60 90 120
EI 15 20 30 60 90 120
EW 30 60 90 120

Quando elementos forem ensaiados por ambos os lados com a curva-padrão de elevação de
temperatura aplicada na face interna e a curva de exposição pelo lado externo de fachadas aplicada
na face externa, o tempo mínimo de resistência encontrado nos ensaios determinará a classificação.

O ensaio e a classificação também podem ser realizados somente por um lado. Para qualquer ensaio
realizado, a classificação deve ser identificada por:

— “(Dentro→Fora)”: quando a classificação se aplicar no sentido da face interna para a face externa;

— “(Fora→Dentro)”: quando a classificação se aplicar no sentido da face externa para a face interna;

— “(Fora↔Dentro)”: quando a classificação se aplicar nas duas direções.

Por exemplo, a classificação EI 60 (Dentro→Fora) indica uma parede que é capaz de prover, por
60 min, integridade e isolação térmica somente no sentido de dentro para fora. Por outro lado, a
classificação EI 60 (Fora↔Dentro) indica uma parede capaz de prover segurança para os mesmos
critérios, durante o mesmo tempo, porém em ambos os sentidos.

7.5.4 Classificação de forros com resistência ao fogo independente

7.5.4.1 Geral

Os forros com resistência ao fogo independente possuem resistência ao fogo independente de


qualquer elemento acima deles.

7.5.4.2 Método de ensaio e campo direto de aplicação

Forros com resistência ao fogo independente devem ser ensaiados de acordo com a ISO 834-9.
A aplicação ampliada dos resultados de ensaio deve seguir o descrito nas ISO/TR 834-3 e
ISO/TR 12470-1.

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7.5.4.3 Ensaios a serem executados

As características dos corpos de prova e o número de ensaios que devem ser executados devem ser
especificados a partir de uma comparação entre o campo direto de aplicação previsto da classificação
e o campo direto de aplicação dos resultados, como definido no respectivo método de ensaio e nas
ISO/TR 834-3 e ISO/TR 12470-1.

Os métodos de ensaio fornecem informações sobre os seguintes aspectos:

— corpo de prova/construção;

— campo direto de aplicação dos resultados;

— diretrizes para a definição dos corpos de prova.

Os aspectos que influenciam o número de ensaios a serem executados são, por exemplo:

a) Os lados a serem ensaiados:

Forros podem ser ensaiados por baixo ou por cima ou por ambos os lados em ensaios consecutivos
dependendo da aplicação de uso final do elemento.

b) A orientação do forro:

Caso as direções longitudinais e transversais sejam construídas de forma diferente e a condição


mais crítica não possa ser identificada, dois ensaios separados devem ser conduzidos com os
elementos posicionados paralelamente e perpendicularmente ao eixo longitudinal;

c) Variabilidades construtivas necessárias, como condições de vinculação, e a presença ou ausência


de cabos e condutos, que geram cargas adicionais no forro durante o incêndio;

d) Quaisquer objetos presentes no teto que podem gerar aberturas no forro.

7.5.4.4 Critérios de desempenho

7.5.4.4.1 Integridade

A integridade deve seguir as diretrizes de 5.2.2.

Quando o elemento for ensaiado por baixo, a avaliação da integridade deve ser feita com base nos
três aspectos seguintes:

a) ocorrência de trincas ou aberturas que excedam determinadas dimensões;

b) ignição do chumaço de algodão;

c) ocorrência de chama sustentada na face não exposta.

A classificação da integridade deve ser feita de acordo com a situação do elemento ser ou não
classificado quanto à isolação térmica. Quando um elemento for classificado tanto para a integridade
E quanto para a isolação térmica I, o valor da integridade deve ser aquele determinado por qualquer
um dos três aspectos que falhar primeiro. Quando um elemento é classificado E, mas sem uma
classificação I, o valor de integridade deve ser definido como o tempo até a falha relativa apenas à
ocorrência de trincas ou aberturas ou à ocorrência de chama sustentada, o que ocorrer primeiro.

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Quando o elemento for ensaiado por cima, medidores de aberturas não podem ser usados para avaliar
a ocorrência trincas ou aberturas excedendo determinadas dimensões. O forro será considerado falho
para o critério da integridade quando aberturas visíveis ou chamas forem observadas no lado não
exposto do forro. Essas aberturas ou deteriorações serão consideradas quando:

a) um componente do forro se desprender e cair ou quando uma borda deixar seu elemento de
apoio;

b) a formação de aberturas for estimada visualmente como equivalente àquela dos medidores de
aberturas.

7.5.4.4.2 Isolação térmica

A isolação térmica deve seguir as diretrizes de 5.2.3.1.

7.5.4.5 Classes de resistência ao fogo

As classificações possíveis são mostradas na Tabela 6.

Tabela 6 – Classes de resistência ao fogo para forros com resistência ao fogo independente
EI 15 30 45 60 90 120 150 180 240

Onde a classificação for expressa de cima para baixo, deve-se adicionar “(Superior→Inferior)” na
classe. Semelhantemente, a adição de “(Inferior→Superior)” deve ser usada para classificar elementos
ensaiados de baixo para cima. A adição de “Inferior↔Superior” deve ser usada para classificar
elementos em ambas as direções.

Por exemplo, a classificação EI 30 (Inferior→Superior) indica um forro que é capaz de prover, por 30
min, integridade e isolação térmica somente no sentido de baixo para cima. Uma classificação EI 30
(Inferior↔Superior) indica um forro capaz de prover segurança para os mesmos critérios, durante o
mesmo tempo, porém em ambos os sentidos.

7.5.5 Classificação de portas e vedadores resistentes ao fogo para compartimentação,


juntamente aos seus dispositivos de fechamento

7.5.5.1 Método de ensaio e campo direto de aplicação

Portas e vedadores resistentes ao fogo para compartimentação devem ser ensaiados de acordo
com a ABNT NBR 6479. A aplicação ampliada dos resultados de ensaio deve seguir o descrito nas
ISO/TR 834-3 e ISO/TR 12470-2.

A habilidade de dispositivos de fechamento de fechar portas e vedadores de forma confiável em caso


de fumaça ou incêndio, independentemente da disponibilidade do fornecimento primário de energia,
deve ser avaliada de acordo com a EN 14600. Para os casos aplicáveis, devem ser empregadas,
prevalecendo sobre a EN 14600, as ABNT NBR 11742 e ABNT NBR 15281.

7.5.5.2 Ensaios a serem executados

As características dos corpos de prova e o número de ensaios que devem ser executados devem ser
especificados a partir de uma comparação entre o campo direto de aplicação previsto da classificação
e o campo direto de aplicação dos resultados, como definido no respectivo método de ensaio e nas
ISO/TR 834-3 e ISO/TR 12470-2.

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ABNT NBR 16945:2021

Os métodos de ensaio fornecem informações sobre os seguintes aspectos:

— corpo de prova;

— campo direto de aplicação dos resultados;

— diretrizes para a definição dos corpos de prova.

Os aspectos que influenciam o número de ensaios a serem executados são, por exemplo:

a) o tipo de construção de apoio previsto;

b) o tipo de porta (articulada, giratória, deslizante etc.);

c) os lados a serem ensaiados para portas assimétricas. O método de ensaio deve prover informações
sobre isto;

d) variabilidades construtivas necessárias, como:

— acomodação do marco à espessura da construção de apoio;

— inclusão de vidros;

— acabamentos previstos;

— gama de tamanhos previstos;

— ferragens empregadas.

7.5.5.3 Critérios de desempenho

7.5.5.3.1 Integridade

A integridade deve seguir as diretrizes de 5.2.2.

7.5.5.3.2 Isolação térmica

A isolação térmica deve seguir as diretrizes de 5.2.3.2

7.5.5.3.3 Redução de radiação térmica

A classificação quanto à redução da radiação térmica será o tempo em que a máxima radiação medida,
como especificado no método de ensaio, não exceder 15 kW/m2, conforme 5.2.4.

7.5.5.3.4 Fechamento automático

O fechamento automático deve seguir as diretrizes de 5.2.6.

7.5.5.4 Classificações permitidas

As classes de resistência possíveis para o elemento em questão são definidas na Tabela 7.

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Tabela 7 – Classes de resistência ao fogo para portas e outros elementos de fechamento


E 20 30 45 60 90 120 150 180 240
EI1 20 30 45 60 90 120 150 180 240
EI2 20 30 45 60 90 120 150 180 240
EW 20 30 45 60 90 120

Requisitos de desempenho para classificação do fechamento automático de C0 a C5 são definidos na


EN 14600. Eles são dependentes do uso previsto para a porta. Para os casos aplicáveis, devem ser
empregadas, prevalecendo sobre a EN 14600, as ABNT NBR 11742 e ABNT NBR 15281. A classificação
do fechamento automático deve ser usada independentemente da classificação E, EI ou EW.

Portas que possuam um dispositivo de fechamento automático, e que atendam a este mesmo critério,
devem ser classificadas como E-C..., EI1-C..., EI2-C... ou EW-C, por exemplo EI2 30-C5.

7.5.6 Classificação de portas e vedadores para controle da passagem de fumaça

7.5.6.1 Método de ensaio e campo direto de aplicação

Portas para controle da passagem de fumaça devem ser ensaiadas de acordo a ABNT NBR 11742. A
aplicação ampliada dos resultados de ensaio deve seguir o descrito nas ISO/TR 834-3 e ISO/TR 12470-2.
A capacidade de dispositivos de fechamento de fechar portas e vedadores de forma confiável em
caso de fumaça/incêndio, independentemente da disponibilidade do fornecimento primário de energia,
deve ser avaliada de acordo com a EN 14600. Para os casos aplicáveis, devem ser empregadas,
prevalecendo sobre a EN 14600, as ABNT NBR 11742 e ABNT NBR 15281.

7.5.6.2 Ensaios a serem executados

As características dos corpos de prova e o número de ensaios que devem ser executados devem ser
especificados a partir de uma comparação entre o campo direto de aplicação previsto da classificação
e o campo direto de aplicação dos resultados, como definido no respectivo método de ensaio e nas
ISO/TR 834-3 e ISO/TR 12470-2.

Os métodos de ensaio fornecem informações sobre os seguintes aspectos:

— corpo de prova;

— campo direto de aplicação dos resultados;

— diretrizes para a definição dos corpos de prova.

Os aspectos que influenciam o número de ensaios a serem executados são, por exemplo:

a) a classificação prevista: Sa ou S200;

— Sa considera o controle de vazamento em temperatura ambiente;

— S200 considera o controle de vazamento em temperatura ambiente e a 200 °C;

b) os lados a serem ensaiados para portas assimétricas;

c) variações necessárias na construção.

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7.5.6.3 Critérios de desempenho

7.5.6.3.1 Fechamento automático

O fechamento automático deve seguir as diretrizes de 5.2.6.

7.5.6.3.2 Controle de fumaça

O controle de fumaça deve seguir as diretrizes de 5.2.7.

7.5.6.4 Classes de controle de fumaça

As seguintes classes de controle de fumaça são definidas: Sa e S200.

A classificação pode ser aplicada aditivamente a outras classificações de portas resistentes ao fogo
para compartimentação citadas anteriormente, ou pode ser usada para portas que não possuam
classificação para nenhum dos critérios E, I ou W.

Os requisitos de desempenho para classificação do fechamento automático de C0 a C5 são definidos na


EN 14600. Eles dependem do tipo de uso que se pretende para a porta. A classificação de fechamento
automático deve ser usada independentemente da classificação Sa e S200.

Portas para controle da passagem de fumaça que possuam dispositivo de fechamento automático,
e que atendam este mesmo critério, devem ser classificadas como C0Sa, C0S200, C1Sa, C1S200,...,
C5Sa, C5S200.

7.5.7 Classificação de vedadores aplicados em aberturas de passagem de esteiras


transportadoras

7.5.7.1 Geral

O vedador e o conjunto da esteira transportadora garantem que, em caso de incêndio, aberturas em


elementos de compartimentação, como paredes ou pisos, transpassados pela esteira, sejam fechadas.

7.5.7.2 Método de ensaio e campo direto de aplicação

Vedadores aplicados em aberturas de passagem de esteiras transportadoras devem ser ensaiados


de acordo com a EN 1366-7. A aplicação ampliada dos resultados de ensaio deve seguir, quando
aplicável, o descrito na norma apropriada que trata da aplicação ampliada e nas ISO/TR 834-3 e
ISO/TR 12470-2. Na ausência de diretrizes aplicáveis, deve-se seguir o descrito na EN 15725.

7.5.7.3 Ensaios a serem executados

As características dos corpos de prova e o número de ensaios que devem ser executados devem ser
especificados a partir de uma comparação entre o campo direto de aplicação previsto da classificação
e o campo direto de aplicação dos resultados, como definido no respectivo método de ensaio.

7.5.7.4 Critérios de desempenho

7.5.7.4.1 Integridade

A integridade deve seguir as diretrizes de 5.2.2.

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7.5.7.4.2 Isolação térmica

A isolação térmica deve seguir as diretrizes de 5.2.3.3.

Para sistemas de vedadores que possuam áreas discretas com isolações térmicas distintas,
o atendimento desse critério deve ser avaliado para cada área separadamente, como indicado na
EN 1366-7.

7.5.7.4.3 Redução de radiação térmica

A classificação quanto à redução da radiação térmica será o tempo em que a máxima radiação medida,
como especificado no método de ensaio, não exceder 15 kW/m2, conforme 5.2.4.

7.5.7.4.4 Fechamento automático

O fechamento automático deve seguir as diretrizes de 5.2.6.

A capacidade de um dispositivo de retirada ou de separação de operar de forma ininterrupta em uma


esteira transportadora, que é parte do conjunto que inclui suas vedações, pode ser requisitada. Este
critério de desempenho para esses dispositivos é identificado com a sigla “T”. Este critério deve ser
adicionado ao critério C, caso um ensaio de durabilidade for conduzido de acordo com a EN 14600,
junto com qualquer dispositivo de retirada ou separação com o mesmo número de ciclos usados para
a verificação do critério C, de 0 a 5, como, por exemplo, C1-T. Isso também está descrito na EN 1366-7.

7.5.7.5 Classes de resistência ao fogo

As classes de resistência possíveis para o elemento em questão são definidas na Tabela 8.

Tabela 8 – Classes de resistência ao fogo para vedações aplicadas em aberturas de


passagem de esteiras transportadoras
E 15 30 45 60 90 120 150 180 240
EI1 15 20 30 45 60 90 120 150 180 240
E I2 15 20 30 45 60 90 120 150 180 240
EI 15 20 30 45 60 90 120 150 180 240
EW 20 30 60 90 120

Requisitos de desempenho para a classificação de fechamento automático C0 a C5 são definidos na


EN 14600. Eles dependem do tipo de uso previsto para sistemas de vedadores de aberturas em esteiras
transportadoras. A classificação de fechamento automático deve ser usada independentemente da
classificação principal do elemento.

Vedadores de aberturas em esteiras transportadoras que possuam um dispositivo de fechamento,


que atendam ao critério de fechamento automático devem ser classificados, por exemplo, como: E-C;
EI1-C; EI2-C.

A capacidade de qualquer dispositivo de retirada ou de separação operar de forma ininterrupta em


uma esteira transportadora é identificada pela sigla “T”, conforme 7.5.7.4.4.

Exemplos de possíveis classificações: EI1 45; EI2 30-C1; EW 20-C0; ou EI1-C2-T.

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7.5.8 Classificação de selagens de aberturas de passagem de instalações

7.5.8.1 Método de ensaio e campo direto de aplicação

Selos resistentes ao fogo de passagem de instalações devem ser ensaiados de acordo com a
ISO 10295-1. A aplicação ampliada dos resultados de ensaio deve seguir o descrito nas ISO/TR 834-3
e na ISO/TR 12470-2.

7.5.8.2 Ensaios a serem executados

As características dos corpos de prova e o número de ensaios que devem ser executados devem ser
especificados a partir de uma comparação entre o campo direto de aplicação previsto na classificação
e o campo direto de aplicação dos resultados, como definido no respectivo método de ensaio e nas
ISO/TR 834-3 e ISO/TR 12470-2.

Os métodos de ensaio fornecem informações sobre os seguintes aspectos:

— corpo de prova;

— campo direto de aplicação dos resultados;

— diretrizes para a definição dos corpos de prova e definição das configurações normais de serviço.

Os aspectos que influenciam o número de ensaios a serem executados são, por exemplo:

a) o tipo e a serventia previstos para a passagem, incluindo passagens vazias ou múltiplas;

b) a variedade de construções de apoio a serem abrangidas;

c) a direção da construção de apoio: elementos de separação horizontal ou vertical.

7.5.8.3 Critérios de desempenho

7.5.8.3.1 Integridade

A integridade deve seguir as diretrizes de 5.2.2.

7.5.8.3.2 Isolação térmica

A isolação térmica deve seguir as diretrizes de 5.2.3.1, somente considerando o aspecto da temperatura
máxima, devido ao tamanho reduzido desse grupo de elementos.

7.5.8.4 Classes de resistência ao fogo

As classes de resistência possíveis para o elemento em questão são definidas na Tabela 9.

Tabela 9 – Classes de resistência ao fogo para selagens de aberturas de passagem de


instalações
E 30 45 60 90 120 150 180 240
EI 30 45 60 90 120 150 180 240

Na classificação de selagens de aberturas de passagem de instalações, definem-se quatro configurações


de extremidade para os dutos, as quais estão apresentadas na Tabela 10.

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Tabela 10 – Especificação adicional de selagens de aberturas de passagem ‒


Configurações de extremidade nos dutos
Configuração de extremidade Especificação
adicional para
Dentro do forno Fora do forno classificação
Destampado Destampado D/D
Tampado Destampado T/D
Destampado Tampado D/T
Tampado Tampado T/T

A classe obtida para o selo de compartimentação deve ser complementada por essa especificação
adicional indicando as condições de ensaio, como descritas na Tabela 10, por exemplo, EI 30-D/D.

7.5.9 Classificação de selagens perimetrais e de juntas lineares

7.5.9.1 Método de ensaio e campo direto de aplicação

Selagens perimetrais e de juntas lineares devem ser ensaiadas de acordo com a ISO 10295-2.
A aplicação ampliada dos resultados de ensaio deve seguir o descrito nas ISO/TR 10295-3 e
ISO/TR 12470-2.

Também devem ser consideradas as disposições da ISO 10295-2, no caso de selagens perimetrais
para fachadas cortina, selagens de juntas horizontais ou selagens de juntas verticais adjacentes
a fachadas cortina.

7.5.9.2 Ensaios a serem executados

As características dos corpos de prova e o número de ensaios que devem ser executados devem ser
definidos a partir de uma comparação entre o campo direto de aplicação previsto da classificação
e o campo direto de aplicação dos resultados, como definido no respectivo método de ensaio e
na ISO/TR 834-3.

Os métodos de ensaio fornecem informações sobre os seguintes aspectos:

— corpo de prova;

— campo direto de aplicação dos resultados;

— diretrizes para a definição dos corpos de prova e definição das configurações normais de serviço.

Os aspectos que influenciam o número de ensaios a serem executados são, por exemplo:

a) a variedade de movimentos previstos para os elementos adjacentes;

b) a variedade de construções de apoio a serem abrangidas;

c) as orientações previstas;

d) a largura prevista para a junta;

e) os tipos de forma de aplicação da selagem.

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7.5.9.3 Critérios de desempenho

7.5.9.3.1 Geral

Se múltiplas selagens estiverem incluídas em um único ensaio, o desempenho de cada junta linear
deve ser classificado separadamente.

7.5.9.3.2 Integridade

A integridade deve seguir as diretrizes de 5.2.2.

7.5.9.3.3 Isolação térmica

A isolação térmica deve seguir as diretrizes de 5.2.3.1, somente considerando o aspecto da temperatura
máxima, devido ao tamanho reduzido desse grupo de elementos.

7.5.9.4 Classes de resistência ao fogo

As classes de resistência possíveis para o elemento em questão são definidas na Tabela 11.

Tabela 11 – Classes de resistência ao fogo para selagens perimetrais e de juntas


E 30 45 60 90 120 150 180 240
EI 30 45 60 90 120 150 180 240

A classificação de selagens perimetrais e de juntas lineares requer a adoção de diferentes condições


de ensaio, definidas nos métodos de ensaio, de acordo com a Tabela 12.

Tabela 12 – Especificações adicionais de selagens perimetrais e de juntas


Condições de ensaio Sigla
Orientação do corpo de prova
● Construção de apoio horizontal H
● Construção de apoio vertical (junta vertical) V
● Construção de apoio vertical (junta horizontal) T
Capacidade de movimentação
● Sem movimento X
● Movimentação induzida (em %) M000
Tipo de forma de aplicação
● Pré-fabricado F
● In loco I
● Ambas A
Extensão de larguras da junta (em mm) L (L1 a L2)a
a L1 é o limite mínimo de largura e L2 é o limite máximo de largura.

As classes obtidas para as selagens perimetrais e de juntas lineares devem ser complementadas
pelas siglas indicando as especificações adicionais, como descritas na Tabela 12; por exemplo,
EI 30 – H – M 100 – A – L 30 a L 90.

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7.5.10 Classificação de tubulações de serviço e shafts

7.5.10.1 Método de ensaio e campo direto de aplicação

Tubulações de serviço e shafts devem ser ensaiados de acordo com a EN 1366-5. A aplicação
ampliada dos resultados de ensaio deve seguir, quando aplicável, o descrito na norma apropriada e
nas ISO/TR 834-3 e ISO/TR 12470-2. Na ausência de diretrizes aplicáveis, deve-se seguir o descrito
na EN 15725.

7.5.10.2 Ensaios a serem executados

As características dos corpos de prova e o número de ensaios que devem ser executados devem ser
especificados a partir de uma comparação entre o campo direto de aplicação previsto na classificação
e o campo direto de aplicação dos resultados, como definido no respectivo método de ensaio e nas
ISO/TR 834-3 e ISO/TR 12470-2 ou na EN 15725, quando estas não possuírem diretrizes aplicáveis.

O método de ensaio fornece informações sobre os seguintes aspectos:

— corpo de prova;

— campo direto de aplicação dos resultados;

— diretrizes para a definição dos corpos de prova;

— a capacidade das tubulações horizontais de suportarem o peso dos serviços;

— a capacidade da tubulação de impedir a ocorrência de ignição nos produtos combustíveis que


passam por ela.

Os aspectos que influenciam o número de ensaios a serem executados são, por exemplo:

a) se o incêndio está ocorrendo internamente ou externamente à tubulação;

b) se a tubulação de serviço é horizontal ou vertical.

7.5.10.3 Critérios de desempenho

7.5.10.3.1 Integridade

A integridade deve seguir as diretrizes de 5.2.2.

7.5.10.3.2 Isolação térmica

A isolação deve seguir as diretrizes de 5.2.3.1.

Adicionalmente, a fim de se realizar um correto julgamento do potencial de ignição de produtos


combustíveis dentro da tubulação, a temperatura em termopares localizados na superfície interna do
tubo, que está sendo avaliado para um incêndio fora da tubulação, não pode sofrer um incremento
maior que 180 °C em relação à temperatura inicial média.

Este critério de desempenho está resumido na Tabela 13.

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ABNT NBR 16945:2021

Tabela 13 – Critérios de desempenho para tubulações de serviço


Integridade Isolação térmica
Exposição Parte da Parte da
no forno de Parte da
tubulação tubulação Parte da tubulação fora
ensaio tubulação fora do
dentro do dentro do do forno
forno
forno forno
Incremento médio de
Chumaço de Incremento 140 °C em relação à
algodão de 180 °C temperatura inicial média
Incêndio fora
– em relação à
da tubulação Aberturas Incremento de 180
temperatura
Chamas inicial média °C em relação à
temperatura inicial média
Incremento médio de
Chumaço de 140 °C em relação à
Incêndio dentro algodão temperatura inicial média
– –
da tubulação Aberturas Incremento de 180
Chamas °C em relação à
temperatura inicial média

7.5.10.4 Classes

As classes de resistência possíveis para o elemento em questão são definidas na Tabela 14.

Tabela 14 – Classes de resistência ao fogo para dutos e shafts


E 20 30 45 60 90 120 150 180 240
EI 20 30 45 60 90 120 150 180 240

A classificação deve ser completada por “(Dentro→Fora)”, “(Fora→Dentro)” ou “(Fora↔Dentro)” a fim


de indicar se o elemento foi ensaiado e atende aos requisitos com o incêndio por fora, por dentro ou
em ambas as direções.

Adicionalmente, devem ser inseridas após a classificação proposta anteriormente, os símbolos “ve”
e/ou “ho” para indicar quando a tubulação de serviço ou shaft é adequado, respectivamente, ao uso
vertical ou horizontal.

7.5.11 Classificação de chaminés

7.5.11.1 Geral

Este item abrange elementos de chaminés projetados para serem construídos em uma estrutura
permanente e chaminés ou elementos relacionados onde uma ou mais faces externas estão contidas
no edifício.

7.5.11.2 Método de ensaio

Chaminés devem ser ensaiadas de acordo com a EN 13216-1.

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ABNT NBR 16945:2021

A exposição térmica deve seguir a curva de temperatura constante de 1 000 °C, na qual essa
temperatura é mantida por 30 min, após levar 10 min para atingir os 1 000 °C.

7.5.11.3 Ensaios a serem executados

As características dos corpos de prova e o número de ensaios que devem ser executados dependem
do campo direto de aplicação previsto para a classificação.

7.5.11.4 Critérios de desempenho

Dutos e outros elementos de chaminé projetados para serem construídos no entorno da chaminé,
como por exemplo, tijolos colocados no entorno, necessitam somente atender ao critério de vazamento
de produtos de combustão ao final do ensaio.

7.5.11.5 Classes de resistência ao fogo

Elementos que atendam ao critério anterior em um ensaio do tipo “passa/falha” devem receber a sigla G
denotando esse tipo de resistência ao fogo, seguida pela designação da distância necessária para
que produtos combustíveis não ultrapassem a temperatura de 100 °C, expressa em milímetros (mm),
por exemplo, G 50, conforme 5.2.8.

7.6 Elementos construtivos envidraçados

Os elementos construtivos envidraçados devem seguir as diretrizes apontadas na ABNT NBR 14925,
Elementos construtivos envidraçados resistentes ao fogo para compartimentação.

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Anexo A
(normativo)

Relatório de classificação

A.1 Geral
O objetivo do relatório de classificação é fornecer um meio harmonizado de apresentar a classificação
de um elemento construtivo e do seu campo direto de aplicação.

O relatório de classificação deve se basear nos resultados obtidos nos ensaios de resistência ao
fogo, de acordo com os métodos de ensaio apropriados, como descrito nos relatórios de ensaio ou
deve se basear na aplicação ampliada de resultados de ensaio como descrito nos métodos de ensaio
aplicados e em relatórios que tratam do tema da aplicação ampliada.

Um ou mais ensaios podem ser necessários para a classificação de um elemento construtivo em


função dos requisitos especificados nesta Norma de classificação sob o título “número de ensaios
a serem executados”.

Se o campo direto de aplicação de ensaios individuais, como, por exemplo, ensaios de verificação
da capacidade de controle de fumaça e ensaios de resistência ao fogo não coincida, o campo direto
de aplicação da classificação deve ser limitado à parte confluente deles.

A.2 Conteúdo
O relatório de classificação deve ter o seguinte conteúdo:

a) natureza do relatório de classificação: resistência ao fogo de “elemento construtivo”;

b) número de identificação e data do relatório de classificação;

c) identificação do solicitante do relatório de classificação;

d) identificação da organização que emite o relatório de classificação;

e) detalhes da natureza e do uso do elemento construtivo sob classificação, incluindo seu(s) nome(s)
comercial(ais);

f) descrição detalhada do elemento ou uma referência a uma descrição detalhada em um dos


relatórios de ensaio empregados para a classificação. A descrição detalhada deve incluir uma
descrição completa e a identificação de todos os componentes relevantes, método de montagem
etc. Se produtos genéricos forem utilizados, uma descrição geral é suficiente, entretanto, se
produtos especiais forem utilizados, todas as referências comerciais devem ser fornecidas.
Também deve incluir especificações do produto aplicadas ao todo ou a partes do elemento
classificado;

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ABNT NBR 16945:2021

g) ensaios(s) realizado(s):

— todos os relatórios de ensaio utilizados para a classificação devem ser identificados pelo:

I. nome do laboratório que realizou os ensaios;

II. nome do solicitante;

III. número de identificação do(s) relatório(s) de ensaio;

— identificação dos ensaios realizados de acordo com a Norma e o campo de aplicação


pretendido;

— resultados de ensaio detalhados para cada corpo de prova e cada condição de ensaio,
considerando todos os critérios envolvidos na classificação, como especificado em A.3;

h) aplicação ampliada dos resultados: cada relatório de aplicação ampliada usado para validação
dessa classificação deve ser identificado por:

— nome do laboratório encarregado da aplicação ampliada e seu número de registro (quando


apropriado);

— nome e endereço do solicitante do ensaio;

— identificação numérica do relatório de aplicação ampliada;

— norma de aplicação ampliada usada e data;

— resultados detalhados da aplicação ampliada.

i) classificação e campo direto de aplicação;

j) referência ao procedimento de classificação apropriado citado nesta Norma;

k) alternativamente, em ensaios de acordo com as diferentes seções da EN 13381 deve-se incluir


os dados de caracterização no formato definido no Anexo B;

l) descrição detalhada do campo direto de aplicação dessa classificação ou dos dados de


caracterização;

m) declarações adicionais; onde aplicável, incluir os dados relativos a possíveis cálculos realizados;

n) o aviso “Este documento não representa uma homologação ou certificação do elemento


construtivo”.

A.3 Formatação do relatório de classificação


Apresenta-se a seguir o formato e a estrutura do relatório de classificação:

Logo do órgão emissor do


relatório de classificação

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(O texto ou a informação a ser provida pelo autor do relatório de classificação devem ser indicados
em texto itálico)

CLASSIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO FOGO

DE ACORDO COM A ABNT NBR 16945: 2021

Solicitante do ensaio: nome e endereço do solicitante do ensaio

Elaborado por: nome e endereço do órgão emissor do relatório de classificação

Nome do elemento: como descrito pelo solicitante do ensaio

Nº do Relatório de classificação: número do relatório de classificação

Nº da expedição: número da expedição

Data da expedição: data da expedição

Este relatório de classificação consiste de número páginas e pode ser usado ou reproduzido somente
de forma integral.

1 Introdução
Este relatório define a classificação de resistência ao fogo atribuída ao elemento nome do elemento
como descrito pelo solicitante do ensaio de acordo com os procedimentos dados na ABNT NBR 16945: 2021.

2 Detalhes do elemento classificado


2.1 Geral

O elemento, nome do produto como descrito pelo solicitante do ensaio, é definido como um tipo do
produto de acordo com uma especificação técnica competente.

2.2 Descrição

O elemento, nome do produto como descrito pelo solicitante do ensaio, é totalmente descrito a
seguir ou é totalmente descrito no relatório de ensaio e/ou relatório de aplicação ampliada em apoio
à classificação listada em 3.1.

3 Relatórios de ensaio/aplicação ampliada e resultados de ensaio legitimando


a classificação
3.1 Relatórios de ensaio/aplicação ampliada

Neste relatório, devem ser inseridos os detalhes do ensaio ou dos relatórios de aplicação ampliada
como aplicável.

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Norma de ensaio
Nome do solicitante e data/campo de
Nome do laboratório Número do relatório
do ensaio aplicação estendido
e datas
Norma de ensaio
Nome do solicitante e data/campo de
Nome do laboratório Número do relatório
do ensaio aplicação estendido e
datas
Norma de ensaio
Nome do solicitante e data/campo de
Nome do laboratório Número do relatório
do ensaio aplicação estendido e
datas

3.2 Resultados (informação mínima necessária)

Parâmetroa Resultados
Carga aplicada Detalhes da carga
Construção de apoio
Capacidade de carga Resultado
Método de ensaio, Integridade Resultado
número e data do
primeiro relatório Isolação térmica Resultado
Redução da radiação térmica Resultado
Ação mecânica Resultado
Fechamento automático Resultado
Outros parâmetros apropriados Resultado
Carga aplicada Detalhes da carga
Construção de apoio
Capacidade de carga Resultado
Integridade Resultado
Segundo relatório
Isolação térmica Resultado
(se apropriado)
Redução da radiação térmica Resultado
Ação mecânica Resultado
Fechamento automático Resultado
Outros parâmetros apropriados Resultado
a Somente incluir na tabela os parâmetros apropriados.

4 Classificação e campo direto de aplicação


4.1 Referência da classificação

Esta classificação foi executada de acordo com a ABNT NBR 16945: 2021, Seção 7.

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4.2 Classificação

O elemento, nome do produto como descrito pelo solicitante do ensaio, é classificado de acordo com
o exemplo das seguintes combinações de parâmetros de desempenho e classes, como apropriado.

R E I W t – M C S Cl sn fe r G

Classificação da resistência ao fogo: classificação

4.3 Campo direto de aplicação

Essa classificação é válida para os seguintes usos e aplicações:

(incluir referências às Normas ABNT aplicáveis, caso disponível, ou outras referências).

5 Limitações
Este documento não representa uma homologação ou certificação do produto.

ASSINATURA

Assinatura e cargo da pessoa responsável pela classificação

APROVAÇÃO

Assinatura e cargo da pessoa autorizando a classificação

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Anexo B
(informativo)

Apresentação dos dados de caracterização e seus campos de aplicação


para produtos e sistemas para proteção de elementos estruturais
ou suas partes

B.1 Geral
O documento de classificação está apresentado em A.2, exceto para os itens em f) e j) que devem ser
substituídos pelos itens especificados neste Anexo, dependendo do tipo de proteção. Também não
devem ser apresentados resultados detalhados para cada corpo de prova, conforme g).

B.2 Dados de caracterização para membranas verticais de proteção


A seguir são apresentados os dados de caracterização concernentes a membranas verticais de
proteção:

a) Especificação dos membros estruturais verticais ensaiados:

— pilares de aço;

— pilares de concreto;

— pilares mistos de aço preenchidos com concreto;

— pilares de madeira;

— pilares de alumínio.

b) Apresentação dos dados:

Deve ser feito um gráfico de todas as medições significativas de temperaturas pontuais e médias,
como definido no método de ensaio, que será usado para classificação e extensão dos resultados
de ensaio.

c) Apresentação dos dados de caracterização:

Os dados de caracterização para membranas de proteção vertical são apresentados como


mostrado na Tabela B.1.

A Tabela B.1 é baseada nas curvas de temperatura, como especificado no método de ensaio.

A Tabela B.1 também indica o critério correspondente para membranas verticais de proteção.

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Tabela B.1 – Dados de caracterização para membros verticais


Temperatura- Temperatura Tempo Tempo
Material limite limite para atingir para atingir
com o qual especificada especificada Critério
temperatura temperatura
o pilar foi (minutos)
(cavidade) (superfície) (cavidade) (superfície)
construído
(ºC) (ºC) (minutos) (minutos)
R E I
Concreto *** ***
Aço *** ***
Compósito
de concreto *** ***
e aço
Madeira *** - -

d) Limitação do campo direto de aplicação:

— limitações gerais;

— tipo de vedação oposta à membrana vertical ensaiada: a aplicação dos resultados está
limitada às vedações com igual ou menor potencial de isolação térmica;

— profundidade mínima da cavidade;

— exemplos de limitações específicas:

● para pilares de aço e de alumínio: máximo fator de forma;

● para pilares de concreto: dimensões mínimas da seção transversal;

● para pilares mistos de aço preenchidos com concreto: dimensões mínimas da seção
transversal;

● para todos os elementos que contém concreto: tipo do concreto;

e) apresentação dos dados para o propósito dos cálculos.

B.3 Dados de caracterização para proteção aplicada a membros de concreto


A seguir são apresentados os dados de caracterização concernentes a proteções aplicadas a membros
de concreto:

a) Especificação dos elementos ensaiados:

— ensaios em grandes lajes de concreto:

— ensaios em vigas de concreto:

— ensaios adicionais em lajes de concreto de pequenas dimensões;

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b) apresentação dos dados;

Um gráfico de todas as medidas significativas de temperaturas individuais e médias é dado,


conforme definido no método de ensaio, e usado para classificação e extensão dos resultados
de ensaio.

c) Apresentação dos dados de caracterização para lajes de concreto e vigas;

Para cada espessura dp da proteção contra incêndio ensaiada, devem ser feitos gráficos da
temperatura característica medida x profundidade d com o membro concreto de ensaio com
intervalos de 30 min, para cada conjunto de termopares como definido no método de ensaio,
como mostrado na Figura B.1.

A partir dessa informação, a profundidade dθ, na qual séries de temperaturas críticas, θcrit, de,
por exemplo, 300 °C, 350 °C, 400 °C, 450 °C, 500 °C, 550 °C, 600 °C e 650 °C são observadas,
é registrada com intervalo de 30 min.

Os valores de dθ são colocados em um gráfico da espessura do sistema de proteção contra


incêndio.

Os resultados do gráfico são unidos com uma linha reta como apresentado na Figura B.2.

d) Limitações do campo direto de aplicação.

Limites de densidade do concreto: ...≤ ρ ≤ ...

Os resultados são limitados para os seguintes graus de resistência do concreto: ...

Espessura mínima da laje: ...

Largura mínima da viga: ...

Limitações ao uso de agentes desmoldantes e/ou limpeza com jatos de areia superficiais.

e) Apresentação dos dados de espessura equivalente para lajes e vigas de concreto protegidas.

Os valores de espessura equivalente para cada espessura de proteção contra incêndio ensaiada
são dados para intervalos de 30 min.

dp Tempo 30 60 90 120 150 240


dpmín
dpmáx

B.4 Dados de caracterização para proteção aplicada em elementos de aço


A seguir são apresentados os dados de caracterização concernentes a proteções aplicadas a
elementos de aço:

a) Especificação dos elementos ensaiados:

O número de corpos de prova ensaiados depende do procedimento de avaliação de desempenho


térmico utilizado.

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b) apresentação dos dados:

Um gráfico de todas as medidas significativas de temperaturas individuais e médias é dado,


conforme definido no método de ensaio, e usado para classificação e extensão dos resultados
de ensaio.

c) Apresentação dos dados de caracterização:

A avaliação térmica produz uma série de tabelas e gráficos relativos aos períodos de resistência
ao fogo de 15 min, 30 min, 45 min, 60 min, 120 min, 180 min e 240 min. Cada tabela ou gráfico
mostra a espessura mínima requerida no material de proteção contra incêndio a fim de garantir que
as temperaturas de projeto de 350 °C, 400 °C, 450 °C, 500 °C, 550 °C, 600 °C, 650 °C, 700 °C,
750 °C e maiores caso necessário não serão excedidas em membros de aço com fatores de forma em
intervalos de 20 m-1. Um exemplo de apresentação dessa informação é dado na Tabela B.2.

Temperatura
350 400 450 500 550 600 650 700 >700
de projeto
Fator de Espessura do material de proteção a fim de manter a temperatura abaixo da
forma temperatura de projeto
40
60
80
100
120
140
160
180
200
220
240
260
280
300
320
340
360
380
400

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Demais apresentações dos dados de caracterização dependem da avaliação do procedimento


utilizado:

d) para um método que envolve equação diferencial, quando usada, a variação da condutividade
térmica efetiva como função da temperatura, juntamente com valores de Cp e ρproteção usada
como base para o cálculo da condutividade térmica efetiva. Valores do coeficiente de modificação,
método λ variável, ou valores modificados de Co método de λ constante, como especificado no
método de ensaio;

e) para uma análise numérica, quando usada, a equação da regressão linear incluindo os coeficientes
da regressão modificada;

f) para métodos de apresentação gráfica, apresentações que incluem:

— para uma dada temperatura de projeto, o tempo até se atingir essa temperatura como função
do fator de forma e para diferentes espessuras do material de proteção, conforme Figura B.3;

— para períodos específicos de resistência ao fogo, a temperatura de projeto como função


do fator de forma e para diferentes espessuras do material de proteção contra incêndio,
conforme Figura B.4.

g) Limites de aplicabilidade:

— extensão de espessuras da proteção contra incêndio dpmín ≤ dp ≤ dpmáx;

— extensão de fatores de forma das seções de aço: ... ≥ Pseção/Aseção ≥ ...;

— temperatura máxima de projeto: ...;

— período máximo de proteção contra incêndio;

— aplicabilidade a outras seções de aço que não sejam perfis “I” ou “H”;

— qualquer outra limitação.

B.5 Dados de caracterização para proteção aplicada em membros mistos de


aço/concreto
A seguir são apresentados os dados de caracterização concernentes a proteções aplicadas a
elementos mistos de aço/concreto:

a) Ensaios a serem executados:

— um ensaio em larga escala com a espessura máxima da proteção;

— um ensaio em pequena escala com a espessura mínima da proteção;

— qualquer ensaio adicional em pequena escala.

b) apresentação dos dados

Um gráfico de todas as medidas significativas de temperaturas individuais e médias é dado,


conforme definido no método de ensaio, e usado para classificação e extensão dos resultados
de ensaio.

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c) apresentação dos dados de caracterização:

São fornecidos os seguintes dados:

— o tempo medido para que a temperatura característica do perfil de aço alcance 350 °C para
cada espessura do material de proteção contra incêndio ensaiada;

— o traçado do gráfico do tempo medido para o perfil de aço atingir 350 °C versus a espessura
do material de proteção contra incêndio, entre sua espessura mínima e máxima e em todas
as espessuras intermediárias por interpolação, conforme Figura B.5;

— os valores e a curva da espessura equivalente heq de concreto para cada espessura do


material de proteção contra incêndio entre a espessura máxima e a mínima, conforme Figura
B.6;

— os valores e a curva do tempo-limite de exposição para cada espessura do material de


proteção contra incêndio entre a espessura máxima e mínima.

d) Limites de aplicabilidade:

— espessura mínima da lâmina perfilada de aço;

— largura máxima da nervura (lpt) na qual o material de proteção contra incêndio é diretamente
ligado;

— altura máxima da nervura (h2);

— limitações quanto ao tipo de perfil;

— densidade mínima do concreto;

— densidade máxima do concreto;

— classes de resistência do concreto;

— tipo(s) de concreto;

— espessura mínima efetiva da laje de concreto;

— qualquer outra limitação.

B.6 Dados de caracterização para proteção aplicada em pilares de aço


preenchidos com concreto
A seguir são apresentados os dados de caracterização concernentes a proteções aplicadas a pilares
de aço preenchidos com concreto:

a) ensaios a serem executados:

— um pilar carregado de tamanho real com espessura mínima;

— um pilar não carregado em pequena escala com máxima espessura;

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— qualquer pilar adicional não carregado e em pequena escala.

b) apresentação dos dados

Um gráfico de todas as medidas significativas de temperaturas individuais e médias é dado,


conforme definido no método de ensaio, e usado para classificação e extensão dos resultados
de ensaio.

c) Apresentação dos dados de caracterização:

— o tempo medido para que a temperatura característica da superfície do aço do pilar chegue a
qualquer ponto-limite definido no método de ensaio para qualquer espessura do material de
proteção contra incêndio ensaiada;

— o traçado do gráfico do tempo medido para que a temperatura característica da superfície do


aço no pilar chegue a qualquer ponto-limite definido no método de ensaio versus a espessura
do material de proteção entre os valores de espessura máxima e mínima e em todos os
pontos intermediários, conforme Figura B.7;

d) limites de aplicabilidade:

— classificação mínima do aço: ...;

— espessura mínima da parede: ...;

— seção transversal mínima:

— para seções retangulares: largura mínima: ...;

— para seções circulares: diâmetro mínimo: …;

— densidade mínima do concreto: ...;

— densidade máxima do concreto: ...;

— classes de resistência do concreto: ...;

— tipo(s) de concreto: ...;

— qualquer outra limitação: ...

B.7 Dados de caracterização para proteção aplicada a membros de madeira


A seguir são apresentados os dados de caracterização concernentes a proteções aplicadas a membros
de madeira:

a) Especificação dos elementos ensaiados.

Uma série de três ensaios é definida como função da aplicação que se pretende para os resultados
de ensaio:

— resultados a serem aplicados a pisos e vigas;

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— resultados a serem aplicados somente a pisos;

— resultados a serem aplicados somente a vigas;

b) Apresentação dos dados

c) Apresentação dos dados de caracterização.

Um gráfico de todas as medidas significativas de temperaturas individuais e médias é dado, conforme


definido no método de ensaio, e usado para classificação e extensão dos resultados de ensaio.

São dados os valores característicos do tempo de início de carbonização e da taxa de carbonização


para corpos de prova carregados e não carregados, para cada espessura do sistema de proteção
contra incêndio ensaiado.

d) Limites de aplicabilidade:

— espessura mínima e máxima da proteção: ...;

— orientação da proteção: ...;

— classe da madeira: ...;

— largura mínima da madeira: ...;

— largura máxima da madeira: ...;

— tempo de duração máximo do incêndio: ...;

— qualquer outra limitação: ...

a) ensaio com espessura mínima de proteção dp (mm)

Figura B.1 – Curvas das temperaturas x profundidade no concreto (para espessura mínima
e máxima de proteção contra incêndio) (continua)

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b) ensaio com espessura máxima de proteção dp (mm)


Figura B.1 (conclusão)

Figura B.2 – Curvas da espessura de proteção contra incêndio  profundidade dp no concreto

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Figura B.3 – Curvas do tempo para se atingir θD fator de forma (1)  temperatura de projeto (2)

Figura B.4 – Curvas de θD  fator de forma (1)

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Figura B.5 – Relação da espessura de proteção (1) e tempo de resistência ao fogo (2) para
lâminas de aço perfiladas

Figura B.6 – Determinação da espessura equivalente do concreto (2) para espessuras de


proteção contra incêndio intermediárias (1)

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Figura B.7 – Curvas de temperatura crítica em pilares de aço preenchidos com concreto –
Tempo de resistência ao fogo (2)  espessura de proteção (1)

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Bibliografia

[1] ABNT NBR 14323, Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de
edifícios em situação de incêndio

[2] ABNT NBR 15200, Projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio

[3] EN 1363-1:2012, Fire resistance tests – Part 1: General Requirements

[4] EN 1990: Eurocode – Basis of structural design

[5] EN 1992-1-2, Eurocode 2: Design of concrete structures – Part 1-2: General rules – Structural
fire design

[6] EN 1993-1-2, Eurocode 3: Design of steel structures – Part 1-2: General rules – Structural fire
design

[7] EN 1994-1-2, Eurocode 4:Design of composite steel and concrete structures – Part 1-2: General
rules – Structural fire design

[8] EN 1995-1-2, Eurocode 5: Design of timber structures – Part 1-2: General – Structural fire design

[9] EN 1996-1-2, Eurocode 6: Design of masonry structures – Part 1-2: General rules – Structural
fire design

[10] EN 1999-1-2, Eurocode 9: Design of aluminium structures – Part 1-2: Structural fire design

[11] EN 13501-2:2016, Fire classification of construction products and building elements. Classification
using data from fire resistance tests, excluding ventilation services

[12] EN 13381-1, Test methods for determining the contribution to the fire resistance of structural
members – Part 1: Horizontal protective membranes

[13] ISO 13943, Fire safety – Vocabulary

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