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NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 7212
Terceira edição
22.04.2021

Concreto dosado em central — Preparo,


fornecimento e controle
Ready-mixed
Ready-mixed concrete — Preparation, supply and control 

   )
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   i ICS 91.100.30 ISBN 978-65-5659-931-1
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   l 25 páginas
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© ABNT 2021
 

ABNT NBR 7212:2021

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   l © ABNT 2021
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  e Todos os direitos reservados. A menos
menos que especicado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser
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reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microlme, sem permissão por
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   t escrito da ABNT.
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  r  Av.. Treze de Maio, 13 - 28º
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ii © ABNT 2021 - Todos
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ABNT NBR 7212:2021

Sumário Página

Prefácio ...............................................................................................................................................vi
1 Escopo ..................................
......................................................................
........................................................................
..........................................................
......................11
2 Referências normativas .................................
.....................................................................
....................................................................
................................ 1
3 Termos e deniçõedenições s ...........................................................................................................2
4 Equipamentos....................................
........................................................................
.......................................................................
.............................................
..........55
4.1 Centrais misturadoras – Tipo I ...................................
.......................................................................
.......................................................
...................55
4.2 Centrais dosadoras – Tipo II ................................
...................................................................
.............................................................
.......................... 5
4.3 Centrais dosadoras – Tipo III ...............................
...................................................................
.............................................................
......................... 5
4.4 Centrais dosadoras – Tipo IV ...............................
...................................................................
.............................................................
......................... 5
4.5 Equipamentos para transporte ..................................
......................................................................
.......................................................
...................66
5 Requisitos gerais ..............................
..................................................................
........................................................................
.............................................
.........77
5.1 Calibração dos equipamentos de medição  .....................................................................7
5.2 Recebimento e controle de qualidade dos materiais constituintes do concreto ........ ........77
   ) 5.3 Manuseio e armazenamento dos materiais constituintes do concreto ........................ 7
   1
   2 5.3.1 Agregados....................................
........................................................................
.......................................................................
...................................................
................88
   0
   2
   /
   9
   0
   / 5.3.2 Cimento ..................................
.....................................................................
.......................................................................
..........................................................
......................88
   3
   0
  :
5.3.3 Água ................................
....................................................................
.......................................................................
................................................................
............................. 8
  o
  s
  s 5.3.4 Aditivos ..................................
.....................................................................
.......................................................................
..........................................................
......................88
  e
  r
  p 5.3.5 Outros materiais constituintes do concreto – Adições ..................................................8
  m
   I
   2 5.4 Estudo de dosagem do concreto................................
...................................................................
......................................................
...................88
   4
   8
   7
   0
5.5 Dosagem dos materiais constituintes do concreto no preparo ................................. ....................................
...99
   8
  o 5.5.1 Agregados....................................
........................................................................
.......................................................................
...................................................
................99
   d
   i
   d
  e 5.5.2 Cimento ..................................
.....................................................................
.......................................................................
..........................................................
......................99
   P
   (
   1
5.5.3 Água ................................
....................................................................
.......................................................................
..............................................................
...........................10 10
   4
  -
   1
   0
5.5.4 Aditivos ..................................
.....................................................................
.......................................................................
........................................................
....................10 10
   0
   0
   / 5.5.5 Outros materiais constituintes do concreto .................................
..................................................................
................................. 10
   3
   8
   4
 .
5.6 Mistura....................................
.......................................................................
.......................................................................
........................................................
....................10 10
   6
   7 5.6.1 Mistura parcial na central e complementaçã complementação o na obra .................................................
................................... ..............1010
 .
   8
   0
  -
5.6.2 Adição suplementar de água  ..........................................................................................11
  a
   d
   t
5.6.3 Adição suplementar de aditivo  .......................................................................................11
   l
  s 5.7 Período de tempo para transporte, lançamento e adensamento do concreto ........... .......... 11
  e
  o
  c
  u
  r
   t
5.7.1 Período de tempo de transporte .................................
....................................................................
....................................................
................. 11
  s
  n
  o
5.7.2 Período de tempo para operações de lançamento e adensamento do concreto .....  ....... 11
  c
  a
  c
5.8 Temperaturas e condiçõe condições s climátic
climáticas as ............................................................................12
  r
  -
  o
5.8.1 Temperatura do concreto ..............................
..................................................................
..................................................................
.............................. 12
  v
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  u
5.8.2 Temperatura ambiente ...................................
.......................................................................
..................................................................
.............................. 12
   l
  c
  x
  e
5.8.3 Vento e umidade relativa do ar ..................................
......................................................................
.....................................................
.................12 12
  o
  s
  u
5.9 Resíduos de lavagem dos equipamentos de transporte e mistura ............................. 12
  a
  r 5.9.1 Reuso de água ...................................
.......................................................................
.......................................................................
...........................................
........1212
  a
  p
  r
  a
5.9.2 Reuso de agregados recuperados por lavagem ................................ ...........................................................
........................... 12
   l
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  m 5.9.3 Estabilização e reuso do resíduo de lavagem do balão ...............................................13
  e
  x
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ABNT NBR 7212:2021

5.10 Reuso de concreto fresco retornado ...............................


..................................................................
..............................................
...........1313
6 Requisitos especícos  ....................................................................................................14
6.1 Certicação das empresas de serviços de concretagem  ............................................14
6.2 Pedido do concreto .................................
.....................................................................
........................................................................
...................................... 14
6.2.1 Pedido pela resistência característic
característica
a do concreto à compressão e outras

especicações ..................................................................................................................14
6.2.2 Pedido pela composição do traço .................................................................................15
6.2.3 Especicação das classes de consistência ou de espalhamento do concreto .........
........ 15
6.3 Entrega do concreto ................................
...................................................................
.......................................................................
...................................... 16
6.3.1 Local e programação de entrega ....................................................................................16
6.3.2 Unidade de entrega .................................
.....................................................................
........................................................................
...................................... 16
6.3.3 Vericação do volume  .....................................................................................................16
6.3.4 Volume mínimo de entrega por viagem .................................
....................................................................
........................................
.....17
17
6.3.5 Volume máximo de entrega por viagem.................................
....................................................................
........................................
.....17
17
6.3.6 Fração de volume/massa de entrega por viagem .........................................................17
   )
   1
6.3.7 Aceitação do concreto fresco .........................................................................................17
   2
   0
   2
6.3.8 Operações subsequentes ................................................................................................17
   /
   9
   0
   / 6.4 Documento de entrega ..................................
.....................................................................
..................................................................
............................... 17
   3
   0 6.5 Carta de traço   ...................................................................................................................18
  :
  o
  s
  s
  e
7 Controle do processo de dosagem da central ...................................
..............................................................
........................... 18
  r
  p 7.1 Concreto com desvio-padrão desconhecido  ................................................................18
  m
   I
   2
   4 7.2 Concreto com desvio-padrão conhecido por análise estatística ................................18
   8
   7
   0 7.2.1 Amostragem ................................
...................................................................
.......................................................................
..................................................
..............1818
   8
  o
   d
7.2.2 Formação da amostra  ......................................................................................................19
   i
   d
  e 7.2.3 Cálculo do desvio-padrão  ...............................................................................................20
   P
   (
   1 7.2.4 Coeciente de variação dentro do ensaio  .....................................................................21
   4
  -
   1
   0 8 Análise do processo ...............................
...................................................................
........................................................................
...................................... 21
   0
   0
   /
   3
8.1 Análise do coeciente de variação dentro do ensaio...................................................21
 ...................................................21
   8
   4
 . 8.2 Análise do desvio-padrão ................................................................................................21
   6
   7
 . 8.3 Análise da resistência do preparo ...................................
.......................................................................
...............................................
...........2222
   8
   0
  - 8.3.1 Geral ................................
...................................................................
.......................................................................
...............................................................
........................... 22
  a
   d
   t
   l 8.3.2 Análise por família ou de todo concreto produzido na central .................................. .................................... 22
  s
  e
  o
8.3.3 Análise por classe de resistência ....................................
........................................................................
...............................................
...........2222
  c
  u
  r
   t Anexo A (normativo) Moldagem remota .........................................................................................23
  s
  n
  o
  c
A.1 Requisitos ...................................
.......................................................................
.......................................................................
..................................................
...............2323
  a A.1.1 Tipos de concreto ...................................
.......................................................................
........................................................................
...................................... 23
  c
  r
  -
  o
  v
A.1.2 Momento da coleta da amostra..................................
.....................................................................
.....................................................
..................2323
   i
  s A.1.3 Recipiente de transporte ...............................
...................................................................
..................................................................
.............................. 23
  u
   l
  c
  x A.1.4 Transporte da amostra...................................
......................................................................
..................................................................
............................... 23
  e
  o
  s
  u A.1.5 Entrega da amostra, preparo e moldagem ..................................
....................................................................
.................................. 23
  a
  r
  a
  p A.1.6 Tempo de preparo da amostra ...................................
......................................................................
.....................................................
..................23
23
  r A.2 Critérios de descarte de amostras .................................
.....................................................................
...............................................
...........23
23
  a
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A.2.1 Falhas em processos .......................................................................................................24
  x
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ABNT NBR 7212:2021

A.2.2 Perda de trabalhabilidade da amostra  ...........................................................................24


A.2.3 Elevação da temperatura da amostra.............................................................................24
 .............................................................................24
A.3 Implantação do processo de moldagem remota ...........................................................24
Bibliograa  .........................................................................................................................................25

Tabelas
Tabela 1 – Tipos de centrais de concreto .........................................................................................6
Tabela 2 – Requisitos e limites para caminhões-betoneiras de centrais dosadoras ........ ...............
............6
.....6
Tabela 3 – Classes de consistência para concreto de consistência normal ...............................15
Tabela 4 – Classes de espalhamento para concreto autoadensável ............................................
.............................. ..............16
16
Tabela 5 – Frequência de amostragem
amostrage m.................................
.....................................................................
...........................................................
.......................19
19
Tabela 6 – Critérios de amostragem ................................................................................................19
Tabela 7 – Coeciente de variação dentro do ensaio ( CV e) ..........................................................21
Tabela 8 – Desvio-padrão do processo  ...........................................................................................22

   )
   1
   2
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ABNT NBR 7212:2021

Prefácio

 A Associação Brasileira
Brasileira de Normas
Normas Técnicas
Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional
Nacional de Normalização.
Normalização. As Normas
Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabil
responsabilidade
idade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

 A ABNT chama a atenção


atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
   )
   1
   2
   0
   2
   /
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
   9
   0
   / Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
   3
   0
  :
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
  o
  s
  s
  e
  r  A ABNT NBR 7212 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados
  p
  m
   I
(ABNT/CB-018), pela Comissão de Estudo de Concreto Dosado em Central (CE-018:300.010) .
   2
   4
O Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 02, de 02.02.2021
   8
   7 a 03.03.2021.
   0
   8
  o
   d
   i
   d
7212:2021 cancela e substitui a ABNT 7212:2012
 A ABNT NBR 7212:2021 7212:2012, a qual foi tecnicamente revisada.
  e
   P
   (
   1
   4
O Escopo em inglês da ABNT NBR 7212 é o seguinte:
  -
   1
   0
   0
   0
   /
   3
   8
   4
Scope
 .
   6
   7
 . This Standard establishes the requirements for the production of concrete dosed in a plant, including
   8
   0 quality control of the constituent materials, dosing, mixing, transport and delivery of the concrete,
  -
  a as well as the control and analysis operations of its production process.
   d
   t
   l
  s
  e
  o This Standard also applies, as appropriate, to cases in which the contractor has a concrete plant.
  c
  u
  r
   t
  s
  n NOTE In this Standard, the expression “concrete” refers to concrete dosed in a plant, unless otherwise
  o
  c
  a
specied.
  c
  r
  -
  o
  v
   i
  s
  u
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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 7212:2021

Concreto dosado em central — Preparo, fornecimento e controle

1 Escopo

Esta Norma estabelece os requisitos para o preparo de concreto dosado em central, incluindo controle
da qualidade dos materiais constituintes, dosagem, mistura, transporte e fornecimento do concreto,
bem como para as operações de controle e análise do seu processo de preparo.
Esta Norma aplica-se ainda, no que couber, aos casos em que a executante da obra dispõe de central
de concreto.

NOTA Nesta Norma, a expressão “concreto” se refere ao concreto dosado em central, salvo indicações
em contrário.

2 Referências normativas
   )
   1 Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
   2
   0
   2
   / constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
   9
   0
   / citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
   3
   0
  : (incluindo emendas).
  o
  s
  s
  e
  r  ABNT NBR 5671,
5671, Participação dos intervenientes em serviços e obras de engenharia e arquitetura
  p
  m
   I
   2
   4  ABNT NBR 5738,
5738, Concreto – Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova
   8
   7
   0
   8
  o
 ABNT NBR 8953:2015, Concreto para ns estruturais – Classicação pela massa especíca, por
   d
   i grupos de resistência e consistência
   d
  e
   P
   (
   1  ABNT NBR 9833, Concreto fresco – Determinação da massa especíca, do rendimento e do teor
   4
  -
   1 de ar pelo método gravimétrico
   0
   0
   0
   /
   3
   8
 ABNT NBR 11768-1,
11768-1, Aditivos químicos para concreto de cimento Portland – Parte 1: Requisitos
   4
 .
   6  ABNT NBR 12655:2015,
12655:2015, Concreto de cimento Portland – Preparo, controle, recebimento e aceitação
   7
 .
   8
   0  – Procedimento
Procedimento
  -
  a
   d
   t
   l  ABNT NBR 12821,
12821, Preparação de concreto em laboratório – Procedimento
  s
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  o
  c
  u
  r
 ABNT NBR 14931,
14931, Execução de estruturas de concreto – Procedimento
   t
  s
  n
  o  ABNT NBR 15823-1, Concreto autoadensável – Parte 1: Classicação, controle e recebimento
  c
  a
  c
  r no estado fresco
  -
  o
  v
   i
  s  ABNT NBR 15823-2, Concreto autoadensável – Parte 2: Determinação do espalhamento, do tempo
  u
   l
  c
  x
de escoamento e do índice de estabilidade visual – Método do cone de Abrams
  e
  o
  s
  u  ABNT NBR 15900-1,
15900-1, Água para amassamento do concreto – Parte 1: Requisitos
  a
  r
  a
  p  ABNT NBR 16886,
16886, Concreto – Amostragem de concreto fresco
  r
  a
   l
  p
  m
  e
 ABNT NBR 16889,
16889, Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone
  x
   E
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3 Termos e denições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e denições.
3.1
aceitação do concreto endurecido
ato pelo qual se constata, mediante ensaios ou outras vericações, o atendimento às especicações
e às exigências do pedido, conforme a ABNT NBR 12655
3.2
caminhão-betoneira
veículo dotado de dispositivo que efetua a mistura e mantém a homogeneidade do concreto por
simples agitação
3.3
carta de traço
documento emitido pela empresa de serviços de concretagem ou pelo prossional técnico responsável
contratado pelo solicitante, que especica a composição do concreto, os parâmetros e as especicações
técnicas solicitadas pelo contratante
   )
   1
   2
   0
   2
3.4
   /
   9
   0
   / central de concreto
   3
   0 instalações onde se efetuam as operações de recebimento, estocagem e dosagem dos materiais
  :
  o
  s
constituintes do concreto e, conforme o caso, mistura do concreto
  s
  e
  r
  p 3.4.1
  m
   I
   2 central dosadora de concreto
   4
   8
   7 central de concreto onde a mistura ocorre em caminhões-betoneira
caminhões-betoneira
   0
   8
  o
   d
   i 3.4.2
   d
  e
   P
central misturadora de concreto
   (
   1 central de concreto onde a mistura ocorre em equipamento misturador estacionário
   4
  -
   1
   0 3.5
   0
   0
   /
   3 central operando em condição contínua
   8
   4
 . central que opera de forma continuada
   6
   7
 .
   8
   0
NOTA Quando a central opera em condição contínua, ela dispõe de dados para avaliação estatística
  - do processo.
  a
   d
   t
   l
  s
  e 3.6
  o
  c central operando em condição inicial
  u
  r
   t
  s
  n
central que inicia a operação ou retoma as operações após uma paralisação
  o
  c
  a
  c
NOTA Quando a central opera em condição inicial, ela não dispõe de dados que permitam uma avaliação
  r
  - estatística do processo.
  o
  v
   i
  s
  u
   l
  c
3.7
  x concreto dosado em central
  e
  o
  s
  u
concreto dosado em instalações especícas, em central instalada em canteiro de obra ou indústria,
  a
  r misturado em caminhão-betoneira ou equipamento estacionário, transportado por equipamento
  a
  p dotado ou não de agitação, para entrega antes do início de pega do concreto, em local e tempo
  r
  a
   l
  p
determinados,
determinado s, para que se processem as operações subsequentes
subsequentes à entrega, necessárias à obtenção
  m
  e de um concreto endurecido com as propriedades especicadas
  x
   E
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3.8
concreto retornado
concreto que retorna da obra em quantidades maiores que 450 kg ou 0,2 m³ e que apresenta condições
condiçõ es
técnicas de ser reaproveitado em uma nova entrega

3.9
contratante dos serviços
entidade, empresa de concretagem
ou pessoa, conforme a ABNT NBR 5671, responsáve
responsávell pelas seguintes atribuições:

a) contratação dos serviços de concretagem

b) emissão dos pedidos de concreto

c) programação de entrega do concreto

d) aceitação do concreto


concreto fresco mediante
mediante a vericação da concordância
concordância das
das características
e do volume do concreto pedido e do concreto entregue

e) recebimento nal do concreto


   )
   1
   2
   0
   2
3.10
   /
   9
   0
   / desvio-padrão por resistência transposta
   3
   0 parâmetro para avaliação do processo do preparo de uma central de concreto, utilizando-se a média
  :
  o
  s
das resistências transpostas de determinado período ou agrupamento
  s
  e
  r
  p
  m
3.11
   I
   2
   4
documento de entrega do concreto
   8
   7 documento que acompanha cada viagem de concreto, contendo as informações obrigatórias pelos
   0
   8 dispositivos legais vigentes e informações técnicas
  o
   d
   i
   d
  e
   P
3.12
   (
   1 dosagem
   4
  -
   1 proporcionamento em massa ou em volume dos materiais para obtenção do concreto
   0
   0
   0
   /
   3
   8
3.13
   4
 . empresa de serviços de concretagem
   6
   7
 . empresa regularizada perante os órgãos públicos que conta com um prossional responsável pela
   8
   0
  -
tecnologia do concreto e pelos serviços de concretagem
  a
   d
   t
   l 3.14
  s
  e
  o
  c
entrega do concreto fresco
  u
  r fornecimento do concreto fresco
   t
  s
  n
  o
conjunto de ações que incluem a programação e o fornecimento do concreto fresco em um único
  c
  a evento de concretagem
  c
  r
  -
  o
  v
   i
3.15
  s
  u
   l equipamento não dotado de agitação
  c
  x
  e veículo ou dispositivo utilizado para o transporte de concretos não segregáveis
  o
  s
  u
  a
  r
3.16
  a
  p estudo de dosagem
  r
  a
   l caracterização e análise dos materiais utilizados, bem como proporcionamento destes para denição
  p
  m da composição do concreto
  e
  x
   E
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3.17
evento de concretagem
volume total de concreto solicitado pelo contratante para um único local de concretagem, entregue
de forma contínua, conforme a programação de entrega do concreto
3.18

famíliade
grupo detraços
concreto
de concreto para o qual uma relação conável entre as propriedades relevantes
é estabelecida e documentada
NOTA Normalmente, uma família de concreto compreende concretos preparados em uma mesma
central, que apresentam consistência dentro de
d e um mesmo intervalo, elaborados com cimento de mesmo
m esmo tipo
e classe de resistência, e provenientes de um único fabricante e de uma única fábrica, contendo agregados
de uma mesma origem geológica, tipo e dimensões. Quando aditivos químicos, metacaulim ou sílica ativa
são usados, as novas composições do concreto podem formar famílias separadas.

3.19
lastro de concreto
sobra de concreto misturada com água que retorna da obra em quantidades menores que 450 kg
   )
   1
ou 0,2 m³
   2
   0
   2
   /
   9
   0 3.20
   /
   3 moldagem remota
   0
  :
  o
metodologia de controle
contro le de preparação do concreto por amostragem
amostrage m do concreto em obra e moldagem
  s
  s
  e
dos corpos de prova na central de concreto
  r
  p
  m
   I 3.21
   2
   4
   8 pedido do concreto
   7
   0
   8
descrição das propriedades e parâmetros solicitados para o concreto nos estados fresco e endurecido,
  o
   d
como resistência característica à compressão, consistência,
consistência, dimensão máxima do agregado, classe
   i
   d
  e de agressividade ambiental e demais propriedades, de acordo com o projeto e com as condições
   P
   ( de aplicação
   1
   4
  -
   1
   0
   0
3.22
   0
   / programação de entrega do concreto
   3
   8
   4
 .
denição do local e do horário de entrega, intervalo entre as viagens, referência às características
   6 do concreto especicadas no pedido e no contrato, e volume para o evento de concretagem
   7
 .
   8
   0
  - 3.23
  a
   d
   t
   l resistência transposta
  s
  e resistência de referência adotada, somada com a diferença existente entre o valor da resistência real
  o
  c
  u
  r
obtida e a resistência de dosagem prevista
   t
  s
  n
  o
  c 3.24
  a serviços de concretagem
  c
  r
  -
  o
ações próprias do fornecedor de concreto, como dosagem, mistura, transporte e entrega do concreto
  v
   i
  s conforme o pedido do contratante
  u
   l
  c
  x
  e 3.25
  o
  s vericação e recebimento do concreto fresco
  u
  a
  r ações próprias do contratante pelas quais se constata o atendimento às especicações
especicações e exigências
  a
  p
  r do pedido, aprovação do documento de entrega e vericação do volume programado, mediante
  a
   l
  p ensaios ou outras vericações, por ocasião da entrega e do recebimento do concreto fresco, conforme
  m
  e a ABNT NBR 12655
  x
   E
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3.26
viagem
termo que designa a quantidade de concreto entregue de uma só vez em um único veículo
ou equipamento

4 Equipamentos
Os equipamentos instalados em uma central delimitam a sua capacidacidade produtiva e podem
inuenciar na uniformidade do concreto preparado. O volume de concreto preparado em cada
amassada deve obedecer às especicações do fabricante frente à capacidade mínima e máxima
de mistura e transporte.

Em 4.1 a 4.4 são descritos os principais tipos de equipamentos utilizados no preparo de concreto
dosado em central.

4.1 Centrais misturadoras – Tipo I

   )
O cimento é armazenado em silos e dosado em balança própria. Os agregados são armazenados
   1
   2 em caixas individuais, podendo ser dosados separadamente ou de forma cumulativa. Os materiais
   0
   2
   / constituintes do concreto, devidamente dosados em massa, são transferidos para um misturador,
   9
   0
   / na melhor ordem estabelecida em seus procedimentos internos, e, após homogeneização completa,
   3
   0
  : são descarregados em equipamentos de transporte conforme 4.5.
  o
  s
  s
  e
  r
  p
Os equipamentos de mistura devem ser vericados quanto ao desgaste das pás, estanqueidade,
  m
   I velocidade,, tempo e limpeza, a m de assegurar a eciência.
velocidade
   2
   4
   8
   7
   0 4.2 Centrais dosadoras – Tipo II
   8
  o
   d
   i
   d O cimento é armazenado em silos e dosado em balança própria. Os agregados são armazenados
  e
   P
   ( em caixas individuais, podendo ser dosados separadamente ou de forma cumulativa. Depois
   1 de pesados, os materiais são colocados em caminhão-betoneira, de acordo com 4.5, na melhor ordem
   4
  -
   1
   0 estabelecida em seus procedimentos internos e nas quantidades totais tecnicamente determinadas,
   0
   0
   / onde ocorre a mistura.
   3
   8
   4
 .
   6
   7
 . 4.3 Centrais dosadoras – Tipo III
   8
   0
  - O cimento é armazenado em silos e dosado em balança própria. Os agregados são dosados
  a
   d
   t
   l
cumulativamente na balança por meio de pá carregadeira ou equipamento similar, sendo colocados
  s
  e em caminhão-betoneira,
caminhão-betoneira, de acordo com 4.5, na melhor ordem estabelecid
estabelecida
a em seus procedimentos
  o
  c
  u
internos e nas quantidade
quantidadess totais tecnicamente determinadas,
determinadas, onde ocorre a mistura.
  r
   t
  s
  n
  o
  c 4.4 Centrais dosadoras – Tipo IV
  a
  c
  r
  -
  o
O cimento é dosado em sacos e os agregados são dosados cumulativamente na balança por meio
  v
   i
  s de pá carregadeira ou equipamento similar, sendo colocados em caminhão-betoneira, de acordo
  u
   l
  c
  x
com 4.5, na melhor ordem estabelecida em seus procedimentos internos e nas quantidades totais
  e tecnicamente determinadas,
determinadas, onde ocorre a mistura.
  o
  s
  u
  a
  r
  a
  p  A Tabela 1 apresenta,
apresenta, em resumo, os
os tipos de equipamentos
equipamentos mais utilizados
utilizados no preparo
preparo de concreto.
concreto.
  r
  a
   l
  p
  m
  e
  x
   E
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Tabela 1 – Tipos de centrais de concreto


Tipo Equipamento
I Misturador com caixas separadas de agregado e silo de cimento
II Dosador com caixas separadas de agregado e silo de cimento

III Dosador com pesagem direta dos agregados e silo de cimento


IV Dosador com pesagem direta dos agregados e cimento ensacado

Outras congurações de centrais ou combinações dos sistemas descritos podem ser utilizadas,
respeitando os requisitos especicados nesta Norma.

4.5 Equipamentos para transporte


Para os concretos produzidos em centrais misturadoras, admite-se o transporte por caminhão
basculante ou Dumper , desde que, devido às características da mistura e às condições de transporte,
que garantida a não separação das partes constituintes do concreto e que este seja da classe
   ) de consistência S10.
   1
   2
   0
   2
   /
   9
   0 Para as centraisprovido
dosadoras, é utilizado caminhão-betoneira dotado de
   /
   3 eixo inclinado, de chapas helicoidais (facas) que permitem quebalão (tambor)
o concreto rotativo
seja com
misturado
   0
  :
  o
e descarregado quando da mudança do sentido do seu giro. O caminhão-betoneira é utilizado também
  s
  s
  e
para manter em agitação o concreto já preparado nas centrais do Tipo I.
  r
  p
  m
   I
   2
 A vericação quanto à capacidade de mistura do caminhão-be
caminhão-betoneira,
toneira, deve contemplar
contemplar,, além
   4
   8 da sua estanqueidade, a ausência de concreto endurecido aderido às paredes e facas do seu balão,
   7
   0
   8
e os requisitos e limites especicados na Tabela 2. Deve-se atentar também às recomendações
  o
   d
   i
do fabricante para frequência de manutenções preventivas, se for conveniente estabelecer
estabelecer requisitos
   d
  e para as manutenções preditivas e, realizar as manutenções corretivas, quando necessário.
   P
   (
   1
   4
  -
   1
   0
Tabela 2 – Requisitos e limites para caminhões-betoneiras de centrais dosadoras
   0
   0
   /
   3 Requisito Limite
   8
   4
 .
   6  Altura das chapas
chapas helicoidais
helicoidais (facas)   ≥ 280 mm
   7
 .
   8
   0 Espessura de chapas de aço (balão e facas)   ≥ 2 mm
  -
  a
   d
   t
   l Velocidade de mistura do caminhão-betoneira   ≥  12 r/min
  s
  e
  o
  c
  u
  r
   t
NOTA Os requisitos da Tabela 2 podem ser outros, desde que especicados pelo fabricante
  s
  n do equipamento.
  o
  c
  a
  c
  r Para os caminhões-betoneira providos de sistema automatizado de monitoramento de abatimento
  -
  o
  v
ou espalhamento, este deve fornecer informações seguras da consistência do concreto com base
   i
  s
  u
   l
em curvas de correlações preestabelecidas. O dispositivo para medição de água e/ou aditivo deve
  c ter resolução compatível com as variações máximas de quantidade descritas em 5.5.3 e 5.5.4.
  x
  e
  o
  s
O equipamento deve ter controles para evitar a adição de água em limites que excedam os teores
  u máximos previstos na dosagem. O registro das quantidades de água e/ou de aditivos adicionados
  a
  r
  a
  p em cada viagem deve estar disponível no momento da descarga.
  r
  a
   l
  p
  m
  e
  x
   E
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5 Requisitos gerais
Os requisitos gerais para o preparo de concreto devem ser os apresentados nesta Seção, salvo
quando forem estabelecidos requisitos especiais mais restritivos, que, neste caso, têm prioridade,
desde que previamente aceitos pelas partes.

5.1 Calibração dos equipamentos de medição


Os equipamentos de medição utilizados para a dosagem do concreto devem ser calibrados por
empresa de calibração que tenha no mínimo comprovação de rastreabilidade a padrões utilizados por
empresas integrantes da Rede Brasileira de Calibração ou outra rede internacional de acreditação
com a qual o Inmetro mantenha acordo de reconhecimento, e devem estar de acordo com a legislação
vigente [1].

Deve ser efetuada a calibração dos equipamentos ao se instalar a central. Subsequentemente,


devem ser efetuadas calibrações no máximo a cada seis meses ou conforme indicação do fabricante
do equipamento. No caso de reposicionamento
reposicionament o de uma central, deve ser efetuada uma nova calibração
dos equipamentos.

   )
   1 Vericações intermediárias podem ser realizadas nos equipamentos de medição, com padrões
   2
   0
   2
rastreáveis a outros padrões de medição, internacionais ou nacionais, com pessoal devidamente
   /
   9
   0
   / qualicado e de acordo com a periodicidade estabelecida nos procedimentos internos da empresa.
   3
   0
  :
  o
  s
5.2 Recebimento e controle
controle de qualidade dos materiais
materiais constituintes
constituintes do concreto
  s
  e
  r
  p
  m
 A cada
cada recebimento
recebimento de material constituinte
constituinte do concreto
concreto deve ser feita a vericação
vericação da conformidade
conformidade
   I
   2 da entrega com a encomenda. Materiais diferentes daqueles solicitados não podem ser recebidos.
   4
   8
   7
   0
   8  A empresa responsável pela central deve possuir e apresentar
apresentar,, sempre que solicitado, relatórios
  o
   d
   i
atualizados de ensaios referentes ao controle da qualidade dos lotes de materiais constituintes
   d
  e do concreto produzido, conforme a ABNT NBR 12655, respeitando a frequência mínima exigida
   P
   (
   1
ou conforme a frequência estabelecida em seus procedimentos internos, se menor. Os relatórios
   4
  -
   1
de ensaios devem ser fornecidos pelo produtor do insumo e, se possível, acompanhar a respectiva
   0
   0
   0
nota scal. Na falta de resultados de ensaios dos lotes de material fornecido, estes ensaios devem ser
   /
   3
   8
executados pela própria empresa responsável pela central produtora do concreto, em seu laboratório
   4
 . ou em laboratório independente.
   6
   7
 .
   8
   0
NOTA É recomendável que as empresas responsáveis pelo serviço de concretagem rmem cartas
  - de compromisso da qualidade com os seus fornecedores, objetivando a manutenção da homogeneidade
hom ogeneidade das
  a
   d
   t
   l características químicas, físicas ou mecânicas dos materiais constituintes do concreto.
  s
  e
  o
  c
  u
Em caso de alteração das características acordadas de determinado material constituinte,
  r
   t
  s é recomendável que o produtor do insumo informe a mudança à empresa responsável pela central
  n
  o
  c em tempo hábil para a tomada de providências que impeçam a variação na qualidade do concreto
  a
  c
  r
fornecido.
  -
  o
  v
   i
  s 5.3 Manuseio e armazenamento
armazenamento dos materiais constituintes do concreto
  u
   l
  c
  x
  e Os materiais constituintes do concreto devem ser manuseados e armazenados de forma a não
  o
  s
  u
inuenciarem na qualidade do concreto produzido.
  a
  r
  a
  p O armazenamento deve ser feito em locais ou recipientes apropriados, de modo a não permitir
  r
  a
   l
  p
a contaminação por elementos indesejáveis, evitando a alteração ou a mistura de constituintes com
  m
  e
características e procedências diferentes.
  x
   E
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5.3.1 Agregados

Os agregados devem ser armazenados de maneira a evitar a mistura das diversas granulometrias,
procedências ou outras características requeridas, conforme a ABNT NBR 12655.
NOTA É recomendável a separação do material recém-recebido do material em uso, visando a utilização
de materiais cujas características são previamente conhecidas.

Para garantir a uniformidade e a homogeneidade de umidade, e evitar a contaminação com o solo,


convém dispor de baias pavimentadas em concreto com caimento para drenagem da água presente
no material.

Recomenda-se que a central disponha de sistemas de aspersão de água que permitam a redução
de dispersão de material particulado durante o manuseio e reduzam a temperatura dos agregados
graúdos.

5.3.2 Cimento

O cimento deve ser armazenado separadamente, de acordo com sua marca, tipo e classe, devendo
   )
   1
ser atendidos os demais requisitos de armazenamento estabelecidos na ABNT NBR 12655.
   2
   0
   2
   /
   9
   0
   / 5.3.3 Água
   3
   0
  :  Água proveniente de diferentes origens, conforme a ABNT NBR 15900-1, deve ser armazenada
  o
  s
  s separadamente por origem, além de atender aos requisitos de armazenamento estabelecidos
  e
  r
  p na ABNT NBR 12655.
  m
   I
   2
   4
   8
5.3.4 Aditivos
   7
   0
   8
  o Os aditivos devem ser identicados e armazenados conforme as recomendações do fabricante
   d
   i
   d
  e
e de acordo com a ABNT NBR 12655, a m de evitar contaminação, misturas involuntárias,
involuntárias, sedimentação
   P
   ( e alteração da composição.
   1
   4
  -
   1
   0 Os diferentes tipos de aditivos apresentam características próprias quanto à estabilização
   0
   0
   / e sedimentação. Deve-se atentar ao fechamento de tampas superiores, para evitar a contaminação
   3
   8
   4
por água ou outros elementos. A proteção contra insolação direta também é benéca, para evitar
 .
   6 a elevação da temperatura do aditivo e a alteração de suas características. Os reservatórios devem
   7
 .
   8 estar posicionados dentro de bacias contentoras e devidamente identicados (como tambores,
   0
  - por exemplo). Para aditivos propensos ao processo de sedimentação, recomenda-se a utilização
  a
   d
   t
   l de reservatórios com sistema de recirculação, o que inibe a sedimentação e/ou formação de borras.
  s
  e
  o
  c
  u
5.3.5 Outros materiais constituintes do concreto – Adições
  r
   t
  s
  n
  o
  c
Outros materiais constituintes do concreto devem ser identicados e armazenados separadamente
  a
  c
conforme as instruções do fabricante e as Normas Brasileiras especícas, ou conforme
  r
  - a ABNT NBR 12655.
  o
  v
   i
  s
  u
   l
  c 5.4 Estudo de dosagem do concreto
  x
  e
  o
  s
  u
Estudos prévios de dosagem do concreto devem ser realizados para determinar a composição dos
  a
  r traços de concreto a serem produzidos, de forma a atender aos requisitos solicitados
solicitados e ao seu volume
  a
  p de entrega. Para a sua realização, devem-se utilizar os mesmos materiais e procedimen
procedimentostos de mistura,
  r
  a
   l
  p semelhantes aos da operação da central de concreto ou conforme a ABNT NBR 12821. Deve-se
  m
  e adotar método de dosagem racional e experimental, sendo vedado o uso de método empírico.
  x
   E
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Os estudos de dosagem devem ser realizados por laboratórios próprios


próprios ou terceirizados. O prossional
responsável técnico pela central de concreto, legalmente habilitado, deve aprovar e acompanhar
o preparo conforme a Seção 7, sendo mantidos os registros durante cinco anos.

Os traços utilizados no preparo devem ser reavaliados em laboratório sempre que forem observadas
alterações signicativas oriundas de variações nos materiais constituintes, que causem mudanças
no desvio-padrão
constituintes da central.
do concreto, Caso
todo haja alteração
o estudo de fornecedor
de dosagem ou de origem de algum dos materiais
deve ser ajustado.

Para o cálculo da resistência de dosagem, devem ser utilizadas as prescrições da ABNT NBR 12655:2015,
5.6.3 e o desvio-padrão calculado conforme os critérios estabelecidos. A composição nal do concreto
a ser fornecido deve contemplar todas as especicações apresentadas no pedido, conforme 6.2.

5.5 Dosagem dos materiais constituintes do concreto


concreto no preparo
Os sistemas de dosagem em massa (pesagem) dos materiais constituintes do concreto, no preparo,
devem ser preferencialm
preferencialmente
ente automatizados.

 Automações devem realizar as operações com grau de precisão adequado aos parâmetros
   )
   1
   2
de desvios estabelecidos por esta Norma. Tais
Tais sistemas devem manter registros
registr os de pesagem, de forma
   0
   2
   / a garantir a rastreabilidade das cargas e a identicação de desvios indesejados. Quando as pesagens
   9
   0
   / ocorrem de forma manual, também devem ser atendidos os limites de variação e ser feitos os registros
   3
   0
  :
de pesagem de cada material.
  o
  s
  s
  e
  r
  p
Os desvios tolerados para as dosagens dos materiais constituintes do concreto, como descritos
  m
   I em 5.5.1 a 5.5.5 , são devidos somente a variações de pesagem intrínsecas à operação.
   2
   4
   8
   7
   0
5.5.1 Agregados
   8
  o
   d
   i
   d
Os agregados devem ser medidos em massa, com variação máxima ao nal do carregamento de cada
  e
   P
   (
material, em valor absoluto, de 3 % do valor nominal da massa ou de 1 % da capacidade da balança,
   1
   4
adotando-se o menor dos dois valores.
  -
   1
   0
   0
   0
   /
 A dosagem dos materiais, conforme traço previamente estabelecid
estabelecido,
o, deve considerar a umidade
   3 presente nos agregados miúdos, de forma que esta seja descontada da água total do traço a ser
   8
   4
 .
   6 adicionada à carga. Entende-se como água total do traço a água adicionada, somada à água referente
   7
 .
   8
à umidade supercial existente nos agregados.
   0
  -
  a
   d
   t
É necessária a vericação da umidade no início das operações e em intervalos regulares ao longo
   l
  s do dia do preparo, de forma a garantir que a umidade adotada na correção do traço seja a mais
  e
  o
  c representativa possível do material utilizado. Deve-se atentar às variações climáticas e à utilização
  u
  r
   t
  s
de novos lotes de materiais (saturados ou não). É permitido, ainda, o emprego de sensores de umidade
  n
  o
  c
interligados ao sistema de automação que possibilitem o ajuste de pesagem durante o carregamento.
  a
  c
  r
  - 5.5.2 Cimento
  o
  v
   i
  s
  u
   l
  c
O cimento deve ser medido em massa, com variação máxima ao nal do carregamento igual a 1 %
  x
  e da capacidade da balança, nas dosagens iguais ou superiores a 20 % dessa capacidade.
  o
  s
  u
  a
  r
Para dosagens inferiores
inferiores a 20 % da capacidade da balança,
balança, a variação máxima positiva é de até 4 %
  a
  p do valor nominal da massa.
  r
  a
   l
  p
  m Em nenhum caso o cimento deve ser dosado conjuntamente com os agregados.
  e
  x
   E
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Pode ser admitida a dosagem do cimento em sacos, desde que as quantidades estejam dentro das
tolerâncias estabelecidas nesta Norma, não se admitindo o fracionamento de sacos.
5.5.3 Água
 A quantidade
quantidade total de água deve ser dosada com variação máxima de 3 % em relação à quantidade
nominal.
Esta quantidade de água compreende somente a água adicionada no carregamento, desconsiderando
a água devida à umidade dos agregados, a água utilizada para dissolução dos aditivos, adicionada
na betoneira quando do retorno da entrega anterior, e a água adicionada sob forma de gelo.
5.5.4 Aditivos
Os aditivos devem ser adicionados de forma a assegurar a sua distribuição uniforme na massa
do concreto, admitindo-se variação máxima de 5 % em relação à quantidade nominal.
O fabricante de aditivos deve indicar qual é o momento mais apropriado para a sua colocação durante
a mistura, de forma a obter o seu melhor desempenho.
   )
   1
   2
5.5.5 Outros materiais constituintes do concreto
   0
   2
   /
   9
   0
   /  Adições em pó, como sílicas, pozolanas e pigmentos, devem ser medidas atendendo aos mesmos
   3
   0 requisitos estabelecidos
estabelecidos para o cimento (ver 5.5.2).
  :
  o
  s
  s
  e Outros materiais devem ser dosados de acordo com as tolerâncias estabelecidas pelo fabricante.
  r
  p
  m
   I
   2
5.6 Mistura
   4
   8
   7
   0
   8
O volume de concreto não pode exceder a capacidade nominal de mistura do equipamento utilizado,
  o
   d
devendo-se sempre respeitar a especicação do fabricante. O concreto preparado em centrais
   i
   d
  e dosadoras deve ser misturado no caminhão-betoneira por tempo correspondente a 30 s para cada
   P
   ( metro cúbico de concreto, no mínimo por 3 min em velocidade de mistura, conforme a Tabela 2.
   1
   4
  -
   1
   0
   0
Para as centrais misturadoras, devem ser seguidas as indicações do fabricante do equipamento.
   0
   /
   3
   8
   4
Quando o concreto preparado é transportado em caminhão-betoneira, este deve ser mantido
 .
   6 em mistura a baixa rotação, entre 2 r/min e 6 r/min, ou conforme indicação do fabricante do equipamento,
   7
 .
   8 até o momento da descarga.
   0
  -
  a
   d
   t
5.6.1 Mistura parcial na central e complementaçã
complementação
o na obra
   l
  s
  e
  o
  c
Os materiais constituintes do concreto, misturados ou não, são colocados no caminhão-betoneira,
  u
  r com parte da água, que é complementada na obra imediatamente antes da descarga. Neste caso,
   t
  s
  n
  o
deve-se registrar a quantidade de água adicionada na central e a ser complementada na obra, para
  c
  a evitar ultrapassar a quantidade prevista no traço.
  c
  r
  -
  o
  v
NOTA Água complementar é aquela adicionada para completar a quantidade prevista no estudo
   i
  s de dosagem.
  u
   l
  c
  x
  e Parte dos materiais constituintes do concreto (como bras, aditivos e outros) pode ser adicionadana
  o
  s
  u obra, conforme especicação do fabricante e do responsável técnico.
  a
  r
  a
  p
  r Devem ser obedecidas as especicações dos equipamentos no que diz respeito ao tempo de mistura,
  a
   l
  p após a inserção destes complementos, por tempo correspondente a 30 s para cada metro cúbico
  m
  e
  x
de concreto, no mínimo por 3 min em velocidade de mistura, conforme a Tabela 2.
   E
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Para os caminhões-betoneiras dotados de sistema automatizado para adição de água ou aditivo


e monitoramento de abatimento ou espalhamento (equipamento conforme 4.5), em comum acordo
entre as partes, a água ou o aditivo podem ser adicionados durante o transporte para a obra. Esta
adição deve ocorrer com pressão suciente para garantir que toda a água ou aditivo sejam injetados
de forma apropriada e homogênea em toda a massa do concreto dentro da betoneira. Em caso
de dúvida, a aceitação ou rejeição do concreto quanto às suas propriedades no estado fresco pode
ser realizada em conformidade com a ABNT NBR 12655.
5.6.2 Adição suplementar de água

Não se admite adição suplementar de água. Qualquer adição suplementar de água exigida pelo
contratante exime o fornecedor de concreto de qualquer responsabilidade quanto às características
do concreto constantes no pedido. Este fato deve ser registrado pelo operador do caminhão-betoneira
caminhão-betoneira
no documento de entrega.

NOTA Água suplementar é aquela adicionada acima da quantidade prevista no estudo de dosagem.

5.6.3 Adição suplementar de aditivo


   )
   1 Caso o concreto apresente abatimento inferior à classe de consistência especicada, admite-se adição
   2
   0
   2
   /
suplementar de aditivo para corrigir o abatimento.
   9
   0
   /
   3
   0  A adição suplementar
suplementar de aditivo deve ser uma decisão técnica tomada pelo fornecedor de concreto,
  :
  o
  s
mantendo a sua responsabilidade pelas propriedades constantes no pedido. Este fato deve ser
  s
  e
  r registrado pelo operador do caminhão-betoneira no documento de entrega.
  p
  m
   I
   2
   4
5.7 Período de tempo para transporte, lançamento e adensamento do concreto
   8
   7
   0
   8 Os períodos de tempo para transporte, lançamento e adensamento do concreto apresentados nesta
  o
   d
   i
   d
Norma são orientativos. Outros períodos de tempo podem ser utilizados, desde que devidamente
  e
   P estudados com a utilização de aditivos apropriados.
   (
   1
   4
  -
   1 5.7.1 Período de tempo de transporte
   0
   0
   0
   /
   3
   8
O tempo de transporte do concreto decorrido do início da mistura, a partir do momento da primeira
   4
 .
   6
   7
 .
adição da água, até a entrega do concreto deve ser:
   8
   0 a) xado de forma que o m do adensamento não ocorra após o início de pega do concreto lançado
  -
  a
   d
e das camadas ou partes contíguas a essa remessa, evitando-se a formação de “junta fria”;
   t
   l
  s
  e b) inferior a 120 min, no caso do emprego de caminhão-beto
caminhão-betoneira;
neira;
  o
  c
  u
  r
   t
  s
  n
  o
c) inferior a 40 min, no caso de equipamento não dotado de agitação;
  c
  a
  c
  r
  -
d) conforme o tempo previamente estudado e acordado
acordado entre
entre as partes.
  o
  v
   i
  s
  u
5.7.2 Período de tempo para operações de lançamento e adensamento do concreto
   l
  c
  x
  e
  o O tempo de lançamento e adensamento do concreto deve ser inferior a 150 min, contado a partir
  s
  u da primeira adição de água, no caso do emprego de caminhão-betoneira, observando o disposto
  a
  r
  a
  p em 4.5. Decorridos 150 min, contados a partir da primeira adição de água, a empresa prestadora
  r
  a
   l
de serviços de concretagem ca eximida de responsabilidade pelo concreto aplicado.
  p
  m
  e
  x
   E
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Para o caso de veículo não dotado de equipamento de agitação, o tempo de lançamento e adensamento
deve ser inferior a 60 min, contados a partir da primeira adição de água, observando o disposto
em 4.5.

NOTA É recomendável que a descarga do concreto se inicie o mais breve possível, a m de garantir
a menor perda de abatimento e manutenção das suas características. A perda de abatimento do concreto
é controlada pelo período de 150 min.

5.8 Temperaturas e condições climáticas


 As temperaturas recomendad
recomendadas
as nesta Norma devem ser observadas na aplicação de concretos
convencionais. Outras temperaturas sugerem cuidados especiais que devem ser indicados pelo
responsável pela aplicação.
5.8.1 Temperatura do concreto
 A tempe
temperatur
ratura
a do concr
concreto,
eto, por ocasi
ocasião
ão de seu lançam
lançamento,
ento, deve ser de no mínim
mínimoo 5 ºC
e de no máximo 32 ºC, de modo a minimizar ocorrências indesejáveis, como ssuração, variação
de resistência mecânica, alterações de tempo de pega etc.
   )
   1
   2
   0
5.8.2 Temperatura ambiente
   2
   /
   9
   0
   /  A temperatura ambiente para lançamento do concreto deve estar conforme a ABNT NBR 14931.
   3
   0
  : O executor da obra deve tomar cuidados especiais com as formas e armaduras expostas à insolação
  o
  s
  s e com a aplicação e cura do concreto.
  e
  r
  p
  m
   I 5.8.3 Vento e umidade relativa do ar 
   2
   4
   8
   7
   0
Para a realização da concretagem, a incidência de ventos e a umidade relativa do ar devem estar
   8 em conformidade com a ABNT NBR 14931. O executor da obra deve intensicar os cuidados com
  o
   d
   i
   d a cura inicial e com a proteção do concreto aplicado para mitigar a ssuração por retração plástica,
  e
   P
   (
em situações adversas às previstas na ABNT NBR 14931.
   1
   4
  -
   1
   0
5.9 Resíduos de lavagem
lavagem dos equipamentos de transporte
transporte e mistura
   0
   0
   /
   3
   8 Quando da lavagem dos equipamentos de transporte e de mistura de concreto (caminhões-betoneira),
   4
 .
   6
   7
 .
para
para preservar a sua integridade,
a sua contenção osdestinação.
e posterior resíduos desta limpeza
Esses devem
materiais ser dispostos
podem em local
ser tratados apropriado
e reutilizados
   8
   0
  - conforme previsto em 5.9.1 a 5.9.3.
  a
   d
   t
   l
  s 5.9.1 Reuso de água
  e
  o
  c
  u
  r
   t É permitida a utilização da água recuperada de processos de preparação do concreto e lavagem dos
  s
  n
  o
equipamentos de transporte e mistura, desde que as suas características atendam aos requisitos
  c
  a da ABNT NBR 15900-1.
  c
  r
  -
  o
  v
NOTA É recomendável a vericação da água recuperada de processos de preparação do concreto
   i
  s
  u
em dosagens experimentais, com o objetivo de analisar a sua inuência na resistência, massa especíca,
   l
  c
  x
incorporação de ar e outras propriedades do concreto, comparativamente aos resultados obtidos nas
  e vericações experimentais com água potável.
  o
  s
  u
  a
  r
  a
  p 5.9.2 Reuso de agregados recuperados por lavagem
  r
  a
   l
  p É permitida a utilização de agregados recuperados de processos de lavagem dos equipamentos
  m
  e de transporte e mistura ou de sobra de concreto fresco retornado.
  x
   E
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 A recuperação
recuperação dos
dos agregados
agregados deve ser efetuada
efetuada de forma
forma que o processo
processo de lavagem
lavagem destes extraia
extraia
os resíduos de aglomerante
aglomerantes.
s.
O percentual de agregados recuperados utilizado no preparo de novas misturas de concreto deve
obedecer ao estabelecido na ABNT NBR 12655.
NOTA
NOTA A calda extraída deste processo de lavagem e reuso de agregados pode ser tratada
conforme 5.9.1.

5.9.3 Estabilização e reuso do resíduo de lavagem do balão


É permitida a utilização do resíduo de concreto aderido no interior do balão estabilizado por meio
do uso de aditivos controladores de hidratação, bem como a sua incorporação na mistura de concreto
para uma nova entrega. Devem, neste caso, ser atendidos os seguintes requisitos:
a) o resíduo de concreto
concreto no interior
interior do balão (lastro)
(lastro) deve ser de até 0,2 m³;
b) toda a água necessária para a lavagem do equipamento deve ser quanticada conforme 5.5.3
e descontada na ocasião do próximo carregamento, conforme a equação a seguir:
   )
   1 apc = at – al
   2
   0
   2
   /
   9
   0
   / onde
   3
   0
  :
  o
  s
apc  é a quantidade de água a ser adicionada na próxima carga de material para o preparo
  s
  e
  r
de concreto, expressa em quilogramas (kg);
  p
  m
   I
   2 at  é a quantidade de água prevista para o traço de concreto, expressa em quilograma
quilogramass (kg);
   4
   8
   7
   0
   8 al é a quantidade de água de lavagem do equipamento de transporte, expressa em quilogramas
  o (kg).
   d
   i
   d
  e
   P
   (
   1
c) o emprego
emprego de aditivos
aditivos controladores
controladores de hidratação pode garantir
garantir o uso
uso do material
material por até 72 h.
   4
  -
   1
No caso de paradas com intervalo superior, este procedimento não é recomendado.
   0
   0
   0
   /
   3 5.10 Reuso de concreto fresco retornado
retornado
   8
   4
 .
   6
   7
 .
O concreto retornado em estado fresco pode ser reutilizado em uma nova entrega desde que cumpra
   8
   0
as especicações técnicas estabelecidas a seguir:
  -
  a
   d
   t
   l
a) a quantidade deve ser determinada por massa ou volume em balanças ou equipamentos com
  s
  e tolerância de 450 kg ou 0,2 m³. Em caso de determinação da quantidade em massa, admite-se
  o
  c
  u
a conversão para volume a partir da massa especíca do concreto devolvido;
  r
   t
  s
  n
  o
  c
b) a água e o aditivo adicionados no concreto retornado devem ser mensurados com tolerância
  a
  c
  r
de 3 % e 5 %, respectivamente;
  -
  o
  v
   i
  s
c) o concreto retornado deve
deve ser tratado
tratado com aditivo controlador
controlador de hidratação (CH), de acordo com
com
  u
   l
  c
a ABNT NBR 11768-1. A adição do aditivo CH deve ocorrer em até 150 min da primeira adição
  x
  e de água ou em prazos maiores, se o concreto tiver sido preparado para apresentar início de pega
  o
  s
  u
após este período;
  a
  r
  a
  p d) as temperaturas do concreto retornado e do ambiente devem ser medidas em até 15 min antes
  r
  a
   l do carregamento da nova entrega. A temperatura do concreto retornado não pode exceder
  p
  m
  e
a temperatura ambiente em mais de 8 °C ou estar acima de 35 °C;
  x
   E
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e) o tempo máximo de estabilizaç


estabilização
ão da hidratação é de 24 h.

Em várias situações, o uso de aditivo controlador de hidratação é essencial para controlar o tempo
de pega do concreto a ser entregue. A seleção e a dosagem deste aditivo dependem de fatores
como tipo de insumos utilizados, temperatura do concreto, temperatura ambiente e tempo de duração
necessário da nova entrega, e devem ser estabelecidas pelo produtor do concreto em conjunto com
o fornecedor do aditivo.
O concreto retornado só pode ser utilizado em uma nova entrega de concreto do grupo I de resistência
da ABNT NBR 8953. O volume do concreto de uma nova entrega não pode conter mais do que 50 %
de concreto retornado.

 A central de concreto deve adotar procedimen


procedimentos
tos de mistura que garantam a perfeita
perfeita homogenei
homogeneização
zação
entre o concreto retornado e o concreto novo dosado. O concreto resultante deve atender a todas
as especicações do pedido, e os tempos de transporte e aplicação do concreto devem atender
ao disposto em 5.7.

 A central de concreto deve manter registros das especicaçõe


especicaçõess técnicas estabelecid
estabelecidas
as para cada
reclassicação
reclassicação realizada.
   )
   1
   2
   0
   2
   /
   9
   0
   /
   3 6 Requisitos especícos
   0
  :
  o
  s
  s
6.1 Certicação das empresas de serviços de concretagem
  e
  r
  p
  m
   I  As empresas de serviços de concretagem devem considerar a possibilida
possibilidade
de da certicação
   2 de um sistema de gestão da qualidade, de acordo com o Sistema Brasileiro de Avaliação
   4
   8
   7
   0 da Conformidade (SBAC), ou da certicação em programas setoriais que comprovem a utilização das
   8
  o melhores práticas disponíveis.
   d
   i
   d
  e
   P
   ( 6.2 Pedido do concreto
   1
   4
  -
   1
   0 O concreto deve ser solicitado em conformidade com as ABNT NBR 12655, ABNT NBR 8953
   0
   0
   / e ABNT NBR 15823-1, e de acordo com o estabelecido nas especicações
espe cicações do prossional
pross ional responsável
   3
   8
   4
pelo projeto estrutural e também em função das condições de sua aplicação, especicadas pelo
 .
   6
   7
 .
responsável pela execução da obra.
   8
   0
  - 6.2.1 Pedido pela resistência característica do concreto à compressão e outras
  a
   d
   t
   l
especicações
  s
  e
  o O concreto deve ser solicitado especicando-se a resistência característica à compressão nas idades
  c
  u
  r
   t
  s de controle, a classe de agressividade ambiental, a dimensão máxima característica do agregado
  n
  o
  c
graúdo e a classe de consistência (abatimento) ou a classe de espalhamento, no caso de concreto
  a
  c
  r
autoadensável
autoadensáv el no momento da entrega. Exigências complementares devem ser informadas à empresa
  -
  o
de serviço de concretagem com antecedência, de forma a haver tempo hábil para a elaboração
  v
   i
  s
de traço que atenda a todas as especicações.
  u
   l
  c
  x
  e Exemplos de exigências complementares estão listados a seguir:
  o
  s
  u
  a
  r
  a
  p a) tipo de cimento;
  r
  a
   l b) tipo e teor de aditivo;
  p
  m
  e
  x
   E
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c) tipo e teor de adição (metacaulim,


(metacaulim, sílica ativa,
ativa, bras metálica ou
ou sintética e outros);
outros);

d) relação água-cimen


água-cimento
to máxima;

e) consumo de cimento máximo ou mínimo;

f) teor de ar incorporad


incorporado;
o;

g) tipo de lançamento


lançamento (convencion
(convencional,
al, bombeado,
bombeado, projetado, submerso etc.);

h) características especiais, como


como teor de argamassa ou de agregado
agregado miúdo,
miúdo, cor,
cor, massa especíca
especíca
e outras;

i ) propriedades e condições especiais, como tração na exão,


propriedades exão, retração,
retração, uência,
uência, permeabili
permeabilidade,
dade,
módulo de elasticidade ou deformação, temperatura do concreto e outras.

 A vericação dos requisitos exigidos deve ser feita conforme as Normas Brasileiras especícas e,
na falta destas, por critérios e métodos previamente acordados entre as partes.
   )
   1
6.2.2 Pedido pela composição do traço
   2
   0
   2
   /
   9 O concreto deve ser solicitado informando
se for oas quantidades dos materiais constituintes do concreto por
   0
   /
   3
   0
metro cúbico, incluindo-se aditivos, caso.
  :
  o
  s
  s
  e
Neste caso, o prossional responsável pela composição do traço deve avaliar os insumos disponíveis
  r
  p na empresa de serviço de concretagem e responder pelo desempenho do concreto fresco e endurecido,
  m
   I
   2 assim como pelo atendimento às especicações técnicas. Cabe à empresa de serviços de concretagem
   4
   8
   7
a reprodução el do traço recebido. Caso haja a necessidade de alguma alteração nos insumos por
   0 parte da empresa de serviços de concretagem, a alteração deve ser informada ao responsável técnico
   8
  o
   d
   i do contratante e este deve determinar a necessidade de novos estudos de dosagem.
   d
  e
   P
   (
   1
6.2.3 Especicação das classes de consistência ou de espalhamento do concreto
   4
  -
   1
   0
   0 Os concretos devem ser especicados por classe de consistência, conforme a Tabela 3
   0
   /
   3 (ver ABNT NBR 8953), ou por classe de espalhamento, no caso do uso de concreto autoadensável,
   8
   4
 . conforme a Tabela 4 (ver ABNT NBR 15823-1).
   6
   7
 .
   8
   0
  - Tabela 3 – Classes de consistência para concreto de consistência normal
  a
   d
   t
   l   Abatimento ( A)
  s
  e
Classe Método de ensaio
  o mm
  c
  u
  r
   t S10 10 ≤ A 
 A < 50
  s
  n
  o
  c
  a S50 50 ≤ A 
 A < 100
  c
  r
  -
  o S100 100 ≤ A 
 A < 160  ABNT NBR 16889
16889
  v
   i
  s
  u
   l S160 160 ≤ A 
 A < 220
  c
  x
  e
  o
  s
S220  A  ≥ 220
 A
  u
  a
  r
  a NOTA
NOT A Em comum
  p
  r a respectiva faixa deacordo entre
variação doas partes, podem ser criadas classes especiais de consistência, explicitando
abatimento.
  a
   l
  p
  m
  e
  x
   E
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Em casos especiais, em comum acordo entre as partes, pode ser limitado o abatimento máximo
dentro das classes de consistência especicadas na Tabela 3.

Tabela 4 – Classes de espalhamento para concreto autoadensável


  Espalhamento 
Classe Método de ensaio
mm
SF 1 550 a 650
SF 2 660 a 750  ABNT NBR 15823-2
15823-2
SF 3 760 a 850

NOTA
NO TA A composição do concreto pode ser solicitada mediante a formalizaçã
formalizaçãoo de carta de traço, conforme 6.5.

6.3 Entrega do concreto


6.3.1 Local e programação de entrega
   )
   1
   2 O local e a programação de entrega devem ser informados pelo contratante, de acordo com
   0
   2
   / o estipulado no contrato e no pedido.
   9
   0
   /
   3
   0
  :
Quando o contratante retirar o concreto na central, a prestação do serviço é considerada concluída
  o
  s
  s
imediatamente após o carregamento, independentemente do tipo de veículo utilizado.
  e
  r
  p
  m
   I 6.3.2 Unidade de entrega
   2
   4
   8
   7
   0
 A uni
unidad
dade
e de
de entr
entrega
ega é o met
metro
ro cúb
cúbico
ico (m³
(m³)) de
de conc
concreto
reto,, medid
medido
o enqu
enquant
anto
o fres
fresco
co e após
após o aden
adensam
sament
ento.
o.
   8
  o
Opcionalmente, pode-se adotar como unidade de entrega o quilograma (kg), conforme acordo entre
   d
   i as partes.
   d
  e
   P
   (
   1
   4
6.3.3 Vericação do volume
  -
   1
   0
   0
   0
   /
O volume de concreto entregue pode ser vericado a partir da massa total do lote, dividida pela massa
   3
   8 especíca do concreto fresco.
   4
 .
   6
   7
 .  A mas
massa
sa total
total do lote
lote de con
concre
creto
to é obti
obtida
da pelo
peloss registr
registros
os de
de pesag
pesagem
em da
da balan
balança
ça util
utiliza
izada
da na
na dosag
dosagem,
em,
   8
   0
  -
acrescida a quantidade de outros materiais adicionados manualmente até o início da descarga.
  a
   d
   t
 Alternativamente,
 Alternativamen te, mediante acordo prévio entre as partes, pode-se determinar a massa total do lote
   l
  s de concreto com auxílio de balanças rodoviárias estáticas.
  e
  o
  c
  u
  r
   t
  s
 A massa especíca do concreto fresco é informada em carta de traço ou determinada conforme
  n a ABNT NBR 9833.
  o
  c
  a
  c
  r
  - Outras metodologias de vericação do volume de concreto fornecido devem ser previamente acordadas
acordadas
  o entre as partes.
  v
   i
  s
  u
   l
  c
  x
  e
NOTA 1 Recomenda-se que a determinação do volume seja tomada de pelo menos três viagens, quando
  o
  s
se determina a massa em balança rodoviária ou a massa especíca por ensaio.
  u
  a
  r
  a
  p NOTA 2 Quando ocorrer um questionamento sobre o volume de concreto entregue, convém que este seja
  r
  a
feito o mais breve possível. Este prazo pode ser acordado entre as partes.
   l
  p
  m
  e
  x
   E
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6.3.4 Volume mínimo de entrega por viagem

Para equipamento não dotado de agitação, o volume deve ser xado de acordo com as especicações
do equipamento

Para caminhão-betoneira, o volume deve ser igual ou superior a 3 m³.

6.3.5 Volume máximo de entrega por viagem

O volume deve ser compatível com o equipamento de transporte, não excedendo a capacidade
nominal de mistura ou agitação, conforme as indicações do fabricante.

6.3.6 Fração de volume/massa de entrega por viagem

Os pedidos devem ser feitos em volumes múltiplos de 0,5 m³, ou em massa correspondente a este
volume, respeitando-se
respeitando-se os limites prescritos em 6.3.4 e 6.3.5.

6.3.7 Aceitação do concreto fresco


   )
   1
 A aceitação do concreto
concreto fresco de
de massa
massa especíca
especíca normal,
normal, classicado conforme a ABNT NBR 8953,
   2
   0
   2
deve ser realizada conforme a ABNT NBR 12655.
   /
   9
   0
   /
   3
   0
Concretos com outras características não contempladas nesta Norma devem ser objeto de Normas
  : Brasileiras especícas
especícas ou de entendimen
entendimento
to entre as partes, para a sua aceitação.
  o
  s
  s
  e
  r
  p 6.3.8 Operações subsequentes
  m
   I
   2
   4
   8
   7
 As operações de manuseio subsequente
subsequentess à entrega do concreto, como transporte interno,
   0
   8 lançamento, adensamento, acabamento supercial, cura, retirada de escoramento e desforma, são
  o
   d
   i
de responsabilidade da executante da obra, conforme estipulado em contrato e na ABNT NBR 14931.
   d
  e
   P
   (
   1
6.4 Documento de entrega
   4
  -
   1
   0
   0 O documento de entrega que acompanha cada remessa de concreto, além dos itens obrigatórios
   0
   /
   3 pelos dispositivos legais vigentes, deve conter:
   8
   4
 .
   6 a) volume de concreto;
   7
 .
   8
   0
  - b) hora de início da mistura
mistura (primeira adição de água);
água);
  a
   d
   t
   l
  s
  e
  o
c) classe de consistênc
consistência
ia ou classe de espalhamento no início da descarga;
  c
  u
  r
   t
  s
  n
d) dimensão máxima caracterí
característica
stica do agregado graúdo;
  o
  c
  a e) resistência característica do concreto na idade de controle;
  c
  r
  -
  o
  v
   i
  s f) classe de agressivida
agressividade
de ambiental, quando constar no pedido;
  u
   l
  c
  x
  e g) quantidade máxima de água complementa
complementarr a ser adicionada na obra, retida pela central;
  o
  s
  u
  a
  r
  a
  p h) código de identicaç
identicação
ão do traço utilizado na dosagem do concreto.
  r
  a
   l
  p Quando o contratante requerer a composição do traço, a empresa de serviços de concretagem deve
  m
  e apresentar esta informação pela carta de traço, conforme 6.5.
  x
   E
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6.5 Carta de traço


 A carta
carta de traço, quando
quando solicitada, deve
deve conter no mínimo:
mínimo:

a) data da sua elaboração;

b) código de identicação do traço;


c) especicaçõ
especicações
es do concreto;

d) materiais utilizados e suas


suas respectivas
respectivas massas especícas absolutas;

e) fornecedore
fornecedoress de insumos;

f) quantidade em massa de cada componente do concreto;

g) teor de ar previsto;

h) massa especíca do concreto no estado fresco;


   )
   1
   2
   0 i ) assinatura do responsável técnico.
   2
   /
   9
   0
   /
   3  A carta de traço
t raço registra os materiais constituintes na data de sua elaboração. Alterações ao longo
   0
  :
  o
do fornecimento devem ser informadas
inform adas ao contratante, conforme
conf orme acordo prévio. A empresa de serviços
  s
  s
  e
de concretagem é responsável por atender às especicações solicitadas, independentemente dos
  r
  p insumos e quantidades relatadas inicialmente.
  m
   I
   2
   4
   8
   7
   0
   8 7 Controle do processo de dosagem da central
  o
   d
   i
   d
  e 7.1 Concreto com desvio-padrão desconhecido
   P
   (
   1
   4
  -
   1
Para as centrais operando em condição inicial, deve-se
dev e-se adotar o desvio-padrão em função da condição
   0
   0 ( sd), conforme a ABNT NBR 12655.
de preparo do concreto (s
   0
   /
   3
   8
   4
 . 7.2 Concreto com desvio-padrão conhecido por análise estatística
   6
   7
 .
   8
   0 Para as centrais operando em condição contínua, deve-se adotar o desvio-padrão calculado com
  -
  a base nos resultados de resistência à compressão obtidos durante um período preestabelecido
preestabelecido ( sn).
   d
   t
   l
  s
  e
  o
O cálculo do desvio-padrão deve ser realizado observando os conceitos estatísticos e os requisitos
  c
  u
  r
   t
estabelecidos em 7.2.1 a 7.2.4, sendo a empresa de serviços de concretagem responsável por
  s
  n apresentar os dados utilizados no cálculo para a comprovação do valor de sn utilizado.
  o
  c
  a
  c
  r NOTA A ABNT NBR 12655 estabelece valor mínimo de desvio-padrão (sn) a ser adotado.
  -
  o
  v
   i
  s 7.2.1 Amostragem
  u
   l
  c
  x
  e
  o
 As amostras devem ser coletadas aleatoriame
aleatoriamente
nte durante a operação de concretagem, conforme a
  s
  u  ABNT NBR 16886.
16886. Cada exemplar deve
deve ser constituído por dois corpos
corpos de prova da mesma viagem,
viagem,
  a
  r
  a moldados no mesmo ato, conforme
  p
  r
  a
como resistência do exemplar o maiora dos
ABNTdoisNBR 5738,
valores para cada
obtidos idade(f i).
no ensaio ide
). rompimento. Toma-se
   l
  p
  m
  e NOTA É facultada a adoção do sistema de moldagem remota, descrito no Anexo A.
  x
   E
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Os exemplares devem ser tomados aleatoriamente de concretos de mesmo traço ou de traços


diferentes, observando a Tabela 5.

Tabela 5 – Frequência de amostragem


Condição Frequência de amostragem
Operação inicial (até serem obtidos ao Uma amostra a cada 20 m³ e no mínimo duas
menos 32 resultados) amostras por dia de operação
Operação contínua (após serem obtidos ao Uma amostra a cada 50 m³ e no mínimo uma
menos 32 resultados) amostra por dia de operação

Em obras especiais, como barragens, pontes e túneis, a frequência de amostragem deve ser
estabelecida em função do volume de concreto preparado.

7.2.2 Formação da amostra

 A formação
formação da amostra
amostra deve obedecer
obedecer aos critérios da
da Tabela
Tabela 6.
   )
   1
   2
   0
   2
   /
Tabela 6 – Critérios de amostragem
   9
   0
   /
   3 Número mínimo
   0
  : Critério   Especicação Exemplo
  o
  s
de exemplares
  s
  e
  r Diversas famílias de concreto e suas C30 S100 D19 e
  p  Aa 32
  m
   I classes de resistência C25 S160 D12,5
   2
   4
   8
Uma família de concreto especíca e C30 S100 D19 e
   7 B 24
   0 suas classes de resistência C25 S100 D19
   8
  o
   d
   i
Uma única classe de resistência de uma Somente
C 16
   d
  e determinada família de concreto C30 S160 D19
   P
   ( a Diversas famílias de concreto (ver ABNT NBR 12655), com diferentes classes de resistência, diferentes
   1
   4
  -
   1
classes de consistência e diferentes dimensões de agregados.
a gregados. Por exemplo, concreto classe de resistência
re sistência
   0 C30, classe de consistência S100 e dimensão máxima característica do agregado graúdo de 19 mm (D19),
   0
   0
   /
   3 pode ser avaliado juntamente com concreto de classe C25, abatimento S160, preparado com agregado
   8
   4
 . graúdo com dimensão máxima característica de 12,5 mm (D12,5).
   6
   7
 . Quando da avaliação de mais de uma classe de resistência pelo método da resistência transposta
   8
   0
  -
(critérios A e B da Tabela 6), é permitido agrupar os valores dentro de uma faixa de resistência
  a
   d
   t
à compressão não superior a 50 MPa (por exemplo, C20 a C40, C30 a C50).
   l
  s
  e
  o
  c
Para as classes de resistência de C55 a C100, conforme a ABNT NBR 8953:2015, grupo II
  u
  r
   t
  s
de resistência, deve-se adotar o critério C da Tabela 6.
  n
  o
  c
  a Devem ser considerados espúrios
espúr ios e desprezados das avaliações os exemplares
exempl ares em que a variação dos
  c
  r
  - resultados individuais de corpos de prova for maior que 8 % da média entre eles. Se uma investigação
  o
  v
   i revelar a razão que justique a eliminação de um valor individual, o resultado remanescente do par
  s
  u
   l pode ser considerado.
  c
  x
  e
  o
  s É permitida a depuração dos resultados espúrios a serem considerados na avaliação do conjunto
  u
  a de valores para a determinação do desvio-padrão e das resistências média e característica.
  r
  a
  p Os resultados espúrios devem ser objeto de investigação para identicar as causas e tratá-las.
  r
  a
   l
  p
  m
  e
  x
   E
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7.2.3 Cálculo do desvio-padrão


7.2.3.1 Método da resistência transposta
Para os critérios A e B apresentados na Tabela 6, o desvio-padrão deve ser calculado pela seguinte
equação:
n 2

sn = å ( i =1 f  'i - f  ')


n -1
Sendo
f 'i   = fc k,ref + (f - f
i
 
c k , a mos tra do )
n

f  ' =
å   i =1
f  'i 

n
onde

sn  é o desvio-pad
desvio-padrão
rão calculado a partir dos resultados obtidos nas amostragens
   )
executadas durante um período preestabelecido, expresso em megapascals (MPa);
   1
   2
   0
   2
   /
f’ i  é o valor transposto de cada amostra, expresso em megapascal
megapascalss (MPa);
   9
   0
   /
   3
   0
f’   é a média dos valores transpostos de todas as amostras, expressa
  :
  o
  s
em megapascals (MPa);
  s
  e
  r
  p f i  representa os resultados individuais das amostras de cada classe de resistência,
  m
   I
   2
expressos em megapascals (MPa);
   4
   8
   7
   0 n  é o número de exemplares da amostra;
   8
  o
   d
   i
   d f ck.
ck. amostrado é a resistência característica à compressão da amostra analisada, expressa
  e
   P
   (
em megapascals (MPa);
   1
   4
  -
   1
   0
ck,ref  
f ck,ref  é a resistência característica à compressão do concreto, tomada como referência,
   0
   0
   /
que pode ser escolhida arbitrariamente dentro dos limites de valores estabelecidos
   3
   8 em 7.2.2, expressa em megapascals (MPa).
   4
 .
   6 Recomenda-se que a resistência característica à compressão do concreto tomada como referência
   7
 .
   8
   0
  -
ck,ref  )
 ) seja de um concreto igual ou superior a 25 MPa.
(f ck,ref 
  a
   d
   t 7.2.3.2 Para uma única classe de resistência
   l
  s
  e
  o
  c
  u
Para o critério C, o desvio-padrão deve ser calculado pela seguinte equação:
  r
   t
  s
  n n   2
  o
  c
sn =
∑ i =1  ( fi − f cm )
  a
  c
  r n −1
  -
  o sendo
  v
   i
  s
  u
   l
  c
  x
  e f cm =
∑ i =1f  i   ‘
  o n
  s
  u
  a
  r
  a onde
  p
  r
  a
   l sn  é o desvio-padrão calculado
calculado a partir dos resultados
resultados obtidos nas
nas amostragens executadas
executadas
  p
  m
  e durante um período preestabelecido, expresso em megapascals (MPa);
  x
   E
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f i  representa os resultados


resultados individuais das amostras
amostras de
de cada
cada classe
classe de resistência, expressos
em megapascals (MPa);

n  é o número de exemplares da amostra.

7.2.4 Coeciente de variação dentro do ensaio

7.2.4.1 Cálculo da amplitude ( A) do exemplar 

 A amplitude
amplitude do exemplar
exemplar (amplitude individual)
individual) deve ser calculada
calculada pela diferença entre
entre os resultados
individuais que compõem o exemplar para a idade de ensaio em análise, expressa em megapascals
(MPa).

7.2.4.2 Cálculo da amplitude média ( Am)

 A amplitude média é o somatório das amplitudes individuais, dividido pelo número de exemplares,
expressa em megapascals (MPa).

7.2.4.3 Cálculo do desvio-padrão dentro do ensaio ( sde)


   )
   1
   2
   0
   2
O desvio-padrão dentro do ensaio é a amplitude média, dividida pelo coeciente 1,128 (considerando
   /
   9
   0 que cada exemplar seja composto por dois corpos de prova), expresso em megapascals (MPa).
   /
   3
   0
  :
  o 7.2.4.4 Cálculo do coeciente de variação dentro do ensaio ( CV e)
  s
  s
  e
  r
  p O coeciente de variação dentro do ensaio é obtido pelo quociente entre o desvio-padrão dentro
  m
   I
   2 do ensaio e a resistência média dos exemplares, expresso em porcentagem.
   4
   8
   7
   0
   8
  o
   d
   i
   d
8 Análise do processo
  e
   P
   (
   1 8.1 Análise do coeciente de variação dentro do ensaio
   4
  -
   1
   0
   0
   0
 A avaliação dos ensaios
ensaios é feita com base
base no coeciente de variação
variação dentro do ensaio,
ensaio, que
que é calculado
   /
   3
   8
de acordo com 7.2.4 e analisado conforme a Tabela 7.
   4
 .
   6
   6
   7
 .
   8
Tabela 7 – Coeciente de variação dentro do ensaio (CV e)
   0
  -
  a Coeciente de variação 
   d
   t
   l
  s Local de preparo do concreto %
  e
  o
  c
  u
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4
  r
   t
  s
  n
  o Central CV e < 3
 3,,0 3,0 ≤ CV e < 5
 5,,0 5,0 ≤ CV e < 6,0 CV e ≥ 6,0
  c
  a
  c
  r
  -
  o
  v
8.2 Análise do desvio-padrão
   i
  s
  u
   l
  c
  x
 A avaliação do controle de processo deve ser feita com base no desvio-padr
desvio-padrão,
ão, que é calculado
  e
  o de acordo com 7.2.3 e analisado conforme a Tabela 8.
  s
  u
  a
  r
  a
  p
  r
  a
   l
  p
  m
  e
  x
   E
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Tabela 8 – Desvio-padrão do processo


Desvio-padrão 
Local de preparo do concreto MPa
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4
< ≤ < ≤ < ≥
Central sn   2
 2,,0 3,0  sn   4,
 4,0 4,0  sn   5,0 sn   5,0

8.3 Análise da resistência do preparo


8.3.1 Geral

O processo deve ser avaliado continuamente, sendo recomendados ajustes nas dosagens, caso
sejam observadas variações do desvio-padrão, da resistência média dos concretos produzidos
na central ou de determinada família de concreto.

Recomendam-se avaliações mensais ou em períodos estabelecidos conforme critérios especícos


de acordo com a necessidade, porém nunca superiores a 12 meses.
   )
   1
   2 O processo pode ser avaliado pelos critérios estabelecidos em 8.3.2 a 8.3.4.
   0
   2
   /
   9
   0 8.3.2 Análise por família ou de todo concreto produzido na central
   /
   3
   0
  :
  o
  s
  s
O processo é considerado satisfatório em um determinado período, quando a resistência média dos
  e
  r resultados transpostos é:
  p
  m
   I
   2 f ' ≥ fck,ref  + 1, 65 x sn
   4
   8
   7
   0
   8 onde
  o
   d
   i
   d
  e
   P
   (
f’ ’ é a resistênc
resistência
ia média transpost
transposta,
a, expressa em megapascals (MPa);
   1
   4
  -
   1 sn  é o desvio-padrã
desvio-padrão
o obtido,
obtido, conforme
conforme 7.2.3.1, expresso em megapascals
megapascals (MPa).
   0
   0
   0
   /
   3
   8 8.3.3 Análise por classe de resistência
   4
 .
   6
   6
   7
 . O processo é considerado satisfatório em um determinado período, quando a resistência média dos
   8
   0
  -
exemplares avaliados de uma classe de resistência é:
  a
   d
   t
   l fcm ≥ fck + 1, 65 x sn
  s
  e
  o
  c
  u
  r onde
   t
  s
  n
  o
cm  é a resistência média obtida dos resultados de resistência individual (f i) de uma determinada
  c f cm
  a
  c
  r
  -
classe de resistência, considerando o período de análise, expressa em megapascals (MPa);
  o
  v
   i
  s
  u
   l
sn  é o desvio-pad
desvio-padrão
rão obtido, conforme 7.2.3.2, expresso em megapascals (MPa).
  c
  x
  e
  o
  s
  u
  a
  r
  a
  p
  r
  a
   l
  p
  m
  e
  x
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Anexo A
(normativo)

Moldagem remota

A.1 Requisitos
A.1.1 Tipos de concreto
Concretos com classe de consistência igual ou superior a S 100 e autoadensáveis.

A.1.2 Momento da coleta da amostra


 A coleta deve ocorrer após todas as adições complementares
complementares de água e suplementares de aditivos,
   )
   1
e outras adições, caso ocorram, e deve atender à ABNT NBR 16886. A amostra deve ser depositada
   2
   0 imediatamente
imediatamente no recipiente de transporte.
   2
   /
   9
   0
   /
   3
   0 A.1.3 Recipiente de transporte
  :
  o
  s
  s
  e
  r
O recipiente deve ter capacidade volumétrica suciente para uma vez e meia a quantidade de concreto
  p
  m
   I
necessária para a moldagem dos corpos de prova para todas as idades previstas. O recipiente deve
   2
   4
ser impermeável e vedado, de forma a garantir que não ocorra perda de água.
   8
   7
   0
   8
  o A.1.4 Transporte da amostra
   d
   i
   d
  e
   P
   (
 A amostra deve ser transportada de volta à central de concreto em local do veículo que minimize
   1
   4 impactos e vibrações. É esperado que a amostra dentro do recipiente, ao nal do transporte, apresente
  -
   1
   0 segregação de agregados graúdos e exsudação supercial da água de amassamento.
   0
   0
   /
   3
   8
   4
 .
A.1.5 Entrega da amostra, preparo e moldagem
   6
   6
   7
 .
   8
   0
 A amostra deve ser entregue pelo motorista devidamen
devidamentete identicada e recebida por prossional
  -
  a
capacitado para a moldagem. Este prossional deve receber e depositar a amostra em equipamento
   d
   t
   l que permita a homogeneização manual ou mecânica. A moldagem deve ser realizada conforme
  s
  e a ABNT NBR 5738.
  o
  c
  u
  r
   t
  s
  n
  o
A.1.6 Tempo de preparo da amostra
  c
  a
  c
  r
  -
O processo de recebimento e homogeneização da amostra deve ocorrer no menor tempo possível
  o
  v
entre a recepção e o início da moldagem dos corpos de prova.
   i
  s
  u
   l
  c
  x Recomenda-se o prazo de até 15 min entre a recepção e o início da moldagem dos corpos de prova.
  e
  o
  s
  u
  a
  r
  a
  p
  r
A.2 Critérios de descarte de amostras
  a
   l
  p
  m
 As am
amos
ostr
tras
as de
deve
vem
m se
serr de
desc
scar
arta
tada
dass qu
quan
ando
do se ob
obse
serv
rvar
ar al
algu
guma
ma da
dass oc
ocor
orrê
rênc
ncia
iass de
desc
scri
rita
tass em A.
A.2.
2.1
1 e A.
A.2.
2.3.
3.
  e
  x
   E
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A.2.1 Falhas em processos

Falha em alguma das etapas descritas em A.1.

A.2.2 Perda de trabalhabilidade da amostra

Situação em que a amostra apresenta perda de trabalhabilidade durante o retorno, não sendo possível
homogeneizá-la.

A.2.3 Elevação da temperatura da amostra

Situação em que ocorre perda de trabalhabilidade e aumento signicativo da temperatura da amostra


em relação à temperatura ambiente.

 Admite-se como aceitável o aumento da temperatura da amostra em até 8 °C acima da temperatura


ambiente.

   )
   1
A.3 Implantação do processo de moldagem remota
   2
   0
   2
   /
   9  A implanta
implantação
ção atendidos
de moldagem remota deve
   0
   /
   3  Anexo sejam e que exista umser conduzida
estudo préviode forma a garantir
comparativo entre que os requisitos
a moldagem emdeste
obra
   0
  :
  o
e a moldagem remota, demonstrando a similaridade de resultados.
  s
  s
  e
  r
  p Recomendam-se ao menos 18 amostragens, distribuídas em no mínimo três datas distintas.
  m
   I
   2
 A resistência média das
das amostras
amostras da moldagem remota de
de cada dia não
não pode diferir em
em mais de 15 %
   4
   8 da resistência média da moldagem em obra .
   7
   0
   8
  o
   d
   i
   d
  e
   P
   (
   1
   4
  -
   1
   0
   0
   0
   /
   3
   8
   4
 .
   6
   6
   7
 .
   8
   0
  -
  a
   d
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   l
  s
  e
  o
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  u
  r
   t
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  o
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  a
  c
  r
  -
  o
  v
   i
  s
  u
   l
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  e
  o
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  u
  a
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  a
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  r
  a
   l
  p
  m
  e
  x
   E
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Bibliograa

[1] Portaria Inmetro nº 236, de 22 de dezembro de 1994.

   )
   1
   2
   0
   2
   /
   9
   0
   /
   3
   0
  :
  o
  s
  s
  e
  r
  p
  m
   I
   2
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  o
   d
   i
   d
  e
   P
   (
   1
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  -
   1
   0
   0
   0
   /
   3
   8
   4
 .
   6
   6
   7
 .
   8
   0
  -
  a
   d
   t
   l
  s
  e
  o
  c
  u
  r
   t
  s
  n
  o
  c
  a
  c
  r
  -
  o
  v
   i
  s
  u
   l
  c
  x
  e
  o
  s
  u
  a
  r
  a
  p
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  a
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