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NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 17015
Primeira edição
30.08.2022
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Execução de obras lineares para transporte


de água bruta e tratada, esgoto sanitário e
drenagem urbana, utilizando tubos rígidos,
semirrígidos e flexíveis
Laying of pipelines to convey raw and treated water, wastewater and urban
drainage, using rigid, semirigid and flexible pipes

ICS 91.140.60; 23.040.01 ISBN 978-85-07-09283-4

Número de referência
ABNT NBR 17015:2022
114 páginas

© ABNT 2022
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Sumário Página

Prefácio...............................................................................................................................................vii
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................4
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4 Requisitos gerais..............................................................................................................10
4.1 Projeto................................................................................................................................10
4.2 Execução............................................................................................................................12
4.2.1 Canteiro de obras..............................................................................................................12
4.2.2 Serviços preliminares.......................................................................................................13
4.2.3 Transporte, manuseio e armazenamento de materiais..................................................16
4.2.4 Locação e nivelamento.....................................................................................................18
4.2.5 Remoção da pavimentação .............................................................................................20
4.2.6 Escavação de valas, poços e cavas................................................................................20
4.2.7 Escoramento .....................................................................................................................23
4.2.8 Esgotamento .....................................................................................................................27
4.2.9 Preparo e regularização do fundo da vala, assentamento, execução das juntas
e envoltória dos tubos......................................................................................................29
4.2.10 Reaterro, compactação e remoção do escoramento.....................................................46
4.2.11 Reposição da pavimentação ...........................................................................................48
4.2.12 Cadastramento..................................................................................................................51
5 Requisitos específicos.....................................................................................................52
5.1 Ancoragem ........................................................................................................................52
5.2 Instalações aéreas............................................................................................................54
5.3 Instalações submersas.....................................................................................................56
5.4 Instalação de tubulação em travessia de rodovias ou ferrovias..................................56
5.5 Sistemas de abastecimento de água ..............................................................................56
5.5.1 Ligação predial de água executada pelo método destrutivo .......................................56
5.5.2 Ligação predial de água executada pelo método não destrutivo.................................57
5.5.3 Instalação de válvulas, descargas, dispositivos para eliminação ou absorção de ar.....57
5.5.4 Hidrantes............................................................................................................................60
5.5.5 Interligações de redes de água e adutoras.....................................................................62
5.5.6 Verificação da estanqueidade .........................................................................................63
5.6 Sistemas de esgoto sanitário ..........................................................................................63
5.6.1 Ligação predial de esgoto ...............................................................................................63
5.6.2 Poços de visita e inspeção...............................................................................................64
5.6.3 Terminal de limpeza (TL)..................................................................................................67
5.6.4 Caixa de passagem (CP)...................................................................................................67
5.6.5 Ensaio de juntas ...............................................................................................................67
Anexo A (normativo) Armazenamento, manuseio e transporte dos materiais............................68
A.1 Tubos de policloreto de vinila (PVC-U, PVC DEFOFO e PVC-O)..................................68
A.1.1 Armazenamento................................................................................................................68

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A.1.2 Manuseio............................................................................................................................70
A.1.3 Transporte..........................................................................................................................70
A.2 Tubos de polietileno..........................................................................................................71
A.2.1 Transporte e manuseio.....................................................................................................71
A.2.2 Armazenamento................................................................................................................71
A.3 Tubos de ferro fundido.....................................................................................................72
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A.3.1 Armazenamento dos tubos..............................................................................................72


A.3.1.1 Formação das pilhas.........................................................................................................73
A.3.2 Armazenamento e prazo de utilização dos anéis de borracha.....................................76
A.3.2.1 Armazenamento................................................................................................................76
A.3.2.2 Prazo de utilização............................................................................................................76
A.3.3 Armazenamento das válvulas..........................................................................................77
A.4 Tubos de concreto............................................................................................................77
A.4.1 Descarga............................................................................................................................77
A.4.2 Armazenamento................................................................................................................77
Anexo B (normativo) Largura e profundidade das valas, poços e cavas.....................................79
Anexo C (normativo) Tipos de escoramento ..................................................................................83
C.1 Estrutura de escoramento de madeira – Tipo pontaleteamento..................................83
C.2 Estrutura de escoramento de madeira – Tipo descontínuo..........................................84
C.3 Estrutura de escoramento de madeira – Tipo contínuo................................................85
C.4 Estrutura de escoramento de madeira – Tipo especial.................................................86
C.5 Estrutura de escoramento – Tipo metálico e/ou madeira.............................................87
Anexo D (normativo) Tipos de apoio da tubulação, envolvimento e reaterro..............................88
Anexo E (normativo) Requisitos para a execução da envoltória e sistema unificado de
classificação dos solos (SUCS).......................................................................................97
Anexo F (normativo) Junta elástica...............................................................................................103
F.1 Montagem da junta elástica...........................................................................................103
F.2 Aparelhos para montagem da junta elástica................................................................103
F.2.1 Tubos de DN 50 a DN 150...............................................................................................103
F.2.2 Tubos de DN 200 a DN 600.............................................................................................104
F.2.3 Tubos de DN 700 a DN 1 200..........................................................................................104
Anexo G (normativo) Montagem da junta mecânica.....................................................................107
Anexo H (normativo) Montagem da junta e de flanges.................................................................109
Anexo I (normativo) Corte dos tubos de ferro fundido dúctil.................................................... 110
Anexo J (normativo) Máxima força admissível de puxamento de tubos de polietileno........... 112
Bibliografia........................................................................................................................................ 114

Figuras
Figura 1 – Etapas de reaterro da vala...............................................................................................34
Figura 2 – Métodos de assentamento..............................................................................................36
Figura 3 – Descida manual do tubo..................................................................................................39
Figura 4 – Formas de preparo do tubo para içamento mecânico..................................................40

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Figura 5 – Deflexões dos tubos........................................................................................................41


Figura 6 – Encaixe dos tubos por sistema manual.........................................................................42
Figura 7 – Forma incorreta para o acoplamento dos tubos...........................................................43
Figura 8 – Assentamento especiais..................................................................................................43
Figura 9 – Ancoragens de pequeno porte com pontalete de madeira para conexões de DN 50
a 100...................................................................................................................................53
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Figura 10 – Desenhos ilustrativos de blocos de ancoragem em concreto..................................54


Figura 11 – Travessia aérea...............................................................................................................55
Figura 12 – Esquemas de montagens de válvulas..........................................................................59
Figura 13 – Instalação de hidrante de coluna..................................................................................61
Figura 14 – Instalação de hidrante subterrâneo..............................................................................62
Figura A.1 – Esquema de empilhamento dos tubos.......................................................................68
Figura A.2 – Empilhamento – Apoio da primeira camada de tubos e bolsas livres.....................69
Figura A.3 – Proteção para armazenamento dos tubos expostos em período superior a seis
meses.................................................................................................................................69
Figura A.4 – Transporte e manuseio dos tubos..............................................................................70
Figura A.5 – Exemplo de suportes laterais......................................................................................71
Figura A.6 – Exemplos de estocagem de tubos..............................................................................72
Figura A.7 – Pilha de camadas sobrepostas...................................................................................73
Figura A.8 – Pilha de camadas superpostas-Bolsas do mesmo lado...........................................75
Figura A.9 – Pilha de camadas superpostas com bolsas de lado alternado................................76
Figura C.1 – Escoramento de madeira – Tipo pontaleteamento....................................................83
Figura C.2 – Escoramento de madeira – Tipo descontínuo...........................................................84
Figura C.3 – Escoramento de madeira – Tipo contínuo.................................................................85
Figura C.4 – Escoramento de madeira – Tipo especial..................................................................86
Figura C.5 – Escoramento – Tipo metálico e/ou madeira...............................................................87
Figura D.1 – Apoio direto...................................................................................................................88
Figura D.2 – Apoio sobre camada de solo.......................................................................................89
Figura D.3 – Apoio sobre leito de material granular fino (areia)....................................................89
Figura D.4 – Apoio sobre leito de material granular fino (areia) e envolvimento lateral parcial......90
Figura D.5 – Apoio sobre lastro de brita..........................................................................................91
Figura D.6 – Apoio sobre laje e berço de concreto com fundação...............................................92
Figura D.7 – Laje sobre lastro de brita (fundação)..........................................................................92
Figura D.8 – Laje sobre embasamento de pedra de mão (fundação)............................................92
Figura D.9 – Laje sobre estaca (fundação)......................................................................................93
Figura D.10 – Apoio sobre leito de material granular fino..............................................................93
Figura D.11 – Apoio sobre leito de material granular fino..............................................................94
Figura D.12 – Apoio sobre lastro de brita........................................................................................94
Figura D.13 – Apoio sobre laje e berço de concreto com fundação ............................................95
Figura D.14 – Laje sobre lastro de brita (fundação)........................................................................95
Figura D.15 – Apoio sobre leito de material granular fino..............................................................96
Figura E.1 – Primeira camada da envoltória....................................................................................97
Figura E.2 – Demais camadas da envoltória...................................................................................98

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Figura E.3 – Envoltória para condição de tráfego...........................................................................98


Figura E.4 – Envoltória para condição de passeio de demais condições sem tráfego...............99
Figura E.5 – Gráfico de plasticidade..............................................................................................102
Figura F.1 – Limpeza do alojamento do anel de borracha no interior da bolsa.........................104
Figura F.2 – Colocação do anel de borracha em seu alojamento................................................104
Figura F.3 – Marcação na ponta do tubo da distância para penetrar na bolsa do tubo contíguo.....105
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Figura F.4 – Aplicação da pasta lubrificante sobre a superfície exposta do anel de borracha...105
Figura F.5 – Verificação por meio de uma lâmina da posição do anel de borracha..................105
Figura F.6 – Montagem de tubos DN 50 até DN 150 por meio de alavanca................................105
Figura F.7 – Montagem de tubos DN 200 até DN 600 por meio de um tirfor...............................106
Figura F.8 – Montagem de tubos DN 700 até DN 1 200 por meio de dois tirfor..........................106
Figura G.1 – Posicionamento do contraflange e do anel de borracha na ponta do tubo..........107
Figura G.2 – Aplicação do anel de borracha no alojamento da bolsa.........................................108
Figura G.3 – Aperto manual das porcas.........................................................................................108
Figura G.4 – Esquema indicativo da ordem de aperto das porcas.............................................108
Figura H.1 – Ordem de aperto dos parafusos dos flanges..........................................................109
Figura I.1 – Corte utilizando disco abrasivo de alta rotação........................................................ 111
Figura I.2 – Execução do chanfro por meio de lima..................................................................... 111

Tabelas
Tabela 1 – Tempo mínimo para aplicação de esforços...................................................................45
Tabela 2 – Largura mínima dos pilares............................................................................................55
Tabela A.1 – Altura de armazenamento dos tubos..........................................................................74
Tabela A.2 – Espessura de espaçadores.........................................................................................75
Tabela A.3 – Altura de empilhamento – Tubos de concreto...........................................................78
Tabela B.1 – Largura da vala para obra de esgoto..........................................................................79
Tabela B.2 – Largura da vala para obra de água.............................................................................81
Tabela B.3 – Recobrimento de tubulações por tipo de pavimento (sistemas de água)..............82
Tabela B.4 – Recobrimento de tubulações por tipo de pavimento (sistemas de esgoto e
drenagem)..........................................................................................................................82
Tabela B.5 – Dimensões de singularidades.....................................................................................82
Tabela E.1 – Altura das camadas de envoltória em função do diâmetro nominal do tubo.........97
Tabela E.2 – Critérios para atribuição dos símbolos de grupo......................................................99
Tabela E.3 – Classificação de solos...............................................................................................101
Tabela J.1 – Máxima força admissível de puxamento de tubos PE 80 em quilograma força (kgf) ..... 112
Tabela J.2 – Fator de redução da força de puxamento em função da temperatura ambiente..... 113

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
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da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 17015 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Saneamento Básico (ABNT/CB-177), pela
Comissão de Estudo de Estudo de Execução, Instalação e Manutenção de Sistemas de Saneamento
(CE-177:001.002). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 12, de 07.12.2021
a 08.02.2022. O 2º Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 07, de 26.07.2022
a 24.08.2022.

A ABNT NBR 17015:2021 cancela e substitui as ABNT NBR 9814:1987, ABNT NBR 9822:2012,
ABNT NBR 12266:1992 e ABNT NBR 12595:1992.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 17015 é o seguinte:

Scope
This document establish the necessary requirements for laying of pipelines to convey raw and treated
water, sewage and urban drainage systems, using rigid (concrete and ceramic), semirigid (cast iron
and glass fiber reinforced polyester) and flexible (PVC, polyethylene) pipes, polypropylene).

This document is applicable to works carried out using the open cut method, except in the case
of water connections that can also be carried out by non-destructive methods.

This document is applicable to sections of pipes used in aerial/underground crossings, siphons,


underwater works and other special works, when these works are part of the project and prioritize the
specific project.

This document does not applicable to sections of buried pipes executed with steel tubes.

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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 17015:2022

Execução de obras lineares para transporte de água bruta e tratada,


esgoto sanitário e drenagem urbana, utilizando tubos rígidos,
semirrígidos e flexíveis
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1 Escopo
Este Documento estabelece os requisitos para execução de obras lineares de sistemas de abastecimento
de água, esgotamento sanitário e drenagem urbana, com a utilização de tubos rígidos (concreto
e cerâmica), semirrígidos (ferro fundido e PRFV) e flexíveis (PVC, polietileno e polipropileno).

Este Documento é aplicável às obras realizadas pelo método de vala a céu aberto (VCA).

Este Documento é aplicável aos trechos de tubulações utilizadas em travessias aéreas e subterrâneas,
sifões, obras subaquáticas e outras obras especiais, quando estas obras fizerem parte do projeto
e forem detalhadas em projeto específico.

Este Documento não é aplicável aos trechos de tubulações enterradas, executadas com tubos de aço.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 5601, Aços inoxidáveis – Classificação por composição química

ABNT NBR 5645, Tubos cerâmicos para canalizações

ABNT NBR 5647-1, Sistemas para adução e distribuição de água – tubos e conexões de PVC-U 6,3
com junta elástica e com diâmetros nominais até DN 100 – Parte 1: Requisitos gerais para tubos
e métodos de ensaio

ABNT NBR 5647-2, Sistemas para adução e distribuição de água – tubos e conexões de PVC-U 6,3
com junta elástica e com diâmetros nominais até DN 100 – Parte 2: Requisitos específicos para tubos
com pressão nominal PN 1,0 MPa

ABNT NBR 5647-3, Sistemas para adução e distribuição de água – tubos e conexões de PVC-U 6,3
com junta elástica e com diâmetros nominais até DN 100 – Parte 3: Requisitos específicos para tubos
com pressão nominal PN 0,75 MPa

ABNT NBR 5647-4, Sistemas para adução e distribuição de água – Tubos e conexões de PVC-U 6,3
com junta elástica e com diâmetros nominais até DN 100 – Parte 4: Requisitos específicos para tubos
com pressão nominal PN 0,60 MPa

ABNT NBR 5647-5, Sistemas para adução e distribuição de água – Tubos e conexões de PVC-U 6,3
com junta elástica e com diâmetros nominais até DN 100 – Parte 5: Requisitos para conexões

ABNT NBR 5667-1, Hidrantes urbanos de incêndio de ferro fundido dúctil – Parte 1: Hidrantes
de coluna

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ABNT NBR 5667-2, Hidrantes urbanos de incêndio de ferro fundido dúctil – Parte 2: Hidrantes
subterrâneos

ABNT NBR 5667-3, Hidrantes urbanos de incêndio de ferro fundido dúctil – Parte 3: Hidrantes
de coluna com obturação própria

ABNT NBR 5739, Concreto – Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos


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ABNT NBR 6118, Projeto de estruturas de concreto – Procedimento

ABNT NBR 7182, Solo – Ensaio de compactação

ABNT NBR 7362-1, Sistemas enterrados para condução de esgoto – Parte 1: Requisitos para tubos
de PVC com junta elástica

ABNT NBR 7362-2, Sistemas enterrados para condução de esgoto – Parte 2: Requisitos para tubos
de PVC com parede maciça

ABNT NBR 7665, Sistemas de transporte de água ou de esgoto sob pressão – Tubos de PVC-M
DEFOFO com junta elástica – Requisitos

ABNT NBR 7674, Junta elástica para tubos e conexões de ferro fundido dúctil

ABNT NBR 7675, Tubos e conexões de ferro dúctil e acessórios para sistemas de adução e distribuição
de água – Requisitos

ABNT NBR 7676, Elementos de vedação com base elastomérica termofixa para tubos, conexões,
equipamentos, componentes e acessórios para água, esgotos, drenagem e águas pluviais e água
quente – Requisitos

ABNT NBR 9061, Segurança de escavação a céu aberto

ABNT NBR 9648, Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário – Procedimento

ABNT NBR 9649, Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário – Procedimento

ABNT NBR 9650, Verificação da estanqueidade no assentamento de adutoras e redes de água –


Procedimento

ABNT NBR 10160, Tampões e grelhas de ferro fundido dúctil – Requisitos e métodos de ensaios

ABNT NBR 10848, Assentamento de tubulação de poliéster reforçados com fibras de vidro

ABNT NBR 11185, Projeto de tubulações de ferro fundido dúctil centrifugado, para condução de água
sob pressão – Procedimento

ABNT NBR 12051, Solo – Determinação do índice de vazios mínimos de solos não-coesivos

ABNT NBR 12207, Projeto de interceptores de esgoto sanitário

ABNT NBR 12211, Estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento de água –


Procedimento

ABNT NBR 12215, Projeto de adutora de água – Parte 1: Conduto forçado

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ABNT NBR 17015:2022

ABNT NBR 12218, Projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público – Procedimento

ABNT NBR 12284, Áreas de vivência em canteiros de obra-procedimento

ABNT NBR 12586, Cadastro de sistema de abastecimento de água – Procedimento

ABNT NBR 12587, Cadastro de sistema de esgotamento sanitário – Procedimento


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ABNT NBR 12655, Concreto de cimento Portland – Preparo, controle, recebimento e aceitação –
Procedimento

ABNT NBR 13133, Execução de levantamento topográfico

ABNT NBR 13211, Dimensionamento de ancoragens para tubulação – Procedimento

ABNT NBR 14208, Sistemas enterrados para condução de esgotos – Tubos e conexões cerâmicos
com junta elásticas – Requisitos

ABNT NBR 14464, Tubos e conexões plásticas-união por solda de topo em tubos e conexões
de polietileno PE 80 E PE100 – Procedimento

ABNT NBR 14465, Tubos e conexões plásticas-união por solda de eletrofusão em tubos e conexões
de polietileno PE 80 E PE100 – Procedimento

ABNT NBR 14486, Sistemas enterrados para condução de esgoto sanitário – Projeto de redes
coletoras com tubos de PVC

ABNT NBR 14968, Válvula-gaveta de ferro fundido nodular com cunha emborrachada – Requisitos

ABNT NBR 15420, Tubos, conexões e acessórios de ferro dúctil para canalizações de esgoto –
Requisitos

ABNT NBR 15536-1, Sistemas para adução de água, coletores-tronco, emissários de esgoto sanitário
e águas pluviais – Tubos e conexões de plástico reforçado de fibra de vidro (PRFV) – Parte 1: Tubos
e juntas para adução de água

ABNT NBR 15536-2, Sistemas para adução de água, coletores-tronco, emissários de esgoto sanitário
e águas pluviais – Tubos e conexões de plástico reforçado de fibra de vidro (PRFV) – Parte 2: Tubos
e juntas para coletores-tronco, emissários de esgoto sanitário e água pluvial

ABNT NBR 15536-3, Sistemas para adução de água, coletores-tronco, emissários de esgoto sanitário
e águas pluviais – Tubos e conexões de plástico reforçado de fibra de vidro (PRFV) – Parte 3: Conexões

ABNT NBR 15536-4, Sistemas para adução de água, coletores-tronco, emissários de esgoto sanitário
e plástico pluviais – Tubos e conexões de plástico reforçado de fibra de vidro (PRFV) – Parte 4: Anéis
de borracha

ABNT NBR 15561, Tubulação de polietileno PE 80 e PE 100 para transporte de água e esgoto sob
pressão – Requisitos

ABNT NBR 15750, Tubulações de PVC-O (cloreto de polivinila não plastificado orientado) para
sistemas de transporte de água ou esgoto sob pressão – Requisitos e métodos de ensaios

ABNT NBR 15802, Sistemas enterrados para distribuição e adução de água e transporte de esgotos
sob pressão – Requisitos para projetos em tubulação de polietileno PE 80 e PE 100 de diâmetro
externo nominal entre 63 mm e 1600 mm

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ABNT NBR 15952, Sistemas para redes de distribuição e adução de água e transporte de esgotos sob
pressão – Verificação da estanqueidade hidrostática em tubulações de polietileno

ABNT NBR 16085, Poços de visita e inspeção pré-moldados em concreto armado para sistemas
enterrados – Requisitos e métodos de ensaio

ABNT NBR 16682, Projeto de linha de recalque para sistema de esgotamento sanitário – Requisitos
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ABNT NBR ISO 21138-1, Sistemas de tubulações plásticas para drenagem e esgoto subterrâneos
não pressurizados – Sistemas de tubos com paredes estruturadas de policloreto de vinila não
plastificado (PVC-U), polipropileno (PP) e polietileno (PE) – Parte 1: Especificações de material

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
anel de borracha para vedação
acessório circular de borracha flexível, integrado ao tubo ou aplicável no momento da instalação
do tubo em local de serviço

3.2
berço
camada de solo situada entre o fundo da vala e a geratriz inferior da tubulação

3.3
bobina
cilindro sobre o qual se enrolam as tubulações de polietileno ou qualquer material flexível

3.4
bota-fora
local regularizado de destinação de resíduos de obras, conforme a legislação vigente

3.5
cachimbo
escavação adicional na lateral ou na profundidade da vala, na região de acoplamento dos tubos
de forma, que permita o manuseio do equipamento, bem como da tubulação, e a execução da junta
com segurança

3.6
caixa de inspeção
CI
dispositivo visitável, quando em pequena profundidade, que permite inspeção e introdução
de equipamentos de limpeza

3.7
classe de pressão
pressão de serviço máxima
pressão máxima em serviço e em regime contínuo a que a tubulação está sujeita, incluindo as variações
dinâmicas (golpe de aríete)

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3.8
classe de resistência
designação dada aos tubos de acordo com as exigências das cargas de fissuras e rupturas

3.9
coletor público
tubulação pertencente ao sistema público de esgoto sanitário, destinada a receber e conduzir
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os efluentes líquidos dos coletores prediais

3.10
coletor-tronco
tubulação da rede coletora que recebe apenas contribuição de esgoto de outros coletores

3.11
dama
trecho da vala que não é escavado para preservar interferências, estabilizar objetos adjacentes
(árvores, postes etc.) e reduzir a velocidade de águas pluviais

3.12
desbobinadeira
equipamento destinado a desenrolar as tubulações de polietileno ou qualquer material flexível,
fornecido em bobina

3.13
diâmetro externo
DE
maior dimensão medida na seção transversal de uma tubulação

[FONTE: ABNT NBR 12208:2020, 3.31, modificada]

3.14
diâmetro interno
DI
dimensão correspondente ao diâmetro externo, descontadas duas vezes a espessura da parede

[FONTE: ABNT NBR 12208:2020, 3.32]

3.15
diâmetro nominal
DN
simples número que serve para classificar, em dimensão, os elementos de tubos, juntas, conexões
e acessórios

NOTA O diâmetro nominal (DN) não é objeto de medição nem de utilização para fins de cálculos.

[FONTE: ABNT NBR 12208:2020, 3.33]

3.16
efluente líquido
resíduos líquidos provenientes das diversas modalidades do uso da água em qualquer edificação
residencial, comercial ou industrial

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3.17
emissário
tubulação que recebe esgoto exclusivamente na extremidade de montante

3.18
empresa executora
empresa constituída por indivíduo ou grupo de pessoas habilitadas para os serviços de assentamento
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das tubulações

3.19
empresa prestadora de serviço de saneamento
organização responsável pela prestação de serviços públicos de distribuição de água, esgotamento
sanitário e drenagem urbana, de origem pública, mista ou privada

3.20
envoltória da tubulação
material de confinamento da tubulação, responsável pela interação solo-tubo

3.21
envoltória lateral
trecho do reaterro situado de cada lado da tubulação, limitado inferiormente pelo berço e superiormente
pelo plano tangente à geratriz superior da tubulação

3.22
escavação
remoção de solo, desde a superfície natural do terreno até a cota especificada no projeto

3.23
escoramento
estrutura destinada a manter estáveis os taludes das escavações

3.24
esgotamento da vala
operação que tem por finalidade a retirada da água da vala, de modo a permitir o desenvolvimento
dos trabalhos em seu interior

3.25
faixa de domínio
base física, constituída por canteiros, sinalização ou áreas, destinada à obra ou serviço público
ou de utilidade pública, com limites determinados conforme o projeto executivo

3.26
faixa de servidão
faixa de terra que acompanha o percurso de um duto ou linha de transmissão, que tem por
finalidade servir de passagem, escoamento, realização e conservação de obras e serviços públicos
ou de utilidade pública, podendo ser utilizada pelo proprietário, com as restrições decorrentes
de servidão

3.27
ficha
parte do escoramento vertical a ser cravada no solo, abaixo do greide final da escavação, com
profundidade suficiente para prevenir o tombamento ou fechamento

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3.28
fiscalização
conjunto constituído por elementos técnicos de níveis superior e médio, e/ou de empresas de consultoria
e assessoramento, designados pela empresa prestadotra de serviços de saneamento para exercer
as atividades de gerenciamento, supervisão e acompanhamento de execução das obras

3.29
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fundo da vala
parte inferior da vala sobre a qual a tubulação é apoiada diretamente ou sobre um berço adequado

3.30
greide
perfil longitudinal da superfície do terreno, no local onde será assentada a rede, gerando as cotas dos
diversos pontos do seu eixo

3.31
junta elástica
acoplamento constituído pela união da ponta de um tubo ou conexão com a bolsa de um tubo
ou conexão, por meio de um anel de vedação, alojado em sulco apropriado, situado na bolsa, montado
de forma deslizante

3.32
junta elástica integrada
junta elastomérica dotada de anel de vedação toroidal, de seção não circular, integrado ao sulco
da bolsa do tubo permanecendo fixo durante o transporte, manuseio e montagem

3.33
leito carroçável
espaço compreendido entre dois meios-fios

3.34
ligação predial de água
ramal predial de água
conjunto de elementos do ramal predial de água e unidade de medição ou cavalete, que interliga
a rede de água à instalação predial do cliente

3.35
ligação predial de esgoto
ramal predial de esgoto
conjunto de elementos do ramal predial de esgotos, compreendido entre a caixa de ligação de esgoto
situada no alinhamento predial e a rede coletora de esgotos

3.36
poço de entrada
poço de acesso
câmara executada para permitir o início da perfuração e a retirda do material

3.37
poço de inspeção
PI
dispositivo não visitável que permite a inspeção e introdução de equipamentos de desobstrução
e limpeza

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3.38
poço de saída
poço de chegada
câmara executada ou escavação, para onde o equipamento de perfuração é dirigido

3.39
poço de visita
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PV
câmara visitável por meio de abertua existente em sua parte superior, destinada à reunião de dois
ou mais trechos de coletor e à execução de trabalhos de manutenção e inspeção

3.40
profundidade da vala
diferença de nível entre o fundo da vala e a superfície do terreno

3.41
ramal predial interno
sistema de coleta compreendido pelas tubulações e dispositivos internos, inclusive caixa de inspeção
de ligação, que recebe os efluentes dos ramais de descarga diretamente ou a partir de um desconector,
lançando-os ao ramal predial de esgoto por meio do tubo conector

3.42
reaterro da vala
recomposição de solo desde o fundo da vala até a superfície do terreno

3.43
reaterro final
trecho do aterro compreendido entre o reaterro superior e o nível do terreno

3.44
reaterro superior
trecho de reaterro situado acima do plano tangente à geratriz superior da tubulação e outro plano
paralelo a este, com espessura de 0,30 m

3.45
rebaixamento de lençol
operação que tem por finalidade eliminar ou diminuir o fluxo de água do lençol freático para o interior
da vala, com aplicação de sistema apropriado

3.46
recobrimento da tubulação
diferença de nível entre a superfície do terreno e a geratriz superior externa da tubulação

3.47
rede de água
rede formada por tubulações e conexões, destinada a atender aos pontos de consumo de uma cidade
ou de um setor dentro das condições sanitárias de vazão e pressão requeridas

3.48
rede de esgoto
rede formada por tubulações, conexões e singularidades, que transporta todo o esgoto coletado
em residências, prédios, indústrias ou comércios, para posterior encaminhamento ao tratamento

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3.49
referência de nível
RN
referência de posicionamento transferida para o local da obra a partir de um marco geodésico oficial

3.50
registro de gaveta
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válvula de bloqueio instalada em tubulações de instalações hidráulicas, destinada à interrupção


eventual da passagem de água, que é constituída por uma cunha ou gaveta, acionada por uma haste
se desloca, fechando ou abrindo totalmente a passagem de água

3.51
singularidade
qualquer acessório, necessário para possibilitar mudança de direção e variações de seção,
de declivdade e de vazão, quando significativa

3.52
terminal de limpeza
TL
dispositivo que permite a introdução de equipamentos de limpeza, localizado na cabeceira
ou na ponta seca de qualquer coletor

3.53
trecho
segmento de coletor, coletor-tronco, interceptor ou emissário, compreendido entre sigularidades
sucessivas

3.54
tubo de queda
dispositivo instalado no PV, ligando uma rede coletora afluente ao fundo do poço

3.55
tubos de polímero reforçado com fibras de vidro
tubos de PRFV
tubos de poliéster reforçado com fibras de vidro

3.56
tubo flexível
tubo que, quando submetido à compressão diametral, pode sofrer deformações superiores a 3 %
no diâmetro, medidas no sentido da aplicação da carga, sem que apresente fisuras prejudiciais

NOTA Tubos de aço, tubos de PVC, tubos de polietileno e outros que atendam às condições especificadas.

3.57
tubo rígido
tubo que, quando submetido à compressão diametral, pode sofrer deformações de até 0,1 %
no diâmetro, medidas no sentido da aplicação da carga, sem apresentar fisuras prejudiciais

NOTA Tubos de concreto simples e armado, tubo cerâmico e outros, que atendam às condições
especificadas.

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3.58
tubo semirrígido
tubo que, quando submetido à compressão diametral, pode sofrer deformações no diâmetro, medidas
no sentido da aplicação da carga, superiores a 0,1 % e inferiores a 3 %, sem apresentar fisuras
prejudiciais

NOTA Tubos de ferro fundido, tubos de PRFV e outros que atendam às condições especificadas.
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3.59
vala
abertura feita no solo, por processos mecânicos ou manuais, com determinada seção transversal,
destinada a receber tubulações

3.60
via pública
rua
espaço comprendido entre dois alinhamentos, que abrange o leito carroçável e os passeios laterais

4 Requisitos gerais
4.1 Projeto
4.1.1 As execuções das obras dos sistemas de abastecimento de água, de esgotamento sanitário
e de drenagem urbana devem atender rigorosamente às plantas, desenhos e detalhes de projeto,
às recomendações específicas dos fabricantes dos materiais a serem empregados e aos demais
elementos que a fiscalização forneça.

4.1.2 Os projetos devem ser elaborados de acordo com as Normas Brasileiras e devem incluir:

a) cálculos e desenhos, por exemplo, plantas e perfis;

b) memorial descritivo;

c) posicionamento da tubulação, das sondagens (perfil e nível do lençol freático), das interferências,
das conexões, das válvulas, dos hidrantes e dos demais componentes, destacando-se
o posicionamento das singularidades por meio de coordenadas georreferenciadas;

d) diâmetro, tipo de junta e material da tubulação, incluindo especificação técnica do material, por
exemplo, aplicação em água ou esgoto, classe de resistência e classe de pressão.

e) especificação da base de assentamento (fundo da vala) e envoltória, quando necessário;

f) profundidades, recobrimentos mínimos e detalhes do reaterro, especificando necessidade ou não


de troca de solo e grau de compactação;

g) largura da vala, especificada em projeto e que depende de fatores como:

— características do solo;

— processo de escavação;

— diâmetro da tubulação;

— profundidade;

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— nível do lençol freático;

— tipo de escoramento;

— espaço necessário para execução das juntas;

NOTA Quando demonstrado em projeto que há vantagem técnica e econômica, para que as juntas possam
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ser executadas na superfície do terreno, a largura da vala pode ser reduzida, executando-se alargamentos
(cachimbos) somente nos pontos de união dos tubos dentro da vala.

h) pontos de passagem obrigatórios e áreas sujeitas a inundações ocasionais;

i) declividades, no caso de tubulações não pressurizadas;

j) cálculos e detalhes dos blocos de ancoragem, como poços de visita (PV), poços de inspeção (PI),
terminais de limpeza (TL) e caixas (CX), quando necessário;

k) tipo de rebaixamento do lençol freático e tipo do escoramento, quando necessário;

l) seção e tipo de pavimento, quando necessário;

m) projeto específico das travessias aéreas ou subterrâneas, sifões, obras subaquáticas e outras
obras especiais, contendo todas as informações e detalhes necessários à execução;

n) listagem e especificação dos tipos de travessias, como cursos d’água, rodovias, ferrovias etc.,
descrevendo as empresas ou entidades a serem consultados para eventuais autorizações;

o) indicação de pontos de aplicação de hiploclorito para o processo de lavagem e desinfecção das


tubulações de água, bem como de pontos para enchimento e descarga;

p) delimitação dos trechos a serem submetidos a ensaios hidrostáticos nas tubulações de água,
indicando os pontos de pressurização, purga e drenagem;

q) estudos ambientais necessários para o licenciamento e Anotação de Responsabilidade Técnica


(ART) de profissional legalmente habilitado.

4.1.3 Eventuais modificações no projeto devem ser efetuadas ou aprovadas pelo projetista,
em casos de:

a) divergências no projeto, entre as cotas assinaladas e as suas dimensões medidas em escala,


devendo prevalecer as primeiras;

b) divergências entre os desenhos de escalas diferentes, devendo prevalecer os de maior escala;

c) divergências entre elementos não incluídos em a) e b), devendo prevalecer o critério


e a interpretação da fiscalização, para cada caso.

4.1.4 Todos os aspectos particulares de projeto, os omissos e ainda os de obras complementares,


não considerados no projeto, devem ser especificados e detalhados pela empresa prestadora
de serviço de saneamento.

4.1.5 Qualquer serviço que não conste no projeto não pode ser executado sem autorização
da fiscalização, exceto em casos de emergência, se necessário para a estabilidade e a segurança
da obra e do pessoal envolvido.

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4.1.6 Os estudos de concepção do sistema de abastecimento de água devem ser elaborados


de acordo com a ABNT NBR 12211.

4.1.7 Os estudos de concepção do sistema de esgotamento sanitário devem ser elaborados


de acordo com a ABNT NBR 9648.

4.1.8 O projeto do sistema de esgotamento sanitário deve ser elaborado de acordo com
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as ABNT NBR 9649, ABNT NBR 12207, ABNT NBR 14486, ABNT NBR 15802 e ABNT NBR 16682.

4.1.9 O projeto do sistema de abastecimento de água deve ser elaborado de acordo com
as ABNT NBR 12215, ABNT NBR 12218 e ABNT NBR 15802.

4.1.10 A aquisição dos materiais deve ser baseada nas especificações de projeto, que devem
ser elaboradas atendendo aos requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 5645, ABNT NBR 5647
(todas as partes), ABNT NBR 5667 (todas as partes), ABNT NBR 7362 (todas as partes),
ABNT NBR 7665, ABNT NBR 7675, ABNT NBR 7676, ABNT NBR 10160, ABNT NBR 14208,
ABNT NBR 15420, ABNT NBR 15536 (todas as partes), ABNT NBR 15561, ABNT NBR 15750,
ABNT NBR 16085 (todas as partes) e ABNT NBR ISO 21138 (todas as partes). A verificação
do atendimento aos requisitos técnicos previstos nestas Normas deve ser realizada antes do transporte
dos tubos para o local de aplicação.

4.2 Execução

4.2.1 Canteiro de obras

4.2.1.1 O canteiro de obras tem por finalidade dar apoio aos serviços a serem executados, pela
empresa executora da obra e pela empresa prestadora de serviços de saneamento. Por esta razão,
o canteiro de obras deve ter capacidade de alojar adequadamente a equipe responsável pela prestação
dos serviços, armazenar o material a ser utilizado e conter escritórios para a equipe da obra, devendo
ser montado de forma que assegure boas condições de higiene e segurança, em conformidade com
a ABNT NBR 12284.

4.2.1.2 A empresa executora da obra, antes de iniciar a construção do canteiro, deve providenciar
a planta geral para aprovação da empresa prestadora de serviços de saneamento, indicando
a localização, dimensões e acesso ao canteiro, aos pátios, aos estacionamentos, às edificações,
às redes de água e de esgoto, bem como o fornecimento de energia elétrica e telefone, entre outros
serviços.

4.2.1.3 Após a aprovação da construção do canteiro, a empresa executora da obra deve:

a) montar as instalações do canteiro obedecendo ao código de obras do município e aos requisitos


e orientações da medicina e segurança do trabalho;

b) ser responsável pelo fornecimento de água, coleta de esgoto, energia elétrica e telefone,
assim como deve assegurar a segurança, o armazenamento e a conservação de todo material,
equipamentos, ferramentas, utensílios e instalações da obra;

c) manter no escritório da obra todas as plantas, perfis, especificações de projeto e demais documentos
necessários à execução da obra, para sua consulta ou de seu preposto, da fiscalização da obra
e de órgãos competentes;

d) manter no canteiro de obras pessoal treinado e caixa de primeiros-socorros suprida com


medicamentos para pequenas ocorrências;

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e) prestar socorro imediato às vítimas, em caso de acidente no canteiro de obras, paralisando


imediatamente a obra no local do acidente, para não alterar as circunstâncias relacionadas
e comunicar imediatamente à empresa prestadora de serviços de saneamento da ocorrência;

f) demarcar todas as áreas de armazenamento de materiais, de instalação de equipamentos


e estacionamento de máquinas e automóveis, de forma a evitar o risco de acidentes de trabalho;
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g) mobiliar de forma adequada os locais destinados aos funcionários, mantendo-os limpos


e atendendo aos requisitos e orientações de medicina e segurança do trabalho, quanto às
condições de alojamento;

h) manter livre o acesso aos extintores, mangueiras e demais equipamentos situados no canteiro,
destinados ao combate a incêndio, sendo proibida a queima de qualquer material no local da obra;

i) providenciar a confecção, por profissional especializado, de placa de identificação da obra,


feita em material resistente à ação do tempo. O conteúdo da placa deve atender aos requisitos
da legislação local em vigor e, quando houver, aos requisitos específicos da empresa prestadora
de serviços de saneamento;

j) após a conclusão dos serviços, remover do local todos os materiais, equipamentos e quaisquer
detritos provenientes da obra, deixando a área totalmente limpa.

4.2.2 Serviços preliminares

4.2.2.1 Requisitos gerais

A execução das obras deve ser acompanhada por uma equipe de fiscalização designada pela empresa
prestadora de serviços de saneamento.

A empresa executora da obra deve manter à frente dos trabalhos um profissional legalmente
habilitado, que é seu preposto na execução do contrato firmado com a empresa prestadora de serviços
de saneamento.

A programação das frentes de trabalho deve ser determinada em comum acordo com a organização
responsável pela autorização de abertura de valas e remanejamento do tráfego.

Os materiais fornecidos para aplicação na obra devem atender aos requisitos estabelecidos nas
Normas Brasileiras aplicáveis, conforme indicado em 4.1.10.

Os serviços de locação, nivelamento e pesquisas de interferências devem ser executados antes


do início das obras ou de seus trechos, e deve constar no projeto.

A fiscalização deve fornecer as indicações de que dispuser sobre as interferências existentes, podendo,
entretanto, ocorrer outras não cadastradas.

Caso não seja feito o levantamento de interferências na fase de projeto e as informações fornecidas
pela fiscalização sejam insuficientes, a empresa executora da obra deve realizar a pesquisa
de interferências existentes no local onde serão desenvolvidos os trabalhos, visando não danificar
as interferências não cadastradas, como tubos, caixas, cabos, postes e outros elementos ou estruturas
que estejam na zona alcançada pela escavação ou em área próxima a esta. Eventuais danos causados
às instalações existentes são de responsabilidade da empresa executora da obra.

NOTA A pesquisa de interferências pode ser executada pelo método de prospecção ou por detecção
eletromagnética.

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Não são permitidos o bloqueio, a obstrução ou a eliminação de interferências existentes, exceto


quando a empresa executora da obra apresentar proposta/projeto que passe pela análise, aprovação
e emissão de termo circunstanciado da entidade responsável pela estrutura ou interferência que
se pretende alterar.

A empresa executora da obra deve providenciar os remanejamentos de instalação que interferirem nos
serviços a serem executados. Os remanejamentos devem ser programados pela empresa executora
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da obra com a devida antecedência e em comum acordo com a fiscalização, os proprietários e/ou
as concessionárias dos serviços, cujas instalações precisem ser remanejadas.

A demarcação e o acompanhamento dos serviços a serem executados devem ser realizados por
equipe de topografia.

O cronograma geral de obras deve ser elaborado em conformidade com os dados dos projetos,
considerando as necessidades da empresa prestadora de serviços de saneamento.

A empresa executora da obra deve apresentar um cronograma detalhado, estruturado por conjuntos
operacionais, produtos e entregas relativas à execução da obra, conforme as diretrizes estabelecidas
pela empresa prestadora de serviços de saneamento.

4.2.2.2 Segurança, higiene e medicina do trabalho

Na execução dos trabalhos, deve haver plena proteção contra o risco de acidentes com o pessoal
da empresa executora da obra e com terceiros. Para isso a empresa executora da obra deve
cumprir fielmente o estabelecido na legislação vigente, concernente à segurança, higiene e medicina
do trabalho, bem como deve atender a todas as normas próprias e específicas para a segurança
de cada serviço.

A empresa executora da obra é responsável pelo uso obrigatório e correto dos equipamentos
de proteção individual (EPI) e dos equipamentos de proteção coletiva (EPC), por parte dos funcionários
e terceiros, de acordo com as normas de segurança, higiene e medicina do trabalho.

Devem ser observadas e atendidas pela empresa executora da obra todas as condições de higiene,
segurança e saúde necessárias à preservação da integridade física de seus empregados e terceiros,
ao patrimônio da empresa prestadora de serviços de saneamento e de outrem, aos materiais
e equipamentos da obra e/ou dos serviços, de acordo com as Normas Regulamentadoras vigentes
e normas específicas contidas em seus procedimentos e diretrizes sobre a gestão de segurança
e saúde do trabalho.

Caso seja necessário o uso de explosivos na obra, a empresa executora da obra deve atender
às normas específicas de segurança e controle para armazenamento de explosivos e inflamáveis,
estabelecidas pelas autoridades competentes. O uso de explosivos deve ser executado por profissional
habilitado e autorizado previamente pelas autoridades competentes, cabendo à empresa executora
da obra tomar as providências para eliminar a possibilidade de danos físicos e materiais.

4.2.2.3 Licenças ambientais

A obra somente pode ser iniciada após a obtenção das licenças ambientais necessárias de acordo
com a legislação vigente, inclusive licenças no caso de necessidade de desmatamento e limpeza,
para execução de redes (emissários, interceptores etc.) localizadas em fundo de vale.

A empresa executora da obra deve cumprir, durante toda a execução das obras realizadas em sítios
arqueológicos, a legislação vigente referente à proteção do patrimônio histórico e artístico nacional.

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Caso a empresa executora da obra descubra quaisquer elementos de interesse arqueológico


ou pré-histórico, artístico ou numismático, ela deve, imediatamente, comunicar ao Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) ou aos órgãos oficiais autorizados sobre esse achado.

A empresa executora da obra é responsável pela conservação provisória dos elementos descobertos
até o pronunciamento e deliberação do IPHAN.
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4.2.2.4 Vistoria preliminar

Toda vez que for necessário resguardar interesses às propriedades vizinhas à obra a ser executada
ou ao logradouro público, seja em virtude do tipo das fundações a executar, das escavações, aterros,
sistemas de escoramento e estabilização, rebaixamento de lençol d’água e serviços provisórios
ou definitivos a serem realizados, deve ser feita uma vistoria por profissional especializado habilitado,
da qual devem resultar os seguintes elementos:

a) planta de localização de todas as edificações e logradouros confinantes e de todos os logradouros


não confinantes, mas suscetíveis de sofrerem algum dano por efeito da execução da obra;

b) relatório descritivo com todos os detalhes necessários a cada caso, das condições de estabilidade
daquelas edificações e logradouros, além do registro de todos os defeitos ou danos porventura
existentes nelas.

Todos os documentos referentes à vistoria devem ser assinados pelos proprietários dos imóveis, pelo
responsável pela execução da vistoria, pela empresa executora da obra e pela empresa prestadora
de serviços de saneamento, devendo haver cópia à disposição deles. Cabe ressaltar, que
os documentos relativos às vistorias devem ser elaborados de forma detalhada e com fotos, pois,
em caso de litígio, estes documentos devem estar adequados para apresentação na esfera judicial.

4.2.2.5 Trânsito – sinalização, tapumes e passadiços

A empresa executora da obra deve seguir o prescrito na legislação vigente [10], tomando todas
as providências necessárias para prevenir possíveis acidentes que possam ocorrer por falta
ou deficiência de sinalização e/ou proteção das obras, assumindo total responsabilidade por essas
ocorrências. Devem ser providenciadas faixas de segurança para o livre trânsito de pedestres,
especialmente junto a escolas, hospitais e outros polos de concentração, devendo ser mantidas
em perfeitas condições durante o dia e a noite.

A empresa executora da obra deve manter permanentemente, durante 24 h, em todas as frentes


de serviço, um sistema de vigilância efetuado por pessoal devidamente identificado e habilitado.

4.2.2.5.1 Sinalização

A sinalização deve atender ao estabelecido por autoridades locais e regras municipais, como prefeitura,
subprefeituras, administração regional, poder legislativo e concessionárias de serviços. O projeto
de sinalização deve ser incluído à solicitação de interdição, quando pertinente. Independentemente
do que for requerido, a empresa executora da obra deve utilizar no mínimo sinalização preventiva
com placas indicativas e orientativas, cones de sinalização, cavaletes, dispositivos de barragem,
sinalização refletiva e iluminação de segurança ao longo da obra.

A empresa executora da obra deve seguir as especificações da legislação vigente [9] e de regulamentos
da empresa prestadora de serviços de saneamento.

O local onde a obra será realizada deve ser cercado, sinalizado e protegido por cavaletes e tapumes
de contenção do material escavado, para que acidentes sejam evitados. O local deve ser mantido
sempre livre para escoamento superficial de água de chuva e para passagem de pedestres e veículos.

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Os colaboradores que estiverem em vias públicas devem usar EPI e EPC por medidas de segurança,
como coletes ou tiras refletivas, conforme a legislação vigente [9].

4.2.2.5.2 Tapumes

Os tapumes devem ser utilizados para cercar o perímetro de todas as obras urbanas, de forma
a impedir o acesso de pessoas não autorizadas, conforme a legislação vigente [10], com exceção
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de pequenas obras e de curta duração, nas quais são utilizadas cercas portáteis.

Os tapumes devem ser constituídos por placas sustentadas na posição vertical por elementos
de madeira ou metal, por exemplo, chapas de madeira compensada, tábuas de madeira ou chapas
de metal, com uma base interna que assegure a estabilidade ao conjunto. Estes tapumes devem ser
dispostos de forma contínua, para impedir completamente a passagem de terra ou detritos.

Tanto as chapas de vedação quanto os elementos de sustentação devem ser externamente pintados
na cor branca e devem receber manutenção constante.

NOTA 1 A cor pode ser modificada em casos de exigência do órgão competente.

As placas devem estar junto ao solo, alcançando a altura mínima de 1,10 m, colocadas em sequência
e em quantidade suficiente para fechar completamente o local, conforme a legislação vigente [10].
Cada interseção entre os tapumes deve ter altura máxima de 1,10 m, para permitir visibilidade aos
veículos.

NOTA 2 A critério da fiscalização, podem ser utilizados tapumes com tela em polietileno de alta resistência,
com requadramento em madeira e altura mínima de 1,10 m, com distância entre o solo e o requadro menor
ou igual a 0,10 m. A empresa executora da obra é responsável por providenciar manutenção permanente
da tela.

NOTA 3 Quando necessário, a critério da fiscalização, pode ser utilizado tapume com iluminação
de segurança.

4.2.2.5.3 Passadiço

Os passadiços devem ser utilizados em passagens temporárias, por exemplo, em cruzamentos


de ruas, em frente a estacionamentos, garagens e outros locais onde seja necessário assegurar
o acesso de veículos e pedestres e devem ser dimensionados em função do seu comprimento total
e das cargas a que estarão submetidos

Os passadiços metálicos para veículos devem ser executados em chapas de aço classe 1 020, com
espessura de 18,75 mm (¾”) a 21,88 mm (7/8”), sendo obrigatória a sua fixação ao terreno.

Os passadiços para pedestres devem ser executados com pranchões em madeira de lei,
seção 250 mm × 50 mm, munidos de guarda-corpo também em madeira de lei.

Os passadiços não podem ter mais do que 30º de inclinação, conforme a legislação vigente
[10] e, quando a inclinação for superior a 18º, devem ser fixadas peças transversais, espaçadas
em até 0,40 m, para apoio dos pés. Não podem existir ressaltos entre o passadiço e o terreno.

4.2.3 Transporte, manuseio e armazenamento de materiais

Todo o material, como tubos, conexões e peças, deve ser manuseado, deslocado, carregado,
transportado e descarregado de acordo com as instruções do fabricante, para que não seja danificado.

A empresa executora da obra deve ter total conhecimento sobre as instruções especificadas para
o transporte e armazenamento de cada tipo de material, pois cada material possui características

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específicas para a sua conservação. Todas as instruções devem ser fornecidas pelos fabricantes
e ser seguidas pela empresa executora. O Anexo A apresenta requisitos para armazenamento, transporte
e manuseio de materiais.

Os tubos, peças e conexões devem ser armazenados, com a concordância da fiscalização,


em depósitos dentro do canteiro de obras ou dispostos ao longo do caminhamento das valas, sob total
responsabilidade da empresa executora da obra. O local de estocagem deve ser plano, seco, limpo,
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livre de pedras e objetos pontiagudos ou cortantes.

É responsabilidade da empresa executora da obra manter, nos locais de armazenamento, pessoal


qualificado e equipamentos adequados para o recebimento e carregamento dos materiais, sendo ela
responsável por qualquer prejuízo, avaria ou desaparecimento destes materiais.

Os veículos utilizados no transporte dos materiais, tubos, conexões, válvulas etc. devem ter dimensões
compatíveis com o comprimento dos materias a serem transportados, e a sua plataforma de transporte
deve estar livre de objetos pontiagudos e/ou cortantes.

É responsabilidade da empresa executora da obra qualquer dano causado no manuseio, retirada,


carga, transporte e descarga dos materiais, bem como a resposição do material eventualmente
danificado, independentemente do local onde este se encontre, por exemplo, almoxarifado da empresa
prestadora de serviços de saneamento, fornecedor etc.

O manuseio, carga, transporte e descarga devem ser realizados cuidadosamente, para garantir
a segurança dos colaboradores e para que sejam evitados choques, arrastes e rolamento dos mateiais.
Recomenda-se que sejam utilizados, sempre que necessário, meios mecânicos para evitar danos.

A descarga deve ser realizada com o auxílio de guindastes, guinchos ou caminhão Munck, para
que se evitem danos nas áreas de esforços concentrados. Em casos de descarga manual, os tubos
não podem ser arremessados, devendo ser retirados por meio de rampas executadas com vigas
de madeira, para que possam deslizar ou rodar suavemente com auxílio e condução dos colaborades
envolvidos neste processo.

A movimentação vertical e/ou horizontal dos tubos deve ser realizada de forma que não danifique
as pontas, bolsas e revestimentos. Deve-se utilizar cintas de lona ou de náilon, posicionadas de forma
que não causem tensões adicionais aos tubos.

Cuidados especiais devem ser tomados, como:

a) utilizar abraçadeiras ou cabos externos em equipamento para içamento de tubos de ferro fundido,
para proteção do revestimento interno, não permitindo qualquer ponto de apoio na parte interna
revestida;

b) utilizar proteção para os tubos de plástico (PVC, polietileno etc.), da ação direta e contínua dos
raios solares e contato com agentes químicos agressivos, como, por exemplo, solventes;

c) rejeitar tubos de polietileno que no processo de manuseio, carga, transporte e descarga tenham
sofrido danos superiores a 10 % da espessura nominal da parede ou ovalização acima dos limites
estabelecidos na ABNT NBR 15561;

d) proteger as extremidades dos tubos de polietileno de SDR 32, 25 e diâmetro externo


(DE) ≥ 1 000 mm, por meio de dispositivos que evitem sua ovalização e danos na superfície
interna até o momento de sua instalação;

e) atentar-se para os pontos mais vulneráveis das peças e acessórios, por exemplo, hastes
de registro etc., que podem sofrer danos facilmente em decorrência de choques;

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f) guardar os anéis de borracha, preferencialmente, dentro da própria embalagem e em locais que


assegurem a sua conservação e mantenham o seu bom estado para uso;

NOTA Recomenda-se que estes lugares sejam mantidos limpos, secos, abrigados de luz e com
temperatura controlada a ±20 °C.

g) estocar soluções limpadoras e lubrificantes em local protegido do fogo ou do calor excessivo; e


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h) tamponar os tubos para evitar a entrada de qualquer material estranho, como terra, folhagem,
madeira etc. Estes tubos não podem ser usados como locais de armazenamento de ferramentas
ou de quaisquer outros materiais.

4.2.4 Locação e nivelamento

A locação e o nivelamento topográfico devem ser executados antes do início da obra ou de trechos
da obra, e consistem em demarcar no terreno, os pontos determinados em projeto de uma rede, para
que esta possa ser executada exatamente no local planejado.

Portanto, a locação e o nivelamento das tubulações e peças a serem assentadas devem ser feitos
de acordo com o projeto, devendo a empresa executora da obra locar o eixo das valas a serem
escavadas e indicar, nas redes de água, o ponto de localização das conexões, registros e demais
singularidades e, nas redes de esgoto, os PV, PI, caixas etc., bem como, a largura e a profundidade
(cota) de escavação.

As cotas do fundo das valas devem ser verificadas a cada 20 m, antes do assentamento da tubulação.

As cotas da geratriz superior da tubulação devem ser verificadas logo após o assentamento e também
antes do reaterro das valas, para correção do nivelamento, se necessário.

Na locação, a partir de coordenadas de pontos determinados em um projeto, são calculadas direções


e distâncias em relação a marcos de referência. Com estes valores, a partir dos marcos de referência
materializados em campo, é possível locar ou indicar a posição dos pontos de interesse.

A demarcação e o acompanhamento dos serviços a serem executados devem ser efetuados


por equipe de topografia, com equipamentos calibrados e devem estar em conformidade com
a ABNT NBR 13133, sendo necessário o levantamento de todas as interferências existentes.
A empresa executora da obra, tendo em mãos o projeto, deve visitar o local das obras e reconhecer
o local de implantação da locação, providenciando no mínimo o seguinte:

a) a implantação da referência de nível (RN) secundário, com base em RN oficial e em pontos


de segurança (PS) em quantidade compatível com a obra em pontos notáveis, não sujeitos
a interferências na obra;

NOTA Recomenda-se que, para obras urbanas, sejam locados os PS sobre o passeio, preferencialmente
à distância de até 0,30 m do alinhamento predial, numerados sequencialmente e materializados em campo.

b) o estaqueamento para demarcação do eixo da tubulação deve ser realizado por meio da cravação
de estacas a cada 20 m;

c) o restabelecimento para locação original, reconstituindo os piquetes do eixo da vala e do centro


de poços de visita, poços de inspeção, caixas etc., para rede de esgotos, e pontos de instalação
de conexões, válvulas, ventosas, registros etc., para redes de água;

d) a demarcação no terreno para as canalizações, dutos, caixas etc. subterrâneos, que interferem
na execução da obra. Caso existam serviços públicos situados dentro das áreas de delimitação

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das valas, é de responsabilidade da empresa executora da obra a não interrupção daqueles


serviços, até que os remanejamentos sejam autorizados;

e) o provimento por parte da empresa executora da obra para realização dos remanejamentos
de instalações que interferem nos serviços a serem executados. Os remanejamentos devem
ser programados com antecedência e em comum acordo com a fiscalização, os proprietários
e/ou as concessionárias dos serviços cujas instalações precisem ser remanejadas. Os danos
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que porventura sejam causados às instalações existentes durante o remanejamento são


de responsabilidade da empresa executora da obra;

f) o registro dos dados obtidos pela equipe de topografia durante a execução das obras, tendo
em vista a elaboração de complemento do projeto original para efeito de como construído
(AS BUILT);

4.2.4.1 Locação complementar

Quando o posicionamento da rede não estiver bem determinado em projeto ou for inexequível,
em virtude de alterações das condições de campo, deve ser observado o determinado em 4.2.4.2
e 4.2.4.3.

4.2.4.2 Locação no leito carroçável

As valas devem ser localizadas no leito carroçável quando:

a) os passeios não tiverem largura mínima necessária ou existirem interferências de difícil remoção;

b) a vala no passeio oferecer risco para as edificações; ou

c) as legislações pertinentes impedirem a sua execução no passeio;

No caso de localização no leito carroçável, devem ser cumpridas as seguintes condições:

— distância mínima entre a rede de água e esgoto de 1,00 m e tubulação de água de no mínimo
0,20 m acima da tubulação de esgoto, inclusive no caso dos ramais;

— nas redes simples, as tubulações devem ser locadas em um dos terços laterais, sendo a rede
de esgoto no terço lateral do leito carroçável mais favorável às ligações;

— nas redes duplas, as tubulações devem ser locadas uma em cada terço lateral do leito carroçável.

4.2.4.3 Locação no passeio

As valas devem ser localizadas no leito passeio quando:

a) o projeto previr rede dupla;

b) os passeios tiverem espaço disponível;

c) a rua for de tráfego intenso e pesado; ou

d) os regulamentos oficiais impedirem a sua execução no leito carroçável.

No caso de localização no passeio, devem ser cumpridas as seguintes condições:

— o eixo das tubulações de água deve ser localizado a uma distância mínima de 0,50 m
do alinhamento dos lotes;

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— o eixo das tubulações de esgoto deve ser localizado a uma distância mínima de 0,80 m
do alinhamento dos lotes;

— a distância mínima entre os eixos da rede de água e esgoto, quando dispostos no mesmo plano,
deve ser de 0,60 m. Em caso de sobreposição, a rede de água deve estar no plano superior
e a sua geratriz inferior deve distar no mínimo 0,20 m da geratriz superior da rede de esgoto,
inclusive no caso de ramais.
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No caso de rede simples de água ou esgoto no passeio, ela deve ser localizada no passeio mais
favorável.

Em qualquer das duas situações anteriores, ou seja, rede no leito carroçável ou passeio, o aspecto
de vantagens técnicas e econômicas deve sempre ser avaliado.

4.2.5 Remoção da pavimentação

Antes da remoção, o tipo e o estado de conservação original do pavimento devem ser registrados,
de forma a permitir a sua recomposição.

A remoção do pavimento deve ser executada de acordo com as normas, regulamentos e instruções
adotados pelo órgão público competente e, na ausência desses, deve-se atender ao especificado pela
empresa prestadora de serviços de saneamento. Caso não haja algum dos critérios mencionados,
deve-se remover a pavimentação na largura da vala acrescida de no mínimo:

a) 0,15 m para cada lado, no leito da rua;

b) 0,10 m para cada lado, no passeio.

No caso de pavimento asfáltico, o corte deve ser executado, preferencialmente, com discos de corte
e marteletes pneumáticos. Após o corte, o material deve ser removido e imediatamente transportado
para o bota-fora.

No caso de paralelepípedos, blocos ou qualquer outro tipo de pavimento articulado com


reaproveitamento, a remoção deve ser feita, preferencialmente, com alavancas ou picaretas. Após
a retirada do pavimento, devem-se estocar os elementos removidos a uma distância segura da vala,
sem causar danos aos materiais, para posterior recolocação.

No caso de passeios, a remoção deve ser feita mecânica ou manualmente, adotando-se processos
compatíveis com o tipo de revestimento.

Todos os materiais removidos e não reaproveitáveis devem ser transportados imediatamente para
o bota-fora.

Todos os bota-foras devem ser licenciados, sejam eles para materiais inertes, por exemplo, entulho,
ou para materiais não inertes, por exemplo, resíduos de asfalto, solo contaminado etc.

4.2.6 Escavação de valas, poços e cavas

4.2.6.1 Generalidades

A escavação de valas, poços e cavas compreende a remoção dos diferentes tipos de solos ou rochas,
desde a superfície natural do terreno até a cota especificada no projeto. A escavação pode ser manual,
mecânica ou com uso de explosivos, de acordo com as particularidades existentes.

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Considerar escavação em solo aquela executada em terreno constituído por terra em geral, piçarra
ou argila, areia, rochas em adiantado estado de decomposição (pouco compactas), seixos rolados
ou não (com dimensão máxima de 0,15 m), matacões (volume menor ou igual a 0,50 m³) e, em geral,
todo o material possível para execução manual ou mecânica, qualquer que seja o teor de umidade.

Considerar escavação em rocha dura a fogo aquela executada com o uso de explosivo em terreno com
material altamente coesivo, constituído por todos os tipos de rocha sã, como, por exemplo, granito,
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basalto, gnaisse, matacão de volume maior ou igual a 0,5 m³ etc.

O projeto deve fixar a seção-tipo (retangular, trapezoidal ou mista) e os valores máximos e mínimos
para a largura e a profundidade da vala, considerando a existência ou não de escoramento.

Recomenda-se o uso de seção retangular para as valas simples com até 1,25 m de profundidade
ou para as valas mais profundas, desde que convenientemente escoradas, conforme a legislação
em vigor [10]. As escavações com mais de 1,25 m de profundidade devem ser escoradas e dispor
de escadas ou rampas, colocadas próximas aos postos de trabalho.

A escavação de valas com seções trapezoidais ou mistas, dispensam o uso de escoramento e devem
ser indicadas quando houver a ocorrência de solo estável, espaço disponível ou vantagem técnica
e/ou econômica. No projeto devem ser indicados os taludes e a seção-tipo adequada.

Qualquer ônus decorrente de acidentes e danos causados por imprudência ou imperícia, durante
a escavação, deve ser de responsabilidade da empresa executora da obra. Portanto, recomenda-se
que os serviços de escavação e reaterro sejam executados no mesmo dia, evitando-se o risco
de acidentes devido às valas abertas.

A escavação deve ser executada conforme indicado em projeto, sendo que o trabalho de abertura
da vala somente deve ser iniciado quando:

a) a locação estiver concluída;

b) as posições de outras obras subterrâneas interferentes forem confirmadas; e

c) todos os materiais para a execução da rede estiverem disponíveis no local da obra.

A abertura das valas e travessias em vias ou logradouros públicos só pode ser iniciada após
comunicação e aprovação do órgão municipal.

As escavações sob ferrovias, rodovias ou em faixas de domínio de concessionárias de serviços


públicos só podem ser iniciadas após cumpridas as exigências feitas por estes órgãos.

Se a escavação colocar em risco as galerias de água pluviais, canalizações de água, gás e outras,
devem ser executados, nestes trechos, escoramentos adequados para a sustentação das galerias.

4.2.6.2 Escavação em rocha

Caso o caminhamento da rede de água, esgoto ou drenagem se depare com rocha, a escavação
pode ser executada a frio ou a fogo.

4.2.6.2.1 Escavação a frio

A escavação a frio deve ser utilizada quando se tratar de rocha fraturada ou branda; quando
a escavação a fogo colocar em risco as edificações e serviços existentes nas proximidades ou quando
for desaconselhável ou inconveniente o uso de explosivos por razões construtivas ou de segurança.

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4.2.6.2.2 Escavação a fogo

A escavação a fogo deve ser utilizada quando se tratar de rocha sã, maciça e que não apresente
riscos às construções vizinhas.

Nesse tipo de escavação:


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a) o armazenamento, o manuseio, o transporte e o uso de explosivos deve atender aos regulamentos


prescritos pelo órgão competente. A autorização para o uso de explosivos, emitida pelo órgão
competente, deve ser encaminhada à empresa prestadora de serviços de saneamento antes
do início das detonações;

b) no decorrer dos trabalhos, o escoramento deve ser permanentemente inspecionado pela empresa
executora da obra e reparado tão logo ocorra qualquer dano;

c) são responsabilidade da empresa executora da obra a elaboração e a adoção de “Plano


de Fogo”, por um profissional habilitado, o qual é responsável pelo armazenamento, preparação
das cargas, carregamento das minas, ordem de fogo, detonação e retiradas de explosivos não
detonados, bem como providências quanto ao destino adequado das sobras dos explosivos;

d) as áreas onde se utilizam explosivos devem ser isoladas e sinalizadas com sinais visuais
e sonoros;

e) devem ser tomadas todas as precauções de segurança, em conformidade com as legislações


vigentes [8], [9], [10], [11], [12], [13];

f) a autorização pela empresa prestadora de serviços de saneamento da aplicação de um plano


de fogo não exime a empresa executora da obra de qualquer de suas responsabilidades, devendo
arcar com a responsabilidade civil por danos causados a terceiros em decorrência do serviço
de desmonte a fogo.

As escavações em rocha e pedras soltas devem ser feitas em profundidade abaixo do nível inferior
da tubulação, para que seja possível a execução de um berço de material granular com altura
de no mínimo 0,15 m.

Caso não seja possível transpassar a rocha por meio dos métodos citados em 4.2.6.1, a empresa
executora da obra deve estudar um desvio do caminhamento que deve ser aprovado pela empresa
prestadora de serviços de saneamento.

As valas devem ser escavadas seguindo a linha do eixo, respeitando o alinhamento do projeto,
sendo, no caso de obras de esgoto, abertas no sentido de jusante para montante, a partir dos pontos
de lançamentos.

A escavação pode ser feita manualmente ou com auxílio de equipamento adequado. Caso seja
feita com equipamento, deve se aproximar do greide previsto para a geratriz inferior da tubulação,
e o acerto do fundo da vala deve ser feito manualmente.

O projeto deve sugerir ou indicar métodos e equipamentos a serem utilizados, que são alternativas
para superar as interferências e os locais mais adequados para deposição do material escavado.
Os equipamentos a serem utilizados devem ser adequados aos tipos de escavação. Para
a escavação mecânica de valas, poços e cavas de profundidade de até 4,00 m, recomenda-se utilizar
retroescavadeiras ou similares, e para profundidades superiores a 4,00 m, recomenda-se utilizar
escavadeira hidráulica.

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Qualquer excesso de escavação ou depressão no fundo da vala, oriundo de escavação em rocha


ou de retirada de pedra e materiais pontiagudos, deve ser preenchido com material granular fino
compactado.

A empresa executora da obra deve ser responsável por qualquer excesso de escavação,
considerando-se como referência o especificado no Anexo B e nas Tabelas B1 e B2.
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A largura e a profundidade das valas, cavas e poços devem ser as especificadas em projeto, e atender
ao prescrito na ABNT NBR 9061 e no Anexo B, Tabelas B1 e B2 desse Documento, que especifica
a largura das valas em função do DN da tubulação, cota de corte e tipo de escoramento.

A largura da vala pode ser reduzida quando o assentamento for feito por seções de tubo, juntadas
ou emendadas na superfície do terreno, observando as vantagens técnicas e econômicas. Neste caso
deve ser feito o alargamento (cachimbos) somente nos pontos de junção dentro da vala.

Junto às valas, a empresa executora da obra deve manter livres as grelhas, tampões e bocas de lobo
das redes dos serviços públicos, de modo a evitar danos e entupimentos.

O material escavado que for apropriado para utilização no aterro deve ser depositado ao lado
da vala, poços ou cavas a uma distância equivalente à metade da profundidade de escavação,
conforme a legislação vigente [9], obedecendo a um valor mínimo de 1,00 m da borda. Recomenda-se,
neste caso, lançar o material reaproveitável de um lado da vala e os materiais não reaproveitáveis,
como asfalto, pedras e materiais pontiagudos, do outro lado da vala, e posteriormente encaminhá-los
para o bota-fora.

Em casos especiais, a empresa prestadora de serviços de saneamento pode determinar a troca


do solo da vala e a retirada total do material escavado.

4.2.7 Escoramento

O escoramento deve ser executado conforme o projeto, que deve determinar o tipo de escoramento
mais adequado para cada trecho, em função das dimensões da vala, poço ou cava, das características
do solo e do local da obra.

O projeto deve ser elaborado por profissional com conhecimento técnico e habilitado, devendo conter
no mínimo o dimensionamento e o detalhamento do tipo de escoramento, a memória de cálculo
e o método executivo, atendendo às Normas Brasileiras aplicáveis.

4.2.7.1 Requisitos gerais

A necessidade ou não de escoramento nas valas, poços e cavas, bem como a determinação das
dimensões e posições das peças a serem utilizadas, devem basear-se no cálculo das pressões
máximas sobre esses escoramentos e atender à legislação vigente [9].

O cálculo das pressões máximas sobre o escoramento a céu aberto pode ser feito com a aplicação
de qualquer método de cálculo devidamente consagrado pela boa técnica de engenharia, devendo
a memória de cálculo acompanhar o projeto.

Quando nenhum dos tipos comuns de escoramento satisfizer as exigências dos cálculos, o projeto
deve apresentar detalhadamente o escoramento a ser utilizado.

Independentemente do atendimento das prescrições contidas na legislação vigente [9], deve-se


considerar o descrito na ABNT NBR 9061.

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As damas devem ser utilizadas somente em terrenos firmes, ser intercaladas em 3,00 m a 5,00 m
e ter no máximo 1,00 m de comprimento.

É obrigatório o escoramento das valas com profundidades superiores a 1,25 m, conforme a legislação
vigente [9], e em casos em que as paredes laterais do corte forem constituídas de solo passível
de desmoronamento, independentemente da profundidade da escavação.
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Na execução do escoramento, devem ser utilizadas madeiras duras e resistentes a umidade, como
peroba, maçaranduba, angelim, canafístula etc., podendo as estroncas ser de eucalipto, com diâmetro
não inferior a 0,20 m.

Caso, na localidade de execução da obra, as bitolas comerciais de tábuas, pranchas e vigas não
coincidam com as indicadas, devem ser utilizadas peças com dimensões superiores.

Para evitar sobrecarga no escoramento, o material escavado deve ser colocado a uma distância
equivalente à metade da profundidade de escavação, conforme a legislação vigente [9], obedecendo
a um valor mínimo de 1,00 m da borda ou conforme determinado em projeto.

Quando a vala for aberta em solos saturados, recomenda-se que as fendas entre tábuas e pranchas
do escoramento sejam calafetadas, a fim de impedir que o material do solo seja carreado para dentro
da vala, evitando-se o seu solapamento e/ou o abatimento da via pública.

Recomenda-se, quando a vala for aberta e alcançar o lençol d’água, a utilização de escoramento
do tipo macho-fêmea, a fim de impedir que o material do solo seja carreado para dentro da vala,
evitando-se o seu solapamento e/ou o abatimento da via pública.

A ficha dos escoramentos, quando não prevista em projeto, deve ser de pelo menos 7/10 da largura
da vala, com um mínimo de 0,50 m.

Na travessia de faixas de servidão ou de domínio, o escoramento deve ser projetado de acordo com
os requisitos e orientações do órgão competente e das concessionárias.

Os seguintes cuidados devem ser tomados em todos os tipos de escoramento:

a) na colocação das estroncas, para que estas fiquem perpendiculares ao plano de escoramento;

b) na remoção da cortina do escoramento, que deve ser executada à medida que o aterro avance
e seja compactado;

c) quando o aterro alcançar o nível inferior da última camada de estroncas, estas devem ser
afrouxadas e as peças de contraventamento devem ser removidas (estroncas e longarinas), bem
como os elementos auxiliares de fixação, como cunhas, consolos e travamentos; da mesma
forma e sucessivamente, devem ser retiradas as demais camadas de contraventamento;

d) as estacas e os elementos verticais de escoramento devem ser removidos com a utilização


de dispositivos hidráulicos ou mecânicos, com ou sem vibração, e retirados com o auxílio
de guindastes, logo que o aterro alcançar um nível suficiente;

e) os furos deixados no terreno pela retirada de montantes, pontaletes, perfis e estacas metálicas
devem ser preenchidos com areia e compactados por vibração ou por percolação de água.

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4.2.7.2 Tipos de escoramentos

As dimensões mínimas das peças e os espaçamentos máximos dos escoramentos, quando não
detalhados no projeto e/ou fornecidos pela empresa prestadora de serviços de saneamento, devem
seguir os desenhos do Anexo C e as especificações para cada tipo de escoramento a seguir:

a) tipo pontaleteamento: escoramento constituído por tábuas de 0,027 m × 0,30 m, dispostas


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verticalmente, para contenção da superfície lateral da vala, espaçadas em 1,35 m. Estas tábuas
são travadas horizontalmente por estroncas com diâmetro de 0,20 m, espaçadas verticalmente
em 1 m, devendo a mais profunda situar-se a cerca de 0,50 m do fundo da vala e a mais rasa
a 0,20 m do nível do terreno ou pavimentação;

b) tipo descontínuo: escoramento constituído por tábuas de 0,027 m × 0,30 m, dispostas verticalmente,
para contenção da superfície lateral da vala, espaçadas em 0,30 m, fixadas por longarinas
de 0,06 m x 0,16 m, colocadas horizontalmente em toda a sua extensão e travadas por estroncas
com diâmetro de 0,20 m, espaçadas horizontalmente em 1,35 m. A distância entre as extremidades
das longarinas e estroncas deve ser menor ou igual a 0,40 m. As longarinas devem ser espaçadas
verticalmente em 1 m, devendo a mais profunda situar-se a cerca de 0,50 m do fundo da vala
e a mais rasa a 0,20 m do nível do terreno ou pavimentação;

c) tipo contínuo: escoramento constituído por tábuas de 0,027 m × 0,30 m, encostadas umas
às outras, dispostas verticalmente, para contenção de toda a superfície lateral da vala, fixadas
por longarinas de 0,06 m × 0,16 m, colocadas horizontalmente em toda a sua extensão e travadas
por estroncas com diâmetro de 0,20 m, espaçadas horizontalmente em 1,35 m. A distância entre
as extremidades das longarinas e estroncas deve ser menor ou igual a 0,40 m. As longarinas
devem ser espaçadas verticalmente em 1 m, devendo a mais profunda situar-se a cerca
de 0,50 m do fundo da vala e a mais rasa a 0,20 m do nível do terreno ou pavimentação;

d) tipo especial: escoramento constituído por pranchas de 0,06 m × 0,16 m, do tipo macho-fêmea,
encostadas umas às outras, dispostas verticalmente, para contenção de toda a superfície
lateral da vala, fixadas por longarinas de 0,08 m × 0,18 m, colocadas horizontalmente em toda
a sua extensão e travadas por estroncas com diâmetro de 0,20 m, espaçadas horizontalmente
em 1,35 m. A distância entre as extremidades das longarinas e estroncas deve ser menor ou igual
a 0,40 m. As longarinas devem ser espaçadas verticalmente em 1 m, devendo a mais profunda
situar-se a cerca de 0,50 m do fundo da vala e a mais rasa a 0,20 m do nível do terreno
ou pavimentação. Podem ser utilizadas longarinas de seção 0,06 × 0,16 m, entretanto as estroncas
de travamento devem ser espaçadas a cada 0,80 m, neste caso.

NOTA Nos escoramentos tipo pontalete, descontínuo, contínuo e especial, as pranchas e tábuas podem
ser cravadas por bate-estacas apropriado ou por marreta.

O topo da peça a ser cravada deve ser protegido para evitar o lascamento.

e) tipo metálico-madeira: escoramento onde a superfície lateral da vala deve ser contida por perfis
verticais de aço tipo “I”, pranchões de madeira de lei, longarinas de perfis de aço e estroncas
de perfis de aço ou eucalipto, com diâmetro mínimo de 0,20 m.

A cravação do perfil metálico pode ser feita por bate-estacas (queda livre), martelo vibratório
ou pré-furo.

A escolha do processo de cravação deve ser determinada pelo sistema que causar menor dano
à estabilidade do solo e às edificações vizinhas.

O topo da peça a ser cravada deve sempre ser protegido para evitar danos e possibilitar a reutilização.

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O empranchamento deve acompanhar a escavação, não podendo haver, em terreno mole, vãos sem
pranchas entre os perfis com altura superior a 0,50 m.

Para os perfis verticais, o projeto deve apresentar, por meio de cálculos, o tipo, as características,
as dimensões, o espaçamento, o método de cravação e o comprimento da ficha.

Para os pranchões, o projeto deve apresentar, por meio de cálculos, o tipo de material e as dimensões.
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Para as longarinas, o projeto deve apresentar, por meio de cálculos, as características, as dimensões,
o espaçamento vertical e o tipo de bandejamento de sustentação, se aplicável.

Para as estroncas, o projeto deve apresentar, por meio de cálculos, o tipo de material, as características,
as dimensões e o espaçamento.

4.2.7.3 Escoramentos específicos

Os tipos de escoramento descritos em 4.2.7.2 são os mais comuns e normalmente utilizados,


entretanto, dependendo do tipo de solo e da profundidade das valas, outros tipos de escoramentos
podem ser utilizados, como estacas tipo prancha metálicas de encaixe, pontaleteamento metálico,
painéis metálicos deslizantes, cambotas metálicas para poços, entre outros, conforme o seguinte:

a) tipo estaca prancha metálica: as estacas pranchas são perfis verticais de aço, que permitem
o acoplamento de várias peças sucessivas, por meio de encaixes tipomacho-fêmea. O travamento
deve ser executado com longarinas e estroncas metálicas ou de madeira;

O projeto deve apresentar o cálculo das estacas tipo pranchas e conter tipo, características, dimensões,
método de cravação e comprimento da ficha. Caso seja necessária a utilização de longarinas
e estroncas, apresentar também os cálculos, contendo tipo, dimensões, características e espaçamento;

As estacas tipo pranchas podem ser cravadas por bate-estacas apropriados, ou por outro equipamento
adequado para este tipo de serviço;

O topo da peça a ser cravada deve sempre ser protegido para evitar danos e possibilitar a reutilização;

b) tipo pontaleteamento metálico: as superfícies laterais da vala devem ser contidas por perfis
metálicos dispostos aos pares, vertical e simetricamente ao longo das paredes laterais
da vala, travados horizontalmente por estroncas ou cilindros metálicos com dispositivo hidráulico
ou mecânico, com a finalidade de aplicar uma pressão ativa nos perfis colocados ao longo
da vala;

As dimensões dos perfis, estroncas ou cilindros metálicos, o espaçamento longitudinal entre os pares
dos perfis, bem como os espaçamentos verticais entre as estroncas ou cilindros metálicos e a pressão
ativa aplicada, devem ser especificados em projeto, considerando-se o local da obra, as características
do solo e as vantagens econômicas para a utilização desse tipo de escoramento;

c) tipo painel metálico deslizante: as superfícies laterais da vala devem ser contidas por meio
de um sistema de escoramento metálico pré-montado, composto por placas metálicas montadas
modularmente e travadas longitudinalmente por perfis metálicos e transversalmente por estroncas
metálicas especiais, dotadas de cilindros hidráulicos e mola de tensão, colocados dentro de tubos
telescópicos;

O deslizamento dos painéis metálicos, que possuem trilhos-guia apropriados, é feito sobre perfis
metálicos colocados longitudinalmente no fundo da vala

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As dimensões e características das placas metálicas, longarinas, estroncas metálicas especiais,


trilhos-guia, todas as peças de ajuste e acessórios, inclusive o tipo de bomba de pressurização, devem
ser determinados em projeto.

d) tipo cambotas metálicas para poços: compreende a fixação de anéis de chapas metálicas
corrugadas. Os anéis são solidarizados entre si por meio de parafusos e porcas distribuídas
ao longo dos seus flanges laterais. As chapas que compõem cada anel devem ser emendadas
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por transpasse;

A escavação deve ser feita de modo que os anéis do escoramento correspondam aproximadamente
ao cilindro de escavação, minimizando-se assimos espaços entre a parede de escavação
e o escoramento. Durante a execução, deve ser assegurada a sustentação da escavação até que
seja montado o revestimento metálico

Os vazios entre as paredes escavadas e os anéis de escoramento devem ser preenchidos com injeção
de solo-cimento ou argamassa, por meio de pressão a ser calculada em função das características
do solo. Outro tipo de material pode ser utilizado, desde que aprovado no projeto executivo.

O projeto deve apresentar cálculo com características, dimensões e métodos de execução dos anéis
metálicos, assim como tipo e características do material de preenchimento.

4.2.8 Esgotamento

Quando as sondagens indicarem que a escavação irá alcançar o lençol d’água, deve-se prever
sistema de esgotamento, com o objetivo de manter a vala permanentemente drenada, durante
a execução dos serviços.

O projeto deve sugerir ou indicar o processo de esgotamento a ser adotado, podendo ser feito por
bombas superficiais ou por sistema de rebaixamento do lençol freático, tipo ponteiras a vácuo, a critério
da empresa prestadora de serviços de saneamento. Em algumas situações, pode ser necessária
a utilização de poços de alívio, como auxiliar no rebaixamento de lençol ou no esgotamento com
bomba superficial.

Quando for indicada a utilização de dispositivos de bombeamento, devem ser previstas as obras
necessárias para a drenagem superficial das águas e também o equipamento de esgotamento mais
adequado.

A proteção das valas, cavas e poços contra a inundação das águas superficiais deve ocorrer
mediante a construção de muretas longitudinais nas bordas das escavações.

Nas valas inundadas pelas enxurradas, findas as chuvas e esgotadas as valas, os tubos já assentados
devem ser limpos internamente e aqueles cujas extremidades estiverem fechadas devem ser
convenientemente lastreados, de maneira que não flutuem, quando as valas estiverem inundadas.

Não havendo especificação no projeto, deve ser dada preferência às bombas para esgotamento
do tipo autoescorvante ou submersa.

Em casos excepcionais, o rebaixamento do lençol deve ser feito por meio de ponteiras filtrantes,
poços profundos ou injetores.

Quando for indicado rebaixamento do lençol freático por ponteiras filtrantes, deve ser apresentado
o projeto detalhado, sugerindo o equipamento mais conveniente.

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Nos locais onde a obra estiver sendo mantida seca por meio de bombeamento ou rebaixamento
do lençol freático, as operações de bombeamento devem cessar gradativamente, de maneira que
o nível piezométrico seja sempre mantido pelo menos 0,50 m abaixo da cota superior alcançada
pelo aterro.

Para evitar o deslocamento dos tubos pela subpressão das águas subterrâneas, as instalações
de rebaixamento do nível destas somente podem ser desligadas após o completo aterro das valas.
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4.2.8.1 Bomba superficial

O esgotamento das valas deve ser feito, de preferência, no sentido de jusante para montante,
executando-se um pequeno poço de sucção para onde a água infiltrada é conduzida, mantendo-se
o terreno permanentemente drenado após a escavação alcançar o nível do lençol d’água. Drenos
laterais, junto ao escoramento da vala, são usados para conduzir a água até o poço.

As bombas instaladas nos poços de sucção devem ter seus crivos cobertos com cascalho ou brita,
a fim de se evitar erosão por carreamento de solo.

A empresa executora da obra e a fiscalização devem ficar atentas quanto à possiblidade de abatimento
das faixas laterais da vala, que pode provocar danos às tubulações, galerias e dutos diversos
ou ainda recalque das fundações dos prédios vizinhos, devendo ser adotadas medidas de proteção
necessárias.

A empresa executora da obra deve dispor de equipamento suficiente para que o sistema de esgotamento
permita a realização dos trabalhos a seco.

As instalações de bombeamento devem ser dimensionadas com margem de segurança suficiente,


e devem ser previstos equipamentos de reserva, inclusive grupos motor-bombas a diesel, para
eventuais interrupções de fornecimento de energia elétrica.

A empresa executora da obra deve prever e evitar irregularidades das operações de esgotamento,
controlando e inspecionando o equipamento continuamente. Eventuais anomalias devem ser
eliminadas imediatamente.

4.2.8.2 Rebaixamento do lençol freático

Os locais da implantação do sistema de rebaixamento do lençol freático devem atender às indicações


dos desenhos de projetos e instruções da fiscalização.

Todas as escavações devem ser mantidas secas, por meio de sistema adequado de rebaixamento
do lençol freático.

O tipo do sistema de rebaixamento deve levar em conta principalmente os seguintes fatores:


permeabilidade do solo, profundidade da escavação, nível do lençol freático, duração da obra
e condições das fundações das edificações situadas próximas ao rebaixamento. Devem ser observados
os diversos níveis de água do subsolo, as vazões de água que são bombeadas e os recalques que
porventura possam aparecer nas vizinhanças das escavações.

A adoção do sistema de rebaixamento do lençol freático, com instalação dentro da escavação, somente
é permitida se este não interferir nos trabalhos de execução das obras, nem prejudicar os serviços
de reaterro.

As instalações de bombeamento para rebaixamento do lençol, uma vez instaladas, devem funcionar
sem interrupção, por 24 h por dia, até o término do serviço. Não é permitida a interrupção

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do funcionamento dos sistemas sob alegação de motivo algum, nem nos períodos noturnos
ou de feriados, mesmo que nos respectivos intervalos de tempo nenhum outro serviço seja executado
na obra.

A instalação da rede elétrica alimentadora, pontos de força, consumo de energia ou combustível,


manutenção, operação e guarda dos equipamentos são de responsabilidade da executora da obra.
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4.2.8.3 Ponteiras filtrantes a vácuo

No caso de aplicação de rebaixamento do lençol freático por sistema de ponteiras a vácuo,


a escavação abaixo do nível original do lençol só pode ser executada após a comprovação do perfeito
funcionamento e rendimento do sistema por meio de indicadores de nível.

A instalação das ponteiras pode ser executada por escavação direta por meio de trados, jato hidráulico
ou cravação.

A distância entre ponteiras de um sistema de esgotamento deve ser determinada no estudo


do rebaixamento, feito em função do solo local, da profundidade a que o lençol freático deve ser
rebaixado, da profundidade possível de instalação das ponteiras e do conjunto motor-bomba
do sistema.

As extremidades das ponteiras devem descer a uma profundidade de pelo menos 0,90 m abaixo
da parte mais profunda da escavação. Se somente uma única linha de ponteiras for usada para uma
escavação de vala, suas extremidades devem ficar 1,20 m abaixo do fundo da vala, no mínimo.

No caso de camadas impermeáveis, abrem-se drenos verticais envolvendo as ponteiras e tubos


de elevação da água com areia, em perfurações com 0,20 m a 0,30 m de diâmetro. Um tubo
de revestimento temporário é introduzido pelo método do jorro por meio de toda a camada. A ponteira
é centrada no tubo e o espaço anular é preenchido com areia grossa e limpa, até o nível estático
da água. O revestimento externo é retirado à medida que o enchimento de solo é efetuado.

Em alguns casos, é necessária a utilização de pré-filtro, que consiste no encamisamento das ponteiras
com tubos de PVC de 6” ou 8” e na colocação de cascalho ou brita e areia grossa lavada na boca
da ponteira, devendo as ponteiras ficar 0,30 m acima do início do encamisamento. Este serviço deve
ser adotado para melhorar o rendimento do conjunto de rebaixamento devido à presença de estratos
de argila ou de solo de baixa permeabilidade.

4.2.9 Preparo e regularização do fundo da vala, assentamento, execução das juntas


e envoltória dos tubos

4.2.9.1 Generalidades

Antes e durante o assentamento, os materiais (tubos, conexões, acessórios etc.) devem ser
manuseados, armazenados e transportados, com cuidado, para evitar danos, devendo ser observados
os requisitos da norma específica de cada material e as instruções do fabricante.

As tubulações, conexões e acessórios, antes de serem assentados, devem ser limpos e examinados,
não podendo ser assentadas as peças danificadas (trincadas, ovalizadas, revestimento danificado,
ponta e bolsas quebradas etc.), cujos danos sejam constatados por exame visual, ou materiais que
estejam em desacordo com as Normas Brasileiras aplicáveis, conforme 4.1.10. Adicionalmente,
observar o descrito em 4.2.3.

O assentamento, se possível, deve ser feito imediatamente após a escavação e regularaização


do fundo da vala, a fim de reduzir ao mínimo a interferência da obra com o tráfego de veículos
e o trânsito de pedestres.

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À medida que forem sendo concluídas a escavação e o escoramento da vala, devem ser executados
a regularização e o preparo do fundo, para possibilitar o assentamento. No caso de obras de esgoto,
o assentamento deve ser feito de jusante para montante, com as bolsas voltadas para montante;
no caso de obras de água, os tubos devem ser assentados, de preferência, com as bolsas voltadas
para montante.

As tubulações de água não podem ser assentadas sob tubulações de esgoto e drenagem.
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Todos os elementos estranhos, como entulho, pedra e torrões, devem ser retirados da vala antes
do assentamento da tubulação.

Ao fim do período diário de trabalho ou na ocorrência de paralisação do serviço, as extremidades


e derivações da tubulação devem ser tampadas temporariamente, para evitar a entrada de lama, terra
ou objetos estranhos; caso haja possibilidade de flutuação da tubulação, esta deve ser ancorada.

Verificar continuamente o alinhamento dos tubos, ao longo do eixo central da vala, no decorrer
do assentamento. Se necessário, podem ser cravados piquetes ou calços laterais para assegurar
o alinhamento da tubulação, especialmente quando se tratar de trechos executados em curva.

4.2.9.2 Preparo e regularização do fundo da vala (berço)

O preparo do fundo da vala deve atender às instruções de projeto.

O projeto deve apresentar detalhadamente a solução para o preparo mais adequado a ser dado
ao fundo da vala, fornecendo desenhos com dimensões e especificações dos materiais a serem
empregados, que pode ser:

a) acerto do solo natural (solo original inalterado);

b) substituição de solo, nas situações em que no fundo da vala haja a presença de solos instáveis,
como solo coesivo mole ou granular fofo. O solo substituído deve ter espessura mínima
de 0,15 m;

c) lastro de material granular (areia, pedregulho ou pedra britada), nas situações em que a escavação
atinja o nível do lençol freático;

d) lastro de material granular e laje de concreto simples ou armado, nas situações em que, no fundo
da vala, ocorra a presença de terrenos de baixa consistência;

e) lastro de material granular, laje de concreto armado e estaqueamento, nas situações em que,
a partir do fundo da vala, há uma camada com grande espessura de terrenos de baixa consistência,
necessitando estaquear para alcançar o solo com a resistência adequada; e

f) regularização do fundo da vala com material granular fino (normalmente areia), nas escavações
em rocha. Neste caso, deve ser feito um rebaixo na cota do fundo da vala de pelo menos
0,15 m, a fim de possibilitar a regularização do fundo com material granular fino, visando assegurar
um perfeito apoio da tubulação e a melhoria das condições de assentamento.

Exceto no caso de acerto do solo natural, todos os outros tipos de preparo devem ser apresentados
e detalhados em projeto, fornecendo-se desenhos com dimensões e especificações dos materiais
a serem empregados.

O fundo da vala deve ser regularizado, uniforme e isento de saliências e reentrâncias, observando-se,
no caso de redes de esgoto, a declividade prevista em projeto. As eventuais reentrâncias devem ser

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preenchidas com material adequado, compactado, de modo a serem obtidas as mesmas condições
de suporte do fundo da vala normal.

A tubulação deve ficar uniformemente apoiada no fundo da vala. Para tanto, na região da bolsa deve
haver um rebaixo no fundo da vala para alojamento das bolsas, evitando que os tubos fiquem apoiados
somente sobre estas.
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4.2.9.2.1 Requisitos para tubos rígidos

Os tubos de concreto armado e simples e os tubos cerâmicos devem ser considerados tubos rígidos.

No caso de tubos rígidos, podem ser empregados os apoios listados a seguir, conforme o tipo
de terreno encontrado na cota de fundo onde é feito o apoio da tubulação:

a) em terrenos firmes e secos, com capacidade de suporte adequada, o apoio do tubo pode ser feito
diretamente sobre o solo original inalterado (apoio direto), conforme estabelecido em 4.2.9.2-a)
e demonstradona Figura D.1;

b) em terrenos firmes, com capacidade de suporte satisfatória, porém situados abaixo do nível
do lençol freático, após o rebaixamento necessário do fundo da vala, deve ser preparado
um lastro drenante de brita 3 e 4, ou de cascalho grosso, com a espessura variando entre 0,10 m
e 0,15 m, com uma camada adicional de 0,05 m de material granular (areia), conforme estabelecido
em 4.2.9.2-c) e demonstrado na Figura D.5;

Nos casos anteriores, uma vez concluídos o nivelamento e o adensamento do material, deve-se
preparar uma cava para alojamento da bolsa do tubo, abrangendo no mínimo um setor de 90º
da seção transversal;

c) em terrenos compressíveis e instáveis, como, por exemplo, argila saturada ou lodo, sem condições
mecânicas mínimas para o assentamento dos tubos, o apoio da tubulação é feito sobre laje
de concreto armado, conforme estabelecido em 4.2.9.2-d) e e), executado sobre um dos tipos
de fundação:

— lastro de brita 3 e 4, ou cascalho grosso com espessura mínima de 0,15 m (ver Figuras D.6
e D.7);

— embasamento de pedra de mão (rachão), com espessura máxima de 1,00 m (ver Figuras D.6
e D.8);

— estacas com diâmetro mínimo de 0,20 m e comprimento mínimo de 2,00 m (ver Figuras D.6
e D.9).

d) nas escavações em rocha, o apoio da tubulação é feito sobre camada mínima de 0,15 m
de material granular fino (normalmente areia) regularizado, conforme 4.2.9.2-f) e demonstrado
na Figura D.10.

Para o perfeito apoio do tubo sobre a laje, deve ser executado um berço contínuo de concreto, com
altura entre 1/3 DN e 1/2 DN da tubulação;

4.2.9.2.2 Requisitos para tubos semirrígidos

Os tubos de ferro fundido e poliéster reforçado com fibras de vidro (PRFV) devem ser considerados
tubos semirrígidos.

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Para tubos de PRFV, devem ser atendidos os requisitos da ABNT NBR 10848.

No caso de tubos de ferro fundido, podem ser empregados os apoios listados a seguir, conforme
o tipo de terreno encontrado na cota de fundo onde será feito o apoio da tubulação:

a) em terrenos firmes e secos, com capacidade de suporte satisfatória, com recobrimento máximo
de 2,40 m e sem que a tubulação esteja sujeita à ação de cargas de tráfego, o apoio do tubo
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deve ser feito diretamente sobre o solo original inalterado (apoio direto), conforme estabelecido
em 4.2.9.2-a) e mostrado na Figura D.1;

b) em terrenos firmes e secos, com capacidade de suporte satisfatória, com recobrimento máximo
de 2,40 m e na condição em que a tubulação esteja sujeita à ação de cargas de tráfego, o apoio
do tubo deve ser feito diretamente sobre uma camada de solo não compactada, com espessura
mínima de 0,10 m, conforme estabelecido em 4.2.9.2-b) e mostrado na Figura D.2;

c) em terrenos firmes, com capacidade de suporte satisfatória, com recobrimento máximo variando
entre 2,40 m e 5,00 m, o apoio do tubo deve ser feito sobre uma camada de material granular fino
(areia), com espessura mínima de 0,10 m, conforme mostrado na Figura D.3;

d) em terrenos firmes, com capacidade de suporte satisfatória, com recobrimento superior a 5,00 m,
o apoio do tubo deve ser feito sobre uma camada de material granular fino (areia), com espessura
mínima de 0,10 m e envolvimento com o mesmo material até a altura correspondente à metade
do diâmetro do tubo, conforme mostrado na Figura D.4. Nos casos anteriores, uma vez concluídos
o nivelamento e o adensamento do material, deve-se preparar uma cava para alojamento
da bolsa do tubo, abrangendo no mínimo um setor de 90º da seção transversal;

e) em terrenos firmes, com capacidade de suporte satisfatória, porém situados abaixo do nível
do lençol freático, após o rebaixamento necessário do fundo da vala, deve ser preparado
um lastro drenante de brita 3 e 4, ou de cascalho grosso, com a espessura variando entre 10 cm
e 15 cm, com uma camada adicional de 5 cm de material granular (areia), conforme estabelecido
em 4.2.9.2-c) e mostrado na Figura D.5;

f) em terrenos compressíveis e instáveis, como, por exemplo, argila saturada ou lodo, sem condições
mecânicas mínimas para o assentamento dos tubos, o apoio da tubulação é feito sobre laje
de concreto armado, executado sobre lastro de brita 3 e 4, ou de cascalho grosso, com espessura
mínima de 15 cm, conforme estabelecido em 4.2.9.2-d) e mostrado nas Figuras D.6 e D.7.

Para o perfeito apoio do tubo sobre a laje, deve ser executado um berço contínuo de concreto com
altura de 1/3 a 1/2 diâmetro do tubo.

Nas escavações em rocha, o apoio da tubulação é feito sobre camada mínima de 0,15 m de material
granular fino (areia) regularizado, conforme estabelecido em 4.2.9.2-f) e mostrado na Figura D.10.

4.2.9.2.3 Requisitos para tubos flexíveis

Os tubos de PVC-U, PVC DEFOFO, PVC-O, polipropileno e polietileno devem ser considerados tubos
flexíveis.

No caso de tubos flexíveis, podem ser empregados os apoios listados a seguir, conforme o tipo
de terreno encontrado na cota de fundo, onde é feito o apoio da tubulação:

a) em terrenos firmes e secos, com capacidade de suporte adequada, o apoio do tubo deve ser
feito sobre leito de material granular fino, com espessura mínima de 0,10 m, conforme mostrado
na Figura D.11;

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b) em terrenos firmes, com capacidade de suporte adequada, porém situados abaixo do nível
do lençol freático, após o rebaixamento necessário do fundo da vala, deve ser preparado
um lastro drenante de brita 3 e 4, ou de cascalho grosso com a espessura variando entre 0,10 m
e 0,15 m, com uma camada adicional de material granular fino (areia), com espessura mínima
de 10 cm, conforme mostrado na Figura D.12. Sobre esse lastro de material granular fino deve
ser feito o apoio do tubo;
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c) em terrenos compressíveis e instáveis (por exemplo, argila saturada ou lodo), sem condições
mecânicas mínimas para o assentamento dos tubos, o apoio da tubulação deve ser feito sobre
lastro, laje e berço, apoiado sobre fundação, conforme mostrado nas Figuras D.13 e D.14;

d) nas escavações em rocha, deve ser feito um rebaixo no “greide” do fundo da vala de pelo menos
15 cm, a fim de possibilitar a regularização do fundo com material granular fino (areia), visando
assegurar um perfeito apoio da tubulação e melhoria das condições de assentamento, conforme
mostrado na Figura D.15.

O berço de material granular fino, citado em 4.2.9.2.3-d), deve ser constituído de solos do tipo SW
e SP, conforme o Anexo E.

4.2.9.3 Reaterro

Após a execução das juntas, os tubos devem ser envolvidos conforme as recomendações do projeto,
sendo que as juntas elásticas devem ser mantidas visíveis sempre que possível, para a execução
de ensaios e fiscalização.

A envoltória lateral deve ser executada simultaneamente em ambos os lados da tubulação, com
os cuidados necessários para que ocupe todos os vazios.

Os tubos rígidos, por não defletirem, não necessitam utilizar material granular fino na envoltória lateral
e no berço, pois a sua capacidade de carga depende apenas da resistência do próprio tubo. Portanto,
em tubos rígidos o reaterro superior deve ser feito até 0,30 m acima do topo da tubulação, usando-se
material de boa qualidade, isento de pedras, tocos e matérias orgânicas, proveniente da própria vala
ou importado. Na lateral, a envoltória deve ser lançada em camadas com 0,10 m de espessura,
fortemente apiloadas à mão. Na parte superior, a camada de 0,30 m deve ser levemente apiloada,
conforme estabelecido nas Figuras D.1, D.5, D.6 e D.10.

No caso dos tubos semirrígidos em ferro fundido, o reaterro superior deve ser feito até 0,30 m acima
do topo da tubulação, usando-se material de boa qualidade, isento de pedras, tocos e matérias
orgânicas, proveniente da própria vala ou importado. Na lateral, a envoltória deve ser lançada
em camadas com 0,10 m de espessura, fortemente apiloadas à mão e o reaterro superior à camada
de 0,30 m deve ser levemente apiloado, conforme estabelecido nas Figuras D.2, D.3, D.4 e D.10.

Para os tubos semirrígidos em poliéster reforçado com fibras de vidro (PRFV), devem ser atendidos
os requisitos da ABNT NBR 10848.

Os tubos flexíveis se defletem, portanto a capacidade de carga não pode ser analisada considerando-se
o tubo isoladamente, mas sim o sistema solo-tubo. Neste caso há necessidade de contar com
o solo da envoltória lateral como apoio, pois quanto mais rígido o solo da envoltória lateral, melhor
é a capacidade de carga do tubo flexível.

Portanto, em tubos flexíveis, o reaterro superior deve ser feito até 0,30 m acima do topo da tubulação,
usando-se o mesmo material granular fino aplicado no berço e na envoltória lateral, constituído por
solos do tipo SW e SP, compactado e conforme especificado no Anexo E.

NOTA Para tubos de PVC, não utilizar argila ou turfa em contato direto com o tubo.

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Os tubos flexíveis, principalmente de PVC, não podem ser fixados diretamente em concreto, pois isto
transformaria o conjunto tubo/concreto em um sistema rígido, sem resistência à flexão, implicando
em risco de rompimento da tubulação com recalque da estrutura.

A Figura 1 apresenta as quatro etapas para a recompactação da vala cujos critério, que são
as seguintes:
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a) base: é a estrutura sobre a qual será apoiada a tubulação, sendo que sua constituição e espessuras
são estabelecidas pelas condições locais e tipo de tubulação;

b) envoltória lateral: é executado de forma a atender aos requisitos mínimos preconizados


pelo projeto, tendo em vista as condições específicas. Deve ser utilizado o solo especificado
e deve-se cuidar para que a tubulação fique continuamente apoiada no fundo da vala, com berço
e preenchimento bem executados nas duas laterais, em camadas inferiores a 0,10 m. Se houver
escoramento na vala, este deve ser retirado progressivamente, procurando-se preencher todos
os vazios;

c) reaterro superior: é feito com material selecionado, sem pedras ou matacões, em camadas
com 0,10 m a 0,15 m de espessura. A compactação é executada de cada lado, apenas nas
regiões compreendidas entre o plano vertical tangente à tubulação e a parede da vala. A parte
diretamente acima da tubulação não é compactada, a fim de se evitarem deformações dos tubos.
Não é admitido despejar o solo de reaterro nesta etapa;

d) reaterro final: o restante do material de reaterro da vala deve ser lançado em camadas sucessivas
e compactadas, de no máximo 0,20 m, de forma a se obter o mesmo estado do terreno nas
laterais da vala.

Figura 1 – Etapas de reaterro da vala

Quando no projeto ou na especificação da empresa prestadora de serviços de saneamento estiver


determinado o grau de adensamento ou compactação do envolvimento, esse parâmetro deve ser
verificado por meio de ensaios executados por profissional especializado em controle tecnológico
e conforme a ABNT NBR 7182 ou a ABNT NBR 12051.

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4.2.9.4 Assentamento e execução das juntas

Antes da execução de qualquer tipo de junta, deve ser verificado se as extremidades dos tubos e das
peças estão perfeitamente limpas, não podendo ser assentadas peças danificadas. Quando se tratar
de tubos de ponta e bolsa, após o encaixe, a ponta deve ficar centrada em relação à bolsa. A execução
das juntas deve atender às Normas Brasileiras aplicáveis para cada material, além das instruções
do fabricante.
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Todos os anéis de borracha utilizados na execução das juntas elásticas devem atender as requisitos
da ABNT NBR 7676.

Sempre que for interrompido o trabalho de assentamento, as extremidades e as derivações devem


ser tamponadas, adotando-se cuidados especiais para evitar a flutuação da linha, no caso de o lençol
freático ser elevado.

Durante o assentamento das tubulações de esgoto e drenagem, as mudanças de direção, diâmetro


ou declividade devem ser obrigatoriamente feitas nos poços de visita/inspeção ou nas caixas.

Nas redes de esgoto e drenagem, a execução da conexão do tubo ao poço de visita/inspeção


ou caixas deve ser realizada por métodos que assegurem a perfeita estanqueidade, de forma a evitar
infiltrações nos poços ou nas caixas.

Em redes de esgoto e drenagem, o nivelamento da tubulação deve ser realizado por meio
de equipamentos topográficos adequados com a precisão das declividades requeridas em projeto.

O nivelamento deve ser geométrico e é obrigatório o contranivelamento, sempre passando pelos


centros dos PV/PI/caixas, os quais não podem ser utilizados como pontos de mudança do nivelamento
e contranivelamento. O erro máximo admissível é de 5 mm/km, devendo subordinar-se ao erro máximo
para fechamento de e = √10 de L, em milímetros, onde L é a extensão nivelada, em quilômetros,
do percurso a nivelar em um só sentido.

O greide da tubulação pode ser obtido por meio de réguas niveladas com a declividade do projeto
(visores), que devem ser colocadas na vertical no centro dos PV/PI/caixas e em pontos intermediários
do trecho, distanciados de acordo com o método de assentamento a ser empregado, conforme
o seguinte:

a) da cruzeta: máximo 30 m;

b) do gabarito: máximo 10 m.

Alinhando-se entre duas réguas consecutivas a cruzeta ou o gabarito, de madeira, respectivamente


por visada a olho ou por meio de fio de náilon fortemente estirado, obtêm-se as cotas intermediárias
para o assentamento da tubulação, conforme mostrado na Figura 2.

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Figura 2 – Métodos de assentamento

O alinhamento do coletor é dado por fio de náilon esticado entre dois visores consecutivos e pelo fio
de prumo.

As réguas, cruzeta e gabarito devem ser de madeira de boa qualidade e devem apresentar perfurações
que resguardem de empenos, devido à influência do tempo.

As réguas e a cabeça da cruzeta ou do gabarito devem ser pintadas com cores vivas, que apresentem
contraste uma com as outras, a fim de facilitar a determinação da linha de visada.

Quando a declividade for inferior a 0,001 m/m, ou quando se desejar maior precisão no assentamento,
o greide deve ser determinado por meio de instrumento topográfico, ou por aparelho emissor de raio
laser, desde que o levantamento topográfico inicial tenha sido feito com precisão igual ou maior.

O assentamento com a utilização de raio laser também é indicado para travessias subterrâneas
de ruas de tráfego intenso, ferrovias e rodovias, casos em que os serviços não podem ser feitos

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a céu aberto, requerendo o emprego de métodos não destrutivos, como tubos cravados, minitúnel
(mini-shield) etc.

4.2.9.4.1 Tubos de concreto

No assentamento de tubos de concreto, devem ser utilizadas exclusivamente juntas elásticas para
as obras de esgoto e juntas elásticas ou rígidas para as obras de drenagem urbana.
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Os tubos de concreto devem ser colocados na vala utilizando-se equipamentos apropriados, como
cabo de aço, fita de náilon, tesouras, ganchos etc., evitando-se danos mecânicos e dimensionais por
choque, sendo que não pode, em hipótese alguma, laçar os tubos pelo diâmetro interno.

Estando os tubos de concreto suspensos, devem ser tomados todos os cuidados necessários para evitar
golpes entre as peças ou contra o terreno.

Na execução do assentamento, devem ser adotados os mesmos critérios de 4.2.9.4, com relação aos
serviços de nivelamento, conforme a seguir:

4.2.9.4.1.1 Juntas elásticas

A execução das juntas elásticas deve atender à seguinte sequência:

— verificar se os anéis correspondem ao especificado pela ABNT NBR 7676 e se estão em bom
estado e livre de sujeiras, principalmente, óleos e graxas;

— limpar as faces externas das pontas dos tubos e as internas das bolsas e, principalmente,
a região de encaixe do anel. Verificar se o chanfro da ponta do tubo não foi danificado;

— colocar o anel no chanfro situado na ponta do tubo, observando-se que ele não pode sofrer
movimento de torção, durante o seu posicionamento;

— posicionar a ponta do tubo junto à bolsa do tubo subsequente já assentado, proceder


ao alinhamento da tubulação e realizar o encaixe, empurrando-o manualmente (alavancas)
ou por meio de equipamentos (tirfor). Tomar o devido cuidado para não danificar o tubo
na operação de encaixe e não provocar esforços no anel, como tração, torção ou compressão;

— verificar se o anel de borracha permaneceu no seu alojamento;

NOTA Não utilizar, em hipótese alguma, lubrificante nos anéis que possa afetar as características
da borracha, como graxas ou óleos minerais.

4.2.9.4.1.2 Juntas rígidas

A execução das juntas rígidas deve atender à seguinte sequência:

— limpar as faces externas das pontas dos tubos e as internas das bolsas e verificar se o tubo não
foi danificado;

— após o correto posicionamento da ponta do tubo junto à bolsa do tubo já assentado, proceder
ao alinhamento da tubulação e realizar o encaixe. Tomar cuidado para não danificar o tubo
na operação de encaixe;

— executar a junta com argamassa de cimento e areia no traço 1:3, com aditivo que evite a sua
retração, respaldadas com uma inclinação de 45° sobre a superfície externa do tubo;

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— nos casos de diâmetros até 0,6 m, o rejuntamento deve ser feito pelo lado externo. Nos diâmetros
superiores, o rejuntamento deve ser executado pelo lado interno e externo;

— verificar se a argamassa foi colocada em todo o perímetro do tubo, principalmente na base


da geratriz inferior.

A junta rígida com argamassa de cimento e areia deve ser evitada, pelo fato de permitir infiltração
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e vazamento, em decorrência do deslocamento por efeito da retração da argamassa.

4.2.9.4.2 Tubos cerâmicos

No assentamento de tubos cerâmicos, devem ser utilizadas juntas elásticas ou juntas de asfalto
ou piche.

Os tubos cerâmicos devem ser colocados na vala, utilizando-se equipamentos apropriados


ou manualmente, evitando-se danos por choque.

A junta com tabatinga ou argamassa de cimento e areia deve ser evitada, pelo fato de permitir infiltração
e vazamento, em decorrência do deslocamento por efeito da retração da argamassa.

Na execução do assentamento de tubos cerâmicos para esgoto devem ser adotados os mesmos
critérios de 4.2.9.4, com relação aos serviços de nivelamento e aos cuidados, conforme a seguir:

4.2.9.4.2.1 Juntas elásticas

A execução das juntas elásticas deve atender à seguinte sequência:

— verificar se os anéis correspondem ao especificado pela ABNT NBR 7676 e se estão em bom
estado e livre de sujeiras, principalmente, óleos e graxas;

— limpar as faces externas das pontas dos tubos e as internas das bolsas e, principalmente,
a região de encaixe do anel;

— verificar se o anel situado na ponta do tubo encontra-se fixado de forma adequada;

— posicionar a ponta do tubo junto à bolsa do tubo subsequente já assentado, proceder


ao alinhamento da tubulação e realizar o encaixe, empurrando-o manualmente (alavancas).
Tomar cuidado para não danificar o tubo na operação de encaixe e não provocar esforços
no anel, como tração, torção ou compressão;

— verificar se o anel de borracha permaneceu na posição correta.

NOTA 1 Não utilizar, em hipótese alguma, lubrificante nos anéis que possa afetar as características
da borracha, como graxas ou óleos minerais.

NOTA 2 Em função dos diferentes tipos de juntas normalizadas, recomenda-se atenção com o aspecto
de garantia de intercambialidade.

4.2.9.4.2.2 Juntas de asfalto ou piche

A execução das juntas de asfalto ou piche deve atender à seguinte sequência:

— limpar as faces externas das pontas dos tubos e as internas das bolsas e verificar se o tubo não
foi danificado;

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— após o correto posicionamento da ponta do tubo junto à bolsa do tubo já assentado, proceder
ao alinhamento da tubulação. Tomar cuidado para não danificar o tubo na operação de encaixe;

— colocar um cordão de estopa alcatroada entre a ponta e a bolsa, utilizando ferramentas apropriadas
e tendo o cuidado de evitar danos ao tubo;

— executar o cachimbo de barro e retirar o cordão de estopa alcatroada, preenchendo o espaço


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deixado pelo cordão com o asfalto ou piche derretido;

— verificar se o asfalto ou piche preencheu todo o perímetro da cavidade deixada pelo cordão
de estopa.

Recomenda-se fazer o preenchimento somente por um dos lados, para provocar a saída de ar e o total
preenchimento da cavidade deixada.

4.2.9.4.3 Tubos de ferro fundido

No assentamento de tubos de ferro fundido, devem ser utilizadas juntas elásticas, conforme o Anexo F,
sendo que os demais tipos de juntas, como junta mecânica (ver Anexo G, para as juntas travadas
interna e externa e junta flangeada, e Anexo H), somente devem ser utilizados quando previsto
em projeto.

NOTA Não utilizar, em hipótese alguma, lubrificante nos anéis que possa afetar as características
da borracha, como graxas ou óleos minerais.

Em obras de esgotamento sanitário, somente devem ser assentados e utilizados tubos de ferro fundido
com revestimento interno, conforme previsto na ABNT NBR 15420. No assentamento, devem ser
adotados os mesmos critérios de 4.2.9.4, com relação aos serviços de nivelamento.

No caso de obras de abastecimento de água, devem ser assentados e utilizados tubos com revestimento
interno conforme descrito na ABNT NBR 7675.

As alturas de aterro devem atender ao estabelecido em projeto, de acordo com o estabelecido


na ABNT NBR 7675.

A descida dos tubos na vala pode ser manual para os tubos com até 0,2 m de diâmetro. A Figura 3
apresenta um dos processos recomendados para a descida dos tubos com até 0,2 m de diâmetro.

Figura 3 – Descida manual do tubo

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A operação de descida de tubos na vala, com diâmetro superior a 0,2 m, deve ser feita com auxílio
de equipamento mecânico adequado, com potência suficiente, sem provocar danos ao revestimento,
à ponta e à bolsa. Na Figura 4, são apresentadas algumas formas de preparo do tubo para içamento
mecânico.
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Figura 4 – Formas de preparo do tubo para içamento mecânico

Ao usar cintos, verificar a resistência destes antes de carregar o tubo. Ao usar um único cinto,
posicioná-lo aproximadamente à meia distância das extremidades, para equilibrar a carga. Ao usar
dois cintos, é necessário utilizar um balancim para evitar o escorregamento perigoso dos cintos
e a perda de equilíbrio. Ao usar ganchos, eles precisam ser utilizados de forma apropriada e revestidos
de plástico, borracha ou material semelhante. Não rolar, arrastar ou atirar os tubos ao chão, ainda
que em cima de pneus ou areia, para não danificar os seus revestimentos. Evitar posicionar os tubos
em contato com pedras grossas ou desequilibrados, por exemplo, em cima de raízes. Proteger
os tubos contra projeções de pedras devidas a tiros de desmonte de rochas.

As juntas devem ser previamente montadas entre tubos ou conexões bem alinhados e com suas
pontas e bolsas perfeitamente limpas. Caso seja utilizada junta elástica e seja necessário traçar uma
curva com os próprios tubos, dar a curvatura após a montagem de cada junta, de acordo com a Figura 5,
e com o diâmetro nominal (DN) do tubo, tomando cuidado para não ultrapassar as deflexões angulares
máximas determinadas em projeto ou indicadas no catálogo do fabricante. Para diâmetros menores
ou iguais a 0,3 m, mínimo de 3º 30’, para DN entre 0,35 m e 0,6 m, mínimo de 2º 30’ e para DN maior
ou igual a 0,7 m, mínimo de 1º 30’.

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Figura 5 – Deflexões dos tubos

As montagens das juntas elásticas, mecânicas e de flanges estão descritas, respectivamente, nos
Anexos F, G e H.

Sempre que possível, os tubos devem ser assentados no comprimento recebido do fabricante, devendo
qualquer corte do tubo ser reduzido ao mínimo. Entretanto, quando o corte for necessário, devem ser
atendidos os requisitos do Anexo I.

Os tubos devem ser assentados, de preferência, com as bolsas voltadas para montante.

Em terrenos com declividade acima de 20 % para trechos aéreos e 25 % para trechos enterrados,
é recomendado o assentamento dos tubos com as bolsas voltadas para cima e devidamente ancorados.

Quando a tubulação for enterrada em terrenos agressivos, ela deve ser envolvida, na hora
do assentamento, com uma manga tubular ou com um lençol de polietileno, conforme descrito
na ABNT NBR 12588.

4.2.9.4.4 Tubos de PVC-U, PVC DEFOFO e PVC-O

Verificar se os anéis das conexões correspondem aos especificados na ABNT NBR 7676 e se estão
em bom estado e limpos.

Na execução do assentamento, devem ser adotados os mesmos critérios de 4.2.9.4, com relação aos
serviços de nivelamento, conforme a seguir:

4.2.9.4.4.1 juntas entre tubos e conexões

A execução das juntas elásticas entre tubos e conexões deve atender à seguinte sequência para
montagem dos anéis das conexões:

— limpar as faces externas das pontas dos tubos e as faces internas das bolsas das conexões
e, principalmente, a região de encaixe do anel. Verificar se o chanfro da ponta do tubo não foi
danificado; caso necessário, corrigi-lo com uma grosa;

— colocar o anel dentro de seu encaixe na bolsa, sem torções;

— untar a face externa da ponta do tubo e a parte aparente do anel com pasta adequada, indicada
pelo fabricante. Não utilizar, em hipótese alguma, graxas ou óleos lubrificantes, que podem afetar
as características da borracha;

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— após o posicionamento correto da ponta do tubo junto à bolsa da conexão, realizar o encaixe,
empurrando manualmente o tubo. Para os DN maiores, pode-se utilizar uma alavanca junto
à bolsa do tubo a ser encaixado, com o cuidado de se colocar uma tábua entre a bolsa
e a alavanca, a fim de evitar danos, ou pode-se utilizar ferramenta de tração adequada que não
danifique o tubo.

4.2.9.4.4.2 juntas entre tubos


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A execução das juntas elásticas entre tubos deve atender à seguinte sequência:

— fazer a conexão entre tubos de PVC somente com a utilização de juntas elásticas integradas;

— limpar as faces externas das pontas dos tubos e o anel integrado à bolsa. Verificar se o chanfro
da ponta do tubo não foi danificado; caso necessário, corrigi-lo com uma grosa;

— untar a face externa da ponta do tubo e a parte aparente do anel com pasta adequada, indicada
pelo fabricante. Não utilizar, em hipótese alguma, graxas ou óleos lubrificantes, que podem afetar
as características da borracha;

— após o posicionamento correto da ponta do tubo junto à bolsa do tubo já assentado, realizar
o encaixe, empurrando manualmente o tubo. Para os DN maiores, pode-se utilizar uma alavanca
junto à bolsa do tubo a ser encaixado, com o cuidado de se colocar uma tábua entre a bolsa
e a alavanca, conforme mostrado na Figura 6, para evitar danos, ou pode-se utilizar ferramenta
de tração adequada que não danifique o tubo;

— realizar o acoplamento da ponta na bolsa do tubo já assentado, até o limite da marcação


de montagem, em função da dilatação linear causada pela variação térmica nas tubulações
plásticas. Quando não existir marcação de montagem na ponta dos tubos e conexões, deve-se
introduzir a ponta até o batente da bolsa e, em seguida, recuar a ponta em aproximadamente
0,01 m.

Figura 6 – Encaixe dos tubos por sistema manual

Não pode ser utilizada a pá de retroescavadeira para acoplar os tubos, conforme mostrado
na Figura 7.

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Figura 7 – Forma incorreta para o acoplamento dos tubos

Após a montagem de uma junta, caso seja necessário ensaio de estanqueidade, a tubulação deve ser
parcialmente recoberta de uma altura mínima de 0,5 m × DE acima de sua geratriz superior, com uma
camada do material de envoltória, deixando descoberta a região do acoplamento, para verificação
da estanqueidade, de tal forma a assegurar que, durante o ensaio de estanqueidade, a tubulação não
sofra deslocamentos. Após a realização do ensaio de estanqueidade, deve-se completar a envoltória
de areia.

Não pode ser provocada a curvatura dos tubos para atender ao traçado da tubulação em substituição
às respectivas conexões.

NOTA As deflexões máximas admissíveis nas juntas dos tubos de PVC-U PVC DEFOFO e PVC-O
em função dos seus DN, assim como as demais relações geométricas, estão determinadas nos catálogos
de cada fabricante.

A distância horizontal lateral da tubulação em relação a qualquer outra instalação (baldrame, cabos
de energia etc.) deve ser superior a 0,40 m e separada verticalmente por uma camada de reaterro
de no mínimo 0,40 m, devidamente compactada, atendendo ao recobrimento mínimo.

A profundidade da vala deve atender às instruções do projeto executivo. Caso não haja instruções
de projeto, devem ser atendidos os requisitos do Anexo B.

Caso não haja instruções de projeto, nos trechos em que o recobrimento da tubulação for inferior
a 0,80 m e/ou quando a tubulação for assentada em ruas com cargas móveis pesadas, devem ser
tomadas medidas especiais para a sua proteção. Esta proteção pode ser feita embutindo-se a tubulação
dentro de tubos com DN superiores e apropriados para receber as cargas móveis, ou mediante
utilização de lajes, conforme o esquema da Figura 8. Nestes casos, o tubo deve ser envolvido
em material granular ou pó de pedra, permanecendo desvinculado dos elementos de proteção.

Figura 8 – Assentamento especiais

Quando da consideração das cargas móveis acidentais, não havendo dados reais, deve-se considerar
o peso do trem Tipo TB 45 da ABNT NBR 7188, para as valas situadas no leito da rua

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Nos trechos em que a tubulação for assentada em valas em condições que a carga total
(carga móvel somada à carga de terra) provocaria deformações diametrais relativas superiores
a 7,5 % em condições de assentamento normal, devem ser previstas medidas especiais para
a proteção da tubulação.

4.2.9.4.5 Tubos de polietileno (PE)


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No assentamento de tubos de polietileno para obras de água ou esgoto pressurizado, devem ser
utilizadas juntas mecânicas e juntas soldadas por termofusão ou eletrofusão. No caso de obras
de esgotamento sanitário por gravidade, devem ser atendidos os requisitos para união dos tubos
estabelecidos na ABNT NBR ISO 21138-1.

As alturas de aterro devem atender ao estabelecido em projeto, de acordo com o determinado


na ABNT NBR 15802. Caso não haja determinação em projeto, as alturas mínimas de aterro devem
atender ao especificado nas Tabelas B1 e B2

Caso não haja instruções de projeto, nos trechos em for necessário que o recobrimento da tubulação
seja inferior aos valores estabelecidos na ABNT NBR 15802, e/ou quando a tubulação for assentada
em ruas com cargas móveis pesadas, devem ser tomadas medidas especiais para a sua proteção. Esta
proteção pode ser feita embutindo-se a tubulação dentro de tubos com DN superiores e apropriados
para receber as cargas móveis, ou mediante a utilização de lajes, conforme o esquema da Figura 8.
Nestes casos, o tubo deve ser envolvido em material granular ou pó de pedra, permanecendo
desvinculado dos elementos de proteção.

A execução do assentamento depende do tipo de obra, conforme a seguir:

4.2.9.4.5.1 Obras de água

Para tubulações de polietileno em obras de água, deve-se considerar:

— assentar a tubulação à uma distância segura de redes elétricas ou fontes de calor, de forma que
não haja temperaturas circundantes que excedam 50 °C;

— assentar a tubulação, preferencialmente de forma sinuosa para compensar a retração que ocorre
quando da execução do aterro;

— assentar a tubulação à uma distância mínima de 0,3 m de qualquer obstáculo ou interferência;

— atender aos os raios mínimos de curvatura estabelecidos na ABNT NBR 15802, para mudanças
de direção, contorno de obstáculos e interferências;

— movimentar o tubo dentro da vala ao longo de seu eixo longitudinal, com ou sem roletes, com uma
força de puxamento máxima, conforme especificado na Tabela J.1;

— tamponar as extremidades do tubo sempre que o assentamento for interrompido, para evitar
entrada de água oriunda do solo, animais ou sujeira;

— fazer o esgotamento de água dentro da vala antes do assentamento da tubulação;

— atender às especificações do projeto para assentamento sob lençol freático, para evitar os efeitos
das pressões de colapso na tubulação, em especial nos tubos de SDR ≥ 21;

— executar as soldas conforme as ABNT NBR 14464 e ABNT NBR 14465;

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— soldar os tubos preferencialmente fora da vala e antes de seu assentamento;

— retirar os tubos da máquina de solda de termofusão ou do dispositivo de alinhamento das soldas


de eletrofusão somente após decorrido o tempo de resfriamento especificado para a soldagem,
conforme previsto nas ABNT NBR 14464 e ABNT NBR 14465;

— acrescer ao tempo de resfriamento das soldas os tempos especificados na Tabela 1, quando


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a tubulação for submetida a esforços decorrentes de instalação pelo método não destrutivo,
furação dos tês de derivação ou aplicação de pressão interna.

Tabela 1 – Tempo mínimo para aplicação de esforços


DE Tempo
mm min
≤ 110 15
> 110 ≤ 180 20
> 180 ≤ 315 30
> 315 ≤ 500 45
> 500 ≤ 800 60
> 800 120

Nota 1 Quanto ao assentamento de tubos bobinados com diâmetro externo DE ≥ 63 mm, recomenda-se
utilizar “desbobinadeira”.

Devem ser soltas somente as amarras que liberem o comprimento de tubo requerido. A parte do tubo
que permanece presa à bobina deve ser novamente tamponada e protegida.

Nota 2 Em cruzamentos onde for difícil manter a distância de 0,3 m, admite-se uma separação de até
0,075 m, desde que seja providenciada a inserção de uma manta elastomérica, com no mínimo 0,006 m
de espessura, entre o tubo de polietileno e a interferência encontrada.

Nota 3 No caso das redes de distribuição, caso seja possível, recomenda-se a execução da montagem
das derivações dos ramais concomitantemente ao assentamento da tubulação na vala.

Nota 4 As juntas podem ser executadas por processo de soldagem ou montagem por processo mecânico,
por exemplo, conexões de compressão, conexões flangeadas etc.

Quando for necessário executar a solda dentro da vala, deve ser feita uma escavação adicional
tanto na lateral como na profundidade (cachimbo), de forma a permitir o manuseio do equipamento
e da tubulação.

4.2.9.4.5.2 Obras de esgoto

Para tubulações de polietileno em obras de esgoto, deve-se considerar:

— nivelar a tubulação, conforme os critérios do item 4.2.9.4, caso os tubos sejam corrugados;

— atender ao estabelecido nas ABNT NBR ISO 21138-1 e 2, caso os tubos sejam corrugados;

— realizar o acoplamento da ponta na bolsa do tubo corrugado já assentado até o limite da marcação
de montagem, em função da dilatação linear causada pela variação térmica nas tubulações

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plásticas. Quando não existir marcação de montagem na ponta dos tubos e conexões, deve-se
introduzir a ponta até o batente da bolsa e, em seguida, recuar a ponta em aproximadamente 0,01 m;

— colocar o anel na nervura do tubo corrugado indicada pelo fabricante, no caso de utilização
de luvas, e posteriormente realizar o acoplamento;

— recobrir a tubulação corrugada parcialmente, após a montagem de uma junta, acima de sua
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geratriz superior com uma camada do material de envoltória, deixando descoberta a região
do acoplamento para verificação da estanqueidade, de tal forma a assegurar que, durante
o ensaio de estanqueidade, a tubulação não sofra deslocamentos. Após a realização do ensaio
de estanqueidade, deve-se completar a envoltória com areia;

— atender às instruções do projeto executivo quanto à profundidade da vala, de acordo com


o estabelecido na ABNT NBR 15802. Caso não haja instruções de projeto, devem ser atendidos
os requisitos especificados nas Tabelas B1 e B2;

Não pode ser utilizada a pá de retroescavadeira para acoplar os tubos corrugados, conforme mostrado
na Figura 7.

Não pode ser provocada a curvatura dos tubos para atender ao traçado da tubulação em substituição
às respectivas conexões.

Caso não haja instruções de projeto, nos trechos em que for necessário que o recobrimento da tubulação
seja inferior aos valores indicados na ABNT NBR 15802, e/ou quando a tubulação for assentada
em ruas com cargas móveis pesadas, devem ser tomadas medidas especiais para a sua proteção. Esta
proteção pode ser feita embutindo-se a tubulação dentro de tubos com DN superiores e apropriados
para receber as cargas móveis, ou mediante a utilização de lajes, conforme o esquema da Figura 8.
Nestes casos, o tubo deve ser envolvido em material granular ou pó de pedra, permanecendo
desvinculado dos elementos de proteção.

Nos trechos em que for necessária a instalação da tubulação em valas profundas, devem ser
atendidos os requisitos especificados na ABNT NBR 15802 e devem ser previstas medidas especiais
para proteção da tubulação. Esta proteção pode ser conforme mostrado na Figura 8 ou pode envolver
a tubulação com material granular, como pedra e cascalho.

4.2.9.4.6 Tubos de poliéster reforçado com fibra de vidro (PRFV)

No assentamento de tubos de PRFV, devem ser atendidos todos os requisitos estabelecidos nas
ABNT NBR 10848; na ABNT NBR 15536-1 para as obras de água; na ABNT NBR 15536-2 para
as obras de esgoto; e na ABNT NBR 15536-4 para os anéis de borracha.

As conexões devem atender aos requisitos especificados na ABNT NBR 15536-3.

No assentamento dos tubos deve ser preparada uma cava, no fundo da vala, para acomodação das
bolsas ou luvas, visando assegurar o apoio uniforme do tubo no solo.

4.2.10 Reaterro, compactação e remoção do escoramento

Tanto para tubos rígidos, semirrígidos e flexíveis, o reaterro final, conforme especificado na Figura 1,
pode ser feito usando-se material de boa qualidade, isento de pedras, tocos e matérias orgânicas,
proveniente da própria vala ou importado, lançado e compactado em camadas com no máximo
0,20 m de espessura.

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4.2.10.1 Reaterro

O reaterro e o adensamento da vala devem ser executados obedecendo ao projeto e/ou às orientações
da empresa prestadora de serviços de saneamento.

No projeto, devem constar no mínimo:


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a) especificação do material do reaterro e área de empréstimo, se for o caso;

b) espessura da camada a ser compactada, grau de compactação, desvio da umidade ótima e ensaio
específico, além do equipamento mais adequado para alcançar a condição de compactação
desejada;

c) processo de retirada do escoramento à medida que o reaterro é executado;

4.2.10.2 Escoramento

A remoção da cortina do escoramento deve ser executada à medida que avance o aterro e compactação.

Quando houver escoramento e o projeto não determinar o processo de reaterro, com a devida retirada
do escoramento, deve ser adotado o seguinte procedimento:

a) em uma primeira fase, é mantido o escoramento e executado o reaterro até o nível da primeira
estronca;

b) retiram-se então a estronca e a longarina, se for o caso, e o travamento fica garantido pelo próprio
solo do reaterro;

c) prossegue-se com o reaterro até o nível da segunda estronca, retiram-se a estronca e a longarina,
se for o caso, e assim sucessivamente até o nível desejado.

As pranchas verticais e os perfis metálicos, quando o escoramento for metálico ou metálico madeira,
só devem ser retirados no final do reaterro. Para isso, utilizar guindastes, retroescavadeiras ou outros
dispositivos apropriados. Os vazios deixados pelos perfis e estacas metálicas devem ser preenchidos
com material granular fino.

O reaterro da vala só pode ser executado após a realização dos ensaios de estanqueidade
da tubulação, conforme os procedimentos pertinentes.

O preenchimento da envoltória é obrigatoriamente manual até 0,30 m acima da geratriz superior


da tubulação, executado em camadas, utilizando-se soquete manual, mecânico ou outro, cumpridas
as condições estipuladas em projeto e conforme 4.2.9.3 e a Figura 1.

O preenchimento e o adensamento acima de 0,30 m da geratriz superior da tubulação pode ser


executado por processos mecânicos, com material de boa qualidade, por exemplo, material da própria
escavação, que deve ser selecionado e estar isento de pedras, entulhos, asfalto etc., e em camadas
com no máximo 0,20 m de espessura, conforme o grau de compactação especificado em projeto
e conforme 4.2.9.3 e a Figura 1.

Para a execução do reaterro, utilizar, preferencialmente, o mesmo solo escavado, desde que apresente
as características físicas especificadas em ensaios.

Durante o processo de compactação, não é permitido utilizar sobre a vala equipamentos que imponham
carga adicional acima da capacidade de suporte ao tubo assentado.

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Quando o solo for de má qualidade, utilizar solo de jazidas apropriadas. Solos contaminados, argilas
plásticas e solos orgânicos, ou qualquer outro material que possa ser prejudicial física ou quimicamente
para os tubos e acessórios não são aceitáveis como material do reaterro.

Deve-se iniciar a compactação a partir da região lateral da vala para o centro, tomando-se os devidos
cuidados para não provocar danos estruturais e/ou desalinhamento das tubulações, evitando-se assim
danos nos tubos e acessórios.
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Em ruas pavimentadas, no processo de reaterro da vala, devem ser restabelecidas as condições


anteriores de compactação da base e da sub-base do pavimento, de modo a conferir a mesma
capacidade de suporte anterior à abertura da vala.

4.2.10.3 Aterro final

Na execução do reaterro final em vias públicas, conforme mostrado na Figura 1, quando não estiver
especificado no projeto, adotar os seguintes critérios para compactação do material da vala:

a) o reaterro deve ser executado em camadas de no máximo 0,20 m, utilizando areia, material
removido da vala ou importado e brita graduada simples (BGS), conforme o grau de compactação
a seguir:

— para a areia: compacidade relativa > 70 %, conforme a ABNT NBR 12051;

— para o solo de reaterro da vala (material removido ou importado): grau de compactação


do solo ≥ 95 % (proctor normal), conforme a ABNT NBR 7182

— para a BGS: densidade aparente da camada compactada (medida in situ) ≥ 100 %


da densidade aparente máxima medida em laboratório, conforme as legislações vigentes [5]
e [6];

b) a compactação do solo pode ser manual ou mecânica, desde que atenda aos requisitos de energia
de compactação preestabelecidos no projeto ou conforme descrito em 4.10.2.3-a).

c) Quando no projeto ou na especificação da empresa prestadora de serviços de saneamento estiver


determinado o grau de compactação do solo ou compacidade da areia para o reaterro, esse
parâmetro deve ser verificado por meio de ensaios executados por profissional especializado
em controle tecnológico e conforme a ABNT NBR 7182 ou a ABNT NBR 12051.

4.2.11 Reposição da pavimentação

4.2.11.1 Disposições gerais

A reposição da pavimentação deve ser iniciada logo após a conclusão do reaterro compactado
e regularizado, sendo que o executor deve providenciar as diversas reposições, reconstruções
ou reparos de qualquer natureza, de modo a tornar o executado igual ao que foi removido, demolido
ou rompido. Na reposição de qualquer pavimento, seja no passeio ou no leito carroçável, devem ser
obedecidos o tipo, as dimensões e a qualidade do pavimento encontrado.

A reposição da pavimentação em vias públicas deve restabelecer as condições anteriores da abertura


da vala, obedecendo às instruções de projeto, bem como às legislações municipais.

A reconstrução do pavimento implica na execução de todos os trabalhos correlatos e afins, como


recolocação de meios-fios, bocas de lobo e outros, eventualmente demolidos ou removidos para
execução dos serviços.

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O pavimento, depois de concluído, deve estar perfeitamente conformado ao greide e à seção transversal
do pavimento existente, não sendo admitidas irregularidades ou saliências para compensar futuros
abatimentos.

As emendas do pavimento reposto com o pavimento existente devem apresentar perfeito aspecto
de continuidade.
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Após a execução da pavimentação, toda a área afetada pela execução da obra deve ser limpa
e varrida, removendo-se da via pública, quando for o caso, toda terra solta, entulho e demais materiais
não utilizados, deixados ao longo das ruas onde foram executadas as redes.

A regularização em ruas de terra deve ser executada com motoniveladoras. Caso as ruas sejam
em cascalho, brita ou pedregulho, após a regularização da via, o material deve ser reposto, espalhado
e compactado, obedecendo às características do revestimento existente anteriormente.

4.2.11.2 Pavimentação em paralelepípedo ou bloco

As peças devem ser assentadas sobre lastro de areia com 0,05 m de espessura, para blocos articulados
e 0,1 m de espessura, para blocos sextavados ou paralelepípedos. Eventualmente, para melhorar
as condições de suporte do solo, deve ser executado lastro de brita ou de concreto magro.

Os paralelepípedos ou blocos devem ser assentados das bordas da faixa para o centro e, quando
em rampa, de baixo para cima.

No caso de rampas íngremes, o assentamento deve ser feito sobre lastro de concreto magro, com
consumo mínimo de cimento de 210 kg/m³.

O rejuntamento deve ser feito com pedrisco ou areia, seguido do preenchimento das juntas com
asfalto.

4.2.11.3 Passeios cimentados

O concreto deve ter espessura e acabamento igual ao do piso existente, não podendo, no entanto, ser
inferior a 0,05 m, e deve ser executado sobre lastro de brita com espessura de 0,05 m, devidamente
compactado.

O consumo mínimo de cimento por metro cúbico (m³) de concreto deve ser de 210 kg/m3.

Executar camada de acabamento com espessura de 0,02 m, com argamassa de cimento e areia
desempenada no traço de 1:3.

As juntas de dilatação devem ser do mesmo tipo e ter o mesmo espaçamento do pavimento existente.

4.2.11.4 Passeios revestidos

Atender às características dos materiais existentes, de forma a reconstituir as condições anteriores


à quebra do passeio.

4.2.11.5 Pavimentação asfáltica

A reposição da pavimentação asfáltica deve atender às exigências dos órgãos competentes e/ou
às mesmas características do pavimento existente.

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Na falta de exigências dos órgãos competente, a reposição da pavimentação asfáltica deve atender
ao especificado em projeto ou às determinações da empresa prestadora de serviços de saneamento,
de acordo com o tipo de tráfego.

Quando for utilizado asfalto usinado a quente, deve ser feito controle de temperatura do material,
inclusive em pequenos reparos, tomando-se cuidado na execução das emendas.
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Nos casos de valas estreitas ou quando houver urgência no restabelecimento do trânsito, pode ser
aceito o fechamento de vala com concreto, devidamente protegido por chapas metálicas, sobre
o qual deve ser executada posteriormente uma capa com acabamento igual ao existente. A dosagem
do concreto deve ter consumo mínimo de cimento por metro cúbico de concreto de 210 kg/m3
e a espessura deve ser calculada de modo a assegurar uma resistência igual à do pavimento existente,
não podendo ser inferior a 0,12 m.

4.2.11.6 Execução de guia e sarjeta

Os meios-fios, as sarjetas e os sarjetões devem atender às ABNT NBR 6118 e ABNT NBR 12655.
O concreto deve ser dosado racionalmente e deve possuir a resistência característica (fck) de 20 MPa
para meios-fios pré-moldados, sarjetas e sarjetões moldados no local e de 15 MPa para o lastro
de concreto.

Os meios-fios devem ser executados em peças com 1,0 m de comprimento, as quais devem ser
vibradas até o seu completo adensamento e devidamente curadas antes de sua aplicação.

O comprimento das peças deve ser reduzido para a execução de segmentos em curva.

As formas para execução dos meios-fios devem ser metálicas ou de madeira revestida, que permitam
acabamento semelhante àquele obtido com o uso de formas metálicas.

Para o assentamento dos meios-fios, sarjetas e sarjetões, o terreno de fundação deve estar com a sua
superfície devidamente regularizada, de acordo com a seção transversal do projeto, apresentando-se
liso e isento de partículas soltas ou sulcadas e, não pode apresentar solos turfosos, micáceos
ou que contenham substâncias orgânicas. Deve estar, também, sem quaisquer infiltrações d’água
ou umidade excessiva.

NOTA Não é permitida a execução dos serviços durante os dias de chuva.

Após a compactação, deve-se umedecer ligeiramente o terreno de fundação para o lançamento


do lastro.

Sobre o terreno de fundação devidamente preparado, deve ser executado o lastro de concreto das
sarjetas e sarjetões, de acordo com as dimensões especificadas no projeto. O lastro deve ser apiloado,
convenientemente, de modo a não deixar vazios.

O assentamento dos meio-fios deve ser feito antes de decorrida 1 h do lançamento de concreto
da base. As peças devem ser escoradas, nas juntas, por meio de bolas de concreto com a mesma
resistência da base.

Depois de alinhados os meios-fios, deve ser feita a moldagem das sarjetas, utilizando-se concreto
com plasticidade e umidade compatíveis com seu lançamento nas formas, sem deixar buracos
ou ninhos. As sarjetas e sarjetões devem ser moldados in loco, com juntas com largura de 0,01 m
a cada 3,0 m. Estas juntas devem ser preenchidas com argamassa de cimento e areia de traço 1:3.

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A colocação do meio-fio deve preceder a execução da sarjeta adjacente.

Estes dispositivos devem estar concluídos antes da execução do revestimento betuminoso. O controle
do material deve ser executado por meio dos seguintes procedimentos:

a) determinar a resistência à compressão do concreto utilizado nas sarjetas e sarjetões em corpos


de prova cilíndricos, de acordo com a ABNT NBR 5739;
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b) verificar aleatoriamente, numa amostra de 10 unidades de cada lote de 300 peças de meio-fio,
o seguinte:

— verificação da forma, presença de materiais de desintegração e condições das arestas;

— verificação das dimensões das guias pré-moldadas;

— controle da geometria com nivelamento dos meios-fios e sarjetas a cada 5 m, medidas


da largura das sarjetas a cada 5 m e alinhamento dos meios-fios a cada 5 m e entre
meios-fios e sarjetas com fio de arame, nos trechos retos;

— verificação visual das condições de acabamento;

Os lotes de meio-fio pré-moldados somente devem ser aceitos se possuírem certificado de qualidade.

As guias e sarjetas extrusadas in loco devem ser executadas sobre superfícies regularizadas
e compactadas, obedecendo ao alinhamento, perfil e dimensões preexistentes, de projeto
ou as dimensões mínimas, conforme determinado em projeto.

O concreto deve ter fck de 20 MPa, deve ser desempenado e ter declividade necessária ao escoamento
das águas. Eventualmente, para melhorar as condições de suporte do solo, deve ser executado lastro
de brita.

Caso necessário, deve ser executada sub-base em brita ou em macadame hidráulico.

4.2.12 Cadastramento

O cadastramento das obras deve atender aos requisitos estabelecidos pela empresa de prestação
de serviços de saneamento. Caso a empresa não determine as condições para elaboração
do cadastro, recomenda-se:

a) que o cadastro das obras lineares seja executado diariamente para que represente de maneira
fiel o executado;

b) na impossibilidade de execução diária, que o cadastro seja apresentado à empresa de prestação


de serviços de saneamento na conclusão das obras, contendo no mínimo:

— descrição completa das redes executadas, apresentando: diâmetro nominal (DN), classe
de pressão, material, data de instalação original, profundidades, amarrações, derivações,
singularidades, derivações deixadas para ligações prediais etc.;

— no caso de tubulações e conexões de polietileno, informações como diâmetro externo


(DE) em vez de DN, SDR, identificação do executor das soldas, código de rastreabilidade
do produto, classificação do tipo de composto e nome do fabricante;

— data do cadastro;

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— que os cadastros sejam elaborados conforme o especificado na ABNT NBR 12586 para
os sistemas de abastecimento de água e na ABNT NBR 12587 para os sistemas
de esgotamento sanitário;

— a critério da empresa prestadora de serviços de saneamento, o cadastro deve ser entregue


em meio digital, editável e na extensão especificada pela própria.
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5 Requisitos específicos
5.1 Ancoragem

Nas tubulações de água e esgoto pressurizadas que utilizam juntas elásticas devem ser executadas
ancoragens nas peças aplicadas nas extremidades (por exemplo, flanges cegos ou caps), nas
conexões utilizadas para mudança de direção (por exemplo, curvas e tês), nas conexões para mudança
de diâmetro (por exemplo, reduções, em válvulas e registros sujeitos a deslocamentos por ação
de empuxo hidráulico) e nos trechos de tubulação em declive acentuado.

As ancoragens podem ser de concreto, madeira de lei ou aço, ou executadas por meio de atirantamento
da linha.

Para redes com DN até 0,1 m, por exemplo, ancoragens de pequeno porte, podem ser utilizados
pontaletes de madeira ou perfis metálicos, conforme os exemplos ilustrativos de blocos de ancoragem
apresentados na Figura 9.

A superfície de contato entre os tubos e/ou as conexões de plástico e os blocos de ancoragem deve
ser protegida com um material inerte, por exemplo, manta de neoprene, capaz de permitir o movimento
relativo das superfícies e prevenir a concentração de tensões na tubulação.

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Dimensões em centímetros
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NOTA Conexões de Ø 50 mm a Ø 100 mm.

Figura 9 – Ancoragens de pequeno porte com pontalete de madeira para conexões de DN 50 a 100

Para as redes com diâmetros superiores a 0,1 m, devem ser executados blocos de ancoragem
de concreto, conforme apresentado na Figura 10.

Estes blocos devem ser objeto de projeto específico, conforme a ABNT NBR 13211, e devem atender
às especificações relativas a formas, concreto, armaduras e tirantes.

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O projeto das ancoragens da tubulação e cap deve considerar as pressões de ensaio da tubulação.
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Figura 10 – Desenhos ilustrativos de blocos de ancoragem em concreto

O bloco de ancoragem deve ser projetado de forma que seja considerada a capacidade de suporte
de carga do solo que envolve a tubulação.

Válvulas, ventosas ou outros dispositivos devem ter fundação adequada para evitar recalques e não
transmitir esforços à tubulação.

Os blocos de ancoragem e apoio devem ser executados de forma a manter as juntas livres, possibilitando
a verificação da estanqueidade, antes da camada final de envoltória.

Os ensaios de estanqueidade somente podem ser iniciados após a completa execução de todas
as ancoragens do trecho, quer sejam definitivas ou provisórias.

5.2 Instalações aéreas


Na montagem das tubulações aéreas deve ser prevista a instalação de juntas de dilatação e/ou
de sistemas de apoio que absorvam eventuais dilatações térmicas.

As tubulações de aço ou ferro fundido devem ser revestidas externamente conforme determinado
em projeto. Não havendo determinações em projeto, deve ser atendido o padrão determinado pela
empresa prestadora de serviços de saneamento ou os padrões determinados pelo fabricante do tubo.

Recomenda-se que os tubos em PVC, PVC-O, DEFOFO, PE ou PRFV não sejam instalados sob
insolação direta.

Caso sejam instalados tubos plásticos em instalações aéreas, deve ser elaborado projeto específico
e devem ser consideradas as seguintes condições:

a) no caso de uso de tubulações que não sejam na cor preta, deve ser adotada proteção contra
a incidência de radiação UV;

b) análise do coeficiente de dilatação térmica e flexibilidade;

c) dimensionamento dos suportes de apoio.

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Nos trechos aéreos, executados com tubos de ferro fundido, os tubos devem descansar apoiar sobre
os pilares de concreto colocados atrás das bolsas e ser mantidos por colares que suportem os esforços
atuantes, conforme mostrado na Figura 11.
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Figura 11 – Travessia aérea

A superfície de apoio do tubo no pilar deve ser convenientemente preparada para assegurar um bom
contato, interpondo argamassa ou qualquer material plástico, por exemplo, manta de neoprene, por
ocasião do assentamento. A Tabela 2 especifica as larguras mínimas previstas para estes pilares.

A superfície de contato entre os tubos e/ou conexões de plástico e os pilares deve ser protegida com
um material inerte, por exemplo, manta de neoprene, capaz de permitir o movimento relativo das
superfícies e prevenir a concentração de tensões na tubulação. O revestimento externo dos tubos
deve ser flexível para absorver os esforços.

Tabela 2 – Largura mínima dos pilares


Tubo Largura mínima
(DN) m
50 a 200 0,15
250 a 600 0,30
700 a 900 0,45
1 000 a 1 200 0,60

Em geral, prevê-se um pilar para cada tubo; porém, conforme a classe do tubo e o valor do ângulo
de apoio do tubo no pilar, é recomendável verificar, por meio de cálculos especializados,
o comportamento da viga em flexão, conforme a ABNT NBR 11185.

NOTA No caso de juntas flangeadas, recomenda-se prever um apoio para cada junta.

Nas tubulações em aço deve ser verificada a necessidade de instalação de junta isolante para proteção
catódica, no trecho de transição enterrado/aéreo.

Na transição enterrado/aéreo em tubulação de aço, o revestimento externo deve ser reforçado pela
aplicação de fita de polietileno e a sobreposição de fita de alumínio com selante betuminoso nas duas
fitas, sobrepondo-se 0,50 m, no mínimo, sobre o revestimento.

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5.3 Instalações submersas

Nas instalações submersas, devem ser consideradas, em projeto específico, as seguintes condições:

a) ação do empuxo;

b) ação de forças devidas às correntes de fundo que causam arraste da tubulação;


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c) ação de forças devidas às variações da maré e resultantes das correntes de ondas marítimas;

d) capacidade de suporte do solo;

e) dimensionamento da ancoragem e dos apoios.

5.4 Instalação de tubulação em travessia de rodovias ou ferrovias

A instalação de tubulações no interior de túneis ou tubos-camisa deve ser efetuada por meio
de métodos e equipamentos adequados para cada tipo de travessia, conforme previsto em projeto
previamente aprovado. O projeto deve conter detalhes como: caixas de manobra, drenagem, proteção
catódica e eventuais berços de apoio.

Na montagem de tubulações em travessias com vala a céu aberto deve ser observado em projeto que,
quando da execução sob galeria, não pode ser admitida escavação sob suas juntas e a execução
do escoramento é necessária quando estas galerias se apoiarem sobre fundações diretas. Na hipótese
destas se apoiarem em estacas, não é necessária a execução do escoramento. Quando da execução
sob tubulações com junta elástica, deve ser providenciado o travamento de todas as juntas antes
da complementação da escavação.

5.5 Sistemas de abastecimento de água

5.5.1 Ligação predial de água executada pelo método destrutivo

Este serviço consiste na execução de interligação da unidade de medição ou cavalete à rede pública
e instalação do hidrômetro. É composto pelo conjunto de tubos, peças, conexões e medidor de volume
de consumo.

O cavalete ou a unidade de medição deve seguir o padrão definido pela empresa prestadora
de serviços de saneamento, sendo que, no caso de cavalete de plástico, este deve ser instalado
em abrigo visando protegê-lo contra a ação de raios UV.

Antes do início dos serviços para execução da ligação de água, devem ser realizados todos
os procedimentos administrativos e técnicos definidos pela empresa prestadora de serviços
de saneamento.

Após os serviços de escavação e limpeza externa do tubo da rede, no local onde será executada
a ligação, deve-se instalar a tomada de água.

Posteriormente instalar o tubo do ramal conectando o mesmo no cavalete ou unidade de medição.

Deve ser efetuada uma descarga com água da rede, para limpeza do ramal antes de conectá-lo
ao cavalete ou unidade de medição.

A vedação das roscas deve ser feita mediante a aplicação de fita veda-rosca, de forma que se obtenha
a perfeita estanqueidade.

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No caso do tubo do ramal ser em polietileno, não é permitida sua dobragem, formando curvaturas
com raio inferior a 25 vezes o número correspondente ao diâmetro externo (DE) e o seu lançamento
no interior da vala deve ser feito de forma a não tracioná-lo nos encaixes das conexões. Deve-se
envolver a tubulação com um colchão de areia de 0,05 m, e camada de 0,10 m de areia acima
à geratriz superior do tubo.

O recobrimento mínimo do aterro sobre a geratriz superior do tubo da ligação deve ser de 0,50 m sob
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o leito carroçável pavimentado e de 0,70 m quando não houver pavimentação.

A largura da vala transversal correspondente à ligação deve ser tão reduzida quanto possível,
visando restringir a ação de cargas sobre acidentais a tubulação. De maneira geral não pode exceder
a 0,30 m no leito carroçável e 0,20 m no passeio.

O solo do reaterro deve ser isento de pedras e materiais pontiagudos e ter qualidade adequada, caso
contrário, deve ser provida a troca do solo. A compactação de reaterro deve ser feita em camadas
de solo de no máximo 0,20 m de espessura, com grau de compactação maior ou igual a 95 %
do ensaio de proctor normal.

O grau de compactação do solo deve ser verificado por meio de ensaios executados por profissional
especializado em controle tecnológico e conforme a ABNT NBR 7182.

5.5.2 Ligação predial de água executada pelo método não destrutivo

Para a execução da perfuração unidirecional por percussão, mole, deve ser adotado o seguinte
procedimento:

a) abrir o poço de entrada e o poço de saída;

b) posicionar a perfuratriz no poço de entrada, alinhando-a na direção do poço de saída;

c) executar o furo entre os dois poços.

d) instalar o tubo de polietileno por meio de uma das seguintes opções:

— desconectar a perfuratriz da mangueira de ar comprimido e removê-la do poço de saída;

— conectar o tubo à mangueira de ar comprimido para puxamento do tubo no furo executado;

— conectar o tubo no terminal da perfuratriz e reverter o sentido de perfuração, retornando até


o poço de entrada;

— instalar o tubo manualmente após a remoção da mangueira de ar comprimido, quando o solo


permitir;

— conectar à perfuratriz e instalar simultaneamente à execução do furo, quando o diâmetro


interno do tubo permitir a passagem da mangueira de ar comprimido.

5.5.3 Instalação de válvulas, descargas, dispositivos para eliminação ou absorção de ar

As válvulas de fechamento, reguladoras, redutoras, de retenção, de descargas e dispositivos para


eliminação ou absorção de ar devem ser instalados em caixas de passagem, conforme previsto
em projeto.

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As válvulas de fechamento, reguladoras, redutoras, de retenção, de descargas e ventosas para


aplicação em redes de polietileno, devem ser instaladas em caixas de passagem projetadas conforme
a ABNT NBR 15802.

As caixas devem permitir a montagem e desmontagem dos equipamentos nela contidos, deve
possuir tampa dimensionada para a carga do tráfego local, com acesso que permita a manobra dos
equipamentos e deve ser provida de dreno para escoar as águas de infiltração e de vazamentos
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ou resultantes das operações de manutenção.

No caso da rede estar instalada sob lençol freático, as caixas devem ser estanques e ancoradas para
suportar os efeitos dos empuxos atuantes.

A instalação de uma válvula deve atender aos seguintes requisitos:

a) ser abrigada em caixa apropriada e de fácil acesso ou instalada conforme indicado na Figura 12,
atendendo sempre aos detalhes do projeto executivo;

b) a caixa não pode transmitir à válvula ou à tubulação esforços provenientes do tráfego;

c) a caixa, quando acima do lençol freático, deve ter dreno no fundo;

d) a caixa deve ser centralizada em relação ao cabeçote/volante de manobra da válvula.

O projeto deve indicar os locais e tipos de ancoragem ou de atirantamento necessários; todavia,


as condições da obra podem requerer ancoragem ou atirantamento adicionais, que devem ter
a anuência do projetista.

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Legenda

H é o curso da haste da válvula.

Figura 12 – Esquemas de montagens de válvulas

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5.5.4 Hidrantes

Os hidrantes devem ser fabricados conforme previsto na ABNT NBR 5667 (todas as partes) e todas
as conexões em ferro fundido devem atender à ABNT NBR 7675. Os hidrantes devem ser dimensionados
em locais de instalação e capacidade, conforme a ABNT NBR 12218.

O hidrante de coluna simples deve ser fornecido com os respectivos bujões e tampões.
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O hidrante de coluna completo deve ser fornecido de acordo com os respectivos bujões e tampões
e incluir uma curva dissimétrica com flanges, uma válvula-gaveta de ferro fundido nodular (dúctil) com
cunha emborrachada flangeada e os seguintes acessórios:

a) as conexões de ferro fundido dúctil, fornecidas com hidrantes de colunas completos, devem ser
fabricadas de acordo com a ABNT NBR 7675, e as válvulas-gaveta com cunha emborrachada
devem ser fabricadas de acordo com a ABNT NBR 14968;

b) as arruelas de borracha de face plena, quando fornecidas em conjunto com os hidrantes devem
ser confeccionadas com elastômero que atenda ao especificado na ABNT NBR 7676;

c) parafuso de cabeça sextavada, as porcas sextavadas e as arruelas para fixação dos flanges,
fornecidos em conjunto com os hidrantes e conexões de ferro dúctil, devem ser de aço, galvanizados
a fogo. Quando recomendável, pode ser empregado aço inoxidável, conforme a ABNT NBR 5601.

d) a quantidade de parafuso a ser fornecida depende do número de furos dos flanges, devendo ser
fornecidas uma porca e duas arruelas para cada parafuso.

Os hidrantes devem ser instalados conforme as Figuras 13 e 14 ou instruções do fabricante.

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Figura 13 – Instalação de hidrante de coluna

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Figura 14 – Instalação de hidrante subterrâneo

5.5.5 Interligações de redes de água e adutoras

As interligações devem ser realizadas de acordo com as diretrizes propostas pela empresa prestadora
de serviços de saneamento e que estejam de acordo com os tipos de união e compatíveis com
as tubulações existentes, conforme os cadastros técnicos disponíveis.

Toda interligação deve conter, entre a tubulação existente e a nova, válvula de manobra para a lavagem
e desinfecção da nova tubulação, podendo esta ser retirada após a operação.

Toda interligação, logo após sua conclusão, deve ser cadastrada, conforme 4.2.12.

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5.5.6 Verificação da estanqueidade

5.5.6.1 Tubos de PVC

A verificação da estanqueidade da rede deve ser executada conforme a ABNT NBR 9650.

5.5.6.2 Tubos de polietileno


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A verificação da estanqueidade da rede deve ser executada conforme a ABNT NBR 15952.

5.5.6.3 Tubos de ferro fundido

A verificação da estanqueidade da rede deve ser executada conforme a ABNT NBR 9650.

5.6 Sistemas de esgoto sanitário

5.6.1 Ligação predial de esgoto

Este serviço consiste na execução de interligação da rede coletora de esgotos até a caixa de inspeção
do imóvel conforme especificações da empresa prestadora de serviços de saneamento.

Antes do início dos serviços para execução da ligação de esgoto, devem ser realizados todos
os procedimentos administrativos e técnicos definidos pela empresa prestadora de serviços
de saneamento.

A conexão do ramal à rede deve ser feita da seguinte forma:

a) mediante o uso de conexão tipo selim, nas redes em carga;

b) mediante o uso de conexão tipo tê, nas redes novas executadas junto com o coletor, posicionado
o tê de forma a assegurar a perpendicularidade ao alinhamento predial, no ponto de conexão com
o ramal predial interno, sob a soleira.

Os tubos utilizados na execução do ramal devem atender às Normas Brasileiras aplicáveis, conforme 4.1.

A furação da rede em carga, deve ser suficiente para a penetração justa da guia de encaixe do selim
no tubo do coletor.

A estanqueidade na conexão selim à rede deve ser feita mediante processo recomendado pelo
fabricante.

Os ramais prediais estendidos a partir das derivações intercaladas na tubulação da rede coletora
devem ser no mínimo de DN 100 e ter 2 % da declividade mínima.

O ramal-padrão deve ser provido, de preferência, de duas curvas de 45º e coluna suficiente para permitir
a concordância da ligação com a ponta do ramal interno sob a soleira, assegurando a declividade
mínima de 2 %. Esta concepção é função da profundidade do coletor e de sua distância à soleira.

Quando as condições de distância coletor-soleira e/ou profundidade do coletor forem críticas, mantida
a declividade mínima de 2 %, as curvas de 45º podem ser substituídas por uma curva de 90º.

O assentamento dos tubos do ramal deve ser de forma a se obter apoio total da geratriz inferior
do tubo no fundo da vala, prevendo-se escavação adicional para absorver a projeção da bolsa.

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ABNT NBR 17015:2022

Os tubos devem ser assentados de forma a manter a linearidade dos eixos, conforme previsto neste
Documento.

Envolver a tubulação com um colchão de areia de 0,05 m, e camada de 0,10 m de areia acima
da geratriz superior do tubo.

As juntas devem ser executadas conforme o material utilizado e de acordo com as recomendações
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do fabricante.

A largura da vala transversal até a soleira deve ser no máximo de 0,50 m a partir da cava sobre
o coletor.

O recobrimento mínimo do aterro sobre a geratriz superior do tubo da ligação deve ser de 0,50 m sob
o leito carroçável pavimentado e de 0,70 m quando não houver pavimentação.

O solo do reaterro deve ser isento de pedras e materiais pontiagudos de ter qualidade adequada,
caso contrário, deve ser providenciada a troca do solo. A compactação de reaterro deve ser feita
em camadas de solo de no máximo 0,20 m de espessura, com grau de compactação maior ou igual
a 95 % do ensaio de proctor normal.

5.6.2 Poços de visita e inspeção

Devem ser construídos ou instalados poços de visitas (PV) e inspeção (PI) nas posições
indicadas no projeto, em conformidade com a ABNT NBR 9649, ABNT NBR 12207,
ABNT NBR 16085 e diretrizes da empresa prestadora de serviços de saneamento.

Quando não definido em projeto, a distância entre PV e PI, consecutivos, deve ser limitada ao alcance
dos equipamentos de desobstrução e limpeza.

Os poços de visita ou inspeção podem ser executados ou fabricados utilizando-se os seguintes


materiais:

a) alvenarias de tijolos maciços ou blocos de concreto;

b) tubos de concreto pré-moldado;

c) concreto moldado no local;

d) concreto pré-moldado conforme a ABNT NBR 16085; ou

e) polietileno PVC ou polipropileno.

5.6.2.1 Partes constituintes

Basicamente os PV e PI em alvenaria; tubos de concreto pré-moldado, concreto pré-moldado


e concreto moldado no local, compõe-se das seguintes partes:

— laje de fundo;

— câmara de trabalho ou balão, esta dimensão deve ser definida pela empresa prestadora
de serviços de saneamento, podendo ser de 0,60 m para PI e variar de 0,80 m a 1,50 m para PV e;

— peça de transição, por exemplo, laje superior;

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— câmara de acesso ou chaminé;

— laje; e

— tampão.

No caso de PI, estes são constituídos somente por: laje de fundo, câmara de trabalho, laje e tampão.
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5.6.2.2 Requisitos gerais

Independenmente do material de fabricação, os poços de visita (PV) e poços de inspeção (PI) devem
ser instalados considerando os seguintes critérios:

a) quando a tubulação de chegada e a de saída dos PV apresentarem desnível superior a 0,50 m,


na chegada ao PV, deve ser executado um tubo de queda, conforme estabelecido nas
ABNT NBR 9649 e ABNT NBR 12207.

b) a critério da empresa prestadora de serviços de saneamento, os PV e PI de cabeceira ou ponta


seca, bem como os utilizados na divisão de trechos longos, podem ser substituídos por tubulações
denominadas terminal de limpeza (TL).

c) quando a parede do PV, PI ou laje de fundo não suportar a carga de tráfego prevista, o aro
do tampão deve ser assentado sobre uma base independente da parede da chaminé do PV.

5.6.2.3 Poços de visita e inspeção em concreto ou alvenaria

Quando não definido em projeto, a execução dos poços de visita (PV) e poços de inspeção (PI)
em alvenaria, tubos de concreto pré-moldado e concreto moldado no local, deve atender aos seguintes
requisitos:

a) a laje de fundo deve ser executada em concreto armado, com espessura mínima de 0,15 m,
apoiada sobre o lastro de brita ou de cascalho grosso, executado após a regularização do fundo
da cava. Quando o terreno assim o requerer e a critério da empresa prestadora de serviços
de saneamento, a laje deve ser apoiada sobre fundação adequada, como, estacas, pedras
de mão etc.

b) sobre a laje de fundo, devem ser construídas as calhas ou canaletas, necessárias, em concordância
com os coletores de chegada e de saída. A plataforma correspondente ao restante do fundo
do poço também chamada banqueta ou almofada, deve ter a inclinação de 10 % para as canaletas.
As canaletas e as banquetas devem ser revestidas com argamassa de cimento e areia, no traço
1:3, alisada e queimada por colher.

c) as paredes da câmara de trabalho ou balão, câmara de acesso ou chaminé, devem:

— no caso de poços de visita e poços de inspeção em alvenaria de tijolos ou blocos


de concreto: ter as paredes revestidas com argamassa de cimento e areia, no traço 1:3,
externa e internamente alisada e queimada à colher.

— a câmara de trabalho ou balão dos PV: ter uma altura que possibilite o trabalho no seu interior
em condições satisfatórias. A câmara de trabalho ou balão deve ter, quando possível, uma
altura mínima livre, em relação à banqueta, de 2 m.

— no caso de PV: uma vez terminada a câmara de trabalho ou balão, sobre o respaldo
da alvenaria, topo do último anel de concreto ou da parede de concreto, será colocada
uma peça de transição, por exemplo, laje de concreto armado ou peça tronco-cônica, com

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abertura excêntrica ou não, de 0,60 m, voltada para montante, de modo que seu centro fique
localizado sobre o eixo do coletor principal.

NOTA 1 Coincidindo com essa abertura, será executada a câmara de acesso ou chaminé em alvenaria
de tijolos ou blocos de concreto, tubos de concreto pré-moldado ou concreto moldado in loco, conforme o tipo
de PV. Essa chaminé terá 0,60 m de diâmetro e altura variável de no máximo 1 m, alcançado o logradouro
com folga na altura, necessária para colocação do tampão.
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NOTA 2 A chaminé somente existirá quando o greide da cava estiver com uma profundidade superior
a 2,50 m. Para profundidades menores, o poço de visita se resumirá na câmara de trabalho, ficando
o tampão diretamente apoiado sobre a peça de transição (laje), que será dimensionada para suportar a carga
do tráfego.

— no caso de PV, sobre o respaldo de alvenaria, da parede de concreto ou o último tubo


da chaminé e no caso de PI sobre o respaldo da câmara de trabalho, colocar-se-á a laje
e o tampão de ferro fundido, apropriado para passeio ou para o leito dos logradouros,
conforme especificado na ABNT NBR 10160 ou atendendo ao modelo adotado pela empresa
de prestação de serviços de saneamento.

Para PV e PI executados em concreto pré-moldado devem ser atendidos os requisitos especificados


na ABNT NBR 16085.

Para PV e PI em concreto moldado in loco, a empresa executora da obra deve fornecer projeto
ou as especificações necessárias para ferragem, traço, resistência do concreto e acabamento das
faces interna e externa.

5.6.2.4 Poços de visita e inspeção em material plástico

Os poços de visita (PV) e poços de inspeção (PI) em material plástico podem ser fabricados
em polietileno, PVC ou polipropileno, podendo ser produzidos em módulos ou inteiriços (peça única).

Quando da utilização de PV ou PI de polietileno, PVC ou polipropileno, todos os requisitos técnicos


e construtivos devem atender ao prescrito nas especificações da empresa prestadora de serviços
de saneamento.

No caso de poços de visita (PV) e poços de inspeção (PI) produzidos em módulos, por rotomoldagem
ou injeção, basicamente estes são compostos pelas seguintes partes:

a) base, onde na fabricação da base devem ser previstas calhas ou canaletas, necessárias,
em concordância com os coletores de chegada e saída;

b) elevador;

c) cone, (podendo existir ou não);

d) prolongador para ajuste de nível;

e) anel de concreto;

f) telescópico;

g) tampão.

No caso de PV produzidos em peça única, por rotomoldagem ou injeção, o molde da peça é produzido
integrando todas as partes citadas anteriormente, formando uma única peça.

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5.6.3 Terminal de limpeza (TL)

O TL deve assegurar todas as condições necessárias para acesso dos equipamentos, visando
a limpeza do trecho a jusante da rede.

O TL pode ser usado, em substituição ao PI, nos seguintes casos:


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a) na reunião de até dois trechos ao coletor (duas entradas e uma saída);

b) nos pontos com degrau de altura inferior a 0,50 m;

c) a jusante de ligações prediais cujas as contribuições podem acarretar problema de manutenção.

A distância entre TL, consecutivos, deve ser limitada pelo alcance dos equipamentos para desobstrução.

O recobrimento não pode ser inferior ao especificado no projeto, observando-se a localização no leito
da via de tráfego ou passeio. Recobrimentos menores devem ser justificados.

5.6.4 Caixa de passagem (CP)

Pode ser usada CP em substituição ao PI, nas mudanças de direção, declividade, material e diâmetro,
quando a supressão de degrau for possível, desde que previsto em projeto ou autorizado pela empresa
prestadora de serviços de saneamento.

A distância entre CP, consecutivas, deve ser limitada pelo alcance dos equipamentos para desobstrução.

As CP podem ser substituídas, quando autorizado ou definido pela prestadora de serviços


de saneamento por conexões nas mudanças de direção e declividade, quando as deflexões coincidem
com as dessas peças.

O fundo das CP deve ser constituído de calhas destinadas a guiar os fluxos afluentes em direção
à saída. Lateralmente, as calhas devem ter altura coincidindo com a geratriz superior do tubo de saída.

As posições das CP e das conexões utilizadas devem ser cadastradas.

5.6.5 Ensaio de juntas

Assentada a tubulação, completado o envolvimento lateral e antes do preenchimento da vala, deve


ser providenciado o ensaio de estanqueidade das juntas, mediante ensaio hidrostático.

As verificações de estanqueidade devem ser feitas de preferência entre dois PV consecutivos.

Os ensaios são executados com água após o fechamento da extremidade a jusante do trecho
e as derivações ou extremidades dos ramais de ligação dos prédios. Enche-se o coletor por meio
do PV de montante, procurando-se eliminar todo o ar da tubulação e elevar a água até a borda
superior do PV.

Apesar de não ser o desejável, entretanto a exclusivo critério da empresa prestadora de serviços de
saneamento, o ensaio hidrostático pode ser substituído por ensaio de fumaça, devendo, nesse caso,
as juntas estarem totalmente descobertas.

As juntas que apresentarem vazamento devem ser refeitas.

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Anexo A
(normativo)

Armazenamento, manuseio e transporte dos materiais


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A.1 Tubos de policloreto de vinila (PVC-U, PVC DEFOFO e PVC-O)


Deve-se tomar precauções apropriadas durante o armazenamento, manuseio e transporte, para
assegurar-se que os tubos não sejam danificados.

A.1.1 Armazenamento
A.1.1.1 Os tubos devem ser empilhados em superfícies planas e que sejam livres de objetos
pontiagudos, pedras ou projeções, para evitar deformações ou danos.

A.1.1.2 Deve-se utilizar preferencialmente os seguintes tipos de empilhamento:

A.1.1.2.1 empilhamento com suportes laterais: com utilização de suportes laterais espaçados
em no máximo 1,5 m. Os suportes laterais podem ser caibros de madeira com no mínimo 0,05 m
de largura, conforme mostrado na Figura A.1.

Figura A.1 – Esquema de empilhamento dos tubos


A.1.1.2.2 Empilhamento em fogueiras, realizado por meio da utilização de cruzamento longitudinal
dos tubos para amarração das pilhas, sem a utilização de suportes laterais.

A.1.1.2.3 Qualquer outro método que seja utilizado no empilhamento não pode causar danos aos
tubos.

A.1.1.3 A altura máxima de empilhamento deve ser de 1,5 m, independente do diâmetro.

A.1.1.4 A primeira camada de tubos deve estar apoiada em elementos rígidos, com espaçamento
máximo de 1,5 m. Os tubos devem ser empilhados com as bolsas e as pontas alternadas, conforme

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mostrado na Figura A.2. Cada camada deve ser composta por tubos justapostos e alternadamente
orientados de modo que as bolsas sobressaiam completamente das pontas dos outros tubos.
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Figura A.2 – Empilhamento – Apoio da primeira camada de tubos e bolsas livres


A.1.1.5 Tubos de diferentes diâmetros devem ser empilhados separadamente. Quando isto não for
possível, deve-se colocar os tubos de diâmetros nominais maiores na parte inferior da pilha.

A.1.1.6 A exposição a intempéries, principalmente aos raios ultravioleta por tempo prolongado,
pode alterar a resistência ao impacto no transporte e manuseio dos tubos e a vida útil dos anéis.
Desta forma, no caso de armazenamento por um período superior a seis meses, os tubos devem ser
cobertos.

NOTA A exposição às intempéries não altera as propriedades de resistência à tração e o módulo


de elasticidade dos tubos.

A.1.1.7 A proteção dos tubos deve ser realizada por uma estrutura de cobertura fixa, por
exemplo, telhas, madeiras, ou pela utilização de telas flexíveis, por exemplo, tela de monofilamento
de polietileno de alta densidade com negro de fumo e percentual de sombreamento de 80 %. Qualquer
que seja o sistema utilizado deve haver espaço mínimo de 0,50 m entre a camada superior de tubos
e a cobertura, conforme indicado na Figura A.3.

Figura A.3 – Proteção para armazenamento dos tubos expostos em período superior a seis meses

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A.1.1.8 Tubos, conexões, válvulas e acessórios devem ser armazenados distantes de fontes
de calor, devendo também serem colocados, longe do contato com outros riscos potenciais, como
combustíveis, tintas ou solventes.

A.1.2 Manuseio

A.1.2.1 Os tubos devem ser transportados e manuseados de forma a evitar danos devidos a quedas
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ou arrastamentos. Ver Figura A.4.

Figura A.4 – Transporte e manuseio dos tubos


A.1.2.2 Caso seja utilizado o transporte manual, o processo deve estar de acordo com a legislação
vigente.

A.1.2.3 Os tubos devem ser movimentados verticalmente com a utilização de cintas não metálicas
e não cortantes, por exemplo, lona ou sisal. Não podem ser utilizados cabos de aço, ganchos
ou correntes metálicas.

A.1.2.4 Se os tubos forem armazenados ou transportados encaixados uns nos outros, ou seja,
tubos de menores diâmetros inseridos dentro de tubos de maiores diâmetros, os tubos internos devem
ser removidos primeiramente e empilhados separadamente.

A.1.3 Transporte

A.1.3.1 Caso sejam utilizados veículos, a plataforma da carroceria deve estar livre de pregos
e outras projeções. Os tubos devem ser dispostos uniformemente em toda a extensão da plataforma.

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A.1.3.2 Os tubos devem ser empilhados com as bolsas e as pontas alternadas de modo que
as bolsas sobressaiam completamente das pontas dos outros tubos, bem como as bolsas e pontas
não podem estar apoiadas.

A.1.3.3 Os veículos devem ser providos de suportes laterais com espaçamento de no máximo 2 m.
Os suportes devem ser planos e sem arestas com cantos vivos. Ver Figura A.5.
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Figura A.5 – Exemplo de suportes laterais


A.1.3.4 Os tubos não podem estar soltos durante o seu transporte. Os tubos devem estar justapostos
e alternadamente orientados, de modo que as bolsas sobressaiam completamente das pontas dos
outros e não recebam carga dos demais tubos, conforme A.1.1.2.2.

A.1.3.5 Os tubos de maior peso devem ser empilhados abaixo de tubos mais leves.

A.1.3.6 Os tubos devem estar distantes de qualquer sistema de exaustão do veículo e de quaisquer
outros fatores de risco, como tintas, solventes ou combustíveis.

A.2 Tubos de polietileno

A.2.1 Transporte e manuseio

A.2.1.1 Os veículos utilizados devem ter dimensões compatíveis com o comprimento dos tubos
a serem transportados e sua plataforma de transporte deve estar livre de objetos pontiagudos
ou cortantes.

A.2.1.2 Para o travamento das cargas durante o transporte, não podem ser utilizados correntes
e cintas metálicas, cordas ou cabos de aço. Devem ser utilizadas apenas cintas não metálicas
de malha larga ou materiais que não danifiquem os tubos e as conexões.

A.2.1.3 Para movimentação das cargas, podem ser utilizados guindastes e/ou planos inclinados,
evitando-se quedas e impactos.

A.2.1.4 A movimentação deve ser feita com o tubo suspenso ou sobre roletes.

A.2.1.5 Tubos de polietileno de SDR 32,25 e diâmetro externo (DE) ≥ 1 m devem ter suas
extremidades protegidas por dispositivos que evitem a ovalização e não danifiquem a superfície
interna dos tubos, até o momento de sua instalação.

A.2.2 Armazenamento

A.2.2.1 Tubos e conexões não podem ficar expostos a fontes de calor, como escapamentos
de veículos e agentes químicos agressivos, como solventes.

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A.2.2.2 O local de armazenamento deve ser plano, seco, limpo, livre de pedras, objetos
pontiagudos ou cortantes.

A.2.2.3 Tubos em bobina podem ser armazenados na posição horizontal, em pilhas com altura
máxima de 1,80 m, ou na posição vertical.

A.2.2.4 A altura para armazenamento de tubos em barras deve ser no máximo 1,80 m
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ou em até 12 camadas (o que for menor).

A.2.2.5 Os tubos e as conexões não pretos não podem ser armazenados em locais sujeitos
a intempéries por período superior a seis meses. No caso de armazenagem superior a seis meses,
recomenda-se estocar os tubos e conexões em locais protegidos, a Figura A.6 apresenta exemplos
destes armazenamentos.

Figura A.6 – Exemplos de estocagem de tubos


NOTA Tubos na cor preta não necessitam de proteção contra intempéries durante o armazenamento.

A.2.2.6 Durante o armazenamento até a instalação final, os tubos devem permanecer tamponados
por dispositivos que evitem a entrada de corpos estranhos.

A.3 Tubos de ferro fundido

A.3.1 Armazenamento dos tubos

O armazenamento deve ser feito em pilhas e atender às seguintes recomendações:

a) a área de estocagem deve ser plana. O solo não pode ser pantanoso, instável ou carregado
de detritos corrosivos;

b) não misturar tubos de diâmetros diferentes na mesma pilha;

c) o tempo de estocagem deve ser o mínimo possível, para preservar os revestimentos da ação
prolongada do sol e dos riscos de danificações por chuvas constantes;

d) os espaçadores e os calços usados para formar as pilhas devem ser de madeira resistente
e de boa qualidade.

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A.3.1.1 Formação das pilhas

A.3.1.1.1 Método nº 1

A pilha é formada por camadas superpostas, alternando-se em cada camada a orientação das bolsas
dos tubos, conforme mostrado na Figura A.7, atendendo ao seguinte:
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a) os tubos da primeira camada são colocados sobre duas pranchas de madeira paralelas, situadas
a 1 m de distância das extremidades dos tubos e deve seguir o seguinte:

— as bolsas dos tubos são justapostas e todas devem ser orientadas para o mesmo lado. Elas
não podem ficar em contato com o solo;

— os corpos dos tubos são paralelos e mantidos nesta posição por meio de calços de tamanho
adequado que devem ser colocados entre as pontas;

— o primeiro e o último tubo da camada são calçados por meio de cunhas fortes pregadas nas
pranchas, uma a cada extremidade do tubo;

b) os tubos da segunda camada são colocados entre os tubos da primeira, porém com suas bolsas
voltadas para o lado oposto, e de tal modo que o início das bolsas seja posicionado a 0,10 m além
das pontas dos tubos da camada inferior. Assim, os corpos dos tubos estão em contato desde
a ponta até 0,10 m do início da bolsa;

c) adota-se o mesmo procedimento com as camadas sucessivas. A Tabela A.1 especifica o número
de camada máximo aconselhado para cada classe e diâmetro de tubo.

Figura A.7 – Pilha de camadas sobrepostas

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Tabela A.1 – Altura de armazenamento dos tubos

Número máximo de camadas na formação de pilhas

Método nº 1 Método nº 2
Diâmetro
Nominal Tubos de Tubos de Tubos de Tubos de
DN classes classe classes classe
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K-7, K-6 e 1 MPa K-9 K-7, K-6 e 1 MPa K-9


50 80 89 30 33
75 65 70 28 30
100 58 58 27 27
150 40 40 22 22
200 31 31 18 18
250 25 25 16 16
300 21 21 14 14
350 18 18 12 12
400 15 16 11 11
500 10 12 8 8
600 7 10 6 7
700 5 7 4 5
800 4 6 3 4
900 4 5 3 4
1 000 3 4 2 3
1 200 2 3 2 2

A.3.1.1.2 Método nº 2

A pilha é constituída por camadas superpostas, sendo que todas as bolsas de todos os tubos
em todas as camadas estão voltadas para o mesmo lado, conforme mostrado na Figura A.8.
As camadas sucessivas são separadas por espaçadores de madeira cuja espessura especificado
na Tabela A.2, sendo que:

a) os tubos da primeira camada são colocados conforme descrito no método nº 1;

b) os tubos das demais camadas são colocados por cima dos espaçadores;

c) tanto os espaçadores como as bolsas das várias camadas devem ser alinhados verticalmente;

d) o primeiro e o último tubo de cada camada devem ser calçados como os da primeira camada.

NOTA 1 A Tabela A.1 especifica o número máximo de camadas aconselhado para cada classe e diâmetro
de tubo.

NOTA 2 Este método é o mais recomendado para a estocagem dos tubos de grandes diâmetros.

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Figura A.8 – Pilha de camadas superpostas-Bolsas do mesmo lado

Tabela A.2 – Espessura de espaçadores


Diâmetro nominal Espessura Diâmetro nominal Espessura
(DN) mm (DN) mm
50 55 400 75
75 65 500 80
100 70 600 85
150 75 700 85
200 80 800 90
250 85 900 95
300 80 1 000 110
350 75 1 200 135

A.3.1.1.3 Método nº 3

A pilha é constituída por camadas superpostas, estando os tubos de cada camada dispostos com
as suas bolsas voltadas alternadamente para um lado e para o outro.

Ademais, os tubos de duas camadas consecutivos são perpendiculares, por exemplo, armazenamento
de forma quadrada ou “em fogueira”, conforme mostrado na Figura A.9, sendo que:

a) primeira camada os tubos devem ser armazenados da seguinte forma:

— colocados como nos dois métodos anteriores, por cima de duas pranchas;

NOTA Para os diâmetros de DN 50 a DN 150, com 6,0 m de comprimento, usar três pranchas em vez
de duas.

— as bolsas são alternadamente voltadas para um lado e para o outro, com o início de cada
uma posicionado a 0,05 m da ponta dos tubos vizinhos;

— os corpos dos tubos devem estar em contato;

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— o primeiro e o último tubo devem ser calçados com cunhas,

b) na segunda camada, os tubos devem ser armazenados dispostos da mesma maneira, porém
perpendicularmente aos tubos da primeira fileira.

c) adota-se, daí por diante o mesmo procedimento, de modo que o calçamento do primeiro
e o do último tubo de cada camada sejam assegurados pelas próprias bolsas dos tubos
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da camada imediatamente inferior

NOTA 1 A Tabela A.1 especifica o número de camadas aconselhado para cada classe e diâmetro de tubo.

NOTA 2 Este método reduz, ao mínimo, o gasto de madeira de calçamento, mas obriga a movimentar
os tubos um por um. Este não é um método muito aconselhado, pois apresenta riscos de danificação
do revestimento externo devido ao contato pontual dos tubos, empilhados diretamente uns sobre os outros.

Figura A.9 – Pilha de camadas superpostas com bolsas de lado alternado

A.3.2 Armazenamento e prazo de utilização dos anéis de borracha

A.3.2.1 Armazenamento

Para que os artefatos de borracha (anéis para juntas elásticas e mecânicas, arruelas para juntas
de flanges, etc.) não percam sua qualidade, eficácia e durabilidade, procurar estocá-los de forma que
as seguintes recomendações sejam atendidas:

a) a temperatura de armazenamento deve ser situada entre 5 °C e 25 °C, na medida do possível;

b) evitar a ação direta da luz do sol ou da luz artificial, quando rica em raios ultravioletas;

c) evitar armazenamento em locais úmidos ou demasiadamente secos; isolá-los do ar ambiente


e da ação particularmente perigosa do ozônio.

A.3.2.2 Prazo de utilização

A.3.2.2.1 O prazo máximo de expedição dos artefatos de borracha é de três anos após a fabricação.

A.3.2.2.2 Sendo a estocagem feita de acordo com as recomendações anteriores, considera-se


como limite razoável de utilização um prazo de seis anos após a fabricação.

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A.3.3 Armazenamento das válvulas

As válvulas devem ser armazenadas em locais abrigados e elas só devem ser levadas para a obra
no momento da sua instalação.

A.4 Tubos de concreto


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A.4.1 Descarga

Deve ser executada adotando-se todos os cuidados necessários à segurança dos operários
e de modo a evitar danos aos tubos de concreto e seus acessórios, devendo-se observar o seguinte:

a) a executora da obra deve providenciar em tempo hábil o local, os dispositivos e os equipamentos


eventualmente necessários para descarga e armazenamento do material;

b) a descarga deve ser feita, com os equipamentos adequados em função do diâmetro ou seção
e peso do material, preferencialmente o mais próximo possível do local de aplicação, de maneira
a evitar sucessivas manipulações;

c) os tubos não podem ser rolados do caminhão em direção ao solo, seja utilizando-se pranchas
de madeira ou lançados diretamente, e não podem ser arrastados, para que não sejam danificados;

d) os tubos de concreto devem ser descarregados com equipamentos apropriados, como cabo
de aço, fita de náilon, tesouras, ganchos etc., evitando-se danos mecânicos e dimensionais por
choque, sendo que não pode, em nenhuma hipótese, laçar os tubos pelo diâmetro interno;

e) em caso de os tubos de concreto estarem suspensos, devem ser tomados todos os cuidados
necessários para evitar golpes entre as peças ou contra o terreno;

f) os anéis de borracha devem ser descarregados devidamente embalados.

A.4.2 Armazenamento

A executora da obra deve designar locais planos, limpos, livres de pedras ou objetos salientes,
apropriados para a estocagem dos tubos de concreto.

O material deve ser armazenado de maneira a ser mantido limpo e de forma que seja evitada a sua
contaminação ou degradação, principalmente dos anéis de borracha, que devem ser armazenados
protegidos do calor, raios solares, óleo e graxas.

Os tubos devem ser armazenados preferencialmente na posição vertical. Quando houver necessidade
de armazenamento na posição horizontal, os tubos devem ser apoiados sobre pontos isolados
nas extremidades, atendendo às recomendações da ABNT NBR 7676, sendo que a altura máxima
de empilhamento não pode exceder aos valores especificados na Tabela A.3:

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Tabela A.3 – Altura de empilhamento – Tubos de concreto


Dimensões em milímetros
Altura máxima de empilhamento
Diâmetro nominal
Número de pilhas de tubos
(DN)
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300 a 400 4
500 a 600 3
700 a 1 000 2
> 1 000 1

Quando os tubos forem armazenados de forma empilhada, eles devem ser calçados, por motivo
de segurança.

Os tubos não podem ser armazenados próximos ao local de abertura das valas.

No caso de os tubos serem descarregados alinhados ao longo da lateral da vala, eles devem ser
colocados no lado oposto ao local de colocação do material oriundo da escavação.

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Anexo B
(normativo)

Largura e profundidade das valas, poços e cavas


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A largura da vala para obras de esgoto e de água, em função do diâmetro da tubulação e da cota
de corte (profundidade da vala), são especificadas nas Tabelas B1 e B2.

Tabela B.1 – Largura da vala para obra de esgoto (continua)


Dimensões em metros

Diâmetro Cota de Largura da vala em função do tipo de escoramento e cota de corte


nominal corte
Contínuo e Metálico-
(DN) h Pontaletes Especial
descontínuo madeira
0≤h<2 0,65 0,65 0,75 -
100 2≤h<4 0,75 0,85 1,05 -
e
150 4≤h<6 0,85 1,05 1,35 -
6≤h<8 0,95 1,25 1,65 -
0≤h<2 0,70 0,70 0,80 -
2≤h<4 0,80 0,90 1,10 1,75
200
4≤h<6 0,90 1,10 1,40 1,90
6≤h<8 1,00 1,30 1,70 2,05
0≤h<2 0,80 0,80 0,90 -
250 2≤h<4 0,90 1,00 1,20 1,85
e
300 4≤h<6 1,00 1,20 1,50 2,00
6≤h<8 1,10 1,40 1,80 2,15
0≤h<2 0,90 1,10 1,20 -
350 2≤h<4 1,00 1,30 1,50 2,15
e
400 4≤h<6 1,10 1,50 1,80 2,30
6≤h<8 1,20 1,70 2,10 2,45
0≤h<2 1,00 1,15 1,25 -
2≤h<4 1,10 1,35 1,55 2,25
450
4≤h<6 1,20 1,55 1,85 2,40
6≤h<8 1,30 1,75 2,15 2,55

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Tabela B.1 (conclusão)

Diâmetro Cota de Largura da vala em função do tipo de escoramento e cota de corte


nominal corte
Contínuo e Metálico-
(DN) h Pontaletes Especial
descontínuo madeira
0≤h<2 1,10 1,30 1,40 -
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2≤h<4 1,20 1,50 1,70 2,35


500
4≤h<6 1,30 1,70 2,00 2,50
6≤h<8 1,40 1,90 2,30 2,65
0≤h<2 1,20 1,40 1,50 -
2≤h<4 1,30 1,60 1,80 2,45
600
4≤h<6 1,40 1,80 2,10 2,60
6≤h<8 1,50 2,00 2,40 2,75
0≤h<2 1,30 1,50 1,60 -
2≤h<4 1,40 1,70 1,90 2,55
700
4≤h<6 1,50 1,90 2,20 2,70
6≤h<8 1,60 2,10 2,50 2,85
0≤h<2 1,40 1,60 1,70 -
2≤h<4 1,50 1,80 2,00 2,65
800
4≤h<6 1,60 2,00 2,30 2,80
6≤h<8 1,70 2,20 2,60 2,90
0≤h<2 1,50 1,70 1,80 -
2≤h<4 1,60 1,90 2,10 2,75
900 4≤h<6 1,70 2,10 2,40 2,90
6≤h<8 1,80 2,30 2,70 3,05
0≤h<2 1,60 1,80 1,90 -
2≤h<4 1,70 2,00 2,0 2,85
1 000
4≤h<6 1,80 2,20 2,50 3,00
6≤h<8 1,90 2,40 2,80 3,15

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Tabela B.2 – Largura da vala para obra de água


Dimensões em metros
Largura da vala em função do tipo de escoramento e cota
Diâmetro Cota de de corte
nominal corte
(DN) h Contínuo e Metálico-
Pontaletes Especial
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descontínuo madeira
50 a 75 0a2 0,65 0,70 0,80
1,30
100 a 150 >2 0,75 0,85 0,95
0a2 0,70 0,75 0,85
200 1,35
>2 0,80 0,90 1,00
0a2 0,75 0,80 0,90
250 1,40
>2 0,85 0,95 1,15
300 0a2 0,80 0,85 0,95
1,45
350 >2 0,90 1,10 1,20
400 0a2 0,90 1,00 1,10
1,60
450 >2 1,00 1,20 1,30
0a2 1,00 1,15 1,25
500 1,75
>2 1,20 1,30 1,45
0a2 1,15 1,25 1,35
600 1,85
>2 1,30 1,45 1,65
0a2 1,30 1,50 1,60
700 2,05
>2 1,40 1,70 1,90
0a2 1,40 1,60 1,70
800 2,15
>2 1,50 1,80 2,00
900 >2 1,60 1,90 2,05 2,25
1 000a >2 1,70 2,00 2,10 2,35
1 000b >2 2,00 2,10 2,20 2,40
1 200a >2 - - - 2,40
1 200b >2 - - - 2,60
1 500b >2 - - - 2,85
1 800b >2 - - - 3,15
2 100b >2 - - - 3,45
2 500b >2 - - - 3,90
a Referem-se às larguras de valas para tubos de ferro fundido.
b Referem-se às larguras de valas para tubos de aço.

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As características das valas devem ser estudadas individualmente, no caso da necessidade


de utilização de tubulações com diâmetros nominais diversos dos descritos nas Tabelas B1 e B2.

Em todos os serviços de escavação, a executora da obra deve atender aos requisitos


da ABNT NBR 9061.

A profundidade mínima das valas deve ser determinada de modo que o recobrimento das tubulações
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atenda às condições especificadas na Tabela B.3 para sistemas de abastecimento de água


e na Tabela B.4 para sistemas de esgotamento sanitários e drenagem urbana.

Tabela B.3 – Recobrimento de tubulações por tipo de pavimento (sistemas de água)


Dimensões em metros
Tipo de pavimento Recobrimento
Valas sob passeio 0,70
Valas sob via pavimentada ou com greide definido por meio-fio e sarjeta 1,00
Valas sob via de terra ou com greide indefinido 1,20

Tabela B.4 – Recobrimento de tubulações por tipo de pavimento (sistemas de esgoto e


drenagem)
Dimensões em metros
Tipo de pavimento Recobrimento
Valas sob passeio 0,80
Valas sob via pavimentada ou com greide definido por meio-fio e sarjeta 1,00
Valas sob via de terra ou com greide indefinido 1,20

As dimensões de singularidades em sistemas de esgotamento sanitário devem estar conforme


especificado na Tabela B.5.

Tabela B.5 – Dimensões de singularidades


Dimensões em metros
Profundidade das singularidades
Tipo de singularidades Até 1,60 Até 3,00 De 3,01 a 5,00 De 5,01 a 7,00
Dimensões de singularidades
Poço de inspeção 1,80 × 1,80 - - -
Terminal de limpeza - 0,80 × 0,80 1,10 × 1,10 1,40 × 1,40
Poço de visita ø 1,00 m - 2,20 × 2,20 2,50 × 2,50 2,80 × 2,80
Poço de visita ø 1,20 m - 2,40 × 2,40 2,70 × 2,70 3,00 × 3,00

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Anexo C
(normativo)

Tipos de escoramento
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As figuras a seguir indicam os principais tipos de escoramento conforme 4.2.7.2.

C.1 Estrutura de escoramento de madeira – Tipo pontaleteamento


Dimensões em centímetros

Figura C.1 – Escoramento de madeira – Tipo pontaleteamento

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C.2 Estrutura de escoramento de madeira – Tipo descontínuo


Dimensões em centímetros
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Figura C.2 – Escoramento de madeira – Tipo descontínuo

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C.3 Estrutura de escoramento de madeira – Tipo contínuo


Dimensões em centímetros
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Figura C.3 – Escoramento de madeira – Tipo contínuo

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C.4 Estrutura de escoramento de madeira – Tipo especial


Dimensões em centímetros
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Figura C.4 – Escoramento de madeira – Tipo especial

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C.5 Estrutura de escoramento – Tipo metálico e/ou madeira


Dimensões em centímetros
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Figura C.5 – Escoramento – Tipo metálico e/ou madeira

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Anexo D
(normativo)

Tipos de apoio da tubulação, envolvimento e reaterro


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As Figuras de D.1 a D.15 indicam os tipos de apoio da tubulação, envolvimento e reaterro considerando
o tipo de tubo e as condições locais, conforme 4.2.9.

Figura D.1 – Apoio direto

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Figura D.2 – Apoio sobre camada de solo

Figura D.3 – Apoio sobre leito de material granular fino (areia)

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Figura D.4 – Apoio sobre leito de material granular fino (areia) e envolvimento lateral parcial

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Figura D.5 – Apoio sobre lastro de brita

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Figura D.6 – Apoio sobre laje e berço de concreto com fundação

Figura D.7 – Laje sobre lastro de brita (fundação)

Figura D.8 – Laje sobre embasamento de pedra de mão (fundação)

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Figura D.9 – Laje sobre estaca (fundação)

Figura D.10 – Apoio sobre leito de material granular fino

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Figura D.11 – Apoio sobre leito de material granular fino

Figura D.12 – Apoio sobre lastro de brita

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Figura D.13 – Apoio sobre laje e berço de concreto com fundação

Figura D.14 – Laje sobre lastro de brita (fundação)

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Figura D.15 – Apoio sobre leito de material granular fino

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Anexo E
(normativo)

Requisitos para a execução da envoltória e sistema unificado


de classificação dos solos (SUCS)
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São apresentados a seguir os requisitos para execução de envoltória, atribuição de símbolos de grupo
e classificação de solos no sistema unificado.

E.1 Os critérios para atribuição dos símbolos de grupo quanto ao sistema unificado de classificação
dos solos aplicáveis a este Documento são especificados na Tabela E.2. A Figura E.5 apresenta
a representação gráfica de correlação entre limites de liquidez e índice de plasticidade.

E.2 A primeira camada da envoltória, conforme mostrado na Figura E.1, deve ser constituída
de solos tipo SW e SP, conforme este Anexo, isento de qualquer elemento pontiagudo ou pedra, e ter
a altura especificada na Tabela E.1.

Tabela E.1 – Altura das camadas de envoltória em função do diâmetro nominal do tubo

Diâmetro nominal Altura das camadas de envoltória


(mm) (m)
50 a 300 0,5 × DE
> 300 0,15
E.3 Deve-se assegurar o preenchimento total entre o berço e a superfície de envoltória inferior
da tubulação.

Figura E.1 – Primeira camada da envoltória


E.4 A segunda camada ou as demais camadas da envoltória necessárias até que seja alcançada
a geratriz superior do tubo, conforme mostrado na Figura E.2, devem ser constituídas de solo
do tipo SW e SP, conforme este Anexo, isento de qualquer elementos pontiagudos ou pedra, com
altura conforme especificado na Tabela E.1, e compactadas conforme definido em E.6. A compactação
deve ser alternada em relação a cada um dos lados da vala e não pode ser aplicada sobre o tubo.

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Figura E.2 – Demais camadas da envoltória


E.5 Para a condição de tráfego, colocar duas camadas de solo do tipo SP ou SW, conforme este
Anexo, isento de qualquer elemento pontiagudo ou pedra, com altura de 0,15 m acima da geratriz
superior do tubo, conforme mostrado na Figura E.3, e compactar cada uma delas conforme definido
em E.6. Para passeio e demais condições sem tráfego, deve ser colocada apenas uma camada
de 0,15 m acima da geratriz superior, conforme mostrado na Figura E.4, compactada conforme definido
em E.6.

E.6 Compactar cada uma das camadas de envoltória da tubulação preferencialmente com
adensamento hidráulico ou alternativamente com os pés ou soquetes manuais.

Figura E.3 – Envoltória para condição de tráfego

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Figura E.4 – Envoltória para condição de passeio de demais condições sem tráfego
E.7 Não utilizar argila ou turfa em contato direto com o tubo.

E.8 Não revestir os tubos diretamente com concreto, pois o revestimento do tubo em concreto
transformaria o conjunto tubo-concreto em um sistema rígido, sem resistência à flexão, resultando
em risco de rompimento da tubulação com recalque da estrutura.

E.9 Os critérios para atribuição dos símbolos de grupo quanto ao sistema unificado de classificação
dos solos aplicáveis a este Documento são especificados nas Tabelas E.2 e E.3. A Figura E.5 apresenta
a representação gráfica de correlação entre limites de liquidez e índice de plasticidade.

Tabela E.2 – Critérios para atribuição dos símbolos de grupo (continua)

Símbolo
Critério para atribuição de símbolos de grupo
de grupo

Pedregulhos
Pedregulhos Cu ≥ 4 e 1 ≤ Cc ≤ 3 C GW
puros
Menos de 5 % Cu < 4 e/ou
GP
de grãos finos a 1 > Cc > 3 C
Mais de 50 %
da fração Pedregulhos IP < 4 ou representado abaixo
GM
grossa retida com finos da linha “A” (figura E5)
Solos grossos
na peneira nº 4 Mais de 12 %
Mais de 50 % IP > 7 e representado na ou
de grãos finos GC
de material a,d acima da linha “A” (figura E5)
retido na
peneira nº 200

Areias Areias puras Cu ≥ 6 e 1 ≤ Cc ≤ 3 C SW

50 % ou mais
da fração Menos de 5 % Cu < 6 e/ou
SP
grossa passam de finos b 1 > Cc > 3 C
na peneira nº 4

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Tabela E.2 (conclusão)

Símbolo
Critério para atribuição de símbolos de grupo
de grupo

Solos grossos Areias com IP < 4 ou representado abaixo


50% ou mais da SM
Mais de 50% finos da linha “A” (Figura E.5)
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fração grossa
de material passam na IP > 7 e representado
retido na Mais de 12 %
peneira nº 4 na ou acima da linha “A” SC
peneira nº 200 de finos b,d
(Figura E.5)
IP > 7 e representado
na ou acima da linha “A” CL
da (Figura E.5)
Inorgânico
Siltes e argilas IP < 4 e representado abaixo
ML
LL< 50 da linha “A” da (Figura E.5)

LL seco em estufa/ LL
Solos finos Orgânico não seco < 0,75 (Zona OL OL
50 % ou mais da Figura E.5)
passam na
peneira nº 200 IP representado na ou acima
CH
da linha “A” da (Figura E.5)
Inorgânico
Siltes e argilas IP representado abaixo
MH
da linha “A” da (Figura E.5)
LL ≥ 50
LL seco em estufa/LL
Orgânico não seco <0,75 (Zona OH OH
da Figura E.5)
Matéria primariamente orgânica de cor escura e odor
Solos altamente orgânicos
orgânico
NOTA 1 LL é a abreviação de limite de liquidez.
NOTA 2 IP é a abreviação de índice de plasticidade.
a Pedregulhos com 5 % a 12 % de finos requerem os símbolos duplos: GW-GM, GW-GC, GP-GM, GP-GC.
b Areias com 5 % a 12% de finos requerem os símbolos duplos: SW-SM, SW-SC, SP-SM, SP-SC.
c Areias com 5 % a 12% de finos requerem os símbolos duplos: SW-SM, SW-SC, SP-SM, SP-SC.
d CU = D60 / D10. Cc = (D30)2/ (D60 × D10)
e Se 4 ≤ IP ≤ 7 e for representado na área hachurada na Figura E.5, usar o símbolo duplo GC-GM ou SC-ML
f Se 4 ≤ IP ≤ 7 e for representado na área hachurada na Figura E.5, usar o símbolo duplo CL-ML

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Tabela E.3 – Classificação de solos


Classe Tipo Símbolo Nomes típicos
Pedregulhos e misturas de
areia e pedregulho bem
GW
graduados com pouco ou
Pedregulho nenhum material fino
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Pedregulhos
limpo Pedregulho e misturas de areia
(50 % ou mais
da fração e pedregulho mal graduados
GP
grossa não com pouco ou nenhum material
passam na fino
peneira nº 4) Pedregulho siltoso, misturas de
Pedregulho GM
pedregulho, areia e silte
Solos granulares contendo
(menos de 50 % material fino Pedregulho argiloso, misturas
GC
passando na de pedregulho, areia e argila
peneira nº 200) Areia e areia pedregulhosa
SW bem graduadas, com pouco ou
nenhum material fino
Areias Areia limpa
Areia e areia pedregulhosa
(mais de 50 SP mal graduadas, com pouco ou
% da fração nenhum material fino
grossa passam
na peneira nº 4) Areia siltosa, misturas de areia
Areia SM
e silte
contendo
material fino Areia argilosa, misturas de
SC
areia e argila
Silte inorgânico, areia muito
ML fina, areia fina siltosa ou
argilosa.

Silte e argila Areia inorgânica de baixa


ou média plasticidade, argila
(LL ≤ 50) CL
pedregulhosa, arenosa e
siltosa, argila magra
Solos finos Silte orgânico e argila siltosa
(50 % ou mais passando na peneira OL
orgânica de baixa plasticidade
nº 200)
Silte inorgânico, areias
MH finas ou siltes micáceos ou
diatomáceos, silte elástico
Silte e argila
Argila inorgânica de alta
(LL > 50) CH
plasticidade, argila gorda
Argila orgânica de média e alta
OH
plasticidade
Turfas e outros solos altamente
Solos altamente orgânicos PT
orgânicos
NOTA LL é a abreviação de limite de liquidez.

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Figura E.5 – Gráfico de plasticidade

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Anexo F
(normativo)

Junta elástica
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São apresentados a seguir os requisitos e os aparelhos para a montagem de juntas elásticas.

F.1 Montagem da junta elástica


F.1.1 Limpar, cuidadosamente, com um pano ou estopa, o alojamento do anel de borracha
no interior da bolsa. Retirar, com um raspador, qualquer sujeira ou eventual excesso de tinta. Limpar
também a ponta do tubo a ser instalado e o próprio anel de borracha, ver Figura F.1.

F.1.2 Colocar o anel de borracha em seu alojamento, começando pela parte inferior da bolsa
e pressionando o anel contra o fundo do alojamento à medida que ele estiver sendo encaixado,
ver Figura F.2.

F.1.3 Riscar com um giz, na ponta do tubo, um traço de referência a uma distância da extremidade
igual à profundidade da bolsa menos 0,01 m, ver Figura F.3.

F.1.4 Aplicar a pasta lubrificante sobre a superfície exposta do anel de borracha alojado na bolsa
e sobre a ponta do outro tubo até aproximadamente 0,02 m do traço de giz, ver Figura F.4.

F.1.5 Centralizar bem a ponta na bolsa do tubo já instalado e manter a tubulação nesta posição.

NOTA Para os tubos de diâmetros menores, dispô-los em dois apoios de terra batida ou de madeira; para
os de diâmetros maiores, manter a tubulação suspensa pelo gancho do guindaste.

F.1.6 Empurrar a ponta do tubo para dentro da bolsa, até que o traço de referência de giz
se encontre com o espelho da bolsa. Não ultrapassar esta posição, a fim de assegurar a flexibilidade
da junta. Para esta fase da montagem, utilizar, conforme o diâmetro do tubo, um dos equipamentos
descritos em C.2.

F.1.7 Montada a junta, verificar se o anel está em posição correta dentro do seu alojamento,
introduzindo, para isso, uma lâmina, até que ela encoste no anel. Em todos os pontos da circunferência,
a penetração da lâmina deve ser uniforme, ver Figura F.5.

F.1.8 Deve-se verificar o bom estado do chanfro na ponta do tubo.

F.1.9 Para os tubos serrados na obra, estes devem ser chanfrados para não rasgarem o anel
de borracha durante a montagem da junta. Ver I.7 para realização do chanfro.

F.2 Aparelhos para montagem da junta elástica

F.2.1 Tubos de DN 50 a DN 150

Nestes diâmetros, basta utilizar uma simples barra de ferro, que irá servir como alavanca sobre
a bolsa do tubo a ser assentado, cuja ponta deve ser, antes, bem centrada diante da bolsa do tubo

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já instalado. Recomenda-se proteger o espelho da bolsa com um toco de madeira, sobre o qual
a alavanca irá atuar, ver Figura F.6.

F.2.2 Tubos de DN 200 a DN 600

Nestes diâmetros, utiliza-se um aparelho tirfor (talha de cabo) amarrado no tubo já instalado e no tubo
a ser instalado, ver Figura F.7. Sempre verificar a boa centragem da ponta diante da bolsa e usar
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apoios sob o tubo a ser assentado. O aparelho tirfor deve ter a seguinte capacidade: DN 200 a DN 300:
1 600 daN, DN 350 a DN 600: 3 500 daN.

F.2.3 Tubos de DN 700 a DN 1 200

Para estes diâmetros, recorre-se a dois aparelhos tirfor com capacidade de 3 500 daN cada um,
ver Figura F.8. O tamanho dos tubos requer que se verifique, durante a montagem, se o anel conserva
a sua posição correta e se é mantida a necessária folga entre a ponta do tubo e o fundo da bolsa.

Figura F.1 – Limpeza do alojamento do anel de borracha no interior da bolsa

Figura F.2 – Colocação do anel de borracha em seu alojamento

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Figura F.3 – Marcação na ponta do tubo da distância para penetrar na bolsa do tubo contíguo

Figura F.4 – Aplicação da pasta lubrificante sobre a superfície exposta do anel de borracha

Figura F.5 – Verificação por meio de uma lâmina da posição do anel de borracha

Figura F.6 – Montagem de tubos DN 50 até DN 150 por meio de alavanca

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Figura F.7 – Montagem de tubos DN 200 até DN 600 por meio de um tirfor

Figura F.8 – Montagem de tubos DN 700 até DN 1 200 por meio de dois tirfor

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Anexo G
(normativo)

Montagem da junta mecânica


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São apresentados a seguir os requisitos e aparelhos para montagem de juntas mecânicas.

G.1 Limpar, cuidadosamente, com um pano ou estopa, a ponta do tubo e o interior da conexão.
Se for necessário, limpar também o anel de borracha e o contraflange.

G.2 Fazer deslizar na ponta do tubo, primeiro, o contraflange, e, em seguida, o anel de borracha,
conforme mostrado na Figura G.1.

G.3 Introduzir a ponta, munida do contraflange e do anel, até o fundo da bolsa e, em seguida,
recuar aproximadamente 0,01 m, a fim de permitir a livre dilatação do material.

G.4 Fazer deslizar o anel de borracha sobre a ponta, encaixá-lo em seu alojamento na bolsa
e trazer o contraflange até encostá-lo no anel, conforme mostrado na Figura G.2.

G.5 Colocar os parafusos no contraflange e apertar as porcas manualmente, até que elas encostem
no contraflange, verificando a posição correta deste, ver Figura G.3.

G.6 Em seguida, apertar as porcas com chave. Atuar na ordem dos números do esquema conforme
mostrado na Figura G.4.

NOTA 1 A utilização de um torquímetro facilita o aperto das porcas.

NOTA 2 Para grandes diâmetros, inserir os acessórios da junta (contraflange e anel) e começar o aperto
dos parafusos com o tubo (ou a conexão), a ser montado, ainda suspenso ao gancho do guindaste. A ponta
do tubo é, assim, bem centrada dentro da bolsa, e o anel estará corretamente alojado.

Figura G.1 – Posicionamento do contraflange e do anel de borracha na ponta do tubo

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Figura G.2 – Aplicação do anel de borracha no alojamento da bolsa

Figura G.3 – Aperto manual das porcas

Figura G.4 – Esquema indicativo da ordem de aperto das porcas

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Anexo H
(normativo)

Montagem da junta e de flanges


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São apresentados a seguir os requisitos para montagem da junta e de flanges.

H.1 Alinhar as peças que serão montadas. Dispô-las de maneira que os furos estejam posicionados
uns em frente aos outros. Deixar, entre os flanges, um pequeno intervalo que permita a passagem
da arruela.

H.2 Introduzir a arruela entre os flanges e colocar os parafusos nos furos dos flanges.

H.3 Centrar bem a arruela entre os ressaltos dos dois flanges.

H.4 Colocar as porcas nas extremidades dos parafusos e apertá-los progressivamente com uma
chave.

NOTA O emprego de uma chave com torquímetro facilita o trabalho.

H.5 Apertar os parafusos diametralmente opostos na ordem dos números assinalados no esquema
mostrado na Figura H.1.

Figura H.1 – Ordem de aperto dos parafusos dos flanges

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Anexo I
(normativo)

Corte dos tubos de ferro fundido dúctil


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São apresentados a seguir os requisitos para corte dos tubos de ferro fundido dúctil.

I.1 O corte dos tubos deve situar-se em um plano perpendicular às geratrizes do tubo.

I.2 Os tubos de ferro dúctil podem ser cortados de várias maneiras, conforme a seguir:

a) os tubos de ferro dúctil de qualquer diâmetro podem ser facilmente cortados com uma máquina
elétrica ou pneumática, utilizando-se disco de corte abrasivo de alta rotação, conforme mostrado
na Figura I.1;

b) em caso de não se dispor de energia elétrica ou ar no local da obra, pode usar-se também uma
máquina de corte a frio, com ferramentas (bedames) de vídia;

c) os tubos de ferro dúctil de pequeno diâmetro, até DN 150, inclusive, podem ser cortados com uma
máquina de roletas e facas cilíndricas de aço, de aperto progressivo;

d) em último caso, pode até utilizar-se o arco convencional. O processo consiste em fazer uma
marca de referência em torno do tubo, no ponto a ser cortado, e aos poucos cortá-lo com a serra
manual, de acordo com a referência. A área de ação da serra é pequena, e, conforme o corte vai
aprofundando-se, o curso da operação vai ficando menor. Assim que a serra transpassa a parte
interna, muda-se o início do corte um pouco mais para a frente e, assim sucessivamente, até dar
a volta em todo o tubo.

I.3 Deve-se evitar o corte por meio de maçarico.

I.4 Após a execução do corte, é indispensável rebarbar a ponta e refazer o chanfro, de maneira
a facilitar a montagem da junta elástica sem o risco de cortar o anel de borracha. A danificação do anel
pode acarretar, como consequência, vazamentos.

I.5 Conforme o diâmetro DN do tubo, o chanfro pode ser executado:

a) manualmente, com lima, conforme mostrado na Figura I.2;

b) com esmerilhadeira manual de disco;

c) com máquina equipada com uma ferramenta de usinar.

I.6 A forma do chanfro deve estar de acordo com as especificações da ABNT NBR 7674.

I.7 Na execução do chanfro, os cuidados que se deve ter são os seguintes:

a) a inclinação do bisel deve estar situada entre 20° e 45° em relação à superfície do tubo;

b) o chanfro deve ter as quinas arredondadas, eliminando, assim, a possibilidade de danificar o anel
de borracha;

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c) o chanfro deve ser executado até a metade da espessura do tubo, evitando, assim, que a ponta
deste fique fina, semelhante a uma faca, e corte o anel de borracha.

NOTA Após a execução do chanfro, não esquecer de revestir, novamente, a parte usinada com pintura
betuminosa derivada de petróleo, com qualidade alimentar.
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Figura I.1 – Corte utilizando disco abrasivo de alta rotação

Figura I.2 – Execução do chanfro por meio de lima

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Anexo J
(normativo)

Máxima força admissível de puxamento de tubos de polietileno


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São apresentadas as forças máximas para puxamento de tubos de PE 80 e 100 e fatores de redução
para essa força em função da temperatura ambiente

J.1 Nas instalações de tubo de polietileno PE 80, a máxima força de puxamento deve ser calculada
considerando-se os valores especificados nas Tabelas J.1 e J.2.

Tabela J.1 – Máxima força admissível de puxamento de tubos PE 80 em quilograma força (kgf)
(continua)
Diâmetro
externo SDR SDR SDR SDR SDR SDR SDR SDR
do tubo
DE 32,25 26 21 17 13,6 11 9 7,25
63 - 356 424 530 645 782 924 1 113
90 - 713 868 1 076 1 315 1 580 1 885 2 283
110 - 1 070 1 307 1 608 1 967 2 356 2 832 3 395
125 - 1 386 1 682 2 076 2 353 3 051 3 638 4 390
160 - 2 246 2 763 3 369 4 153 5 002 5 964 7 181
180 - 2 853 3 473 4 268 5 260 6 322 7 540 9 100
200 - 3 488 4 306 5 274 6 498 7 796 9 337 11 211
225 - 4 434 5 450 6 681 8 196 9 878 11 781 14 209
250 4 451 5 492 6 676 8 254 10 141 12 206 14 555 17 518
280 5 561 6 850 8 417 10 302 12 703 15 291 18 290 22 003
315 7 047 8 704 10 603 13 055 16 077 19 360 23 091 27 827
355 8 994 11 017 13 463 16 600 20 369 24 559 29 364 35 329
400 11 324 13 955 17 142 21 096 25 913 31 184 37 274 44 845
450 14 382 17 736 21 707 26 630 32 785 39 511 47 124 -
500 17 694 21 860 26 811 32 911 40 464 48 726 58 218 -
560 22 245 27 401 33 550 41 209 50 700 61 165 - -
630 28 189 34 680 42 412 52 221 64 183 77 320 - -
710 35 820 44 069 54 004 66 253 81 475 - - -
800 45 475 55 822 68 397 84 219 103 492 - -
900 57 529 70 747 86 636 106 520 - - -
1 000 70 999 87 221 107 030 131 437 - - -
1 200 102 185 125 598 154 020 - - - -
1 400 139 034 170 953 - - - - -
1 600 181 545 223 286 - - - - -

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J.2 Não havendo soldas no trecho a ser puxado, a força pode ser multiplicada por 1,25.

J.3 Para tubos PE 100, multiplicar os valores especificados na Tabela J.1 por 1,25.

J.4 Os valores especificados na Tabela J1 devem ser adequados em função da temperatura,


aplicando-se os fatores especificados na Tabela J.2.
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Tabela J.2 – Fator de redução da força de puxamento em função da temperatura ambiente


Temperatura °C 25 27,5 30 35 40
Fator de redução 1,00 0,86 0,81 0,72 0,62

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Bibliografia

[1]  ABNT NBR 7367, Projeto e assentamento de tubulações de PVC rígido para sistemas de esgoto
sanitário
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[2]  ABNT NBR 15645, Execução de obras de esgoto sanitário e drenagem de águas pluviais
utilizando-se tubos e aduelas de concreto

[3]  ABNT NBR 15950, Sistemas para distribuição e adução de água e transporte de esgotos sob
pressão – Requisitos para instalação de tubulação de polietileno PÉ 80 e PE 100

[4]  DNER 092, Solo – Determinação da massa específica aparente in-situ, com emprego do frasco
de areia-Método de ensaio

[5]  DNIT 172, Solos – Determinação do Índice de Suporte Califórnia utilizando amostras não
trabalhadas – Método de ensaio

[6]  NORMA REGULAMENTADORA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO-NR 8, Condições e meio


ambiente de trabalho na indústria da construção

[7]  NORMA REGULAMENTADORA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO-NR 15, Atividade e operações


insalubres

[8]  NORMA REGULAMENTADORA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO-NR 16, Atividade e operações


perigosas

[9]  NORMA REGULAMENTADORA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO-NR 18, Condições e meio


ambiente de trabalho na indústria da construção

[10]  NORMA REGULAMENTADORA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO-NR 19, Explosivos

[11]  NORMA REGULAMENTADORA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO-NR 21, Trabalho a céu aberto

[12]  NORMA REGULAMENTADORA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO-NR 22, Saúde e segurança


ocupacional na mineração

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