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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 15273
Terceira edição
22.06.2021

Curvas por indução para sistema de transporte


de petróleo, derivados e gás natural por dutos
Induction curves for oil, oil products and natural gas transportation system by
pipeline
Exemplar para uso exclusivo - MILPLAN ENGENHARIA S/A. - 15.063.096/0001-04

ICS 75.200 ISBN 978-85-07-08525-6

Número de referência
ABNT NBR 15273:2021
41 páginas

© ABNT 2021
Impresso por: Fredie Williem Mello Cota (ADM.)
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Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................vi
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Símbolos e termos abreviados..........................................................................................6
4.1 Símbolos..............................................................................................................................6
4.2 Abreviaturas........................................................................................................................7
5 Informações a serem fornecidas pelo comprador...........................................................8
5.1 Informações principais.......................................................................................................8
5.2 Informações suplementares...............................................................................................8
5.3 Informações sobre o tubo-mãe..........................................................................................9
6 Fabricação.........................................................................................................................10
6.1 Tubo-mãe...........................................................................................................................10
6.2 Especificação do procedimento de fabricação..............................................................10
6.3 Qualificação do procedimento de fabricação.................................................................12
6.4 Curvas de produção..........................................................................................................13
6.5 Tratamento térmico após o curvamento.........................................................................13
6.6 Acabamento (conformação e calibração após o curvamento).....................................14
6.7 Preparação das extremidades.........................................................................................14
6.8 Posição da solda...............................................................................................................14
6.9 Requisitos suplementares para sour service.................................................................14
7 Ensaios e inspeções.........................................................................................................14
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7.1 Especificações gerais.......................................................................................................14


7.2 Escopo dos ensaios e inspeções....................................................................................16
7.2.1 Curva de qualificação da MPS.........................................................................................16
7.2.2 Curvas de produção..........................................................................................................19
7.3 Ensaios mecânicos...........................................................................................................19
7.3.1 Preparação dos corpos de prova....................................................................................19
7.3.2 Ensaio de tração................................................................................................................20
7.3.3 Ensaio de impacto Charpy ..............................................................................................20
7.3.4 Dureza ao longo da espessura........................................................................................22
7.3.5 Ensaio de dureza superficial............................................................................................23
7.3.6 Exame metalográfico........................................................................................................25
7.3.7 Ensaio de dobramento guiado.........................................................................................25
7.3.8 Ensaio de achatamento....................................................................................................25
7.3.9 CTOD..................................................................................................................................25
7.4 Ensaios não destrutivos (END)........................................................................................25
7.4.1 Geral...................................................................................................................................25
7.4.2 Inspeção visual..................................................................................................................25
7.4.3 Radiografia e ultrassom na junta soldada .....................................................................27
7.4.4 Partícula magnética ou líquido penetrante nas extremidades.....................................27

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7.4.5 Partícula magnética no corpo da curva..........................................................................28


7.4.6 Ultrassom no corpo da curva...........................................................................................28
7.4.7 Reparos..............................................................................................................................28
7.4.8 Inspetores de END............................................................................................................28
7.5 Requisitos dimensionais..................................................................................................28
7.5.1 Espessura..........................................................................................................................29
7.5.2 Ovalização .........................................................................................................................29
7.5.3 Dimensões lineares...........................................................................................................30
7.5.4 Ângulo................................................................................................................................30
7.5.5 Raio.....................................................................................................................................31
7.5.6 Esquadrejamento..............................................................................................................32
7.5.7 Planicidade........................................................................................................................32
7.6 Passagem de placa calibradora.......................................................................................33
7.7 Teste hidrostático..............................................................................................................33
8 Documentação...................................................................................................................33
9 Identificação......................................................................................................................34
Anexo A (normativo) Curvas para sour service..............................................................................35
A.1 Introdução..........................................................................................................................35
A.2 Informações adicionais a serem fornecidas pelo comprador .....................................35
A.3 Fabricação.........................................................................................................................35
A.3.1 Tubo-mãe...........................................................................................................................35
A.3.2 Procedimento de fabricação............................................................................................35
A.4 Inspeções e ensaios.........................................................................................................36
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A.4.1 Ensaio de dureza superficial............................................................................................36


A.4.2 Ensaio de dureza ao longo da espessura.......................................................................36
A.4.3 Ensaio de HIC....................................................................................................................37
A.4.3.1 Corpos de prova................................................................................................................37
A.4.3.2 Método de ensaio..............................................................................................................37
A.4.3.3 Critério de aceitação.........................................................................................................37
A.4.3.4 Reteste...............................................................................................................................38
A.4.4 Ensaio de SSC...................................................................................................................38
A.4.4.1 Corpos de prova................................................................................................................38
A.4.4.2 Método de ensaio..............................................................................................................38
A.4.4.3 Critério de aceitação.........................................................................................................38
A.4.4.4 Reteste...............................................................................................................................39
A.4.5 Ensaio de ultrassom das extremidades..........................................................................39
A.4.6 Ensaio de ultrassom do corpo da curva.........................................................................39
A.4.7 Ensaio de ultrassom adjacente à junta soldada ...........................................................39
A.4.8 Ensaio de ultrassom na junta soldada............................................................................39
A.4.8.1 Tubos HFW.........................................................................................................................39
A.4.8.2 Tubos SAWL......................................................................................................................39
Anexo B (informativo) Dados para o projeto de curvas por indução............................................40
Bibliografia..........................................................................................................................................41

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Figuras
Figura 1 – Nomenclatura dimensional ..............................................................................................6
Figura 2 – Localização de extração de amostras para ensaios em tubos com solda
longitudinal ou sem costura............................................................................................18
Figura 3 – Localização de extração de amostras para ensaios em tubos SAWH........................19
Figura 4 – Localização dos corpos de prova para o ensaio de impacto Charpy na região da
solda de tubos SAW..........................................................................................................21
Figura 5 – Posição para medição de dureza....................................................................................22
Figura 6 – Posições para medição de dureza superficial...............................................................24
Figura 7 – Ressalto............................................................................................................................26
Figura 8 – Diagrama esquemático para a medição de enrugamentos..........................................27
Figura 9 – Medição da ovalização....................................................................................................29
Figura 10 – Dimensões para a determinação do ângulo da curva................................................31
Figura 11 – Determinação do esquadrejamento das extremidades..............................................32
Figura 12 – Determinação da planicidade........................................................................................32
Figura 13 – Placa calibradora............................................................................................................33

Tabelas
Tabela 1 – Variáveis essenciais e variações máximas permissíveis.............................................12
Tabela 2 – Sumário dos ensaios e inspeções requeridos..............................................................15
Tabela 3 – Localização dos corpos de prova e tipos de ensaios destrutivos nas curvas de
qualificação para os tubos com solda longitudinal ou sem costura...........................16
Tabela 4 – Localização dos corpos de prova e tipos de ensaios destrutivos nas curvas de
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qualificação para os tubos SAWH...................................................................................17


Tabela A.1 ‒ Ensaios complementares para sour service..............................................................36
Tabela B.1 – Ovalização máxima na região curvada (%)................................................................40
Tabela B.2 – Redução de espessura máxima (%)............................................................................40

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 15273 foi elaborada no Organismo de Normalização Setorial de Petróleo


(ABNT/ONS-034), pela Comissão de Estudo de Sistema de Transporte de Petróleo e Derivados
(CE-034:000.005). O Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 05,
de 17.05.2021 a 15.06.2021.
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A ABNT NBR 15273:2021 cancela e substitui a ABNT NBR 15273:2011, a qual foi tecnicamente revisada.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 15273 é o seguinte:

Scope
This Standard establishes the technical requirements for the supply of curves made by the induction
bending process for use in pipeline transportation systems in the oil and natural gas industry.

The manufacturing process uses inductive heating to heat a narrow 360 ° band around the tube
at the point of bending, while the tube is being pushed and / or pulled at a constant speed through
the induction coil. After the material passes through the coil, it must be cooled by means of a jet
of compressed air or by a jet of water or left to cool in the environment. Induction curves of any
thickness and diameter produced in this way are covered by this Standard.

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Curvas por indução para sistema de transporte de petróleo, derivados e


gás natural por dutos

1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos técnicos para o fornecimento de curvas feitas pelo processo
de curvamento por indução para utilização em sistemas de transporte dutoviário na indústria
de petróleo, derivados e gás natural.

O processo de fabricação utiliza aquecimento indutivo para aquecer uma faixa estreita de 360°
em volta do tubo, no ponto de curvamento, enquanto o tubo está sendo empurrado e/ou puxado com
velocidade constante pela bobina de indução. Após o material passar pela bobina, ele é resfriado por
meio de jato de ar comprimido ou jato de água, ou ainda é deixado esfriar no ambiente. Curvas por
indução de qualquer espessura e diâmetro produzidas desta forma são abrangidas por esta Norma.

Esta Norma é aplicável às curvas por indução feitas a partir de tubos, com ou sem costura, de aços
não ligados ou de baixa liga.

Esta Norma não é aplicável às curvas produzidas a partir de tubos com solda helicoidal para utilização
em ambientes sour service e offshore service.

NOTA Nesta Norma, os termos sour service e offshore service são condições de serviço.

2 Referências normativas
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Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ISO 7539-2, Corrosion of metals and alloys – Stress corrosion testing – Part 2: Preparation and use
of bent-beam specimens

ISO 8501-1, Preparation of steel substrates before application of paints and related products – Visual
assessment of surface cleanliness – Part 1: Rust grades and preparation grades of uncoated steel
substrates and of coated steel substrates after overall removal of previous coatings

ISO 10893-4, Non-destructive testing of steel tubes – Part 4: Liquid penetrant inspection of seamless
and welded steel tubes for the detection of surface imperfections

ISO 10893-5, Non-destructive testing of steel tubes – Part 5: Magnetic particle inspection of seamless
and welded ferromagnetic steel tubes for the detection of surface imperfections

ISO 10893-8, Non-destructive testing of steel tubes – Part 8: Automated ultrasonic testing of seamless
and welded steel tubes for the detection of laminar imperfections

ISO 10893-10, Non-destructive testing of steel tubes – Part 10: Automated full peripheral ultrasonic
testing of seamless and welded (except submerged arc-welded) steel tubes for the detection
of longitudinal and/or transverse imperfections

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ISO 15156-2:2015, Petroleum and natural gas industries – Materials for use in H2S-containing
environments in oil and gas production – Part 2: Cracking-resistant carbon and low-alloy steels, and
the use of cast irons

API SPEC 5L: 2018, Line pipe – forty-sixth edition

ASTM A370, Standard test methods and definitions for mechanical testing of steel products

ASTM E3, Standard guide for preparation of metallographic specimens

ASTM E92, Standard test method for Vickers hardness of metallic materials

ASTM E112, Standard test methods for determining average grain size

ASTM E140, Standard hardness conversion tables for metals relationship among brinell hardness,
Vickers hardness, Rockwell hardness, superficial hardness, Knoop hardness, scleroscope hardness,
and leeb hardness

ASTM E340, Standard test method for macroetching metals and alloys

NACE TM0177:2016,Laboratory testing of metals for resistance to sulfide stress cracking and stress
corrosion cracking in H2S environments

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
arco
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parte curvada de uma curva (ver Figura 1)

3.2
ângulo de curvamento
ângulo entre as tangentes da curva (ver Figura 1)

3.3
comprador
parte responsável pelos requisitos de um pedido de produto e pelo pagamento deste pedido

3.4
corda
distância linear entre as interseções da linha de centro da curva e o ponto de tangência (ver Figura 1)

3.5
corrida
lote de aço preparado em uma única operação de fabricação

3.6
curva de qualificação
curva de ensaio produzida pelo processo de qualificação de curvamento

3.7
curvamento de qualificação
processo limitado apenas à operação de curvamento da curva de qualificação

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3.8
curvamento por indução
processo de curvamento contínuo que utiliza aquecimento por indução para criar uma faixa aquecida
e estreita no entorno do material que está sendo curvado

3.9
defeito
descontinuidade que não está em conformidade com os critérios de aceitação especificados nesta Norma

3.10
descontinuidade
imperfeição ou irregularidade na parede ou na superfície do produto, detectável pelos métodos
de inspeção descritos nesta Norma

3.11
diâmetro externo
diâmetro externo do tubo ou do componente, especificado na sua norma de fabricação

3.12
diâmetro nominal
DN
número que expressa uma dimensão diametral padronizada para tubos e componentes, não
correspondendo necessariamente ao seu diâmetro interno ou externo

3.13
duto
designação genérica de instalação constituída por tubos ligados entre si, incluindo os componentes,
destinada ao transporte ou transferência de fluidos entre as fronteiras de unidades operacionais
geograficamente distintas
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3.14
enrugamento
wrinkle
ondulação que pode ocorrer na zona comprimida do tubo e nas zonas de transição, devido
ao curvamento

3.15
teste hidrostático
ensaio de pressão com água, realizado para demonstrar que o tubo ou um sistema de tubulação
possui resistência mecânica compatível com as suas especificações ou condições operacionais

3.16
ensaios não destrutivos
END
ensaios para revelar descontinuidades, usando métodos radiográficos, ultrassônicos ou outros
especificados nesta Norma, que não envolvam perturbações, tensões ou quaisquer danos físicos
infligidos aos materiais

3.17
especificação do procedimento de fabricação
MPS
documento que especifica os atributos do tubo-mãe e a descrição clara e ordenada de como cada
etapa de qualificação, fabricação e inspeção é executada, para que sejam produzidas curvas por
indução conforme os requisitos de qualidade especificados

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3.18
espessura nominal
espessura de parede prevista na especificação ou norma dimensional do tubo ou do componente
de tubulação

3.19
extradorso
extrados
seção externa do arco da curva (ver a Figura 1)

3.20
fabricante
empresa, companhia ou corporação responsável por fabricar e identificar o produto de acordo com
os requisitos desta Norma

3.21
indicações
evidências obtidas pela inspeção não destrutiva

3.22
inspeção
atividades, como medição, exame, ensaios, pesagem ou aferição de uma ou mais características
de um produto, e comparação de resultados de tais atividades com os requisitos especificados, para
determinar conformidade

3.23
intradorso
intrados
seção interna do arco da curva (ver Figura 1)
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3.24
linha neutra
região da curva que não sofre esforço de tração nem de compressão durante a fabricação e que
separa a zona do intradorso (região comprimida) da zona do extradorso (região tracionada)

3.25
ovalização
perda de circularidade da seção transversal de um tubo
NOTA A ovalização é expressa em valor percentual.

3.26
por acordo
algo acordado entre o fabricante, o comprador e o usuário final

3.27
qualificação do procedimento de fabricação
processo em que uma curva de qualificação é produzida, inspecionada e submetida a ensaios
não destrutivos e destrutivos, de acordo com o Manufacturing Procedure Specification (MPS),
comprovando, por meio dos resultados obtidos, que as curvas podem ser produzidas atendendo aos
requisitos mínimos de qualidade especificados

3.28
raio de curvamento
distância entre o centro de curvatura e a linha de centro do tubo curvado (ver Figura 1)

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3.29
redução de espessura
total de redução da espessura inicial da parede do tubo em relação à espessura final na região
do extradorso, após o curvamento

3.30
solda de ponta de tira ou chapa
solda que une pontas de tiras ou chapas

3.31
sour service
offshore service
condição de uso que é especificada pelo comprador no pedido de compra

3.32
tangente
parte reta nas extremidades de uma curva por indução

3.33
tensão de escoamento
tensão na qual o material apresenta o início de uma deformação permanente, quando submetido
ao ensaio de tração

NOTA A tensão de escoamento é também, para algumas normas, a tensão que corresponde a uma
deformação especificada no diagrama tensão-deformação.

3.34
tubo-mãe
parte reta de um tubo a partir da qual é feita uma curva por indução
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3.35
zona de transição
áreas no início e no fim do curvamento, que incluem o material que se estende desde
a parte não aquecida do tubo-mãe até o material aquecido à temperatura plena de curvamento
(ver Figura 1)

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Figura 1 – Nomenclatura dimensional


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4 Símbolos e termos abreviados


4.1 Símbolos

A porcentagem de alongamento do corpo de prova de tração após a fratura

CVD profundidade da crista até ovale

D2 e D4 diâmetros externos de duas cristas adjacentes

D3 diâmetro externo do vale intercalado

D diâmetro externo

dc diâmetro interno previsto após o curvamento

DN diâmetro nominal

Dmax diâmetro externo máximo do tubo ovalizado

Dmin diâmetro externo mínimo do tubo ovalizado

l distância entre as cristas adjacentes

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R raio médio da curva

r raio médio do tubo-mãe

Su tensão máxima

Sy0,5 tensão de escoamento para 0,5 % do alongamento total

t espessura nominal de parede para um tubo reto

to espessura real de parede do tubo antes do curvamento

te espessura real de parede do tubo após o curvamento, na região do extradorso

4.2 Abreviaturas

CE (IIW) carbono equivalente calculado de acordo com indicado pelo Instituto Internacional
de Soldagem (IIW)

CLR Crack length ratio

CP corpo de prova

CSR Crack sensitivity ratio

CTOD ensaio de deslocamento de abertura de ponta de trinca (crack tip opening displacement
testing)

CTR Crack thickness ratio


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DWTT ensaio de queda de peso em corpo de prova entalhado (drop weight tear test)

END ensaio não destrutivo

EPS especificação do procedimento de soldagem

ER ensaio radiográfico

HFW soldagem por alta frequência (high frequency welding)

HIC trincamento induzido pelo hidrogênio (hydrogen induced cracking)

LP ensaio de líquido penetrante

MPS especificação do procedimento de fabricação (manufacturing procedure specification)

OV ovalização

Pcm carbono equivalente desenvolvido pela Sociedade Japonesa de Engenharia de Soldagem


(JWES)

PM ensaio de partícula magnética

pMPS especificação preliminar do procedimento de fabricação

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PSL nível de especificação de produto (product specification level)

RE redução de espessura prevista na parede, do lado tracionado da curva (extradorso)

SAWL soldagem por arco submerso longitudinal (submerged arc longitudinal welding)

SAWH soldagem por arco submerso helicoidal (submerged arc helical welding)

SSC trincamento sob tensão induzido por sulfetos (sulfide stress cracking)

US ensaio de ultrassom

ZTA zona termicamente afetada

5 Informações a serem fornecidas pelo comprador


5.1 Informações principais

O comprador deve fornecer as seguintes informações, quando da encomenda, na sequência a seguir:

a) número desta Norma e ano de publicação;

b) identificação das curvas;

c) quantidade de curvas;

d) fornecimento do tubo-mãe: pelo comprador ou pelo fabricante;


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e) dimensões das curvas, incluindo:

1) diâmetro interno ou externo;

2) espessura mínima de projeto (t mín);

3) raio;

4) ângulo;

5) comprimento das tangentes;

f) preparação das extremidades;

g) nível de especificação do produto (PSL 1, PSL 2 e PSL 2S).

5.2 Informações suplementares

Onde aplicável, o comprador deve fornecer as seguintes informações suplementares:

a) temperatura mínima de projeto;

b) temperatura máxima de projeto e qualquer requisito para ensaio de tração em alta temperatura;

c) espessura máxima da parede;

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d) requisitos dimensionais especiais;

e) requisitos suplementares de inspeção e ensaios;

f) requisitos de calibração e outros requisitos dimensionais diferentes do especificado nesta Norma;

g) normas de projeto do duto ou premissas de projeto;

h) condições de operação do duto;

i) requisitos do tratamento térmico após o curvamento, quando aplicável;

j) propriedades mecânicas na temperatura máxima de projeto;

k) temperatura e critérios de aceitação do ensaio de impacto Charpy;

l) requisitos para o teste hidrostático;

m) pontos a serem testemunhados e aprovados pelo comprador;

n) condição da superfície da curva;

o) requisitos de revestimento ou pintura;

p) requisitos de marcação, se diferentes do previsto nesta Norma;

q) instruções de embalagem, transporte e armazenamento;

r) indicação sobre quem irá efetuar a inspeção de terceira parte;


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s) requisitos para o formato e conteúdo adicionais para os documentos de inspeção;

t) requisitos para o ensaio de dureza;

u) procedimento de soldagem e composição química do metal de solda para tubos SAW;

v) outros requisitos especiais.

5.3 Informações sobre o tubo-mãe

Quando o tubo-mãe for fornecido pelo comprador, as seguintes informações devem ser dadas
ao fabricante:

a) especificação do material;

b) diâmetro nominal ou externo do tubo;

c) espessura nominal ou mínima da parede do tubo;

d) comprimento dos tubos;

e) fabricante dos tubos;

f) número do tubo e corrida;

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g) certificado de fabricação dos tubos, contendo, quando aplicável, tratamentos térmicos, composição
química completa (incluindo o carbono equivalente), propriedades mecânicas, resultados dos
ensaios não destrutivos (incluindo os requisitos) e dimensões;

h) procedimento de soldagem e composição química do metal de solda;

i) procedimento de reparo da junta soldada.

6 Fabricação
6.1 Tubo-mãe

O tubo-mãe deve ser fabricado de acordo com a API SPEC 5L, a menos que previamente acordado
entre as partes.

O tubo-mãe pode ser fornecido tanto pelo comprador como pelo fabricante.

O tubo-mãe não pode conter reparos por solda em seu corpo.

O tubo-mãe não pode conter solda circunferencial ou solda de ponta de tira e chapa (strip/plate end
welds).

A espessura da parede do tubo-mãe deve ser adequada para permitir a redução da parede
no extradorso, devido ao curvamento por indução, de tal forma que seja garantida a espessura mínima
de projeto (ver B.2).

A contaminação da superfície do tubo-mãe antes ou durante o curvamento por metais de baixa


temperatura de fusão (por exemplo, cobre, latão, zinco/galvanização, alumínio etc.) pode trazer
graves efeitos ao processo de curvamento ou às propriedades da curva acabada. O contato com tais
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materiais não é permitido.

O tubo-mãe deve ser fornecido sem qualquer tipo de revestimento ou pintura.

Para aplicação em ambientes offshore, o tubo-mãe deve ser fabricado de acordo com a
API SPEC 5L:2018, Anexo J.

6.2 Especificação do procedimento de fabricação

Curvas de qualificação devem ser fabricadas de acordo com uma especificação preliminar
do procedimento de fabricação (pMPS), estabelecida por escrito antes do começo do curvamento
de qualificação.

A MPS para fabricação deve ser emitida a partir da especificação preliminar, que deve ser modificada,
se necessário, com base nos parâmetros registrados durante o curvamento de qualificação, antes
do começo do curvamento de produção.

Caso seja especificado pelo comprador, a qualificação e/ou a fabricação não podem ter início até que
a MPS seja aprovada pelo comprador.

A MPS deve especificar os seguintes detalhes:

a) informações sobre o tubo-mãe:

1) nome do fabricante;

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2) especificação do material;

3) processo de fabricação do tubo;

4) dimensões do tubo;

5) composição química (quando aplicável);

6) carbono equivalente (CE IIW ou Pcm, o que for aplicável);

7) propriedades mecânicas (quando aplicável);

8) técnicas de inspeção e relatórios para a junta soldada e o corpo da curva;

9) condições do tratamento térmico (quando aplicável);

10) número da corrida e número do tubo;

b) quantidade e dimensões das curvas de qualificação e produção;

c) requisitos de ensaio e inspeção para:

1) curvas de qualificação;

2) curvas de produção;

d) resultados de ensaios e inspeções do processo de qualificação;

e) detalhes do processo de curvamento:


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1) método de limpeza do tubo antes do curvamento;

2) identificação da máquina de curvamento;

3) método de medição e controle de temperatura durante o curvamento;

4) valores dos parâmetros de curvamento (ver Tabela 1), incluindo os valores registrados na
qualificação;

5) margem de variação permissível dos parâmetros durante o curvamento de produção,


respeitando os limites indicados na Tabela 1;

6) aquecimento e resfriamento das tangentes da curva (quando aplicável);

f) detalhes do tratamento térmico após o curvamento (quando aplicável):

1) tipos de tratamentos térmicos;

2) temperatura a partir da qual deve ser realizado o controle durante aquecimento e/ou
resfriamento;

3) taxa de aquecimento, temperatura, tempo de patamar e taxa de resfriamento;

4) tipo e localização dos termopares;

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5) tempo de transferência entre o forno e o tanque de resfriamento, no caso de têmpera;

g) métodos de acabamento (calibração e arredondamento);

h) requisitos adicionais do comprador (como preparação das extremidades, revestimento


e identificação).

6.3 Qualificação do procedimento de fabricação

A fabricação das curvas deve ser efetuada conforme a MPS, cujo procedimento deve ser qualificado
de acordo com esta Subseção, antes do início da produção.

Uma curva de qualificação, com um comprimento de arco suficiente para permitir a extração dos
corpos de prova necessários, deve ser fabricada de acordo com a MPS preliminar. A inspeção
e o ensaio da curva de qualificação devem incluir as tangentes e zonas de transição, se incluídas nas
curvas de produção.

A curva de qualificação deve ser ensaiada e inspecionada de acordo com a Seção 7.

A MPS a ser usada para produção deve, para cada variável essencial indicada na Tabela 1, especificar:

a) os valores registrados durante a fabricação da curva de qualificação;

b) a margem de variação permissível durante o curvamento de produção, que não pode exceder
os limites permitidos na Tabela 1.

Caso algum parâmetro estabelecido na Tabela 1 exceda a variação máxima permitida, uma nova
curva de qualificação deve ser produzida.
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Tabela 1 – Variáveis essenciais e variações máximas permissíveis (continuação)


Variáveis essenciais Variações máximas permissíveis a
Especificação do material, grau e processo
Nenhuma
de fabricação do tubo-mãe
% C: + 0,02 %, CE (IIW): + 0,03 %,
% C e carbono equivalente
Pcm: + 0,02 %b
Procedimento de soldagem e consumíveis
Nenhuma
de soldagem do tubo-mãe
Diâmetro nominal do tubo-mãe Nenhuma
Espessura nominal do tubo-mãe ± 3,0 mm ou ±10 %, o que for menor
Uma MPS aprovada qualifica apenas
raios maiores dentro das seguintes
faixas:
Raio de curvamento 1. R ≤ 3D
2. 3D < R ≤ 5D
3. 5D < R ≤ 10D
4. R > 10D
Velocidade de conformação ± 2,5 mm/min

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Tabela 1 (conclusão)
Variáveis essenciais Variações máximas permissíveis a
Temperatura de conformação ± 25 °C
Projeto da bobina de indução Nenhuma
Meio de resfriamento (água, ar calmo ou ar forçado) Nenhuma
Pressão ou vazão do meio de resfriamento ± 10 %
Temperatura do meio de resfriamento ± 15 °C
Frequência do aquecimento por indução ± 10 %c
Localização da junta soldada ± 15° em relação à linha neutra
Tipo: sem alteração
Tempo de encharque: (+ 15 - 0 min)
Tratamento térmico após o curvamento Temperatura de patamar: (± 15 °C)
Taxa de aquecimento e resfriamento:
por acordo
a As variações permitidas referem-se aos valores obtidos na curva de qualificação.
b Utilizar o Pcm quando o teor de carbono for igual ou inferior a 0,12 %.
c A variação pode ser aumentada até ±20 % para curvas a serem submetidas ao tratamento térmico
de têmpera e revenimento.

Se acordado entre as partes, não é necessário efetuar uma qualificação específica do processo,
desde que seja demonstrado pelo fabricante, por evidência objetiva, uma qualificação anterior, que
atenda a esta Norma e aos requisitos mínimos solicitados pelo comprador.
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6.4 Curvas de produção

O curvamento por indução deve ser efetuado de acordo com a MPS qualificada, como especificado
em 6.3.

A interrupção da operação de curvamento por indução deve implicar em rejeição da curva, a menos
que acordado entre o fabricante e o comprador. Neste caso, uma qualificação específica deve ser
realizada na região onde o curvamento foi interrompido e reiniciado. Os ensaios específicos devem
ser estabelecidos por acordo.

6.5 Tratamento térmico após o curvamento

O tratamento térmico após o curvamento não é um requisito obrigatório para atender esta Norma.
Quando aplicável, o tratamento deve atender aos limites estabelecidos na Tabela 1.

O tratamento térmico após o curvamento pode ser efetuado para alcançar as propriedades requeridas
para o material, melhorar resistência à corrosão, remover zonas de transição nas extremidades
do arco da curva ou aliviar tensões residuais.

A temperatura e o tempo de cada fornada devem ser monitorados por meio de termopares conectados
diretamente nas curvas, e os seus valores devem ser registrados. O tipo, o número e a localização dos
termopares devem ser conforme especificado na MPS.

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No caso dos tratamentos térmicos de têmpera, revenimento e normalização, não é requerido o registro
da taxa de resfriamento, tanto na curva de qualificação quanto na de produção.

No caso específico de têmpera, o tempo gasto entre a saída do forno e a completa imersão no tanque
de resfriamento deve ser monitorado e registrado durante a qualificação, bem como a temperatura
do banho na entrada e na saída da peça. Os valores anotados não podem ser excedidos durante
a produção.

Os fornos de tratamento térmico devem ser qualificados conforme a API 6A. Os termopares
e os equipamentos que registram o tratamento devem estar calibrados.

6.6 Acabamento (conformação e calibração após o curvamento)

A conformação a quente após o curvamento ou após o tratamento térmico (quando aplicável), incluindo
aquecimento localizado, ou calibração a quente, não é permitida.

Conformação ou calibração a frio, sem tratamento térmico posterior, é permitida, desde que promova
uma deformação permanente que não exceda 1,5 %.

6.7 Preparação das extremidades

As curvas devem ser fornecidas com extremidades retas, exceto se especificado em contrário pelo
comprador.

6.8 Posição da solda

Para os tubos com solda longitudinal, a junta soldada deve ser posicionada dentro do limite de ± 15º
em relação à linha neutra da curva.
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6.9 Requisitos suplementares para sour service

A elaboração da MPS, a qualificação do procedimento de fabricação e a fabricação das curvas para


sour service devem incluir os requisitos suplementares estabelecidos no Anexo A.

7 Ensaios e inspeções
7.1 Especificações gerais

Uma qualificação de MPS somente deve ser aprovada, ou as curvas de produção aceitas, após todos
os ensaios e inspeções requeridos na Tabela 2 terem sido executados e se todos os seus resultados
atenderem aos requisitos especificados.

Exceto onde estabelecido em contrário nesta Seção, os ensaios e os métodos de inspeção e os


critérios de aceitação das curvas por indução devem ser conforme estabelecido pela API SPEC 5L
para o tubo com a mesma classificação.

Ensaios e inspeções nas curvas por indução devem ser efetuados após o tratamento térmico final,
quando aplicável.

Resultados dos ensaios já disponíveis para o tubo-mãe podem ser utilizados no lugar de um ensaio
na curva, onde indicado pela letra M na Tabela 2.

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Tabela 2 – Sumário dos ensaios e inspeções requeridos


Ensaio PSL 1 PSL 2 Critério de aceitação

Conforme especificação
Análise química Composição química M M
aplicável ao tubo-mãe

Tração T T 7.3.2.3

Charpy Q T 7.3.3.3

Dureza ao longo da espessura Q T 7.3.4.2

Ensaios Dureza superficial TeP TeP 7.3.5.2


mecânicos Metalografia Q T 7.3.6.2

Dobramento guiado M M 7.3.7

Achatamento M M 7.3.8

CTOD N Q 7.3.9

Inspeção visual TeP TeP 7.4.2

ER ou US da junta soldada O P 7.4.3.2

Ensaios não PM ou LP nas extremidade da curva P P 7.4.4.2


destrutivos PM no corpo da curva TeO TeP 7.4.5.2

US no corpo da curva O QeP 7.4.6.2

Magnetismo residual nas extremidades P P Menor que 20 Gauss

Espessura TeP TeP 7.5.1.2

Ovalização TeP TeP 7.5.2.2


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Dimensões lineares QeP QeP 7.5.3

Ângulo QeP QeP 7.5.4.2


Dimensional
Raio TeP TeP 7.5.5.2

Esquadrejamento das extremidades P P 7.5.6.2

Planicidade P P 7.5.7.2

Placa calibradora QeO QeO 7.6

Teste
– M M 7.7
hidrostático

M Ensaios na curva por indução não são requeridos, se resultados de ensaios aceitáveis para o tubo-mãe estiverem
disponíveis. Caso não estejam disponíveis, então os ensaios devem ser realizados na qualificação do procedimento
de curvamento (no tubo-mãe ou na curva de qualificação), com exceção do teste hidrostático, que deve ser feito
em cada curva de produção ou tubo-mãe.
N Não requerido.
O Requerido por acordo para cada curva de produção.
P Requerido para cada curva de produção.
Q Requerido por acordo para cada curva de qualificação.
T Requerido para cada curva de qualificação.

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Se a técnica de instalação do duto requerer um tratamento térmico após a soldagem da curva,


o comprador pode requerer ensaios adicionais que demonstrem que as propriedades mecânicas
das curvas são também alcançadas após o tratamento térmico pós-soldagem. O comprador deve
especificar os detalhes do ciclo de tratamento térmico após a soldagem, a ser utilizado durante
a instalação do duto. Os ensaios requeridos e o critério de aceitação devem ser decididos conforme
acordo entre as partes.

7.2 Escopo dos ensaios e inspeções

7.2.1 Curva de qualificação da MPS

O escopo dos ensaios e inspeções a serem realizados para qualificação da MPS deve ser conforme
indicado na Tabela 2.

A localização e o tipo de ensaios devem ser como especificado na Tabela 3 para os tubos com solda
longitudinal ou sem costura, e como especificado na Tabela 4 para os tubos SAWH, com a localização
de retirada dos corpos de prova como mostrado na Figura 2 para os tubos com solda longitudinal
ou sem costura, e como mostrado na Figura 3 para os tubos SAWH.

Tabela 3 – Localização dos corpos de prova e tipos de ensaios destrutivos nas curvas de
qualificação para os tubos com solda longitudinal ou sem costura
Localização Ensaio
Tangente: metal de base a
Tangente: solda e ZTA a, c
Zona de transição do intradorso b ● Tração
Zona de transição do extradorso b
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● Impacto
Zona de transição: solda e ZTA b, d
● Dureza ao longo da espessura
Extradorso
Intradorso ● Metalografia

Linha neutra da curva: solda e ZTA c


Linha neutra da curva: metal de base
a Ensaio após curvamento não é necessário, se os resultados dos ensaios do tubo-mãe
estiverem disponíveis e se a tangente da curva não for submetida ao aquecimento por
indução ou subsequente tratamento térmico.
b Os ensaios de tração e Charpy podem ser distribuídos entre as duas zonas de transição.
c Quando requeridos pela Tabela 2, os ensaios de dobramento guiado e de achatamento
devem ser feitos na solda da tangente e na solda da curva.
d Na zona de transição, o ensaio de impacto pode ser realizado apenas na linha de centro
da solda.

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Tabela 4 – Localização dos corpos de prova e tipos de ensaios destrutivos nas curvas de
qualificação para os tubos SAWH
Localização Ensaio
Tangente: metal de base a
Tangente: solda e ZTA a, c
Zona de transição do intradorso b
Zona de transição do extradorso b ● Tração
Zona de transição: solda e ZTA b, d
● Impacto
Extradorso
● Dureza ao longo da espessura
Intradorso
Extradorso: solda e ZTA c ● Metalografia

Intradorso: solda e ZTA c


Linha neutra da curva: solda e ZTA c
Linha neutra da curva: metal de base
a Ensaio após o curvamento não é necessário, se os resultados dos ensaios do tubo-
mãe estiverem disponíveis e se a tangente da curva não for submetida ao aquecimento
por indução ou subsequente tratamento térmico.
b Os ensaios de tração e Charpy podem ser distribuídos entre as duas zonas de transição.
c Quando requeridos pela Tabela 2, os ensaios de dobramento guiado e de achatamento
devem ser feitos na solda da tangente e na solda da curva.
d Na zona de transição, o ensaio de impacto pode ser realizado apenas na linha de
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centro da solda.

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Legenda

1 tangente
2 tangente: solda e ZTA
3 zona de transição: solda e ZTA
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4 zona de transição do intradorso


5 zona de transição do extradorso
6 intradorso
7 extradorso
8 linha neutra: solda e ZTA
9 linha neutra: metal de base

Figura 2 – Localização de extração de amostras para ensaios em tubos com solda


longitudinal ou sem costura

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Legenda

1 tangente: metal de base


2 tangente: solda e ZTA
3 zona de transição: solda e ZTA
4 zona de transição do intradorso
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5 zona de transição do extradorso


6 intradorso: metal de base
7 extradorso: metal de base
8 intradorso: solda e ZTA
9 extradorso: solda e ZTA
10 linha neutra: metal de base
11 linha neutra: solda e ZTA

Figura 3 – Localização de extração de amostras para ensaios em tubos SAWH

7.2.2 Curvas de produção

O escopo dos ensaios e inspeções a serem realizados durante a produção deve ser como indicado
na Tabela 2.

7.3 Ensaios mecânicos

7.3.1 Preparação dos corpos de prova

Os corpos de prova devem ser preparados conforme a API SPEC 5L ou ASTM A370.

Quando o corte para remover os corpos de prova for a quente, a região afetada termicamente deve
ser completamente removida.

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7.3.2 Ensaio de tração

7.3.2.1 Corpos de prova

Devem ser utilizados corpos de prova extraídos no sentido transversal da curva e de seção retangular,
que devem ser endireitados a frio, em somente uma direção e sentido. Para as curvas fabricadas
de tubos com diâmetro externo menor ou igual a 219,1 mm, podem ser utilizados corpos de prova
longitudinais.

Corpos de prova cilíndricos usinados a partir de corpos de prova não endireitados podem ser utilizados
conforme acordo entre as partes.

Reforços de solda devem ser usinados. Imperfeições locais e escamas de laminação podem ser
removidas.

7.3.2.2 Método de ensaio

Ensaios de tração à temperatura ambiente devem ser realizados conforme a ASTM A370. Ensaios
de tração adicionais à temperatura mais alta devem ser executados se a temperatura máxima
de projeto exceder 50 °C e quando solicitado pelo comprador. Ensaios de tração à temperatura mais
alta devem ser realizados de acordo com a especificação do comprador, e o critério de aceitação deve
ser conforme acordo entre as partes.

Devem ser determinados os valores de Su, Sy0,5 e A, conforme estabelecido na API SPEC 5L.

Para os ensaios de tração transversal à solda, somente o Su (tensão máxima) deve ser determinado.

7.3.2.3 Critério de aceitação

Conforme especificado na API SPEC 5L ou conforme acordo entre as partes.


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7.3.2.4 Reteste

Se algum corpo de prova não atender ao requisito especificado, dois novos corpos de prova devem
ser extraídos do local mais próximo possível de onde foi retirado o corpo de prova que falhou. Estes
dois novos corpos de prova devem atender ao requisito especificado. Em caso de falha em um destes
novos corpos de prova, uma nova qualificação deve ser realizada.

7.3.3 Ensaio de impacto Charpy

7.3.3.1 Corpos de prova

Cada conjunto de ensaios de impacto deve consistir em três corpos de prova adjacentes, retirados
de uma mesma amostra não endireitada.

Corpos de prova de ensaio Charpy com entalhe em V devem ser preparados de acordo com
a ASTM A370, com o eixo do entalhe perpendicular à superfície da curva. Os corpos de prova devem
ser removidos com o seu eixo longitudinal perpendicular ao eixo do tubo e com a maior espessura
possível entre 10 mm e 5 mm. Se a retirada de corpos de prova transversais com espessura mínima
de 5 mm não for possível, corpos de prova longitudinais com a maior espessura possível entre 10 mm
e 5 mm devem ser utilizados.

O ensaio de impacto Charpy não é requerido se as dimensões da curva forem insuficientes para
extrair corpos de prova longitudinais com espessura mínima de 5 mm.

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Todos os corpos de prova devem ser retirados a uma profundidade de no máximo 2 mm abaixo
da superfície externa do tubo (ver Figura 4).

Corpos de prova da junta soldada de tubos SAW com espessura até 25 mm devem ser retirados
ao longo da solda, com o entalhe nas quatro posições indicadas na Figura 4.

Legenda

1 linha de centro da solda


2 linha de fusão
3 linha de fusão + 2 mm
4 linha de fusão + 5 mm.

Figura 4 – Localização dos corpos de prova para o ensaio de impacto Charpy


na região da solda de tubos SAW

Corpos de prova da junta soldada de tubos HFW devem ser retirados ao longo da solda, sendo
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um conjunto com o entalhe localizado na linha de centro da solda e outro conjunto com o entalhe
localizado a 2 mm a partir da linha de centro da junta soldada. A linha de centro da junta soldada deve
ser determinada usando-se técnica metalográfica.

Para as curvas com espessura maior que 25 mm, corpos de prova adicionais devem ser removidos
a 2 mm da superfície interna da curva.

7.3.3.2 Método de ensaio

O ensaio de impacto Charpy deve ser realizado conforme a ASTM A370. A temperatura de ensaio
deve ser a menor temperatura entre 0 °C e a mínima especificada no projeto do duto. Temperaturas
inferiores podem ser adotadas conforme acordo entre as partes.

7.3.3.3 Critério de aceitação

Os resultados do ensaio de impacto Charpy devem atender aos seguintes requisitos:

a) o valor médio mínimo deve ser como especificado na API SPEC 5L, desde que não seja
especificado outro valor pelo comprador;

b) o valor individual mínimo para qualquer conjunto de corpos de prova não pode ser inferior a 75 %
do valor médio mínimo especificado;

c) a menor média e os valores individuais, quando os corpos de prova forem tirados na direção
longitudinal, devem ser 1,5 vez o valor estabelecido para os corpos de prova transversais.

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Os valores citados em a) a c) são válidos para corpos de prova padronizados, com espessura de 10 mm.
Quando for necessário utilizar corpo de prova com espessura reduzida, a energia média deve ser
calculada multiplicando-se o valor de energia média requerida para o corpo de prova de seção integral
(10 mm x 10 mm) pela razão entre as larguras do corpo de prova de seção reduzida e a largura do
corpo de prova de seção integral.

7.3.3.4 Reteste

O reteste para o ensaio de impacto Charpy é permitido somente quando o valor médio especificado
for atendido e apenas quando o valor mínimo individual de um corpo de prova não for atendido.
Neste caso, um novo ensaio deve ser feito com três corpos de prova adicionais, extraídos do local
mais próximo possível de onde foi retirado o corpo de prova que falhou. Cada corpo de prova individual
deve apresentar um valor superior ao valor médio mínimo especificado. Em caso de falha em um
destes novos corpos de prova, uma nova qualificação deve ser realizada.

7.3.4 Dureza ao longo da espessura

7.3.4.1 Método de ensaio

O ensaio de dureza ao longo da espessura deve ser efetuado usando-se o método Vickers HV10,
conforme a ASTM E92.

A localização dos pontos de dureza deve ser conforme a Figura 5.


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a) tubo sem costura

b) tubo SAW

Figura 5 – Posição para medição de dureza (continua)

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c) HFW ou solda à resistência topo a topo


Figura 5 (conclusão)
7.3.4.2 Critério de aceitação

Nenhuma leitura de dureza deve exceder 300 HV10, a menos que seja especificado de forma diferente
ou conforme acordo entre as partes.

7.3.5 Ensaio de dureza superficial

7.3.5.1 Método de ensaio

As medições de dureza superficial devem ser feitas nas seguintes posições:

a) tubos curvados, com posterior tratamento térmico de têmpera e revenimento ou normalização


[ver Figura 6a)]:

1) região curvada: três medições em uma linha neutra, três no intradorso e três no extradorso;
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2) uma das tangentes: três medições na linha neutra;

b) tubos curvados sem tratamento térmico ou com tratamento térmico subcrítico de alívio de tensões
ou revenimento [ver Figura 6b)]:

1) região curvada: três medições em uma linha neutra, três no intradorso e três no extradorso;

2) uma das tangentes: três medições na linha neutra;

3) zona de transição inicial: três medições em uma linha neutra, três no intradorso e três
no extradorso;

4) zona de transição final: três medições em uma linha neutra, três no intradorso e três
no extradorso.

O mesmo tipo de equipamento de ensaio deve ser utilizado para as curvas de qualificação
e de produção. A escolha do equipamento deve ser feita conforme acordo entre as partes.

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a) Curvas com têmpera e revenimento ou normalização


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b) Curvas sem tratamento térmico ou com tratamento subcrítico

Figura 6 – Posições para medição de dureza superficial

7.3.5.2 Critério de aceitação

O valor médio das três medidas realizadas em cada região na curva de produção não pode ser
inferior a 30 HV10 abaixo da média das três medições obtidas naquela mesma região na curva
de qualificação. Valores individuais não podem exceder 300 HV10.

Valores compreendidos entre 30 HV10 e 40 HV10 abaixo da média obtida na curva de qualificação
podem ser considerados aceitáveis conforme acordo entre as partes. Para tanto, ensaios mecânicos
adicionais podem ser requeridos pelo comprador, de forma a comprovar que as propriedades
mecânicas da curva atendem ao requerido pelo projeto.

Quando for utilizado o método Brinell, os valores encontrados devem ser convertidos para HV10,
de acordo com a ASTM E140.

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7.3.5.3 Reteste

Caso algum valor individual exceda o critério de aceitação, três novas medições de dureza devem ser
feitas na região adjacente. Caso algum valor individual não atenda ao critério de aceitação, uma nova
qualificação deve ser feita.

7.3.6 Exame metalográfico

7.3.6.1 Método de ensaio

Os corpos de prova para o ensaio de dureza ao longo da espessura devem ser examinados antes
do ensaio de dureza, com aumentos de 100 e 400 vezes. A preparação dos corpos de prova deve ser
de acordo com a ASTM E3, e o ataque químico deve ser de acordo com a ASTM E340.

O exame metalográfico deve ser feito após o tratamento térmico (quando aplicável), a uma distância
de 2,0 mm das superfícies externa e interna e no meio da espessura. Para uma espessura igual
ou inferior a 10 mm, o ensaio deve ser realizado apenas no meio da espessura.

A medida do tamanho de grão deve ser conforme a ASTM E112, quando apropriada para
a microestrutura.

7.3.6.2 Critério de aceitação

As micrografias devem demonstrar que o curvamento por indução e qualquer tratamento térmico
posterior produzem uma microestrutura apropriada. O tipo de microestrutura e o tamanho de grão
encontrados devem ser registrados no relatório de qualificação do procedimento de curvamento.
O mínimo número médio do tamanho de grão ASTM deve ser 7.

7.3.7 Ensaio de dobramento guiado


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O ensaio de dobramento guiado, a preparação dos corpos de prova e os requisitos devem ser conforme
a API SPEC 5L:2018.

7.3.8 Ensaio de achatamento

O ensaio de achatamento, a preparação dos corpos de prova e os requisitos devem ser conforme
a API SPEC 5L:2018.

7.3.9 CTOD

Quando solicitado, os métodos de ensaio, a localização dos corpos de prova e o critério de aceitação
devem ser estabelecidos conforme acordo entre as partes.

7.4 Ensaios não destrutivos (END)

7.4.1 Geral

Quando necessário, todas as superfícies de todas as curvas devem ser limpas com jateamento até
o grau de limpeza Sa 2, especificado na ISO 8501-1.

7.4.2 Inspeção visual

Inspeção visual para detectar dupla laminação, trincas, entalhes e outras imperfeições deve ser
efetuada na totalidade da superfície externa e, onde possível, na superfície interna da curva. Caso

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alguma descontinuidade seja encontrada, ela deve ser avaliada de acordo com a norma específica
do tubo-mãe, a menos que especificado de forma diferente pelo comprador. Os defeitos encontrados
podem ser reparados, desde que sejam atendidos os requisitos estabelecidos em 7.4.7.

7.4.2.1 Ressalto

Uma característica do processo de indução é a possibilidade de ocorrência de um ressalto (saliência)


em função da relação D/t e R/D em cada ponto de tangência (transição) de uma curva (ver Figura 7).
Caso isto ocorra, o ressalto deve atender aos seguintes requisitos:

a) a altura do ressalto (h) não pode ser superior a 25 % da espessura nominal;

b) a altura do ressalto (h) não pode ser superior a 1 % do diâmetro externo nominal;

c) a máxima dimensão do comprimento do ressalto (l) deve ser no mínimo 25 vezes a altura
do ressalto (h) e deve concordar com a superfície do tubo de forma suave.
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Figura 7 – Ressalto

7.4.2.2 Enrugamento

Enrugamentos ao longo do intradorso, conforme mostrado na Figura 8, devem ser aceitos, desde que
sejam atendidos os seguintes requisitos:

a) as formas de ruga devem concordar com a superfície do tubo de forma gradual, com profundidade
máxima da crista até vale, CVD, de 1 % do diâmetro externo nominal;

b) a razão entre a distância entre as cristas adjacentes, l, e a CVD deve ser no mínimo de 25.

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Figura 8 – Diagrama esquemático para a medição de enrugamentos

A CVD deve ser calculada de acordo com a Equação (1):


D + D4
CVD = 2 - D3 (1)
2
onde

D2 e D4 são os diâmetros externos de duas cristas adjacentes;

D3 é o diâmetro externo do vale intercalado.

7.4.3 Radiografia e ultrassom na junta soldada

7.4.3.1 Método e extensão do ensaio


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O ensaio de radiografia ou ultrassom na junta soldada deve ser realizado de acordo com a API SPEC 5L,
nas seguintes regiões:

a) na extensão total da junta soldada no arco da curva e nas zonas de transição;

b) 250 mm nas extremidades das tangentes, caso não tenham sido examinadas no tubo-mãe, antes
do curvamento.

7.4.3.2 Critério de aceitação

Devem ser atendidos os requisitos da API SPEC 5L:2018.

7.4.4 Partícula magnética ou líquido penetrante nas extremidades

7.4.4.1 Método e extensão do ensaio

As extremidades biseladas e um trecho de 100 mm de extensão ao longo da junta soldada a partir


das extremidades devem ser inspecionados por partículas magnéticas. Somente para a região
do bisel, o ensaio de líquido penetrante pode ser realizado no lugar do ensaio de partícula magnética.

O ensaio de partícula magnética deve ser conduzido de acordo com a ISO 10893-5, e o ensaio
de líquido penetrante deve ser conduzido de acordo com a ISO 10893-4.

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7.4.4.2 Critério de aceitação

Descontinuidades laminares maiores que 6,4 mm na direção circunferencial devem ser classificadas
como defeitos.

7.4.5 Partícula magnética no corpo da curva

7.4.5.1 Método e extensão do ensaio

O corpo da curva deve ser inspecionado ao longo de um arco de 180°, centralizado no extradorso por
partícula magnética, de acordo com a ISO 10893-5.

7.4.5.2 Critério de aceitação

Todas as indicações arredondadas maiores que 3,0 mm, trincas, dobras e laminações, em qualquer
orientação, devem ser classificadas como defeito.

7.4.6 Ultrassom no corpo da curva

7.4.6.1 Método, extensão e critério de aceitação

O ensaio de ultrassom no corpo da curva deve ser realizado de acordo com a ISO 10893-10,
ao longo de um arco de 180°, centralizado no extradorso, para verificar se a curva está livre
de defeitos transversais

Quando requerido para detecção de descontinuidades laminares nas curvas, o ensaio de ultrassom
deve ser realizado conforme a ISO 10893-8. A extensão e a cobertura da área de inspeção devem ser
conforme acordo entre as partes. O critério de aceitação deve ser conforme a API SPEC 5L.
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7.4.7 Reparos

Reparos por solda não podem ser permitidos em qualquer parte da curva e tangentes, a menos que
haja acordo entre as partes. Caso acordado, os reparos por solda devem ser verificados por ultrassom
ou radiografia, e por partícula magnética ou líquido penetrante.

Defeitos superficiais podem ser removidos por esmerilhamento, desde que a superfície apresente
uma curvatura suave, sem entalhes e cantos vivos, e desde que seja mantida a espessura mínima
requerida. Medições de espessura por ultrassom devem ser feitas de acordo com a ASTM E797.

Todas as áreas reparadas por esmerilhamento devem ser examinadas por partícula magnética,
conformea ISO 10893-5, ou líquido penetrante, conforme a ISO 10893-4, para confirmar a remoção
completa dos defeitos.

7.4.8 Inspetores de END

Todo o pessoal de END deve estar qualificado, em um nível adequado, por entidade nacional
ou internacional reconhecida. Os certificados dos inspetores de END devem ser apresentados
ao comprador para aprovação.

7.5 Requisitos dimensionais

As dimensões das curvas devem ser medidas para confirmar se as dimensões especificadas pelo
comprador foram atingidas dentro das tolerâncias permitidas por esta Norma.

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Recomenda-se que os limites previstos no Anexo B sejam consultados para que os requisitos
de espessura e ovalização possam ser atendidos.

7.5.1 Espessura

7.5.1.1 Método de ensaio

Medidas de espessura por ultrassom devem ser efetuadas em três pontos no extradorso
e no intradorso da curva. A medição de espessura deve ser executada pelo método de ultrassom,
de acordo com a ASTM E797.

7.5.1.2 Critério de aceitação

As espessuras medidas devem ser maiores ou iguais que a espessura mínima requerida pelo projeto.

7.5.2 Ovalização

7.5.2.1 Método de ensaio

A ovalização (OV) deve ser medida em cada extremidade e no ponto médio da curva, conforme
a Figura 9, e calculada de acordo com a Equação (2):
A-B (2)
OV = × 100%
D
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Figura 9 – Medição da ovalização

onde

A é o diâmetro externo maior;

B é o diâmetro externo menor;

D é o diâmetro externo nominal.

7.5.2.2 Critério de aceitação

A ovalização das extremidades da curva não pode exceder o valor estabelecido na especificação
de fabricação do tubo-mãe.

Para o corpo da curva, a ovalização não pode ser superior a 2,5 % para o raio de curvamento igual
ou superior a 5D nem superior a 3 % para os raios inferiores a 5D. Para os raios de curvamento
inferiores a 3D, o critério deve ser estabelecido conforme acordo entre as partes.

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7.5.3 Dimensões lineares

As dimensões lineares, como extremidade a extremidade, extremidade ao centro, comprimento


da parte reta, entre outras, devem atender à tolerância de ±10 mm.

7.5.4 Ângulo

7.5.4.1 Método de ensaio

O ângulo da curva deve ser medido conforme a Figura 10a), por meio da projeção da curva especificada
sobre uma bancada industrial, comparando-o com a curva obtida, conforme a seguir:

a) prolongar a linha de centro de cada tangente até o centro da curva, onde os dois eixos se cruzam;

b) medir e marcar a distância do centro da curva a cada um dos centros das extremidades;

c) calcular o ângulo da curva a partir dos comprimentos do centro da curva ao centro das extremidades,
e do comprimento da corda.

Para os ângulos menores que 15°, o ângulo pode ser medido pelo triângulo formado pelas duas linhas
de centro e pela distância do centro da curva ao centro da extremidade (7), conforme a Figura 10b).
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a) Curvas com ângulo maior ou igual a 15°


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b) Curvas com ângulo menor que 15°

Legenda
1 linha de centro
2 centro até a extremidade
3 centro da curva
4 ângulo da curva
5 corda
6 prolongamento
7 deslocamento do centro da curva ao centro da extremidade

Figura 10 – Dimensões para a determinação do ângulo da curva

7.5.4.2 Critério de aceitação

O ângulo da curva não pode variar além de ± 1°.

7.5.5 Raio

7.5.5.1 Método de ensaio

O raio da curva deve ser medido por meio da projeção da curva especificada sobre uma bancada
industrial, comparando-o com a curva obtida.

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7.5.5.2 Critério de aceitação

— para o raio da curva para R < 1 000 mm: ± 10,0 mm.

— para o raio da curva para R ≥ 1 000 mm: ± 1 % do raio especificado.

7.5.6 Esquadrejamento

7.5.6.1 Método de ensaio

O esquadrejamento de cada extremidade deve ser medido pelas perpendiculares de seu plano com
o plano da curva e pelas linhas do ângulo especificado, conforme a Figura 11.

Legenda
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1 esquadrejamento

Figura 11 – Determinação do esquadrejamento das extremidades

7.5.6.2 Critério de aceitação

O desvio no esquadrejamento deve ser de no máximo 3,0 mm.

7.5.7 Planicidade

7.5.7.1 Método de ensaio

A planicidade deve ser medida nivelando-se a linha de centro das tangentes e medindo-se a diferença
de altura entre as linhas de centro das duas tangentes, conforme mostrado na Figura 12.

Legenda
1 planicidade

Figura 12 – Determinação da planicidade

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7.5.7.2 Critério de aceitação

O desvio aceito na planicidade deve ser o menor valor entre 1 % do raio da curva e
(10 × ângulo da curva)/90, expresso em milímetros.

7.6 Passagem de placa calibradora

Após o curvamento, deve ser realizada uma inspeção com placa calibradora, que deve passar pelo
interior do tubo sem restrição. A menos que seja acordado de forma diferente, a placa calibradora deve
ser calculada de acordo com a Equação (3):

Dp = 0,975D - 2t (3)

onde

Dp é o diâmetro externo da placa calibradora;

D é o diâmetro externo do tubo;

t é a espessura nominal de parede do tubo reto.

A placa calibradora deve ser construída de acordo com a Figura 13. A distância entre as placas deve
ser de aproximadamente 1,5 vez o diâmetro externo da placa.
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Figura 13 – Placa calibradora

7.7 Teste hidrostático

Caso esse teste seja exigido pelo comprador, os métodos de ensaio e os requisitos devem ser
decididos por acordo.

8 Documentação
O comprador deve estabelecer a documentação, assim como qualquer requisito específico para
o formato e o conteúdo dos documentos. Os resultados de ensaios de qualificação da especificação
do procedimento de fabricação (MPS), bem como os resultados de todos os ensaios realizados nas
curvas de produção, devem ser incluídos na documentação. A documentação das peças fornecidas
deve apresentar a rastreabilidade das corridas de fabricação do aço e do número do tubo, conforme
certificado do fabricante.

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9 Identificação
Ambas as extremidades de cada curva devem ser marcadas com as seguintes informações:

a) número da ordem de compra e item;

b) especificação e grau do material;

c) diâmetro (interno ou externo);

d) espessura mínima de parede;

e) ângulo da curva;

f) raio da curva;

g) número da corrida;

h) número do tubo-mãe;

i) nome do fabricante ou marca registrada;

j) quaisquer marcações adicionais especificadas na ordem de compra.

As marcações devem ser feitas com tinta, na superfície interna ou, caso não seja possível, na superfície
externa, para as curvas com pequeno diâmetro.

Nenhuma marcação deve ser feita por estampagem a frio (puncionamento) em qualquer parte
da curva.
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Anexo A
(normativo)

Curvas para sour service

A.1 Introdução
Este Anexo especifica os requisitos adicionais para as curvas para emprego em sour service (serviço
com H2S – PSL 2S). As disposições constantes nesta Norma são inteiramente aplicáveis, a não ser
onde estabelecido de forma diferente neste Anexo.

A.2 Informações adicionais a serem fornecidas pelo comprador


Em adição aos itens especificados na Seção 5, a ordem de compra deve indicar quais das seguintes
disposições são aplicáveis:

a) notificação e resultados do ensaio de ultrassom de tira, chapa ou tubo para imperfeições laminares
(ver API SPEC 5L:2018, H.3.3.2.4);

b) obrigatoriedade de realizar o ensaio HIC em curvas fabricadas a partir de tubos sem costura
(ver A.4.3);

c) requisitos de composição química para os tubos com t > 25,0 mm;


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d) solução de teste alternativa para o ensaio de HIC e critérios de aceitação (ver A.4.3);

e) métodos alternativos de ensaio SSC e critérios de aceitação (ver A.4.4);

f) limitação do tamanho individual de dupla laminação para 100 mm² (ver A.4.6);

g) critério de aceitação alternativo para o ensaio de ultrassom da junta soldada de tubos HFW
(ver A.4.8.1).

A.3 Fabricação

A.3.1 Tubo-mãe

O tubo-mãe deve atender aos requisitos estabelecidos em 6.1 e deve ser fabricado de acordo com
a API SPEC 5L:2018, Anexo H.

Não é permitido o emprego de tubos com solda helicoidal para sour service.

A.3.2 Procedimento de fabricação

Todas as curvas devem ser fabricadas de acordo com um MPS qualificado conforme 6.3, complementado
com os ensaios adicionais descritos neste Anexo.

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A.4 Inspeções e ensaios


As curvas devem ser ensaiadas conforme indicado na Tabela A.1, em complemento aos ensaios
establecidos na Tabela 2 para o nível PSL2.

Tabela A.1 ‒ Ensaios complementares para sour service


Ensaio Requisito Subseção
Dureza superficial TeP A.4.1
Dureza ao longo da espessura T A.4.2
HIC T A.4.3
SSC T A.4.4
US das extremidades M A.4.5
US do corpo da curva TeP A.4.6
US adjacente à junta soldada M A.4.7
US da junta soldada TeP A.4.8
M Ensaios na curva por indução não podem ser requeridos, se resultados de ensaios aceitáveis
para o tubo-mãe estiverem disponíveis. Caso os resultados não estejam disponíveis, o ensaio
deve ser realizado em cada curva de produção (P).
P Requerido para cada curva de produção.
T Requerido para cada curva de qualificação.
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A.4.1 Ensaio de dureza superficial

O ensaio deve ser realizado conforme descrito em 7.3.5. O valor médio das três medidas realizadas
em cada região na curva de produção não pode ser inferior a 30 HV10 abaixo da média das três
medições obtidas naquela mesma região na curva de qualificação. Valores individuais não podem
exceder 250 HV10 (ou 22 HRC) no metal de base, solda e ZTA.

Valores compreendidos entre 30 HV10 e 40 HV10 abaixo da média obtida na curva de qualificação
podem ser considerados aceitáveis conforme acordo entre as partes. Para tanto, ensaios mecânicos
adicionais podem ser requeridos pelo comprador, de forma a comprovar que as propriedades
mecânicas da curva atendem ao requerido pelo projeto.

O ensaio de dureza superficial deve também ser realizado nas regiões onde haja suspeita de pontos
duros, detectados na inspeção visual. Qualquer ponto duro maior que 50 mm, em qualquer direção,
deve ser classificado como defeito, se a sua dureza for superior a 275 HV10 para espessuras iguais
e maiores que 9 mm, ou a 250HV10 para espessuras abaixo de 9 mm.

A.4.2 Ensaio de dureza ao longo da espessura

O ensaio deve ser realizado de acordo com 7.3.4, nas regiões estabelecidas na Tabela 3 e na Figura 2.

O máximo valor de dureza aceitável deve ser de 250 HV10 ou 22 HRC no corpo do tubo, metal
de solda e ZTA.

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O valor de dureza máximo aceitável do reforço da solda, da superfície externa da ZTA e da superfície
externa do metal de base (ver Figura 5b) pode ser de 275 HV10 ou 26 HRC, desde que:

a) a espessura do metal de base da curva seja superior a 9 mm;

b) o reforço da solda não seja exposto diretamente ao ambiente sujeito ao H2S.

A.4.3 Ensaio de HIC

O ensaio de HIC deve ser realizado em curvas fabricadas a partir de tubos soldados e sem costura.
Conforme acordo entre as partes, o ensaio de HIC em curvas fabricadas a partir de tubos sem costura
pode ser dispensado.

A.4.3.1 Corpos de prova

As amostras para os ensaios de HIC devem ser extraídas do extradorso da curva, no sentido longitudinal
ao eixo do tubo, e preparadas de acordo com a NACE TM0284.

Para os tubos soldados, os corpos de prova também devem ser extraídos na direção transversal
à solda e conter uma seção da solda longitudinal em seu centro.

A.4.3.2 Método de ensaio

O ensaio HIC deve ser executado e registrado de acordo com a NACE TM0284.

Os ensaios devem ser realizados utilizando a NACE TM0284:2016, solução A.

Conforme acordo entre as partes, o ensaio de HIC pode ser realizado:


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a) em um meio alternativo (ver ISO 15156-2:2015, Tabela B.3), incluindo a NACE TM0284:2016,
Solução B-;

b) com uma pressão parcial de H2S apropriada para a aplicação pretendida; e/ou

c) com um critério de aceitação que seja igual ou mais rigoroso do que o especificado em A.4.3.3.

Os valores das medições das trincas devem ser registrados. Devem ser incluídas fotografias das
trincas no relatório do ensaio.

A.4.3.3 Critério de aceitação

Deve ser atendido o seguinte critério de aceitação, onde cada razão representa a média máxima
permitida de três seções por corpo de prova, quando ensaiados na solução A (ver ISO 15156-2:2015,
Tabela B.3):

a) CSR ≤ 2 %;

b) CLR ≤ 15 %;

c) CTR ≤ 5 %.

Se o ensaio de HIC for realizado em um meio alternativo para simular uma condição de serviço
específica, um critério de aceitação alternativo pode ser acordado entre as partes.

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A.4.3.4 Reteste

Entre os três corpos de prova ensaiados, se apenas um deles não atender ao critério de aceitação,
então dois novos conjuntos de no mínimo três amostras devem ser ensaiados e todos eles têm que
ser aprovados.

A.4.4 Ensaio de SSC

A.4.4.1 Corpos de prova

As amostras para o ensaio de SSC devem ser retiradas do extradorso da curva, no sentido longitudinal
ao eixo do tubo. Para os tubos soldados, as amostras também devem ser extraídas na solda longitudinal,
na direção transversal à solda, na região da curva. A solda longitudinal deve ser posicionada no centro
dos corpos de prova.

Três corpos de prova devem ser retirados de cada amostra.

A menos que acordado o contrário entre as partes, os corpos de prova devem ser iguais ou maiores
que 115 mm de comprimento, 15 mm de largura e 5 mm de espessura. As amostras podem ser
endireitadas e devem ser removidas o mais próximo possível da superfície interna do tubo.

A.4.4.2 Método de ensaio

O ensaio de SSC deve ser realizado de acordo com a NACE TM0177:2016, solução A, ou, conforme
acordo entre as partes, de acordo com a NACE TM0177:2016, solução B.

Deve ser utilizado o método de dobramento em quatro pontos, de acordo com a ISO 7539-2
ou ASTM G39. A duração do ensaio deve ser de 720 h.
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Os corpos de prova devem ser tensionados a uma tensão ≥ 80 % do valor do limite de escoamento
real do tubo.

Para aplicações em que seja garantido um baixo nível de tensão de serviço, como uma proporção
do limite de escoamento mínimo especificado, a tensão do ensaio pode ser reduzida para o valor
correspondente àquela tensão máxima de serviço. Nesses casos, os ensaios e critérios de aceitação
devem ser acordados com o usuário do equipamento. Esses acordos devem ser documentados.

A utilização de uma tensão específica adotada no ensaio não pode ser tomada como
evidência de que o material tenha sido pré-qualificado para todas as aplicações sour service.
Para mais informações sobre pré-qualificação, ver ISO 15156-2.

Se acordado entre as partes, pode ser utilizado um método alternativo de ensaio SSC, utilizando uma
tensão aplicada alternativa e uma solução de ensaio alternativa, incluindo uma pressão parcial de H2S
apropriada para a aplicação pretendida e o critério de aceitação associado (ver ISO 15156-2:2015,
Tabela B.1). Todos os detalhes da solução e as condições de ensaio devem ser registrados.

A.4.4.3 Critério de aceitação

A superfície tracionada do corpo de prova deve ser examinada com aumento de 10 vezes. A presença
de qualquer fratura, trinca ou fissura na superfície tracionada do corpo de prova deve implicar
em reprovação, a menos que possa ser demonstrado que estas descontinuidades não são resultantes
da corrosão sob tensão.

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A.4.4.4 Reteste

Se apenas um corpo de prova dos três ensaiados apresentar trincas, então dois novos conjuntos
de três corpos de prova devem ser ensaiados e todos eles devem ser aprovados.

A.4.5 Ensaio de ultrassom das extremidades

Para os tubos com espessura igual ou maior que 5,0 mm, o ensaio de ultrassom, de acordo com
a ISO 10893-8, deve ser utilizado para verificar se uma região com largura de 100 mm em cada
extremidade da tangente está livre de imperfeições laminares.

Imperfeições laminares superiores a 6,4 mm na direção circunferencial ou que possuam uma área
superior a 100 mm2 devem ser classificadas como defeito.

A.4.6 Ensaio de ultrassom do corpo da curva

O extradorso das curvas deve ser inspecionado por ultrassom para detectar imperfeições laminares
de acordo com os requisitos de ensaio estabelecidos na API SPEC 5L:2018, Anexo K.

Duplas laminações individuais e/ou densidade de dupla laminação excedendo o critério de aceitação
para o serviço ácido especificado na API SPEC 5L:2018, Tabela K.1, devem ser classificadas como
defeitos. Se acordado entre as partes, requisitos mais rigorosos podem ser aplicados, como, por
exemplo, o tamanho máximo individual da dupla laminação de 100 mm2.

A.4.7 Ensaio de ultrassom adjacente à junta soldada

A região adjacente à junta soldada deve ser inspecionada por ultrassom em uma largura de 15 mm,
para a detecção de imperfeições laminares de acordo com a ISO 10893-8. O critério de aceitação
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deve ser conforme a API SPEC 5L:2018, Tabela K.1, para as extremidades da tira ou chapa ou áreas
adjacentes à junta soldada.

A.4.8 Ensaio de ultrassom na junta soldada

A.4.8.1 Tubos HFW

O comprimento total da junta soldada deve ser inspecionado por ultrassom, para a detecção
de imperfeições longitudinais, de acordo com a API SPEC 5L:2018, K.4.1.

A.4.8.2 Tubos SAWL

O comprimento total da junta soldada deve ser inspecionado por ultrassom, para a detecção
de descontinuidades longitudinais e transversais conforme a API SPEC 5L:2018, K.5.1.

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Anexo B
(informativo)

Dados para o projeto de curvas por indução

B.1 A ovalização (OV) máxima prevista pelo processo pode ser consultada na Tabela B.1.

Tabela B.1 – Ovalização máxima na região curvada (%)


R/DN
DN
2 3 4 5 6 7 ≥8

DN ≤ 10 1,5 1,5 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0

10 < DN ≤ 20 2,5 2,5 2,0 2,0 1,5 1,5 1,5

20 < DN ≤ 30 3,5 3,5 3,0 2,5 2,5 2,0 2,0

30 < DN ≤ 40 5,0 4,5 4,0 3,5 3,0 3,0 2,5

40 < DN ≤ 50 6,0 5,5 5,0 4,0 4,0 4,0 3,0

50 < DN ≤ 60 -- 6,0 5,0 5,0 4,5 4,5 3,5

60 < DN ≤ 70 -- 6,5 6,0 5,0 5,0 4,5 4,0

O critério de aceitação de ovalização para as extremidades da curva pode ser atendido, desde que
o trecho reto mínimo seja o maior entre 200 mm e 1 D.
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B.2 A redução de espessura máxima prevista no extradorso da curva (RE), medida de acordo com
a Equação B.1, é apresentada na Tabela B.2.
t - te
RE = o × 100% (B.1)
to
onde

to é a espessura antes do curvamento;

te é a espessura após o curvamento.

Tabela B.2 – Redução de espessura máxima (%)


R/DN 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 ≥ 10,0
RE
19,0 15,0 12,0 10,0 9,0 8,0 7,0 6,0 5,0
(%)

B.3 O diâmetro interno previsto após o curvamento, dc, pode ser calculado pela Equação (B.2):

{
dc = 0, 99 × 1 -

OV 
200 }
 × diâmetro interno nominal
(B.2)

onde

OV é a ovalização máxima prevista pelo processo (ver B.1).

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Bibliografia

[1]  API SPEC 6A, Specification for wellhead and christmas tree equipment

[2]  ASTM E797, Standard practice for measuring thickness by manual ultrasonic pulse-echo contact
method

[3]  ASTM G39, Standard practice for preparation and use of bent-beam stress-corrosion test
specimens

[4]  NACE TM0284-2016, Evaluation of pipeline and pressure vessel steels for resistance
to hydrogen-induced cracking
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