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CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.

790/0001-95

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 16071-8
Primeira edição
30.06.2021

Playgrounds
Parte 8: Requisitos para playground inclusivo
Playgrounds
Part 8: Requirements for inclusive playground
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

ICS 97.190; 97.200.40 ISBN 978-85-07-08544-7

Número de referência
ABNT NBR 16071-8:2021
28 páginas

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Sumário Página

Prefácio.................................................................................................................................................v
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Requisitos ...........................................................................................................................5
4.1 Requisitos gerais ...............................................................................................................5
4.2 Requisitos específicos ......................................................................................................6
4.2.1 Quantidade mínima de equipamentos por rota acessível ..............................................6
4.2.2 Rotas acessíveis.................................................................................................................7
4.2.3 Área livre de piso .............................................................................................................19
4.2.4 Entradas ou assentos.......................................................................................................21
4.2.5 Mesas lúdicas ...................................................................................................................21
4.2.6 Alcance manual ................................................................................................................22
4.2.7 Estruturas confinadas com componentes macios .......................................................23
4.2.8 Mapa tátil ...........................................................................................................................24
Anexo A (normativo) Limite máximo para inclinação das rampas .................................................26
Anexo B (informativo) Desenho universal e seus princípios..........................................................27
Bibliografia..........................................................................................................................................28

Figuras
Figura 1 – Exemplo de rota acessível ao nível do solo....................................................................7
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Figura 2 – Exemplo de rota acessível com passagem de 900 mm..................................................8


Figura 3 – Exemplo de altura livre .....................................................................................................8
Figura 4 – Requisitos de proteção contra queda .............................................................................9
Figura 5 – Exemplo de rota acessível elevada ...............................................................................10
Figura 6 – Exemplo de área de aproximação de uma rota acessível ...........................................10
Figura 7 – Exemplo de rampa........................................................................................................... 11
Figura 8 – Exemplo de rampa de acesso.........................................................................................12
Figura 9 – Área para manobra de cadeira de rodas sem deslocamento .....................................13
Figura 10 – Exemplo de corrimão.....................................................................................................14
Figura 11 – Exemplos de sistemas de transferência......................................................................14
Figura 12 – Plataforma de transferência .........................................................................................15
Figura 13 – Estacionamento de cadeira de rodas...........................................................................16
Figura 14 – Exemplo de degrau de transferência...........................................................................17
Figura 15 – Exemplo de suporte de transferência..........................................................................18
Figura 16 – Exemplos de conexões entre equipamentos elevados..............................................18
Figura 17 – Exemplo de área livre de piso.......................................................................................19
Figura 18 – Exemplos de combinação dos diferentes tipos de superfície...................................20
Figura 19 – Exemplo de chanfro.......................................................................................................21
Figura 20 – Exemplos de mesas lúdicas..........................................................................................22
Figura 21 – Exemplo de alcance manual.........................................................................................23

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Figura 22 – Exemplo de mapa tátil...................................................................................................24


Figura 23 – Sinalização tátil de alerta...............................................................................................25
Figura A.1 – Inclinação da rampa.....................................................................................................26

Tabela
Tabela 1 – Quantidade mínima de equipamentos por rota acessível..............................................6
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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as
datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 16071-8 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Brinquedos (ABNT/CB-198), pela
Comissão de Estudo de Brinquedos de Playground (CE-198:003.001). O Projeto circulou em Consulta
Nacional conforme Edital nº 02, de 05.02.2021 a 08.03.2021.

A ABNT NBR 16071, sob título geral “Playgrounds”, tem previsão de conter as seguintes partes:
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— Parte 1: Terminologia;

— Parte 2: Requisitos de segurança;

— Parte 3: Requisitos de segurança para pisos absorventes de impacto;

— Parte 4: Métodos de ensaio;

— Parte 5: Projeto da área de lazer;

— Parte 6: Instalação;

— Parte 7: Inspeção, manutenção e utilização;

— Parte 8: Requisitos para playground inclusivo.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 16071-8 é o seguinte:

Scope
This Part of ABNT NBR 16071 defines the requirements for playground inclusive areas.

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This Part of ABNT NBR 16071 apply for:

a) new recreation areas designed or built for children of two years or more;

NOTE For new buildings, the playgrounds may be placed in several locations, for example, parks,
schools, nurseries, shopping centers, social public areas, and others.

b) already existing playgrounds which will undergo remodelling;

c) playgrounds built in phases;

d) age graded areas in a park;

e) several recreation areas in the same space.

This Standard is not applicable for amusement parks.

This Standard presents the peculiarities of an inclusive playground, in which different types of play
components were developed based in practical experience with the use of the equipment itself. These
types have included, but not limited to, child activities such as swing, rotate, escalade and slide.

Ramps, transfer areas, platforms and roofs are not considered playground equipments. These elements
are used as complement or part from a playground structure and, in spite of promoting socialization
and play intention,they were not designed for play.

The number of children that can use an equipment at the same time does not fix the number of available
equipments in the area. One playground equipment may serve to many children, but it is considered
only as one activity form or equipment in the playground.
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Playgrounds
Parte 8: Requisitos para playground inclusivo

1 Escopo
Esta Parte da ABNT NBR 16071 define os requisitos para áreas de playgrounds inclusivos.

Esta Parte da ABNT NBR 16071 é aplicável a:

a) novas áreas de lazer projetadas ou construídas para crianças de 2 anos ou mais;

NOTA Para as construções novas considerar os playgrounds em locais diversos, por exemplo,
parques, escolas, creches, centros comerciais, áreas públicas sociais entre outros.

b) playground já existente que for sofrer alterações;

c) playgrounds construídos em fases;

d) áreas do parque separadas por idade;

e) várias áreas de lazer dentro de um mesmo espaço.

Esta Norma não é aplicável a parques de diversões.

Esta Norma apresenta as particularidades de um playground inclusivo, onde diferentes tipos de


componentes são baseados em experiências gerais resultantes do próprio equipamento. Esses tipos
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incluem, mas não se limitam a, atividades como balançar, girar, escalar e escorregar.

As rampas, as áreas de transferência, os patamares e os tetos não são considerados equipamentos de


lazer. Esses elementos são utilizados como complementos ou partes de uma estrutura de playground,
apesar de haver a socialização e a intenção de brincar, não são projetados com a intenção de funcionar
para brincar.

O número de crianças que podem utilizar um equipamento ao mesmo tempo não determina a quantidade
de brinquedos a serem disponibilizados na área. Um brinquedo pode atender a muitas crianças, mas
é considerado apenas como uma forma de atividade ou um equipamento em um playground.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para
referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 9050, Acessibilidade e edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos

ABNT NBR 16071-1, Playgrounds ‒ Parte 1: Terminologia

ABNT NBR 16071-2, Playgrounds ‒ Parte 2: Requisitos de segurança

ABNT NBR 16071-3, Playgrounds ‒ Parte 3: Requisitos de segurança para pisos absorventes de impacto

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ABNT NBR 16071-4, Playgrounds ‒ Parte 4: Métodos de ensaio

ABNT NBR 16071-5, Playgrounds ‒ Parte 5: Projeto da área de lazer

ABNT NBR 16071-6, Playgrounds ‒ Parte 6: Instalação

ABNT NBR 16071-7, Playgrounds ‒ Parte 7: Inspeção, manutenção e utilização

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 16071-1 e os
seguintes.

3.1
acessibilidade
possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para utilização, com segurança
e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e
comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como outros serviços e instalações abertos
ao público, de uso público ou privado de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa
com deficiência ou mobilidade reduzida

3.2
acesso ao equipamento de playground
elemento por onde o usuário irá transferir-se ou ter acesso ao equipamento de playground

3.3
alcance manual
distância necessária para tocar, manipular, mover ou interagir com o objeto desejado
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3.4
alteração
mudança em uma construção ou instalação que afete ou possa afetar a sua capacidade de utilização
de modo total ou parcial

EXEMPLOS Remodelagem, renovação, reabilitação, reconstrução, restauração histórica, recapeamento


de vias de circulação, alterações ou rearranjo de partes ou elementos estruturais, e alterações ou rearranjo
na configuração do plano de componentes

NOTA Manutenção normal não é uma alteração a menos que seja alterado o seu uso.

3.5
altura livre
distância entre o piso e o obstáculo superior

3.6
área de aproximação
espaço sem obstáculos, destinado a garantir manobra, deslocamento e aproximação de todas as
pessoas, para utilização de mobiliário ou elemento com autonomia e segurança

[ABNT NBR 9050:2015, 3.1.7]

NOTA Área de manobra é definida como a área necessária para uma cadeira de rodas fazer o giro de 180º.

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3.7
área de playground inclusiva
espaço projetado para equipamentos lúdicos construídos para atividades físicas de crianças com
deficiência ou não

3.8
área de transferência
espaço livre de obstáculos, correspondente no mínimo a um módulo de referência, a ser utilizado para
transferência por pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida, observando as áreas de circulação
e manobra

[ABNT NBR 9050:2015, 3.1.11]

3.9
área de transição
espaço sugerido para harmonizar pisos adjacentes com níveis diferentes

3.10
assento acessível coletivo
equipamento de playground desenvolvido para acomodar, na posição sentada, mais de uma criança
com ou sem deficiência

3.11
assento acessível individual
equipamento de playground desenvolvido para acomodar, na posição sentada, uma criança com ou
sem deficiência

3.12
berma
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superfície em desnível natural em uma área de playground com topografia irregular ou patamares
construídos

3.13
componente de playground ao nível do piso
componente de playground com entrada e saída ao nível do chão

3.14
componente de playground elevado
componente de playground que pode ser acessado acima ou abaixo do nível do chão por meio de
patamares, rampas e sistemas de transferência

3.15
componente do equipamento de playground
peça, com função lúdica ou funcional, que compõe um equipamento de playground

EXEMPLO Assentos, escorregadores, painéis interativos, tubos de bombeiro, escadas, alças de segurança,
entre outros.

3.16
degrau de transferência
uma das estruturas construtivas que compõe um sistema de transferência para a transição entre
o piso (ou patamar) inferior e o superior

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3.17
desnível de uma rampa
distância vertical entre as duas superfícies interligadas por uma superfície plana inclinada

3.18
elemento construtivo de um equipamento de playground
rampas, sistemas de transferência, degraus, plataformas e telhados

3.19
equipamento de playground ao nível do piso
equipamento de playground com entrada e saída ao nível do chão

3.20
equipamento de playground elevado
equipamento de playground que pode ser acessado acima ou abaixo do nível do chão por meio de
patamares, rampas e sistemas de transferência

3.21
estacionamento de cadeira de rodas
área livre para estacionar a cadeira de rodas ou outras órteses, comumente localizada próxima a
plataformas de transferência, onde a permanência da cadeira ou órtese não obstrua o acesso ao
equipamento

3.22
estrutura confinada com componente macio
estrutura de brincar composta por um ou mais equipamentos de playground, onde o usuário entra em
um ambiente totalmente fechado em que se utilizam materiais maleáveis

EXEMPLO Plástico, pano, tecido.


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3.23
guarda-corpos
elemento destinado a proteger as pessoas que permaneçam ou circulem na sua proximidade contra o
risco de queda fortuita sem, no entanto, impedir sua passagem forçada ou voluntária

[ABNT NBR 14718:2008, 3.11]

3.24
inclinação longitudinal
inclinação que é paralela à direção de deslocamento

3.25
inclinação transversal
inclinação que é perpendicular à direção de deslocamento

3.26
mesa lúdica
equipamento ou componente de playground, em forma de bancada, com espaço adequado para
aproximação e alcance manual inclusive de crianças com cadeiras de rodas para execução de
atividades manuais

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3.27
painel interativo
equipamento ou componente de playground, em forma de painel vertical ou inclinado, que promove
a interação com usuário

3.28
patamar
superfície nivelada no topo e na base de cada trecho de rampa

3.29
plataforma de transferência
elemento construtivo em forma de plataforma com o objetivo de auxiliar um indivíduo com deficiência
locomotora a deixar e recuperar sua cadeira de rodas ou órtese ao entrar e sair do equipamento de
playground

3.30
plataforma elevatória
dispositivo mecânico, de acionamento elétrico ou manual, de elevação vertical

3.31
rampa
elemento construtivo que permite ao usuário em cadeira de rodas ou órtese o acesso aos pisos, em
níveis distintos, sem a necessidade de realizar transferências

3.32
rota acessível
trajeto configurado para promover o acesso de pessoas com e sem deficiência com autonomia e
segurança, interligando todos os pontos de acesso, entradas e saídas dos equipamentos e componentes
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de playground, podendo ter trechos ao nível do solo, rebaixado e elevado

3.33
sistema de transferência
sistema, composto por elementos construtivos, que proporciona acesso ao usuário a superfícies em
diferentes alturas, sendo composto por plataforma, degrau e suporte de transferência

3.34
suporte de transferência
elemento construtivo que auxilia o usuário na transferência e na mobilidade em geral, incluindo
corrimãos, pegadores ou alças especialmente projetadas

4 Requisitos
4.1 Requisitos gerais

Os requisitos de acessibilidade são aplicados a cada área de playground.

Os playgrounds inclusivos devem atender aos requisitos da ABNT NBR 16071 (todas as partes).

Para que um playground seja considerado inclusivo, este deve possuir uma rota acessível e uma
quantidade mínima de equipamentos por essa rota acessada, conforme Tabela 1.

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Tabela 1 – Quantidade mínima de equipamentos por rota acessível


Quantidade de Quantidade mínima Quantidade mínima
equipamentos requerida de de diferentes tipos
de playground equipamentos de de equipamentos de
elevados playground no nível do playground no nível do
disponível solo na rota acessível solo na rota acessível

1 Não é aplicável Não é aplicável

2a4 1 1
5a7 2 2
8 a 10 3 3
11 a 13 4 3
14 a 16 5 3
17 a 19 6 3
20 a 22 7 4
23 a 25 8 4
8 + 1 para cada 3 acima
Mais de 25 5
dos 25

4.2 Requisitos específicos

4.2.1 Quantidade mínima de equipamentos por rota acessível


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Quando mais de um equipamento ao nível do piso for requerido em uma rota acessível, estes devem
estar integrados. O projeto deve levar em consideração um leiaute eficaz que incentive a interação e a
socialização entre todas as crianças. A reunião de todos esses equipamentos acessados por crianças
com deficiências em um local (núcleo) não constitui integração.

4.2.1.1 Rota acessível de equipamentos no nível do solo

Há dois requisitos que indicam quantos equipamentos ao nível do solo devem estar em uma rota
acessível:

a) pelo menos um equipamento de cada tipo;

b) considerar a quantidade de equipamentos elevados.

O objetivo é fornecer uma variedade de atividades para os indivíduos que optem por continuar com
suas órteses ou que escolham pela não transferência para bases elevadas.

Não são necessários componentes adicionais sempre que rampas promoverem o acesso a pelo
menos 50 % dos componentes elevados (que devem incluir pelo menos três diferentes tipos).

EXEMPLO Considerando um playground que tenha de 5 a 7 equipamentos elevados, no mínimo dois


devem estar no nível do solo, em rota acessível, sendo eles de tipos diferentes (por exemplo, um balanço
e uma gangorra).

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4.2.1.2 Rota acessível de equipamentos elevados

No mínimo 50 % dos equipamentos elevados devem estar inseridos em uma rota acessível.

Playgrounds com 20 equipamentos ou mais devem possuir rampas para conectar no mínimo
25 % destes equipamentos. Deve constar um sistema de transferência ou rampas que conecte os
equipamentos elevados requeridos na rota acessível.

Playgrounds com menos de 20 equipamentos elevados podem possuir um sistema de transferência


em vez de rampas que conectem pelo menos 50 % dos equipamentos elevados.

4.2.2 Rotas acessíveis

Existem três tipos de rotas acessíveis:

a) ao nível do solo;

b) rebaixada ao nível do solo;

c) elevada.

4.2.2.1 Rota acessível ao nível do solo

A rota acessível ao nível do solo (ver Figura 1) deve ter as seguintes características:

a) largura livre de no mínimo 1 500 mm;

b) inclinação máxima de 1:16 = 6,25 %;


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c) desnível máximo no nível do piso de 5 mm;

d) desníveis entre 5 mm e 20 mm devem ser tratados como rampa na proporção 1:2.

Figura 1 – Exemplo de rota acessível ao nível do solo

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Recomenda-se o uso de áreas de circulação mais amplas entre componentes de uso intenso, pois
estes espaços adicionais melhoram a circulação, o acesso e a segurança para todos.

Excepcionalmente, a rota acessível pode ter largura mínima de 900 mm ao longo de uma extensão de
no máximo 2 100 mm. Isso permite a flexibilidade de trabalhar com os recursos existentes no espaço,
como equipamentos ou árvores, ver exemplo na Figura 2.

Figura 2 – Exemplo de rota acessível com passagem de 900 mm


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A altura livre de ≥ 2 100 mm é aplicável somente para rotas ao nível do solo. São admitidos recursos
como coberturas e abrigos (Ver Figura 3).

Figura 3 – Exemplo de altura livre

4.2.2.1.1 Quando uma rota acessível sobrepuser uma área de uso de algum equipamento ou
componente de playground, esta deve estar de acordo com os requisitos de absorção de impacto
deste equipamento, conforme a ABNT NBR 16071-3.

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4.2.2.1.2 Em rotas acessíveis, as grelhas e juntas de dilatação devem estar fora do fluxo principal de
circulação. Quando não possível tecnicamente, os vãos devem ter dimensão máxima de 8 mm, devem
ser instalados perpendicularmente ao fluxo principal ou ter vãos de formato quadriculado/circular,
quando houver fluxos em mais de um sentido de circulação

4.2.2.2 Berma

As bermas podem ser utilizadas para promover o acesso em áreas elevadas, conforme especificado
na Figura 4.
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Legenda
1 desnível igual ou inferior a 0,60 m e inclinação igual ou superior a 1:2
2 lateral em nível com pelo menos 0,60 m de largura
3 proteção lateral – com no mínimo 0,15 m de altura e superfície de topo com contraste visual
4 proteção lateral
5 guarda corpo
6 desnível superior a 0,60 m e inclinação igual ou superior a 1:2

Figura 4 – Requisitos de proteção contra queda

A área livre de piso dentro de um equipamento de playground deve estar posicionada de forma a
proporcionar uma aproximação frontal ou paralela.

4.2.2.3 Rota acessível elevada

A rota acessível elevada (ver Figura 5) deve ter as seguintes características:

a) largura mínima de 900 mm;

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b) estreitamento de largura de 800 mm permitido em uma extensão máxima de comprimento de


600 mm para acomodar os elementos que compõem a estrutura;

c) desnível máximo por trecho de rampa de 300 mm.

Recomenda-se a inclusão de corrimãos e proteções laterais ao longo de rotas acessíveis elevadas


e para desnível igual ou superior a 0,18 m deve ser prevista proteção contra queda.

Figura 5 – Exemplo de rota acessível elevada

O percurso da rota acessível elevada deve prever no mínimo uma área de aproximação (ver Figura 6).
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Figura 6 – Exemplo de área de aproximação de uma rota acessível

Não é recomendável o uso de plataformas elevatórias para promover o acesso a equipamentos de


playground elevados.

Recomenda-se a inclusão de corrimãos e proteções laterais ao longo de rotas acessíveis elevadas.

4.2.2.4 Rampas

Cada trecho de rampa (ver Figuras 7 e 8) deve ter as seguintes características:

a) elevação máxima de 300 mm;

b) inclinação máxima 1:16 (6,25 %);

c) largura livre mínima 900 mm.

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Figura 7 – Exemplo de rampa


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Detalhe (Vista de cima)

Piso tátil Inclinação


(rampa)

Espaçamento de
250 mm a 320 mm
entre o piso tátil e
o início do declive

300 mm
(altura da
rampa)

Piso tátil 6,25 % (inclinação máx.) Piso tátil

Vista Lateral
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Piso tátil

Perpectiva

Largura mín.
da rampa
de 900 mm

Figura 8 – Exemplo de rampa de acesso

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4.2.2.4.1 Patamares

Os patamares devem ter a mesma largura das rampas nas quais estão conectados. O comprimento
mínimo deve ser de 1 500 mm.

Se as rampas mudarem de direção, a dimensão mínima do patamar deve ser de 1 500 mm com
amplitude para possibilitar o giro de 360°.

4.2.2.4.2 Área de aproximação em equipamentos de playground

Pelo menos uma área de aproximação deve ser disponibilizada no mesmo nível dos equipamentos
do playground.

As medidas necessárias para a manobra de cadeira de rodas sem deslocamento, conforme a Figura 9, são:

a) para rotação de 90° = 1 200 mm × 1 200 mm;

b) para rotação de 180° = 1 500 mm × 1 200 mm;

c) para rotação de 360° = diâmetro de 1 500 mm.

d) inclinação máxima de 1:48 (2 %) em qualquer direção.

A Figura 9 mostra a área de aproximação, que pode estar localizada atrás ou em frente à balança,
desde que esteja imediatamente adjacente à balança.
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a) Rotação de 90° b) Rotação de 180° c) Rotação de 360°

Figura 9 – Área para manobra de cadeira de rodas sem deslocamento

Para manobra de cadeiras de rodas com deslocamento ver ABNT NBR 9050.

4.2.2.4.3 Corrimãos

Os corrimãos (ver Figura 10) devem ser colocados nos dois lados das rampas conectando os
equipamentos.

A face superior do corrimão deve estar entre no mínimo 480 mm e no máximo 720 mm acima da
superfície da rampa.

O espaço livre mínimo entre corrimãos em superfícies inclinadas e superfícies adjacentes deve ser de
40 mm.

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Os corrimãos em superfícies inclinadas devem ter continuidade em todo o percurso e não podem
sofrer obstruções em seus patamares e lados. O limite máximo para obstrução da parte inferior da
superfície de pegada dos corrimãos é de 20 % do comprimento de cada trecho. Quando existirem,
projeções horizontais devem estar no mínimo a 40 mm abaixo da superfície de pegada do corrimão.

Figura 10 – Exemplo de corrimão

4.2.2.5 Sistema de transferência


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O sistema de transferência (ver Figura 11) deve estar conectado a uma rota acessível.

a) vista superior

Figura 11 – Exemplos de sistemas de transferência (continua)

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b) vista frontal
Figura 11 (conclusão)
4.2.2.5.1 Plataforma de transferência

As plataformas de transferências (ver Figura 12) devem ter as seguintes características:

a) altura no topo da superfície de 280 mm a 460 mm;

b) largura mínima de 600 mm;

c) profundidade mínima de 350 mm;

d) um lado livre.
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Figura 12 – Plataforma de transferência

Deve haver área livre para estacionar a cadeira de rodas ou outras órteses junto à plataforma de
transferência, (comumente chamado de “estacionamento de cadeira de rodas”).

O estacionamento de cadeira de rodas (ver Figura 13) deve ter um espaço mínimo de 1 200 mm × 800 mm
posicionado de forma que o lado de 1 200 mm fique paralelo ao lado de 600 mm da plataforma de
transferência.

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Figura 13 – Estacionamento de cadeira de rodas

4.2.2.5.2 Degrau de transferência

Os degraus de transferência (ver Figura 14) devem ter as seguintes características:


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a) largura mínima de 600 mm;

b) profundidade mínima de 350 mm;

c) altura máxima de 205 mm.

É recomendável acrescentar um degrau de transferência que conduza a superfície do solo à plataforma


para ampliar a segurança do acesso ao nível do chão.

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Figura 14 – Exemplo de degrau de transferência

4.2.2.5.3 Suporte de transferência


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Plataformas e degraus de transferência devem ter suportes de transferência em cada nível do


brinquedo.

Deve ter um suporte para transferência (ver Figura 15) para a entrada ou assento em um equipamento.

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Figura 15 – Exemplo de suporte de transferência

Elementos vazados decorativos ou outros elementos de design podem servir de elementos de


transferência com as mãos.

Deve-se atentar para a distância entre o sistema de transferência e os equipamentos elevados do


brinquedo. O projeto deve reduzir a distância entre o ponto onde a criança se transfere da cadeira de
rodas ou outro equipamento auxiliar e o nível do brinquedo a ser alcançado.

4.2.2.6 Equipamentos elevados conectados

Ao utilizar um sistema de transferência, o equipamento de playground pode estar conectado a outros


equipamentos elevados (ver Figura 16), possibilitando uma rota acessível.

Figura 16 – Exemplos de conexões entre equipamentos elevados

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4.2.3 Área livre de piso

A área livre de piso dentro de um equipamento de playground deve estar posicionada de forma a
proporcionar uma aproximação frontal ou paralela.

A área livre do piso deve ter as seguintes características:

a) área mínima de 800 mm × 1 200 mm;

b) pode sobrepor-se a rotas acessíveis e espaços de manobra;

c) inclinação máxima de 1:48 (2 %) em todas as direções.

O equipamento interativo tem uma área livre de piso, que permite interação frontal ou lateral.

1 200 mm
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Figura 17 – Exemplo de área livre de piso

4.2.3.1 Área de aproximação

Pelo menos uma área de aproximação deve ser prevista no mesmo nível no qual se encontra um
componente de playground, quando este for acessado pela rampa. Esta área de aproximação deve
ter uma inclinação inferior a 3 % em todas as direções.

Para rampas e patamares incluindo barreiras de proteção, inclinação transversal, superfícies e


condições em ambientes externos, utilizar a ABNT NBR 9050.

Não pode haver objetos protuberantes nas áreas de manobra ao nível do chão ou a menos de 2 m
acima do nível do solo.

Área livre de piso junto aos componentes ou equipamentos de playground e áreas de manobra podem
sobrepor-se à rota acessível, conforme a Figura 1.

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4.2.3.2 Superfície de piso acessível

As superfícies de piso de áreas de playground, áreas livres e áreas de manobra, devem estar de
acordo com a ABNT NBR 16071-3.

A metodologia de avaliação da acessibilidade de uma superfície é medir a força que o indivíduo deve
exercer para impulsionar a cadeira de rodas conforme o Anexo A. Inclui testes de esforço tanto para
avançar em linha reta como manobras curvas, usando dispositivo de medição em uma cadeira de
rodas. A força N requerida deve ser menor do que a necessária para impulsionar a cadeira de rodas
em uma rampa com inclinação de 1:16, medida conforme Anexo A.

4.2.3.3 Superfície de rotas acessíveis localizadas na zona de uso

Se localizadas dentro da zona de uso (ver Figura 18), as superfícies de piso das rotas acessíveis
devem também ser atenuadoras de impacto e estar conforme a ABNT NBR 16071-3. A superfície
absorvedora de impacto deve atender no mínimo a uma queda de 800 mm.

As superfícies dos pisos devem ser inspecionadas e preservadas regular e frequentemente para
garantir e atender continuamente a ABNT NBR 16071-3. A frequência de manutenção e inspeção
de superfícies resilientes depende da intensidade de uso, do tipo de piso instalado e das condições
climáticas de onde for instalado.

Superfícies de fibra de madeira requerem manutenção frequente para atender à ABNT NBR 16071-3
por causa do deslocamento dos materiais que compõem a superfície conforme a intensidade de
uso ou outros fatores. Projetistas e proprietários podem optar por materiais que melhor atendam às
necessidades de cada área do playground, considerando que o tipo de material selecionado afeta a
frequência e o custo de manutenção.

Podem ser combinados diferentes tipos de superfícies para fornecer variedade e estímulos na área
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de playground.

Figura 18 – Exemplos de combinação dos diferentes tipos de superfície

Todos os desníveis dentro da área de playground devem conter chanfro com angulação máxima
de 6,25 % (Ver Figura 19).

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Figura 19 – Exemplo de chanfro

4.2.4 Entradas ou assentos

As entradas ou os assentos são elementos construtivos ou componentes de um equipamento de


playground por onde os usuários são transferidos sentar-se ou ter acesso.

Quando os equipamentos de playground estiverem locados em uma rota acessível, a altura necessária
para a transferência direta ao ponto de entrada ou assento de um equipamento deve ter no mínimo
280 mm e no máximo 610 mm.

Recomenda-se uma altura média de 455 mm.

4.2.5 Mesas lúdicas


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Equipamento projetado para brincar com areia, água, para escrever ou desenhar ou locais de reunião
e outras atividades.

Mesas lúdicas (ver Figura 20) podem ser localizadas ao nível do chão ou elevadas em uma composição
do equipamento de playground.

Considerar a rota acessível, área livre de piso ao nível do solo e áreas de manobra para mesas
acessíveis para crianças em cadeira de rodas.

Para mesas lúdicas localizadas em uma rota acessível, as dimensões livres recomendadas para o uso
de crianças em cadeira de rodas devem ser:

a) altura livre a partir de 550 mm na entrada do vão;

b) altura livre a partir de 300 mm no fundo do vão;

c) largura livre mínima de 900 mm;

d) profundidade livre mínima de 430 mm.

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Figura 20 – Exemplos de mesas lúdicas

4.2.6 Alcance manual

Deve-se considerar as medidas de alcance manual (ver Figura 21) quando houver equipamentos ou
componentes de playground com elementos de manipulação ou interatividade para crianças em cadeira
de rodas. As seguintes medidas de alcance frontal e lateral em relação ao piso são recomendadas:

a) para crianças de 3 a 4 anos de 508 mm a 920 mm;

b) para crianças de 5 a 8 anos de 450 mm a 1 020 mm;

c) para crianças de 9 a 12 anos de 400 mm a 1 120 mm.

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Figura 21 – Exemplo de alcance manual

As medidas de alcance manual adequadas para acessar equipamentos de brinquedos para crianças
em cadeira de rodas ou outras órteses destinam-se a equipamentos ao nível do chão e a equipamentos
elevados acessados por rampas.

Medidas de alcance manual não são apropriadas para equipamentos de brinquedos acessados por
sistemas de transferência.

Alturas adequadas de alcance manual variam dependendo de onde o equipamento do brinquedo


é acessado.

O painel interativo deve ser instalado em uma altura apropriada para uma criança que utiliza uma
cadeira de rodas, porém devem contemplar outras alturas, considerando também as crianças em pé.

4.2.7 Estruturas confinadas com componentes macios

Estrutura de brincar composta por um ou mais equipamentos, onde o usuário entra em um ambiente
totalmente fechado em que se utilizam materiais maleáveis (por exemplo, plástico, pano, tecido).

Brinquedos com componentes macios devem ter pelo menos uma entrada em uma rota acessível
sempre que houver três ou menos pontos de entrada.

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Se houver quatro ou mais pontos de entrada, pelo menos dois pontos de entrada devem estar
localizados em uma rota acessível.

Espaços de brincar macios possuem tipicamente locais limitados de entrada e saída, com equipamentos
lúdicos integrados ao projeto como um todo.

Sistemas de transferência ou plataformas elevatórias podem fazer parte de uma rota acessível
conectando pontos de entrada em estruturas com componentes macios.

4.2.8 Mapa tátil

Deve estar posicionado nas entradas das rotas acessíveis e na mesma orientação norte-sul da área
do playground (ver Figura 22). Deve conter informações sobre a posição dos equipamentos e leiaute
da área de playground.
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Figura 22 – Exemplo de mapa tátil

4.2.8.1 Sinalização tátil

A sinalização tátil de alerta deve medir entre 250 mm e 600 mm na base e no topo de rampas, com
inclinação igual ou superior a 5 %. Na base não pode haver afastamento entre a sinalização tátil e o
início do declive. No topo, a sinalização tátil pode se afastar de 250 mm a 320 mm do início do declive,
conforme a Figura 23. Rampas com inclinação inferior a 5 % não precisam ser sinalizadas.

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Figura 23 – Sinalização tátil de alerta


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Anexo A
(normativo)

Limite máximo para inclinação das rampas

Para garantir que a rampa seja acessível o limite máximo de inclinação é de 6,25 % em relação ao
nível do solo e o acesso a área do equipamento, a fim de que o usuário não dispenda força excessiva.
(ver Figura A.1).

A metodologia de avaliação da acessibilidade de uma superfície é medir a força que o indivíduo deve
exercer para impulsionar a cadeira de rodas. Inclui testes de esforço tanto para avançar em linha
reta como manobras curvas, usando dispositivo de medição em uma cadeira de rodas. A força N
requerida deve ser menor do que a necessária para impulsionar a cadeira de rodas em uma rampa
com inclinação de 1:16.
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Figura A.1 – Inclinação da rampa


O Anexo B apresenta a definição de desenho universal e seus princípios.

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Anexo B
(informativo)

Desenho universal e seus princípios

O conceito de desenho universal está definido conforme legislação vigente e pelas normas técnicas.
Este conceito propõe uma arquitetura e um design mais centrados no ser humano e na sua diversidade.
Estabelece critérios para que edificações, ambientes internos, urbanos e produtos atendam a um maior
número de usuários, independentemente de suas características físicas, habilidades e faixa etária,
favorecendo a biodiversidade humana e proporcionando uma melhor ergonomia para todos. Para
tanto, foram definidos sete princípios do Desenho Universal, apresentados a seguir, que passaram
a ser mundialmente adotados em planejamentos e obras de acessibilidade:

1) uso equitativo: é a característica do ambiente ou elemento espacial que faz com que ele possa ser
usado por diversas pessoas, independentemente de idade ou habilidade. Para ter o uso equitativo
deve-se: propiciar o mesmo significado de uso para todos; eliminar uma possível segregação
e estigmatização; promover o uso com privacidade, segurança e conforto, sem deixar de ser um
ambiente atraente ao usuário;

2) uso flexível: é a característica que faz com que o ambiente ou elemento espacial atenda a uma
grande parte das preferências e habilidades das pessoas. Para tal, devem-se oferecer diferentes
maneiras de uso, possibilitar o uso para destros e canhotos, facilitar a precisão e destreza
do usuário e possibilitar o uso de pessoas com diferentes tempos de reação a estímulos;

3) uso simples e intuitivo: é a característica do ambiente ou elemento espacial que possibilita que
seu uso seja de fácil compreensão, dispensando, para tal, experiência, conhecimento, habilidades
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linguísticas ou grande nível de concentração por parte das pessoas;

4) informação de fácil percepção: essa característica do ambiente ou elemento espacial faz com
que seja redundante e legível quanto a apresentações de informações vitais. Essas informações
devem se apresentar em diferentes modos (visuais, verbais, táteis), fazendo com que a legibilidade
da informação seja maximizada, sendo percebida por pessoas com diferentes habilidades (cegos,
surdos, analfabetos, entre outros);

5) tolerância ao erro: é uma característica que possibilita que se minimizem os riscos e consequências
adversas de ações acidentais ou não intencionais na utilização do ambiente ou elemento espacial.
Para tal, devem-se agrupar os elementos que apresentam risco, isolando-os ou eliminando-os,
empregar avisos de risco ou erro, fornecer opções de minimizar as falhas e evitar ações
inconscientes em tarefas que requeiram vigilância;

6) baixo esforço físico: nesse princípio, o ambiente ou elemento espacial deve oferecer condições de ser
usado de maneira eficiente e confortável, com o mínimo de fadiga muscular do usuário. Para alcançar
esse princípio deve-se: possibilitar que os usuários mantenham o corpo em posição neutra, usar força
de operação razoável, minimizar ações repetidas e minimizar a sustentação do esforço físico;

7) dimensão e espaço para aproximação e uso: essa característica diz que o ambiente ou elemento
espacial deve ter dimensão e espaço apropriado para aproximação, alcance, manipulação e uso,
independentemente de tamanho de corpo, postura e mobilidade do usuário. Desta forma, deve-se:
implantar sinalização em elementos importantes e tornar confortavelmente alcançáveis todos os
componentes para usuários sentados ou em pé, acomodar variações de mãos e empunhadura e,
por último, implantar espaços adequados para uso de tecnologias assistivas ou assistentes pessoais.

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Bibliografia

[1]  Houston, L.,Worthington, R. and Harrop, P. (2006) Design guidance for playspaces. Accessed
online at:https://www.forestry.gov.uk/pdf/fce-design-guidance-for-play-spaces.pdf/$FILE/fce-design-
guidance-for-play-spaces.pdf

[2]  ABNT NBR 15599, Acessibilidade – Comunicação na Prestação de Serviços

[3]  ABNT NBR 16537, Acessibilidade – Sinalização tátil no piso – Diretrizes para elaboração de
projetos e instalação
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