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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 16682

Primeira edição
29.06.2018

Projeto de linha de recalque para sistema de


esgotamento sanitário — Requisitos
Exemplar para uso exclusivo - COMPANHIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DO DISTRITO FEDERAL - CAESB - 00.082.024/0001-37

Design sewer force for sanitary depletion of system — Requirements

ICS 93.030; 13.060.30 ISBN 978-85-07-07570-7

Número de referência
ABNT NBR 16682:2018
22 páginas

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Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................iv
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referência normativa..........................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Requisitos gerais................................................................................................................5
4.1 Desenvolvimento do projeto..............................................................................................5
4.2 Elementos que devem compor o projeto..........................................................................7
5 Requisitos específicos.......................................................................................................7
5.1 Vazão para dimensionamento............................................................................................7
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5.2 Sistema de recalque existente...........................................................................................8


5.3 Caminhamento da linha de recalque.................................................................................8
5.4 Elementos topográficos, geotécnicos, geológicos e arqueológicos para o traçado
da linha de recalque............................................................................................................9
5.5 Dimensionamento e desenvolvimento do projeto da linha de recalque......................10
5.5.1 Velocidade minima............................................................................................................10
5.5.2 Velocidade máxima...........................................................................................................10
5.5.3 Velocidade crítica de arraste de ar..................................................................................10
5.5.4 Dimensionamento.............................................................................................................10
5.5.5 Desenvolvimento do projeto............................................................................................ 11
5.6 Estudo da linha de recalque contemplando diversas alternativas de materiais para a
tubulação........................................................................................................................... 11
5.7 Pressão de serviço............................................................................................................12
5.8 Metodologia para análise dos transitórios hidráulicos.................................................12
5.9 Análise e elaboração de estudo dos transitórios hidráulicos......................................15
5.10 Componentes e equipamentos acessórios....................................................................16
5.10.1 Válvula de bloqueio...........................................................................................................16
5.10.2 Válvula de descarga..........................................................................................................17
5.10.3 Dispositivo para expulsão e/ou admissão de ar............................................................17
5.10.4 Medidores ou controladores de pressão........................................................................18
5.10.5 Medidores ou controladores de vazão............................................................................19
5.10.6 Dispositivo para desobstrução da tubulação, monitoramento e/ou controle.............19
5.11 Travessia............................................................................................................................19
5.12 Ancoragem.........................................................................................................................19
5.13 Requisitos mecânicos......................................................................................................19
5.14 Disposições complementares e construtivas................................................................20
5.15 Especiafições técnicas.....................................................................................................21
5.15.1 Especificações técnicas dos serviços e materiais........................................................21
5.15.2 Especificação técnica dos componentes e equipamentos acessórios.......................21
5.16 Orçamento.........................................................................................................................21
5.17 Plano de implantação e execução da obra.....................................................................21
5.17.1 Etapas de Implantação.....................................................................................................21
5.17.2 Plano de execução da obra..............................................................................................21
5.18 Outros requisitos..............................................................................................................22

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização.


As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB),
dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais
(ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas
no tema objeto da normalização.

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A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais
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à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos.
Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas
para exigência dos requisitos desta Norma.

A ABNT NBR 16682 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Saneamento Basico (ABNT/CB-177),
pela Comissão de Estudo de Projetos para Sistemas de Saneamento (CE-177:001.001). O Projeto
circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 04, de 18.04.2018 a 18.06.2018.

O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte:

Scope
This Standard establishes the requirements suitable for designing sewer force mains on a sewerage
system.

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Projeto de linha de recalque para sistema de esgotamento sanitário —


Requisitos

1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos para elaboração de projeto de linha de recalque para sistema
de esgotamento sanitário.

2 Referência normativa
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O documento relacionado a seguir é indispensável à aplicação deste documento. Para referências


datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições
mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 9648, Estudo de concepção de sistema de esgotamento sanitário – Procedimento

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
cavitação
vaporização parcial ou completa que ocorre em um líquido confinado, resultante da ocorrência de
pressões abaixo da sua pressão de vapor

3.2
cavitação em tubulação
vaporização parcial ou completa que ocorre em um líquido em uma determinada seção transversal
da tubulação, resultante de ocorrência de pressões abaixo da sua pressão de vapor. No caso de vapo-
rização completa, ocorre a ruptura da coluna líquida formando um bolsão de vapor separando dois
trechos de fluido em estado líquido

3.3
chaminé de equilíbrio
estrutura destinada a amortecer as ondas de subpressão e sobrepressão resultantes de um eventual
regime transitório em uma tubulação, atuando como reservatório intermediário de nível variável em
consequência do regime transitório atuante

3.4
coeficiente de admissão do ar de ventosa
fator de proporcionalidade que correlaciona a vazão mássica de entrada de ar por meio de um orifício
de uma ventosa e da pressão na tubulação no ponto onde a mesma está instalada

3.5
coeficiente de expulsão do ar de ventosa
fator de proporcionalidade que correlaciona a vazão mássica de saída de ar por meio de um orifício
de uma ventosa e da pressão na tubulação no ponto onde a mesma está instalada

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3.6
comissionamento
pré-operação do sistema com verificação de atendimento aos parâmetros estabelecidos em projeto

3.7
comportamento estrutural visco-elástico
comportamento intermediário entre sólidos elásticos e fluidos viscosos apresentados por materiais
visco-elásticos (plásticos). Os sólidos elásticos comportam-se de acordo com a lei de Hooke e os
fluidos viscosos de acordo com a lei da viscosidade de Newton

3.8
conduto forçado
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conduto em que o fluido ocupa totalmente a seção de escoamento, com pressão diferente da atmosférica

3.9
curva caraterística da bomba
curva na qual a cada valor da altura manométrica corresponde a uma só vazão, indicada pelo fabri-
cante do equipamento

3.10
curva caraterística do sistema
curva que representa os pontos de operação do sistema, correlacionando a capacidade de transporte
na tubulação com a unidade fornecedora de energia (sistema de bombeamento, reservatório)

3.11
efeito Venturi
efeito que ocorre em um sistema fechado quando há uma diminuição da seção, diminuindo a pressão
e aumentando a velocidade de um fluido

3.12
linha de recalque
tubulação destinada a transportar esgoto pressurizado entre unidades operacionais do sistema

3.13
máquina hidráulica
mecanismo que fornece, retira ou altera a energia de um líquido em escoamento

3.14
momento polar de inércia
resultado obtido a partir do produto do valor de uma massa que está girando em torno de um eixo pelo
quadrado da distância em relação a este eixo

3.15
operação assistida
conjunto de atividades que contemplam a solução de dúvidas e problemas decorrentes do novo pro-
cesso instalado visando ao atendimento dos parâmetros estabelecidos em projeto, o treinamento e a
capacitação da equipe responsável pelas atividades de operação e manutenção preventiva e corretiva
do sistema

3.16
orifício automático de ventosa
oríficio pelo qual o ar é expelido durante a operação do sistema em regime permanente

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3.17
orifício cinético de ventosa
oríficio por meio do qual o ar é:

a) admitido durante a drenagem da tubulação, ou no caso da passagem da onda de subpressão,


durante a ocorrência de eventuais transitórios hidráulicos;

b) expelido durante o enchimento da tubulação, ou no caso da eliminação de bolsões de vapor de


água que eventualmente se formaram devido à ruptura da coluna líquida, durante a ocorrência
de transitórios hidráulicos.

3.18
oscilação de massa
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escoamento transitório oscilatório com deslocamento do fluido ao longo da tubulação provocado


por variações de carga cíclicas entre dois pontos do sistema

3.19
ponto de trabalho
ponto de interseção das curvas características da bomba e do sistema

3.20
ponto de fechamento cinético
valor de pressão que define o fechamento do orifício cinético, resultando em uma vazão mássica
de ar expelida adequada ao sistema, definido pelo fabricante e/ou no projeto

3.21
pressão admissível
pressão atuante que um componente pode suportar com total segurança, incluído os transitórios
hidráulicos

3.22
pressão de pré-carga
pressão inicial necessária para a adequada operação do reservatório hidropneumático

3.23
pressão de serviço
pressão atuante nos componentes do sistema quando da ocorrência do regime hidráulico permanente

3.24
pressão de serviço máxima
pressão máxima atuante nos componentes do sistema quando da ocorrência do regime transitório

3.25
regime permanente
regime de escoamento no qual a velocidade, a vazão e a pressão não variam com o tempo em um
determinado trecho da tubulação

3.26
regime transitório
regime de escoamento intermediário quando há variação na velocidade, vazão e pressão mudando
o estado de um regime permanente inicial por outro estado de regime permanente final

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3.27
reservatório hidropneumático
RHO
dispositivo composto de um vaso com ar sob pressão com o objetivo de atenuar as variações de pres-
sões (sobrepressões e subpressões) causadas por transitórios hidráulicos

3.28
tanque de amortecimento unidirecional
TAU
dispositivo que tem como função injetar água em um determinado ponto da tubulação durante a pas-
sagem de uma onda de subpressão, resultante dos transitórios hidráulicos
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3.29
transitório hidráulico
escoamento não permanente em regime variado que ocorre entre um regime permanente e outro

3.30
válvula de alívio de ação direta
dispositivo que serve para aliviar as sobrepressões resultantes do transitório hidráulico

3.31
válvula de controle
dispositivo que serve para controlar vazão, pressão, nível

3.32
vazão mássica
quantidade em massa de um fluido que escoa por uma seção em um intervalo de tempo considerado

3.33
velocidade crítica
velocidade dependente da declividade do terreno, que permite a remoção de ar nas tubulações e
é obtida quando a velocidade média de escoamento é igual ou maior que um certo valor mínimo
de velocidade

3.34
ventosa simples
ventosa automática
dispositivo utilizado para atuar na expulsão e/ou na admissão de ar acumulado em ponto específico
da tubulação

3.35
ventosa de dupla função
ventosa cinética
dispositivo utilizado para atuar na expulsão e/ou na admissão de ar acumulado em ponto específico
da tubulação

3.36
ventosa de tríplice função
ventosa de triplo efeito
dispositivo utilizado para atuar na expulsão e/ou na admissão de ar acumulado em ponto espe-
cífico da tubulação e que tem as funções da ventosa simples/automática e da ventosa de dupla
função/cinética

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3.37
ventosa de tríplice função
ventosa de triplo efeito com dispositivo de fechamento lento
dispositivo utilizado para atuar na expulsão e/ou na admissão de ar acumulado em ponto específico
da tubulação e que conta com um mecanismo extra que torna suave e gradativo o processo de fecha-
mento do orifício cinético, evitando assim altas sobrepressões causadas por seu fechamento abrupto

3.38
vínculos estruturais
elementos da construção que impedem o giro e/ou o movimento horizontal e vertical de uma estrutura

3.39
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volante de inércia
dispositivo acoplado ao eixo da bomba para aumentar o momento de inércia do conjunto girante redu-
zindo a taxa de variação de rotação do conjunto motor-bomba por ocasião do seu desligamento

4 Requisitos gerais
4.1 Desenvolvimento do projeto

4.1.1 Elementos necessários para o desenvolvimento do projeto.

a) caracterização da linha de recalque – pontos de origem e término da linha de recalque, vazão de


dimensionamento, caminhamento(s);

b) elementos topográficos, disponíveis ou a serem elaborados de acordo com as Normas Brasileiras


em vigência;

c) cadastro de unidades operacionais e das interferências relacionadas à linha de recalque;

d) informações socioambientais, geotécnicas, geológicas e arqueológicas;

e) dados físicos e operacionais do sistema de esgotamento sanitário existente;

f) estudos, planejamentos e projetos existentes correlacionados;


g) estudo de concepção do sistema de esgotamento, elaborado conforme a ABNT NBR 9648;
h) planos diretores do sistema de esgotamento sanitário e demais planos diretores;
i) plano de urbanização, legislação relativa ao uso e ocupação do solo;
j) restrição ambiental que interfere na área de influência do projeto;
k) plano de saneamento básico;
l) levantamento planialtimétrico cadastral do caminhamento da linha de recalque com detalhes
da vegetação, tipo de pavimento, arruamento, obras especiais, indicação das interferências,
faixas de domínio e servidão;
m) condições mínimas de segurança e medicina do trabalho, conforme legislação e normas vigentes;
n) legislações pertinentes vigentes;
o) critérios, procedimentos e diretrizes da operadora/da contratante do sistema de esgotamento sanitário.

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4.1.2 Atividades necessárias ao desenvolvimento do projeto:

a) analisar as instalações do sistema de recalque existente, objetivando seu aproveitamento, quando


for o caso;

b) definir e detalhar o caminhamento da linha de recalque;

c) avaliar e considerar na solução técnica a restrição ambiental incidente, quando existir;

d) complementar os levantamentos topográficos, as interferências, os estudos geológicos, geotéc-


nicos, arqueológicos, faixas de domínio e servidão;

e) definir a vazão para o dimensionamento;


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f) validar o estudo de concepção e/ou realizar estudo técnico, econômico, social, financeiro e
ambiental da linha de recalque e/ou do sistema de recalque;

g) definir os tipos de materiais adequados;

h) dimensionar hidráulica e estruturalmente o sistema de recalque;

i) realizar estudo de transitórios hidráulicos, verificações sobre possíveis oscilações ressonantes


e cálculo de flexibilidade, onde aplicável;

j) dimensionar dispositivos de proteção hidráulica da linha de recalque e definir procedimentos,


para as operações de enchimentos e esvaziamentos;

k) avaliar os tempos de fechamento e abertura de válvulas;

l) avaliar a resistência mecânica das partes componentes do sistema de recalque às ações internas
e externas atuantes;

m) avaliar a proteção das partes componentes do sistema de recalque às ações de processo abrasivo,
corrosivo, agressividade do meio à tubulação, de deterioração mecânica e de ataque químico,
quando necessário;

n) detalhar as etapas de implantação;

o) detalhar a interdependência das atividades e o plano de execução das obras. Otimizar o tempo
de paralisação do sistema, quando necessário;

p) prever a implantação de dispositivos que permitam os procedimentos de desobstrução e descarga


da linha de recalque, quando necessário;

q) compatibilizar o projeto da linha de recalque com os demais projetos complementares (estruturais,


elétricos, eletromecânicos, automação);

r) definir a localização e o dimensionamento dos componentes e equipamentos acessórios, eliminação


e admissão de ar, controle de odores, registro de manobra, descarga, sistema de proteção aos
transitórios hidráulicos, conforme critérios do responsável pelo sistema de esgotamento sanitário;

s) buscar a equalização dos diferentes materiais aplicados para que o resultado destes corres-
pondam à melhor solução técnico-econômca com tempo de vida útil compatível com o requerido
no estudo e/ou projeto;

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t) prever elemento/dispositivo de dissipação de energia, quando necessário na transição de linha


de recalque para trechos por gravidade;

u) compatibilizar o lançamento da linha de recalque em instalação existente que atenda à vazão


de projeto, quando for o caso.

4.2 Elementos que devem compor o projeto

a) memorial descritivo e justificativo, contendo os estudos, cálculos realizados, simulações hidráulicas;

b) os resultados das simulações hidráulicas devem apresentar as características operacionais de


todas as unidades necessárias do sistema de recalque (tubulação, elevatória, proteção aos tran-
sitórios hidráulicos, condição de operação com vazão máxima e mínima, enchimento, esvazia-
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mento, eventuais manobras a serem consideradas);

c) peças gráficas do projeto, em escalas adequadas, que atendam às Normas Brasileiras em


vigência e às recomendações e padronizações da operadora/da contratante, devem apresentar:

—— os detalhamentos das interferências com outros sistemas e infraestruturas existentes e


planejadas, as interligações complexas, as travessias, áreas com restrição ambiental.
Devem-se considerar a integração da solução hidráulica projetada e a forma executiva
destas implementações em campo.

—— planta e perfil do traçado da linha de recalque e detalhamento dos pontos de manobra,


de eliminação/admissão de ar e de controle de odores, caixa de descarga e demais detalha-
mentos necessários.

d) o detalhamento do ponto de descarga deve atender à legislação ambiental vigente;

e) relação de materiais e equipamentos;

f) relação dos serviços;

g) especificações técnicas de serviços, materiais e equipamentos;

h) orçamento detalhado das obras, conforme etapas definidas à implantação;

i) levantamentos topográfico, planialtimétrico cadastral;

j) resultados dos estudos geotécnicos, geológicos, arqueológicos, socioambientais, quando necessários;

k) resultados dos demais estudos realizados;

l) diretrizes operacionais contendo o plano de operação e controle previsto para o sistema de


recalque, detalhamento das vazões máximas e mínimas operacionais, quando aplicável.

5 Requisitos específicos
5.1 Vazão para dimensionamento

5.1.1 Atender ao horizonte do estudo ou do projeto, que deve ser definido por critério técnico
da operadora ou da contratante responsável pelo sistema de esgotamento sanitário.

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5.1.2 Deve ser adotada a vazão máxima diária de horizonte do estudo ou do projeto em cada etapa
definida conforme critério técnico da operadora ou da contratante responsável pelo sistema de esgo-
tamento sanitário.

5.1.3 Deve ser verificada a condição operacional para as vazões máximas e mínimas resultantes
dos estudos de demandas para o horizonte do estudo ou do projeto, o início de operação, a etapa
intermediária, a operação definida conforme diretrizes de eficiência energética.

5.2 Sistema de recalque existente

5.2.1 Avaliar as instalações do sistema de recalque existente e seu ciclo operacional, elaborando
diagnóstico que permita a otimização e a adequação técnica do sistema.
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5.2.2 Na elaboração de novos estudos e projetos, as partes com aproveitamento total e/ou parcial
existentes devem satisfazer as condições desta Norma ou adaptar-se a ela, mediante alterações ou
complementações, e deve ser analisado o impacto do sistema projetado sobre as instalações existentes.

5.3 Caminhamento da linha de recalque

5.3.1 Deve ser realizada análise do caminhamento em planta e perfil, a fim de verificar a correta indi-
cação dos componentes acessórios e as ancoragens nos pontos onde ocorrem esforços que possam
causar o deslocamento das peças.

5.3.2 Deve ser verificada a influência do plano de carga e da linha piezométrica para a definição
do caminhamento da linha de recalque.

5.3.3 O caminhamento da linha de recalque deve ser definido com base em critérios técnicos e
econômicos (instalação, operação e manutenção), comparando-se caminhamentos alternativos,
concebidos a partir de imagens de satélite, cartas geotécnicas, mapas geológicos e/ou arqueológicos,
levantamento planialtimétrico cadastral, inspeções de campo, sondagens necessárias como recurso
para reconhecimento do terreno, avaliação preliminar de interferências.

5.3.4 O caminhamento da linha de recalque deve procurar sempre terreno com melhores condições
de solo, evitando os rochosos, alagadiços e de baixa resistência, áreas com declividade elevada, pavi-
mento rígido, e qualquer outro obstáculo que comprometa os trabalhos de sua implantação, operação
e manutenção.

5.3.5 O caminhamento da linha de recalque deve, respeitando a viabilidade técnico-econômica,


evitar interferência com:

a) instalações aeroportuárias, complexos industriais ou aéreas cuja ocupação apresente interesse


social ou de segurança pública, nas condições impostas pelas autoridades competentes;

b) vias de tráfego intenso;

c) estradas de ferro eletrificadas, ou com viabilidade de futura eletrificação, linha de alta-tensão,


oleoduto, gasoduto, no caso de cruzamento ou caminhamento ao longo destas interferências,
reduzir a possibilidade da linha de recalque ser afetada por corrosão eletrolítica;

d) no caso em que a interferência for inevitável, deve ser realizada consulta aos órgãos reguladores.

5.3.6 A linha de recalque deve ser instalada de preferência em área de domínio público, respeitando
a legislação vigente. Não sendo isso possível ou viável, o projeto deve prever a desapropriação da
faixa ou a instituição de servidão sobre ela.

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5.3.7 Em áreas urbanas, convém que o caminhamento esteja condicionado ao sistema viário
existente ou planejado.

5.3.8 A largura da faixa que contém a linha de recalque deve permitir os trabalhos de instalação e
manutenção.

5.3.9 O projeto deve considerar o eventual trânsito de veículos sobre a faixa da linha de recalque,
prevendo-se, neste caso, recobrimento adequado ou reforço de sua estrutura.

5.3.10 O projeto deve prever e indicar que não é permitido plantio na faixa da linha de recalque,
havendo exceção somente com aprovação e autorização da operadora ou da contratante.

5.3.11 O projeto deve prever e indicar que é proibido trafegar veículos pesados, executar edificações,
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queimadas, escavações, e usar arados e/ou equipamentos agrícolas na faixa da linha de recalque.

5.3.12 O projeto deve prever sinalização da faixa para identificação de linha de recalque enterrada,
de acordo com as diretrizes da operadora ou da contratante.

5.3.13 Deve ser previsto projeto de desvio de trânsito e sinalização quando exigidos.

5.4 Elementos topográficos, geotécnicos, geológicos e arqueológicos para o traçado


da linha de recalque

5.4.1 A definição dos levantamentos a serem efetuados deve ser precedida de inspeção de campo
feita ao longo do caminhamento preliminar, na faixa de ocupação da linha de recalque, com objetivo
de reduzir ao mínimo necessário a extensão de áreas a serem levantadas.

5.4.2 Devem ser coletadas informações existentes nas cartas geotécnicas, mapas geológicos,
arqueológicos, levantamentos topográficos, as complementações necessárias, para possibilitar o desen-
volvimento do projeto da linha de recalque, atendendo aos requisitos desta Norma.

5.4.3 Para o traçado da linha de recalque, os levantamentos topográficos devem ser planialtimé-
tricos cadastrais em extensão, detalhamento e precisão, de acordo com Normas Brasileiras vigentes,
que permitam no mínimo:

a) mostrar:

—— os limites de propriedades e benfeitorias existentes, com indicação dos proprietários;


—— os níveis máximos observados em corpos de água superficiais;
—— os tipos de vegetação, os usos do solo e a exploração do subsolo;
—— os tipos de pavimento, indicação e mapeamento das interferências superficiais;
b) justificar:
—— a posição adotada;
—— as obras especiais;
c) indicar as vias de acesso para a implantação, operação e manutenção da linha de recalque.
5.4.4 As sondagens devem ser em número, tipo e profundidade que permitam definir a fundação
da linha de recalque, definir o nível atual do lençol freático e elaborar o projeto das obras especiais,
permitindo definir o processo de escavação, o tipo de escoramento necessário, a fundação.

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5.4.5 As interferências não visíveis devem ser levantadas a partir das informações existentes nos
projetos e cadastros, pelo acesso a poço e/ou caixa de inspeção existente, por meio de levantamento
topográfico, da realização de furos de sondagem, de prospecção eletromagnética.

5.5 Dimensionamento e desenvolvimento do projeto da linha de recalque

5.5.1 Velocidade mínima

Para linha de recalque deve ser adotada a velocidade mínima de 0,6 m/s. Exceção pode ser aceita,
desde que tecnicamente justificada.

5.5.2 Velocidade máxima


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As velocidades máximas de dimensionamento não podem ultrapassar 3,0 m/s na tubulação. Exceção
pode ser aceita, desde que técnica e economicamente justificada. Considerar na definição da velo-
cidade máxima os seguintes fatores:

a) perdas de cargas a um limite que proporcione o menor consumo de energia elétrica;

b) geração de menor desgaste das tubulações, peças e acessórios;

c) redução nos ruídos gerados;

d) limite nas vibrações e choques que danificam as instalações;

e) redução dos fenômenos de cavitação e de transitórios hidráulicos;

f) resultado dos estudos econômicos;

g) maior eficiência dos equipamentos que operam associados à linha de recalque.

NOTA Na determinação da velocidade atender às orientações da operadora ou da contratante, relativas


à eficiência energética.

5.5.3 Velocidade crítica de arraste de ar

Deve ser avaliada em cada trecho da linha de recalque para as vazões de projeto.

5.5.4 Dimensionamento

5.5.4.1 Para o dimensionamento hidráulico da tubulação, deve ser considerado, para o horizonte de
estudo ou de projeto, o coeficiente de Hazen Williams ou equivalente da equação universal, e também
o envelhecimento, incrustação e deposição nas paredes da tubulação. Os coeficientes devem ser
levantados em campo ou, na impossibilidade da realização das avaliações em campo, devem-se
adotar valores explicitados na teoria dos manuais de hidráulica.

5.5.4.2 O dimensionamento e a análise do funcionamento global do sistema hidráulico devem ser


realizados por simulações hidráulicas, que garantam as vazões, pressões e velocidades, e incluam
o estudo das condições operacionais da linha de recalque projetada e da existente, se houver, e sua
influência no sistema existente à qual é interligada.

5.5.4.3 Deve ser adotado o diâmetro interno da tubulação no dimensionamento.

5.5.4.4 Devem ser consideradas no cálculo as perdas de carga incidentes no sistema de recalque.

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5.5.5 Desenvolvimento do projeto

5.5.5.1 Recomenda-se que a linha de recalque seja composta de trechos ascendentes com incli-
nação não inferior a 0,2 % e trechos descendentes com inclinação não inferior a 0,3 %.

5.5.5.2 São recomendados os traçados que apresentem trechos ascendentes longos com pequena
inclinação, seguidos de trechos descendentes curtos, com maior inclinação.

5.5.5.3 Quando a inclinação do conduto for superior a 25 %, há a necessidade de utilizar blocos


de ancoragem para dar estabilidade à tubulação.

5.5.5.4 São recomendados os traçados que evitem pontos altos.


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5.5.5.5 O projeto deve estabelecer e detalhar o controle necessário do sistema de proteção aos
transitórios hidráulicos, visando a garantir a operação conforme projeto.

5.5.5.6 O projeto deve estabelecer espessura mínima da parede da tubulação, compatível com cada
material estudado, que suporte as pressões de serviço e para absorver todos os esforços atuantes,
incluindo os esforços dos transitórios hidráulicos e os resultantes pela ação do sistema de proteção a estes.

5.5.5.7 As válvulas previstas no sistema de recalque devem ter seus tempos de abertura e/ou de
fechamento, de manobra e/ou de controle dimensionados, de forma a gerar o menor transitório possível
no sistema. Esses tempos devem estar indicados no projeto, nos cálculos e nas diretrizes operacionais.

5.5.5.8 Quando necessário, a critério da operadora ou da contratante, pode ser previsto o estudo
de flexibilidade, ressonância.

5.6 Estudo da linha de recalque contemplando diversas alternativas de materiais para


a tubulação
5.6.1 Todo o material para a tubulação a ser indicado no projeto deve atender Norma Brasileira
específica em vigência.
NOTA Exceção é aceita à aplicação de tubulação com material em aço desde que especificado
conforme API, ANSI, ASTM ou AWWA.

5.6.2 O estudo deve contemplar alternativas com aplicação de materiais diferentes para a tubulação
da linha de recalque, quando possível, e contemplar os vários elementos intervenientes técnica e
economicamente, como:

a) diâmetro da tubulação, pressão de serviço, características do esgoto, declividade do terreno;

b) aproveitamento e adequação do sistema de recalque quando existente na alternativa proposta;

c) verificação do dimensionamento pelas condições-limite e/ou críticas de trabalho para cada


material estudado;

d) condições e custos no transporte;

e) escavação, berço-composição e espessura, método de assentamento, altura total do aterro,


reaterro, compactação;

f) redução na resistência mecânica e vida útil, para cada material em estudo;

g) dimensionamento do conjunto motor-bomba, potência consumida;

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h) quantificação do consumo e custo de energia elétrica;

i) custo de manutenção, de peças de reposição e de sobressalentes;

j) ataque químico ao material, avaliação das condições de agressividade do meio e/ou do entorno,
quando necessário, prever proteção adequada da tubulação contra o processo corrosivo ou o
ataque químico;

k) avaliação da condição mecânica da tubulação e das estruturas, prever proteção aos esforços
mecânicos, para evitar o colapso para tubulações quando da ocorrência das condições-limite
de trabalho e dos transitórios hidráulicos, nas envoltórias mínimas e máximas;

l) verificação das condições de instalação e variações térmicas e/ou de intempéries associadas


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as variações temporais das tensões atuantes nas diversas condições de trabalho, visando manter
as condições de funcionamento e segurança no sistema;

m) avaliação da intercambiabilidade entre os diferentes materiais aplicados na linha de recalque.


Quando não houver, prever os devidos elementos para a transição;

n) avaliação da possibilidade da tubulação estar sujeita a vandalismo, incêndio, impacto contra a


estrutura.

5.7 Pressão de serviço


5.7.1 Todos os componentes do sistema devem ser avaliados para as pressões atuantes na condição
mais desfavorável, para os regimes operacionais normal e excepcional. E, catastrófico quando aplicável.

5.7.2 A pressão mínima atuante deve ser igual ou superior a 50 kPa em regime permanente na
condição da(s) vazão(ões) de estudo e/ou projeto. Pressão mínima adotada inferior a indicada,
precisa ser justificada tecnicamente e aprovada pela operadora ou contratante.

5.7.2.1 Recomenda-se que o sistema seja mantido pressurizado, quando operando ou parado,
em toda a sua extensão.

5.7.2.2 Recomenda-se que as pressões mínimas, devidas aos transitórios hidráulicos atuantes
em qualquer seção da linha de recalque, sejam de no máximo – 20 KPa.

5.7.3 A pressão de serviço máxima nas condições normais ou excepcionais, atuante em qualquer
seção da linha de recalque e/ou seus componentes, deve ser igual ou inferior às pressões admissíveis
para as tubulações, conexões, acessórios e equipamentos previstos em toda a instalação do sistema
de recalque.

5.8 Metodologia para análise dos transitórios hidráulicos


5.8.1 A análise dos transitórios hidráulicos deve ser efetuada em diferentes etapas do estudo e/ou
projeto (estudo de concepção, projeto básico, projeto executivo), compreendendo desde a avaliação
preliminar até a fase do detalhamento executivo.

5.8.2 Em todas as etapas do projeto, deve ser efetuada uma avaliação preliminar com análise
diagnóstica do estudo dos transitórios hidráulicos do sistema de recalque desprovido de qualquer
dispositivo de proteção aos transitórios. Em função dos resultados obtidos nesta análise, cabe ao
projetista a adoção de duas alternativas:

—— é dispensável a instalação de dispositivos de proteção e a análise dos transitórios hidráulicos se


encerra na fase diagnóstica;

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—— é necessária a aplicação de dispositivos de proteção aos transitórios hidráulicos para o aten-


dimento a 5.7 e/ou quando a redução das pressões transitórias atuantes resultar em relevante
economia.

5.8.3 Na etapa de dimensionamento dos dispositivos de controle e proteção, devem ser selecio-
nados aqueles que garantam as condições de pressão de serviço indicada nesta Norma, considerando
viabilidade técnica, operacional e econômica para o sistema.

5.8.4 O estudo dos transitórios hidráulicos deve ser realizado com a aplicação de software espe-
cífico, que atenda conforme a seguir:

a) modelagem matemática que se aproxime do modelo físico do sistema hidráulico em estudo e/ou
projeto;
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b) aplicação de métodos numéricos (das características, das ondas planas, de diferenças finitas,
de elementos finitos) e que resolvam as equações de derivadas parciais governantes dos fenô-
menos transitórios considerando as características físicas do fluido e da(s) tubulação(ões) e dos
vínculos estruturais da(s) tubulação(ões) com o meio externo;

c) apresentação dos resultados contendo as linhas piezométricas em regime permanente e em


regime transitório com as envoltórias de pressões máximas e mínimas. Os resultados devem
compreender as simulações sem e com dispositivos de proteção, mediante gráficos e tabelas que
representem o comportamento dinâmico dos dispositivos de proteção aos transitórios hidráulicos;

d) simulação isolada e/ou simultânea de quantos dispositivos para controle e proteção aos transitó-
rios hidráulicos se fizerem necessários, de uma ou mais tubulações em paralelo, onde pertinente,
conforme a topologia e condições operacionais previstas no estudo e/ou projeto;

e) contemplem ou que permitam o estabelecimento das condições de contorno que caracterizem


adequadamente os dispositivos de proteção de controle do escoamento transitório;

f) cálculo das condições transitórias decorrentes da separação da coluna líquida com formação de
cavidades de vapor e os subsequentes picos de sobrepressões advindos da fase de rejuntamento
da fase líquida associada à cavitação transitória.

5.8.5 Pode ser exigido pela operadora e ou contratante que se apresente a validação do software
a ser aplicado por pelo menos uma das formas indicadas a seguir:

—— artigos de fontes confiáveis relacionados;

—— descrição do método e comparação com outro método reconhecidamente aceito, que não o
próprio;

—— o programa de validação com resultado dos ensaios de campo;

—— documento comprovando qualidade do produto (atualizações, soluções de inconsistências/


implementações).

5.8.6 Qualquer solução técnica e/ou dispositivo adotado para a proteção dos transitórios hidráulicos
deve apresentar justificativa técnica ou aproximações que garantam o entendimento dos efeitos deste
dispositivo em todo o sistema. Demonstrar nos relatórios o respaldo técnico para a solução escolhida,
as considerações adotadas, as condições de contorno e iniciais adotadas para a solução das equações
diferenciais e a justificativa para o emprego destas.

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5.8.7 Para a(s) linha de recalque(s) composta(s) por tubulação(ões) com comportamento estrutural
visco-elástico é recomendável o emprego de dispositivos de proteção aos transitórios hidraúlicos que
propiciem escoamento transitório do tipo oscilação de massa.

5.8.8 Na análise e aplicação dos dispositivos de controle e proteção contra os efeitos indesejáveis
dos transitórios hidráulicos, específicos para aplicação em sistema de esgotamento sanitário a seguir
indicados, são informações mínimas necessárias aos estudos e devem ser consideradas nas simula-
ções quando da aplicação do modelo numérico e software conforme descritos em 5.8.4.

5.8.8.1 Conjunto motor-bomba

Modelo e tipo de bomba, curva característica da bomba adotada, curva característica do sistema,
vazão, altura manométrica, rendimento do ponto de trabalho em regime permanente, momento polar de
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inércia do conjunto motor-bomba (preferencialmente obter dados dos fabricantes), velocidade angular
de rotação e potência nominal do motor. Se a análise possibilitar a operação da bomba em quadrantes
fora da faixa normal da máquina hidráulica, explicitar as curvas características de carga e torque
adotadas nos quatro quadrantes. Caso o projetista não disponha dos valores dos momentos polares
de inércia dos fabricantes, explicitar como foram estimados os valores empregados nas simulações.

5.8.8.2 Válvula de controle

Tipo, diâmetro, classe de pressão, curvas características empregadas, coeficientes de perda de carga
e de vazão versus grau de abertura, e as leis de abertura e de fechamento.

5.8.8.3 Válvula de retenção

Tipo, diâmetro, classe de pressão, coeficiente de perda de carga.

5.8.8.4 Válvula de alívio de ação direta

Tipo, diâmetro, classe de pressão, curvas características empregadas (coeficientes de perda de carga
e de vazão versus grau de abertura), pressão de abertura e de fechamento e tempo de permanência da
válvula aberta. Quando empregada, deve ter tubulação ou sistema para reconduzir o fluido descartado
ao poço de sucção ou ao reservatório de acúmulo do esgoto, com sistema autônomo de comando.
A montante da válvula deve ser prevista uma inspeção para acesso e limpeza.

5.8.8.5 Reservatório hidropneumático (RHO)

Tipo de tanque com ou sem membrana, posição de instalação (vertical ou horizontal), classe de
pressão e de ensaio hidrostático, volume total do vaso de pressão, diâmetro do tanque, volumes
iniciais de gás em regime permanente e estático, níveis máximos e mínimos transitórios, pressão de
pré-carga e coeficiente politrópico adotado. Para o ramal de ligação entre o tanque e a linha de recalque,
indicar diâmetro, tipo de válvula de bloqueio empregada e os coeficientes de perdas localizadas nos
dois sentidos do escoamento. Quando empregados ramais de saída e de entrada distintos, indicar
as características técnicas da válvula de retenção do ramal de saída, conforme orientações para o
dispositivo válvula de retenção.

5.8.8.6 Tanque de amortecimento unidirecional (TAU)

5.8.8.6.1 Para utilização de TAU em linha de recalque sua alimentação deve ser feita com água
e não esgoto.

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5.8.8.6.2 Diâmetro do reservatório, níveis de água em regime permanente e máximo e mínimo tran-
sitórios, cotas do fundo, de extravasamento e do topo. Para o ramal de descarga indicar o diâmetro,
os coeficientes de perda de carga localizadas e as características técnicas da válvula de retenção
consoante as orientações de 5.8.7.3. Para o ramal de alimentação, especificar o diâmetro, arranjo e
tipo de válvula de controle automático do nível d’água. Em linha de recalques, se o nível d’água de
regime permanente do tanque se situar acima da cota do ponto final de descarga da linha, considerar
a simulação dos transitórios hidráulicos adicional com o tanque a meia seção, com nível de água igual
ao do ponto final da linha de recalque (queda de energia subsequente à partida do sistema).

5.8.8.7 Chaminé de equilíbrio

Diâmetro do reservatório, níveis de fluido em regime permanente e máximo e mínimo transitórios,


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cotas do fundo e do topo. Considerar a sobrelevação do nível em regime permanente decorrente


de eventual incremento da rugosidade dos tubos ao longo da vida útil do sistema. Para o ramal de
ligação entre a chaminé de equilíbrio e a linha de recalque, indicar ainda o diâmetro e os coeficientes
de perdas localizadas nos dois sentidos do escoamento. Em linha de recalque, se o nível de regime
permanente da chaminé de equilíbrio se situar acima da cota do ponto final de descarga da linha,
considerar a simulação dos transitórios hidráulicos adicional com a chaminé de equilíbrio com nível de
fluido igual ao do ponto final da linha de recalque (queda de energia subsequente à partida do sistema).

5.8.8.8 Volante de inércia

Momento polar de inércia do conjunto girante e do volante de inércia, apresentar o dimensionamento


do volante, considerando a capacidade máxima de torque de partida do motor elétrico e a velocidade
periférica máxima admissível em função do material proposto para o dispositivo.

5.8.8.9 Ventosa

5.8.8.9.1 Somente são admitidas como dispositivo de proteção aos transitórios hidráulicos os dispo-
sitivos que atenderem aos seguintes requisitos:

a) fechamento lento do obturador do orifício principal somente sob ação do empuxo do esgoto, sem
choques, nem resposta prematura sob efeito Venturi;

b) por construção, apresentar resposta imediata do obturador do orifício principal da válvula sob
ação da pressão subatmosférica transitória;

c) garantia da manutenção da pressão mínima atmosférica na seção de instalação da linha de recalque


em qualquer condição operacional.

5.8.8.9.2 Considerar o diâmetro de orifício e áreas de passagem seccionais com área efetiva para
atender as vazões calculadas no estudo e/ou projeto para a admissão e/ou a eliminação do ar,
as equações do modelo matemático de fluxo de ar adotado, a curva de pressão versus vazão mássica
de entrada e saída de ar, os coeficientes de expulsão e de admissão do ar.

5.8.8.10 Válvula de bloqueio

Tipo (gaveta, esfera, globo), diâmetro, classe de pressão, curvas características empregadas, coefi-
cientes de perda de carga e de vazão versus grau de abertura, e as leis de abertura e de fechamento.

5.9 Análise e elaboração de estudo dos transitórios hidráulicos

5.9.1 Os transitórios hidráulicos devem ser calculados obtendo as variáveis de vazão e pressão
dependentes do tempo (t) e do espaço (x) em cada seção definida no modelo matemático do sistema.

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5.9.2 Deve ser realizada a análise dos transitórios na ocorrência de manobras que interfiram no ciclo
operacional do sistema, nas condições normais, excepcionais e catastróficas, quando aplicável.

A análise deve ser realizada para as distintas etapas da execução do projeto (estudo técnico preliminar,
estudo de concepção, projeto básico, projeto executivo, quando aplicável), considerando o estudo
econômico das alternativas, as soluções técnicas e suas alterações.

5.9.3 Em consideração as condições de operação do sistema:

5.9.3.1 São consideradas condições normais de operação todas as manobras prováveis de ocor-
rerem várias vezes, durante o ciclo de vida do sistema. Nesta condição o(s) sistema(s) de proteção
ou de mitigação devem funcionar corretamente. São exemplos de condição normal de operação:
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a) parada não programada do(s) conjunto(s) motor-bomba(s), por interrupção de energia elétrica
nas diversas configurações operacionais previstas para o sistema;

b) partida e parada programada de conjunto(s) motor-bomba(s);

c) existência de válvula de retenção, que fecha rapidamente sob fluxo reverso;

d) funcionamento adequado do(s) dispositivo(s) de proteção e controle dos transitórios hidráulicos


previstos;

e) operação do sistema sem a formação de bolsões de ar;

f) admissão e a expulsão controlada de ar;

g) as manobras adequadas de válvulas, em acordo com as regras operacionais especificadas em


projeto.

5.9.3.2 É considerada condição excepcional de operação quando da ocorrência isolada ou simul-


tânea de eventos, como:

a) falha de um dos dispositivos de proteção a transitórios hidráulicos;

b) manobras inadequadas de válvulas, em desacordo com as regras operacionais especificadas em


projeto.

5.9.3.3 É considerada condição catastrófica de operação quando o(s) sistema(s) de proteção não
funciona(m) nas condições mais desfavoráveis da condição operacional do sistema. E também na
ocorrência de ruptura da tubulação.

5.10 Componentes e equipamentos acessórios

5.10.1 Válvula de bloqueio

5.10.1.1 A válvula de bloqueio deve ser prevista:

a) no início da linha de recalque, quando for necessária no final;

b) que permita a operação em subtrechos conforme necessidade operacional;

c) nas derivações, junto ao ponto de ligação e em pontos identificados como necessários.

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5.10.1.2 Deve ser avaliada a ocorrência de transitórios hidráulicos decorrentes de abertura ou fecha-
mento da válvula quando a manobra for considerada rápida, e adotar as medidas de proteção.

5.10.1.3 Quando da definição do local de instalação da válvula deve ser observada a facilidade de
acesso e de operação da mesma. Quando a válvula for instalada em caixa de proteção ou em poço
de visita o projeto pode prever a opção de acionamento da válvula sem a necessidade de acesso ao
seu interior.

5.10.2 Válvula de descarga

5.10.2.1 Deve ser prevista válvula de descarga nos pontos baixos ou em pontos estratégicos,
com indicação em projeto do ponto de lançamento do esgoto que deve ser conduzido a local ade-
quado. Para o ponto de lançamento da descarga, devem ser verificadas as exigências legais.
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5.10.2.2 A válvula de descarga deve ser instalada para limpar e esvaziar a tubulação.

5.10.2.3 Quando da definição do local de instalação da válvula deve ser observada a facilidade de
acesso e de operação da mesma. Quando a válvula for instalada em caixa de proteção ou em poço
de visita o projeto pode prever a opção de acionamento da válvula sem a necessidade de acesso ao
seu interior.

5.10.2.4 O dimensionamento da válvula deve verificar a capacidade hidráulica de esvaziamento da tubu-


lação abrangida, considerando o perfil, a extensão, o volume do trecho a ser esgotado, o volume de ar
a ser introduzido para evitar a subpressão, as condições para escoamento da água descarregada.
Deve-se definir o tempo máximo de escoamento da tubulação ou do sistema de recalque de forma
a atender o tempo de parada operadora e ou contratante definido pela operadora do sistema.

a) o dispositivo deve ser dimensionado de modo a propiciar velocidade mínima de arraste, para
remover o material eventualmente sedimentado;

b) o dispositivo deve proporcionar o esvaziamento completo do trecho da linha de recalque, por


gravidade, caso não seja possível, deve-se prever meio adequado de completar o esvaziamento.

5.10.2.5 Quando necessário devem ser previstas obras de drenagem superficial ao longo do
caminhamento da linha de recalque.

5.10.3 Dispositivo para expulsão e/ou admissão de ar

5.10.3.1 Prever a instalação de dispositivo na linha de recalque para permitir a expulsão e/ou a admissão
do ar, visando a melhorar a operação do sistema, as operações de enchimento e/ou esvaziamento
e os efeitos na ocorrência dos transitórios hidráulicos.

5.10.3.2 Prever e verificar a necessidade de instalação de dispositivo que permite a expulsão e/ou a
admissão de ar em pontos estratégicos da linha de recalque:

a) no ponto de alimentação da linha de recalque,

b) na saída de bombeamento,

c) em mudanças de declividade,

d) em pontos suscetíveis de acumulação de ar,

e) em pontos altos,

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f) a jusante de válvula de bloqueio,

g) em pontos intermediários de entrada de ar quando a linha piezométrica correspondente à des-


carga de um trecho da linha de recalque está situada abaixo desta.

5.10.3.3 O dispositivo deve ser dimensionado considerando a velocidade de esvaziamento e de enchi-


mento da tubulação e atender aos requisitos a seguir:

a) a velocidade do esgoto admitida para a fase de enchimento da tubulação deve ser da ordem
de 0,3 m/s,

b) permitir a descarga da vazão de ar equivalente/compatível à vazão de enchimento de cada trecho


da linha de recalque,
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c) admitir a vazão de ar equivalente/compatível à vazão máxima de esgoto descarregado pela


descarga de cada trecho a ser drenado.

5.10.3.4 Pode ser implantado dispositivo tipo ventosa para atuar na tubulação, a ser indicado con-
forme necessidade específica em cada caso, podendo ser dos seguintes tipos:

a) ventosa simples para esgoto,

b) ventosa de dupla função ou cinética para esgoto,

c) ventosa de tríplice função ou de triplo efeito para esgoto,

d) ventosa de tríplice função ou de triplo efeito com dispositivo de fechamento lento para esgoto.

5.10.3.5 Quando da definição do local de instalação do dispositivo deve ser observada a facilidade
de acesso e de manutenção do mesmo.

5.10.3.6 O dimensionamento, a solução técnica e a instalação adotada para o dispositivo deve


sempre garantir a entrada e saída do ar na quantidade definida no projeto.

NOTA No ponto de instalação da ventosa recomenda-se a previsão de uma câmara em derivação da


linha de recalque com diâmetro 50 % da linha para função de captação e acúmulo de ar.

5.10.3.7 A especificação técnica do dispositivo deve indicar a capacidade de expulsão e admissão


de ar necessária e detalhar suas características geométricas e hidráulicas, baseadas em curvas de
desempenho certificadas que correlacionem as áreas de conexão da ventosa com os orifícios de
admissão e expulsão de ar.

5.10.3.8 Quando da elaboração da especificação técnica no projeto devem ser informados no


mínimo: tipo, diâmetro nominal, classe de pressão, quantidade, dimensionamento, diâmetro do orifício
automático, diâmetro efetivo do orifício cinético.

5.10.4 Medidores ou controladores de pressão

5.10.4.1 Na linha de recalque pode ser instalado medidor ou controlador para monitoramento e con-
trole operacional da pressão atuante, atendendo as condições técnicas estabelecidas nesta Norma.

5.10.4.2 Quando da definição do local de instalação deve ser observadas a facilidade de acesso
para medição e manutenção, a segurança e drenagem das instalações.

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5.10.5 Medidores ou controladores de vazão

5.10.5.1 Na linha de recalque pode ser instalado medidor ou controlador de vazão para monitora-
mento e controle operacional, com indicação local ou com equipamento de telemetria, conforme
critério técnico do responsável pelo sistema de esgotamento sanitário.

5.10.5.2 Pode ser prevista a instalação de dispositivo para aferição periódica do medidor ou contro-
lador de vazão e avaliação do coeficiente de perda de carga.

5.10.5.3 Quando da definição do local de instalação, devem ser observadas as facilidade de acesso
para medição e manutenção, a segurança e drenagem das instalações.

5.10.5.4 No dimensionamento e detalhamento do medidor ou controlador atender as condições hidráu-


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licas do sistema e critério técnico do responsável pelo sistema de esgotamento sanitário.

5.10.6 Dispositivo para desobstrução da tubulação, monitoramento e/ou controle

A instalação pode prever dispositivo(s) para permitir a inserção de equipamento para realizar
a desobstrução, monitoramento e/ou controle da tubulação atendendo as condições técnicas
estabelecidas nesta Norma e mantendo as condições operacionais da linha de recalque. Na indicação
deste dispositivo atender aos requisitos da operadora ou contratante.

5.11 Travessia

5.11.1 O projeto deve conter os detalhes construtivos da travessia, interferências com instalações
de outras concessionárias, o dimensionamento hidráulico e estrutural, atendendo as orientações das
entidades envolvidas, a existência de Normas específicas, indicação da cota de enchente/inundação.

5.11.2 Na exigência de túneis ou tubos de proteção, nas travessias subterrâneas de tubulações,


avaliar a necessidade de espaço livre entre o tubo transportador e o tubo de proteção para manutenção.

5.11.3 Movimentos diferenciais significativos entre a estrutura de apoio e a tubulação devem ser
verificados, prevendo solução adequada.

5.11.4 Nos casos onde a tubulação não enterrada estiver sujeita a avarias de qualquer natureza,
provocadas por agentes reais ou potenciais (vandalismo, incêndio, impacto contra a estrutura) adotar
solução técnica compatível ao risco.

5.12 Ancoragem

Deve ser analisado o esforço máximo resultante exercido pelo esgoto, na condição operacional mais
desfavorável, e dimensionada estrutura para ancoragem capaz de absorver estes esforços, oriundos
dos pontos de mudança de direção, de alteração de diâmetro, de transição de diferentes materiais
aplicados, de localização de dispositivos para fechamento e controle da tubulação, das derivações,
dos esforços resultantes dos transitórios hidráulicos, e demais situações quando necessário.

5.13 Requisitos mecânicos

5.13.1 O projeto deve definir nas peças gráficas as condições de assentamento da tubulação, indi-
cando a constituição do leito de assentamento, a espessura de recobrimento e o grau de compactação
do solo de reaterro, levando em conta o tipo do material, as cargas atuantes e o tipo de solo.

5.13.2 Deve ser verificado o limite de deformação diametral, quando necessário.

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5.13.3 Avaliar as condições de agressividade do fluido, do meio e/ou do entorno. Se necessário,


prever proteção adequada da tubulação contra o processo corrosivo ou o ataque químico.

5.13.4 Para tubulações sujeitas a transitórios hidráulicos, avaliar a condição mecânica da tubulação
e das estruturas para evitar o colapso.

5.13.5 Devem ser verificadas as condições de instalação e as influências das variações térmicas
e/ou de intempéries atuantes, para manter as condições de funcionamento e segurança no sistema.

5.13.6 Na utilização de diferentes materiais deve ser prevista a intercambiabilidade que garanta a
conectividade entre estes materiais.

5.13.7 Quando da execução de câmaras de manobra ou outros elementos que confinem um conjunto
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de peças especiais, prever acesso, espaço e acessório que facilite a montagem e desmontagem para
manutenção.

5.14 Disposições complementares e construtivas

5.14.1 O projeto deve indicar para a fase de execução das obras a obrigatoriedade no atendimento às
normas nacionais, as especificações da operadora ou contratante e considerar as instruções do fabricante.

5.14.2 O projeto deve contemplar as fases construtivas e indicar solução para as interferências de tráfego
e transeuntes, método construtivo de travessias, espaços para tráfego ou acesso para manutenção,
e demais detalhes necessários à execução da obra, atendendo aos aspectos de segurança.

5.14.3 O projeto deve prever o canteiro de obra com as instalações necessárias e o acondicionamento
adequado dos materiais. Indicar e apresentar os critérios adotados no orçamento para os respectivos itens.

5.14.4 O projeto pode prever a instalação de sinalização de identificação para tubulações estraté-
gicas, em atendimento as especificações da operadora ou contratante e à legislação vigente.

5.14.5 O projeto deve indicar parâmetros para a realização do teste hidrostático e limpeza na finali-
zação e entrega da obra, conforme critério estabelecido pela operadora ou contratante.

5.14.6 O projeto pode prever o comissionamento, a realização do teste de performance do sistema de


transitórios hidráulicos para os ciclos mais importantes e testes da dinâmica do sistema com a proteção
atuando, a operação assistida no início da operação da unidade projetada. A indicação destes testes
deve ser conforme critério da operadora ou contratante.

5.14.7 O projeto pode prever a elaboração de cadastro georreferenciado do sistema projetado


conforme executado, por meio de relatório/memorial fotográfico/vídeo da implantação da linha de
recalque, quando necessário, de acordo com os requisitos da operadora ou contratante.

5.14.8 No projeto deve ser apresentado o plano de operação do sistema de recalque, quando neces-
sário, atendendo às diretrizes da operadora ou contratante.

5.14.9 Para efeito de abertura da vala, escoramento, assentamento e reaterro da tubulação, o projeto
deve utilizar os resultados dos estudos geotécnicos a fim de orientar a execução da obra.

5.14.10 O projeto deve indicar a localização e disponibilidade do material de empréstimo, se necessário,


e a destinação final dos entulhos e resíduos da construção civil para local adequado e licenciado.
Os custos incidentes devem ser considerados no orçamento, atendendo às exigências vigentes.

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5.14.11 Nas instalações subaquáticas o projeto deve levar em consideração, além dos esforços decor-
rentes do recobrimento, pressão hidrostática interna e altura da coluna d’água, a adequada ancora-
gem da tubulação no leito subaquático em função do empuxo, da formação de eventuais bolsões de
ar internamente, correntes aquáticas, ondas de fundo, variações de marés.

5.14.12 Nos casos onde a tubulação estiver sujeita a avarias de qualquer natureza, provocadas por
agentes reais ou potenciais (vandalismo, incêndio, impacto contra a estrutura) adotar solução técnica
compatível ao risco.

5.14.13 Nos municípios em que a legislação exija, devem ser previstos projetos de desvio de trânsito,
sinalização e demais itens.

5.15 Especiafições técnicas


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As especificações técnicas devem ser detalhadas, claras e objetivas, com memoriais e desenhos
construtivos, contendo todos os elementos necessários à caracterização dos serviços a serem execu-
tados, dos materiais e componentes e equipamentos acessórios a serem utilizados.

5.15.1 Especificações técnicas dos serviços e materiais

Os materiais, equipamentos e serviços indicados no projeto devem atender às normas técnicas


em vigência.

5.15.2 Especificação técnica dos componentes e equipamentos acessórios

5.15.2.1 As especificações devem conter detalhamentos suficientes para a perfeita compreensão


da caracterização dos componentes e equipamentos acessórios, para a sua aquisição, montagem,
instalação, operação e manutenção.

5.15.2.2 As especificações devem incluir a exigência de garantias quanto: as alterações, os reparos,


as substituições, as reposições e os consertos de todo e qualquer material que apresentar anomalias,
vícios ou defeitos decorrentes de matéria-prima empregada em sua produção e/ou decorrentes de
erros de concepção do projeto e/ou da fabricação do componente ou do equipamento; ao atendimento
às condições indicadas na proposta de fornecimento; a assistência técnica; a reposição de peças do
componente ou do equipamento acessório especificado.

5.16 Orçamento

5.16.1 O orçamento do projeto deve apresentar o quantitativo e os custos dos materiais e serviços,
a partir de especificações detalhadas e composições de custos específicos.

5.16.2 O orçamento do projeto deve considerar todas as etapas necessárias à implantação da linha
de recalque, dos serviços preliminares à desmobilização da obra.

5.17 Plano de implantação e execução da obra


5.17.1 Etapas de implantação

As etapas de implantação devem ser detalhadas atendendo aos estudos de viabilidade técnica,
ambiental, social, econômica e financeira, e diretrizes definidas pela operadora ou contratante.

5.17.2 Plano de execução da obra

O projeto deve definir o método executivo da obra e considerar a interdependência das atividades.

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5.18 Outros requisitos

5.18.1 Caso necessário, serviços topográficos e de sondagem para subsidiar o estudo de transitórios
hidráulicos, no caso de tubulações existentes e para garantir a qualidade do estudo e eventuais
soluções, devem ser contratados ou elaborados paralelamente.

5.18.2 Quando estações elevatórias e linhas de recalque existentes forem consideradas em projetos
de ampliação do sistema, deve ser exigida a validação do modelo aplicado na simulação hidráulica,
com a apresentação da curva característica do sistema e a descrição pormenorizada de todos os
equipamentos instalados.

5.18.3 Quando não houver dados de vazão e/ou pressão, do sistema em estudo ou projeto devem ser
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providenciados pela operadora ou contratante ou devem ser incluídos nos serviços em contratação.

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