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CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.

790/0001-95

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 17088
Primeira edição
23.03.2023

Corrosão por exposição à névoa salina —


Métodos de ensaio
Salt Spray (fog) corrosion testing — Test methods
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

ICS 25.220.40; 77.060 ISBN 978-85-07-09569-9

Número de referência
ABNT NBR 17088:2023
17 páginas

© ABNT 2023
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Sumário Página

Prefácio.................................................................................................................................................v
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................2
3 Termos, definições e abreviaturas....................................................................................2
4 Aparelhagem........................................................................................................................5
5 Preparo das soluções.........................................................................................................6
5.1 Solução de cloreto de sódio primária .............................................................................6
5.2 Ajuste do pH........................................................................................................................6
5.2.1 Solução de névoa salina neutra (solução preparada).....................................................6
5.2.2 Solução de névoa salina acética (solução preparada)....................................................6
5.2.3 Solução de névoa salina cuproacética (solução preparada)..........................................6
6 Requisitos do ar comprimido.............................................................................................7
7 Corpos de prova..................................................................................................................7
7.1 Forma, tamanho e quantidade...........................................................................................7
7.2 Preparação dos corpos de prova......................................................................................8
7.3 Disposição dos corpos de prova.......................................................................................8
8 Condições de ensaio..........................................................................................................9
8.1 Temperatura.........................................................................................................................9
8.2 Quantidade e distribuição da névoa .................................................................................9
9 Método para avaliar a corrosividade da câmara de névoa salina................................ 11
10 Duração do ensaio ........................................................................................................... 11
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11 Limpeza dos corpos de prova.......................................................................................... 11


12 Resultados......................................................................................................................... 11
13 Relatório de ensaio ..........................................................................................................12
14 Orientações complementares .........................................................................................12
Anexo A (normativo) Método para a verificação da corrosividade da câmara [1]........................13
A.1 Padrões de referência.......................................................................................................13
A.2 Preparação dos padrões..................................................................................................13
A.3 Número e disposição dos padrões dentro da câmara...................................................14
A.4 Período de ensaio.............................................................................................................14
A.5 Limpeza dos padrões após o ensaio e determinação da massa final (mf)..................14
A.6 Cálculo da perda de massa por unidade de área dos padrões....................................16
A.7 Desempenho da câmara ..................................................................................................16
Bibliografia..........................................................................................................................................17

Figura
Figura 1 – Exemplos da disposição dos coletores no interior da câmara de exposição............10

Tabelas
Tabela 1 – Relação pressão nebulizador × temperatura saturador.................................................7
Tabela 2 – Condições de ensaios.......................................................................................................9

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Tabela A.1 – Faixas de perda de massa por unidade de área dos padrões permitidas durante
a verificação da corrosividade da câmara de ensaio....................................................14
Tabela A.2 – Massa de um dos padrões de referência durante as decapagens sucessivas......15
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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

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A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 17088 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Corrosão (ABNT/CB-043), pela Comissão
de Estudo de Corrosão Atmosférica (CE-043:000.001). O Projeto circulou em Consulta Nacional
conforme Edital nº 01, de 17.01.2023 a 15.02.2023.

A ABNT NBR 17088 cancela e substitui a ABNT NBR 8094:1983, ABNT NBR 8823:1985
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e ABNT NBR 8824:1985.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 17088 é o seguinte:

Scope
This document specifies the apparatus, the reagents and the procedure to be used in conducting
the neutral salt spray (NSS), acetic acid salt spray (AASS) and copper-accelerated acetic acid salt
spray (CASS) tests for assessment of the corrosion resistance of metallic materials, with or without
permanent or temporary corrosion protection.

It also describes the method employed to evaluate the corrosivity of the test cabinet environment.
It does not specify the dimensions or types of test specimens, the exposure period to be used for a
particular product, or the interpretation of results. Such details are provided in the appropriate product
specifications.

The salt spray tests are particularly useful for detecting discontinuities, such as pores and other defects,
in certain metallic, organic, anodic oxide and conversion coatings.

The neutral salt spray (NSS) test particularly applies to

— metals and their alloys,

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— metallic coatings (anodic and cathodic),

— conversion coatings,

— anodic oxide coatings, and

— organic coatings on metallic materials.

The acetic acid salt spray (AASS) test is especially useful for testing decorative coatings of copper +
nickel + chromium, or nickel + chromium. It has also been found suitable for testing anodic and organic
coatings on aluminium.

The copper-accelerated acetic acid salt spray (CASS) test is useful for testing decorative coatings of
copper + nickel + chromium, or nickel + chromium. It has also been found suitable for testing anodic
and organic coatings on aluminium.

The salt spray methods are all suitable for checking that the quality of a metallic material, with or
without corrosion protection, is maintained. They are not intended to be used for comparative testing
as a means of ranking different materials relative to each other with respect to corrosion resistance or
as means of predicting long-term corrosion resistance of the tested material
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Corrosão por exposição à névoa salina — Métodos de ensaio

1 Escopo
1.1 Esta Norma especifica os equipamentos e os reagentes necessários, bem como prescreve os
procedimentos a serem adotados para a condução dos ensaios de corrosão por exposição à névoa
salina neutra (NSS), acética (AASS) e cuproacética (CASS) para verificação de resistência à corrosão
de materiais em geral (materiais metálicos, não metálicos, com ou sem revestimento permanente ou
temporário).

NOTA É imprescindível a leitura de 4.4 sobre o uso da mesma câmara para diferentes meios de exposição.

1.2 O ensaio de névoa salina é particularmente utilizado para detectar descontinuidades, como
poros e outros defeitos, em revestimentos metálicos, orgânicos, inorgânicos (óxidos) e de conversão
específicos.

1.2.1 O ensaio de névoa salina neutra é especialmente aplicado para:

a) metais e ligas metálicas;

b) revestimentos metálicos (anódicos e catódicos);

c) revestimentos de conversão;

d) revestimentos inorgânicos anódicos (óxidos);


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e) revestimentos orgânicos aplicados sobre substratos metálicos.

1.2.2 O ensaio de névoa salina acética é especialmente aplicado aos revestimentos de cromo
decorativo (cobre + níquel + cromo ou níquel + cromo). Esse ensaio pode também ser adequado para
os revestimentos anódicos e orgânicos aplicados sobre alumínio.

1.2.3 O ensaio de névoa salina cuproacética é aplicado aos revestimentos de cromo decorativo (cobre
+ níquel + cromo ou níquel + cromo). Esse ensaio pode também ser adequado para os revestimentos
anódicos e orgânicos aplicados sobre alumínio.

1.3 Esta Norma não específica o tipo de corpo de prova a ser utilizado nem o tempo de exposição
para cada material.

1.4 Os ensaios de exposição à névoa salina indicados nesta Norma são adequados para verificar se
a qualidade de um material, com ou sem proteção contra corrosão, é mantida. Eles não se destinam a
serem usados em ensaios comparativos como um meio de classificar diferentes materiais em relação
uns aos outros no que diz respeito à resistência à corrosão ou como meio de prever a resistência
à corrosão de longo prazo do material ensaiado.

1.5 A reprodutibilidade dos resultados obtidos nos ensaios indicados nesta Norma é altamente
dependente do tipo de corpo de prova de cada material, do critério de avaliação e do controle das
variáveis operacionais do equipamento de exposição à névoa salina (câmara de névoa salina).

1.6 Esta Norma não detalha os procedimentos de segurança que são verificados pelo usuário.

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2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 5915-2, Chapas e bobinas de aço laminadas a frio – Parte 2: Aços para estampagem

ABNT NBR 6210, Corrosão atmosférica – Materiais metálicos – Preparo, limpeza e determinação da
taxa de corrosão de corpos-de-prova em ensaios de corrosão

ABNT NBR 8754, Corpos-de-prova revestidos e expostos a ambientes corrosivos – Método de


avaliação – Métodos de ensaio

3 Termos, definições e abreviaturas


Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos, definições e abreviaturas.

3.1
AASS
sigla, em inglês, para o termo relativo ao ensaio de névoa salina acética (acetic acid salt spray)

3.2
bico nebulizador
dispositivo para aspersão da névoa salina formada pela solução salina combinada com o ar saturado

3.3
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câmara de exposição
cabine onde a névoa salina é nebulizada

3.4
câmara de névoa salina
conjunto de equipamentos e dispositivos utilizados para a realização de ensaios acelerados de
corrosão por exposição à atmosfera de névoa de solução salina

3.5
CASS
sigla, em inglês, para o termo relativo ao ensaio de névoa salina cuproacética (copper-accelerated
acetic acid salt spray)

3.6
condição de reprodutibilidade de medição
condição de medição em um conjunto de fatores que inclui diferentes locais, diferentes operadores,
diferentes sistemas de medição e medições repetidas no mesmo objeto ou em objetos similares

NOTA 1 Os diferentes sistemas de medição podem utilizar procedimentos de medição diferentes.

NOTA 2 Na medida do possível, é conveniente que sejam especificadas as condições que mudaram
e aquelas que não mudaram.

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3.7
condição de repetibilidade
condição de medição em um conjunto de fatores, a qual inclui o mesmo procedimento de medição, os
mesmos operadores, o mesmo sistema de medição, as mesmas condições de operação e o mesmo local,
assim como medições repetidas no mesmo objeto ou em objetos similares durante um curto período

NOTA 1 Uma condição de medição é uma condição de repetibilidade apenas com respeito a um conjunto
especificado de condições de repetibilidade.

NOTA 2 Em química, o termo “condição de precisão intrassérie” é algumas vezes utilizado para designar
este conceito.

3.8
corpo de prova de referência
corpo de prova não ensaiado usado para comparação com o corpo de prova ensaiado, visando
identificar as alterações ocorridas

3.9
corpo de prova
material preparado para ser submetido ao ensaio por exposição à névoa salina com a finalidade de
se verificar a sua resistência à corrosão. Pode ser extraído de uma amostra maior, desde que seja
representativo do que está sendo ensaiado

3.10
ejetor
sinônimo de bico nebulizador

3.11
NSS
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sigla, em inglês, para o termo relativo ao ensaio de névoa salina neutra (neutral salt spray)

3.12
padrão de referência
corpo de prova de material de referência utilizado para verificar a corrosividade de uma câmara de
névoa salina

3.13
quebra d’agua
deficiência de limpeza de uma superfície, evidenciada pelo fato de a água não escorrer livre e
uniformemente por ela, apresentando-se com ilhas secas circundadas pela película de água ou então
com gotas isoladas de água

3.14
reprodutibilidade
precisão de medição conforme um conjunto de condições de reprodutibilidade

3.15
repetibilidade
precisão de medição sob um conjunto de condições de repetitibilidade

3.16
salt spray ou salt fog
termos em inglês para o ensaio por exposição à névoa salina

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3.17
saturador
dispositivo utilizado para o aquecimento e a saturação do ar usado para a nebulização da solução salina

3.18
sistema de medição
conjunto de um ou mais instrumentos de medição e frequentemente de outros dispositivos,
compreendendo, se necessário, reagentes e insumos, montado e adaptado para fornecer informações
destinadas à obtenção dos valores medidos, dentro de intervalos especificados para grandezas
e naturezas especificadas

NOTA Um sistema de medição pode consistir em apenas um instrumento de medição.

3.19
solução salina primária
solução contendo 50 g/L ± 5 g/L de cloreto de sódio a ser utilizada no preparo das soluções salinas
neutra, acética ou cuproacética

3.20
solução salina neutra
solução salina preparada para ser utilizada no ensaio de névoa salina neutra

3.21
solução salina acética
solução salina preparada para ser utilizada no ensaio de névoa salina acética

3.22
solução salina cuproacética
solução salina preparada para ser utilizada no ensaio de névoa salina cuproacética
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3.23
solução salina preparada
solução salina pronta para ser utilizada nos ensaios de névoa salina

3.24
suporte de corpo de prova
dispositivo confeccionado para a colocação dos corpos de prova na orientação que satisfaça as
condições de exposição

3.25
solução salina coletada
solução salina nebulizada na câmara e recolhida nos coletores

3.26
torre de saturação
sinônimo de saturador

3.27
zona de exposição
local onde os corpos de prova devem serão colocados dentro da câmara de exposição, correspondendo
à região em que as condições de ensaio satisfazem todos os parâmetros especificados nesta Norma

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4 Aparelhagem
4.1 A aparelhagem é constituída por:

a) câmara de exposição

A câmara de exposição deve permitir que as condições de homogeneidade e distribuição da


névoa salina e temperatura prescritas nesta norma sejam atingidas.

NOTA Aconselha-se verificar cuidadosamente o efeito da lotação da câmara sobre a distribuição da


névoa e da temperatura, especialmente em câmaras com volumes inferiores a 400 L.

b) reservatório de solução;

c) entrada de ar comprimido;

d) saturador;

e) bico(s) nebulizador(es);

f) suportes de corpos de prova;

g) dispositivo para aquecimento de câmara;

h) meios para o controle das condições de operação durante o período de ensaio.

4.2 As características ou sistemas na construção do equipamento devem satisfazer às condições de


operação estabelecidas por esta Norma.
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4.3 Todas as partes da aparelhagem que entram em contato com a névoa ou com a solução de
ensaio devem ser fabricadas em um material que resista à ação corrosiva da solução ou da névoa, e
que não interfira no processo de corrosão.

4.4 Na realização deste ensaio, não é recomendada a utilização de uma câmara em que tenha
sido utilizada outra solução corrosiva, que não as especificadas nesta Norma. No caso específico
da câmara utilizada para a névoa salina neutra, não é recomendado o uso de solução acética ou
cuproacética. Caso as referidas práticas sejam adotadas, a câmara deve ser adequadamente limpa,
sendo a limpeza assegurada por meio da análise da solução recolhida periodicamente no dreno
durante a operação da câmara abastecida apenas com água deionizada e sem amostras. A câmara
será considerada adequada para uso quando não for detectada a presença de contaminantes.

4.5 A parte superior da câmara deve ter formato que não permita que gotas de solução nela
porventura acumuladas caiam sobre os corpos de prova em ensaio.

4.6 A solução de ensaio que já foi nebulizada não pode ser retornada ao reservatório de solução que
alimenta a câmara.

4.7 Os bicos nebulizadores devem ser posicionados de forma que nenhum dos fluxos de névoa
atinja diretamente os corpos de prova.

4.8 Os bicos nebulizadores podem ser dispostos em qualquer posição da câmara e podem possuir
difusores (torre de nebulização tipo chaminé ou T) desde que atendam às condições descritas em 4.7.

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5 Preparo das soluções


5.1 Solução de cloreto de sódio primária

5.1.1 Dissolver uma quantidade suficiente de massa de cloreto de sódio em água destilada
ou deionizada, com uma condutividade não maior que 20 µS/cm a 25 °C ± 2 °C, para obter uma
concentração de 50 g/L ± 5 g/L. A concentração da solução coletada deve ser de 50 g/L ± 5 g/L. A faixa
de densidade relativa (ou gravidade específica) para uma concentração de 50 g/L ± 5 g/L é de 1,029
a 1,036 a 25 °C. A verificação da concentração de cloreto de sódio deve ser feita na solução coletada,
podendo ser determinada por métodos analíticos, por refratometria, por meio de um densímetro ou
por outro método adequado.

5.1.2 O cloreto de sódio não pode conter uma fração em massa total de cobre (Cu), níquel (Ni)
e chumbo (Pb) maior do que 0,005 %. O Iodeto de sódio (NaI) não pode conter uma fração em massa
maior que 0,1 %. O total de impurezas não pode ser maior que 0,5 %.

5.2 Ajuste do pH

5.2.1 Solução de névoa salina neutra (solução preparada)

5.2.1.1 O ajuste de pH da solução primária ( ver 5.1) deve ser realizado de forma que a solução
coletada esteja na faixa de 6,5 a 7,2 a 25 °C ± 2 °C. A medição do pH deve ser realizada com uma
resolução mínima de 0,1.

5.2.1.2 O ajuste do pH pode ser realizado adicionando, na solução salina primária (5.1), solução de
hidróxido de sódio (por exemplo, a 20 % de fração de massa) ou de ácido clorídrico (por exemplo,
a 20 % de fração de volume).

5.2.1.3 As possíveis diferenças entre o pH encontrado na solução preparada e na solução coletada


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são devidas a perda do dióxido de carbono durante a pulverização. Essas diferenças podem ser evitadas
reduzindo o teor de dióxido de carbono na solução preparada, por exemplo, aquecendo a solução preparada
em temperaturas acima de 35 °C antes de colocar no reservatório de solução do equipamento.

5.2.1.4 Todos os reagentes utilizados devem ser de grau analítico.

5.2.2 Solução de névoa salina acética (solução preparada)

5.2.2.1 Adicionar à solução salina primária ( ver 5.1) uma quantidade suficiente de ácido acético
glacial para assegurar que o pH da névoa coletada na câmara esteja entre 3,1 e 3,3 a 25 °C ± 2 °C.

5.2.2.2 O ajuste do pH pode ser realizado adicionando, na solução salina primária (5.1), solução de
hidróxido de sódio (por exemplo, a 20 % de fração de massa) ou de ácido acético glacial.

NOTA Se o pH da solução preparada inicialmente estiver entre 3,0 e 3,1, o pH da solução nebulizada
provavelmente estará dentro dos limites especificados (3,1 e 3,3 a 25 °C ± 2 °C). Se menos de 0,1 % ou mais
que 0,3 % de ácido acético glacial é necessário para obter o pH necessário, a pureza da água ou do sal, ou
de ambos, podem não ser satisfatórios.

5.2.3 Solução de névoa salina cuproacética (solução preparada)

5.2.3.1 Adicionar à solução salina primária ( ver 5.1) uma quantidade suficiente de cloreto de cobre
di-idratado (CuCl2.2H2O) para produzir uma concentração de 0,26 g/L ± 0,02 g/L.

5.2.3.2 Ajuste o pH usando o procedimento descrito em 5.2.2.

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6 Requisitos do ar comprimido
6.1 O ar comprimido utilizado para alimentação do saturador deve estar isento de óleo e impurezas e
deve ser mantido a um valor constante de pressão entre 70 kPa (0,7 kgf/cm2) e 170 kPa (1,7 kgf/cm2),
com uma flutuação máxima de 10 kPa (0,1 kgf/cm2). Essa flutuação deve ser controlada com, por
exemplo, um regulador de pressão.

6.2 O ar comprimido utilizado para alimentação do(s) bico(s) nebulizador(es) deve estar saturado
de água.

6.3 A saturação do ar é obtida introduzindo o ar pela parte inferior do saturador, de modo que o ar
borbulhe necessariamente pela coluna d´água em temperatura controlada, obtendo o ar umidificado
no topo da torre em pressão e temperatura necessárias para compensar a queda de temperatura
no bico nebulizador.

6.4 A água do saturador deve ser destilada ou deionizada, com uma condutividade não maior que
20 µS/cm a 25 °C ± 2 °C.

6.5 O saturador deve dispor de um sistema que assegure a manutenção de um nível mínimo
de água durante todo o período de ensaio, mantendo a saturação do ar.

6.6 A Tabela 1 apresenta um indicativo de valores de pressão e temperatura a serem utilizados no saturador.

Tabela 1 – Relação pressão nebulizador × temperatura saturador.

Pressão de Temperatura da água no saturador (°C)


nebulização Névoa salina neutra e Névoa salina
(kPa) acética cuproacética
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70 45 61
84 46 63
98 48 64
112 49 66
126 50 67
140 52 69
160 53 70
170 54 71

7 Corpos de prova
7.1 Forma, tamanho e quantidade

A forma, tamanho e quantidade dos corpos de prova, bem como os critérios para avaliação dos
resultados, devem ser estabelecidos por normas específicas para o material em estudo ou em comum
acordo entre as partes interessadas.

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7.2 Preparação dos corpos de prova

7.2.1 Os corpos de prova devem ser limpos adequadamente. O método de limpeza é opcional,
dependendo da natureza da superfície e dos contaminantes presentes. Qualquer que seja o método
utilizado, não pode comprometer a integridade do corpo de prova e a avaliação dos resultados.

7.2.2 A preparação dos corpos de prova deve obedecer às normas específicas para o material em
ensaio ou ser estabelecida entre as partes interessadas. Dependendo do acordo entre as partes, pode
ser efetuado um preparo específico de corpos de prova.

7.2.3 A fim de se avaliar o desenvolvimento da corrosão em corpos de prova pintados ou com


revestimentos não metálicos, pode ser feito um entalhe que exponha o metal-base. A dimensão,
a localização e as características do entalhe devem ser estabelecidas em comum acordo entre as
partes interessadas ou conforme a ABNT NBR 8754.

7.2.4 Áreas susceptíveis à corrosão e que podem vir a impactar a avaliação do corpo de prova, tais
como bordas expostas após o corte dos materiais revestidos, áreas contendo marcas de identificação,
orifícios ou em contato com suportes, devem ser protegidas de forma a resistir às condições do ensaio,
salvo exceções acordadas entre as partes interessadas.

7.2.5 Recomenda-se que o número de corpos de prova, em cada avaliação, não seja inferior a três.

7.2.6 Recomenda-se manter um corpo de prova de referência com características idênticas


aos ensaiados, de modo a permitir a comparação com o(s) corpo(s) de prova ensaiado(s).

7.3 Disposição dos corpos de prova

Os corpos de prova devem ser colocados somente na zona de exposição da câmara de ensaio onde o
meio corrosivo satisfaça todos os parâmetros especificados para as condições da câmara, obedecendo
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aos requisitos listados a seguir.

a) os corpos de prova planos devem ser colocados em ângulo de 15° a 30° com a vertical, desde
que não haja especificações em contrário. No caso de peças com formas complexas, esse
posicionamento depende da região a ser avaliada;

b) a superfície de interesse predominante do corpo de prova deve ser posicionada de forma a evitar
o impacto direto do fluxo da névoa sobre ela;

c) os corpos de prova não podem entrar em contato entre si, nem com qualquer outro material,
metálico ou não, capaz de modificar as condições de exposição do corpo de prova;

d) cada corpo de prova deve ser colocado na câmara, de forma a permitir o livre acesso da névoa
a todos os corpos de prova;

e) a solução de ensaio escorrida de um corpo de prova não pode gotejar sobre os outros;

f) a área de contato entre o corpo de prova e o seu suporte deve ser a menor possível.

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8 Condições de ensaio
8.1 Temperatura

8.1.1 A zona de exposição da câmara de ensaio deve ser mantida a uma temperatura conforme
a Tabela 2, de acordo com o tipo de ensaio.

Tabela 2 – Condições de ensaios


Névoa salina Névoa salina Névoa salina
Item de controle do ensaio
neutra acética cuproacética
Temperatura 35 °C ± 2 °C 35 °C ± 2 °C 50 °C ± 2 °C
Quantidade de solução
nebulizada em uma área de 1,0 mL/h a 2,0 mL/h
coleta de 80 cm2
Concentração do cloreto de
50 g/L ± 5 g/L
sódio da solução coletada
pH da solução coletada 6,5 a 7,2 3,1 a 3,3 3,1 a 3,3

8.1.2 Na variação de ± 2 °C, considera-se a soma da estabilidade e da uniformidade da temperatura


pelo tempo e posição da câmara de exposição e não somente no ponto de controle.

8.1.3 Deve ser realizado no mínimo um registro diário (exceto sábados, domingos e feriados) da
temperatura em um ponto representativo da condição da câmara. O registro da temperatura deve ser
feito com a câmara fechada. Um registro automático contínuo é sugerido para a correta comprovação
do atendimento às condições durante todo o período de ensaio.
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8.2 Quantidade e distribuição da névoa

8.2.1 A uniformidade da distribuição da névoa deve ser verificada pela utilização de, no mínimo,
dois coletores por câmara de exposição. Esses devem ser dispostos na proximidade dos corpos de
prova, de modo que um se encontre o mais perto possível de um dos bicos nebulizadores e o outro
mais afastado possível de todos os bicos. A colocação dos coletores deve ser feita de forma que gotas
da solução de ensaio provenientes dos corpos de prova ou de outras partes da câmara não sejam
coletadas. A Figura 1 apresenta exemplos da disposição dos coletores na câmara.

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Dimensões em milímetros

A Distribuidor (saída) de névoa


B Funil para coleta
C Recuo mínimo da borda do funil B para coleta
D Fluxo de névoa

Figura 1 – Exemplos da disposição dos coletores no interior da câmara de exposição

8.2.2 A quantidade de solução nebulizada na câmara de ensaio deve ser ajustada de modo que,
para uma área de coleta de 80 cm2, sejam recolhidas em cada coletor de 1,0 mL/h a 2,0 mL/h
de solução, num período de coleta de no mínimo 16 h. O intervalo máximo entre essas medições
de coleta de dados não pode exceder 96 h. O recipiente de coleta é constituído por um funil de vidro
ou plástico fixado por meio de uma rolha a uma proveta graduado outro dispositivo graduado. Um funil
de diâmetro com 10 cm possui uma área aproximada de 80 cm2.
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Para corrigir o valor medido para uma área de coleta de 80 cm2, deve se feita a seguinte correção:
102 ⋅ valor medido
Valor corrigido =
d2

onde

Valor corrigido é o valor a ser comparado com o especificado (1,0 mL/h a 2,0 mL/h) expresso
por mL/h;

Valor medido é o valor leitura no dispositivo graduado pelo tempo (h) de exposição para coleta,
expresso por mL/h ;

d é diâmetro interno do funil utilizado, expresso em centímetros (cm).

8.2.3 A solução coletada deve ter uma concentração de cloreto de sódio de 50 g/L ± 5 g/L e um pH
de acordo com das faixas indicadas na Tabela 2. Caso a concentração e o pH da solução coletada
fiquem fora das faixas estabelecidas, ajustes da solução preparada devem ser realizados para atingir
este objetivo ou a solução preparada deve ser trocada.

8.2.4 A solução de ensaio nebulizada não pode ser reutilizada.

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9 Método para avaliar a corrosividade da câmara de névoa salina


9.1 Para verificação da reprodutibilidade e da repetibilidade dos resultados de ensaio de uma
câmara de névoa salina, deve-se determinar o grau de corrosividade da referida câmara em intervalos
regulares, conforme o procedimento descrito no Anexo A.

9.2 Para ensaios Interlaboratoriais, em que se verifica a similaridade entre câmaras de diferentes
laboratórios, deve-se adotar o mesmo procedimento descrito no Anexo A.

9.3 No caso de operação contínua de uma câmara de névoa salina, recomenda-se o período de três
meses como sendo um intervalo adequado entre duas verificações da corrosividade da câmara de
névoa salina. Recomenda-se que esse intervalo não seja maior do que seis meses.

9.4 Condições especiais: recomenda-se que avaliação da corrosividade da câmara seja realizada
após manutenções corretivas ou preventivas e; após períodos de inatividade do equipamento

10 Duração do ensaio
10.1 A duração do ensaio é estabelecida por especificação do produto ou material, ou acordada entre
as partes interessadas.

10.2 As interrupções do ensaio devem ser minimizadas ao máximo. É admissível que a câmara seja
aberta, para inspeção dos corpos de prova ou qualquer outra necessidade, por um período total diário
máximo de 60 min. Períodos maiores devem ser acordados entre as partes.

11 Limpeza dos corpos de prova


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Não havendo norma específica para o material ensaiado, os corpos de prova devem ser limpos
após o ensaio. Após a remoção cuidadosa da câmara de ensaio, pode-se lavar em água corrente à
temperatura inferior a 40 °C, a fim de eliminar os depósitos de sal provenientes da solução de ensaio
da superfície avaliada. Por último, deve-se secar rapidamente.

12 Resultados
Não havendo norma específica para o material ensaiado, diferentes critérios de avaliação do resultado
do ensaio podem ser adotados, dependendo dos requisitos a serem alcançados. Alguns exemplos são:

a) aparência ao final do ensaio;

b) número e distribuição de defeitos com base no requisito de ensaio;

c) tempo decorrido até alguma alteração visual observada;

d) variação de massa;

e) alteração observada em exame micrográfico;

f) mudança de propriedades físicas ou funcionais.

NOTA É uma boa prática de engenharia estabelecer os critérios adequados em especificações para revestimentos
ou produtos a serem ensaiados.

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13 Relatório de ensaio
13.1 No relatório de ensaio devem constar, no mínimo, as informações listadas a seguir.

a) uma referência a este documento, ou seja, ABNT NBR 17088:2022, e o tipo de ensaio realizado
(névoa salina neutra, névoa salina acética ou névoa salina cuproacética).

b) a referência da norma utilizada para a avaliação do produto ensaiado, se houver.

c) a identificação e a descrição do material ou do produto ensaiado.

d) a forma de preparação do corpo de prova ensaiado, incluindo qualquer tratamento de limpeza


aplicado e qualquer proteção dada a bordas ou a outras áreas em particular.

e) o número de corpos de prova submetido ao ensaio representando cada material ou produto.

f) a data de início e de término, a duração do ensaio e os resultados de qualquer inspeção


intermediária.

g) registro de qualquer anormalidade ou incidente ocorrido durante o ensaio.

13.2 Recomenda-se colocar as informações complementares, não obrigatórias relacionadas a seguir.

a) o tipo e a pureza dos reagentes e da água utilizados.

b) as dimensões e a forma do corpo de prova e a natureza e área da superfície ensaiada.

c) as características conhecidas de qualquer revestimento, com indicação da área superficial


ensaiada.

d) o método usado para limpar os corpos de prova após o ensaio.


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e) o posicionamento dos corpos de prova no interior da câmara e o ângulo no qual as superfícies


ensaiadas ficaram inclinadas.

f) a frequência e o número de trocas de localização dos corpos de prova.

g) os intervalos de inspeção.

h) as propriedades de quaisquer padrões de referência colocados na câmara para verificar a


estabilidade das condições operacionais (ver Anexo A).

i) o resultado da taxa de corrosão dos corpos de prova de referência de aço (perda de massa,
expressa em gramas por metro quadrado (g/m2), e data em que foi feito o ensaio de “verificação
da corrosividade da câmara” de acordo com Anexo A.
NOTA Outras informações podem ser acordadas entre as partes e registradas no relatório para representar
as características do material ou do produto ensaiado.

14 Orientações complementares
14.1 Os instrumentos e vidrarias utilizados para controle da câmara de névoa salina (temperatura,
pressão, concentração, pH e volume da solução recolhida) devem ser mantidos calibrados.

14.2 O grau de corrosividade da câmara deve ser verificado periodicamente, conforme descrito na
Seção 9.

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Anexo A
(normativo)

Método para a verificação da corrosividade da câmara [1]

A.1 Padrões de referência


Para verificação do grau de corrosividade do equipamento, devem ser utilizados pelo menos quatro
padrões de referência com as dimensões de 150 mm × 70 mm e espessura de (1,0 ± 0,2) mm, podendo
ser utilizados um número maior de padrões de referência em função do tamanho da câmara de exposição.
Esses padrões devem ser confeccionados em aço EEP grau 2 conforme ABNT NBR 5915-2. Os padrões
de referência devem ser obtidos a partir de uma única chapa ou tira. Deve-se possuir a rastreabilidade
da composição química do material. Os padrões devem ter uma rugosidade superficial Ra de
0,8 μm ± 0,3 μm.

A.2 Preparação dos padrões


A.2.1 Caso as bordas dos padrões apresentem irregularidades como rebarbas, devem-se lixar as
bordas para evitar cortes na mão do usuário e acúmulo de fiapos de algodão durante a limpeza.

A.2.2 Deve-se fazer um desengraxe prévio com solvente orgânico para eliminar o excesso de óleo
ou quaisquer outras sujidades.

A.2.3 Determinar as dimensões dos padrões, usando um instrumento de medição dimensional


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com resolução mínima de 0,1 mm, como por exemplo um paquímetro.

A.2.4 Calcular a área da superfície a ser ensaiada de cada padrão em metros quadrados (m2).

A.2.5 Para a completa limpeza, deve-se fazer um desengraxe alcalino, ou similar com a mesma
eficiência, para assegurar a eliminação de qualquer resíduo de óleo ou graxa que possa agir como
um inibidor ao processo de corrosão. A eficiência deste desengraxe deve ser confirmada por meio do
teste de marca de quebra d’agua.

A.2.6 Após ser confirmado o completo desengraxe, os padrões devem ser mergulhados em álcool
etílico P.A. para eliminação da água, secando-os com auxílio de ar quente usando um soprador térmico
ou secador de cabelos. A partir desse ponto, o manuseio dos padrões deve ser realizado usando-se
luvas de látex, e os padrões devem ser armazenados em dessecador pelo tempo necessário para
estabilizar a temperatura e ao mesmo tempo conservar a superfície dos padrões.

A.2.7 Determinar a massa inicial dos padrões (mi), usando uma balança analítica com resolução
mínima de 1 mg.

A.2.8 Deve-se proteger uma das faces do padrão com fita adesiva capaz de assegurar o completo
isolamento da face protegida.

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A.3 Número e disposição dos padrões dentro da câmara


A.3.1 Para início de operação ou após longos períodos de inatividade, recomenda-se o uso de três
padrões em cada quadrante para verificação da repetibilidade da perda de massa.

A.3.2 Para o monitoramento periódico, pode-se utilizar apenas um padrão por quadrante. No caso
de uso contínuo, sugere-se uma verificação a cada três meses.

A.3.3 Posicionar os padrões de referência em cada quadrante da câmara com a face não protegida
formando um ângulo de 15° a 30° em relação à vertical e paralelamente ao fluxo horizontal da névoa.

A.3.4 Manter a superfície predominante dos padrões posicionados de forma a evitar o impacto
direto do fluxo da névoa sobre eles.

A.3.5 Posicionar os padrões de modo a não permitir o contado dos padrões entre si ou com
qualquer outro material, metálico ou não, capaz de modificar as condições de exposição deles, exceto
entre os padrões e os seus respectivos suportes. A área de contato entre os padrões e seus suportes
deve ser o mínimo possível.

A.3.6 Colocar cada padrão na câmara de forma a permitir o livre acesso da névoa a todos os padrões.

A.3.7 Manter a borda inferior dos padrões no mesmo nível da borda superior do coletor de névoa.

A.3.8 Posicionar os padrões respeitando o distanciamento mínimo de 50 mm entre os padrões e as


paredes da câmara e, de 150 mm, entre os padrões e a torre de distribuição da névoa.

A.3.9 Assegurar que não haja gotejamento de um padrão sobre os outros padrões ou corpos
de prova em ensaios simultâneos.
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A.4 Período de ensaio


O período de ensaio dos padrões de referência varia com o tipo de névoa (salina neutra, acética
e cuproacética) conforme a Tabela A.1.

Tabela A.1 – Faixas de perda de massa por unidade de área dos padrões permitidas durante
a verificação da corrosividade da câmara de ensaio
Duração do Faixa permitida de perda de
Tipo de névoa ensaio massa por unidade de área
(h) (g/m2)
Névoa salina neutra 48 70 ± 20
Névoa salina acética 24 40 ± 10
Névoa salina cuproacética 24 55 ± 15

A.5 Limpeza dos padrões após o ensaio e determinação da massa final (mf)
A.5.1 Transcorrido o período de ensaio, retirar imediatamente os padrões da câmara. Remover
a fita adesiva da face não exposta, tomando-se o cuidado de remover toda a cola da fita (Esta operação
é facilitada se for fregando algodão embebido em acetona).

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A.5.2 Realizar a limpeza mecânica e química para retirar os produtos da corrosão, conforme a
ABNT NBR 6210 e determinar a massa final dos padrões. Opcionalmente, pode-se adotar o seguinte
procedimento:

a) realizar limpeza mecânica inicial usando escova de cerdas macias, mantendo o padrão sob água
corrente.

b) imergir o padrão em álcool etílico e secar com auxílio de ar quente.

c) determinar a massa de cada um dos cinco padrões antes de iniciar a decapagem (t0 = 0);

d) realizar decapagens sucessivas, utilizando uma solução de HCl 1:1 com a adição de 3,5 g/L de
hexametilenotetramina como inibidor de corrosão. Adotar os tempos de decapagens indicados na
Tabela A.2. Após cada decapagem, lavar os padrões com água corrente, em seguida mergulhar
os padrões em álcool etílico P.A. para eliminação da água e, secar com auxílio de ar quente
usando um soprador térmico ou secador de cabelos.

Tabela A.2 – Massa de um dos padrões de referência durante as decapagens sucessivas


Massa do padrão
Incrementos Tempo de
Diferença de massa entre
de tempo decapagem Massa
Sigla decapagens sucessivas Δm
(s) (s) (g)
(g) (g/m2)
0 t0 = 0 m0 – –
20 t1 = 20 m1 m0 – m1
20 t2 = 40 m2 m1 – m2
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20 t3 = 60 m3 m2 – m3
60 t4 = 120 m4 m3 – m4
60 t5 = 180 m5 m4 – m5
60 t6 = 240 m6 m5 – m6
60 t7 = 300 m7 m6 – m7
300 t8 = 600 m8 m7 – m8
300 t9= 900 m9 m8 – m9
300 t10 = 1200 m10 m9 – m10
300 t11 = 1500 m11 m10 – m11
300 t12 = 1800 m12 m11 – m12
..... tn = mn ....

e) calcular a diferença de massa (Δm) em gramas de cada padrão entre decapagens sucessivas,
conforme mostrado na Tabela A.2.

f) para cada Δm em gramas, calcular Δm em gramas por metro quadrado (g/m2), dividindo o Δm
pela área da face ensaiada do padrão em metros quadrados (m2). Determinar a perda de massa
por unidade de área dos padrões.

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g) adotar como massa final (mf) o segundo valor de massa do padrão em que Δm foi menor do que
1,0 g/m2.

A.6 Cálculo da perda de massa por unidade de área dos padrões


A.6.1 Calcular a perda de massa do padrão por unidade de área da área ensaiada na câmara de
ensaio pela seguinte equação:
m − mf
PM = i
A
onde

PM é a perda de massa por unidade de área durante a exposição em câmara de névoa salina

mi é a massa inicial do padrão expressa em gramas (g).

mf é a massa final do padrão expressa em gramas (g).

A é a área ensaiada expressa em metros quadrados (m2).

A.7 Desempenho da câmara


O desempenho da câmara é considerado satisfatório se cada um dos padrões de referência ensaiado
apresentar perda de massa por unidade de área de acordo com as faixas apresentadas na Tabela A.1.
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Bibliografia

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[2]  ASTM B117, Standard Practice for Operating Salt Spray (Fog) Apparatus

[3]  ASTM D1654, Standard Test Method for Evaluation of Painted or Coated Specimens subjected
to Corrosive Environments

[4]  ASTM B368, Standard Test Method for Copper-Accelerated Acetic Acid-Salt Spray (Fog) Testing
(CASS Test)

[5]  ASTM D609, Standard Practice for Preparation of Cold-Rolled Steel Panels for Testing Paint,
Varnish, Conversion Coatings, and Related Coating Products

[6]  ASTM D1193, Standard Specification for Reagent Water

[7]  ASTM E70, Standard Test Method for pH of Aqueous Solutions with the Glass Electrode

[8]  ASTM E691, Standard Practice for Conducting an Interlaboratory Study to Determine the Precision
of a Test Method

[9]  NR-12, Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos


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