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CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.

790/0001-95

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 13528-3

Primeira edição
23.09.2019

Revestimento de paredes de argamassas


inorgânicas — Determinação da resistência de
aderência à tração
Parte 3: Aderência superficial
Render made of inorganic mortars applied on walls — Determination of
tensile bond strength
Part 3: Surface adhesion
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

ICS 91.100.10; 91.060.01 ISBN 978-85-07-08215-6

Número de referência
ABNT NBR 13528-3:2019
5 páginas

© ABNT 2019
Impresso por: RS - Santana do Livramento - IMPRESSÃO
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ABNT NBR 13528-3:2019

Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................iv
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referência normativa..........................................................................................................1
3 Requisitos para a realização do ensaio............................................................................1
4 Preparo dos corpos de prova............................................................................................1
4.1 Ensaios em obra..................................................................................................................1
4.2 Ensaios em laboratório.......................................................................................................1
5 Número de determinações.................................................................................................1
6 Distribuição dos corpos de prova.....................................................................................2
7 Condições de umidade dos corpos de prova...................................................................2
8 Preparo dos corpos de prova............................................................................................2
9 Colagem das pastilhas metálicas......................................................................................2
10 Ensaio por tração simples..................................................................................................3
11 Resultados...........................................................................................................................3
11.1 Cálculo da resistência de aderência superficial..............................................................3
11.2 Forma de ruptura dos corpos de prova............................................................................3
11.3 Relatório do ensaio.............................................................................................................4
11.3.1 Informações obrigatórias...................................................................................................4
11.3.2 Informações adicionais......................................................................................................5
11.3.3 Forma de apresentação dos resultados...........................................................................5
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Figura
Figura 1 – Formas de ruptura do corpo de prova.............................................................................4

Tabela
Tabela 1 – Exemplo de planinha para expressão dos resultados dos ensaios..............................5

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ABNT NBR 13528-3:2019

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização.


As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB),
dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais
(ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas
no tema objeto da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais
direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados
à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT
não substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo
precedência sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as
datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 13528-3 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados
(ABNT/CB-018), pela Comissão de Estudo de Argamassa de Assentamento e Revestimento
(CE-018:400.004). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 06, de 13.06.2019 a
12.08.2019.
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A ABNT NBR 13528-3:2019 cancela e substitui a ABNT NBR 13528:2010.

A ABNT NBR 13528, sob o título geral “Revestimento de paredes de argamassas inorgânicas –
Determinação da resistência de aderência à tração”, tem previsão de conter as seguintes partes:

—— Parte 1: Requisitos gerais

—— Parte 2: Aderência ao substrato

—— Parte 3: Aderência superficial

O Escopo em inglês da ABNT NBR 13528-3 é o seguinte:

Scope
This Standard specifies the test method for determining of tensile strength of the surface adhesion of
mortar coating, applied in the field or in the laboratory, on inorganic non-metallic substrates.

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Revestimento de paredes de argamassas inorgânicas — Determinação


da resistência de aderência à tração
Parte 3: Aderência superficial

1 Escopo
Esta Norma especifica o método para determinação da aderência superficial, pelo ensaio de ade-
rência à tração, de revestimentos de argamassa aplicados em obra ou laboratório sobre substratos
inorgânicos não metálicos.

2 Referência normativa
O documento relacionado a seguir é indispensável à aplicação deste documento. Para referências
datadas, aplica-se somente a edição citada. Para referências não datadas, aplica-se a edição mais
recente do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 13528-1:2019, Revestimento de paredes de argamassas inorgânicas – Determinação
da resistência de aderência à tração – Parte 1: Requisitos gerais

3 Requisitos para a realização do ensaio


O ensaio deve ser realizado no revestimento com idade de 28 dias, para argamassas mistas ou
de cimento e areia, e de 56 dias, para argamassas de cal e areia, contados após a aplicação da
argamassa sobre o substrato. Caso seja de interesse a realização do ensaio em outra idade,
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conforme acordo entre as partes, esta idade deve ser registrada no relatório de ensaio.
A aparelhagem a ser utilizada no ensaio está descrita na ABNT NBR 13528-1.

4 Preparo dos corpos de prova


4.1 Ensaios em obra
Os corpos de prova podem ser preparados no local onde o revestimento estiver aplicado, em revesti-
mentos acabados, antigos ou recentes.

4.2 Ensaios em laboratório


O ensaio deve ser realizado para avaliar a aderência superficial do revestimento sobre painéis de
alvenaria, componentes de alvenaria (blocos e tijolos), placas de concreto, entre outros.
As características dos revestimentos devem ser selecionadas conforme os objetivos a que se propõe
o ensaio e, no caso de argamassas industrializadas, devem ser seguidas as indicações do fabricante
quanto ao processo de aplicação, espessura e acabamento.

5 Número de determinações
Cada determinação deve ser realizada ensaiando 12 corpos de prova de mesmas características
(tipo e preparo do substrato, argamassa de revestimento, forma de aplicação da argamassa, idade
do revestimento).

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A quantidade de corpos de prova para cada determinação da aderência ao substrato independe


de o ensaio ser realizado em obra ou laboratório.

6 Distribuição dos corpos de prova


A distribuição dos corpos de prova no painel revestido deve ser feita de forma aleatória. Os pontos de
arrancamento devem estar espaçados entre si, além dos cantos e das quinas, em no mínimo 50 mm.

Em paredes internas, os corpos de prova devem estar distribuídos na faixa entre 30 cm acima do
piso e 30 cm abaixo do teto, de modo a facilitar a execução do ensaio. Deve-se utilizar andaime
(plataforma) para a realização do ensaio em alturas superiores à do operador.

NOTA A ergonomia do operador durante a execução do ensaio, assim como do pedreiro durante a
aplicação da argamassa, pode contribuir com a variação dos valores de aderência.

7 Condições de umidade dos corpos de prova


Convém que a região ensaiada esteja seca, uma vez que a umidade interfere nos valores de aderência
e nos coeficientes de variação dos resultados.

8 Preparo dos corpos de prova


A superfície do revestimento deve estar íntegra, sem fissuras, limpa e isenta de material pulverulento.
A limpeza superficial apenas pode ser realizada com auxílio de um pincel de cerdas macias. O local do
ensaio não pode ser lixado, raspado, desbastado, espatulado ou sofrer qualquer tipo de agressão mecânica.
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9 Colagem das pastilhas metálicas


A colagem das pastilhas deve ser feita conforme indicado a seguir:

a) remover as partículas soltas e a sujeira da superfície sobre a qual vai ser colada a pastilha
metálica, limpando-a com um pincel de cerdas macias;

b) assegurar-se de que a superfície de colagem da pastilha metálica esteja isenta de qualquer


resíduo de ensaios anteriores e aplicar a cola com espátula sobre a face de colagem;

c) aplicar a pastilha sobre a superfície do revestimento, pressionando-a e ajustando-a em movimentos


circulares de vai e vem, de maneira que seja assegurado o total espalhamento da cola até um
leve extravasamento pelas laterais. A espessura da camada de cola não pode ultrapassar 5 mm;

d) remover o excesso de cola nas bordas com auxílio de uma espátula. Deve-se tomar cuidado para
não danificar o revestimento no perímetro da pastilha;

e) aguardar o tempo recomendado pelo fabricante para a secagem da cola;

f) para a sustentação das pastilhas metálicas durante a colagem, pode ser usada fita crepe ou
similar, ou algum suporte mecânico.

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10 Ensaio por tração simples


O equipamento deve estar aferido, sendo comprovado por certificado do responsável pela aferição,
atendendo ao erro máximo estabelecido na ABNT NBR 13528-1:2019, 3.1.

O ensaio deve ser realizado conforme a seguir:

a) acoplar o equipamento de tração à pastilha metálica e aplicar a carga de maneira lenta e progres-
siva, sem interrupções e com velocidade de carregamento de (250 ± 50) N/s;

b) aplicar o esforço de tração perpendicularmente ao corpo de prova até a ruptura;

c) anotar a carga, em newtons (N), ou a tensão de ruptura, em megapascals (MPa), obtida para
cada corpo de prova ensaiado;

d) examinar a pastilha metálica do corpo de prova arrancado, verificando eventuais falhas de colagem
da pastilha metálica. Em caso de falha desta natureza, o resultado deve ser desconsiderado
e uma nova determinação deve ser feita;

e) examinar e registrar a(s) forma(s) de ruptura do corpo de prova conforme 11.2.

11 Resultados
11.1 Cálculo da resistência de aderência superficial

A resistência de aderência superficial (RS), expressa em megapascals (MPa), é calculada pela


equação a seguir:
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P
RS =
A
onde

P é a carga de ruptura, expressa em newtons (N);

A é a área da pastilha metálica, expressa em milímetros quadrados (mm2).

A carga P e a área A devem ser introduzidas na expressão de cálculo em número inteiro, enquanto
valor da resistência de aderência superficial (RS) deve ser expresso com duas casas decimais.

11.2 Forma de ruptura dos corpos de prova

A ruptura pode ocorrer entre quaisquer das interfaces ou no interior de uma das camadas que cons-
tituem o revestimento (ver Figura 1). Assim sendo, a forma de ruptura relacionada a seguir deve ser
declarada junto com o valor da resistência de aderência superficial do sistema, como a seguir:

—— Tipo A – ruptura no interior do revestimento;

—— Tipo B – ruptura da superfície do revestimento, onde partes da argamassa são arrancadas;

—— Tipo C – ruptura na interface cola/revestimento, quando apenas poucos grãos são arrancados;

—— Tipo D – ruptura na interface pastilha metálica/cola.

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As rupturas ocorridas conforme os tipos C e D indicam falha na colagem da pastilha metálica.


Nestes casos, o resultado não corresponde à aderência superficial e um novo corpo de prova deve
ser providenciado. A resistência obtida pela ruptura da cola não pode ser utilizada como resistência
mínima para o corpo de prova em ensaio.

Nos casos da ocorrência de múltiplas formas de ruptura em um mesmo corpo de prova, deve ser
anotada a porcentagem aproximada da área de cada forma de ruptura.
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Figura 1 – Formas de ruptura do corpo de prova

11.3 Relatório do ensaio


11.3.1 Informações obrigatórias

O relatório do ensaio deve indicar os seguintes dados e informações:

a) identificação dos locais da obra em que foram realizados os ensaios, bem como dos corpos de
prova, com a respectiva numeração;

b) descrição resumida do equipamento de tração (tipo e modelo);

c) data dos ensaios;

d) valores individuais da resistência de aderência superficial dos corpos de prova, bem como a
forma de ruptura ocorrida e sua porcentagem;

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e) condição de umidade do revestimento (qualitativa).

11.3.2 Informações adicionais

Convém que o relatório do ensaio também tenha registros dos seguintes dados e informações, e sua
fonte, justificando quando não for possível obtê-los:

a) identificação do tipo de argamassa (industrializada, preparada em obra);

b) marca comercial da(s) argamassa(s) e fabricante, no caso de produto industrializado;

c) composição e proporcionamento da(s) argamassa(s), no caso de produto preparado na obra;

d) processo de aplicação da(s) argamassa(s);

e) idade do revestimento;

f) fotografia colorida de cada corpo de prova em que seja possível visualizar seu número de identi-
ficação e a interface rompida (pastilha/revestimento).

11.3.3 Forma de apresentação dos resultados

A Tabela 1 apresenta um exemplo de planilha para registro dos resultados dos ensaios de resistência
de aderência superficial.

Tabela 1 – Exemplo de planinha para expressão dos resultados dos ensaios


Determinação da resistência superfícial
Corpos de prova Carga b da Tensão c Tipo de ruptura (ver 11.2)
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Diâmetro Area a ruptura A B Cd Dd Observações


Nº (d)
mm mm2 N MPa Emboço Superfície do emboço Cola/emboço Cola/pastilha

1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12

a πd 2
A área deve ser calculada em função do diâmetro, (expresso em milímetros, mm), pela equação a seguir: A = ;
4
b Carga de ruptura: carga lida no aparelho, em Newtons (N);
c Tensão: calcular dividindo a carga pela área e expressar em megapascals (MPa);
d Ruptura ocorrida conforme as colunas C e D indica falha na colagem da pastilha. O resultado não foi determinado e um novo corpo de prova deve ser providenciado. A resistência
obtida pela ruptura da cola não pode ser utilizada como resistência mínima para o corpo de prova em ensaio.

Observações

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