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CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO MATO GROSSO– CREA-MT - CNPJ 03.471.

158/0001-38

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 5356-7

Primeira edição
01.08.2017

Transformadores de potência
Parte 7: Guia de carregamento para
transformadores imersos em líquido isolante
Power transformers
Part 7: Loading guide for liquid-immersed power transformers
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

ICS 29.180 ISBN 978-85-07-07075-7

Número de referência
ABNT NBR 5356-7:2017
72 páginas

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Sumário Página

Prefácio..............................................................................................................................................viii
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Símbolos e abreviaturas.....................................................................................................3
5 Efeitos do carregamento acima das condições nominais da placa de identificação...5
5.1 Introdução............................................................................................................................5
5.2 Consequências gerais........................................................................................................6
5.3 Efeitos e perigos de um carregamento emergencial de curta duração.........................7
5.4 Efeitos de carregamento de emergência de longa duração...........................................7
5.5 Tamanho do transformador................................................................................................8
5.6 Papéis isolantes termoestabilizados e não termoestabilizados.....................................8
6 Taxa de envelhecimento relativo e vida da isolação do transformador......................10
6.1 Geral...................................................................................................................................10
6.2 Taxa de envelhecimento relativo.....................................................................................10
6.3 Cálculo da perda de vida.................................................................................................. 11
6.4 Vida da isolação................................................................................................................ 11
7 Limitações..........................................................................................................................12
7.1 Limitações de corrente e temperatura............................................................................12
7.2 Limitações especificas para transformadores de distribuição....................................13
7.2.1 Limitações de corrente e temperatura............................................................................13
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7.2.2 Acessórios e outras considerações................................................................................13


7.2.3 Transformadores para ambientes fechados...................................................................14
7.2.4 Condições ambientais externas......................................................................................14
7.3 Limitações específicas para transformadores de média potência...............................14
7.3.1 Limitações de corrente e temperatura............................................................................14
7.3.2 Acessórios, equipamentos associados e outras considerações.................................14
7.3.3 Requerimentos para suportabilidade a curto-circuito...................................................14
7.3.4 Limitações de tensão........................................................................................................14
7.4 Limitações específicas para grandes transformadores de potência...........................14
7.4.1 Generalidades....................................................................................................................14
7.4.2 Limitações de corrente e temperatura............................................................................15
7.4.3 Acessórios, equipamentos associados e outras considerações.................................15
7.4.4 Requerimentos para suportabilidade a curto-circuito...................................................15
7.4.5 Limitações de tensão........................................................................................................15
8 Determinação das temperaturas......................................................................................15
8.1 Elevação de temperatura do ponto mais quente em regime contínuo........................15
8.1.1 Generalidades....................................................................................................................15
8.1.2 Cálculo da elevação da temperatura no ponto mais quente por meio dos resultados
de ensaio de elevação de temperatura...........................................................................16
8.1.3 Medição direta da elevação da temperatura do ponto mais quente............................17

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8.1.4 Fator de ponto mais quente (Hot-Spot factor)................................................................19


8.2 Temperaturas do topo do óleo e do ponto mais quente em variações de temperatura
ambiente e condições de carga.......................................................................................21
8.2.1 Generalidades....................................................................................................................21
8.2.2 Solução de equações exponenciais................................................................................21
8.2.3 Solução de equações diferenciais...................................................................................24
8.3 Temperatura ambiente......................................................................................................25
8.3.1 Transformadores instalados ao tempo resfriados a ar.................................................25
8.3.2 Correção da temperatura ambiente para transformador abrigado..............................26
8.3.3 Transformadores com trocadores de calor óleo-água..................................................27
9 Influência dos comutadores sob carga...........................................................................27
9.1 Generalidades....................................................................................................................27
9.2 Perdas em curto-circuito..................................................................................................28
9.3 Razão de perdas................................................................................................................28
9.4 Fator de carga....................................................................................................................28
Anexo A (informativo) Cálculo da constante de tempo do enrolamento e do óleo.......................29
Anexo B (informativo) Exemplo prático do método de equações exponenciais...........................31
B.1 Introdução..........................................................................................................................31
B.2 Período de 0 min a 190 min..............................................................................................32
B.3 Período de 190 min a 365 min..........................................................................................32
B.4 Período de 365 min a 500 min..........................................................................................32
B.5 Período de 500 min a 710 min..........................................................................................33
B.6 Período de 710 min a 735 min..........................................................................................33
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B.7 Período de 735 min a 750 min..........................................................................................33


B.8 Comparação com os valores medidos............................................................................34
Anexo C (informativo) Ilustração do método de solução das equações diferenciais...................36
C.1 Introdução..........................................................................................................................36
C.2 Generalidades....................................................................................................................36
C.3 Equações diferenciais......................................................................................................36
C.4 Conversão para equações diferenciais...........................................................................37
C.5 Exemplo.............................................................................................................................38
C.6 Uso de valores medidos da temperatura do topo do óleo............................................45
Anexo D (informativo) Diagrama de fluxo, baseado no exemplo do Anexo B...............................46
Anexo E (informativo) Exemplo do cálculo e apresentação dos dados de sobrecarga...............48
Anexo F (informativo) Condições especiais......................................................................................52
F.1 Operação com parte do sistema de resfriamento fora de serviço...............................52
F.2 Transformadores com sistema de resfriamento ONAN/ONAF.....................................52
F.3 Transformadores com sistema de resfriamento ONAN/ONAF/OFAF...........................52
F.4 Transformadores com sistema de resfriamento OFAF ou OFWF
(com trocadores de calor)................................................................................................52
F.5 Transformadores com sistema de resfriamento com trocadores de calor.................53
F.6 Transformadores com sistemas de resfriamento com trocador de calor ODAF ou
ODWF.................................................................................................................................53

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Anexo G (informativo) Requisitos adicionais sobre a isolação líquida, sólida e vida útil do
papel...................................................................................................................................54
G.1 Considerações gerais.......................................................................................................54
G.2 Degradações do papel isolante.......................................................................................54
Anexo H (normativo) Ensaio de elevação de temperatura de transformadores
em sobrecarga a ser aplicado nos transformadores da rede básica...........................57
H.1 Considerações gerais.......................................................................................................57
H.2 Introdução e objetivo........................................................................................................57
H.3 Requisitos funcionais e especificação para fabricação................................................58
H.3.1 Referências........................................................................................................................58
H.3.2 Vida útil..............................................................................................................................58
H.3.3 Capacidade de carregamento..........................................................................................58
H.3.3.1 Subsídios para elaboração da especificação do transformador..................................58
H.3.3.2 Situações de carregamento normatizadas e reguladas................................................58
H.3.3.3 Situações de carregamento estabelecidas.....................................................................59
H.3.3.4 Situações de carregamento para dimensionamento.....................................................61
H.4 Ensaio de elevação de temperatura em sobrecarga......................................................61
H.4.1 Objetivo..............................................................................................................................61
H.4.2 Premissas..........................................................................................................................62
H.4.3 Critérios..............................................................................................................................62
H.4.3.1 Expectativa de vida...........................................................................................................62
H.4.3.2 Limites de temperatura.....................................................................................................62
H.4.3.3 Gases dissolvidos no óleo – DGA...................................................................................62
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H.4.3.4 Estanqueidade durante e após a realização do ensaio.................................................64


H.4.4 Configuração do transformador para ensaio.................................................................64
H.4.4.1 Enrolamentos....................................................................................................................64
H.4.4.2 Potência de referência......................................................................................................65
H.4.4.3 Derivação...........................................................................................................................65
H.4.5 Procedimento para o ensaio de sobrecarga...................................................................65
H.4.5.1 Método de ensaio..............................................................................................................65
H.4.5.2 Etapa t0 a t1.................................................................................................................................................67
H.4.5.3 Etapa t1 a t2.................................................................................................................................................68
H.4.5.4 Etapa t2 a t3.................................................................................................................................................69
Bibliografia..........................................................................................................................................71

Figuras
Figura 1 – Envelhecimento acelerado em tubo selado em óleo mineral a 150 °C.........................9
Figura 2 – Diagrama térmico.............................................................................................................17
Figura 3 – Elevação de temperatura local acima da temperatura do ar no enrolamento de
120 kV com um fator de carga de 1,6..............................................................................18
Figura 4 – Elevação de temperatura local acima da temperatura do ar no enrolamento de
410 kV com um fator de carga de 1,6..............................................................................18

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Figura 5 – Dois sensores de fibra óptica instalados em um espaçador antes de serem


montados no enrolamento de 120 kV..............................................................................19
Figura 6 – Enrolamento resfriado em zigue-zague onde a distância entre todos os setores é
o mesmo e a arruela de direcionamento de fluxo está instalada no espaço entre os
discos.................................................................................................................................20
Figura 7 – Vista superior de um enrolamento retangular com “arranjo de canais de
resfriamento em colapso”, sob os jugos........................................................................21
Figura 8 – Resposta da temperatura em função das alterações dos degraus da corrente de
carga...................................................................................................................................22
Figura 9 – Função f2(t) gerada a partir dos valores dados na Tabela 5........................................24
Figura 10 – Representação do diagrama de blocos das equações diferenciais..........................25
Figura 11 – Princípio de perdas como função da posição da derivação......................................28
Figura B.1 – Resposta da temperatura do ponto mais quente do enrolamento para alteração
do patamar da corrente de carga.....................................................................................34
Figura B.2 – Resposta da temperatura do topo de óleo para alteração
do patamar da corrente de carga.....................................................................................34
Figura C.1 – Gráfico dos dados de entrada do exemplo................................................................41
Figura C.2 – Gráfico dos dados de saída do exemplo....................................................................44
Figura E.1 – Transformadores de grande potência tipo OF – Cargas admissíveis para perda de
vida normal........................................................................................................................51
Figura G.1 – Relação entre teor de água no óleo (mg/kg) e umidade no papel (%), em função
da temperatura da amostra do óleo para transformadores higroscopicamente
estabilizados......................................................................................................................55
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Figura H.1 – Ciclo de carregamento em condição normal de operação – Capacidade operativa


de longa duração...............................................................................................................59
Figura H.2 – Ciclo de carregamento em condição de emergência de longa duração –
Capacidade operativa de curta duração.........................................................................60
Figura H.3 – Ciclo de carregamento em condição de emergência de curta duração..................60
Figura H.4 – Ciclo de sobrecarga para dimensionamento.............................................................61
Figura H.5 – Etapas de ensaio..........................................................................................................65
Figura H.6 – Diagrama de temperaturas do enrolamento e do óleo do transformador –
Grandezas monitoradas e calculadas.............................................................................66

Tabelas
Tabela 1 – Vida do papel sob condições variadas............................................................................9
Tabela 2 – Taxas de envelhecimento relativo em função da temperatura do ponto
mais quente.......................................................................................................................10
Tabela 3 – Tempo de vida normal para um sistema de isolação com baixas concentrações
de oxigênio e umidade, a uma temperatura de referência de 110 °C........................... 11
Tabela 4 – Limites de corrente e temperatura aplicáveis para carregamento
acima dos valores nominais de placa.............................................................................12
Tabela 5 – Características térmicas recomendadas para equações exponenciais.....................23

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Tabela 6 – Correção para o aumento da temperatura ambiente devido ao enclausuramento...27


Tabela B.1 – Patamares de carga do transformador de 250 MVA..................................................31
Tabela B.2 – Temperaturas no final de cada patamar de carga.....................................................35
Tabela C.1 – Exemplos de dados de entrada...................................................................................39
Tabela C.2 – Dados de saída do exemplo........................................................................................43
Tabela E.1 – Exemplo de características relacionadas com a capacidade
de carga dos transformadores.........................................................................................48
Tabela E.2 – Exemplo de cargas permissíveis e correspondentes
valores de perda de vida diária (em dias normais), e as máximas elevações
de temperatura do ponto mais quente para o ciclo de carga.......................................50
Tabela F.1 – Carga permitida em porcentagem da carga nominal × porcentagem
do sistema de resfriamento em serviço..........................................................................52
Tabela G.1 – Limites de teor de água no papel isolante (% em massa)........................................54
Tabela G.2 – Valores do óleo isolante e do papel em operação para cálculo
de expectativa de vida......................................................................................................55
Tabela G.3 – Grau de polimerização do papel isolante, conforme método da
ABNT NBR IEC 60450 .......................................................................................................56
Tabela H.1 – Temperaturas-limite (°C)..............................................................................................62
Tabela H.2 – Geração admissível de gases durante o ensaio de aquecimento em
sobrecarga.........................................................................................................................63
Tabela H.3 – Taxa orientativa de geração admissível de gases durante o ensaio de
aquecimento......................................................................................................................64
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ABNT NBR 5356-7:2017

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização.


As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB),
dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais
(ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas
no tema objeto da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais
direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados
à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos.
Nestes casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas
para exigência dos requisitos desta Norma.

A ABNT NBR 5356-7 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003),


pela Comissão de Estudo de Transformadores de Potência (CE-003:014.001). O seu 1º Projeto circulou
em Consulta Nacional conforme Edital nº 10, de 25.10.2016 a 02.01.2017. O seu 2º Projeto circulou
em Consulta Nacional conforme Edital nº 03, de 28.03.2017 a 26.04.2017.

Esta Norma cancela e substitui a ABNT NBR 5416:1997.

A ABNT NBR 5356, sob o título geral, “Transformadores de potência”, tem previsão de conter as
seguintes partes:
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—— Parte 1: Generalidades;

—— Parte 2: Aquecimento;

—— Parte 3: Níveis de isolamento, ensaios dielétricos e espaçamentos externos em ar;

—— Parte 4: Guia para ensaios de impulso atmosférico e de manobra para transformadores e reatores;

—— Parte 5: Capacidade de resistir a curtos-circuitos;

—— Parte 6: Reatores;

—— Parte 7: Guia de carregamento para transformadores imersos em líquido isolante;

—— Parte 8: Guia de aplicação;

—— Parte 9: Recebimento, armazenagem, instalação e manutenção;

—— Parte 10: Determinação dos níveis de ruído;

—— Parte 11: Transformadores do tipo seco;

—— Parte 12: Guia de carga para transformadores secos;

—— Parte 13: Transformadores imersos em líquido autoprotegidos;

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—— Parte 14: Projeto e Aplicação de transformadores imersos em líquido utilizando materiais de


isolamento para alta temperatura;

—— Parte 15: Transformadores isolados a gás;

—— Parte 16: Transformadores para geradores eólicos.

O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte:

Scope
This Part of the ABNT NBR 5356 describes the effects of loading operation of liquid immersed power
transformers under various ambient temperatures and conditions in life of the transformer.

This Standard applies to transformers and autotransformers of classes:

a) 55 °C;

b) 65 °C.

NOTE To furnace transformers, it is recommended that the manufacturer be consulted.


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Transformadores de potência
Parte 7: Guia de carregamento para transformadores imersos em líquido
isolante

1 Escopo
Esta Parte da ABNT NBR 5356 descreve os efeitos da operação de carregamento de transforma-
dores de potência imersos em óleo mineral isolante sob várias temperaturas ambientes e condições
de carga na vida do transformador.

Esta Norma se aplica aos transformadores e autotransformadores das classes:

a) 55 °C;

b) 65 °C.
NOTA Para transformadores de forno, recomenda-se que o fabricante seja consultado.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento.
Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5356-1:2007, Transformadores de potência – Parte 1: Generalidades

ABNT NBR 5356-2:2007, Transformadores de potência – Parte 2: Aquecimento


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ABNT NBR 5356-5, Transformadores de potência – Parte 5: Capacidade de resistir a curtos-circuitos

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
carregamento cíclico
carregamento com variações cíclicas (sendo a duração do ciclo usualmente 24 h) o qual é relacionado
em termos da quantidade acumulada de envelhecimento que ocorre durante o ciclo. O carregamento
cíclico pode ser um carregamento normal ou um carregamento de emergência de longa duração.
Este ciclo de carga pode ser constante ou pode ter um ou mais picos durante o período de 24 h

3.2
carregamento cíclico normal
temperaturas ambientes mais altas ou correntes mais altas que as correntes nominais de carrega-
mento são aplicadas durante parte do ciclo, mas, do ponto de vista de taxa relativa de envelhecimento
(de acordo com o modelo matemático), este carregamento é equivalente à carga nominal na tempe-
ratura ambiente. Isto é alcançado por tomar a vantagem da baixa temperatura ambiente ou das
baixas correntes de carga durante o resto do ciclo de carga. Para os propósitos de planejamento,
este princípio pode ser estendido para longos períodos do tempo por meio do qual ciclos com taxa
relativa de envelhecimento térmico maiores que a unidade são compensados por ciclos com taxa
de envelhecimento térmico menores que a unidade

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3.3
carregamento de emergência de curta duração
carregamento de natureza transitória (menor que 30 min) excepcionalmente elevado devido à ocor-
rência de um ou mais eventos não previstos, os quais perturbam seriamente o carregamento normal
do sistema

3.4
carregamento de emergência de longa duração
carregamento resultante de saídas prolongadas de alguns elementos do sistema que não são reconec-
tados antes que o transformador alcance uma nova e mais alta temperatura de regime permanente

3.5
fluxo de óleo dirigido OD
indica que a principal parte do óleo bombeado dos trocadores de calor ou radiadores é forçada a
circular dentro dos enrolamentos (o fluxo de óleo dentro dos enrolamentos pode ser tanto axial com
canais verticais ou em zigue-zague em canais horizontais)

3.6
fluxo de óleo não dirigido OF
indica que o óleo bombeado dos trocadores de calor ou radiadores circula livremente dentro do tanque,
e não é forçado a circular nos enrolamentos (o fluxo de óleo dentro dos enrolamentos pode ser tanto
axial com canais verticais quanto radial com canais horizontais, com ou sem fluxo em zigue-zague)

3.7
fluxo de óleo não dirigido ON
indica que o óleo dos trocadores de calor ou radiadores circula livremente dentro do tanque, e não
é forçado a circular nos enrolamentos (o fluxo de óleo dentro dos enrolamentos pode ser tanto axial
com canais verticais quanto radial com canais horizontais, com ou sem fluxo em zigue-zague)

3.8
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papel termoestabilizado
papel à base de celulose o qual tem sido quimicamente modificado para reduzir a taxa na qual o papel
se decompõe. Efeitos de envelhecimento são reduzidos pela parcial eliminação de agentes formadores
de água (como “cyanoethylation”) ou pela inibição da formação de água por meio do uso de agentes
estabilizantes (como adição de amina, dicyandiamide). Um papel é considerado como termicamente
estabilizado se este atende aos critérios de vida definidos na ANSI/IEEE C57.100; retenção de 50 %
na resistência à tração depois de 65 000 h em tubo selado a 110 °C ou qualquer outra combinação
de tempo/temperatura dada pela equação:
 15 000   15 000 15 000  (1)
 − 28,082  θ + 273 − (110 + 273)
tempo (h) = e θh + 273  ≈ 65 000 × e h

Devido às químicas utilizadas hoje em dia conterem nitrogênio para a estabilização térmica, o qual não
está presente na polpa Kraft, o grau de modificação química é determinado por ensaio da quantidade
de nitrogênio presente no papel tratado. Valores típicos para a quantidade de nitrogênio em papéis
termoestabilizados estão entre 1 % e 4 % quando medidos de acordo com ASTM D-982
NOTA Esta definição foi aprovada pela IEEE Transformers Committee Task Force for the Definition of
Thermally Upgraded Paper em 7 de outubro de 2003.

3.9
perda de vida porcentual
envelhecimento equivalente em horas sobre um período de tempo (usualmente 24 h) vezes 100 dividido
pelo tempo de vida esperado para o isolamento do transformador. O envelhecimento equivalente
em horas é obtido pela multiplicação da taxa de envelhecimento relativo pelo número de horas

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3.10
ponto mais quente
o ponto mais quente do enrolamento, se não especificamente definido

3.11
taxa de envelhecimento térmico relativo
taxa na qual o envelhecimento do isolamento do transformador é reduzido ou acelerado comparado
com a taxa de envelhecimento à temperatura de referência do ponto mais quente

3.12
temperatura ambiente de projeto
temperatura na qual são definidos os valores admissíveis de temperatura média do enrolamento,
topo do óleo e o ponto mais quente do enrolamento sobre a temperatura ambiente

3.13
transformador de distribuição
transformador de potência com a potência máxima de 2 500 kVA trifásico ou 833 kVA monofásico

3.14
transformador de grande potência
transformador de potência que excede os limites especificados em 3.13

3.15
transformador de média potência
transformador de potência com a potência máxima de 100 MVA trifásico ou 33,3 MVA monofásico

4 Símbolos e abreviaturas
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Símbolo Significado Unidade


C Capacidade térmica Ws/K
c Calor específico Ws/(kg·K)
DP Grau de polimerização
D Operador diferencial, em equações diferenciais
Gradiente obtido pela diferença de temperatura entre o enrolamento
gr K
médio e óleo médio (no tanque) à corrente nominal
mA Massa do núcleo e enrolamentos montados kg
mT Massa do tanque e acessórios kg
mo Massa do óleo kg
mW Massa do enrolamento kg
H Fator do ponto mais quente
k11 Constante do modelo térmico
k21 Constante do modelo térmico
k22 Constante do modelo térmico

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Símbolo Significado Unidade


K Fator de carga (corrente de carga/corrente nominal)
L Envelhecimento total sobre o período de tempo considerado h
n Número de cada intervalo de tempo
N Número total de intervalos durante o período de tempo considerado
OD Resfriamento ODAN, ODAF ou ODWF
OF Resfriamento OFAN, OFAF ou OFWF
ON Resfriamento ONAN ou ONAF
P Perdas fornecidas W
Pe Perdas adicionais relativas do enrolamemto p.u.
PW Perdas nos enrolamentos W
R Relação entre perdas em carga-perdas em vazio na corrente nominal
Rr Relação entre perdas em carga-perdas em vazio na derivação principal
Rr+1 Relação entre perdas em carga-perdas em vazio na derivação r+1
Rmín. Relação entre perdas em carga-perdas em vazio na derivação mínima
Rmáx. Relação entre perdas em carga-perdas em vazio na derivação máxima
S Operador de Laplace
T Variável de tempo min
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Tapr Número da derivação principal


tapr+1 Número da derivação r+1
Tapmín. Número da derivação mínima
Tapmáx. Número da derivação máxima
V Taxa de envelhecimento relativo
Vn Taxa relativa de envelhecimento durante o intervalo n
Expoente de potência da perda total versus topo do óleo (em tanque)
X
da elevação de temperatura (expoente do óleo)
Expoente de potência da corrente versus elevação de temperatura
Y
(expoente do enrolamento)
θa Temperatura ambiente °C
θE Temperatura ambiente média ponderada anual °C
θh Temperatura do ponto mais quente °C
θma Temperatura média mensal °C
Temperatura média mensal do mês mais quente, de acordo com a
θma-máx °C
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Símbolo Significado Unidade


θo Temperatura do topo do óleo (no tanque) na carga considerada °C
θya Temperatura média anual, de acordo com a ABNT NBR 5356- 2 °C
τo Constante de tempo do óleo médio min
τw Constante de tempo do enrolamento min
Elevação de temperatura do óleo do fundo (no tanque) na carga nominal
∆θbr K
(perdas em vazio + perdas em carga)
Gradiente obtido pela diferença entre as temperaturas do ponto mais
∆θh K
quente e do topo do óleo (no tanque) na carga considerada
Gradiente obtido pela diferença entre as temperaturas do ponto mais
∆θhi K
quente e do topo do óleo (no tanque) na partida
Gradiente obtido pela diferença entre as temperaturas do ponto mais
∆θhr K
quente e do topo do óleo (no tanque) na corrente nominal
Elevação de temperatura do topo do óleo (no tanque) na carga
∆θo K
considerada
∆θoi Elevação de temperatura do topo do óleo (no tanque) na partida K
Elevação de temperatura do óleo médio (no tanque) na carga
∆θom K
considerada
Elevação de temperatura do óleo médio (no tanque) na carga nominal
∆θomr K
(perdas em vazio + perdas em carga)
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Elevação de temperatura do topo do óleo (no tanque) em regime


∆θor K
permanente nas perdas nominais (perdas em vazio + perdas em carga)
Elevação de temperatura do topo do óleo (no tanque) corrigida devido ao
∆θ’or K
enclausuramento
Elevação de temperatura extra do topo do óleo (no tanque) corrigida
∆(∆θor) K
devido ao enclausuramento

5 Efeitos do carregamento acima das condições nominais da placa de


identificação
5.1 Introdução

A expectativa normal de vida é uma referência convencional baseada em serviço contínuo sob
temperatura ambiente de projeto e condições nominais de operação. A aplicação de carga acima das
condições nominais da placa de identificação e/ou em uma temperatura ambiente acima da temperatura
ambiente de projeto envolve um grau de risco e envelhecimento acelerado. A proposta desta Parte
da ABNT NBR 5356 é identificar estes riscos e indicar como, dentro de limitações, transformadores
podem ser carregados acima das condições nominais da placa de identificação. Estes riscos podem
ser reduzidos pelo comprador especificando claramente as condições máximas de carregamento
e pelo fornecedor levando em consideração estas condições no projeto do transformador.

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5.2 Consequências gerais

As consequências de carregar um transformador acima das condições nominais da placa de identi-


ficação são as seguintes:

a) a temperatura dos enrolamentos, elementos de fixação, ligações, materiais isolantes e óleo


aumentam e podem atingir níveis inaceitáveis;

b) a densidade do fluxo de dispersão fora do núcleo aumenta, causando aquecimento por correntes
parasitas adicionais nas partes metálicas atingidas pelo fluxo de dispersão;

c) como a temperatura varia, a umidade e o conteúdo de gás na isolação e óleo se alteram;

d) buchas, comutadores, conexões com cabos e transformadores de corrente também estarão


expostos às solicitações mais elevadas que vão além dos limites de projeto e margens de aplicação.

A combinação do fluxo principal e do aumento do fluxo de dispersão impõe restrições a uma possível
sobre-excitação do núcleo [9], [10], [11].

NOTA Para transformadores com núcleo envolvido em carga, tendo uma energia fluindo do enrolamento
externo (normalmente AT) para o enrolamento interno (normalmente BT), a máxima densidade de fluxo
no núcleo, a qual é resultado da combinação do fluxo principal e do fluxo de dispersão, aparece nos jugos.

Como indicado pelos ensaios, o fluxo é menor ou igual ao fluxo gerado pela mesma tensão aplicada nos
terminais do enrolamento mais externo com o transformador em vazio. O fluxo magnético nas pernas
do núcleo de um transformador em carga é determinado pela tensão nos terminais do enrolamento
interno e quase igual ao fluxo gerado pela mesma tensão na condição em vazio.

Para transformadores de núcleo envolvido com a energia fluindo do enrolamento interno, a máxima
densidade de fluxo está presente nas pernas do núcleo. Este valor é somente levemente maior do que
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aquele com a mesma tensão aplicada na condição em vazio. A densidade de fluxo nos jugos é então
determinada pela tensão do enrolamento mais externo.

Tensões em ambos os lados de um transformador em carga devem, consequentemente, ser


observadas durante um carregamento acima das condições nominais da placa de identificação.
Enquanto as tensões do lado energizado de um transformador em carga permanecerem abaixo dos
limites estabelecidos ABNT NBR 5356-1:2007, Seção 4, nenhuma restrição à excitação é necessária
durante o carregamento acima das condições nominais da placa de identificação.

Quando altos valores de excitação ocorrem para manter a tensão na carga em condições de emer-
gência em uma área onde o sistema ainda pode se manter em funcionamento, então, convém que
a densidade de fluxo magnético nas partes do núcleo nunca exceda aos valores de densidade onde
podem ocorrer o fluxo disperso fora do núcleo (para chapas de aço-silício de grão orientado a frio,
estes efeitos de saturação se iniciam rapidamente a acima de 1,9 T).

Os fluxos dispersos podem então causar altas temperaturas não previstas na superfície do núcleo
e em partes metálicas próximas, como estruturas de prensagem dos enrolamentos ou até mesmo
os enrolamentos, devido à presença de componentes de alta frequência no fluxo de dispersão.
Eles podem danificar o transformador. Em geral, em todos os casos, o curto tempo de sobrecarga
imposto aos enrolamentos é suficientemente curto para não sobreaquecer o núcleo em sobre-
excitação. Isto é evitado pelo alto valor da constante de tempo térmica do núcleo.

Como consequência, existe um risco de falha prematura associada com o aumento de correntes
e temperaturas. Este risco pode ter uma característica imediata de curto prazo, ou vir por meio do
efeito acumulativo do envelhecimento térmico da isolação no transformador após muitos anos.

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5.3 Efeitos e perigos de um carregamento emergencial de curta duração

O aumento do carregamento de curta duração vai resultar em uma condição de serviço que aumenta
o risco de falha. Sobrecargas emergenciais de curta duração levam o ponto quente do condutor
a atingir um nível que provavelmente resulta em uma temporária redução da suportabilidade dielétrica.
Entretanto, a aceitação desta condição pode ser preferível à perda da carga. É esperado que este
tipo de carregamento ocorra raramente, e deve ser rapidamente reduzido, ou que o transformador
seja desconectado em um curto espaço de tempo para evitar sua falha. O tempo de duração deste
carregamento é menor do que a constante de tempo de todo o transformador e depende da temperatura
de operação antes do aumento do carregamento; tipicamente, sendo menor que 30 min.

Os principais efeitos e perigos de um carregamento emergencial de curta duração são:

a) o risco principal para falhas de curta duração é a redução da suportabilidade dielétrica devido
à possível presença de bolhas de gás na região de altas solicitações elétricas, que são enrola-
mentos e ligações. Estas bolhas provavelmente ocorrem quando a temperatura do ponto mais
quente excede 140 °C para um transformador com um porcentual de umidade na isolação dos
enrolamentos de aproximadamente 2 %. Esta temperatura crítica diminui com o aumento da con-
centração de umidade;

b) bolhas de gás também podem se desenvolver (tanto no óleo quanto na isolação sólida) nas
superfícies de grandes partes metálicas aquecidas pelo fluxo de dispersão ou serem produzidas
pela supersaturação do óleo. Entretanto, estas bolhas normalmente se desenvolvem em regiões
de baixa solicitação elétrica e teriam que circular em regiões onde as solicitações sejam altas
para que ocorresse uma redução significativa da suportabilidade dielétrica;

c) partes metálicas, exceto enrolamentos, que não estão em contato térmico direto com isolação
celulósica, mas que estão em contato com isolação não celulósica (por exemplo, papel aramida
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e fibra de vidro) e com o óleo do transformador, podem rapidamente atingir altos valores de
temperatura. A temperatura de 180 °C não pode ser excedida;

d) deteriorações temporárias das propriedades mecânicas da isolação sólida em altas temperaturas


podem reduzir a suportabilidade a curtos-circuitos;

e) um aumento de pressão nas buchas pode resultar em uma falha devida ao vazamento de óleo.
Gases em buchas condensivas podem ocorrer se a temperatura da isolação exceder aproxima-
damente 140 °C;

f) a expansão do óleo pode causar um fluxo excessivo de óleo no conservador;

g) interrupções de altas correntes podem ser danosas ao comutador sob carga.

As limitações das temperaturas máximas nos enrolamentos, núcleo e partes estruturais são baseadas
em considerações dos riscos de curta duração (ver Seção 7).

Os riscos de curta duração normalmente desaparecem após a redução da carga a níveis normais,
mas eles necessitam estar claramente identificados e serem aceitos por todas as partes envolvidas,
isto é, planejadores, proprietários e operadores.

5.4 Efeitos de carregamento de emergência de longa duração

Esta não é uma condição normal de operação e espera-se que ocorra raramente, mas pode persistir
por semanas ou até meses e pode levar a um considerável envelhecimento.

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Os principais efeitos de um carregamento emergencial de longa duração são:

a) a deterioração das propriedades mecânicas de isolação do condutor aceleram a altas temperaturas.


Se esta deterioração perdurar por um longo tempo, pode reduzir a vida efetiva do transformador,
particularmente se este é submetido a curto-circuitos do sistema ou eventos de transporte;

b) outras partes isolantes, especialmente aquelas que sustentam a pressão axial do bloco dos enrola-
mentos, podem também sofrer um aumento nas taxas de envelhecimento em altas temperaturas;

c) a resistência de contato dos comutadores sob carga pode aumentar em correntes e temperaturas
elevadas, e em casos severos, pode acontecer uma acelerada degradação térmica;

d) os materiais de vedação no transformador podem tornar-se mais quebradiços como resultado


de elevadas temperaturas.

As regras para cálculo das taxas de envelhecimento relativas e perda porcentual de vida são baseadas
em considerações de risco de longa duração.

5.5 Tamanho do transformador

A sensibilidade dos transformadores ao carregamento acima das condições nominais da placa de iden-
tificação normalmente depende do seu tamanho. Quando o tamanho aumentar, a tendência é que:

a) o fluxo de dispersão também aumente;

b) as forças de curto-circuito também aumentem;

c) a massa da isolação, a qual é sujeita a altas solicitações elétricas, também aumente;


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d) as temperaturas dos pontos quentes sejam mais difíceis de determinar.

Desta maneira, grandes transformadores podem ser mais vulneráveis ao carregamento acima das
condições nominais da placa de identificação do que os menores. Além disso, as consequências das
falhas são mais severas para grandes transformadores do que para os menores.

Portanto, com o propósito de aplicar um razoável grau de risco para os serviços esperados, esta Parte
da ABNT NBR 5356 considera três categorias:

a) transformadores de distribuição, para os quais somente as temperaturas de ponto mais quente


dos enrolamentos e deterioração térmica devem ser consideradas;

b) transformadores de média potência onde as variações nos métodos de refrigeração devem ser
consideradas;

c) transformadores de grande potência, onde também os efeitos de fluxo de dispersão sejam signi-
ficativos e as consequências de falhas sejam severas.

5.6 Papéis isolantes termoestabilizados e não termoestabilizados

O propósito do papel isolante termoestabilizado é neutralizar a produção de ácidos causados pela


hidrólise (degradação térmica) do material acima do tempo de vida do transformador. Esta hidrólise
é sempre mais ativa em elevadas temperaturas, e resultado de pesquisas públicas indicam que
papéis isolantes termoestabilizados retém um porcentual maior de sua capacidade tensional e

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de rompimento do que papéis não tratados quando expostos a elevadas temperaturas [12], [13].
As mesmas referências também mostram as mudanças no grau de polimerização ao longo do
tempo para papéis termoestabilizados e não termoestabilizados expostos a temperaturas de 150 °C
(ver Figura 1).

1 200

1 000

800

GP
600

400

200

0
0 1 000 2 000 3 000 4 000
t

Legenda

GP grau de polimerização
t tempo expresso em horas (h)
∆ valores para papéis termoestabilizados
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valores para papéis não termoestabilizados

Figura 1 – Envelhecimento acelerado em tubo selado em óleo mineral a 150 °C

A referência [14] ilustra a influência da temperatura e umidade, conforme mostrado na Tabela 1.

Tabela 1 – Vida do papel sob condições variadas


Vida (em anos)
Tipo de papel/temperatura
de envelhecimemto Seco e livre Com ar e 2 %
do ar de umidade
80 °C 118 5,7
Polpa de papel a 90 °C 38 1,9
98 °C 15 0,8
80 °C 72 76
Polpa de papel
90 °C 34 27
termoestabilizado a
98 °C 18 12

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Esta diferença no comportamento no envelhecimento térmico tem sido levada em consideração nas
normas industriais, como a seguir:

●● A taxa de envelhecimento V = 1,0 corresponde a temperatura de 98 °C para papéis não termoes-


tabilizados e de 110 °C para papéis termoestabilizados.

NOTA Os resultados indicados na Figura 1 e Tabela 1 não têm a intenção de serem utilizados como
cálculo de envelhecimento e estimativa de vida. Eles foram incluídos neste documento unicamente para
demonstrar a diferença no comportamento do envelhecimento entre os papéis termoestabilizados e não
termoestabilizados.

6 Taxa de envelhecimento relativo e vida da isolação do transformador


6.1 Geral

Não existe um único e simples critério de final de vida que possa ser usado para quantificar a vida
remanescente de um transformador. Contudo, este critério é útil aos usuários de transformadores,
logo, parece apropriado focar no processo de envelhecimento e condições da isolação.

6.2 Taxa de envelhecimento relativo

Embora o envelhecimento ou deterioração da isolação sejam função temporal da temperatura, nível


de umidade, conteúdo de oxigênio e ácidos, o modelo apresentado nesta Parte da ABNT NBR 5356
é baseado somente na temperatura como o parâmetro de controle.

Como a distribuição da temperatura não é uniforme, a parte que está operando na maior temperatura,
normalmente, sofre a maior deterioração. Diante disso, a taxa de envelhecimento se refere ao ponto
mais quente do enrolamento (hot-spot). Neste caso, a taxa de envelhecimento relativo (V) é definida
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de acordo com a Equação 2 para papel não termoestabilizado e de acordo com a Equação 3 para
papel termoestabilizado [15], conforme a seguir:

v = 2(θh − 98) /6 (2)


 15 000 15 000 
 −  (3)
V= e 110 + 273 θh + 273
onde θh é a temperatura do ponto mais quente, expressa em graus Celsius (°C).

As Equações 2 e 3 implicam que V é muito sensível ao valor de temperatura do ponto mais quente
como pode ser visto na Tabela 2.

Tabela 2 – Taxas de envelhecimento relativo em função da temperatura do ponto mais quente


θh Papel isolante não termoestabilizado Papel isolante termoestabilizado
°C V V
80 0,125 0,036
86 0,25 0,073
92 0,5 0,145
98 1,0 0,282
104 2,0 0,536

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Tabela 2 (continuação)
θh Papel isolante não termoestabilizado Papel isolante termoestabilizado
°C V V
110 4,0 1,0
116 8,0 1,83
122 16,0 3,29
128 32,0 5,8
134 64,0 10,1
140 128,0 17,2

6.3 Cálculo da perda de vida

A perda de vida L sobre um certo período de tempo é igual a


t2 N (4)

L = V dt ou L ≈ ∑ Vn × tn
t1 n =1

onde

Vn é a taxa de envelhecimento relativo durante o intervalo n, conforme a Equação 2 ou 3;

tn é o enésimo intervalo de tempo;


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n é o número de cada intervalo de tempo;

N é o número total de intervalos durante o período considerado.

6.4 Vida da isolação

A referência [15] sugere quatro critérios diferentes para fim de vida, isto é, quatro diferentes tempos
de vida para papel termicamente estabilizado, como mostra a Tabela 3.

Tabela 3 – Tempo de vida normal para um sistema de isolação com baixas concentrações
de oxigênio e umidade, a uma temperatura de referência de 110 °C
Vida normal da isolação
Base
Horas Anos
50 % da resistência à tração inicial da isolação 65 000 7,42
25 % da resistência à tração inicial da isolação 135 000 15,41
200 – Valor do grau de polimerização remanescente da isolação 150 000 17,12
Interpretação dos dados de ensaio relativos à vida operacional de
180 000 20,55
transformador de distribuição

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Os tempos de vida na Tabela 3 são somente para referência, uma vez que a maioria dos transformadores
de potência opera bem abaixo de sua potência nominal na maior parte de sua vida real. Um valor de
temperatura do ponto mais quente de apenas 6 °C abaixo do valor nominal resulta em uma perda
de vida 50 % menor, a vida útil remanescente da isolação do transformador aumenta várias vezes,
por exemplo, 180 000 h.

O critério a ser adotado para avaliação da vida útil dos equipamentos regidos por esta Norma deve ser
o do valor do grau de polimerização remanescente da isolação igual a 200 (150 000 h).

NOTA Para transformadores elevadores de usina, conectados aos geradores na base de carga e outros
transformadores suprindo cargas constantes ou operando em ambientes com temperaturas constantes,
a vida útil real necessita de considerações especiais.

7 Limitações
7.1 Limitações de corrente e temperatura

Com o carregamento acima dos valores nominais de placa, nenhum dos limites individuais citados
na Tabela 4 deve ser excedido, e devem ser consideradas as limitações específicas apresentadas
em 7.2 a 7.4.

Tabela 4 – Limites de corrente e temperatura aplicáveis para carregamento


acima dos valores nominais de placa
Transformadores Transformadores Transformadores
Tipo de carregamento de distribuição de média potencia de grande potência
(ver nota) (ver nota) (ver nota)
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Ciclo normal de carregamento


Corrente (p.u.) 1,5 1,5 1,3
Temperatura do ponto mais
quente do enrolamento e partes
120 120 120
metálicas em contato com
material isolante celulósico (°C)
Temperatura do ponto mais
quente de outras partes
metálicas (em contato com 140 140 140
óleo, papel aramida, materiais
de fibra de vidro) (°C)
Temperatura de topo de óleo 105 105 105
Carregamento de emergência
de longa duração
Corrente (p.u.) 1,8 1,5 1,3
Temperatura do ponto mais
quente do enrolamento e partes
140 140 140
metálicas em contato com
material isolante celulósico (°C)

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Tabela 4 (continuação)
Transformadores Transformadores Transformadores
Tipo de carregamento de distribuição de média potencia de grande potência
(ver nota) (ver nota) (ver nota)
Temperatura do ponto mais
quente de outras partes
metálicas (em contato com 160 160 160
óleo, papel aramida, materiais
de fibra de vidro) (°C)
Temperatura de topo de óleo 115 115 115
Carregamento de emergência
de curta duração
Corrente (p.u.) 2,0 1,8 1,5
Temperatura do ponto mais
quente do enrolamento e partes
Ver 7.2.1 160 160
metálicas em contato com
material isolante celulósico (°C)
Temperatura do ponto mais
quente de outras partes
metálicas (em contato com Ver 7.2.1 180 180
óleo, papel aramida, materiais
de fibra de vidro) (°C)
Temperatura de topo de óleo Ver 7.2.1 115 115
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NOTA Os limites de corrente e temperatura não são entendidos como válidos simultaneamente. A corrente
pode ser limitada a valores mais baixos do que os apresentados nesta Tabela para atender aos limites
de temperatura. Da mesma forma, a temperatura pode ser limitada a valores mais baixos do que os
apresentados nesta Tabela para atender aos limites de corrente.

7.2 Limitações especificas para transformadores de distribuição

7.2.1 Limitações de corrente e temperatura

Não convém que os limites de corrente de carga, temperatura do ponto mais quente, temperatura do
topo do óleo e temperatura das partes metálicas excedam aos valores da Tabela 4. Para carregamento
de emergência de curta duração em transformadores de distribuição não há limites estabelecidos
para temperatura do topo de óleo e do ponto mais quente uma vez que, normalmente, é impraticável
controlar a duração do carregamento de emergência. Deve ser observado que, quando a temperatura
do ponto mais quente excede 140 °C, podem ser geradas bolhas de gás, as quais podem comprometer
a rigidez dielétrica do transformador (ver 5.3).

7.2.2 Acessórios e outras considerações

Além dos enrolamentos, outras partes do transformador, como buchas, conexões terminais de cabos,
comutadores de derivação e cabos de conexão, podem restringir a operação quando carregadas acima
de 1,5 vez a corrente nominal. A expansão e pressão do óleo podem igualmente impor restrições.

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7.2.3 Transformadores para ambientes fechados

Quanto transformadores forem utilizados em ambientes fechados, convém que uma correção seja
feita para a elevação da temperatura do topo do óleo nominal tomando em conta o enclausuramento.
Preferencialmente, esta elevação de temperatura adicional deve ser determinada por um ensaio
(ver 8.3.2).

7.2.4 Condições ambientais externas

Vento, raios solares e chuva podem afetar a capacidade de carregamento do transformador de distri-
buição, mas pela sua natureza imprevisível, torna-se impraticável considerar estes fatores.

7.3 Limitações específicas para transformadores de média potência

7.3.1 Limitações de corrente e temperatura

Não convém que os limites de corrente de carga, temperatura do ponto mais quente, temperatura
do topo do óleo e temperatura das partes metálicas excedam aos valores da Tabela 4. Além disso,
convém que seja considerado que quando a temperatura do ponto mais quente exceder 140 °C,
podem ser geradas bolhas de gás, as quais podem comprometer a rigidez dielétrica do transformador
(ver 5.3).

7.3.2 Acessórios, equipamentos associados e outras considerações

Além dos enrolamentos, outras partes do transformador como buchas, conexões terminais de cabos,
comutadores de derivação e cabos de conexão, podem restringir a operação quando carregados acima
de 1,5 vez a corrente nominal. A expansão e pressão do óleo podem igualmente impor restrições.
Considerações podem também ser dadas aos equipamentos associados como cabos, disjuntores,
transformadores de corrente etc.
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7.3.3 Requerimentos para suportabilidade a curto-circuito

Durante ou diretamente após a operação com carga superior à nominal de placa, transformadores
podem não atender aos requisitos térmicos de curto-circuito, como especificado na ABNT NBR 5356-5,
que são baseados em uma duração do curto-circuito de 2 s. Entretanto, a duração da corrente de
curto-circuito durante a operação do sistema é menor que 2 s na maioria dos casos.

7.3.4 Limitações de tensão

Salvo se existirem outras limitações por variações de tensão por fluxo variável (ver ABNT NBR 5356-1),
não convém que a tensão aplicada exceda a 1,05 vez tanto da tensão nominal (derivação principal)
como da tensão de derivação (outra derivações) em qualquer enrolamento do transformador.

7.4 Limitações específicas para grandes transformadores de potência


7.4.1 Generalidades

Para grandes transformadores de potência, limitações adicionais devem ser levadas em consideração,
principalmente quando associadas com elevado fluxo de dispersão. Neste caso específico, é reco-
mendável, quando da oferta ou da colocação do pedido de compra, especificar a capacidade de sobre-
carga necessária.

Em se tratando da deterioração térmica da isolação, os mesmos métodos de cálculos se aplicam a


todos os transformadores.

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De acordo com o estado atual do conhecimento, importância da alta confiabilidade em vista das conse-
quências de falha, torna-se aconselhável adotar uma abordagem mais conservativa e mais específica
em grandes unidades do que em unidades menores, juntamente com as seguintes considerações:

a) a combinação do fluxo de dispersão e fluxo principal nas colunas ou jugos do circuito magnético
(ver 5.2) faz os grandes transformadores mais vulneráveis à sobre-excitação do que os trans-
formadores menores, especialmente quando carregados acima dos valores nominais de placa.
Um aumento do fluxo de dispersão pode também causar aquecimentos adicionais em outras
partes metálicas por correntes parasitas;

b) as consequências da degradação das propriedades mecânicas da insolação como uma função


da temperatura e tempo, incluindo o desgaste devido à expansão térmica, podem ser mais severas
para grandes transformadores que nos menores;

c) não podem ser obtidas no ensaio de elevação de temperatura normal. Mesmo que nos ensaios
a corrente nominal não indique anormalidades, não é possível obter nenhuma conclusão para
correntes mais elevadas uma vez que a extrapolação pode não ter sido considerada no projeto;

d) cálculo da elevação da temperatura do ponto mais quente do enrolamento em correntes acima


da nominal, baseada nos resultados no ensaio de elevação de temperatura na corrente nominal,
pode ser menos confiável para grandes unidades do que para menores.

7.4.2 Limitações de corrente e temperatura

A corrente de carga, a temperatura do ponto mais quente, a temperatura do topo do óleo e a temperatura
das partes metálicas, que não sejam enrolamentos e ligações, mas mesmo assim em contato com
materiais isolantes sólidos, não podem exceder os limites estabelecidos na Tabela 4. Além disso,
deve ser considerado que quando a temperatura do ponto mais quente exceder 140 °C, podem ser
geradas bolhas de gás, as quais podem comprometer a rigidez dielétrica do transformador (ver 5.3).
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7.4.3 Acessórios, equipamentos associados e outras considerações

Ver 7.3.2.

7.4.4 Requerimentos para suportabilidade a curto-circuito

Ver 7.3.3.

7.4.5 Limitações de tensão

Ver 7.3.4.

8 Determinação das temperaturas


8.1 Elevação de temperatura do ponto mais quente em regime contínuo
8.1.1 Generalidades

Para a determinação das temperaturas ser rigorosamente exata, a temperatura do ponto mais quente
deve ser referida para a temperatura do óleo adjacente. Esta temperatura é assumida como sendo
a temperatura do topo do óleo dentro do enrolamento. As medições mostram que a temperatura
do topo do óleo dentro do enrolamento pode ser, dependendo do tipo de resfriamento, até 15 K mais
elevada do que a temperatura do topo do óleo do tanque.

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Para a maioria dos transformadores em serviço, a temperatura do topo do óleo dentro do enrolamento
não é conhecida com precisão. Por outro lado, para a maioria destas unidades, a temperatura do topo
do óleo na parte superior do tanque é bem conhecida, por meio de medição ou por cálculo.

As regras de cálculo nesta Parte da ABNT NBR 5356 são baseadas no seguinte:

a) ∆θor é a elevação da temperatura do topo do óleo do tanque acima da temperatura ambiente para
as perdas nominais K;

b) ∆θhr é a elevação da temperatura do ponto mais quente acima da temperatura do topo do óleo
do tanque à corrente nominal K.

O parâmetro ∆θhr pode ser definido por medição direta durante o ensaio de elevação de temperatura
ou por um método de cálculo validado por medições diretas.

8.1.2 Cálculo da elevação da temperatura no ponto mais quente por meio dos resultados de
ensaio de elevação de temperatura

Um diagrama térmico é assumido, como mostrado na Figura 2, no entendimento de que tal diagrama
é a simplificação de uma distribuição mais complexa. As suposições feitas nesta simplificação são:

a) a temperatura do óleo dentro do tanque aumenta linearmente de baixo para cima, independen-
temente do meio de resfriamento;

b) como uma primeira aproximação, a elevação de temperatura do condutor ao longo da altura


do enrolamento é assumida como sendo um aumento de forma linear, paralela à elevação de
temperatura do óleo, com um diferença constante gr entre as duas retas (gr sendo a diferença
entre a elevação média da temperatura do enrolamento medida por resistência, e a elevação
média da temperatura do óleo no tanque);
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c) a elevação da temperatura do ponto mais quente é maior do que a elevação de temperatura


do condutor na parte superior do enrolamento, conforme descrito em 8.1.2-b), porque deve ser
levado em consideração o aumento das perdas adicionais, as variações no fluxo de óleo e um
possível acréscimo de papel isolante no condutores. Para ter em conta estas não linearidades, a
diferença de temperatura entre o ponto mais quente e o topo do óleo no tanque é igual a H × gr,
isto é, ∆θhr = H × gr.

NOTA Em muitos casos, tem-se observado que a temperatura do óleo de saída do tanque é maior do que
a do óleo no poço do termômetro. Nestes casos, convém que a temperatura do óleo de saída do tanque seja
usada para carregamento.

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Y
H × gr

A
B

gr
P

Q
C

Legenda

A temperatura do topo do óleo obtida conforme a ABNT NBR 5356-2


B temperatura do óleo do tanque na parte superior do enrolamento (muitas vezes assumida como a mesma
temperatura A)
C temperatura média do óleo no tanque
D temperatura do óleo na parte inferior do enrolamento
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E fundo do tanque
gr gradiente de temperatura entre a média do enrolamento e a temperatura média do óleo (no tanque) na
corrente nominal
H fator do ponto mais quente
P temperatura do ponto mais quente
Q temperatura média do enrolamento determinado pela medição da resistência
X temperatura
Y posição relativa
■ ponto medido
● ponto calculado

Figura 2 – Diagrama térmico

8.1.3 Medição direta da elevação da temperatura do ponto mais quente

A medição direta com sondas de fibra óptica tornou-se disponível em meados da década de 80 e tem
sido praticada desde então em transformadores selecionados.

A experiência tem mostrado que pode haver gradientes de mais de 10 K entre diferentes localizações
no topo de enrolamento de um transformador normal [16]. Portanto, é improvável que a inserção de,
por exemplo, um a três sensores possam detectar o real ponto mais quente.

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É necessária uma conciliação entre a necessidade de inserir um grande número de sondas para
encontrar o local ideal, e os esforços e custos adicionais causados pela sondas de fibras ópticas.
Recomenda-se que sensores sejam instalados em cada enrolamento quando medições diretas do
ponto mais quente forem solicitadas.

Normalmente, os condutores mais próximos do topo do enrolamento estão expostos ao máximo fluxo
de dispersão e a temperatura mais elevada do óleo adjacente. É, portanto, natural considerar que o
condutor do topo tem o ponto mais quente. No entanto, as medições demonstraram que o local mais
quente pode estar localizado nos condutores mais baixos. Portanto, é recomendável que os sensores
sejam distribuídos entre os primeiros condutores, visto do topo do enrolamento [8]. O fabricante deve
definir as localizações dos sensores em função do cálculo das perdas/cálculos térmicos.

Exemplos de variações de temperatura no topo de um enrolamento são mostrados nas Figuras 3 e 4 [16].
A instalação de sondas de fibra óptica foi feita em um, transformador de 400 MVA, resfriamento ONAF.
Os valores apresentados são de regime contínuo no final de um ensaio de sobrecarga de 15 h.
Os valores de 107 K e 115 K foram tomados como elevação da temperatura do ponto mais quente dos
respectivos enrolamentos. A elevação de temperatura do topo do óleo ao final do ensaio foi de 79 K,
isto é, ∆θhr = 28 K para o enrolamento de 120 kV e ∆θhr = 36 K para o enrolamento de 410 kV.

102
106
Saída
107
102

103
Fase B –

103
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101

Figura 3 – Elevação de temperatura local acima da temperatura do ar


no enrolamento de 120 kV com um fator de carga de 1,6

107
Fase B

114

114

114
Saída
100

115

98

Figura 4 – Elevação de temperatura local acima da temperatura do ar


no enrolamento de 410 kV com um fator de carga de 1,6

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Os sensores devem ser inseridos em ranhuras nos espaçadores radiais de tal forma que só haja
isolamento do condutor e uma fina camada adicional de papel entre o sensor e o metal condutor
(ver Figura 5). As calibrações têm demonstrado que uma precisão razoável é obtida desta forma [17].

Figura 5 – Dois sensores de fibra óptica instalados em um espaçador


antes de serem montados no enrolamento de 120 kV

O fator de ponto mais quente H é tomado como sendo a razão entre o gradiente ∆θhr para a sonda
mais quente e o gradiente do enrolamento médio-óleo médio gr. No exemplo de medição, os valores
de g foram 23 K para o enrolamento de 120 kV e 30 K para o enrolamento de 410 kV. Isso significa
que os valores de H foram 1,22 e 1,20, respectivamente.
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8.1.4 Fator de ponto mais quente (Hot-Spot factor)

O fator do ponto mais quente H é específico do enrolamento e deve ser determinado caso a caso,
quando necessário. Estudos mostram que o fator H varia dentro da faixa de 1,0 a 2,1, dependendo
do tamanho do transformador, da sua impedância de curto-circuito e do projeto do enrolamento [18].

O fator H deve ser definido por meio de medição direta (ver 8.1.3) ou por um procedimento de cálculo
baseado nos princípios fundamentais de perdas e de transferência de calor, e fundamentado por
medições diretas em transformadores em processo de fabricação ou protótipo.

Para transformadores de distribuição-padrão com uma impedância de curto-circuito ≤ 8 %, o valor


de H = 1,1 pode ser considerado suficientemente preciso para considerações de carregamento.
Nos exemplos de cálculo do Anexo E, presume-se que H = 1,1 para transformadores de distribuição
e H = 1,3 para transformadores de média potência e transformadores de grande porte.

Um procedimento de cálculo baseado nos princípios fundamentais de perda e de transferência de calor


deve considerar o seguinte [19]:

a) o fluxo do óleo dentro dos canais dos enrolamentos. A transferência de calor, a velocidade do
óleo e a temperatura do fluido resultante devem ser modeladas para cada canal de refrigeração;

b) a distribuição das perdas nos enrolamentos. Uma das principais causas de perdas adicionais
localizadas nos condutores do enrolamento é a perda por corrente de Foucault devido ao fluxo
radial nas extremidades do enrolamento, onde o fluxo de dispersão intercepta a maior dimensão

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dos condutores. As perdas totais nos referidos condutores devem ser determinadas usando as
perdas por corrente de Foucault e perdas por correntes circulantes, além das perdas medidas por
corrente contínua. As conexões que estão sujeitas ao aquecimento pelo fluxo de dispersão, como
as conexões entre enrolamentos e algumas soldas de derivação dos enrolamentos, também
devem ser consideradas;

c) os efeitos de transferência térmica por condução dentro do enrolamento, causada por diferentes
espessuras dos isolantes usados em todo o enrolamento;

d) características locais do projeto ou restrições locais ao fluxo do fluido:

—— o Isolamento de cada camada pode ter uma espessura diferente ao longo de um enrolamento
tipo camada, e o isolamento próximo ao canal de resfriamento influencia a transferência de
calor;

—— arruelas de direcionamento de fluxo reduzem a transferência de calor no líquido no caso de


um enrolamento refrigerado em zigue-zague (ver Figura 6);
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Figura 6 – Enrolamento resfriado em zigue-zague onde a distância entre todos os setores


é o mesmo e a arruela de direcionamento de fluxo está instalada no espaço entre os discos

—— possível isolamento extra nas espiras finais e nos condutores das saídas terminais dos
enrolamentos;

—— nem todos os dutos de resfriamento se estendem completamente em volta do enrolamento


em transformadores de distribuição e transformadores de potência de pequeno porte. Alguns
canais de resfriamento localizados somente na parte do enrolamento externa ao núcleo
(ver Figura 7). Tal “arranjo com canais em colapso” provoca um gradiente de temperatura
circunferencial a partir do centro do enrolamento sem canais sob o jugo para o centro do
enrolamento externo ao núcleo, onde estão localizados os canais de resfriamento.

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Figura 7 – Vista superior de um enrolamento retangular com


“arranjo de canais de resfriamento em colapso”, sob os jugos

8.2 Temperaturas do topo do óleo e do ponto mais quente em variações de temperatura


ambiente e condições de carga

8.2.1 Generalidades

Esta subseção fornece duas alternativas de descrever a temperatura do ponto mais quente em função
do tempo para a variação de carga e da temperatura ambiente:

a) solução de equações exponenciais, adequadas para uma variação de carga de acordo com uma
função degrau. Este método é particularmente adequado para a determinação dos parâmetros
de transferência de calor realizada por meio de ensaios, especialmente por parte dos fabricantes
[20], e leva a bons resultados nos seguintes casos:
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—— cada degrau de acréscimo de carga é seguido por um decréscimo de carga ou vice-versa;

—— no caso de N sucessivos degraus de acréscimo de carga (N ≥ 2), cada um dos primeiros


(N – 1) degraus precisa ser longo o suficiente para que o gradiente do ponto mais quente sob
o topo do óleo ∆θh alcance o regime permanente. A mesma condição é válida no caso de N
sucessivos degraus de decréscimo de carga (N ≥ 2);

b) solução de equações diferenciais, adequadas para o fator de carga K e temperatura ambiente


θa, ambos variando arbitrariamente no tempo. Este método é particularmente aplicável para o
monitoramente online [21], especialmente por não haver restrições quanto ao perfil da carga.

NOTA Para resfriamento ON e OF, a alteração da viscosidade do óleo se contrapõe ao efeito da variação
da resistência ôhmica dos condutores. De fato, o efeito do resfriamento em decorrência da alteração da
viscosidade do óleo é mais forte que o efeito do aquecimento na variação da resistência. Implicitamente,
este fato é levado em conta pelo valor do expoente do enrolamento de 1,3 na Tabela 5. Para resfriamento OD,
a influência da viscosidade do óleo na elevação de temperatura é pequena, e convém que o efeito da
variação da resistência ôhmica seja considerado. Um termo de correção aproximada (com o respectivo sinal)
para a elevação de temperatura do ponto mais quente em OD é 0,15 × (∆θh – ∆θhr).

8.2.2 Solução de equações exponenciais

Um exemplo de uma variação do carregamento de acordo com uma função degrau, onde cada degrau
de acréscimo de carga é seguido por um degrau de decréscimo de carga, é mostrado na Figura 8
(os detalhes do exemplo são apresentados no Anexo B).

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θh

θo

K5

K3

K1

K2
K4

Legenda

θh temperatura do ponto mais quente do enrolamento


θo temperatura do topo do óleo no tanque
K1 igual a 1,0 K2 igual a 0,6 K3 igual a 1,5 K4 igual a 0,3 K5 igual a 2,1

Figura 8 – Resposta da temperatura em função das alterações dos degraus da corrente de carga

A temperatura do ponto mais quente é igual à soma da temperatura ambiente, da elevação do topo do
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óleo no tanque e da diferença de temperatura entre o ponto mais quente e o topo do óleo no tanque.

O aumento da temperatura a um nível correspondente a um fator de carga K é dado por:


 x 
1 + R × K 2 
θh (t ) = θa + ∆θoi +  ∆θor ×   − ∆θoi  × f1 (t ) + ∆θhi + {Hg r K y − ∆θhi } × f2 (t ) (5)
  1+ R  
Correspondentemente, a diminuição da temperatura a um nível correspondente a um fator de carga
K é dada por:
x  x
1 + R × K 2   1 + R × K 2   (6)
θh (t ) = θa + ∆θor ×   +  ∆θoi − ∆θor ×  1 + R   × f3 (t ) + Hg r K
y
 1 + R     

O expoente x do topo do óleo e o expoente y do enrolamento são dados na Tabela 5 [22].

A função f1(t) descreve o acréscimo da elevação da temperatura do topo do óleo em relação ao seu
valor em regime permanente considerado unitário:

(
f1 (t ) = 1 − e( −t ) / (k11 ×τ0 ) ) (7)

onde

k11 é a constante dada na Tabela 5;

τ0 é a constante de tempo médio do óleo, expressa em minutos (min).

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A função f2(t) descreve o acréscimo relativo do gradiente do ponto mais quente acima do topo do óleo
em relação ao seu valor em regime permanente considerado unitário. A função modela o fato de levar
um certo tempo antes da circulação do óleo ter adaptado a sua velocidade correspondente ao acrés-
cimo do nível de carga:

( ) (
f2 (t ) = k21 × 1 − e( −t ) / (k22 ×τ w ) − (k21 − 1) × 1 − e( −t ) / (τ0 /k22 ) ) (8)

As constantes k11, k21, k22 e as constantes de tempo τw e τ0 são específicas do transformador. Elas
podem ser determinadas em um ensaio prolongado de elevação de temperatura durante o período de
aplicação de “perdas em vazio + perdas em carga”, se as perdas supridas e as condições de resfriamento
correspondentes, por exemplo AN ou AF, forem mantidas inalteradas desde o início até atingir o regime
permanente. Neste caso, é necessário assegurar que o ensaio de elevação de temperatura se inicie
quando o transformador estiver aproximadamente à temperatura ambiente. É óbvio que k21, k22 e τw
podem ser definidos apenas se o transformador estiver equipado com sensores de fibra óptica. Se τ0
e τw não forem definidos no ensaio de elevação de temperatura, estas constantes podem ser definidas
por meio de cálculos (ver Anexo A). Na ausência dos valores específicos do transformador, os valores
na Tabela 5 são recomendados. Os gráficos correspondentes são apresentados na Figura 9.

NOTA 1 A menos que as condições de corrente e resfriamento permaneçam inalteradas durante o processo
de aquecimento por tempo suficiente para projetar a tangente à curva inicial de aquecimento, as constantes
de tempo não podem ser determinadas a partir do ensaio de aquecimento realizado de acordo com as
Normas Brasileiras.

NOTA 2 Os gráficos da função f2(t) observados para transformadores de distribuição são similares ao
gráfico 7 da Figura 9, isto é, transformadores de distribuição não apresentam uma sobre-elevação acima do
ponto mais quente nominal em um degrau de acréscimo na corrente de carga aplicada como acontece em
transformadores de potência com resfriamento ON e OF.

A função f3(t) descreve a redução relativa do gradiente do topo do óleo sobre o ambiente de acordo com o
valor da diminuição total considerado unitário:
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f3 (t ) = e( −t ) / (k11 ×τ0 )

Tabela 5 – Características térmicas recomendadas para equações exponenciais


Transformadores
Transformadores de média e grande potência
de distribuição
ONAN ONAF OF
ONAN restrito ONAN restrito ONAF restrito OF OD
(ver Nota) (ver Nota) (ver Nota)
Expoente do
0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 1,0 1,0 1,0
óleo x
Expoente do
1,6 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 2,0
enrolamento y
Constante k11 1,0 0,5 0,5 0,5 0,5 1,0 1,0 1,0
Constante k21 1,0 3,0 2,0 3,0 2,0 1,45 1,3 1,0
Constante k22 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 1,0 1,0 1,0
Constante de
180 210 210 150 150 90 90 90
tempo τ0
Constante de
4 10 10 7 7 7 7 7
tempoτw
NOTA Se um enrolamento de um transformador com resfriamento tipo ON ou OF for resfriado com guia de óleo
em zigue-zague, uma espessura radial dos espaçadores menor que 3 mm pode causar restrição à circulação do
óleo, ou seja, um maior valor máximo da função f2(t) do que a obtida para espaçadores maiores ou iguais a 3 mm.

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2,5
1
2
3
4
2,0

1,5

f2 (t)

1,0

5
6
0,5
7

0,0
0 60 120 180 240 300 360 420 480
t min

Legenda

1 ONAN (fluxo restrito do óleo) 5 OF (fluxo restrito do óleo)


2 ONAN 6 OF
3 ONAF (fluxo restrito do óleo) 7 OD e transformadores de distribuição
4 ONAF

Figura 9 – Função f2(t) gerada a partir dos valores dados na Tabela 5

Um exemplo de aplicação de solução das equações exponenciais é dado no Anexo B.


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8.2.3 Solução de equações diferenciais

Esta subseção descreve o uso de equações diferenciais de transferência de calor, aplicável para
variações arbitrárias no tempo do fator de carga K e da temperatura ambiente θa. Estas equações se
destinam a serem a base de aplicativos computacionais para o processamento de dados, a fim de
definir a temperatura do ponto mais quente em função do tempo e consequentemente o consumo de
vida da isolação correspondente. As equações diferenciais são representadas na forma de diagrama
de blocos na Figura 10.

No lado esquerdo da Figura 10, observa-se que as entradas são o fator de carga K e a temperatura
ambiente θa. No lado direito, observa-se que a saída é a temperatura do ponto mais quente θh.
A variável de Laplace s é essencialmente o operador derivativo d/dt.

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K ∆θ h θh
y k21 k21 - 1 +
∆θ hr K -
1 + k22τ w s 1 + (τ 0 / k22 ) s
θo
+

x
1+ K 2R 1 ∆θ o +
∆θ or
1+ R 1 + k11τ 0 s +

θa 1
1 + k11τ 0 s

θo

Figura 10 – Representação do diagrama de blocos das equações diferenciais

Na Figura 10, o segundo bloco na parte superior representa a dinâmica da elevação do ponto mais
quente. O primeiro termo (com o numerador k21) representa a elevação fundamental da temperatura
do ponto mais quente, antes de se considerar a mudança na passagem do fluxo do óleo sobre o ponto
mais quente. O segundo termo (com o numerador k21 – 1) representa a taxa de variação da passa-
gem do óleo sobre o ponto mais quente, um fenômeno que muda muito mais lentamente. O efeito
combinado destes dois termos considera o fato de que uma elevação repentina no carregamento pode
causar um elevado pico inesperado na elevação de temperatura do ponto mais quente, logo após
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a mudança de carregamento repentina. Os valores para k11, k21, k22 e outros parâmetros apresen-
tados são discutidos em 8.2.2 e valores sugeridos são dados na Tabela 5.

Se a temperatura do topo do óleo puder ser medida como um sinal elétrico por um dispositivo compu-
tacional, então uma formulação alternativa é o caminho da linha tracejada, com a chave na posição
para a direita; o caminho para o cálculo do topo do óleo (chave para a esquerda) não é requerido.
Todos os parâmetros são definidos em 8.2.2.

O intervalo de tempo deve ser inferior à metade da menor constante de tempo τw a fim de se obter
uma precisão razoável. Adicionalmente, não convém que τw e τ0 sejam considerados iguais a zero.

A interpretação dos blocos na Figura 10, como equações diferenciais convencionais, é descrita em
detalhes no Anexo C.

8.3 Temperatura ambiente

8.3.1 Transformadores instalados ao tempo resfriados a ar

Para considerações dinâmicas, como monitoramento ou carregamento de emergência de curta


duração, é conveniente usar a temperatura real do ar como temperatura ambiente.

Para considerações do projeto e ensaio, as seguintes temperaturas equivalentes são tomadas como
temperatura ambiente.

a) a temperatura ambiente anual ponderada é utilizada para o cálculo de envelhecimento térmico;

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b) a temperatura média mensal do mês mais quente é usada para o cálculo da máxima temperatura
do ponto mais quente.

NOTA Em relação à temperatura ambiente, ver também a ABNT NBR 5356-2.

Se a temperatura ambiente variar consideravelmente durante o ciclo de carga, então a temperatura


ambiente ponderada é uma constante e fictícia a qual causa o mesmo envelhecimento que a
temperatura variável atuando durante esse tempo. Para o caso de um aumento de temperatura de 6 K,
a taxa de envelhecimento dobra e a variação da temperatura ambiente pode ser assumida como
senoidal, a temperatura ambiente anual ponderada, θE, é igual a:
1,85
θE = θ ya + 0, 01 × 2 (θma − máx. − θ ya ) (10)

onde

θma-máx. é a temperatura média mensal do mês mais quente (que é igual à soma dos valores
da média das máximas diárias e a média das mínimas diárias, medida em graus Celsius
(°C), durante esse mês, por 10 anos ou mais, dividido por 2);

θya é a temperatura média anual, que é igual à soma da temperatura média mensal, medida
em graus Celsius (°C), dividido por 12.

EXEMPLO Usando valores médios mensais (mais precisamente usando valores ponderados mensal-
mente) para θa

θma-máx. = 30 °C dois meses

θma = 20 °C durante quatro meses Média θya = 15,0 °C


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θma = 10 °C durante quatro meses Média ponderada θE = 20,4 °C

θma = 0 °C por dois meses

A temperatura ambiente utilizada nos exemplos de cálculo no Anexo E é de 20 °C.

8.3.2 Correção da temperatura ambiente para transformador abrigado

O transformador operando em um ambiente abrigado é submetido a uma elevação extra de tempe-


ratura que é cerca de metade da elevação da temperatura do ar nesse ambiente.

Para transformadores instalados em ambiente enclausurado de metal ou concreto, ∆θor nas Equações 5
e 6 deve ser substituído por ∆θ’or da seguinte forma:

∆θ 'or = ∆θor + ∆ ( ∆θor ) (11)

onde ∆(∆θor) é a elevação extra da temperatura do topo do óleo sob carga nominal.

É fortemente recomendado que esta elevação extra de temperatura seja determinada por ensaio,
mas quando os resultados desses ensaios não estiverem disponíveis, os valores indicados na Tabela 6
para diferentes tipos de enclausuramento podem ser usados. Convém que estes valores sejam divi-
didos por dois para obter aproximadamente a elevação extra da temperatura do topo do óleo.

NOTA Quando o enclausuramento não afetar o sistema de resfriamento, nenhuma correção é necessária,
segundo a Equação 11.

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Tabela 6 – Correção para o aumento da temperatura ambiente devido ao enclausuramento


Correção a ser adicionada
à temperatura ambiente
ponderada
Número de
K
Tipo de enclausuramento transformadores
instalados Potência do transformador
kVA
250 500 750 1 000
1 11 12 13 14
Abrigos subterrâneos com ventilação 12
2 13 14 16
natural
3 14 17 19 22
1 7 8 9 10
Porões e edifícios com ventilação natural
2 8 9 10 12
fraca
3 10 13 15 17
Edifícios com boa ventilação natural 1 3 4 5 6
e abrigos subterrâneos e porões com 2 4 5 6 7
ventilação forçada 3 6 9 10 13
Cubículos (ver Nota 2) 1 10 15 20 −
NOTA 1 Os valores de correção da temperatura nesta Tabela foram estimados para as condições típicas
de carga da subestação utilizando valores representativos das perdas do transformador. Eles são baseados
nos resultados de uma série de ensaios de resfriamento natural e forçados em subestações e abrigos
subterrâneos e em medições aleatórias em subestações e em cubículos.
NOTA 2 Esta correção para cubículos não é necessária quando o ensaio de elevação de temperatura for
realizado com transformador instalado no cubículo, como uma unidade completa.
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8.3.3 Transformadores com trocadores de calor óleo-água

Em transformadores com trocadores de calor óleo-água, a temperatura ambiente é a temperatura


de entrada da água, a qual mostra uma variação no tempo menor do que no ar.

9 Influência dos comutadores sob carga


9.1 Generalidades

Todos os valores utilizados nas Equações 5 e 6 tem que corresponder à derivação na qual o transfor-
mador está operando.

Por exemplo, considerar o caso onde a tensão AT é constante, e é solicitado que a tensão BT se man-
tenha constante para uma determinada carga. Se isto requer que o transformador esteja na derivação
+15 % no lado BT, a elevação da temperatura do óleo, as perdas e os gradientes nominais têm que
ser medidos ou calculados para esta derivação.

Considerar também o caso de um autotransformador com um comutador sob carga na qual


o enrolamento série tenha a máxima corrente em uma determinada posição extrema da faixa do
comutador enquanto o enrolamento comum tem a máxima corrente na outra posição extrema da faixa
do comutador.

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9.2 Perdas em curto-circuito

As perdas em curto-circuito do transformador são função da posição da derivação. Diversas cone-


xões diferentes do enrolamento de regulação e do enrolamento principal podem ser realizadas.
Uma maneira universal de calcular a razão das perdas do transformador como uma função da
posição da derivação é mostrada na Figura 11. Uma função linear é calculada entre a posição nominal
da derivação e as posições mínima e máxima.
Y
Rmín .

R máx.
m2
m1
Rr + 1
Rr

tapmín. tapr tapr+1 tapmáx. X

Rr − Rmín Rmáx − Rr +1
m1 = m2 =
tapr − tapmín tapmáx − tapr +1
Legenda

X posição da derivação (tap)


Y razão das perdas
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Figura 11 – Princípio de perdas como função da posição da derivação

9.3 Razão de perdas

A elevação da temperatura do óleo máximo é uma função da razão de perdas R. As perdas em vazio
são assumidas como constante. Usando uma aproximação linear, R pode ser determinada como uma
função da posição da derivação.

Para posições de derivação acima da posição da derivação nominal (de tapr+1 para tapmáx.), usar a
equação a seguir:

R(tap) = Rr+1 + (tap – tapr+1) × m2 (12)

Para posições de derivação abaixo da posição de derivação nominal ( de tapmín. para tapr), usar a
equação a seguir:

R(tap) = Rr + (tap – tapr) × m1 (13)

9.4 Fator de carga

A elevação de temperatura enrolamento-óleo depende principalmente do fator de carga K não ser


dependente da posição de derivação.

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Anexo A
(informativo)

Cálculo da constante de tempo do enrolamento e do óleo

A constante de tempo do enrolamento é calculada como a seguir:


m ×c ×g
τw = w (A.1)
60 × PW
onde

τw é a constante de tempo do enrolamento, expressa em minutos (min), para a carga considerada;

g é o gradiente de temperatura enrolamento - óleo em K para a carga considerada;

mW é a massa do enrolamento, expressa em quilogramas (kg);

c é o calor específico do material do condutor utilizado em Ws/(kg.K) (c = 390 para o cobre e 890
para o alumínio);

PW é a perda no enrolamento em W para a carga considerada.

A Equação A.1 também pode ser representada conforme a seguir:


g (A.2)
τ w = 2, 75 × para Cu
(1 + Pe ) × s 2
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g (A.3)
τ w = 1,15 × para Al
(1 + Pe ) × s 2

onde

Pe é a relação entre a perda adicional e ôhmica do enrolamento, expressa em p.u.;

s é a densidade de corrente, expressa em amperes por milímetro quadrado (A/mm2) para a


carga considerada.

A constante de tempo do óleo é calculada conforme os princípios indicados na referência [15].


Isso significa que a capacidade térmica C para os tipos de resfriamento ONAN e ONAF é:

C = 0,132 × mA + 0,088 2 × mT + 0,400 × mo (A.4)

onde

mA é a massa do núcleo e enrolamento (parte ativa), expressa em quilogramas (kg);

mT é a massa do tanque e acessórios, expressa em quilogramas (kg) (somente acessórios em


contato com o óleo devem ser usados).

mo é a massa do óleo, expressa em quilogramas (kg).

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Para o tipo de resfriamento OF ou OD, a capacidade térmica C é calculada como a seguir:

C = 0,132 × (mA + mT) + 0,580 × mo (A.5)

A constante de tempo do óleo para uma carga considerada é calculada conforme a equação a seguir:
C × ∆θom × 60 (A.6)
τo =
P

onde

τo é a constante de tempo média do óleo, expressa em minutos (min);

∆θom é a elevação média de temperatura do óleo acima da temperatura ambiente em K para


a carga considerada;

P é a perda total aplicada em W para a carga considerada.


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Anexo B
(informativo)

Exemplo prático do método de equações exponenciais

B.1 Introdução
As curvas na Figura 8 foram tomadas a partir de um exemplo real e os detalhes do caso são dados
neste Anexo. Um transformador de 250 MVA, com resfriamento ONAF foi ensaiado como a seguir.
Durante cada período, a corrente de carga foi mantida constante, isto é, as perdas mudaram devido
à variação da resistência durante cada etapa de carregamento. O fluxograma correspondente está no
Anexo D.

Tabela B.1 – Patamares de carga do transformador de 250 MVA


Período
Fator de carga
min
0 – 190 1,0
190 – 365 0,6
365 – 500 1,5
500 – 710 0,3
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710 – 735 2,1


735 – 750 0,0

Cada um dos dois enrolamentos principais foram equipados com oito sensores de fibra óptica. O ponto
mais quente foi encontrado no interior do enrolamento principal (118 kV). Neste exemplo, a variação
da temperatura do ponto mais quente durante o período de 0 min a 750 min é definida de acordo com
o método de cálculo descrito em 8.2.2. Uma comparação com a curva medida é feita.

Os dados característicos do transformador necessários para o cálculo são:

θa = 25,6 °C
∆θor = 38,3 K
R = 1 000 (porque o ensaio foi feito por meio do método de curto-circuito)
H = 1,4 (definido por meio de medição, ver 8.1.3)
gr = 14,5 K
τw = 4,6 min a 8,7 min (depende do caso de carregamento. O valor da Tabela 5, ou seja, 7 min,
é utilizado no cálculo)
τo = 162 min a 170 min (depende do caso de carregamento. O valor da Tabela 5, ou seja, 150 min,
é utilizado no cálculo)

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O enrolamento é resfriado com sistema zigue-zague (guia de óleo) com espaçadores maiores ou
iguais a 3 mm.

B.2 Período de 0 min a 190 min


∆θoi = 12,7 K (Este ensaio foi iniciado às 08 h 20 min da manhã. Na noite anterior, um ensaio
com sobrecarga de 1,49 pu havia sido concluído às 22 h 00 min)
K = 1,0
∆θhi = 0,0 K

As Equações 5, 7 e 8 resultam na variação da temperatura do ponto mais quente em função do tempo,


portanto, a partir da Equação 5:
 0,8 
1 + 1000 × 1, 02 
θh (t ) = 25, 6 + 12, 7 + 38, 3 ×   − 12, 7  × f1 (t ) + 0, 0 + {1, 4 × 14, 5 × 1, 01,3 − 0, 0} × f2 (t )
 1 + 1000 
 
Da Equação 7:

(
f1 (t ) = 1 − e( −t ) / (0,5 ×150) )
Da Equação 8:

( ) (
f2 (t ) = 2, 0 × 1 − e( −t ) / (2,0 × 7) − (2, 0 − 1, 0) × 1 − e( −t ) / (150 / 2,0) )

B.3 Período de 190 min a 365 min


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∆θoi = 36,2 K (calculado em B.2)


K = 0,6
∆θhi = 22,0 K (calculado em B.2)

As Equações 6 e 9 resultam na variação da temperatura do ponto mais quente em função do tempo,


portanto, a partir da Equação 6:
0,8  0,8
1 + 1000 × 0, 62  1 + 1000 × 0, 62  
θh (t ) = 25, 6 + 38, 3 ×   + 36, 2 − 38, 3 ×    × f3 (t ) + 1, 4 × 14, 5 × 0, 6
1,3
 1 + 1000    1 + 1000  
Da Equação 9:

f3 (t ) = e( −t ) / (0,5 ×150)

B.4 Período de 365 min a 500 min


∆θoi = 18,84 K (calculado em B.3)
K = 1,5
∆θhi = 10,45 K (calculado em B.3)

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O cálculo é idêntico ao efetuado em B.2, com as seguintes substituições na Equação 5:

a) 12,7 é substituído por 18,84;

b) 1,0 é substituído por 1,5;

c) 0,0 é substituído por 10,45.

B.5 Período de 500 min a 710 min


∆θoi = 64,1 K (calculado em B.4)
K = 0,3
∆θhi = 37,82 K (calculado em B.4)

O cálculo é idêntico ao efetuado em B.3, com as seguintes substituições na Equação 6:

a) 36,2 é substituído por 64,1;

b) 0,6 é substituído por 0,3;

c) 22,0 é substituído por 37,82.

B.6 Período de 710 min a 735 min


∆θoi = 9,65 K (calculado em B.5)
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K = 2,1
∆θhi = 4,24 K (calculado em B.5)

O cálculo é idêntico ao efetuado em B.4, com as seguintes substituições na Equação 5:

a) 18,84 é substituído por 9,65;

b) 1,5 é substituído por 2,1;

c) 10,45 é substituído por 4,24.

B.7 Período de 735 min a 750 min


∆θoi = 41,36 K (calculado em B.6)
K = 0,0
∆θhi = 71,2 K (calculado em B.6)

O cálculo é feito da mesma forma como em B.3 e B.5.

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B.8 Comparação com os valores medidos


As curvas de temperatura do ponto mais quente do enrolamento calculadas e medidas são mostradas
na Figura B.1. As curvas correspondentes para a temperatura do topo de óleo são mostradas na
Figura B.2. Os valores numéricos ao final de cada passo de carga são mostrados na Tabela B.2.

θh

160

140

120

100

80

60

40

20

0
0 60 120 180 240 300 360 420 480 540 600 660 720 780 840 t

Legenda
X tempo t (em minutos) — valores medidos
Y temperatura θh, (em graus Celsius) - - - valores calculados

Figura B.1 – Resposta da temperatura do ponto mais quente do enrolamento


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para alteração do patamar da corrente de carga


θo
160

140

120

100

80

60

40

20

0
0 60 120 180 240 300 360 420 480 540 600 660 720 780 840 t

Legenda
X tempo t (em minutos) — valores medidos
Y temperatura θh, (em graus Celsius) - - - valores calculados

Figura B.2 – Resposta da temperatura do topo de óleo para alteração


do patamar da corrente de carga

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Tabela B.2 – Temperaturas no final de cada patamar de carga

Temperatura do ponto mais


Temperatura do topo de óleo
quente do enrolamento
Tempo (min)/Fator de carga °C
°C
Calculado Medido Calculado Medido
190/1,0 61,8 58,8 83,8 82,2
365/0,6 44,4 47,8 54,9 58,6
500/1,5 89,7 80,8 127,5 119,2
710/0,3 35,3 46,8 39,5 49,8
735/2,1 67,0 65,8 138,2 140,7
750/0,0 59,5 68,2 59,5 82,4
O método de cálculo nesta Parte da ABNT NBR 5356 destina-se a produzir valores apropriados, espe-
cialmente no aumento da carga (indicado por entradas em negrito na Tabela B.2).
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Anexo C
(informativo)

Ilustração do método de solução das equações diferenciais

C.1 Introdução
Este Anexo fornece informações mais detalhadas sobre o método de equações diferenciais apre-
sentado em 8.2.3 e descreve como elas são resolvidas por conversão em equações de diferenciais.
Um exemplo é fornecido.

C.2 Generalidades
A formulação das equações de aquecimento como exponenciais é particularmente adequada para
a determinação dos parâmetros de transferência de calor por ensaios e para cenários simplificados.
No campo, a determinação da temperatura do ponto mais quente é mais provável de ser requerida
para o fator de carga K e temperatura ambiente θa variando no tempo.

Para esta aplicação, é mais indicado o uso das equações diferenciais de transferência de calor.
Estas equações são facilmente resolvidas por conversão em equações de diferença como mostrado
na sequência.
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C.3 Equações diferenciais


Quando os princípios de transferência de calor forem aplicados aos transformadores de potência,
as equações diferenciais são lineares somente para resfriamento com fluxo de óleo dirigido OD.
Para outras formas de resfriamento, OF e ON, o fluxo de circulação do meio de resfriamento depende
da temperatura do líquido refrigerante por si só. Da mesma forma, se não existirem ventiladores,
o fluxo de ar no radiador depende da temperatura do ar, enquanto que se há ventiladores, não depende.
Similarmente, se não há bombas de óleo ou o óleo não é dirigido, o fluxo de óleo depende da sua
própria temperatura, enquanto que se há bombas e óleo dirigido, não depende.

A consequência disto é que para resfriamentos ON e OF, as equações diferenciais são não lineares, impli-
cando que a elevação da temperatura tanto do topo do óleo quanto do ponto mais quente, em resposta
a uma mudança abrupta na corrente de carga, não é verdadeiramente uma função exponencial [21].

No entanto, para evitar uma complexidade desnecessária, nesta Parte da ABNT NBR 5356, considera-se
que a relação não linear afeta apenas o valor final de qualquer mudança de temperatura que ocorra,
e que a temperatura em função do tempo ainda é exponencial, independentemente do resfriamento
ON, OF ou OD. Pode ser mostrado que o erro não é significativo.

Como resultado, a equação diferencial da temperatura do topo do óleo (entradas K, θa. saída θo) é
x
1 + K 2R  dθ o (C.1)
 1 + R  × ( ∆θor ) = k11τo × dt + [θo − θa ]
 
Todos os símbolos para as variáveis e parâmetros são definidos no início deste documento.

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A equação diferencial da elevação da temperatura do ponto mais quente (entrada K, saída ∆θh) é mais
facilmente resolvida como a soma de duas equações diferenciais, onde

Δθh = Δθh1 – Δθh2 (C.2)

As duas equações são


d ∆θh1
k21 × K y × ( ∆θhr ) = k22 × τ w × + ∆θh1 (C.3)
dt
e
d ∆θh2
(k21 − 1) × K y × ( ∆θhr ) = ( τo /k22 ) × + ∆θh2 (C.4)
dt
cujas soluções são combinadas de acordo com a Equação C.2.

A equação final para a temperatura do ponto mais quente é

θh = θo + Δθh (C.5)

Quanto às Equações C.2 a C.4, a complexidade é devido ao fato de que o meio de resfriamento
de óleo tem inércia mecânica, além de inércia térmica. No que diz respeito aos transformadores de
potência, o efeito é maior para o resfriamento natural (ON), um pouco menor para resfriamento de
fluxo de óleo forçado não dirigido (OF) e desprezível para o resfriamento de fluxo de óleo forçado
dirigido (OD). Também é desprezível para transformadores de distribuição (ver 8.2.2).

A representação em diagrama de blocos destas equações é mostrada em 8.2.3.

C.4 Conversão para equações diferenciais


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As soluções das equações diferenciais anteriores não podem ser obtidas em termos de funções mate-
máticas simples como exponenciais, a menos que as funções de entrada também sejam simples: por
exemplo, funções degrau. Para um transformador instalado, a corrente de carga e a temperatura
ambiente não são funções do tempo bem definidas. Se aproximações forem feitas, por exemplo,
aproximando a corrente de carga como uma série de degraus e mantendo a temperatura ambiente
constante, então, os resultados também serão apenas aproximados.

Se as equações diferenciais forem convertidas em equações de diferença, então a solução é bastante


simples, mesmo em uma simples planilha de cálculo.

As equações diferenciais de C.3 podem ser escritas como as seguintes equações diferenciais, onde D
representa uma diferença em um pequeno intervalo de tempo.

A Equação C.1 torna-se:

x (C.6)
Dt  1 + K 2R  
Dθo =   × ( ∆θor ) − [θo − θa ]
k11τo   1 + R  

O operador D representa uma diferença na variável associada que corresponde a cada passo de
tempo Dt. A cada intervalo de tempo, o valor de Dθo no instante n é calculado a partir do valor no ins-
tante n-1 usando

θo(n) = θo(n-1) + Dθo(n) (C.7)

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As Equações C.3 e C.4 tornam-se


Dt (C.8)
D ∆θh1 = × k21 × ∆θhr K y − ∆θh1
k22 τ w 

e
Dt
D ∆θh2 = × (k21 − 1) × ∆θhr K y − ∆θh2  (C.9)
(1/k22 ) τo 

Os valores de ∆θh1 e ∆θh2 no instante n são calculados de maneira similar à Equação C.7.

A elevação da temperatura do ponto mais quente no instante n é dada por:

Δθh(n) = Δθh1(n) – Δθh2(n) (C.10)

Finalmente, a temperatura do ponto mais quente no instante n é dada por:

θh(n) = θo(n) + θh(n) (C.11)

Para uma solução precisa, o passo de tempo Dt deve ser tão pequeno quanto possível, certamente,
não superior à metade da menor constante de tempo do modelo térmico. Por exemplo, se a constante
de tempo para o enrolamento considerado for de 4 min, o intervalo de tempo não pode ser maior que
2 min.

NOTA Convém que τw e τo não sejam nulos.

Também existem, teoricamente, métodos de solução de análise numérica mais precisos do que aquele
utilizado nas Equações C.6 a C.9, por exemplo, métodos trapezoidal ou de Runge-Kutta. No entanto,
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estes métodos de maior complexidade não garantem resultados mais precisos considerando a impre-
cisão dos dados de entrada.

As equações diferenciais de 6.3, que expressam a perda de vida do isolamento de celulose, também
podem ser convertidas para equações diferenciais. A equação diferencial fundamental é:
dL
=V (C.12)
dt
Convertendo a Equação C.12, implica:

DL(n) = V(n) × Dt (C.13)

L(n) = L(n-1) + DL(n) (C.14)

C.5 Exemplo
Supondo que um dispositivo de monitoramento em tempo real (online) tenha o objetivo de gerar
informações de temperatura do ponto mais quente e de perda de vida, as etapas da solução são as
seguintes:

1) Estabelecer os parâmetros do transformador.

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2) Estabelecer os dados de entrada.

3) Calcular as condições iniciais.

4) Resolver as equações diferenciais.

5) Tabular os dados de saída.

6) Traçar o gráfico dos dados de saída.

Os detalhes são como a seguir.

1 – Estabelecer os parâmetros do transformador

Os parâmetros utilizados são escolhidos de tal forma que a temperatura do ponto mais quente nominal
é de 110 °C a uma temperatura ambiente de 30 °C. Outros parâmetros, apresentados a seguir,
são típicos.

∆θor = 45 K τo = 150 min R = 8 y = 1,3 k21 = 2

∆θhr = 35 K τw = 7 min x = 0,8 k11 = 0,5 k22 = 2

2 – Estabelecer os dados de entrada

Os dados de entrada para este exemplo estão listados na Tabela C.1 e apresentados na Figura C.1.

Tabela C.1 – Exemplos de dados de entrada


Tempo Hora do dia Temperatura ambiente Fator de carga
Ponto
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t min h:min θa K
0 0 14:00 30,3 0,81
1 3 14:03 29,9 0,87
2 6 14:06 29,8 0,88
3 9 14:09 29,5 0,86
4 12 14:12 29,6 0,90
5 15 14:15 29,5 0,92
6 18 14:18 29,5 0,95
7 21 14:21 28,9 0,96
8 24 14:24 29,0 0,97
9 27 14:27 28,6 1,00
10 30 14:30 28,0 1,70
11 33 14:33 28,7 1,70
12 36 14:36 27,8 1,73
13 39 14:39 28,1 1,72

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Tabela C.1 (continuação)


Tempo Hora do dia Temperatura ambiente Fator de carga
Ponto
t min h:min θa K
14 42 14:42 27,9 1,69
15 45 14:45 27,1 1,68
16 48 14:48 26,9 1,71
17 51 14:51 26,7 1,69
18 54 14:54 27,2 1,67
19 57 14:57 26,7 1,68
20 60 15:00 26,9 1,63
21 63 15:03 26,5 1,59
22 66 15:06 26,2 1,53
23 69 15:09 26,3 1,49
24 72 15:12 25,4 1,41
25 75 15:15 25,6 1,38
26 78 15:18 25,3 1,32
27 81 15:21 24,8 1,28
28 84 15:24 24,5 1,21
29 87 15:27 24,3 1,19
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30 90 15:30 24,1 0,87


31 93 15:33 24,3 0,88
32 96 15:36 24,1 0,87
33 99 15:39 23,4 0,86
34 102 15:42 23,6 0,85
35 105 15:45 23,8 0,87
36 108 15:48 23,1 0,83
37 111 15:51 23,3 0,86
38 114 15:54 23,1 0,85
39 117 15:57 22,3 0,82
40 120 16:00 22,2 0,86

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2,0 50

Temperatura ambiente
1,5

em graus Celsius
Fator de carga
40

1,0

30
0,5

0,0 20
14:00 14:30 15:00 15:30 16:00

NOTA 1 Fator de carga (curva superior, eixo da esquerda).

NOTA 2 Temperatura ambiente em graus Celsius (curva inferior, eixo da direita).

Figura C.1 – Gráfico dos dados de entrada do exemplo


Na Figura C.1, a temperatura ambiente (curva inferior) e os fatores de carga (curva superior) estão
disponíveis em intervalos de 3 min. No exemplo, este é o passo de tempo máximo recomendável,
uma vez que, para uma solução mais exata, este deve ser inferior à metade da menor constante
de tempo, τw, nas equações. Como τw = 7 min neste caso, o passo de tempo Dt = 3 min.

3 – Cálculo das condições iniciais

Embora o sistema possa não estar em regime permanente no início do período de cálculo, normalmente
esta premissa é a melhor que se pode assumir, e tem pouco efeito sobre o resultado.
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As condições iniciais, então, são calculadas considerando que as derivadas em relação ao tempo
das Equações C.1, C.3 e C.4 são iguais a zero, resultando nos seguintes valores.
x
1 + K 2R 
A partir da Equação C.1, o valor inicial de θo é θo(0) =   × ∆θor + θa = 63, 9 °C .
 1+ R 
A partir da Equação C.3, o valor inicial de Δθh1 é Δθh1(0) = k21 × Ky × Δθhr = 53,2 K.

A partir da Equação C.4, o valor inicial de Δθh2 é Δθh2(0) = (k21 – 1) × Ky × Δθhr = 26,6 K.

Além disso, recomenda-se que a condição inicial para a perda de vida, L, seja escolhida. Supor aqui
que o objetivo do cálculo é determinar a perda de vida para esta ocorrência particular de sobrecarga.
Portanto, o valor inicial de L é L(0) = 0.

4 – Solução de equações de diferença

Em n = 0, t = 0, θo(0) = 63,9 (as unidades são omitidas; tradicionalmente graus Celsius (°C) para
temperaturas e Kelvins (K) para diferenças de temperatura)

∆θh1(0) = 53,2

∆θh2(0) = 26,6

L(0) = 0

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Em n = 1, t = 3 min, das Equações C.6 e C.7, a temperatura do topo óleo se altera conforme a seguir:

3  1 + 0, 872 × 8  0,8 
Dθo (1) =   × 45 − [ 63 , 9 − 29 , 9 ] = 0,121 e,
0, 5 × 150   1+ 8  

θo(1) = θo(0) + Dθo(1) = 63,9 + 0,121 = 64,0

Similarmente, das Equações C.8, o primeiro termo da elevação de temperatura se altera conforme
a seguir:
3
D ∆θh1(1) = × ( 2, 0 × 35 × 0, 871,3 − 53, 2) = 1,12 e,
2, 0 × 7

Δθh1(1) = Δθh1(0) + DΔθh1(1) = 53,2 + 1,12 = 54,3

Similarmente, das equações (C.9), o segundo termo da elevação de temperatura se altera conforme
segue:
3
D ∆θh2(1) = × ((2, 0 − 1) × 35 × 0, 871,3 − 26, 6) = 0,104 e,
(1/2, 0) × 150

Δθh2(1) = Δθh2(0) + DΔθh2(1) = 26,6 + 0,104 = 26,7

Então, a elevação total da temperatura do ponto mais quente da Equação C.10 é

Δθh(1) = Δθh1(1) – DΔθh2(1) = 54,3 – 26,7 = 27,6

e, finalmente, a temperatura do ponto mais quente da Equação C.11 é


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θh(1) = θ0(1) + Δθh(1) = 64,0 + 27,6 = 91,6

A perda de vida L nesse passo de tempo é dada pela Equação C.13:

 15 000 − 15 000 
DL(1) = V(1) × Dt = e110 + 273 θh(1) + 273  × 3 = 0, 42
 
 

(A perda de vida em condições nominais é 3 min)

A perda de vida total acumulada até este ponto é:

L(1) = L(0) + DL(1) = 0 + 0,42 min, ou 0,000 29 dias

Em n = 2, t = 6 min, todo o cálculo é repetido com todos os subscritos incrementados de 1, isto é, cada
variável X(1) torna-se X(2). Em n = 3, t = 9 min, cada variável X(2) torna-se X(3) e assim por diante,
continuando até n = 40, t = 120 min.

5 – Tabulação dos dados de saída

Os resultados dos cálculos são mostrados na Tabela C.2 e Figura C.2.

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Tabela C.2 – Dados de saída do exemplo


Temperatura do ponto Perda de vida Perda de vida
Tempo Hora do dia
Ponto mais quente θh L L
t min h:min
°C min dias
0 0 14:00 90,5 0 0
1 3 14:03 91,6 0 0,00
2 6 14:06 92,7 1 0,00
3 9 14:09 93,2 1 0,00
4 12 14:12 94,3 2 0,00
5 15 14:15 95,6 3 0,00
6 18 14:18 97,2 3 0,00
7 21 14:21 98,6 4 0,00
8 24 14:24 100,0 5 0,00
9 27 14:27 101,6 7 0,00
10 30 14:30 118,6 14 0,01
11 33 14:33 132,1 39 0,03
12 36 14:36 143,5 109 0,08
13 39 14:39 152,4 258 0,18
14 42 14:42 158,8 508 0,35
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15 45 14:45 163,6 875 0,61


16 48 14:48 168,2 1 402 0,97
17 51 14:51 171,5 2 076 1,44
18 54 14:54 173,6 2 871 1,99
19 57 14:57 175,7 3 796 2,64
20 60 15:00 176,1 4 754 3,30
21 63 15:03 175,6 5 675 3,94
22 66 15:06 173,8 6 480 4,50
23 69 15:09 171,5 7 156 4,97
24 72 15:12 167,8 7 667 5,32
25 75 15:15 164,3 8 055 5,59
26 78 15:18 160,1 8 335 5,79
27 81 15:21 156,0 8 534 5,93
28 84 15:24 151,1 8 668 6,02
30 90 15:30 136,9 8 800 6,11

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Tabela C.2 (continuação)


Temperatura do ponto Perda de vida Perda de vida
Tempo Hora do dia
Ponto mais quente θh L L
t min h:min
°C min dias
31 93 15:33 129,1 8 819 6,12
32 96 15:36 122,8 8 830 6,13
33 99 15:39 117,5 8 836 6,14
34 102 15:42 113,1 8 840 6,14
35 105 15:45 110,0 8 843 6,14
36 108 15:48 106,6 8 846 6,14
37 111 15:51 104,5 8 847 6,14
38 114 15:54 102,6 8 849 6,14
39 117 15:57 100,4 8 850 6,15
40 120 16:00 99,3 8 851 6,15

6 – Gráfico dos dados de saída


Temperatura do ponto mais quente (°C)

2,0 20 Perda de vida em dias


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1,5 15

1,0 10

0,5 5

0,0 0
14:00 14:30 15:00 15:30 16:00

NOTA 1 Temperatura do ponto mais quente em graus Celsius (curva superior, eixo da esquerda).

NOTA 2 Perda de vida em dias (curva inferior, eixo da direita).


Figura C.2 – Gráfico dos dados de saída do exemplo
Uma vez que o tempo total do cálculo é de 2 h ou 0,0833 dias, e a perda de vida é 6,15 dias, a perda
de vida relativa durante a sobrecarga é 6,15/0,0833 = 74 vezes a normal. Por outro lado, isto não é
relevante se houver longos períodos de tempo (como usualmente é o caso) com temperaturas do
ponto mais quente relativamente baixas.

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C.6 Uso de valores medidos da temperatura do topo do óleo


Se a medição da temperatura do topo do óleo estiver disponível, por exemplo, por meio de um sistema
de monitoramento com sinal de 4 mA a 20 mA, então, os cálculos se tornam mais precisos. A cada
passo de tempo, a elevação de temperatura do ponto mais quente, calculada a partir das equações
diferenciais C.8, C.9 e C.10, é adicionada diretamente ao valor medido da temperatura do topo do
óleo. Ver linha tracejada na Figura 10.
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Anexo D
(informativo)

Diagrama de fluxo, baseado no exemplo do Anexo B

INÍCIO

DADOS DE ENTRADA
Método de resfriamento: ONAF
Temperatura ambiente: θa = 25,6 °C
Elevação de temperatura do topo do óleo na corrente nominal: ∆θor = 38,3 K
Relação entre a perda em carga na corrente nominal e a perda em vazio: R = 1 000
Fator do ponto mais quente: H = 1,4
Diferença de temperatura do enrolamento - topo do óleo: gr = 14,5 K
Constante de tempo do enrolamento: τ w = 7 min
Constante de tempo do óleo médio: τo= 150 min
Expoente da temperatura do óleo: x = 0,8
Expoente da temperatura do enrolamento: y = 1,3
Constantes térmicas: k11 = 0,5; k21 = 2,0; k22 = 2,0
Número de intervalos no ciclo de carga: N = 6
Fator de carga em cada intervalo:
K(1) = 1,0; I(1) = (0 – 190) min
K(2) = 0,6; I(2) = (190 – 365) min
K(3) = 1,5; I(3) = (365 – 500) min
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K(4) = 0,3; I(4) = (500 – 710) min


K(5) = 2,1; I(5) = (710 – 735) min
K(6) = 0,0; I(6) = (735 – 750) min
Duração de cada intervalo:
D(1) = 190 min
D(2) = 175 min
D(3) = 135 min
D(4) = 210 min
D(5) = 25 min
D(6) = 15 min
Espessura do espaçador ≥ 3 mm

C =1 (ajustes do contador de intervalos)


K = K(1) D = D(1)
P=0 t =0
(dados iniciais)
∆θoi = 12,7 K ∆θhi = 0,0 K

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A carga é crescente? Não

Sim

Calcular: Calcular:
θ o(t) θ o(t)
θ h(t) θ h(t)

t=t+1
t=t+1

Não Não
t>D t>D

Sim Sim

t=D+P

(Imprime resultados)
θ o(t)
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θ h(t)
(Dados iniciais)
∆θ oi =θ o(t) –θ a
∆θ hi =θ h(t) – θo(t)

C=C+1
K= K(C)
D= D(C)
C-1
P=
Σ
j=1
D(j)

t=0

Não
C>N

Sim

FIM

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Anexo E
(informativo)

Exemplo do cálculo e apresentação dos dados de sobrecarga

Este Anexo contém um exemplo de como calcular e apresentar os dados de sobrecarga com as
equações apresentadas neste documento.

A Tabela E.1 apresenta, como exemplo, algumas características que podem ser utilizadas.

Tabela E.1 – Exemplo de características relacionadas com a capacidade


de carga dos transformadores
Transformadores Transformadores de
de distribuição potência
ONAN ONAF ONAF OF OD
Expoente do óleo x 0,8 0,8 0,8 1,0 1,0
Expoente do enrolamento y 1,6 1,3 1,3 1,3 2,0
Relação de perdas R 5 6 6 6 6
Fator do ponto mais quente H 1,1 1,3 1,3 1,3 1,3
Constante de tempo do óleo τo 180 210 150 90 90
Constante de tempo do enrolamento τw 4 10 7 7 7
Temperatura ambiente θa 20 20 20 20 20
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Temperatura do ponto mais quente θh 98 98 98 98 98


Gradiente do ponto mais quente – Δθhr 23 26 26 22 29
topo do óleo (no tanque) na corrente
nominal
Elevação média da temperatura do Δθomr 44 43 43 46 46
óleo a
Elevação de temperatura do topo do Δθor 55 52 52 56 49
óleo (no tanque)
Elevação de temperatura do óleo no Δθbr 33 34 34 36 43
fundo do tanque a
k11 1,0 0,5 0,5 1,0 1,0
k21 1,0 2,0 2,0 1,3 1,0
k22 2,0 2,0 2,0 1,0 1,0
a Elevação média da temperatura do óleo e elevação de temperatura do óleo no fundo do tanque são
dadas somente para informação.

Com um programa de planilha eletrônica, um período de 24 h é criado, com a escala de tempo em


minutos. As Equações 5, 6, 7, 8 e 9 de 8.2.2 são usadas para calcular a cada minuto a temperatura do
ponto mais quente em função da carga. As condições iniciais para Δθoi e Δθhi podem ser determinadas
com f1(t) = 0, f2(t) = 0 e f3(t) = 1, com t → ∞.

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Quando a temperatura do ponto mais quente for conhecida, o envelhecimento relativo pode ser calcu-
lado com a Equação 2 de 6.2. Com a Equação 4 de 6.3, a perda de vida, expressa em dias normais,
pode ser calculada dividindo a soma da idade relativa de cada minuto por 1 440.

Por exemplo, considerar um caso com uma carga inicial (K1) de 0,8, em seguida, uma sobrecarga
K2 = 1,4, durante 30 min e retorna para K1 = 0,8 para o tempo restante (1 410 min). O transformador
é de resfriamento OD, portanto, as características exemplo da Tabela E.1 (OF) são utilizadas.

Os valores iniciais, após o regime contínuo de carga inicial são:

K1 = 0,8

Δθoi = 38,7 K

Δθhi = 16,5 K

Os valores após t = 30 min do início:

K2 = 1,4

f1(t = 30) = 0,28, f2(t = 30) = 1,20

θo(t = 30) = 76,7 °C

θh(t = 30) = 114,2 °C (Equação (5) de 8.2.2)

Os valores após t = 31 min do início:

K1 = 0,8
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f3(t = 1) = 0,99

θo(t =1) = 76,5 °C

θh(t = 1) = 92,9 °C (Equação (6) de 8.2.2)

Os valores após t = 1440 min do início:

K1 = 0,8

f3(t = 1 410) = 1,6E – 07

θo(t = 1 410) = 58,7 °C

θh(t = 1 410) = 75,2 °C (Equação (6) of 8.2.2)

Isso resulta em uma perda de vida de 0,14 dias e um aumento máximo da temperatura do ponto mais
quente de 94 K.

Os parâmetros do método descrito podem ser variados de modo a gerar uma tabela com a perda
de vida em função de K1 e K2. Quando o tempo de sobrecarga for alterado, um conjunto completo
de tabelas pode ser obtido.

Como exemplo, os resultados de cálculo considerando um tempo de sobrecarga de 30 min são


apresentados na Tabela E.2.

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Tabela E.2 – Exemplo de cargas permissíveis e correspondentes


valores de perda de vida diária (em dias normais), e as máximas elevações
de temperatura do ponto mais quente para o ciclo de carga
K1 0,25 0,5 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5
K2
0,7 0,001 0,004 0,02
33 38 45
0,8 0,001 0,004 0,02 0,07
38 43 51 55
0,9 0,001 0,004 0,03 0,07 0,25
43 49 56 61 66
1,0 0,001 0,004 0,03 0,08 0,26 1,00
49 55 62 67 72 78
1,1 0,001 0,01 0,03 0,08 0,27 1,04 4,48
56 61 68 73 78 84 91
1,2 0,002 0,01 0,03 0,09 0,29 1,09 4,66 22,6
62 68 75 80 85 91 98 105
1,3 0,004 0,01 0,04 0,11 0,33 1,19 4,94 23,6 128,9
69 75 82 87 92 98 105 112 120
1,4 0,01 0,02 0,06 0,14 0,40 1,36 5,43 25,2 135,0 827,1
77 82 90 94 100 106 112 119 127 136
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1,5 0,01 0,03 0,10 0,21 0,55 1,71 6,34 28,0 144,9 868,7 5 975
85 90 97 102 107 113 120 127 135 144 153
1,6 0,03 0,06 0,18 0,37 0,87 2,44 8,19 33,3 162,7 938,3 6 297
93 98 105 110 115 121 128 135 143 152 161
K1 0,25 0,5 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5
K2
1,7 0,07 0,15 0,40 0,76 1,64 4,12 12,3 44,6 198,0 1 067 x
101 107 114 119 124 130 137 144 152 161 x
1,8 0,18 0,37 0,94 1,73 3,55 8,24 22,1 70,5 275,2 x x
110 115 123 127 133 139 145 153 161 x x
1,9 0,48 0,95 2,39 4,32 8,58 18,9 47,0 134,7 x x x
119 125 132 137 142 148 154 162 x x x
2,0 1,34 2,61 6,45 11,5 22,5 48,1 x x x x x
129 134 141 146 151 157 x x x x x
NOTA 1 Tipo de resfriamento OF, θa = 20 °C.
NOTA 2 K1 = carga inicial (1 410 min); K2 = carga durante 30 min.
NOTA 3 Os valores em itálico na Tabela E.2 mostram os resultados dos cálculos, desconsiderando os
limites da Tabela 4.

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Os dados também podem ser apresentados em um gráfico. Na Figura E.1, um exemplo é dado onde
K2 é apresentada como uma função de K1 com um dado tempo de sobrecarga e perda de vida unitária.
2,0

1,8

1,6
t = 30 min
K2
t=1h
1,4

t=4h
t=2h
1,2
t=8h

t = 24 h
1,0
θa= 20 °C

0,8
0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 1,2

K1

NOTA As linhas pontilhadas na Figura E.1 mostram os resultados do cálculo, desconsiderando os limites
da Tabela 4.
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Figura E.1 – Transformadores de grande potência tipo OF – Cargas admissíveis


para perda de vida normal

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Anexo F
(informativo)

Condições especiais

F.1 Operação com parte do sistema de resfriamento fora de serviço


Em transformadores providos de equipamentos auxiliares no sistema de resfriamento, como bombas,
ventiladores ou ambos, pode ser necessário operá-los por algum tempo com estes equipamentos fora
de serviço. O procedimento para aplicação de carga nestes casos é dado em F.1 a F.6, utilizando-se
a simbologia dos tipos de resfriamento da ABNT NBR 5356-2.

F.2 Transformadores com sistema de resfriamento ONAN/ONAF


Nestes casos, quando os ventiladores estiverem inoperantes, tomam-se os dados indicados na placa
de identificação para o sistema de resfriamento ONAN e aplicam-se cargas como se o transformador
tivesse somente este sistema de resfriamento.

F.3 Transformadores com sistema de resfriamento ONAN/ONAF/OFAF


Dependendo de serem as bombas ou os ventiladores ou ambas que estiverem fora de serviço, tomam-se
na placa de identificação os dados correspondentes ao sistema de resfriamento que permanece
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em funcionamento, e aplicam-se cargas como se o transformador tivesse somente este sistema de


resfriamento.

F.4 Transformadores com sistema de resfriamento OFAF ou OFWF


(com trocadores de calor)
Nos casos em que parte dos trocadores de calor esteja em operação, as seguintes cargas são per-
missíveis, produzindo aproximadamente a mesma elevação de temperatura que o trocador que esteja
funcionando sob carga nominal, com todos os trocadores de calor em operação, conforme a Tabela F1.

Tabela F.1 – Carga permitida em porcentagem da carga nominal × porcentagem


do sistema de resfriamento em serviço
Porcentagem do sistema Carga permitida em porcentagem
de resfriamento em serviço da carga nominal
90 95
80 90
70 85
60 80
50 70
40 60
30 50

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F.5 Transformadores com sistema de resfriamento com trocadores de calor


É muito difícil ter falha simultânea em todas as bombas ou ventiladores, mas podem ocorrer falhas nos
sistemas de alimentação dos serviços auxiliares, fazendo com que os trocadores fiquem inoperantes.
O resfriamento do transformador, neste caso, depende somente da dissipação no tanque. Assim,
as seguintes condições devem ser observadas, a fim de se evitarem danos ao transformador:

a) a carga nominal pode ser mantida durante aproximadamente 30 min após operação contínua
com carga nominal, sob uma temperatura ambiente de 30 °C, e com todos os equipamentos do
sistema de resfriamento em serviço;

b) a carga nominal pode ser aplicada durante aproximadamente 90 min se a operação for iniciada
com enrolamento e o óleo sob temperatura de 30 °C;

c) a tensão nominal pode ser mantida durante 4 h, em vazio, após operação contínua com carga
nominal, sob uma temperatura ambiente de 30 °C, e com todos os equipamentos do sistema
de resfriamento em serviço;

d) a tensão nominal pode ser mantida durante 6 h, em vazio, se a operação for iniciada com enrola-
mento e o óleo sob temperatura de 30 °C.

F.6 Transformadores com sistemas de resfriamento com trocador de calor


ODAF ou ODWF
Nos transformadores com trocadores de calor e com óleo dirigido, o desligamento de todos os ven-
tiladores e bombas implica em interromper quase que totalmente o fluxo de óleo através dos enrola-
mentos, prejudicando a condição de resfriamento dos enrolamentos, e, portanto, os tempos citados
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em 6.8.1.4 - a) e b) podem ser muito elevados. Recomenda-se nesses casos, consultar o fabricante
do transformador a respeito de qual o tempo x potência que pode ser operado nessas condições.

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Anexo G
(informativo)

Requisitos adicionais sobre a isolação líquida,


sólida e vida útil do papel

G.1 Considerações gerais


O sistema de papel isolante é submetido a um processo contínuo de degradação por ação da água,
oxigênio e ácidos presentes no óleo isolante. Mantendo-se sob controle a ação destes contaminantes,
o envelhecimento da celulose é predominantemente térmico e cumulativo. Para os objetivos desta
Parte da ABNT NBR 5356, o envelhecimento está baseado na vida esperada do transformador,
sob efeito da temperatura de operação da isolação ao longo do tempo.

G.2 Degradações do papel isolante


As degradações indicadas em G.1 podem ser do tipo:

a) térmica (temperatura);

b) hidrolítica (água);

c) oxidativa (acidez e oxigênio).


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Para que a degradação seja somente térmica e inerente ao processo de carga, são recomendadas as
concentrações indicadas nas Tabelas G.1, G.2 e G.3.

NOTA Para os valores-limite físico-químicos do óleo isolante, ver ABNT NBR 10576.

Tabela G.1 – Limites de teor de água no papel isolante (% em massa)


Ensaio Método de ensaio < 230 kV ≥ 230 kV
% de água no papel (máx.) ASTM D 1348 2,0 1,5
NOTA Recomenda-se que o teor de água seja verificado por meio de amostras de papel, retiradas da
parte ativa. Neste procedimento, é necessário o desligamento do transformador e a drenagem do óleo.
Na impossibilidade de se desligar o transformador, convém que sejam utilizadas curvas, como as da Figura G.1,
que fornecem um valor orientativo do teor de água nos enrolamentos, a partir da umidade do óleo.

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10

0 °C

C
10 °

°C
% de umidade no papel, em massa

20
6

°C
30
°C
40

4
°C
50

C
60 °

2 70 °C
70 °C
8
70 °C
90
100 °C
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20 40 60 80

Teor de água no óleo (mg/kg)

NOTA Extraído de Fabre & Pichon - CIGRÉ paper 137- 1960


Figura G.1 – Relação entre teor de água no óleo (mg/kg) e umidade no papel (%),
em função da temperatura da amostra do óleo para transformadores
higroscopicamente estabilizados

Tabela G.2 – Valores do óleo isolante e do papel em operação para cálculo


de expectativa de vida
Ensaio Método de ensaio Valores-limites
Umidade no papel (% em massa) ASTM D1348 <1
Índice de neutralização (mg KOH/g) ABNT NBR 14248 < 0,1
Teor de O2 (1 × 10-6) ABNT NBR 7070 < 3.000
NOTA Caso os referidos limites não sejam respeitados, a expectativa de vida calculada por meio
da lei de Arrhenius vai servir apenas para uma análise relativa da influência de um determinado
carregamento, pois o grau de envelhecimento assim obtido não corresponde à idade cronológica do
transformador.

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Tabela G.3 – Grau de polimerização do papel isolante,


conforme método da ABNT NBR IEC 60450
Característica Valores-limites
No recebimento em fábrica > 1 000
Após secagem em fábrica > 800
Fim de vida útil > 200
NOTA O grau de polimerização em torno de 200 indica que o equipamento está sujeito a falha,
dependendo dos níveis dos esforços mecânicos resultantes de curtos-circuitos externos.
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Anexo H
(normativo)

Ensaio de elevação de temperatura de transformadores


em sobrecarga a ser aplicado nos transformadores da rede básica

H.1 Considerações gerais


Este Anexo descreve o ensaio de elevação de temperatura em sobrecarga, classificado como ensaio
de tipo. O ensaio deve ser obrigatoriamente realizado em uma das unidades de cada novo projeto para
a comprovação do atendimento aos requisitos funcionais de um novo transformador de potência a ser
integrado à rede básica. Estes requisitos são referentes à capacidade de carregamento constante
nos procedimentos de rede, nos anexos técnicos dos editais de leilão e nas características básicas a
serem atendidas nas autorizações, conforme o regime de carregamento pretendido e com expectativa
de vida útil de 35 anos.

Integram a Rede Básica do Sistema Interligado Nacional (SIN) os transformadores de potência com
tensão primária igual ou superior a 230 kV, que façam parte de concessão de serviço público de trans-
missão de energia disponibilizados ao operador nacional do sistema elétrico (ONS.)

Entende-se por requisitos funcionais o conjunto de informações que permite à concessionária do


serviço de transmissão (proponente ao edital de leilão ou comprador à qual é feita a autorização de
instalação) avaliar o modo ou os modos de operação sob os quais o transformador será solicitado a
operar ao longo de sua vida útil. Estes requisitos são mandatórios e devem ter o atendimento compro-
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vado em todos os transformadores que venham a integrar a rede básica.

H.2 Introdução e objetivo


Um novo transformador de potência a ser integrado à rede básica deve atender aos requisitos funcio-
nais relativos à capacidade operativa estabelecidos nos anexos técnicos dos editais de leilão e nos
procedimentos de rede. Estes requisitos representam o compromisso entre o comprador, no que se
refere à capacidade do transformador, e o ONS, no que se refere às condições operativas as quais
o transformador pode ser submetido ao longo de sua vida útil.

Por conseguinte, é interesse de todos os envolvidos no processo, ONS, comprador e fabricante,


que não haja dúvidas quanto às condições as quais o transformador possa vir a ser submetido ao longo
de sua vida útil, de forma a possibilitar que o transformador a ser fornecido pelo fabricante seja ade-
quado e a garantir uma base mínima homogênea para projeto e dimensionamento.

O ensaio de elevação de temperatura de transformadores em sobrecarga deve ser realizado com o


objetivo de comprovar a capacidade operativa de longa duração (carregamento em condição normal
de operação), a capacidade operativa de curta duração (carregamento em condição de emergência
de longa duração) e carregamento em condição de emergência de curta duração.

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H.3 Requisitos funcionais e especificação para fabricação

H.3.1 Referências

Os requisitos funcionais a serem atendidos por transformadores de potência novos, no que diz res-
peito aos procedimentos para aplicação de carga e à capacidade de carregamento, que balizam o
relacionamento entre o comprador e o ONS, estão regulados pelas resoluções normativas da ANEEL.

H.3.2 Vida útil

Os transformadores de potência devem ser dimensionados para a expectativa de vida útil de 35 anos
e devem ser especificados com papel termoestabilizado ou material isolante de classe térmica superior.
Este requisito deve ser levado em conta também na gestão da manutenção, atribuição do comprador.

A modelagem para cálculo das temperaturas e a avaliação do envelhecimento devem seguir o modelo
desta norma. O critério para a consideração do fim de vida útil deve ser o atingimento de grau de poli-
merização igual ou inferior a 200 (GP200), ou seja, no caso de papel termoestabilizado imerso em óleo
mineral, 150 000 h à temperatura de 110 °C (continuamente).

H.3.3 Capacidade de carregamento

H.3.3.1 Subsídios para elaboração da especificação do transformador

É atribuição do comprador a especificação do transformador, de forma que sejam atendidos no mínimo


os requisitos funcionais estabelecidos nos anexos técnicos dos editais de leilão e nos procedimentos
de rede. A especificação deve levar em conta, entre outros, os seguintes aspectos:

a) temperatura ambiente máxima do local de implantação do transformador, conforme a


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ABNT NBR 5356-2;

b) carregamento típico em regime permanente do transformador em questão, função da quantidade


total de transformadores em paralelo no mesmo barramento até o horizonte de planejamento
da subestação.

A gestão do transformador é responsabilidade do comprador, do ponto de vista de rotinas de manu-


tenção, de forma a possibilitar o atendimento aos requisitos funcionais.

H.3.3.2 Situações de carregamento normatizadas e reguladas

Neste documento, os carregamentos de transformadores são considerados em termos de ciclos de


carga com duração de 24 h. Os ciclos de carga podem ser classificados como de carregamento
em condição normal de operação, em condição de emergência de longa duração e em condição de
emergência de curta duração. Por sua vez, a ANEEL define a capacidade operativa de longa duração
e a capacidade operativa de curta duração, e mantém a definição de emergência de curta duração.

O ciclo de carregamento em condição normal de operação é aquele onde em nenhum momento


é excedida a temperatura do topo do óleo ou do ponto mais quente dos enrolamentos para a vida
nominal, mesmo que, em parte do ciclo, seja ultrapassada a potência nominal. Este ciclo corresponde
à capacidade operativa de longa duração definida pela ANEEL é utilizado pelo ONS para as condições
normais de operação.

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Já no ciclo de carregamento em condição de emergência de longa duração, pode-se permitir que os


limites de temperatura para condição normal de operação sejam ultrapassados, uma vez que estão
sendo consideradas saídas prolongadas de outros transformadores por desligamento de algum
elemento do sistema. O carregamento dos transformadores se situa acima dos valores nominais,
em decorrência de desligamentos prolongados de elementos do sistema. Uma vez que tenha
ocorrido uma contingência, o carregamento pode repetir-se periodicamente, até o restabelecimento
das condições anteriores ao desligamento. Este ciclo corresponde à capacidade operativa de curta
duração definida pela ANEEL é utilizado pelo ONS durante contingência decorrente do desligamento
prolongado de uma função transmissão.

Por sua vez, o ciclo de carregamento em condição de emergência de curta duração envolve condições
de maior risco, devendo, portanto, ser utilizado apenas em raras ocasiões. O tempo de operação
nessa condição deve ser menor do que a constante de tempo térmica do transformador e depende da
temperatura em operação antes da contingência, não devendo ser maior do que 30 min. Durante este
intervalo de tempo, deve-se retornar à condição de carregamento de longa duração; caso contrário,
o transformador deve ser desligado, para se evitar o risco de falha. Conforme estabelecido pela ANEEL,
o carregamento de emergência de curta duração será utilizado em situações de contingência no SIN,
como último recurso operativo antes do corte de carga, mediante monitoramento da transmissora
e acordo com o ONS. Essa situação pode ocorrer a qualquer momento e é compromisso do ONS que
sua duração não ultrapasse 30 min.

H.3.3.3 Situações de carregamento estabelecidas

H.3.3.3.1 Ciclos de carregamento em condição normal de operação

Esse ciclo de carregamento é utilizado historicamente no âmbito do planejamento.

A transmissora deve garantir que, em condição normal de operação, o transformador possa operar
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continuamente desde sua entrada em operação e ao longo de toda a vida útil de 35 anos com carre-
gamento de 100 % da potência nominal, como ilustrado na Figura H.1.
Carregamento (%)

100

24
tempo (horas)

Figura H.1 – Ciclo de carregamento em condição normal de operação –


Capacidade operativa de longa duração
H.3.3.3.2 Ciclos de carregamento de emergência de longa duração

Este ciclo de carregamento é utilizado historicamente no âmbito do planejamento.

A transmissora deve garantir que, em condição de emergência de longa duração, o transformador


possa operar, sempre que solicitado pelo ONS, desde sua entrada em operação e ao longo de toda

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a vida útil de 35 anos, com carregamento de 120 % da potência nominal por um período de 4 h
do seu ciclo diário de carga para a expectativa de perda de vida útil estabelecida nesta Parte da
ABNT NBR 5356. O referido carregamento de 120 % deve poder ser alcançado em qualquer condição
de carregamento do transformador, inclusive com carregamento prévio de 100 % da sua potência
nominal, como ilustrado na Figura H.2.

O critério de planejamento é indicar um novo transformador se em condição de N-1 da transformação


da subestação, as unidades remanescentes tiverem na condição de emergência um carregamento
superior a 120 % da potência nominal.
Carregamento (%)

120
100

4h

24
tempo (horas)

Figura H.2 – Ciclo de carregamento em condição de emergência de longa duração –


Capacidade operativa de curta duração
H.3.3.3.3 Ciclo de carregamento de emergência de curta duração

Este ciclo de carregamento é utilizado historicamente no âmbito da operação.


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A transmissora deve garantir que, em condição de emergência de curta duração, o transformador


possa operar, sempre que solicitado pelo ONS, desde sua entrada em operação e ao longo de toda a
vida útil de 35 anos, com carregamento de 140 % da potência nominal por um período de 30 min dentro
do seu ciclo diário, mantendo a expectativa de perda de vida útil, conforme critérios estabelecidos
nesta Parte da ABNT NBR 5356. O referido carregamento de 140 % deve poder ser alcançado para
qualquer condição de carregamento do transformador, inclusive com carregamento prévio de 100 %
da sua potência nominal, como ilustrado na Figura H.3. O carregamento de 140 % refere-se ao
ciclo de carregamento em condição de emergência de curta duração, a ser utilizado em situações
de contingência no SIN como último recurso operativo antes do corte de carga e, portanto, não é
considerado historicamente no âmbito do planejamento.
Carregamento (%)

140

100

0,5h

24
tempo (horas)

Figura H.3 – Ciclo de carregamento em condição de emergência de curta duração

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H.3.3.4 Situações de carregamento para dimensionamento

H.3.3.4.1 Ciclos a serem considerados

O dimensionamento do transformador de potência deve ser feito considerando dois ciclos de carga de
referência: ciclo de carga normal (descrito em H.3.3.3.1) e ciclo de sobrecarga (descrito em H.3.3.3.2
e H.3.3.3.3). Deve-se considerar que em 90 % dos dias de operação, o transformador esteja
submetido ao ciclo de carga normal e nos 10 % dos dias de operação restantes ao ciclo de sobrecarga.
A expectativa de vida projetada nesta condição composta deve ser de 35 anos.

H.3.3.4.2 Ciclo de carga normal

O transformador deve ser dimensionado para que possa operar continuamente, desde sua entrada
em operação e por 90 % dos dias de operação ao longo da vida útil projetada de 35 anos com
carregamento de 100 % da potência nominal, como representado na Figura H.1

H.3.3.4.3 Ciclo de sobrecarga

O transformador deve ser dimensionado para que, em condição de sobrecarga, possa operar
nas condições descritas em H.3.3.3.2 e H.3.3.3.3 sempre que solicitado pelo ONS, desde sua entrada
em operação e por um tempo máximo acumulado de 10 % dos dias ao longo da vida útil projetadal
de 35 anos, totalizando 3,5 anos.

Uma vez que o carregamento de 140 % decorre de uma contingência não prevista, por segurança,
o transformador deve ser dimensionado considerando que os carregamentos de 120 % e 140 %
possam ocorrer dentro do mesmo ciclo diário sem intervalo de tempo entre os mesmos, como ilustrado
na Figura H.4.
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Carregamento (%)

140
120
100

4h 0,5h

24
tempo (horas)

Figura H.4 – Ciclo de sobrecarga para dimensionamento

H.4 Ensaio de elevação de temperatura em sobrecarga

H.4.1 Objetivo

O ensaio tem o objetivo de demonstrar que o transformador completo, incluindo seus acessórios,
pode suportar os ciclos de carga especificados em H.3.3.4.

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H.4.2 Premissas

A avaliação da expectativa de vida do transformador deve ser feita considerando temperatura ambiente
média da região, majorada pela elevação de temperatura local devido ao ambiente da subestação.
Por sua vez, a avaliação das temperaturas máximas atingidas pelo transformador deve ser feita conside-
rando a temperatura média máxima da região, também majorada pela elevação de temperatura local
devida ao ambiente da subestação conforme esta Parte da ABNT NBR 5356. Estes valores devem
ser no mínimo de 30 °C e 40 °C, respectivamente, conforme estabelecido na ABNT NBR 5356-2.
Valores superiores, a critério da transmissora, devem constar da especificação de compra do transfor-
mador, a ser considerada pelo fabricante em seu projeto.

H.4.3 Critérios

H.4.3.1 Expectativa de vida

Os resultados do ensaio fornecem subsídios suficientes para a determinação do perfil de temperatura


do ponto mais quente do enrolamento durante a sobrecarga, para uma determinada temperatura
média ambiente. Com esse perfil de temperatura, é possível calcular o consumo de vida em cada
condição e, assim, estimar a expectativa de vida útil do transformador.

Os valores obtidos no ensaio de elevação de temperatura em sobrecarga e em regime normal devem


ser avaliados utilizando-se o equacionamento matemático nesta Norma e garantir que o consumo de
vida útil seja compatível com uma vida útil total esperada de 35 anos.

H.4.3.2 Limites de temperatura

O transformador deve ser dimensionado para que, na temperatura ambiente média máxima
(temperatura máxima conforme esta Parte da ABNT NBR 5356) para efeito de dimensionamento
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(mínimo de 40 °C), a temperatura do topo do óleo, do ponto mais quente do enrolamento e de outras
partes metálicas sem contato com celulose sejam inferiores aos valores estabelecidos na Tabela H.1.

Tabela H.1 – Temperaturas-limite (°C)


Temperaturas-limite
(°C)
Tipo de carregamento
Ponto mais quente Outras partes metálicas
Topo do óleo
do enrolamento sem contato com celulose
Ensaio de 1,2 pu por 4 h 110 130 160
Ensaio de 1,4 pu por 30 min 110 140 180

H.4.3.3 Gases dissolvidos no óleo – DGA

Componentes metálicos, como núcleo, vigamentos de núcleo, tanque, blindagens etc., podem apre-
sentar temperaturas inadmissíveis devido ao fluxo de dispersão, o que aumenta o risco posterior
de falhas durante a operação e pode se tornar um fator mais importante que a simples medição de
pontos quentes no enrolamento. Temperaturas elevadas aliadas a altos teores de umidade nos mate-
riais isolantes podem gerar bolhas que, atingindo regiões de campo elétrico elevado, criam riscos de
ocorrência de uma descarga elétrica.

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Pode-se detectar este problema apenas de maneira indireta, por meio de análise cromatográfica do
óleo em várias etapas do ensaio e, em função do perfil dos gases gerados, estimar a ordem de
grandeza de possíveis temperaturas atingidas. Por exemplo, se for detectada a presença de C2H2 –
acetileno, pode-se inferir que a temperatura em algum local tenha atingido valores superiores a 1 000 °C.

O incremento absoluto do teor e composição dos gases dissolvidos no óleo durante o ensaio (diferença
do teor antes e depois do ensaio) deve atender ao estabelecido na Tabela H.2. As amostras devem
ser coletadas no mínimo em dois instantes: imediatamente após o ciclo de sobrecarga e 6 h após
o término do ensaio. Outras amostras podem ser retiradas, mediante acordo entre o fabricante e a
comprador. Caso os valores de incremento absoluto obtidos no ensaio não atendam ao estabelecido
na Tabela H.2, devem ser tomadas medidas investigativas e/ou corretivas de comum acordo entre
fabricante e comprador e não são motivo para rejeição imediata do transformador.

A Tabela H.3 apresenta valores de referência orientativos para a taxa de geração de gás (incremento
absoluto por unidade de tempo) durante o ensaio de aquecimento em sobrecarga.

NOTA O levantamento destas grandezas subsidiará uma eventual revisão deste Anexo, no sentido de que
os limites se tornem determinativos.

Tabela H.2 – Geração admissível de gases durante o ensaio de aquecimento em sobrecarga


Incremento admitido durante o ensaio
Gás
(µL/L)
H2 Hidrogênio 20
CO Monóxido de carbono 50
CO2 Dióxido de carbono 300
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CH4 Metano 2
C2H6 Etano 2
C2H4 Etileno 1
C2H2 Acetileno Nd

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Tabela H.3 – Taxa orientativa de geração admissível de gases durante o ensaio de aquecimento
Taxa de geração de gases (µL/L/h)
Gás
Condição 1 Condição 2 Condição 3
H2 Hidrogênio < 0,8 ≥ 0,8 e < 1,5 ≥ 1,5
Monóxido
CO < 2,0 ≥ 2,0 e < 5,0 ≥ 5,0
de carbono
Critério

Dióxido
CO2 < 20,0 ≥ 20,0 e < 40,0 ≥ 40,0
de carbono
CH4 Metano
C2H6 Etano < 0,5 ≥ 0,5 e < 1,0 ≥ 1,0
C 2H4 Etileno
C 2H2 Acetileno Nd Nd Nd
Sem Anormalidade detectada;
Diagnóstico Possível anormalidade
anormalidade Possível falha térmica
Ensaiar nova amostra;
●● investigar a causa, ●● Reunião entre
analisando os fabricante e cliente;
resultados e ●● executar ações
Ações recomendadas Nenhuma
prolongando o ensaio corretivas e repetir
de elevação de ensaio de elevação
temperatura; de temperatura.
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●● avisar ao cliente.

NOTA A presença de acetileno (C2H2) durante o ensaio é indício de defeito e convém que seja investigada.

H.4.3.4 Estanqueidade durante e após a realização do ensaio

Não pode ser identificado qualquer vazamento de óleo do tanque do transformador. As buchas também
não podem apresentar vazamento.

H.4.4 Configuração do transformador para ensaio


H.4.4.1 Enrolamentos

O ensaio deve ser feito somente para os enrolamentos de alta e média tensão. O efeito do enrolamento
terciário sob carga deve ser considerado por meio de cálculo. A princípio, são determinadas as perdas
máximas na condição de carregamento com terciário, conforme definido na ABNT NBR 5356-2:2007,
5.2.3. Para o cálculo da perda de vida durante a sobrecarga, as temperaturas do óleo e do enrolamento
são corrigidas por cálculo na derivação nominal. Em nenhum caso deve ser considerada a aplicação
de sobrecarga no terciário.

Nas situações em que o terciário seja utilizado para alimentação de carga, como por exemplo,
compensação reativa e eliminação de harmônicos, ou nas raras situações em que houver especificação
de utilização do terciário em carga (por exemplo, quando o transformador em questão for utilizado em
SE existentes, nas quais tenha havido essa prática anteriormente), a consideração do carregamento
do terciário no ensaio deve ser objeto de acordo entre comprador e fabricante.

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H.4.4.2 Potência de referência

O ensaio de elevação de temperatura em sobrecarga deve ser realizado no último estágio de


resfriamento.

H.4.4.3 Derivação

O ensaio de elevação de temperatura em sobrecarga deve ser realizado na derivação de maiores


perdas. As comprovações do atendimento ao critério de temperatura máxima devem ser feitas
também na derivação de perda máxima, enquanto que a comprovação do atendimento ao critério de
vida útil deve ser feita por cálculo na derivação nominal. Devem ser seguidas as recomendações da
ABNT NBR 5356-2:2007, 5.6.

H.4.5 Procedimento para o ensaio de sobrecarga

H.4.5.1 Método de ensaio

O ensaio de sobrecarga descrito a seguir é um ensaio de tipo realizado normalmente na sequência


do ensaio de elevação de temperatura. As diversas etapas do ensaio completo são ilustradas na
Tabela H.5, onde o ensaio de elevação de temperatura é representado no lado esquerdo da figura,
antes do instante zero, que representa o início do ensaio de aquecimento em sobrecarga.

As grandezas referenciadas a seguir estão ilustradas na Figura H.6. Os valores de It e I correspondem,


respectivamente, à corrente representando as perdas totais (perdas em carga somadas às perdas em
vazio), e à corrente nominal na derivação de máximas perdas (perdas em carga), conforme H.4.4.3.

O fator do ponto mais quente (hot spot) utilizado deve ser o valor fornecido previamente pelo fabricante.
Uma avaliação mais detalhada pode ser obtida por meio de revisão de projeto (design review).
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Carregamento
1,4 × I

1,2 × I

It It
I

Topo do óleo

5 a 10h 1 a 7h 1 a 6h 4h 1/2h

t0 t1 t2 t3 Tempo
M0 M1 M2
G0 G2 G3

Ensaio de aquecimento Ensaio de sobrecarga

Figura H.5 – Etapas de ensaio

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Y
H × gr

A
B

gr
P

Q
C

E
X

Legenda Observação
Tamb temperatura média ambiente durante as medições
A elevação de temperatura do topo do óleo conforme ABNT NBR 5356-2 Critério de aceitação
B elevação de temperatura do óleo no tanque na parte superior do enrolamento Estimado (igual a A)
(muitas vezes assumida como a mesma temperatura A)
C elevação de temperatura média do óleo no tanque
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D elevação de temperatura do óleo parte inferior do enrolamento Estimado (igual a E)


E fundo do tanque
gr gradiente de temperatura entre a média do enrolamento e a temperatura
média do óleo (no tanque) na corrente nominal
H fator do ponto mais quente
P temperatura do ponto mais quente Critério de aceitação
Q temperatura média do enrolamento determinado pela medição da resistência Critério de aceitação

X temperatura
Y posição relativa
■ ponto medido
● ponto calculado

Figura H.6 – Diagrama de temperaturas do enrolamento e do óleo do transformador –


Grandezas monitoradas e calculadas
Para os cálculos, são utilizadas as seguintes equações:

Topo do óleo = A + Tamb (H.1)

P = Tamb + A + gr ⋅ H (H.2)

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H.4.5.2 Etapa t0 a t1

H.4.5.2.1 Objetivo

Esta etapa tem o objetivo de possibilitar que as temperaturas do topo do óleo e média do óleo sobre a
temperatura do meio ambiente em regime permanente atinjam o valor no qual houve estabilização do
óleo no ensaio de aquecimento normal, de forma que a etapa seguinte de ensaio, o primeiro período
de ensaio de carregamento de 1,2 × It por 4 h, seja iniciada nesta temperatura de estabilização.
A corrente I corresponde àquela que resulta nas maiores perdas em carga, na derivação de maiores
perdas.

H.4.5.2.2 Tensão e corrente de ensaio

O ensaio deve ser realizado com a corrente It, que corresponde à corrente que resulta em perdas totais
no transformador: perdas em carga (Pco) e perdas em vazio (Po), na derivação de maiores perdas.

H.4.5.2.3 Duração

O ensaio perdura até que uma elevação de temperatura do óleo em regime seja igual à atingida no
ensaio de elevação de temperatura, durante o período de 1 h, com variação menor do que 1 °C no
último estágio de resfriamento.

H.4.5.2.4 Grandezas monitoradas

As temperaturas do óleo e do ambiente são monitoradas ao longo do ensaio em intervalos de 15 min


ou inferior.

H.4.5.2.5 Valores medidos


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Para a determinação das temperaturas do óleo e do enrolamento, devem ser utilizados os procedi-
mentos definidos na ABNT NBR 5356-2.

No instante t1, são medidas e registradas as seguintes grandezas:

Tamb temperatura ambiente;

A elevação de temperatura do topo do óleo sobre a temperatura ambiente;

D elevação de temperatura do óleo inferior sobre a temperatura ambiente.

H.4.5.2.6 Valores calculados

A seguinte grandeza é calculada, referenciada ao instante t1:

C elevação de temperatura média do óleo sobre a temperatura ambiente.

H.4.5.2.7 Amostra de gás

No instante t0, é retirada uma amostra de óleo G0 para realização de ensaio de gascromatografia.
Caso o ensaio de aquecimento e o ensaio de aquecimento em sobrecarga sejam realizados em
sequência, os teores G0 servem tanto para o cálculo dos incrementos e taxas gerados durante o ensaio
de aquecimento quanto para permitir a totalização dos incrementos e taxas gerados no ensaio
de aquecimento em sobrecarga. Caso sejam realizados separadamente, os teores G0 permitem a
avaliação dos teores e taxas gerados apenas durante o ensaio de aquecimento em sobrecarga.

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H.4.5.3 Etapa t1 a t2

H.4.5.3.1 Objetivo

Esta etapa tem o objetivo de elevar a temperatura do topo do óleo durante o período da condição
de emergência de longa duração, correspondendo ao período de ensaio de carregamento de 1,2 × I
por 4 h.

H.4.5.3.2 Tensão e corrente de ensaio

A corrente 1,2 × I aplicada no período t1 a t2 corresponde ao carregamento de 120 % da corrente,


tendo como base a derivação definida em H.4.4.3.

H.4.5.3.3 Duração

Esta etapa tem duração fixa de 4 h.

H.4.5.3.4 Grandezas monitoradas

As temperaturas do óleo e do ambiente são monitoradas ao longo do ensaio em intervalos de 15 min


ou menos.

H.4.5.3.5 Valores medidos

No instante t2 são medidas e registradas as seguintes grandezas:

Tamb temperatura ambiente;

A elevação de temperatura do topo do óleo sobre a temperatura ambiente;


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D elevação de temperatura do óleo inferior sobre a temperatura ambiente.

Devem ser feitas medições de temperatura por termografia em partes externas do tanque na condição
de temperatura do instante t2, que não podem ultrapassar os limites definidos na Tabela H.1 (coluna
referente a outras partes metálicas sem contato com celulose). Caso os valores obtidos estejam
próximos dos estabelecidos, procedimentos adicionais devem ser objeto de análise e acordo entre
fabricante e comprador.

H.4.5.3.6 Valores calculados

São calculadas as seguintes grandezas referenciadas ao instante t2:

C elevação de temperatura média do óleo;

Q elevação de temperatura média do enrolamento sobre a temperatura ambiente.

A temperatura do óleo medida deve ser corrigida para incluir as perdas em vazio com as seguintes
etapas de cálculo:

a) corrigir a elevação de temperatura do topo do óleo sobre a temperatura ambiente (A) medida
em t2 para incluir as perdas em vazio, ou seja, corrigir de 1,2 × I para 1,2 × It;

b) corrigir a elevação de temperatura do enrolamento sobre o óleo (gr) de I para 1,2 × I, a partir da
elevação de temperatura do enrolamento sobre o óleo medida no ensaio de elevação de tempe-
ratura, que tinha sido determinada para I;

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c) a temperatura do ponto mais quente do enrolamento deve ser obtida a partir da soma das duas
grandezas anteriores adicionada à temperatura ambiente média máxima (mínimo de 40 °C).

As correções devem ser feitas segundo os procedimentos estabelecidos em 8.2.2, utilizando os parâ-
metros da Tabela 5.

H.4.5.3.7 Amostra de óleo para ensaio de gascromatografia

No instante t2, é retirada uma amostra de óleo G2 para a realização de ensaio de gascromatografia.

H.4.5.4 Etapa t2 a t3

H.4.5.4.1 Objetivo

Esta etapa tem o objetivo de elevar a temperatura do topo do óleo durante o período da condição
de emergência de curta duração, correspondendo ao período de ensaio de carregamento de 1,4 × I
por 30 min. Esta etapa tem ainda o objetivo de possibilitar o levantamento do perfil de gases gerados
após o ensaio completo (1,2 × I por 4 h e 1,4 × I por 30 min).

H.4.5.4.2 Tensão e corrente de ensaio

A corrente 1,4 × I aplicada no período t2 a t3 corresponde ao carregamento de 140 % da corrente,


tendo como base a derivação definida em H.4.4.3.

H.4.5.4.3 Duração

Esta etapa tem duração fixa de 30 min.

H.4.5.4.4 Grandezas monitoradas


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As temperaturas do óleo e do ambiente são monitoradas ao longo do ensaio em intervalos de 5 min


ou menos.

H.4.5.4.5 Valores medidos

Para a determinação das temperaturas do óleo e do enrolamento, devem ser utilizados os proce-
dimentos definidos na ABNT NBR 5356-2. No instante t3, são medidas e registradas as seguintes
grandezas:

Tamb temperatura ambiente;

A elevação de temperatura do topo do óleo sobre a temperatura ambiente;

D elevação de temperatura da base do óleo sobre a temperatura ambiente;

gr gradiente médio de temperatura cobre-óleo).

Devem ser feitas medições de temperatura por termografia em partes externas do tanque na condição
de temperatura do instante t3, que não podem ultrapassar os limites definidos na Tabela H.1 (coluna
referente a outras partes metálicas sem contato com celulose). Caso os valores obtidos estejam
próximos dos estabelecidos, procedimentos adicionais devem ser objeto de análise e acordo entre
fabricante e comprador.

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H.4.5.4.6 Valores calculados

São calculadas as seguintes grandezas referenciadas ao instante t3:

C elevação de temperatura média do óleo;

Q elevação da temperatura média do enrolamento;

gr gradiente médio de temperatura cobre-óleo.

A temperatura do óleo medida deve ser corrigida para incluir as perdas em vazio, com as se-
guintes etapas de cálculo:

a) corrigir a elevação de temperatura do topo do óleo sobre a temperatura ambiente (A) medida em
t3 para incluir as perdas em vazio, ou seja, corrigir de 1,4 × I para 1,4 × It;

b) corrigir a elevação de temperatura do enrolamento sobre o óleo (gr) de 1,2 × I para 1,4 × I, a partir
da elevação de temperatura do enrolamento sobre o óleo calculada no instante t2, que tenha sido
determinada para 1,2 × I;

c) a temperatura do ponto mais quente do enrolamento deverá ser obtida a partir da soma das duas
grandezas anteriores adicionadas à temperatura ambiente média máxima (mínimo de 40 °C).

As correções devem ser feitas segundo os procedimentos estabelecidos no em 8.2.2 utilizando os


parâmetros da Tabela 5.

Para efeito de avaliação da verificação do atendimento ao critério de temperatura máxima, deve ser
utilizado o valor de temperatura do ponto mais quente do enrolamento obtido a partir da temperatura do
óleo medida e corrigida por cálculo. Uma vez que a temperatura final do óleo não esteja estabilizada,
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o que pode provocar distorções nos resultados, o valor medido não pode ser utilizado para avaliação
do atendimento ao critério e apenas serve de subsídio para futuro ajuste dos procedimentos de cálculo
e parâmetros de correção.

Seis horas após o instante t3, ou conforme acordo prévio entre fabricante e comprador, é retirada uma
amostra de óleo G3 para a realização de ensaio de gascromatografia.

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