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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 6251

Quarta edição
09.11.2018

Cabos de potência com isolação extrudada para


tensões de 1 kV a 35 kV — Requisitos construtivos
Insulated power cables, for rated voltages 1 kV to 35 kV — Constructive
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ICS 29.060.20 ISBN 978-85-07-07753-4

Número de referência
ABNT NBR 6251:2018
59 páginas

© ABNT 2018
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ABNT NBR 6251:2018

Sumário Página

Prefácio...............................................................................................................................................vii
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................2
3 Termos e definições............................................................................................................3
4 Tensões de isolamento.......................................................................................................5
5 Condutor..............................................................................................................................5
6 Separador.............................................................................................................................7
7 Isolação................................................................................................................................7
7.1 Materiais da isolação..........................................................................................................7
7.1.1 Termoplásticos....................................................................................................................7
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7.1.2 Termofixos...........................................................................................................................7
7.2 Limites térmicos em função da isolação..........................................................................8
7.2.1 Condições em regime permanente....................................................................................8
7.2.2 Condições em regime de sobrecarga...............................................................................8
7.2.3 Condições em regime de curto-circuito............................................................................8
7.3 Requisitos do material da isolação...................................................................................9
7.4 Espessura da isolação........................................................................................................9
8 Blindagem do condutor....................................................................................................14
8.1 Requisitos gerais da blindagem do condutor................................................................14
8.2 Material de blindagem do condutor.................................................................................14
8.3 Espessura da blindagem do condutor............................................................................15
9 Blindagem da isolação.....................................................................................................15
9.1 Requisitos gerais da blindagem da isolação..................................................................15
9.2 Parte não metálica da blindagem da isolação................................................................15
9.3 Parte metálica....................................................................................................................16
10 Reunião dos cabos multipolares.....................................................................................17
10.1 Condições gerais..............................................................................................................17
10.2 Cabos com tensão de isolamento de 0,6/1 kV................................................................17
10.3 Cabos com tensões de isolamento superiores a 0,6/1 kV em campo elétrico não radial...17
10.4 Cabos com tensões de isolamento superiores a 0,6/1 kV em campo elétrico radial....18
11 Identificação das veias.....................................................................................................18
12 Capa interna e enchimentos............................................................................................19
13 Capa metálica....................................................................................................................20
14 Armação metálica..............................................................................................................20
14.1 Requisitos gerais..............................................................................................................20
14.2 Materiais.............................................................................................................................21
14.3 Dimensões dos fios ou fitas de armação........................................................................21
14.4 Dimensões nominais dos elementos de armação.........................................................21
14.5 Requisitos de construção da armação...........................................................................23
15 Capa de separação............................................................................................................23
16 Cobertura...........................................................................................................................24

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ABNT NBR 6251:2018

16.1 Limite de temperatura em regime permanente..............................................................24


16.2 Material...............................................................................................................................25
16.3 Requisitos físicos..............................................................................................................26
16.4 Espessura da cobertura...................................................................................................26
17 Marcação na cobertura.....................................................................................................26
Anexo A (normativo) Seleção da tensão de isolamento do cabo em função das características
do sistema..........................................................................................................................28
A.1 Introdução..........................................................................................................................28
A.2 Seleção de Uo e U..............................................................................................................28
A.2.1 Categorias do sistema......................................................................................................28
A.2.1.1 Categoria A........................................................................................................................28
A.2.1.2 Categoria B........................................................................................................................28
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A.2.1.3 Categoria C........................................................................................................................28


A.2.2 Valores mínimos de Uo em função da Um e da categoria do sistema..........................28
A.2.3 Tensão suportável de impulso atmosférico do cabo (Up).............................................29
A.2.4 Sistema em corrente contínua.........................................................................................29
Anexo B (normativo) Método de cálculo fictício do diâmetro para a determinação das
dimensões dos componentes do cabo...........................................................................30
B.1 Generalidades....................................................................................................................30
B.2 Introdução..........................................................................................................................30
B.3 Método de cálculo fictício do diâmetro...........................................................................31
B.3.1 Condutor............................................................................................................................31
B.3.2 Veia.....................................................................................................................................31
B.3.3 Diâmetro sobre a reunião das veias................................................................................32
B.3.4 Capa interna.......................................................................................................................33
B.3.5 Condutores concêntricos e blindagens metálicas........................................................34
B.3.6 Capa metálica....................................................................................................................36
B.3.7 Capa de separação............................................................................................................36
B.3.8 Acolchoamento adicional sobre a capa interna para cabos com armação a fitas
planas.................................................................................................................................36
B.3.9 Armação metálica..............................................................................................................36
B.4 Arredondamento de números..........................................................................................37
B.4.1 Arredondamento de números para uso no método de cálculo fictício de diâmetro..37
B.4.2 Arredondamento de números para outros usos............................................................38
Anexo C (normativo) Tabelas de requisitos físicos e químicos dos materiais de isolação,
blindagem semicondutora, capa metálica e cobertura.................................................39
Anexo D (normativo Cálculo da porcentagem da cobertura para trança metálica.......................53
D.1 Introdução..........................................................................................................................53
D.2 Método................................................................................................................................53
Anexo E (normativo) Cálculo da corrente de curto-circuito na blindagem pela seção e tempo
de duração.........................................................................................................................54
E.1 Introdução..........................................................................................................................54
E.2 Método................................................................................................................................54

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Anexo F (normativo) Análise qualitativa para determinação da presença de halogênios,


nitrogênio e enxofre..........................................................................................................56
F.1 Objetivo..............................................................................................................................56
F.2 Aparelhagem......................................................................................................................56
F.3 Reagentes e materiais......................................................................................................56
F.4 Procedimento....................................................................................................................57
F.4.1 Fusão da amostra..............................................................................................................57
F.4.2 Ensaios específicos..........................................................................................................57
F.4.2.1 Cloro, bromo e iodo – Reação com o nitrato de prata...................................................57
F.4.2.2 Flúor – Reação com alizarina S – Zircônio.....................................................................57
F.4.2.3 Nitrogênio – Reação com cloreto férrico........................................................................57
F.4.2.4 Enxofre – Reação com nitroprussiato de sódio.............................................................58
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F.5 Resultados.........................................................................................................................58
Bibliografia..........................................................................................................................................59

Tabelas
Tabela 1 – Tipos de materiais de isolação.........................................................................................1
Tabela 2 – Tipos de materiais de cobertura.......................................................................................1
Tabela 3 – Seções mínimas do condutor neutro e do condutor de proteção.................................6
Tabela 4 – Temperatura máxima em regime permanente em função da isolação.........................8
Tabela 5 – Temperatura máxima em regime de sobrecarga.............................................................9
Tabela 6 – Temperatura máxima em regime de curto-circuito.........................................................9
Tabela 7 – Espessura da isolação para PVC/A................................................................................10
Tabela 8 – Espessura da isolação para PE...................................................................................... 11
Tabela 9 – Espessura plena da isolação para EPR, HEPR e EPR 105 para cabos com
construção bloqueada ou não.........................................................................................12
Tabela 10 – Espessura coordenada da isolação para HEPR e EPR 105 para cabos com
construção bloqueada ou não.........................................................................................13
Tabela 11 – Espessura plena da isolação para XLPE e TR XLPE para cabos com construção
bloqueada ou não..............................................................................................................13
Tabela 12 – Espessura da capa interna............................................................................................20
Tabela 13 – Diâmetro nominal dos fios de armação com trança...................................................22
Tabela 14 – Diâmetro nominal dos fios de armação.......................................................................22
Tabela 15 – Dimensões nominais das fitas de armação plana......................................................22
Tabela 16 – Espessura nominal das fitas de armação intertravada..............................................23
Tabela 17 – Temperatura máxima em regime permanente em função da cobertura...................24
Tabela A.1 – Valores mínimos para Uo em função da categoria e da tensão máxima de
operação do sistema.........................................................................................................29
Tabela A.2 – Tensão suportável de impulso atmosférico do cabo................................................29
Tabela B.1 – Diâmetro fictício dos condutores................................................................................31
Tabela B.2 – Coeficiente de reunião para condutores de igual seção..........................................32
Tabela B.3 – Acréscimo do diâmetro – Condutor concêntrico ou blindagem metálica..............34

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Tabela B.4 – Acréscimo no diâmetro – Acolchoamento.................................................................36


Tabela C.1 – Camadas semicondutoras extrudadas e enfaixadas................................................39
Tabela C.2 – Compostos de PVC......................................................................................................40
Tabela C.3 – Compostos de polietileno............................................................................................42
Tabela C.4 – Compostos de EPR e XLPE.........................................................................................43
Tabela C.5 – Compostos termofixos para cobertura......................................................................46
Tabela C.6 – Composto não halogenado para isolação – LSHF/A................................................47
Tabela C.7 – Composto não halogenado para cobertura...............................................................49
Tabela C.8 – Requisitos elétricos para compostos isolantes........................................................51
Tabela C.9 – Composição de chumbo para capa metálica extrudada (%)....................................52
Tabela E.1 ‒ Valores de ρ20, β, σ e K em função do material da blindagem..................................55
Tabela E.2 ‒ Valores da temperatura inicial em função da temperatura no condutor.................55
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Tabela E.3 ‒ Valores da temperatura final em função do material da cobertura..........................55

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da
normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a
qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
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Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma.

A ABNT NBR 6251 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), pela Comissão
de Estudo de Cabos Isolados (CE-003:020.003). O seu 1º Projeto de Revisão circulou em Consulta
Nacional conforme Edital nº 08, de 29.08.2017 a 29.10.2017. O seu 2º Projeto de Revisão circulou em
Consulta Nacional conforme Edital nº 09, de 21.09.2018 a 22.10.2018.

Esta quarta edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 6251:2012 Versão
corrigida:2013), a qual foi tecnicamente revisada.

O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte:

Scope
This Document provides the construction of power cables, single-core, multi-core or pre-assembled,
for fixed installations, with extruded insulation and sheath, for rated voltages from 1 kV up to 35 kV.
he insulation and sheath materials are described in Tables 1 and 2.

As an alternative to normal construction, this standard provided cables with watertightness (see 3.4
and 3.5) recommended for distribution circuits, subjected to prolonged contact with water.

The tests and criteria of acceptance and rejection shall be according to the specific cable standard.

Cables for special installations and conditions, for example, overhead bare cables, mining industry,
nuclear power plants (indoors or outside the containment vessel), submarine cable or cables for use
on ships are not included in this standard. However, if there is not a specific standard, it can be used
as a reference, by making the necessary adjustments to the application.

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Cabos de potência com isolação extrudada para tensões de 1 kV a 35 kV —


Requisitos construtivos

1 Escopo
Este Documento padroniza a construção dos cabos de potência unipolares, multipolares ou multiple-
xados, para instalações fixas, com isolação e cobertura extrudada, para tensões nominais de 1 kV a
35 kV. Os materiais de isolação e cobertura são descritos nas Tabelas 1 e 2.

Em alternativa à construção normal, este Documento prevê cabos com construção bloqueada (ver 3.4
e 3.5), recomendados para os circuitos de distribuição, sujeitos a contatos prolongados com água.
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Os ensaios e os critérios de aceitação e rejeição devem estar de acordo com as normas específicas
do cabo.

Não são incluídos neste Documento os cabos para instalações e condições especiais, como, por
exemplo, cabos nus para redes aéreas, indústria de mineração, centrais nucleares (em áreas
internas ou externas ao vaso de contenção), cabos submarinos ou cabos para uso a bordo de navios.
Entretanto, caso não exista norma específica, este Documento pode ser utilizado como referência,
fazendo-se as adequações necessárias à aplicação.

Tabela 1 – Tipos de materiais de isolação


Material da isolação Designação
Policloreto de vinila PVC/A
Polietileno termoplástico PE
Composto poliolefínico termoplástico não halogenado LSHF/A
Borracha etilenopropileno EPR, HEPR e EPR 105
Polietileno reticulado quimicamente XLPE
Polietileno reticulado quimicamente, retardante à arborescência TR XLPE

Tabela 2 – Tipos de materiais de cobertura


Material da cobertura Designação
Policloreto de vinila ST1 e ST2
Polietileno termoplástico ST3 e ST7
Composto poliolefínico termoplástico não halogenado SHF1
Policloropreno, polietileno clorossulfonado, polietileno clorado ou polímeros similares SE1/A e SE1/B
Composto poliolefínico termofixo não halogenado SHF2
NOTA Outros tipos de compostos para cobertura podem ser utilizados, desde que suas características
sejam adequadamente especificadas pelo fabricante e aprovadas pelo comprador.

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ABNT NBR 6251:2018

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 5410, Instalações elétricas de baixa tensão

ABNT NBR 5456, Eletricidade geral – Terminologia

ABNT NBR 5471, Condutores elétricos

ABNT NBR 6243, Choque térmico para fios e cabos elétricos


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ABNT NBR 6331:2010, Arame de aço de baixo teor de carbono, zincado, para uso geral – Especificação

ABNT NBR 6813, Fios e cabos elétricos – Ensaio de resistência de isolamento

ABNT NBR 7295, Fios e cabos elétricos – Ensaio de capacitância e fator de dissipação

ABNT NBR 7300, Fios e cabos elétricos – Ensaio de resistividade volumétrica

ABNT NBR 7307, Fios e cabos elétricos – Ensaio de fragilização

ABNT NBR 10495, Fios e cabos elétricos – Determinação da quantidade de gás ácido halogenado


emitida durante a combustão de materiais poliméricos

ABNT  NBR  11633, Fios e cabos elétricos – Ensaio de determinação do grau de acidez de gases
desenvolvidos durante a combustão de componentes – Método de ensaio

ABNT NBR 12139, Fios e cabos elétricos – Ensaio de determinação do índice de toxidez dos gases
desenvolvidos durante a combustão dos materiais poliméricos – Método de ensaio

ABNT NBR 14039, Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV

ABNT NBR NM 280, Condutores de cabos isolados (IEC 60228, MOD)

ABNT  NBR  NM IEC 60811-1-1, Métodos de ensaios comuns para os materiais de isolação e de
cobertura de cabos elétricos – Parte 1: Métodos para aplicação geral – Capítulo 1: Medição de
espessuras e dimensões externas – Ensaios para a determinação das propriedades mecânicas

ABNT  NBR  NM IEC 60811-1-2, Métodos de ensaios comuns para os materiais de isolação e de
cobertura de cabos elétricos – Parte 1: Métodos para aplicação geral – Capítulo 2: Métodos de
envelhecimento térmico

ABNT  NBR  NM IEC 60811-1-3, Métodos de ensaios comuns para os materiais de isolação e de
cobertura de cabos elétricos – Parte 1: Métodos para aplicação geral – Capítulo 3: Métodos para a
determinação da densidade de massa – Ensaios de absorção de água – Ensaio de retração

ABNT  NBR  NM IEC 60811-1-4, Métodos de ensaios comuns para os materiais de isolação e de
cobertura de cabos elétricos e ópticos – Parte 1: Métodos para aplicação geral – Capítulo 4: Ensaios
a baixas temperaturas

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ABNT NBR 6251:2018

ABNT NBR NM IEC 60811-2-1, Métodos de ensaio comuns para materiais de isolação e de cobertura
de cabos elétricos e ópticos – Parte 2: Métodos específicos para materiais elastoméricos – Capítulo 1:
Ensaios de resistência ao ozônico, de alongamento a quente e de imersão em óleo mineral

ABNT NBR NM IEC 60811-3-1, Métodos de ensaios comuns para materiais de isolação e de cobertura
de cabos elétricos e ópticos – Parte 3: Métodos específicos para os compostos de PVC – Capítulo 1:
Ensaio de pressão a altas temperaturas – Ensaios de resistência a fissuração

ABNT NBR NM IEC 60811-3-2, Métodos de ensaios comuns para materiais de isolação e de cobertura
de cabos elétricos e ópticos – Parte 3: Métodos específicos para os compostos de PVC – Capítulo 2:
Ensaio de perda de massa – Ensaio de estabilidade térmica

ABNT NBR NM IEC 60811-4-1, Métodos de ensaios comuns para materiais de isolação e de cobertura
de cabos elétricos – Parte 4: Métodos específicos para os compostos de polietileno e polipropileno –
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Capítulo 1: Resistência à fissuração por ação de tensões ambientais – Ensaio de enrolamento após
envelhecimento térmico no ar – Medição do índice de fluidez – Determinação do teor de negro-de-fumo
e/ou de carga mineral em polietileno

IEC 60949, Calculation of thermally permissible short-circuit currents, taking into account non-adiabatic
heating effects

ICEA-P-45-482, Short circuit performance of metallic shields and sheaths on insulated cables

3 Termos e definições
Para os efeitos deste Documento, aplicam-se os termos e definições das ABNT  NBR  5456 e
ABNT NBR 5471, e os seguintes.

3.1
arborescência
fenômenos que causam a degradação da isolação do cabo, em consequência das interações de
umidade, campo elétrico, impurezas no material isolante e/ou imperfeições do processo produtivo
NOTA O termo arborescência é utilizado porque o formato dos defeitos causados no dielétrico sob tensão
assemelha-se a uma árvore. A arborescência pode ser úmida ou elétrica.

3.2
cabo de potência a campo elétrico não radial
cabo que não se enquadra na definição dada em 3.3

3.3
cabo de potência a campo elétrico radial
cabo provido de camada semicondutora e/ou condutora, envolvendo o condutor e a sua isolação

3.4
construção bloqueada longitudinalmente
construção em que é feito o preenchimento dos interstícios do cabo ao longo do seu comprimento,
com a finalidade de conter a migração longitudinal de água no seu interior
3.5
construção bloqueada transversalmente
construção em que é colocada uma barreira ao longo do comprimento do cabo, com a finalidade de
conter a migração radial de umidade para o interior da sua isolação

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ABNT NBR 6251:2018

3.6
espessura coordenada da isolação
espessura dimensionada em função do gradiente elétrico máximo no condutor, limitando-se também
o gradiente mínimo na superfície externa da isolação, para cada seção de condutor

3.7
espessura plena da isolação
espessura convencional, normalmente especificada em Normas Internacionais ou estrangeiras (IEC,
ICEA, BS etc.), baseada em gradiente médio na isolação e que, portanto, independe da seção do
condutor

3.8
retardamento da arborescência
característica que o projeto do cabo e/ou o material dielétrico da isolação apresenta, que retarda o
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crescimento da arborescência

3.9
temperatura máxima no condutor em regime de curto-circuito
máxima temperatura admissível, em qualquer ponto do condutor, em regime de curto-circuito

3.10
temperatura máxima no condutor em regime de sobrecarga
máxima temperatura admissível, em qualquer ponto do condutor, em regime de sobrecarga

3.11
temperatura máxima no condutor em regime permanente
máxima temperatura admissível, em qualquer ponto do condutor, em condições estáveis de
funcionamento

3.12
tensão de isolamento do cabo
U ou Uo/U
valor de U ou dos valores Uo/U pelos quais os cabos são designados

onde

Uo é o valor eficaz da tensão entre condutor e terra ou blindagem da isolação ou qualquer


proteção metálica sobre esta;

U é o valor eficaz da tensão entre os condutores.


NOTA A designação completa do cabo por suas tensões de isolamento inclui a tensão máxima de
operação do sistema, conforme as IEC 60502-1 e IEC 60502-2, da seguinte forma: Uo/U (Um). Entretanto, a
tensão Um é omitida neste Documento e nas especificações dele decorrentes, como tem sido a prática até o
presente no Brasil.

3.13
tensão máxima de operação do sistema
Um
máxima tensão de linha que pode ser mantida em condições normais de operação, em qualquer
tempo e em qualquer ponto do sistema
NOTA 1 No caso de corrente alternada, a tensão é dada em valor eficaz.

NOTA 2 Não é necessariamente igual à tensão máxima de operação dos equipamentos ligados ao sistema.

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3.14
tensão nominal do sistema
tensão de linha pela qual o sistema é designado

NOTA 1 No caso de corrente alternada, a tensão é dada em valor eficaz.

NOTA 2 Não é necessariamente igual à tensão nominal dos equipamentos ligados ao sistema.

3.15
valor aproximado
valor utilizado para o cálculo de outros valores dimensionais, não sendo um valor assegurado nem
objeto de controle

3.16
valor fictício
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valor calculado de acordo com o “método fictício” descrito no Anexo B

3.17
valor mediano
valor intermediário em uma série de valores ordenados de forma crescente ou decrescente, quando o
número de valores for ímpar, quando o número de valores for par, é a média aritmética entre os dois
valores centrais

3.18
valor médio
valor correspondente à média aritmética dos valores de uma grandeza, medidos conforme o estabe-
lecido nos respectivos métodos de ensaio

3.19
valor nominal
valor pelo qual uma grandeza é designada, empregado geralmente em tabelas, que corresponde ao
valor que é verificado por medições, levando-se em consideração as tolerâncias especificadas

4 Tensões de isolamento
4.1 As tensões de isolamento dos cabos, em quilovolts, previstas neste Documento, são as seguintes:

Uo/U – 0,6/1 – 1,8/3 – 3,6/6 – 6/10 – 8,7/15 – 12/20 – 15/25 – 20/35

NOTA As tensões de isolamento podem apresentar a unidade de duas formas, por exemplo, 0,6 kV/1 kV,
ou 0,6/1 kV, sendo esta última a forma preferencial, adotada nas IEC 60502-1 e IEC 60502-2.

4.2 Para uma escolha criteriosa do cabo, em função das características do sistema, é necessário
recorrer à classificação por categoria, prevista no Anexo A.

5 Condutor
5.1 O condutor deve ser constituído por um ou vários fios de cobre, com ou sem revestimento metá-
lico, ou de alumínio nu. Dependendo de sua construção, deve ser designado por:

 a) condutor de seção maciça;

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 b) condutor de seção circular de formação simples;


 c) condutor de seção circular de formação combinada;
 d) condutor de seção circular compactado;
 e) condutor de seção setorial.
5.2 Os condutores de cobre e alumínio devem estar conforme a ABNT NBR NM 280.
5.3 A construção bloqueada longitudinalmente é prevista somente para a classe 2 de encordoamento.
5.4 Quando for prevista construção bloqueada longitudinalmente (ver 3.5), os interstícios internos
entre os fios componentes do condutor devem ser preenchidos com material compatível, química
e termicamente, com os componentes do cabo. O fabricante deve assegurar esta compatibilidade.
NOTA Não é recomendada a construção bloqueada longitudinalmente para cabos com tensões inferiores
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à 3,6/6 kV.

5.5 O condutor neutro e/ou o condutor de proteção de cabos, com três ou quatro condutores, pode
ter sua seção reduzida, em relação aos condutores fase, respeitando os limites dados na Tabela 3.
A utilização do neutro e/ou do condutor de proteção de seção reduzida deve satisfazer as condições
previstas na ABNT NBR 5410.

Tabela 3 – Seções mínimas do condutor neutro e do condutor de proteção


Seção dos Seção mínima do Seção mínima do
condutores fase condutor neutro condutor de proteção
mm2 mm2 mm2
S ≤ 16 S S
25 25 16
35 25 a 16 a
50 25 a 25 a
70 35 35
95 50 50
120 70 70
150 70 95
185 95 95
240 120 120
300 150 150
400 185 240
a 35 mm2, no caso de condutores de alumínio.

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6 Separador
6.1 Para cabos sem blindagem do condutor, somente é obrigatório utilizar um separador entre o
condutor e a isolação, para evitar a ocorrência de:

 a) penetração acentuada da isolação sobre o condutor que dificulte a sua remoção;

 b) interação química que possa provocar corrosão do condutor, aceleração do envelhecimento da
isolação ou aderência entre o condutor e a isolação.

6.2 O emprego de separador não é restrito às condições de 6.1, podendo, a critério do fabricante,
ser utilizado sobre qualquer elemento constituinte do cabo.

6.3 Quando previsto, o separador deve ser constituído por material compatível, química e termica-
mente, com o material do condutor e da isolação.
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6.4 Não é permitido utilizar separador entre o condutor e a blindagem do condutor.

7 Isolação
7.1 Materiais da isolação

A isolação deve ser constituída por dielétrico extrudado, termoplástico ou termofixo, de um dos tipos
descritos em 7.1.1 e 7.1.2, observando os respectivos limites recomendados para a tensão de isola-
mento e a temperatura.

7.1.1 Termoplásticos

São os seguintes:

 a) PVC/A – composto isolante à base de policloreto de vinila ou copolímero de cloreto de vinila e
acetato de vinila, utilizado em cabos com tensões de isolamento iguais ou menores que 3,6/6 kV;

 b) PE – composto isolante à base de polietileno termoplástico, utilizado em cabos com tensões de
isolamento iguais ou menores que 3,6/6 kV;

 c) LSHF/A – composto isolante poliolefínico não halogenado, utilizado em cabos com tensões de
isolamento iguais ou menores que 0,6/1 kV.

Para a fabricação de cabos com tensões de isolamento iguais ou maiores que 6/10 kV, a isolação
deve ser extrudada simultaneamente com a blindagem semicondutora da isolação e a blindagem do
condutor.

7.1.2 Termofixos

São os seguintes:

 a) EPR – compostos isolantes à base de borracha etilenopropileno (EPR, EP ou EPM) ou similar
(EPDM), utilizados em cabos com qualquer tensão de isolamento;

 b) HEPR – compostos isolantes à base de borracha etilenopropileno (EPR, EP ou EPM) ou similar
(EPDM), de alto módulo ou compostos de maior dureza, utilizados em cabos com qualquer tensão
de isolamento;

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 c) EPR 105 – compostos isolantes à base de borracha etilenopropileno (EPR, EP ou EPM) ou similar
(EPDM), para tensões de isolamento iguais ou maiores que 3,6/6 kV e temperatura no condutor
de 105 °C, em regime permanente;

 d) XLPE – composto isolante à base de polietileno reticulado quimicamente, utilizado em cabos com
qualquer tensão de isolamento;

 e) TR XLPE – composto isolante à base de polietileno reticulado quimicamente, para tensões de
isolamento iguais ou maiores que 3,6/6 kV, e retardante à arborescência.

NOTA O composto TR XLPE pode ser classificado pelo ensaio descrito na ASTM D6097, normalmente
realizado pelo fabricante do composto.

7.2 Limites térmicos em função da isolação


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7.2.1 Condições em regime permanente

A temperatura no condutor, em regime permanente, não pode ultrapassar os valores dados na Tabela 4,
estabelecidos em função dos materiais de isolação.

7.2.2 Condições em regime de sobrecarga

A operação em regime de sobrecarga, para as temperaturas dadas na Tabela 5, não pode superar
100 h, durante 12 meses consecutivos, nem 500 h, durante a vida do cabo.

As temperaturas da Tabela 5 são baseadas nas propriedades intrínsecas dos materiais isolantes.
Deve ser entendido que o cabo, quando submetido a regime de sobrecarga, tem sua vida útil reduzida
em certo grau em relação à vida prevista para as condições em regime permanente. Além disso,
limites mais baixos de temperatura podem ser requeridos em função dos materiais usados nos cabos,
emendas e terminais, como, por exemplo, o chumbo, ou em função das condições da instalação.

7.2.3 Condições em regime de curto-circuito

A duração máxima de um curto-circuito em que o condutor pode manter as temperaturas máximas


dadas na Tabela 6 é de 5 s.

As temperaturas dadas na Tabela 6 são baseadas nas propriedades intrínsecas dos materiais isolan-
tes. Limites mais baixos de temperatura podem ser requeridos em função da instalação e dos aces-
sórios envolvidos.

Tabela 4 – Temperatura máxima em regime permanente em função da isolação

Temperatura máxima no condutor


Isolação
°C
PVC/A 70
PE 70
LSHF/A 70
EPR e HEPR 90
EPR 105 105
XLPE e TR XLPE 90

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Tabela 5 – Temperatura máxima em regime de sobrecarga


Isolação Temperatura máxima no condutor
°C
PVC/A 100
PE 90
LSHF/A 100
EPR e HEPR 130
EPR 105 140
XLPE e TR XLPE 130
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Tabela 6 – Temperatura máxima em regime de curto-circuito


Isolação Temperatura máxima no condutor
°C
PVC/A
Seção do condutor ≤ 300 mm2 160
Seção do condutor > 300 mm2 140
PE 130
LSHF/A 160
EPR, HEPR e EPR 105 250
XLPE e TR XLPE 250

7.3 Requisitos do material da isolação

7.3.1 As características físicas dos materiais usados como isolação devem estar de acordo com os
requisitos dados nas Tabelas C.2 a C.4. As características elétricas da isolação devem estar de acordo
com os requisitos dados na Tabela C.8.

7.3.2 É conveniente que a compatibilidade entre o condutor nu ou revestido e a isolação de EPR,


HEPR, EPR 105, XLPE ou TR XLPE, nos cabos sem blindagem do condutor, com ou sem separador,
seja verificada pelos ensaios previstos em 1.3 ou 1.4 da Tabela C.4.

7.4 Espessura da isolação

7.4.1 As espessuras nominais da isolação são dadas nas Tabelas 7 a 11. São estabelecidas em
função da seção nominal do condutor, do tipo de isolação e da tensão de isolamento, sendo aplicáveis
somente aos cabos com cobertura.

7.4.2 A espessura média da isolação não pode ser inferior ao valor nominal especificado.

7.4.3 A espessura mínima da isolação em um ponto qualquer de uma seção transversal pode ser
menor que o valor nominal, contanto que a diferença não exceda 0,1 mm + 10 % do valor nominal
especificado.

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7.4.4 A espessura de qualquer separador ou blindagem semicondutora, aplicados sobre o condutor


ou sobre a isolação, não pode ser considerada parte da isolação.

7.4.5 Caso haja um ou mais condutores de proteção e/ou neutro isolados, seja qual for a classe de
tensão dos condutores fase, a espessura da isolação do condutor neutro deve ser a mesma que a da
classe de tensão 0,6/1 kV.

Tabela 7 – Espessura da isolação para PVC/A


Seção nominal do condutor Espessura da isolação
mm2 mm
Uo/U
kV
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0,6/1 1,8/3 3,6/6


1,5 e 2,5 0,8 – –
4e6 1,0 – –
10 1,0 2,2 3,4
16 1,0 2,2 3,4
25 1,2 2,2 3,4
35 1,2 2,2 3,4
50 e 70 1,4 2,2 3,4
95 e 120 1,6 2,2 3,4
150 1,8 2,2 3,4
185 2,0 2,2 3,4
240 2,2 2,2 3,4
300 2,4 2,4 3,4
400 2,6 2,6 3,4
500 a 800 2,8 2,8 3,4
1 000 3,0 3,0 3,4
NOTA 1 Cabos com tensões de isolamento iguais ou maiores que 1,8/3 kV, e com seções de condutor
inferiores às dadas nesta Tabela, não são recomendados. Entretanto, se uma seção menor for necessária,
recomenda-se que o diâmetro do condutor seja aumentado por meio da blindagem sobre o condutor ou que
a espessura da isolação seja aumentada, de modo a limitar os gradientes máximos aplicados ao isolamento
aos valores calculados para as seções mínimas previstas nesta Tabela, durante os ensaios de tensão.
NOTA 2 Seções de condutores diferentes das previstas nesta Tabela não são recomendadas. Entretanto,
se uma seção diferente for necessária, recomenda-se que a espessura da isolação seja especificada,
considerando a seção mais próxima. No caso de a seção necessária ser exatamente a intermediária entre
duas padronizadas, especifica-se a espessura correspondente à seção maior.

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Tabela 8 – Espessura da isolação para PE


Seção nominal do condutor Espessura da isolação
mm2 mm
Uo/U
kV
0,6/1 1,8/3 3,6/6
1,5 e 2,5 0,8 2,2 –
4e6 1,0 2,2 –
10 e 16 1,0 2,2 2,5
25 e 35 1,2 2,2 2,5
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50 e 70 1,4 2,2 2,5


95 e 120 1,6 2,2 2,5
150 1,8 2,2 2,5
185 2,0 2,2 2,5
240 2,2 2,2 2,6
300 2,4 2,4 2,8
400 2,6 2,6 3,0
500 2,8 2,8 3,2
630 2,8 2,8 3,2
800 2,8 2,8 3,2
1 000 3,0 3,0 3,2
NOTA 1 Cabos com tensões de isolamento iguais ou maiores que 3,6/6 kV, e com seções de condutor
inferiores às dadas nesta Tabela, não são recomendados. Entretanto, se uma seção menor for necessária,
recomenda-se que o diâmetro do condutor seja aumentado por meio da blindagem sobre o condutor ou que
a espessura da isolação seja aumentada, de modo a limitar os gradientes máximos aplicados ao isolamento
aos valores calculados para as seções mínimas previstas nesta Tabela, durante os ensaios de tensão.
NOTA 2 Seções de condutores diferentes das previstas nesta Tabela não são recomendadas. Entretanto,
se uma seção diferente for necessária, recomenda-se que a espessura da isolação seja especificada,
considerando a seção mais próxima. No caso de a seção necessária ser exatamente a intermediária entre
duas padronizadas, especifica-se a espessura correspondente à seção maior.

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Tabela 9 – Espessura plena da isolação para EPR, HEPR e EPR 105 para cabos com
construção bloqueada ou não

Seção nominal do condutor Espessura da isolação


mm2 mm
Uo/U
kV
0,6/1 1,8/3 3,6/6 6/10 8,7/15 12/20 15/25 20/35
1,5 e 2,5 1,0 – – – – – – –
4e6 1,0 – – – – – – –
10 1,0 2,2 3,0 – – – – –
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16 1,0 2,2 3,0 3,4 – – – –


25 1,2 2,2 3,0 3,4 4,5 – – –
35 1,2 2,2 3,0 3,4 4,5 5,5 – –
50 1,4 2,2 3,0 3,4 4,5 5,5 6,8 8,8
70 e 95 1,6 2,4 3,0 3,4 4,5 5,5 6,8 8,8
120 1,6 2,4 3,0 3,4 4,5 5,5 6,8 8,8
150 1,8 2,4 3,0 3,4 4,5 5,5 6,8 8,8
185 2,0 2,4 3,0 3,4 4,5 5,5 6,8 8,8
240 2,2 2,4 3,0 3,4 4,5 5,5 6,8 8,8
300 2,4 2,4 3,0 3,4 4,5 5,5 6,8 8,8
400 2,6 2,6 3,0 3,4 4,5 5,5 6,8 8,8
500 2,8 2,8 3,2 3,4 4,5 5,5 6,8 8,8
630 2,8 2,8 3,2 3,4 4,5 5,5 6,8 8,8
800 2,8 2,8 3,2 3,4 4,5 5,5 6,8 8,8
1 000 3,0 3,0 3,2 3,4 4,5 5,5 6,8 8,8
NOTA Ver Notas da Tabela 8.

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Tabela 10 – Espessura coordenada da isolação para HEPR e EPR 105 para cabos com
construção bloqueada ou não
Espessura da isolação
mm
Seção nominal do condutor
Uo/U
mm2
kV
0,6/1 1,8/3 3,6/6 6/10 8,7/15 12/20 15/25 20/35
1,5 e 2,5 0,7 – – – – – – –
4e6 0,7 – – – – – – –
10 0,7 2,0 2,5 – – – – –
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16 0,7 2,0 2,5 2,5 3,5 5,2 – –


25 0,9 2,0 2,5 2,5 3,0 4,7 – –
35 0,9 2,0 2,5 2,5 3,0 4,0 6,2 –
50 1,0 2,0 2,5 2,5 3,0 4,0 5,5 8,2
70 1,1 2,0 2,5 2,5 3,0 4,0 5,5 7,5
95 1,1 2,0 2,5 2,5 3,0 4,0 5,5 7,5
120 1,2 2,0 2,5 2,5 3,0 4,0 5,5 7,5
150 1,4 2,0 2,5 2,5 3,0 4,0 5,5 7,5
185 1,6 2,0 2,5 2,5 3,0 4,0 5,5 6,5
240 1,7 2,0 2,8 2,8 3,5 4,5 5,0 6,5
300 1,8 2,0 2,8 2,8 3,5 4,5 5,0 6,5
400 2,0 2,0 2,8 2,8 3,5 4,5 5,0 6,5
500 2,2 2,2 2,8 2,8 3,5 4,5 5,0 6,5
630 2,4 2,4 2,8 2,8 3,5 4,5 5,0 6,5
NOTA Ver Notas da Tabela 8.

Tabela 11 – Espessura plena da isolação para XLPE e TR XLPE para cabos com construção
bloqueada ou não (continua)
Seção nominal do condutor Espessura da isolação
mm2 mm
Uo/U
kV
0,6/1 1,8/3 3,6/6 6/10 8,7/15 12/20 15/25 20/35
1,5 e 2,5 0,7 – – – – – – –
4e6 0,7 – – – – – – –
10 0,7 2,0 2,5 – – – – –

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Tabela 11 (conclusão)
Seção nominal do condutor Espessura da isolação
mm2 mm
Uo/U
kV
0,6/1 1,8/3 3,6/6 6/10 8,7/15 12/20 15/25 20/35
16 0,7 2,0 2,5 3,4 – – – –
25 0,9 2,0 2,5 3,4 4,5 – – –
35 0,9 2,0 2,5 3,4 4,5 5,5 – –
50 1,0 2,0 2,5 3,4 4,5 5,5 6,8 8,8
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70 e 95 1,1 2,0 2,5 3,4 4,5 5,5 6,8 8,8


120 1,2 2,0 2,5 3,4 4,5 5,5 6,8 8,8
150 1,4 2,0 2,5 3,4 4,5 5,5 6,8 8,8
185 1,6 2,0 2,5 3,4 4,5 5,5 6,8 8,8
240 1,7 2,0 2,6 3,4 4,5 5,5 6,8 8,8
300 1,8 2,0 2,8 3,4 4,5 5,5 6,8 8,8
400 2,0 2,0 3,0 3,4 4,5 5,5 6,8 8,8
500 2,2 2,2 3,2 3,4 4,5 5,5 6,8 8,8
630 2,4 2,4 3,2 3,4 4,5 5,5 6,8 8,8
800 2,6 2,6 3,2 3,4 4,5 5,5 6,8 8,8
1 000 2,8 2,8 3,2 3,4 4,5 5,5 6,8 8,8
NOTA Ver Notas da Tabela 8.

8 Blindagem do condutor
8.1 Requisitos gerais da blindagem do condutor

8.1.1 A blindagem do condutor deve ser empregada em cabos com tensões de isolamento iguais ou
maiores que 6/10 kV.

8.1.2 A blindagem do condutor é opcional em cabos com tensões de isolamento iguais ou menores
que 3,6/6 kV. Nestes casos, a blindagem do condutor pode ser constituída de fita têxtil semicondutora.

8.1.3 Para tensões de isolamento iguais ou maiores que 6/10 kV, a blindagem do condutor deve ser
extrudada simultaneamente com a isolação.

8.2 Material de blindagem do condutor

8.2.1 A blindagem do condutor deve ser não metálica, constituída por uma camada extrudada de
composto semicondutor, ou por uma combinação de fita têxtil semicondutora com camada extrudada.

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O material empregado deve ser compatível, química e termicamente, com o do condutor e da isolação
de PE ou PVC, e termofixo, no caso de isolação de EPR, HEPR, EPR 105, XLPE ou TR XLPE.

8.2.2 As características físicas dos materiais usados como blindagem semicondutora do condutor
devem estar de acordo com os requisitos da Tabela C.1.

8.3 Espessura da blindagem do condutor

8.3.1 Quando a blindagem semicondutora do condutor for constituída por fita, esta deve ter uma
sobreposição mínima de 10 % e uma espessura mínima de 0,065 mm.

8.3.2 Quando a blindagem semicondutora do condutor for constituída por camada extrudada, esta
deve ter espessura média igual ou maior que 0,4 mm e espessura mínima, em um ponto qualquer de
uma seção transversal, igual ou maior que 0,32 mm.
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9 Blindagem da isolação
9.1 Requisitos gerais da blindagem da isolação

9.1.1 A blindagem da isolação deve ser empregada em cabos com tensões de isolamento iguais ou
maiores que 6/10 kV.

9.1.2 A blindagem da isolação deve ser constituída por uma parte semicondutora não metálica,
associada a uma parte metálica.

9.1.3 A blindagem da isolação é opcional em cabos com tensões de isolamento menores ou iguais
a 1,8/3 kV.

9.1.4 No caso de cabos com tensão de isolamento igual a 3,6/6 kV, a blindagem da isolação é
opcional, desde que os cabos possuam proteção metálica ou sejam instalados em eletrodutos
metálicos adequadamente aterrados.

9.1.5 Nos casos previstos em 9.1.3 e 9.1.4, a blindagem metálica da isolação, quando empregada,
não necessita estar associada a uma parte semicondutora.

9.2 Parte não metálica da blindagem da isolação

9.2.1 A parte não metálica da blindagem da isolação deve ser aplicada diretamente sobre a isolação
de cada condutor e ser constituída por uma fita semicondutora, ou por uma camada extrudada
de composto semicondutor, ou pela combinação das duas ou, ainda, por um destes materiais em
combinação com revestimento de verniz semicondutor.

9.2.2 Para tensões de isolamento iguais ou maiores que 6/10 kV, a parte semicondutora da blindagem
deve ser extrudada simultaneamente com a isolação e a blindagem do condutor em cabeça única, ou
seja, em processo de coextrusão em três camadas.

9.2.3 Os materiais empregados como blindagem semicondutora devem ser compatíveis, química e
termicamente, com os da isolação, e as suas características físicas devem estar de acordo com os
requisitos da Tabela C.1.

9.2.4 Quando a blindagem semicondutora for constituída por fita, esta deve ter sobreposição mínima
de 10 % e espessura mínima de 0,065 mm.

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9.2.5 A espessura média da camada extrudada deve ser igual ou maior que 0,4 mm, e a espessura
mínima, em um ponto qualquer de uma seção transversal, deve ser igual ou maior que 0,32 mm.

9.3 Parte metálica

9.3.1 A parte metálica da blindagem da isolação deve apresentar continuidade elétrica ao longo de
todo o seu comprimento e ser aplicada, conforme o caso, sobre:

 a) a parte semicondutora da isolação;

 b) a isolação de cabos para tensões de isolamento em que a presença da parte semicondutora da
blindagem da isolação não é obrigatória;

 c) a reunião das veias blindadas ou não, individualmente, com parte semicondutora.
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9.3.2 A blindagem metálica é normalmente constituída de:

 a) uma ou mais fitas;

 b) tranças de fios;

 c) camada concêntrica de fios;

 d) camada concêntrica de fios combinada com fita(s) ou fio(s).

9.3.3 A blindagem metálica pode também ser constituída por uma armação, no caso da blindagem
metálica coletiva em cabos multipolares, ou por uma capa metálica. Neste último caso, os requisitos
da capa metálica devem atender aos requisitos estabelecidos na Seção 13.

9.3.4 Quando empregado o cobre como blindagem, este deve ser nu ou com revestimento metálico,
sendo este revestimento obrigatório para os cabos com cobertura de compostos termofixos que
contenham agentes agressivos ao cobre nu.

9.3.5 A resistividade máxima do cobre, nu ou revestido, utilizado na blindagem, deve ser de


0,018 312 Ω mm2/m a 20 °C.

9.3.6 Nos cabos multipolares a campo elétrico radial, é recomendado que as blindagens da isolação,
com parte metálica ou não, mantenham contato elétrico entre si.

9.3.7 Quando a blindagem metálica for constituída por fita, os requisitos são:

 a) a espessura mínima, em um ponto qualquer, não pode ser menor que 0,065 mm;

 b) no caso de uma só fita, a sobreposição mínima deve ser de 10 % em aplicações helicoidais e
4 mm em aplicações longitudinais;

 c) no caso de duas fitas, o sentido do enrolamento de uma das fitas pode ser o mesmo ou o oposto
ao da outra. Cada fita pode ser sobreposta ou descontínua em relação a si mesma. Se as fitas
forem aplicadas no mesmo sentido, ambas com descontinuidade, cada uma das fitas deve estar
aproximadamente centrada em relação ao espaço vazio da outra, mantendo sobreposição mínima
de 10 % de cada lado. Se as fitas forem aplicadas em sentidos opostos, ao menos uma delas
deve ter sobreposição mínima de 10 %.

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9.3.8 Quando constituída por trança de fios, esta deve ser aplicada com cobertura mínima de 85 %,
calculada conforme o Anexo D.

9.3.9 Quando constituída por camada concêntrica de fios, estes devem estar distribuídos unifor-
memente, e a seção total dos fios deve ser igual ou maior que 6,0 mm2. O valor da corrente de
curto-circuito na blindagem pode ser determinado conforme método de cálculo descrito no Anexo E.

9.3.10 Os cabos unipolares ou multiplexados, com construção bloqueada longitudinalmente, devem


ter os interstícios entre a blindagem semicondutora da isolação e a cobertura preenchidos com mate-
rial adequado e compatível, química e termicamente, com os componentes do cabo.

9.3.11 Qualquer construção alternativa para bloqueio transversal é permitida, como a utilização de
capa metálica ou fita metálica laminada, por exemplo.

NOTA Não é recomendada a construção bloqueada longitudinalmente e/ou transversalmente para cabos
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com tensões inferiores a 3,6/6 kV.

10 Reunião dos cabos multipolares


10.1 Condições gerais

Na reunião dos cabos multipolares, devem-se levar em consideração:

 a) a tensão de isolamento do cabo;

 b) a existência ou não de blindagem, constituída somente de parte semicondutora, sobre a isolação
de cada condutor;

 c) a existência ou não de blindagem metálica sobre a isolação de cada condutor.

10.2 Cabos com tensão de isolamento de 0,6/1 kV

As condições de 10.2.1 e 10.2.2 não são aplicáveis à reunião de cabos unipolares (cabos multiplexados).

10.2.1 Os cabos multipolares com proteção metálica sobre a reunião devem ter capa interna sobre as
veias reunidas. A capa interna e eventuais enchimentos devem estar conforme a Seção 12.

10.2.2 Em cabos multipolares, sem proteção metálica sobre a reunião, a capa interna pode ser omitida,
desde que a forma externa do cabo permaneça praticamente circular e a remoção da cobertura não
seja prejudicada pela aderência entre esta e a isolação dos condutores. Entretanto, se uma capa
interna for usada, não é necessário que a sua espessura obedeça ao especificado na Seção 12.
Em caso de não se usar capa interna, a cobertura pode penetrar nos interstícios da reunião, exceto
quando se tratar de cobertura termoplástica aplicada sobre veias redondas, com condutor de seção
transversal maior que 10 mm2.

10.3 Cabos com tensões de isolamento superiores a 0,6/1 kV em campo elétrico não radial

Estes cabos devem obedecer às condições previstas em 10.2.1. A capa interna e eventuais enchimentos
devem estar conforme a Seção 12.

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10.4 Cabos com tensões de isolamento superiores a 0,6/1 kV em campo elétrico radial

Quando for prevista blindagem metálica sobre cada veia, os cabos devem satisfazer as condições
previstas em 10.2.1, 10.2.2 ou nas Seções 15 e 16, quando aplicável.

Quando for prevista blindagem metálica somente sobre a reunião das veias, ela pode ser aplicada
diretamente sobre a reunião ou sobre uma capa interna semicondutora, obedecendo às condições
previstas na Seção 12. Tanto a blindagem metálica quanto a capa interna eventual devem manter
contato elétrico com a blindagem semicondutora da isolação de cada veia. Os eventuais enchimentos
podem ser semicondutores.

11 Identificação das veias


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11.1 Nos cabos multipolares, as veias podem ser identificadas por cores, números, letras ou frisos.

11.2 A identificação por números ou letras pode ser feita em baixo ou alto relevo, com ou sem preen-
chimento por tinta, ou ainda somente com tinta.

11.3 Quando não for utilizado baixo ou alto relevo, a durabilidade da gravação com tinta deve ser
verificada, tentando-se removê-la, esfregando-a levemente dez vezes com um pedaço de pano de
algodão molhado em água.

11.4 A identificação por frisos pode ser feita começando por um friso ou nenhum friso em uma
veia, acrescentando mais um friso nas veias seguintes. Assim, pode-se ter, por exemplo, três veias
identificadas, a primeira sem qualquer friso, a segunda por um friso e a terceira por dois frisos, como
também pode-se ter a identificação por uma veia com um friso, a segunda por dois frisos e a terceira
por três frisos. Os frisos devem ser feitos em alto-relevo.

11.5 No caso de identificação por cores, as seguintes condições devem ser respeitadas:

 a) a combinação das cores verde e amarela ou a cor verde devem ser usadas exclusivamente para
identificação do condutor de proteção;

 b) a cor azul-clara deve ser para identificação do condutor neutro ou, no caso da inexistência deste,
para identificação de qualquer condutor que não tenha função exclusiva de proteção;

 c) a cor amarela não pode ser usada separadamente, mas apenas na combinação das cores verde
e amarela;

 d) a combinação das cores verde e amarela deve ser tal que, sobre quaisquer 15 mm de comprimento
de veia, a cor amarela cubra no mínimo 30 % e no máximo 70 % da superfície da veia.

11.6 Para os cabos com tensão de isolamento de 0,6/1 kV, identificados por cores, recomenda-se o
seguinte:

 a) cabo com duas veias: cores azul-clara e preta;

 b) cabo com duas veias: cores preta e branca;

 c) cabo com três veias: cores azul-clara, verde e preta;

 d) cabo com três veias: cores preta, branca e vermelha;

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 e) cabo com três veias: cores azul-clara, verde e amarela, e preta;

 f) cabo com três veias: cores azul-clara, preta e branca;

 g) cabo com quatro veias: cores azul-clara, verde, preta e branca;

 h) cabo com quatro veias: cores azul-clara, verde e amarela, preta e branca;

 i) cabo com quatro veias: cores azul-clara, preta, branca e vermelha;

 j) cabo com cinco veias: cores azul-clara, verde, preta, branca e vermelha;

 k) cabo com cinco veias: cores azul-clara, verde e amarela, preta, branca e vermelha;

 l) cabo com duas veias: cores azul-clara e preta.


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NOTA Cabos com mais de cinco veias não são considerados cabos de potência cobertos por este
Documento.

11.7 A identificação por cores pode ser feita por meio de isolação colorida, por película colorida
extrudada sobre a isolação, por fitas coloridas enfaixando a isolação (cobrindo-a totalmente ou não)
ou por filamentos coloridos torcidos sobre a isolação. No caso de cabos com camada semicondutora
da isolação, a identificação não é obrigatória, mas, se houver, deve ser feita por filamentos coloridos,
colocados entre a camada semicondutora da isolação e a blindagem metálica.

11.8 No caso de identificação por cor, para cabos com tensão de isolamento superior a 0,6/1  kV,
devem-se utilizar as cores: Fase A: vermelha; Fase B: branca; Fase C: marrom.

12 Capa interna e enchimentos


12.1 A capa interna pode ser aplicada por extrusão ou por enfaixamento.

12.2 A capa interna e os enchimentos devem ser constituídos por materiais adequados à temperatura
de operação do cabo e compatíveis com o material da isolação. É permitido usar, como amarração,
uma fita ou cordão, aplicado em forma de hélice aberta, antes da aplicação de uma capa interna
extrudada.

12.3 Para cabos com condutores redondos, com exceção daqueles com mais de cinco condutores,
somente é permitida uma capa interna por enfaixamento, se os interstícios da reunião forem substan-
cialmente preenchidos por enchimento.

12.4 As espessuras aproximadas da capa interna extrudada são dadas na Tabela 12, em função dos
diâmetros fictícios calculados conforme o Anexo B.

12.5 A espessura aproximada da capa interna aplicada por enfaixamento deve ser de 0,4 mm, para
diâmetros fictícios sobre a reunião das veias iguais ou menores que 40 mm, e de 0,6 mm, para
diâmetros fictícios sobre a reunião das veias maiores que 40 mm.

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Tabela 12 – Espessura da capa interna


Diâmetro fictício sobre a reunião das veias
Espessura da capa interna (valor aproximado)
mm
mm
Superior a Inferior ou igual a
– 25 1,0
25 35 1,2
35 45 1,4
45 60 1,6
60 80 1,8
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80 – 2,0

13 Capa metálica
13.1 A capa metálica pode ser constituída por fitas metálicas laminadas, chumbo ou liga de chumbo
extrudada.

13.2 No caso de a capa metálica ser constituída por chumbo ou liga de chumbo extrudado, as com-
posições padronizadas são dadas na Tabela C.9.

13.3 A espessura nominal da capa de chumbo ou liga de chumbo extrudada, expressa em milímetros,
deve ser obtida pela equação a seguir:

Ecm = 0, 025 × Df + 0, 7

onde

Ecm é a espessura nominal da capa de chumbo, expressa em milímetros (mm);

Df é o diâmetro fictício sob a capa de chumbo, expresso em milímetros (mm). A espessura


nominal da capa de chumbo extrudada não pode ser inferior a 1,2 mm.

13.4 A espessura mínima da capa de chumbo extrudada, em um ponto qualquer de uma seção trans-
versal, pode ser inferior ao valor nominal, conforme estabelecido em 13.3, contanto que a diferença
não exceda 0,1 mm + 5 % do valor nominal.

14 Armação metálica
14.1 Requisitos gerais

A armação pode ser constituída de:

 a) fios chatos;

 b) fios redondos;

 c) duas fitas planas;

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 d) uma fita conformada e intertravada;

 e) trança de fios redondos.

14.2 Materiais

14.2.1 Os materiais previstos para armação são:

 a) fios redondos ou chatos de: aço galvanizado, alumínio ou liga de alumínio, cobre ou liga de cobre
revestido ou não;

 b) fitas de: aço, aço galvanizado, alumínio ou liga de alumínio, cobre ou liga de cobre revestido ou não.

14.2.2 Os fios redondos de aço galvanizado devem estar de acordo com a ABNT NBR 6331, estando
sua camada de zinco classificada na categoria de camada leve.
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14.2.3 As fitas de aço galvanizadas devem ter massa mínima da camada de zinco igual a 107 g/m2.

14.2.4 Na escolha do material para armação, deve ser dada especial atenção à possibilidade de
corrosão não só sob o ponto de vista de segurança mecânica, mas também de segurança elétrica,
principalmente quando a armação for usada com função de blindagem.

14.2.5 A armação de cabos unipolares utilizados em circuitos de corrente alternada deve ser, de
preferência, não magnética. Entretanto, quando usado material magnético, deve ser dada atenção
às maiores perdas na armação, no cálculo da capacidade de condução de corrente do cabo.

14.3 Dimensões dos fios ou fitas de armação

14.3.1 Os fios e fitas de armação metálica devem ter, preferencialmente, as seguintes dimensões:

 a) diâmetros dos fios redondos: (0,2 – 0,3 – 0,4 – 1,0 – 1,5 – 2,0 – 2,5 – 3,0 – 3,5 – 4,0 – 5,0) mm;

 b) espessura dos fios chatos de aço galvanizado, cobre ou liga de cobre: (0,8 – 1,2 – 1,4) mm;

 c) espessura das fitas: (0,2 – 0,5 – 0,64 – 0,76 – 0,8) mm.

14.3.2 As tolerâncias nas dimensões dos fios e das fitas da armação, em relação aos valores nominais,
são as seguintes:

 a) 5 % para fios redondos;

 b) 8 % para fios chatos;

 c) 10 % para fitas.

14.3.3 Quando a dimensão nominal for especificada como valor mínimo, a tolerância indicada acima é
somente para mais. Quando especificada como valor máximo, a tolerância indicada acima é para menos.

14.3.4 A tolerância dos fios redondos menores que 1,0 mm é dada na ABNT NBR 6331:2010, Tabela 1.

14.4 Dimensões nominais dos elementos de armação

14.4.1 O diâmetro nominal dos fios redondos, ou a espessura nominal das fitas e fios chatos, não pode
ser menor do que os valores dados em 14.4.2 a 14.4.5, em função do diâmetro fictício sob a armação.

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14.4.2 Os diâmetros nominais dos fios são dados na Tabelas 13 e 14.

Tabela 13 – Diâmetro nominal dos fios de armação com trança


Diâmetro fictício sob armação Diâmetro nominal (valor mínimo)
mm mm
Superior a Inferior ou igual a
– 10 0,2
10 30 0,3
30 – 0,4
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Tabela 14 – Diâmetro nominal dos fios de armação


Diâmetro fictício sob armação Diâmetro nominal
mm (valor mínimo)
Superior a Inferior ou igual a mm

– 15 1,0
15 25 1,5
25 35 2,0
35 60 2,5
60 – 3,0

14.4.3 A espessura nominal dos fios chatos não pode ser inferior a 0,8 mm, para qualquer diâmetro
fictício superior a 15 mm. Cabos com diâmetro fictício sob a armação menor ou igual a 15 mm não
podem ser armados com fios chatos.

14.4.4 As dimensões nominais das fitas de armação plana são dadas na Tabela 15.

Tabela 15 – Dimensões nominais das fitas de armação plana


Diâmetro fictício sob a armação Espessura nominal Largura nominal
mm (valor mínimo) (valor máximo)
mm mm
Superior a Inferior ou igual a Aço Outros Qualquer material
– 30 0,2 0,5 30
30 50 0,5 0,5 50
50 70 0,5 0,5 70
70 – 0,8 0,8 90

14.4.5 As dimensões nominais das fitas de armação intertravada são dadas na Tabela 16.

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Tabela 16 – Espessura nominal das fitas de armação intertravada


Diâmetro fictício sob a armação Espessura nominal Largura nominal
mm (valor mínimo) (valor máximo)
mm mm
Superior a Inferior ou igual a Aço Outros Qualquer material
– 25 0,50 0,64 20
25 38 0,50 0,64 25
38 50 0,64 0,76 25
50 – 0,64 0,76 30
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14.5 Requisitos de construção da armação

14.5.1 Nos cabos unipolares ou multipolares não blindados, deve ser aplicada uma capa extrudada
ou enfaixada sob a armação, com espessura conforme a Seção 12.

14.5.2 A armação a fios deve ser fechada, isto é, com espaço mínimo entre os fios adjacentes.
Quando necessário, uma fita de aço galvanizado, com espessura nominal mínima de 0,3 mm, pode
ser aplicada, em hélice aberta, sobre os fios chatos ou redondos do aço. A tolerância para a espessura
da fita é dada em 14.3.2.

14.5.3 A armação com trança de fios redondos deve ser aplicada com porcentagem de cobertura
mínima de 85 %, calculada conforme o Anexo D.

14.5.4 As fitas de armação plana devem ser aplicadas helicoidalmente em duas camadas. A des-
continuidade entre as sucessivas voltas de cada fita não pode exceder 50 % da largura da fita. A fita
externa deve ser aproximadamente centrada em relação à descontinuidade deixada pela primeira fita.
A espessura da capa interna, especificada na Seção 12, deve ser reforçada por um acolchoamento
de fitas com espessura de 0,5 mm, se a armação for constituída por fitas com espessura nominal de
0,2 mm, ou com espessura de 0,8 mm, se a armação for constituída por fitas com espessura nominal
superior a 0,2 mm. A espessura total, medida pela diferença entre os diâmetros sobre o acolchoamento
de fitas e sob a capa interna, pode ser menor que o valor nominal obtido pela soma de 0,5 mm ou
0,8 mm mais o valor apropriado da Seção 12, contanto que a diferença não exceda 0,2 mm + 20 % do
valor nominal. O acolchoamento de fitas não é necessário, quando for prevista uma capa de separa-
ção ou uma capa interna extrudada que satisfaça os requisitos da Seção 15.
14.5.5 A fita de armação intertravada deve ser aplicada helicoidalmente com sobreposição, sendo
conformada durante este processo, de maneira que em duas voltas sucessivas haja intertravamento,
sem entretanto estar rigidamente vinculada. Sobre a capa interna não é necessária a aplicação de
acolchoamento, devendo o cabo completo satisfazer os requisitos do ensaio de dobramento previsto
nas especificações dos cabos. Durante este ensaio, a fita deve manter o intertravamento. A tolerância
para a espessura da fita, antes da sua aplicação, é dada em 14.3.2.

15 Capa de separação
15.1 Quando a blindagem metálica e a armação forem constituídas de metais diferentes, deve ser
prevista uma capa de separação extrudada e impermeável, constituída por um dos materiais estabe-
lecidos em 16.2. Esta capa de separação pode ser também aplicada sob a armação de cabos com
blindagem e armação de mesmo metal, em substituição ou em adição à capa interna.

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15.2 A qualidade do material da capa de separação deve ser compatível com a temperatura de
operação do condutor.

15.3 As características físicas dos materiais usados como capa de separação devem estar de acordo
com os requisitos das Tabelas C.2, C.3, C.5 ou C.7, estabelecidos para cobertura.

15.4 A espessura nominal da capa de separação, em milímetros, deve ser obtida pela equação a seguir:

Es = 0, 02 × Da + 0, 6

onde

Es é a espessura nominal da capa de separação, expressa em milímetros (mm);

Da é o diâmetro fictício sob a capa de separação, expresso em milímetros (mm), calculado


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conforme o Anexo B.

O resultado deve ser arredondado ao décimo mais próximo (ver Anexo B).

15.5 A espessura nominal da capa de separação não pode ser inferior a 1,2 mm.

15.6 A espessura mínima da capa de separação em um ponto qualquer de uma seção transversal
pode ser inferior ao valor nominal, conforme o estabelecido em 15.4 e 15.5, contanto que a diferença
não exceda 0,2 mm + 20 % do valor nominal.

16 Cobertura
16.1 Limite de temperatura em regime permanente

A temperatura no condutor, em regime permanente, não pode ultrapassar os valores dados na


Tabela 17, estabelecidos em função dos materiais da cobertura.

Tabela 17 – Temperatura máxima em regime permanente em função da cobertura


Cobertura Temperatura máxima no condutor
°C
ST1 80
ST2 105
ST3 80a
ST7 105
SE1/A e SE1/B 90b
SHF1 e SHF2 90
a 85 °C, para cabos com tensões de isolamento iguais ou superiores a 6/10 kV.
b 85 °C, para cabos com coberturas SE 1/B e tensões de isolamento inferiores a 6/10 kV.

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16.2 Material

O cabo deve ter uma cobertura não metálica, constituído por composto termoplástico ou termofixo, de
um dos tipos descritos em 16.2.1 e 16.2.2. A qualidade do material da cobertura deve ser compatível
com a temperatura de operação do condutor. Esta cobertura pode não ser requerida em algumas
condições de uso, para os seguintes tipos de cabos:

 a) com neutro concêntrico de cobre revestido;

 b) armados com fios de aço galvanizado;

 c) com capa metálica.

16.2.1 Os compostos termoplásticos previstos neste Documento são:


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 a) ST1 – composto à base de policloreto de vinila ou copolímero de cloreto de vinila, para temperatura
no condutor menor ou igual a 80 °C;

 b) ST2 – composto à base de policloreto de vinila ou copolímero de cloreto de vinila e acetato de
vinila, para temperatura no condutor menor ou igual a 105 °C;

 c) ST3 – composto à base de polietileno termoplástico para temperatura no condutor menor ou igual
a 80 °C, para cabos com tensões de isolamento menores que 6/10 kV, e menor ou igual a 85 °C,
para cabos com tensões de isolamento iguais ou maiores que 6/10 kV;

 d) ST7 – composto à base de polietileno termoplástico para temperatura no condutor menor ou igual
a 90 °C, para cabos com tensões de isolamento menores que 6/10 kV, e menor ou igual a 105 °C,
para cabos com tensões de isolamento iguais ou maiores que 6/10 kV;

 e) SHF1 – composto poliolefínico não halogenado para temperatura no condutor menor ou igual a 90 °C.

Para os compostos ST3 e ST7, a temperatura de sobrecarga (ver Tabela 5) deve ser limitada a 115 °C
e 130 °C, respectivamente. Entretanto, em função do tipo e condições de instalação do cabo e/ou da
tensão de isolamento, pode ser necessário estabelecer limites inferiores aos indicados.

16.2.2 Os compostos termofixos previstos neste Documento são:

 a) SE1/A – composto à base de policloropreno, polietileno clorossulfonado, polietileno clorado ou


polímeros similares, para temperaturas no condutor menores ou iguais a 90 °C e para cabos com
qualquer tensão de isolamento;

 b) SE1/B – composto à base de policloropreno, polietileno clorossulfonado, polietileno clorado ou


polímeros similares, para temperatura no condutor menor ou igual a 85 °C, para cabos com
tensões de isolamento menores que 6/10 kV, e menor ou igual a 90 °C, para cabos com tensões
de isolamento iguais ou maiores que 6/10 kV;

 c) SHF2 – composto poliolefínico não halogenado para temperatura no condutor menor ou igual a 90 °C.

16.2.3 Não se recomenda o emprego de compostos do tipo ST1, ST2, SE1/A ou SE1/B, para cabos
com construção bloqueada longitudinalmente, a menos que estes possuam construção bloqueada
transversalmente.

16.2.4 Outros tipos de compostos podem ser utilizados para construção bloqueada ou não, desde que
suas características sejam adequadamente especificadas pelo fabricante e aprovadas pelo comprador.

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16.3 Requisitos físicos

As características físicas dos materiais usados como cobertura devem estar de acordo com os requi-
sitos das Tabelas C.2, C.3, C.5 ou C7.

16.4 Espessura da cobertura

16.4.1 A espessura nominal da cobertura, em milímetros, deve ser obtida pela equação a seguir:

Ec = 0, 035 × D + 0, 8

onde

Ec é a espessura nominal da cobertura, expressa em milímetros (mm);


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D é o diâmetro fictício sob a cobertura, expresso em milímetros (mm), calculado conforme o


Anexo B.

NOTA O resultado é arredondado ao décimo mais próximo (ver Anexo B).

16.4.2 Para cabos com proteção metálica cuja cobertura seja aplicada sobre a armação, blindagem
metálica ou condutor concêntrico, mesmo existindo separador ou amarração, a espessura nominal da
cobertura não pode ser menor que 1,4 mm.

16.4.3 Quando a cobertura for aplicada sobre uma superfície cilíndrica lisa, como capa interna, capa
metálica ou isolação de um cabo unipolar, a espessura média não pode ser menor que o valor nominal
calculado. A espessura mínima em um ponto qualquer de uma seção transversal pode ser menor que
o valor nominal estabelecido em 16.4.1 e 16.4.2, contanto que a diferença não exceda 0,1 mm + 15 %
do valor nominal.

16.4.4 Quando a cobertura for aplicada sobre uma superfície irregular, como uma cobertura
penetrante, sobre um cabo multipolar, não armado e sem capa interna, ou quando aplicada sobre a
armação, blindagem metálica ou condutor concêntrico, mesmo existindo separador ou amarração,
a espessura mínima, em um ponto qualquer de uma seção transversal, pode ser menor que o valor
nominal estabelecido em 16.4.1 e 16.4.2, contanto que a diferença não exceda 0,2 mm + 20 % do
valor nominal. Para estes casos, não é especificada a espessura média mínima.

17 Marcação na cobertura
17.1 Sobre a cobertura dos cabos, em intervalos regulares de até 500 mm, devem ser marcadas,
de forma indelével, no mínimo as seguintes informações:

 a) marca de origem (nome, marca ou logotipo do fabricante);

 b) número de condutores e seção nominal do(s) condutor(es), expressa em milímetros quadrados (mm2);

 c) tensão de isolamento Uo/U, expressa em quilovolts (kV);

 d) material do condutor, da isolação e da cobertura, pelas siglas estabelecidas neste Documento
e identificação das fases, no caso de cabos multiplexados;

 e) ano de fabricação;

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 f) número da norma do cabo.

NOTA 1 É facultado ao fabricante ou fornecedor responsável incluir a marca comercial do produto, prefe-
rencialmente após a marca de origem.

NOTA 2 O ano da fabricação e outras informações adicionais na marcação, se solicitadas, podem ser
marcadas em uma fita convenientemente colocada no interior do cabo.

NOTA 3 Quando a superfície da cobertura for irregular, de modo a não permitir uma marcação de qualidade
adequada, as informações das alíneas a) a f) podem ser marcadas na superfície da capa interna ou de
separação, ou ainda em uma fita colocada convenientemente no interior do cabo.

Devem também ser observadas as regulamentações técnicas emitidas pelo Inmetro.

17.2 As marcações em alto ou baixo relevo ou com tinta são as padronizadas.


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17.3 No caso de cobertura termofixa, a marcação com tinta é a padronizada.

17.4 Qualquer outro tipo de marcação deve ser objeto de acordo entre o fabricante e o comprador.

17.5 Quando não for utilizado baixo ou alto-relevo, a durabilidade da gravação com tinta deve ser
verificada, tentando-se removê-la, esfregando-a levemente dez vezes com um pedaço de pano de
algodão molhado em água.

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Anexo A
(normativo)

Seleção da tensão de isolamento do cabo em função das características


do sistema

A.1 Introdução
O critério apresentado neste Anexo permite a escolha apropriada do valor da tensão de isolamento Uo/U
do cabo, em função das características do sistema. Entende-se que a espessura de isolação do cabo
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é determinada pelos valores Uo, U e Um ou pelo valor Up de crista, que é o valor da tensão suportável
de impulso atmosférico do cabo. Estas tensões devem ser baseadas, inteiramente, nas características
e nos requisitos do sistema, e a espessura da isolação deve ser escolhida com severidade.

A.2 Seleção de Uo e U

A.2.1 Categorias do sistema

A seleção de Uo depende do tipo de sistema e do sistema de aterramento. Para este objetivo, os


sistemas são divididos em três categorias, dadas em A.2.1.1 a A.2.1.3.

A.2.1.1 Categoria A

Esta categoria abrange os sistemas em que qualquer condutor fase que venha a ter contato com a
terra ou com um condutor terra seja desligado do sistema em até 1 min.

A.2.1.2 Categoria B

Esta categoria abrange os sistemas que, sob condição de falta, são previstos para continuar operando
por um tempo limitado, com uma fase ligada à terra. Este período não pode exceder 1 h. Entretanto,
para cabos previstos neste Documento, um período maior pode ser tolerado, desde que não exceda 8 h
em qualquer ocasião. A duração total das faltas em 12 meses consecutivos não pode exceder 125 h.

A.2.1.3 Categoria C

Esta categoria compreende qualquer sistema que não se enquadre na categoria A ou B.

NOTA Entende-se que, em um sistema em que uma falta para terra não é automática e prontamente
eliminada, as solicitações elétricas extras na isolação dos cabos durante a falta reduzem sua vida útil em
um certo grau. Se houver previsão de o sistema operar com frequência com falta permanente para a terra,
é recomendável classificá-lo na categoria seguinte.

A.2.2 Valores mínimos de Uo em função da Um e da categoria do sistema

Para as três categorias, a tensão de isolamento Uo não pode ser inferior ao valor estabelecido na
coluna apropriada da Tabela A.1.

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A.2.3 Tensão suportável de impulso atmosférico do cabo (Up)

Os máximos valores de Up, para os quais os cabos são assegurados, são dados na Tabela A.2, em
função da tensão de isolamento Uo.

Tabela A.1 – Valores mínimos para Uo em função da categoria e da tensão máxima de


operação do sistema
Tensão máxima de operação Tensão de isolamento do cabo (Uo)
do sistema (Um) kV
kV
Categorias A e B Categoria C
1,2 0,6 0,6
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3,6 1,8 3,6


7,2 3,6 6,0
12,0 6,0 8,7
17,5 8,7 12,0
24,0 12,0 15,0
30,0 15,0 20,0
42,0 20,0 –

Tabela A.2 – Tensão suportável de impulso atmosférico do cabo


Tensão de isolamento (Uo) eficaz Tensão de ensaio de impulso (Up) de crista
kV kV
3,6 60
6,0 75
8,7 110
12,0 125
15,0 150
20,0 200

A.2.4 Sistema em corrente contínua

Para sistemas operados em corrente contínua, é permitida a utilização de cabos 0,6/1 kVca em até
1,5 kVcc (Um = 1,8 kVcc).

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Anexo B
(normativo)

Método de cálculo fictício do diâmetro para a determinação das


dimensões dos componentes do cabo

B.1 Generalidades
B.1.1 As espessuras dos componentes de um cabo, como a capa, a proteção metálica e a cobertura,
têm sido, usualmente, referidas ao diâmetro nominal, sob o componente, por meio de tabelas.
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B.1.2 Este critério normalmente causa problemas. Os valores calculados para diâmetros nominais
não são necessariamente iguais aos obtidos na fabricação. Nos casos de limites de transição de um
valor para outro, problemas podem surgir, se a espessura de um componente não corresponder ao
diâmetro efetivo, porque o diâmetro calculado é ligeiramente diferente. As variações nas dimensões
dos condutores produzidos por diferentes fabricantes, e também métodos de cálculos diferentes,
são a origem de certas diferenças nos diâmetros nominais e podem, como consequência, produzir
variações na espessura dos componentes que são aplicados no mesmo projeto básico de cabo.

B.1.3 O método de cálculo fictício do diâmetro foi criado para evitar estas dificuldades. O princípio
é o de não levar em conta o formato ou o grau de compactação dos condutores e calcular os diâmetros
fictícios, utilizando equações baseadas na seção dos condutores, na espessura da isolação e no
número de veias. As espessuras da cobertura e outros componentes são então relacionados com os
diâmetros fictícios por equações ou tabelas. O método de cálculo fictício do diâmetro é especificado
de maneira precisa e não há ambiguidade com relação à espessura dos componentes a ser usada,
independentemente de pequenas diferenças existentes nas práticas de fabricação. Este método
padroniza o projeto dos cabos, sendo as espessuras predeterminadas e especificadas para cada tipo
de cabo.

B.1.4 O cálculo fictício é empregado somente para determinar as dimensões da cobertura e dos
outros componentes dos cabos. Ele não substitui o cálculo normal das dimensões, requerido para fins
práticos e que deve ser efetuado separadamente.

B.2 Introdução
B.2.1 Adota-se o método de cálculo fictício do diâmetro, para a determinação das espessuras dos
diferentes componentes de um cabo, a fim de assegurar a uniformidade de projeto dos fabricantes.

B.2.2 Todos os valores de espessura e de diâmetro devem ser arredondados, conforme o critério de B.4.

B.2.3 Amarrações, como fita em hélice aberta sobre proteções metálicas, com espessura menor
ou igual a 0,3 mm, não são consideradas neste método.

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B.3 Método de cálculo fictício do diâmetro

B.3.1 Condutor

A Tabela B.1 estabelece o diâmetro fictício de um condutor (Dc), a partir da seção nominal, indepen-
dentemente da forma ou grau de compactação do condutor.

Tabela B.1 – Diâmetro fictício dos condutores


Seção nominal do condutor Dc
mm2 mm
1,5 1,4
2,5 1,8
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4 2,3
6 2,8
10 3,6
16 4,5
25 5,6
35 6,7
50 8,0
70 9,4
95 11,0
120 12,4
150 13,8
185 15,3
240 17,5
300 19,5
400 22,6
500 25,2
630 28,3
800 31,9
1 000 35,7

B.3.2 Veia
O diâmetro fictício de uma veia qualquer (Di), expresso em milímetros (mm), é dado por:

 a) veia não blindada:


D i = Dc + 2 × Ei

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 b) veia blindada, considerando somente as camadas semicondutoras, para cabos com tensões de
isolamento, conforme estabelecido na Seção 9:

D i = Dc + 2 × Ei + 3

onde

Dc é o diâmetro fictício de um condutor, expressa em milímetros (mm);

Di é o diâmetro fictício de uma veia qualquer, expressa em milímetros (mm);

Ei é a espessura nominal da isolação, expressa em milímetros (mm).

Para cabos com blindagem metálica ou condutor concêntrico sobre a veia, o acréscimo adicional deve
ser feito conforme B.3.5.
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B.3.3 Diâmetro sobre a reunião das veias

O diâmetro fictício sobre a reunião das veias (Dr), expresso em milímetros (mm), é dado por:

 a) cabos com condutores de igual seção:

Dr = Kr × D i

 b) cabos de quatro veias com um dos condutores com seção reduzida:
2, 41 × (3D i1+ Di2 )
Dr =
4

 c) para outras configurações com condutores com diâmetros diferentes, adotar número de condutores
e seção do maior condutor.

onde

Dr diâmetro fictício sobre a reunião das veias, expresso em milímetros (mm);

Kr é o coeficiente de reunião dado na Tabela B.2;

Di1 é o diâmetro fictício da veia de seção plena, incluindo a parte metálica, quando existir, expresso
em milímetros (mm);

Di2 é o diâmetro da veia de seção reduzida, expresso em milímetros (mm).

Tabela B.2 – Coeficiente de reunião para condutores de igual seção (continua)

Número de veias Kr Número de veias Kr


2 2,00 24 6,00
3 2,16 25 6,00
4 2,41 26 6,00
5 2,70 27 6,15

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Tabela B.2 (conclusão)


Número de veias Kr Número de veias Kr
6 3,00 28 6,41
7 3,00 29 6,41
7a 3,35 30 6,41
8 3,45 31 6,70
8a 3,66 32 6,70
9 3,80 33 6,70
9a 4,00 34 7,00
10 4,00 35 7,00
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10a 4,40 36 7,00


11 4,00 37 7,00
12 4,16 38 7,33
12a 5,00 39 7,33
13 4,41 40 7,33
14 4,41 41 7,67
15 4,70 42 7,67
16 4,70 43 7,67
17 5,00 44 8,00
18 5,00 45 8,00
18a 7,00 46 8,00
19 5,00 47 8,00
20 5,33 48 8,15
21 5,33 52 8,41
22 5,67 61 9,00
23 5,67 – –
a Veias reunidas em uma única coroa.

B.3.4 Capa interna


O diâmetro fictício sobre a capa interna (Db), expresso em milímetros (mm), é dado por:
Db = Dr + 2 × Eb

onde

Eb é igual a 0,4 mm, para diâmetros fictícios sobre a reunião das veias (Dr) iguais ou menores que
40 mm;

Eb é igual a 0,6 mm, para diâmetros fictícios sobre a reunião das veias (Dr) maiores que 40 mm.

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Estes valores fictícios para Eb aplicam-se a:

 a) cabos multipolares:

—— quando uma capa interna é aplicada ou não,

—— quando a capa interna é extrudada ou enfaixada,

exceto se for utilizada uma capa de separação em conformidade com 15.1, em substituição ou em
adição à capa interna, quando então B.3.7 é aplicável;

 b) cabos unipolares:

—— quando uma capa interna é aplicada, seja extrudada ou enfaixada.


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B.3.5 Condutores concêntricos e blindagens metálicas

O acréscimo no diâmetro devido ao condutor concêntrico ou à blindagem metálica é dado na Tabela B.3.

Tabela B.3 – Acréscimo do diâmetro – Condutor concêntrico ou blindagem metálica


Seção nominal do condutor concêntrico ou da blindagem metálica Acréscimo no diâmetro
mm2 mm
1,5 0,5
2,5 0,5
4 0,5
6 0,6
10 0,8
16 1,1
25 1,2
35 1,4
50 1,7
70 2,0
95 2,4
120 2,7
150 3,0
185 4,0
240 5,0
300 6,0

Se a seção do condutor concêntrico ou da blindagem metálica resultar entre dois valores dados na
Tabela B.3, o acréscimo do diâmetro deve ser o correspondente à maior das duas seções.

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Se for aplicada uma blindagem metálica, a área da seção transversal da blindagem a ser utilizada na
Tabela B.3 deve ser calculada da seguinte maneira:

 a) blindagem de fita:

Área da seção transversal = nt × tt × wt

onde

nt é o número de fitas;

tt é a espessura nominal de uma fita individual, expressa em milímetros (mm);

wt é a largura nominal de uma fita individual, expressa em milímetros (mm).


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Se a espessura total da blindagem for inferior a 0,15 mm, então o acréscimo de diâmetro deve ser
igual a zero. A espessura total é calculada como a seguir:

 1) para uma blindagem de fitas aplicadas em hélice, constituída de duas fitas ou de uma fita com
sobreposição, a espessura total é igual a duas vezes a espessura de uma fita;

 2) para uma blindagem de fita aplicada longitudinalmente:

—— se a sobreposição for inferior a 30 %, a espessura total é igual à espessura da fita;

—— se a sobreposição for igual ou superior a 30 %, a espessura total é igual a duas vezes a


espessura da fita;

 b) blindagem de coroa de fios (com uma contra-hélice, se existir):


n × dw2 ×π
Área da seção transversal = w + n h × th w h
4

onde

nw é o número de fios;

dw é o diâmetro do fio individual, expresso em milímetros (mm);

nh é o número de contra-hélices;

th é a espessura da contra-hélice, expressa em milímetros (mm), se for superior a 0,3 mm;

wh é a largura da contra-hélice, expressa em milímetros (mm);

 c) blindagem de trança de fios:

A seção calculada deve ser a correspondente a um tubo de massa igual à prevista no cálculo da
quantidade necessária para blindar uma unidade de comprimento de cabo, com base no diâmetro
fictício sobre esta.

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B.3.6 Capa metálica

O diâmetro fictício sobre a capa metálica (Dcm), expresso em milímetros (mm), é dado por:

Dcm = Dy + 2 × Ecm

onde

Dy é o diâmetro fictício sobre a capa metálica, expresso em milímetros (mm);

Ecm é a espessura da capa de chumbo extrudada, expressa em milímetros (mm), calculada


conforme 13.4, ou espessura nominal da fita laminada, em milímetros (mm), conforme a
especificação do fornecedor.
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B.3.7 Capa de separação

O diâmetro fictício sobre a capa de separação (Ds), expresso em milímetros (mm), é dado por:

Ds = Da + 2 × Es

onde

Da é o diâmetro fictício sobre a capa de separação, expresso em milímetros (mm);

Es é a espessura calculada conforme o método descrito na Seção 15, expressa em milímetros (mm).

B.3.8 Acolchoamento adicional sobre a capa interna para cabos com armação a fitas
planas

O acréscimo no diâmetro devido ao acolchoamento de fitas, aplicado sobre a capa interna e previsto
para cabos com armação a fitas planas, é dado na Tabela B.4.

Tabela B.4 – Acréscimo no diâmetro – Acolchoamento


Diâmetro fictício sob o acolchoamento Acréscimo no diâmetro
mm mm
Maior que Menor ou igual a
– 30 1,0
30 – 1,6

B.3.9 Armação metálica


O diâmetro fictício sobre a armação metálica (Dx), expresso em milímetros (mm), é dado por:
 a) armação com fios chatos ou redondos:
Dx = Dz + 2 × Ez + 2 × E w

onde
Dz é o diâmetro fictício sobre a armação, expresso em milímetros (mm);

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Ez é a espessura ou diâmetro do fio de armação, expresso em milímetros (mm);

Ew a espessura da fita em hélice aberta, se houver e se for superior a 0,3 mm;

 b) armação com fitas planas ou trança de fios redondos:


Dx = Dz + Ez

onde

Dz é o diâmetro fictício sobre a armação, expresso em milímetros (mm);

Ez é a espessura da fita de armação ou diâmetro do fio, expresso em milímetros (mm);

 c) armação com fita conformada e intertravada:


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Dx = Dz + 6 × Ez

onde

D z é o diâmetro fictício sobre a armação, expresso em milímetros (mm);

Ez é o espessura da fita de armação, expressa em milímetros (mm).

 d) armação com trança de fios redondos:


Dx = Dz + 5 × Ez

onde

Dz é o diâmetro fictício sob a armação, expresso em milímetros (mm);

Ez é o diâmetro do fio redondo, expresso em milímetros (mm).

B.4 Arredondamento de números

B.4.1 Arredondamento de números para uso no método de cálculo fictício de diâmetro


B.4.1.1 Quando um valor calculado resultar em mais de uma casa à direita da vírgula, este deve ser
arredondado a uma casa decimal, ou seja, ao décimo de milímetro mais próximo. O diâmetro fictício
deve ser assim arredondado em cada estágio e, se ele for utilizado para determinar a espessura ou
o diâmetro do componente imediatamente superior, o arredondamento deve ser feito antes de o valor
ser introduzido na equação ou na tabela correspondente. A espessura calculada a partir do valor
arredondado do diâmetro fictício deve, por sua vez, também ser arredondada a 0,1 mm.
B.4.1.2 O exemplo prático a seguir permite ilustrar esta regra:
 a) se o algarismo da segunda decimal antes do arredondamento for 0, 1, 2, 3 ou 4, o algarismo da
primeira decimal permanece imutável (arredondamento por falta):
EXEMPLOS

2,12 = 2,1

2,449 = 2,4

25,0478 = 25,0

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 b) se o algarismo da segunda decimal antes do arredondamento for 9, 8, 7, 6 ou 5, o algarismo da


primeira decimal é aumentado em 1 (arredondamento por excesso):

EXEMPLOS

2,17 = 2,2

2,453 = 2,5

30,050 = 30,1

B.4.2 Arredondamento de números para outros usos

B.4.2.1 Para outros objetivos, pode ser necessário arredondar os valores para mais de uma casa
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à direita da vírgula, como, por exemplo, no caso de cálculo do valor médio de vários resultados de
medidas ou do valor mínimo, quando aplicada uma tolerância em porcentagem sobre o valor nominal.
Nestes casos, o arredondamento deve ser feito com a quantidade de algarismos estabelecida pelas
normas correspondentes (especificações ou métodos de ensaio).

B.4.2.2 O método de arredondamento deve ser:

 a) se o último algarismo decimal a reter for seguido antes do arredondamento de 0, 1, 2, 3 ou 4, este
permanece imutável (arredondamento por falta);

 b) se o último algarismo decimal a reter for seguido de 9, 8, 7, 6 ou 5, este deve ser aumentado em 1
(arredondamento por excesso).

EXEMPLOS

2,449 = 2,45 (arredondamento a duas decimais)

2,449 = 2,4 (arredondamento a um decimal)

25,0478 = 25,048 (arredondamento a três decimais)

25,0478 = 25,05 (arredondamento a duas decimais)

25,0478 = 25,0 (arredondamento a uma decimal)

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Anexo C
(normativo)

Tabelas de requisitos físicos e químicos dos materiais de isolação,


blindagem semicondutora, capa metálica e cobertura

Os requisitos físicos e químicos dos materiais de isolação, blindagem semicondutora, capa metálica
e cobertura estão estabelecidos nas Tabelas C.1 a C.9.

Tabela C.1 – Camadas semicondutoras extrudadas e enfaixadas


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Item Método de ensaio Ensaios Unidade Requisitos


Termoplástico Termofixo
1 ABNT NBR NM IEC 60811-1-2 Ensaios de tração a
1.1 Após envelhecimento
em estufa a ar: °C 100 ± 2 135 ± 3
—— temperatura ± h 48 168
tolerância
% 100 100
—— duração

—— alongamento à
ruptura mínimo
2 ABNT NBR 7307 Temperatura de °C –10 –10
fragilização máxima
3 Ensaios elétricos b
3.1 ABNT NBR 7300 Resistividade elétrica
máxima em função
3.1.1 da temperatura:
blindagem do Ω.cm 50 000 100 000
condutor:
Ω.cm 50 000 50 000
—— a 70 °C
3.1.2
—— a 90 °C ou 105 °C Ω.cm

blindagem da isolação:
à temperatura
ambiente e de
operação
a Válidos somente para camadas semicondutoras extrudadas.
b Válidos para camadas semicondutoras extrudadas e enfaixadas.

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Tabela C.2 – Compostos de PVC (continua)


Requisitos
Item Método de ensaio Ensaios Unidade Isolação Cobertura
PVC/A ST1 ST2
1 Ensaios de tração
Sem envelhecimento:
—— resistência à
1.1 ABNT NBR NM IEC 60811-1-1 MPa 12,5 12,5 12,5
tração, mínima
—— alongamento à
% 150 150 150
ruptura, mínimo
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Após envelhecimento
em estufa a ar:
—— temperatura
°C 100 100 100
(tolerância ± 2 °C)
—— duração
dias 7 7 7
1.2 ABNT NBR NM IEC 60811-1-2
—— resistência à MPa 12,5 12,5 12,5
tração, mínima
— alongamento à
% 150 150 150
ruptura, mínimo
— variação
% ± 25 ± 25 ± 25
máxima a
Perda de massa em
estufa a ar:
—— temperatura
°C – – 100
2 ABNT NBR NM IEC 60811-3-2 (tolerância ± 2 °C)
—— duração dias – – 7
—— máxima perda
admissível de mg/cm2 – – 1,5
massa
Ensaio de pressão a
3 ABNT NBR NM IEC 60811-3-1
altas temperaturas:
—— temperatura
°C 80 80 90 b
(tolerância ± 2 °C)
—— máxima
profundidade de % 50 50 50
penetração

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Tabela C.2 (conclusão)


Requisitos
Item Método de ensaio Ensaios Unidade Isolação Cobertura
PVC/A ST1 ST2
Comportamento em
4 baixas temperaturas, sem
envelhecimento prévio
4.1 ABNT NBR NM IEC 60811-1-4 Dobramento a frio, para
diâmetros ≤12,5 mm:
—— temperatura
°C –15 –15 –15
(tolerância ± 2 °C)
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4.2 ABNT NBR NM IEC 60811-1-4 Alongamento a frio, para


diâmetros >12,5 mm:
—— temperatura
°C –15 –15 –15
(tolerância ± 2 °C)
4.3 ABNT NBR NM-IEC 60811-1-4 Resistência ao impacto frio:
—— temperatura
°C – –15 –15
(tolerância ± 2 °C)
ABNT NBR 6243 Choque térmico:
5 —— temperatura °C 150 150 150
(tolerância ± 3 °C)
—— Duração h 1 1 1
ABNT NBR NM IEC 60811-1-3 Absorção de água, método
elétrico:
6
nenhuma ruptura, após
imersão
—— duração dias 10 – –
—— temperatura
°C 70 – –
(tolerância ± 2 °C)
a Variação: diferença entre o valor mediano de resistência à tração e alongamento à ruptura, obtido após o
envelhecimento, e o valor mediano, obtido em envelhecimento, expressa por porcentagem deste último.
b 105 °C, para cabos com temperatura máxima no condutor de 105 °C.

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Tabela C.3 – Compostos de polietileno


Requisitos
Item Método de ensaio Ensaios Unidade Isolação Cobertura
PE ST3 ST7
1 Ensaios de tração
1.1 ABNT NBR NM IEC 60811-1-1 Sem envelhecimento:
—— resistência à tração,
MPa 10 10 12,5
mínima
—— alongamento à
% 300 300 300
ruptura, mínimo
Após envelhecimento em
1.2 ABNT NBR NM IEC 60811-1-2
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estufa a ar:
—— temperatura
°C 100 100 110
(tolerância ± 2 °C)
—— duração dias 10 10 10
—— alongamento à ruptura
% 300 300 300
mínimo
2 ABNT NBR NM IEC 60811-4-1 Teor de negro de fumo:
—— porcentagem mínima % – 2 2
Absorção de água, método
3 ABNT NBR NM IEC 60811-1-3
gravimétrico:
—— duração de imersão dias 14 – –
—— temperatura
°C 85 – –
(tolerância ± 2 °C)
—— variação máxima
mg/cm2 1 – –
permissível de massa
4 ABNT NBR NM IEC 60811-1-3 Retração:
—— temperatura
°C 100 – –
(tolerância ± 2 °C)
—— duração h 1 – –
—— variação máxima
% 4 – –
permissível
—— L (constante para
cálculo do comprimento – 200 – –
da amostra)
Ensaio de pressão a altas
5 ABNT NBR NM IEC 60811-3-1
temperaturas:
—— temperatura
°C – – 110
(tolerância ± 3 °C)
—— máxima profundidade
% – – 50
de penetração

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Tabela C.4 – Compostos de EPR e XLPE (continua)


Requisitos
Isolação
Item Método de ensaio Ensaios Unidade
TR
EPR
EPR HEPR XLPE
105
XLPE
1 Ensaio de tração
1.1 ABNT NBR NM IEC 60811-1-1 Sem envelhecimento:
—— resistência à
MPa 4,2 8,2 8,2 12,5
tração, mínima
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—— alongamento à
% 200 150 150 200
ruptura, mínimo
1.2 ABNT NBR NM IEC 60811-1-2 Após envelhecimento
em estufa a ar, sem
o condutor:
—— temperatura °C 135 135 145 135
(tolerância ± 3 °C)
—— duração dias 7 7 7 7
—— variação % ± 30 ± 30 ± 30 ± 25
máxima a
1.3 b ABNT NBR NM IEC 60811-1-2 Após
envelhecimento em
estufa a ar com o
condutor:
—— temperatura
°C 150 150 150 150
(tolerância ± 3 °C)
—— duração dias 7 7 7 7
—— variação
% ± 40 ± 40 ± 40 ± 40
máxima a
1.4 b ABNT NBR NM IEC 60811-1-2 Após envelhecimento
em estufa a ar, com o
condutor, seguido de
ensaio de dobramento
(somente se 1.3 não
for exequível):
—— temperatura
°C 150 150 150 150
(tolerância ± 3 °C)
—— duração dias 10 10 10 10

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Tabela C.4 (continuação)


Requisitos
Isolação
Item Método de ensaio Ensaios Unidade
TR
EPR
EPR HEPR XLPE
105
XLPE
Após
1.5 ABNT NBR NM IEC 60811-1-2 envelhecimento em
bomba a ar:
—— pressão
(tolerância MPa 0,55 0,55 0,55 –
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±0,02 MPa)
—— temperatura
°C 127 127 127 –
(tolerância ±1 °C)
—— duração h 40 40 40 –
—— variação
% ± 30 ± 30 ± 30 –
máxima a
2 ABNT NBR NM IEC 60811-2-1 Resistência ao ozona:
0,025 0,025 0,025
—— concentração
% a a a –
(em volume)
0,030 0,030 0,030
—— duração sem
h 24 24 24 –
fissuração
Alongamento a
3 ABNT NBR NM IEC 60811-2-1
quente:
—— temperatura
°C 250 200 200 200
(tolerância ±3 °C)
—— tempo sob carga min 15 15 15 15
—— solicitação
MPa 0,2 0,2 0,2 0,2
mecânica
—— máximo
alongamento % 175 175 175 175
sob carga
—— máximo
alongamento
% 15 15 15 15
após
resfriamento

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Tabela C.4 (conclusão)


Requisitos
Isolação
Item Método de ensaio Ensaios Unidade
TR
EPR
EPR HEPR XLPE
105
XLPE
Absorção de água
4 ABNT NBR NM IEC 60811-1-3
(método gravimétrico):
—— duração da
dias 14 14 14 14
imersão
—— temperatura
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°C 85 85 85 85
(tolerância ±2 °C)
—— variação máxima
permissível mg/cm2 5 5 5 1
de massa
5 ABNT NBR NM IEC 60811-1-3 Retração:
—— temperatura
°C ‒ ‒ ‒ 130
(tolerância ±3 °C)
—— duração h ‒ ‒ ‒ 1
—— variação
máxima % ‒ ‒ ‒ 4
permissível
—— L (constante
para o cálculo
‒ ‒ ‒ ‒ 200
do comprimento
da amostra)
a Variação: diferença entre o valor mediano de resistência à tração e alongamento à ruptura, obtido após
envelhecimento, e o valor mediano, obtido sem envelhecimento, expressa por porcentagem deste último.
b Os ensaios dos itens 1.3 e 1.4, realizados em presença de condutores de cobre, são recomendáveis.
Entretanto, a experiência atual não é suficiente para que eles sejam considerados obrigatórios, exceto por
acordo entre o comprador e o fabricante.

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Tabela C.5 – Compostos termofixos para cobertura


Requisitos
Item Método de ensaio Ensaios Unidade Cobertura
SE1/A SE1/B
1 Ensaios de tração
1.1 ABNT NBR NM IEC 60811-1-1 Sem envelhecimento:
—— resistência à tração,
MPa 10,0 10,0
mínima
—— alongamento à ruptura,
% 300 300
mínimo
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1.2 ABNT NBR NM IEC 60811-1-2 Após envelhecimento em


estufa a ar:
—— temperatura ± tolerância °C 120 ± 3 100 ± 2
—— duração dias 7 7
—— resistência à tração:
—— variação máxima a % ± 50 ± 30
—— alongamento à ruptura,
% 200 250
mínimo
—— variação máxima a % ± 50 ± 40
2 ABNT NBR NM IEC 60811-2-1 Imersão em óleo:
—— temperatura
°C 100 100
(tolerância ±2 °C)
—— duração h 24 24
—— variação máxima a % ± 40 ± 40
3 ABNT NBR NM IEC 60811-2-1 Alongamento a quente:
—— temperatura
°C 200 200
(tolerância ±3 °C)
—— tempo sob carga min 15 15
—— solicitação mecânica MPa 0,20 0,20
—— máximo alongamento
% 175 175
sob carga
—— máximo alongamento
% 15 15
após resfriamento
a Variação: diferença entre o valor mediano de resistência à tração e alongamento à ruptura, obtido após
envelhecimento, e o valor mediano, obtido sem envelhecimento, expressa por porcentagem deste último.

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Tabela C.6 – Composto não halogenado para isolação – LSHF/A (continua)


Item Método de ensaio Ensaios Unidade Requisitos
1 Ensaios de tração
1.1 ABNT NBR NM IEC 60811-1-1 Sem envelhecimento:
—— resistência à tração, mínima MPa 12,5
—— alongamento à ruptura, mínimo % 120
1.2 ABNT NBR NM IEC 60811-1-2 Após envelhecimento em estufa a
ar sem o condutor:
—— temperatura (tolerância ±2 °C) °C 80
—— duração dias 7
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—— variação máxima a % ± 20
2 ABNT NBR NM IEC 60811-3-2 Perda de massa em estufa a ar:
—— temperatura (tolerância ±2 °C) °C 80
—— duração dias 7
—— máxima perda admissível de
mg/cm2 2,0
massa
3 ABNT NBR NM IEC 60811-3-1 Ensaio de pressão a altas
temperaturas:
—— temperatura (tolerância ±2 °C) °C 80
—— máxima profundidade de
% 50
penetração
4 ABNT NBR NM IEC 60811-1-4 Comportamento em
baixas temperaturas, sem
envelhecimento prévio
4.1 Dobramento a frio, para
diâmetros ≤12,5 mm:
—— temperatura (tolerância ± 2 °C) °C ‒15
4.2 alongamento a frio, para
diâmetros >12,5 mm:
—— temperatura (tolerância ± 2 °C) °C ‒15
5 ABNT NBR NM IEC 60811-3-1 Choque térmico:
—— temperatura (tolerância ± 3 °C) °C 150
—— duração h 1
6 ABNT NBR NM IEC 60811-1-3 Absorção de água, método elétrico
—— nenhuma ruptura, após imersão dias 10
—— temperatura (tolerância ±2 °C) °C 70

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Tabela C.6 (conclusão)


Item Método de ensaio Ensaios Unidade Requisitos
7 Anexo B Análise qualitativa para
determinação da presença de ‒ ‒
halogênios, nitrogênio e enxofre
8 ABNT NBR 11633 Grau de acidez
—— pH ‒ ≥4,3
—— condutividade µS/mm ≤20
9 ABNT NBR 10495 Quantidade máxima de gás ácido mg/g 5
Determinação do índice de
10 ABNT NBR 12139 ‒ 5b
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toxidez máximo
a Variação: diferença entre o valor mediano de resistência à tração e alongamento à ruptura, obtido após
o envelhecimento, e o valor mediano, obtido sem o envelhecimento, expressa como porcentagem deste
último.
b Os resultados deste ensaio, quando avaliados isoladamente, devem ser usados somente para comparação
de riscos potenciais entre os vários materiais utilizados na fabricação de cabos. Ver o método de ensaio.

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Tabela C.7 – Composto não halogenado para cobertura (continua)


Requisitos
Item Método de ensaio Ensaios Unidade
SHF1 SHF2
1 Ensaios de tração
1.1 ABNT NBR NM IEC 60811-1-1 Sem envelhecimento:
—— resistência à tração, mínima MPa 9,0 9,0
—— alongamento à ruptura, mínimo % 120 120

1.2 ABNT NBR NM IEC 60811-1-2 Após envelhecimento em estufa a


ar sem o condutor:

100 120
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—— temperatura (tolerância ±2 °C) °C


—— duração dias 7 7
—— resistência à tração, mínima MPa 7,0 ‒
—— alongamento à ruptura, mínimo % 110 ‒
—— variação máxima a % ± 30 ± 30
2 ABNT NBR NM IEC 60811-3-1 Ensaio de pressão a altas
temperaturas:
—— temperatura (tolerância ±2 °C) °C 80 ‒
—— máxima profundidade de % 50 ‒
penetração
3 ABNT NBR NM IEC 60811-1-4 Comportamento em baixas ‒
temperaturas, sem envelhecimento
prévio
3.1 dobramento a frio, para diâmetros
≤12,5 mm:
—— temperatura (tolerância ±2 °C) °C ‒15 ‒15
3.2 alongamento a frio:
—— para diâmetros >12,5 mm:
—— temperatura (tolerância ±2 °C) °C ‒15 ‒15

4 ABNT NBR NM IEC 60811-3-1 Choque térmico:


—— temperatura (tolerância ±3 °C) °C 150 ‒
—— duração h 1 ‒
5 ABNT NBR NM IEC 60811-1-2 Imersão em óleo:
—— temperatura (tolerância ±2 °C) °C ‒ 100
—— duração dias ‒ 24
—— variação máxima a % ‒ ±40

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Tabela C.7 (conclusão)


Requisitos
Item Método de ensaio Ensaios Unidade
SHF1 SHF2
6 ABNT NBR NM IEC 60811-2-1 Alongamento a quente:
—— temperatura (tolerância ± 3 °C) °C – 200
—— tempo sob carga % – 15
—— solicitação mecânica MPa – 0,2
—— máximo alongamento sob carga % – 175
—— máximo alongamento após % – 25
resfriamento
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7 ABNT NBR NM IEC 60811-2-1 Resistência ao ozona:


—— temperatura (tolerância ± 2 °C) °C 25
—— concentração em volume % 0,025
sob carga a
0,030
—— duração sem fissuração h 24
Anexo F Análise qualitativa para
8 determinação da presença de – – –
halogênios, nitrogênio e enxofre
9 ABNT NBR 11633 Grau de acidez
—— pH – ≥4,3 ≥4,3
—— condutividade µS/mm ≤20 ≤20
10 ABNT NBR 10495 Quantidade máxima de gás ácido mg/g 5 5
11 ABNT NBR 12139 Determinação do índice de toxidez
– 5b 5b
máximo
a Variação: diferença entre o valor mediano de resistência à tração e alongamento à ruptura, obtido após
o envelhecimento, e o valor mediano, obtido sem o envelhecimento, expressa como porcentagem deste
último.
b Os resultados deste ensaio, quando avaliados isoladamente, devem ser usados somente para comparação
de riscos potenciais entre os vários materiais utilizados na fabricação de cabos. Ver o método de ensaio.

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Tabela C.8 – Requisitos elétricos para compostos isolantes

Termoplástico Termofixo
Método de Característica EPR TR
Item Unidade
ensaio elétrica PVC/A PE LSHF/A HEPR XLPE
EPR 105 XLPE
Resistividade
1 ABNT NBR 6813 volumétrica,
mínima:
—— a 20 °C
5 × 1013 3 × 1015 1015 1015 1015
Ω.cm

—— à máxima
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temperatura
5 × 1010 3 × 1012 1012 1012 1012
em regime
permanente
Constante de
2 ABNT NBR 6813 isolamento,
mínima:
—— a 20 °C 185 12 000 3 700 3 700 3 700
MΩ.km
—— à máxima
temperatura
0,185 12 3,70 3,70 3,70
em regime
permanente
3 ABNT NBR 7295 Fator de perdas
no dielétrico,
em função da
tensão elétrica,
à temperatura
ambiente:
—— máximo × 10-4
– – – 200 40
tgδ a 4 kV/mm
—— máximo
incremento
do tgδ, entre – – – 25 20
2 kV/mm
e 8 kV/mm
4 ABNT NBR 7295 Fator de perdas
no dielétrico,
em função da
temperatura
a 2 kV/mm: × 10-4
—— máximo tgδ à
temperatura
– – – 400 80
de regime
permanente

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Tabela C.9 – Composição de chumbo para capa metálica extrudada (%)


Chumbo liga
Composição Chumbo liga ½ C Chumbo puro
antimonial
mín. – – 0,5
Antimônio
máx. 0,005 – 1,0
mín. 0,18 – –
Estanho
máx. 0,22 – 0,01
mín. 0,06 – –
Cádmio
máx. 0,09 – –
Telúrio máx. 0,005 – 0,05
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Prata máx. 0,005 0,001 5 0,002


Cobre máx. 0,06 0,001 5 0,06
Prata + cobre máx. – 0,002 5 –
Arsênio + antimônio + estanho máx. – 0,002 –
Ferro máx. – 0,002 –
Bismuto máx. 0,05 0,05 –
Zinco máx. 0,002 0,001 –
Total de outros elementos máx. 0,01 – 0,1
Chumbo mín. 99,55 99,94 98,78

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Anexo D
(normativo)

Cálculo da porcentagem da cobertura para trança metálica

D.1 Introdução
O critério apresentado neste Anexo permite o cálculo da porcentagem de cobertura para tranças
metálicas, aplicadas sobre as veias ou sobre a reunião das veias.
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D.2 Método
A porcentagem de cobertura (Pc) é dada por:
Pc = ( 2 × f − f 2 ) × 100

onde
n×e×d
f =
2πDmcosα

1
cosα =
2
 πD 
1+  m 
 p 

onde

f é o fator de cobertura linear;

n é o número de fios por espula;

e é o número de espulas;

d é o diâmetro nominal do fio, expresso em milímetros (mm);

Dm é o diâmetro médio do cabo, expresso em milímetros (mm);

α é o ângulo formado entre o eixo do cabo e a trança, expresso em graus (°);

p é o passo da trança, expresso em milímetros (mm);

D é o diâmetro fictício sobre a trança, expresso em milímetros (mm).

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Anexo E
(normativo)

Cálculo da corrente de curto-circuito na blindagem pela seção e tempo de


duração

E.1 Introdução
E.1.1 Este método de cálculo é previsto nas IEC 60949 e ICEA-P-45-482, sendo mais conservador
que o cálculo previsto na ABNT NBR 14039.
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E.1.2 Existem dois métodos de cálculo:

—— adiabático: considera-se que, durante o curto-circuito, todo o calor gerado é retido na blindagem,
não se transmitindo para o exterior neste curto espaço de tempo;

—— não adiabático: considera-se que o calor flui para o exterior.

E.1.3 Ambos os métodos são previstos na IEC 60949. Na Bibliografia encontram-se algumas
referências citando que o calor começa a fluir para o exterior depois de um curto espaço de tempo,
por exemplo, 0,2 s. Isto pode resultar em uma pequena redução da blindagem em certos casos ou em
uma redução significativa em outros.

NOTA Como o método adiabático é mais conservador, como este tempo de limite não é conhecido e
como o primeiro método é o mais universalmente usado, este foi o método adotado para cálculo da corrente
de curto-circuito na blindagem, neste Documento.

E.2 Método
A corrente de curto-circuito na blindagem (I) é dada por:

θ + β
In  f
 θ i + β 
I =S×K ×
t
onde

σ × (β + 20) × 10 −12
K=
ρ20
( A.s1/2.mm−2 )
S é a seção da blindagem, expressa em milímetros quadrados (mm2);

I é a corrente de curto-circuito na blindagem, expressa em ampères (A);

t é a duração do curto-circuito na blindagem, expressa em segundos (s);

β é a temperatura abaixo de zero, correspondente à resistência elétrica equivalente a zero, para


os materiais da blindagem, expressa em graus Celsius (°C) (ver Tabela E.1);

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σ é o calor específico volumétrico a 20 °C (J/K.m3) (ver Tabela E.1);

ρ20 é a resistividade elétrica a 20 °C (˄.m) (ver Tabela E.1);

θ i é a temperatura da blindagem no início do curto-circuito, expressa em graus Celsius (°C) (ver


Tabela E.2);

θf é a temperatura da blindagem no final do curto-circuito, expressa em graus Celsius (°C) (ver


Tabela E.3).

Tabela E.1 ‒ Valores de ρ20, β, σ e K em função do material da blindagem


ρ20 β σ K
Material
˄.m K J/K.m3 A.s1/2.mm-2
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Cobre 17,241 × 10-9 234,5 3,45 × 106 226


Alumínio 28,264 × 10-9 228 2,5 × 106 148
Chumbo 214 × 10-9 230 1,45 × 106 41
Aço 138 × 10-9 202 3,8 × 106 78
Bronze 35 × 10-9 313 3,4 × 106 180

Tabela E.2 ‒ Valores da temperatura inicial em função da temperatura no condutor


Temperatura máxima no condutor Temperatura inicial
°C °C
90 85
105 100

Tabela E.3 ‒ Valores da temperatura final em função do material da cobertura


Termofixos
Polietileno Polietileno PVC
Material da cobertura (SE1/A, SHF2
(ST3) (SHF1 e ST7) (ST1 e ST2)
e SE1/B)
Temperatura final máxima (°C) 220 150 180 200
NOTA 1 Conexões soldadas limitam a temperatura final máxima a 160 °C.
NOTA 2 A presença de capa de chumbo limita a temperatura final máxima a 200 °C (ligas de chumbo) ou a
170 °C (chumbo).

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Anexo F
(normativo)

Análise qualitativa para determinação da presença de halogênios,


nitrogênio e enxofre

F.1 Objetivo
Este Anexo especifica o método de ensaio (Lassaigne) para a determinação qualitativa de flúor, cloro,
bromo, iodo, nitrogênio e enxofre, em compostos poliméricos.
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F.2 Aparelhagem
A aparelhagem necessária para a execução do ensaio é a seguinte:

 a) tubo de ensaio pyrex 150 mm × 12 mm;

 b) garra forrada com amianto ou cortiça;

 c) capela;

 d) bico de Bunsen;

 e) béquer de 250 mL;

 f) béquer de 50 mL;

 g) funil;

 h) chapa de aquecimento.

F.3 Reagentes e materiais


Os reagentes e material necessários para a execução do ensaio são os seguintes:

 a) sódio metálico;

 b) álcool metílico;

 c) água destilada;

 d) solução de ácido nítrico 5 N;

 e) solução de nitrato de prata 0,1 N;

 f) solução de ácido acético 50 %;

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 g) solução de nitrato de zircônio 0,1 %;

 h) solução de alizarina S 0,1 %;

 i) solução de sulfato ferroso 5 %;

 j) solução de ácido sulfúrico 5 N;

 k) solução de cloreto férrico 5 %;

 l) solução de nitroprussiato de sódio 5 %;

 m) papel de filtro.


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F.4 Procedimento

F.4.1 Fusão da amostra

F.4.1.1 Manter o tubo de ensaio verticalmente preso na garra forrada com amianto ou cortiça.
Colocar um cubo, de cerca de 4 mm de lado (aproximadamente 0,04 g), de sódio metálico recentemente
cortado no tubo e aquecer até que os vapores de sódio alcancem 4,5 cm do tubo de ensaio. Adicionar
cerca de 0,05 g de amostra, de preferência em pequenas porções, diretamente aos vapores de sódio
(cuidado: pode haver pequena explosão). Aquecer o tubo ao rubro durante 1 min.

F.4.1.2 Deixar esfriar e adicionar 3 mL a 4 mL de álcool metílico para decompor algum resíduo de
sódio não reagido. Encher até a metade com água destilada. Ferver moderadamente, durante alguns
minutos, em banho-maria. Filtrar e utilizar o filtrado (solução I) para os ensaios de F.3.3. O filtrado
deve ser límpido e incolor. Se houver qualquer indicação de fusão incompleta, repetir o procedimento
de fusão.

F.4.2 Ensaios específicos

F.4.2.1 Cloro, bromo e iodo – Reação com o nitrato de prata

Acidificar 2 mL da solução I com ácido nítrico e aquecer, em banho-maria, por 2 min a 3 min. Adicionar
três gotas de solução de nitrato de prata. Um precipitado indica a presença de cloro, bromo ou iodo.
O cloreto de prata é branco, o brometo de prata é amarelo-pálido e o iodeto de prata é amarelo.
Se aparecer somente uma fraca turbidez, pode ser devido à presença de impurezas nos reagentes ou
no tubo de ensaio utilizado na fusão com sódio.

F.4.2.2 Flúor – Reação com alizarina S – Zircônio

Impregnar um papel de filtro com mistura 1:1 de solução de nitrato de zircônio e solução de alizarina S
e acidificar com ácido acético. Acidificar 2 mL da solução I com ácido acético, aquecer em banho-maria
e esfriar. Colocar uma gota desta solução sobre o papel de filtro. A cor vermelha do papel de filtro se
torna amarela, indicando a presença de flúor.

F.4.2.3 Nitrogênio – Reação com cloreto férrico

Adicionar à solução I três gotas de solução de sulfato ferroso recentemente preparada. Aquecer em
banho-maria e esfriar. Acidificar com ácido sulfúrico e juntar uma gota de solução de cloreto férrico.
Um precipitado azul de ferrocianeto férrico (azul da Prússia) indica a presença de nitrogênio.

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F.4.2.4 Enxofre – Reação com nitroprussiato de sódio

Adicionar a 2 mL da solução I duas gotas de solução de nitroprussiato de sódio. Uma cor azul-violeta
indica a presença de enxofre.

F.5 Resultados
Preparar um relatório indicando os elementos encontrados na amostra.
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Bibliografia

[1]  ASTM D6097, Test method for relative resistance to vented water–tree growth in solid dielectric
insulating materials

[2]  ICEA-S-94-649, Concentric neutral cables rated 5 through 46 kV

[3]  IEC 60502-1, Power cables with extruded insulation and their accessories for rated voltages from
1 kV (Um = 1,2 kV) up to 30 kV (Um = 36 kV) – Part 1: Cables for rated voltages of 1 kV (Um = 1,2 kV)
and 3 kV (Um = 3,6 kV)

[4]  IEC 60502-2, Power cables with extruded insulation and their accessories for rated voltages from
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1 kV (Um = 1,2 kV) up to 30 kV (Um = 36 kV) – Part 2: Cables for rated voltages from 6 kV (Um = 7,2 kV)
up to 30 kV (Um = 36 kV)

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