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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 11900-2

Primeira edição
20.05.2019
Exemplar para uso exclusivo - LOCAR GUINDASTES E TRANSPORTES INTERMODAIS LTDA - 43.368.422/0001-27 (Pedido 837631 Impresso: 29/06/2022)

Terminal para cabo de aço


Parte 2: Soquete tipo cunha
Terminations for steel wire ropes
Part 2: Wedge socket

ICS 77.140.65 ISBN 978-85-07-08041-1

Número de referência
ABNT NBR 11900-2:2019
17 páginas

© ABNT 2019
ABNT NBR 11900-2:2019
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ABNT NBR 11900-2:2019

Sumário Página

Prefácio.................................................................................................................................................v
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
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3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Construção..........................................................................................................................3
4.1 Dimensões...........................................................................................................................3
4.2 Segurança do pino..............................................................................................................3
5 Propriedades mecânicas....................................................................................................3
5.1 Segurança do terminal e da cunha....................................................................................3
5.2 Ensaio de carga de prova e de resistência à deformação..............................................4
5.3 Resistência à fadiga............................................................................................................4
5.4 Eficiência do terminal.........................................................................................................4
5.5 Ensaio de impacto (Charpy)...............................................................................................4
6 Ensaios do soquete tipo cunha.........................................................................................4
6.1 Qualificação de pessoal.....................................................................................................4
6.2 Ensaio de tipo......................................................................................................................4
6.2.1 Ensaio de segurança do terminal e da cunha..................................................................5
6.2.2 Ensaio de deformação........................................................................................................5
6.2.3 Ensaio de fadiga..................................................................................................................5
6.2.4 Ensaio de tração..................................................................................................................5
6.2.5 Ensaios de impacto de Charpy..........................................................................................5
6.2.6 Critério de aceitação para o ensaio de tipo......................................................................6
6.3 Ensaio de fabricação..........................................................................................................6
6.3.1 Ensaio de carga de prova de fabricação...........................................................................6
6.3.2 Ensaio não destrutivo.........................................................................................................6
6.3.3 Inspeção visual....................................................................................................................7
7 Informação para utilização.................................................................................................7
7.1 Declaração do fabricante ou fornecedor..........................................................................7
7.2 Marcação..............................................................................................................................7
7.3 Instruções............................................................................................................................8
8 Designação..........................................................................................................................8
Anexo A (informativo) Soquete tipo cunha com corpo fundido – Projeto 1.....................................9
A.1 Material.................................................................................................................................9
A.2 Dimensões...........................................................................................................................9
A.3 Acabamento.......................................................................................................................10
Anexo B (informativo) Soquete tipo cunha com corpo fundido – Projeto 2................................... 11
B.1 Material............................................................................................................................... 11
B.2 Dimensões......................................................................................................................... 11
B.3 Acabamento.......................................................................................................................12
Anexo C (informativo) Recomendações para inspeção e utilização...............................................13
C.1 Generalidades....................................................................................................................13

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ABNT NBR 11900-2:2019

C.2 Método de montagem.......................................................................................................13


C.3 Inspeção em utilização.....................................................................................................15
Bibliografia..........................................................................................................................................17
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Figuras
Figura 1 – Cunha e corpo do soquete montados em um cabo de aço............................................2
Figura A.1 – Detalhes do corpo do soquete, cunha e pino do soquete tipo cunha – Projeto 1...9
Figura B.1 – Detalhes do corpo do soquete, cunha e pino do soquete tipo cunha – Projeto 2.11
Figura C.1 – Instalação do soquete tipo cunha...............................................................................14
Figura C.2 – Dois métodos para lidar com a parte morta do cabo................................................15

Tabelas
Tabela 1 – Marcação dos componentes.............................................................................................7
Tabela A1 – Dimensões em milímetros para soquete tipo cunha com corpo fundido –
Projeto 1 (ver Figura A.1)..................................................................................................10
Tabela B.1 – Dimensões em milímetros para soquete tipo cunha com corpo fundido –
Projeto 2 (ver Figura B.1)..................................................................................................12

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ABNT NBR 11900-2:2019

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização.


As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB),
dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais
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(ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas
no tema objeto da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais
direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados
à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT
não substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo
precedência sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 11900-2 foi elaborada na Comissão de Estudo Especial de Cabos de Aço e Acessórios
(ABNT/CEE-113). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 03, de 01.03.2019
a 29.04.2019.

A ABNT NBR 11900-2 é baseada na EN 13411-6:2004.

A ABNT NBR 11900, sob o título geral “Terminal para cabos de aço”, tem previsão de conter as
seguintes partes:

—— Parte 1: Sapatilho;

—— Parte 2: Soquete tipo cunha;

—— Parte 3: Olhal com presilha;

—— Parte 4: Grampo leve e pesado;

—— Parte 5: Soquete.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 11900-2 é o seguinte:

Scope
This part of ABNT NBR 11900 specifies minimum requirements for socket for general-purpose steel
wire ropes to be used with ABNT NBR ISO 2408.

Examples of the construction and sizes of two separate designs wedge sockets are given in informative
Annexes A and B.

The informative Annex C gives recommendations for safe use and inspection.

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Terminal para cabo de aço


Parte 2: Soquete tipo cunha
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1 Escopo
Esta parte da ABNT NBR 11900 especifica os requisitos mínimos de soquete tipo cunha para cabos
de aço de uso geral utilizados conforme a ABNT NBR ISO 2408.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 11900-5:2015, Terminal para cabo de aço – Parte 5: Soquete

ABNT NBR ISO 148-1, Materiais metálicos – Ensaio de impacto por pêndulo Charpy – Parte 1: Método
de ensaio

ABNT NBR ISO 2408, Cabos de aço – Requisitos

ABNT NBR ISO 7500-1, Materiais metálicos – Calibração e verificação de máquinas de ensaio
estático uniaxial – Parte 1: Máquinas de ensaio de tração/ compressão – Calibração e verificação
do sistema de medição da força

ISO 4986, Steel castings – Magnetic particle inspection

ISO 4987, Steel castings – Liquid penetrant inspection

ISO 4986, Steel castings – Magnetic particle inspection

ASTM A609, Standard practice for castings, carbon, low-alloy, and martensitic stainless steel, ultrasonic
examination thereof

EN 1369:2012, Founding – Magnetic particle testing

EN 1371-1:2011, Founding – Liquid penetrant testing – Part 1: Sand, gravity die and low pressure die
castings

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
copo
região do soquete, com formato de tronco de cone, no interior do qual são alojados a cunha e o cabo
de aço

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3.2
corpo do soquete
componente principal do soquete tipo cunha com conicidade interna (ver Figura 1) adequada para
alojar a cunha (ver 3.3) e o respectivo cabo de aço
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β 2

1 P

5
6
4
3

Legenda

1 corpo do soquete
2 cunha
3 parte viva do cabo
4 parte morta do cabo
5 face inferior do corpo do soquete
6 diâmetro nominal do cabo de aço, d

Figura 1 – Cunha e corpo do soquete montados em um cabo de aço

3.3
cunha
componente com conicidade externa e com canal periférico adequado para alojar o cabo de aço no
interior do corpo do soquete, ver Figura 1

3.4
olhais
região do soquete tipo cunha, onde é introduzido o pino para seu fechamento, destinada à fixação
de acessórios de carga em geral

3.5
pessoa qualificada
pessoa habilitada por órgão de competência profissional e treinamento formal em inspeção em cabos
de aço e acessórios conduzidos por organizações competentes

NOTA Organização competente pode ser o fabricante de cabos de aço, fabricante de acessórios de
cabos de aço ou centros de formação profissional.

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3.6
pino
barra reta de seção circular que passa pelos dos olhais, disposta de modo seguro quando em posição
de utilização, podendo ser facilmente desmontada

3.7
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soquete tipo cunha


soquete que consiste em corpo, pino e cunha

3.8
tamanho nominal
TN
diâmetro nominal do cabo de aço ao qual o soquete tipo cunha se destina

4 Construção
4.1 Dimensões

As dimensões do soquete tipo cunha devem estar em conformidade com os seguintes critérios
(ver Figura 1):

 a) o eixo longitudinal da parte viva do cabo de aço deve ser perpendicular ao eixo do pino. A parte
viva do cabo de aço deve estar alinhada com o lado do pino;

 b) a diferença entre os ângulos de conicidade externa da cunha (α) e a conicidade interna do corpo
do soquete (β) não pode ser maior do que 2;

 c) as superfícies laterais internas do corpo do soquete e da cunha em contato com o cabo de aço
devem ser retas;

 d) o comprimento da área de contato entre a cunha e o corpo do soquete (P) deve ser pelo menos
4,3 vezes o diâmetro nominal do cabo de aço;

 e) a parte interna do corpo do soquete e o canal da cunha não podem apresentar saliências, marcas
ou rebarbas de fundição, que possam danificar o cabo de aço.
Os Anexos A e B (informativos) contêm exemplos de construção e tamanhos de dois projetos distintos
de soquetes tipo cunha, 1 e 2, respectivamente.
Outras dimensões dos soquetes tipo cunha podem ser acordadas entre o comprador e o fornecedor.

4.2 Segurança do pino


O pino deve ser fornecido com dispositivo para fixação (por exemplo, contrapino) durante a utilização.

5 Propriedades mecânicas
5.1 Segurança do terminal e da cunha
Quando ensaiado conforme 6.2.1, o soquete tipo cunha montado no cabo de aço, após assentamento
inicial, não pode exibir movimento relativo algum entre o cabo e o terminal durante o período de 2 min.
O movimento pode ser observado pelo movimento da parte morta do cabo de aço ou pelo movimento
relativo entre o cabo de aço e a cunha.

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5.2 Ensaio de carga de prova e de resistência à deformação

Quando ensaiado conforme 6.2.2 e 6.3.1, nenhuma dimensão dos braços do corpo do soquete
e do pino deve sofrer alteração de mais de 2 % da dimensão inicial, após a carga de prova ter sido
aplicada. Após a remoção da carga de prova, o pino, quando liberado, deve girar livremente.
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5.3 Resistência à fadiga

Quando ensaiado conforme 6.2.3, o corpo do soquete e do pino não pode apresentar quaisquer indí-
cios de trincas após 75 000 ciclos de carga.

O soquete não pode apresentar nenhum sinal de deformação permanente nos olhais do pino.

5.4 Eficiência do terminal

Quando ensaiado conforme 6.2.4, a eficiência do soquete tipo cunha montado no cabo de aço deve
ser pelo menos 80 % da carga de ruptura mínima do cabo de aço.

5.5 Ensaio de impacto (Charpy)

Os resultados dos ensaios de impactos dos materiais do soquete, corpo e pino, quando ensaiados
conforme 6.2, devem ser:

 a) pino e corpo do soquete em aço: valor médio mínimo de 27 J e valor mínimo individual de 18 J.

 b) ferro fundido nodular e quaisquer outros ferros fundidos do corpo do soquete: valor médio mínimo
de 12 J e valor mínimo individual de 9 J.

6 Ensaios do soquete tipo cunha


6.1 Qualificação de pessoal
Todos os ensaios e inspeções devem ser realizados por uma pessoa qualificada.

6.2 Ensaio de tipo


Com o objetivo de aprovar o projeto, material, tratamento térmico e método de fabricação, cada
tamanho do soquete na condição acabada deve ser submetido a ensaio de tipo para demonstrar que
os soquetes possuem as propriedades mecânicas especificadas nesta Parte da ABNT NBR 11900.
Para qualquer alteração no projeto, especificação do material, tratamento térmico, método de
fabricação ou qualquer dimensão fora das tolerâncias normais de fabricação que possa levar a uma
modificação das propriedades mecânicas, os ensaios de tipo especificados em 6.2.1 a 6.2.4 devem
ser executados nos soquetes modificados.
Os ensaios especificados em 6.2.1 a 6.2.4 devem ser executados em duas amostras de cada tamanho
do soquete tipo cunha, montado no cabo de aço de maior carga de ruptura mínima para o qual o
soquete tipo cunha é projetado.
Se os quatro ensaios forem realizados utilizando o mesmo corpo do soquete, cunha e pino, estes
ensaios devem ser realizados na seguinte ordem: ensaio de segurança do terminal e da cunha, ensaio
de deformação, ensaio de resistência à fadiga e ensaio de eficiência do terminal, renovando o cabo
de aço conforme necessário.
A máquina de ensaio deve estar em conformidade com os requisitos da ABNT NBR ISO 7500-1.

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ABNT NBR 11900-2:2019

6.2.1 Ensaio de segurança do terminal e da cunha

O soquete tipo cunha montado no cabo de aço deve ser submetido a uma força de 20 % da carga
de ruptura mínima do cabo de aço. Após um período inicial de acomodação, o soquete tipo cunha
montado no cabo de aço deve continuar em carregamento por mais 2 min antes da remoção da força.
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6.2.2 Ensaio de deformação

O soquete tipo cunha montado no cabo de aço deve ser submetido em seguida a uma força de
40 % da carga de ruptura mínima do cabo de aço. A força deve então ser removida e o soquete tipo
cunha deve ser desmontado do cabo de aço, para inspeção do corpo do soquete e do pino quanto
à deformação permanente.

6.2.3 Ensaio de fadiga

O ensaio deve ser realizado em uma máquina de fadiga à tração. As conexões com a máquina de
ensaio não podem girar ou induzir torque. O ensaio consiste na aplicação de uma força variável
de 75 000 ciclos, em uma faixa de carga entre 15 % e 30 % da carga de ruptura mínima do cabo
de aço, ao longo do eixo do cabo.

A frequência da força não pode ultrapassar 5 Hz.

Os componentes devem ser submetidos à inspeção com partículas magnéticas ou líquido pene-
trante, conforme ISO 4986 ou ISO 4987, respectivamente. A inspeção deve ser efetuada antes e
depois do ensaio de fadiga, para permitir que qualquer iniciação de trincas e propagação resultante
da fadiga seja prontamente identificada.

NOTA Mais do que um cabo de aço pode ser necessário para permitir que o corpo do soquete possa
atingir 75 000 ciclos.

Alternativamente, à escolha do fabricante, pode ser realizado o ensaio de fadiga da


ABNT NBR 11900-5:2015, 5.2.

6.2.4 Ensaio de tração

Submeter o soquete tipo cunha montado no cabo de aço a uma carga inicial de 60 % da carga
de ruptura mínima do cabo de aço. Em seguida, aumentar esta carga a uma velocidade não
superior a 0,5 % da carga de ruptura mínima por segundo. O ensaio deve prosseguir até a ruptura
do soquete tipo cunha ou até o escorregamento do cabo de aço.

Se os soquetes tipo cunha montados no cabo de aço forem ensaiados em pares, a distância entre
as faces inferiores dos corpos dos soquetes deve ser de pelo menos 30 d.

6.2.5 Ensaios de impacto de Charpy

Ensaios de impacto de Charpy, em V, devem ser realizados em conformidade com a ABNT NBR ISO 148-1,
no corpo do soquete e no pino de todos os tamanhos.

Três amostras devem ser ensaiadas a uma temperatura de –20 °C.

Quando o tamanho do corpo do soquete for demasiadamente pequeno que não permita efetuar os
ensaios adequadamente, os ensaios podem ser realizados em uma amostra de mesmo material,
especificação e tratamento térmico.

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ABNT NBR 11900-2:2019

6.2.6 Critério de aceitação para o ensaio de tipo

6.2.6.1 Segurança do terminal e da cunha, deformação, ensaios de fadiga e eficiência do terminal

Se uma amostra falhar nestes ensaios devido a defeito do material do corpo do soquete ou do pino,
o processo de fabricação deve ser reanalisado e corrigido para eliminar estes defeitos. Em seguida
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dois outros soquetes tipo cunha montados no cabo de aço, do mesmo tamanho, projeto e material,
devem ser ensaiados. Se estes soquetes forem aprovados, o projeto do soquete tipo cunha montado
no cabo de aço deve ser considerado aprovado.

Se um ou ambos falharem neste reensaio, ou um ou ambos falharem nos ensaios originais devido ao
seu projeto, os soquetes tipo cunha montados no cabo de aço devem ser considerados não aprovados.

6.2.6.2 Ensaio de impacto de Charpy

Se a média dos três valores de ensaio e os três valores de ensaios individuais forem iguais
ou maiores do que os valores especificados em 5.5, o soquete tipo cunha do tamanho apresentado
para o ensaio de tipo deve ser considerado em conformidade com esta Parte da ABNT NBR 11900.

Se uma amostra não atender ao valor mínimo individual especificado ou se o valor médio dos três
valores individuais não atender ao valor médio mínimo especificado, devem ser tomadas mais duas
amostras, que devem atender ao valor mínimo individual, e a média das cinco amostras deve atender
ao valor médio mínimo, para que o soquete tipo cunha do tamanho apresentado para o ensaio de tipo
seja considerado em conformidade com esta Parte da ABNT NBR 11900.

Se duas ou três amostras não atenderem ao valor mínimo individual especificado, o soquete tipo
cunha do tamanho apresentado para o ensaio de tipo deve ser considerado não conforme com esta
Parte da ABNT NBR 11900.

6.3 Ensaio de fabricação

6.3.1 Ensaio de carga de prova de fabricação

O pino e o corpo do soquete devem ser submetidos ao ensaio de carga de prova de fabricação com
uma força de 40 % da carga de ruptura mínima do cabo de aço de maior resistência, para o qual o
soquete é projetado. Esta força deve ser suportada sem deformações fora das tolerâncias do projeto
e sem defeitos visíveis após a remoção da força.
6.3.2 Ensaio não destrutivo
As superfícies fundidas do corpo do soquete devem ser submetidas à inspeção por partículas
magnéticas conforme a ISO 4986, ou à inspeção por líquido penetrante conforme a ISO 4987 ou por
ultrassom conforme a ASTM A 609.
Se a superfície for esmerilhada para remoção das indicações inaceitáveis o corpo do soquete, após o
esmerilhamento, deve estar em conformidade com as dimensões e tolerâncias especificadas pelo fabricante.
A inspeção final deve indicar que o corpo do soquete está em conformidade com a ISO 4986:2010,
Tabela 1 SM2 e Tabela 2 LM2/AM2 (EN 1369:2012 SM2, Tabela 2 e LM2/AM2, Tabela 3) ou
ISO 4987:2010, Tabela 1 SP2/CP2 e Tabela 2 LP2/AP2 (EN 1371-1:2011 SP2/CP2, Tabela 2 e
LP2/AP2, Tabela 3). No caso de inspeção por ultrassom, o nível de aprovação deve ser acordado
entre o comprador e o fornecedor.
NOTA Recomenda-se que cuidados sejam tomados para assegurar que a rugosidade provocada pelo
esmerilhamento não crie pontos de iniciação para falha por fadiga.

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6.3.3 Inspeção visual

O pino, a cunha e o corpo do soquete devem ser submetidos à inspeção visual por pessoa qualificada.
Inspeção visual deve abranger pelo menos as seguintes características:

 a) defeitos decorrentes do processo de fundição, incluindo descontinuidades e trincas;


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 b) defeitos decorrentes do processo de usinagem;

 c) deformação ou trincas resultantes do processo de tratamento térmico;

 d) quaisquer indicações que possam gerar trincas.

Qualquer dano na borda do furo do olhal deve resultar na rejeição do soquete.

7 Informação para utilização


7.1 Declaração do fabricante ou fornecedor

O fabricante ou fornecedor deve, se solicitado, fornecer uma declaração contendo as seguintes


informações:

 a) que os terminais são idênticos, dentro de tolerâncias de fabricação, àqueles aprovados no ensaio
de tipo;

 b) conformidade com esta Norma (ABNT NBR 11900-2);

 c) categoria de resistência do cabo de aço, classe e tipo para o qual o soquete é adequado.

 d) nome e endereço do fabricante;

 e) código de rastreabilidade do lote.

7.2 Marcação

Para auxiliar a conexão correta entre os componentes, estes devem ser marcados em conformidade
com a Tabela 1.

Tabela 1 – Marcação dos componentes


Componente Marcação
Marca do fabricante
Corpo do soquete Faixa do tamanho nominal (TN)
Código de rastreabilidade do lote
Marca do fabricante
Cunha Faixa do tamanho nominal (TN)
Código de rastreabilidade do lote
Marca do fabricante
Pino
Código de rastreabilidade do lote

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ABNT NBR 11900-2:2019

Quando o pino for intercambiável entre diferentes tamanhos de soquetes para um determinado
fabricante, ele deve também ser marcado com a faixa de tamanho nominal.

7.3 Instruções

O fabricante do corpo do soquete deve fornecer instruções que contemplem orientações sobre o
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diâmetro, classe e categoria de resistência do cabo para o qual o soquete é projetado, o método
de montagem, inspeção em utilização e remontagem da terminação quando o cabo é encurtado.

As instruções do fabricante devem incluir informações sobre a faixa de temperatura de utilização.

O Anexo C (informativo) contém recomendações para a utilização e inspeção de soquetes tipo cunha.

8 Designação
Os soquetes tipo cunha, de acordo com esta Parte da ABNT NBR 11900, podem ser designados pelo
nome, norma, faixa de diâmetro do cabo de aço, tipo de projeto (fundido ou forjado) e carga de ruptura
mínima do cabo de maior resistência aprovado.

EXEMPLOS Soquete tipo cunha, ABNT NBR 11900-2, para cabo de aço DN 22-25, projeto 1.

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Anexo A
(informativo)

Soquete tipo cunha com corpo fundido – Projeto 1


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A.1 Material
Recomenda-se que o material para os corpos dos soquetes seja o ferro fundido nodular com
propriedades mecânicas pelo menos equivalentes às dadas para EN-GJS-400-18LT, conforme a
EN 1563, ou a FE 38017, conforme a ABNT NBR 6916.

Recomenda-se que o material para a cunha seja de ferro fundido maleável, EN-GJMW-400-5
em conformidade com a EN 1562.

Recomenda-se que o material dos pinos seja de aço temperado e revenido em conformidade com
a EN 10083-1.

A.2 Dimensões
Recomenda-se que as dimensões estejam em conformidade com a Figura A.1 e Tabela A.1, que o
ângulo no corpo do soquete (β) seja (14 ± 0,5)° e que o ângulo no canal da cunha (α) seja (14+−02).
l
l1
k
g

r1
β

d1
b3
b1
b2

a
b1

l1
r3
r2

Ød

α
l2

l1
Ød

s
r4

Figura A.1 – Detalhes do corpo do soquete, cunha e pino do soquete tipo cunha – Projeto 1

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Tabela A1 – Dimensões em milímetros para soquete tipo cunha com corpo fundido –
Projeto 1 (ver Figura A.1)
Tamanho nominal Corpo do soquete Cunha Pino
do soquete tipo
Cunha
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mm a b1 b2 b3 d1 g k l1 l r1 r2min r3 s l1 d

6a7 14 6 26 14 14 25 75 130 150 18,5 9,5 6 12 40 13


8 14 6 26 14 14 25 75 130 150 18,5 10,5 6 13 40 13
9 a 10 14 6 26 14 14 31 75 130 150 18,5 13 7,5 13 40 13
11 17 7 31 16 17 35 75 140 164,5 22 14,5 7,5 13 45 16
12 17 7 31 16 17 42 75 140 164,5 22 16 7,5 13 45 16
13 a 15 20 10 40 17 20 43 115 190 220 27 19,5 8 16 50 19
16 a 17 23 14 51 23 25,5 60 146 237 275 38 22,5 9 21 68 25
18 23 14 51 23 25,5 60 146 237 275 38 23,5 10 22 68 25
19 a 20 29 16,5 62 29 25,5 60 146 237 275 38 26 10 26 78 25
21 30 18 66 30 33,5 85 200 325 370 42 29 13 26 88 33
22 a 25 30 18 66 30 33,5 85 200 325 370 42 32,5 13 26 88 33
26 a 32 30 27 92 38 48,5 95 224 425 486 56 42 16 32 119 48
NOTA Os tamanhos nominais dos soquetes tipo cunha na Tabela A.1 são equivalentes aos diâmetros
nominais dos cabos de aço para os quais os soquetes tipo cunha são projetados.

Recomenda-se que o pino esteja na tolerância h11 em conformidade com a ISO 286-2 ou a
ABNT NBR 6158.

A.3 Acabamento
Recomenda-se que os alojamentos do cabo tanto na cunha como no corpo do soquete tipo cunha
não apresentem marcas ou arestas na área de aperto.

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Anexo B
(informativo)

Soquete tipo cunha com corpo fundido – Projeto 2


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B.1 Material
Recomenda-se que o material para os corpos dos soquetes seja conforme a ASTM A148 620/415
(90-60), ou ASTM A220, 60004, ou ASTM A216 grau WCB, 485/655, alternativamente a ASTM A27,
65-35 para as cunhas.

B.2 Dimensões
Recomenda-se que as dimensões estejam em conformidade com a Figura B.1 e Tabela B.1,
que o ângulo no corpo do soquete (β) seja (15 ± 1)°e que o ângulo no canal da cunha (α) seja (15 ± 1)°
(ver também 4.1).
b
a

I
b

d
f
e
g
A β
c
d

A A-A
t
r
α
v

Figura B.1 – Detalhes do corpo do soquete, cunha e pino do soquete tipo cunha – Projeto 2

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Tabela B.1 – Dimensões em milímetros para soquete tipo cunha com corpo fundido –
Projeto 2 (ver Figura B.1)
Tamanho
nominal do
Corpo do soquete Cunha Pino
soquete tipo
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cunha
mm pol. a b c d e f g β t r v d l
9 – 10 3/8 20,6 11,2 39,6 22,6 57,2 121 14,2 15° 11,2 15,9 35,0 20,6 54
11 – 13 1/2 25,4 12,7 49,3 27,4 76,2 146 17,5 15° 13,5 22,3 48,0 25,4 61
14 – 16 5/8 31,8 14,2 57,2 32,5 93,7 176 22,4 15° 17,5 25,5 55,5 30,2 76
18 – 19 3/4 38,1 16,8 66,5 37,3 111 212 25,4 15° 19,8 29,5 65,0 35,0 87
20 – 22 7/8 44,5 19,1 79,5 43,7 127 241 28,4 15° 22,4 34,2 74,5 41,3 103
24 – 26 1 50,8 22,4 95,3 53,6 146 273 33,3 15° 26,2 36,5 83,5 50,8 116
28 1.1/8 57,2 25,4 108 60,5 165 308 38,1 15° 30,2 39,8 90,5 57,2 127
30 – 32 1.1/4 63,5 28,7 121 66,8 184 343 41,4 15° 33,3 43,0 97,0 63,5 143
NOTA 1 Os tamanhos nominais dos soquetes tipo cunha são equivalentes aos diâmetros nominais do
cabo para os quais os soquetes tipo cunha foram projetados.
NOTA 2 Para tamanhos de cabos intermediários, recomenda-se utilizar o soquete de tamanho maior mais
próximo.

B.3 Acabamento
Recomenda-se que o interior do copo seja arredondado na parte inferior, para prevenir danos no cabo.

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Anexo C
(informativo)

Recomendações para inspeção e utilização


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C.1 Generalidades
Este Anexo fornece recomendações para a inspeção e utilização dos soquetes tipo cunha.

C.2 Método de montagem


C.2.1 Antes da montagem, convém que o corpo do soquete e o pino sejam inspecionados para
assegurar que eles estejam livres de qualquer defeito que afete o desempenho do conjunto.

C.2.2 É essencial utilizar somente uma cunha e um corpo de soquete de dimensões e resistência
compatíveis com o cabo de aço.

C.2.3 Corpos do soquete e cunhas de diferentes fabricantes e diferentes projetos não podem ser
montados juntos, mesmo que eles tenham sido projetados para o mesmo tipo de cabo. As marcas
de fabricantes e o ajuste da cunha (com o cabo) no corpo do soquete devem ser verificados no
momento da montagem.

Uma cunha superdimensionada, ou com conicidade incorreta, pode não se ajustar no corpo do
soquete não proporcionando uma terminação segura; uma cunha com dimensão inferior à nominal
pode penetrar no corpo do soquete gerando uma carga localizada que pode provocar trincas e
deformações, abrindo o corpo do soquete e permitindo o escapamento da cunha.

Para reduzir o risco de mistura de um corpo e cunha de diferentes tamanhos, lotes e fabricantes,
recomenda-se que os corpos do soquete, pino e cunha sejam mantidos juntos durante o armazena-
mento e transporte da terminação.

C.2.4 Quando a terminação de um cabo tiver que ser remontada com o soquete tipo cunha, isto
somente deve ser feito com o encurtamento do cabo.

Nenhuma parte deformada ou danificada do cabo pode estar na área de contato entre a cunha e o
corpo do soquete.

C.2.5 O cabo deve ser montado de modo que a parte vertical (parte tensionada) esteja alinhada
com o corpo do soquete e seu ponto de fixação (olhal). A montagem incorreta resultará em falha
prematura do cabo de aço (ver Figura C.1).

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Cabo tensionado
Perna morta
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Instalações corretas Instalações incorretas

Figura C.1 – Instalação do soquete tipo cunha


C.2.6 Uma vez realizada a instalação do cabo e da cunha no corpo do soquete, a parte morta
exposta do cabo deve ter um comprimento suficiente que permita a fixação do grampo tipo pesado
corretamente, conforme a ABNT NBR 11900-4 (ver C.2.10 desta Parte).

C.2.7 Os cabos resistentes à rotação tendem a mostrar deformação quando são curvados em
torno de pequenos raios e podem requerer amarração temporária (amarrilho). Sempre que possível,
o amarrilho deve ser removido subsequentemente para permitir a inspeção do cabo.

C.2.8 Depois de realizada a montagem da terminação, é essencial que a cunha e o cabo estejam
apropriadamente assentados no corpo do soquete antes do equipamento ser colocado em serviço.
Uma falha na montagem pode fazer com que o cabo escorregue pela terminação. Particularmente
quando o cabo é novo, a cunha pode saltar para fora do corpo do soquete.

C.2.9 A tração deve ser aplicada na parte viva do cabo para a correta acomodação da cunha e
do cabo. Convém que a carga aplicada seja equivalente a 10 % da CMR do cabo. Recomenda-se
que a cunha seja propriamente assentada antes que o conjunto seja colocado em serviço.

C.2.10 Os métodos da Figura C.2 são recomendados para lidar com o comprimento da parte morta
do cabo projetada para fora do soquete, dependendo das circunstâncias de utilização.

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2 2
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X
a) Método A b) Método B

Legenda

1 arame recozido
2 grampo para cabo de aço

Figura C.2 – Dois métodos para lidar com a parte morta do cabo
A medida X na Figura C.2 não pode ser maior que 75 % do comprimento total da cunha, de modo
a evitar que a cunha escape do corpo do soquete, se o cabo de aço ficar frouxo.

O objetivo destes métodos é prevenir o escorregamento quando finalizada a terminação do cabo ou


na eventualidade de um afrouxamento da cunha durante a operação.

C.2.11 Na eventualidade de alívio brusco da carga de tração, recomenda-se verificar se a cunha


ficou frouxa.

C.2.12 Convém que o pino seja fixado de maneira que ele não possa mover-se de sua posição
durante a movimentação.

C.3 Inspeção em utilização


C.3.1 Convém que terminações com soquete tipo cunha sejam inspecionadas quando da inspeção
do cabo.

C.3.2 Convém dar especial atenção ao seguinte:

 a) danos no cabo de aço no trecho exposto junto ao corpo do soquete, conforme a ABNT NBR ISO 4309;

 b) estado do corpo do soquete, por exemplo, trincas e acomodação incorreta da cunha. Convém que
as alças do soquete sejam examinadas quanto à possível deformação, trincas ou outros defeitos;

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 c) segurança e firmeza da montagem da cunha;

 d) condição do pino, rosca e contrapino, que devem estar corretamente posicionados e travados.

C.3.3 Convém que o corpo do soquete, a cunha e a parte do cabo dentro da conexão sejam
examinados a cada vez que o conjunto for desmontado. Quando a cunha, corpo ou pino estiverem
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danificados, o soquete tipo cunha deve ser substituído.

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Bibliografia

[1]  ABNT NBR ISO 4309, Equipamentos de movimentação de carga – Cabos de aço – Cuidados,
manutenção, instalação, inspeção e descarte
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[2]  ABNT NBR 6158, Sistema de tolerâncias e ajustes

[3]  ABNT NBR 6916, Ferro fundido nodular ou ferro fundido com grafita esferoidal – Especificação

[4]  ABNT NBR 11900-4, Terminal para cabo de aço – Parte 4: Grampos leve e pesado

[5]  ISO 286-2, Geometrical product specifications (GPS) – ISO code system for tolerances on linear
sizes – Part 2: Tables of standard tolerance classes and limit deviations for holes and shafts

[6]  EN 1562, Founding – Malleable cast irons

[7]  EN 1563, Founding – Spheroidal graphite cast irons

[8]  EN 10083-1, Steels for quenching and tempering – Part 1: General technical delivery conditions

[9]  EN 13411-6, Terminations for steel wire ropes – Safety – Part 6: Asymmetric wedge socket

[10]  ASTM A27, Standard specification for steel castings, carbon for general applications

[11]  ASTM A148, Standard specification for steel castings, high strength, for structural purposes

[12]  ASTM A216, Standard specification for steel castings, carbon, suitable for fusion welding, for
high-temperature service

[13]  ASTM A220, Standard specification for pearlitic malleable iron

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