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Elementos de Máquinas II

Aula 2 – Elementos de Manuseio e


Içamento de Cargas
Parte 2 - Lingas, laços e estropos
Lingas, laços, estropos
(slings)
Materiais
Anel de Carga
Cabos de aço
Materiais sintéticos (cintas)
Olhal Etiqueta de
Correntes de aço Identificação

Malhas metálicas
Perna

Definição
Presilha
Peça formada por cabo de aço com olhal
Sapatilho
em pelo menos uma das extremidades
(NBR 13541)
Gancho
Lingas, laços, estropos
(slings)

Içamento de cargas - RUD


Lingas, laços, estropos (slings)
Cintas Corrente Cabo de aço

FS = 7:1 FS = 4:1 FS = 5:1


Lingas, laços, estropos
(slings)
Cabos de Aço:
. Mais leve e normalmente mais barato que a corrente;
. Normalmente galvanizado para uma melhor proteção contra
corrosão;
. Boa durabilidade;
. Inspeção relativamente simples;
Lingas de cabo de aço
(wire rope slings)
Cabos de aço utilizados para fabricação de
lingas

Categorias mínimas de resistência


1770 kgf para AF
1960 kgf para AACI

Tipos de alma2
Alma de fibra (AF) para diâmetros ≤ 38mm (~1½”)
Alma de aço (AACI) para diâmetros > 38mm (~1½”)
Lingas de cabo de aço
(wire rope slings)
Cabos de aço utilizados para fabricação de
lingas
Classes de construção permitidas
6 x 19 flexibilidade resistência à abrasão

6 x 36 flexibilidade resistência à abrasão

8 x 19 (AACI) e 8 x 36 (AACI)

Torção: Regular à direita (sZ ou TRD)


Lingas de cabo de aço
(wire rope slings)
Lingas, laços, estropos
(slings)
Corrente:
. Resistente à abrasão; Maior durabilidade;
. Flexível;
. Pode-se utilizar com vários tipos de acessórios;
. Resistência ao calor;
. Possibilidade de encurtamento das pernas;
. Fácil estocagem;
Linga, eslinga, laço, estropo
Sling
Lingas de corrente

Anel de carga 1 ramal


3 ou 4
2 ramais ramais
Conector

Encurtador
(opcional)

Corrente

Gancho
Linga, eslinga, laço, estropo
Sling
Lingas de corrente

Correntes utilizadas para fabricação de eslingas


ABNT NBR ISO 1834:2005
Características:
►Elos curtos de aço, seção circular, soldados eletricamente
►Tamanho nominal: diâmetro - dn
►Tratamento térmico
►Certificado do fabricante: ensaios

Classificação em graus:
►Propriedades mecânicas – Grau 8
►Marcação
►Garantia de compatibilidade entre: correntes, ganchos, elos,
anéis, conectores, manilhas, etc.
Linga, eslinga, laço, estropo
Sling
Lingas de corrente
REDUÇÕES DA CAPACIDADE DE CARGA
► Temperatura:
Entre -40°C e 200°C: Não há alteração na
capacidade de carga.
Entre 200°C e 300°C: Redução de 10%.
Entre 300°C e 400°C: Redução de 25%

► Cantos vivos:
Redução da capacidade de carga em 20%.
Considera-se canto vivo, quando o raio é
menor que o diâmetro nominal da corrente.
Raio no canto da peça menor do que o
diâmetro nominal do arame do elo.

► Cargas assimétricas:
Redução da capacidade de carga em 50%
quando o içamento ocorrer com lingas de
2 ou mais pernas.
Linga, eslinga, laço, estropo
Sling
Lingas de corrente
Lingas, laços, estropos
(slings)
Cintas de Poliéster:
. Simples e barata;
. Adequada para cargas frágeis;
. Fácil identificação da carga de trabalho através de sua cor;
. Fácil substituição;
Lingas, laços, estropos
(slings)
CINTAS (Eslingas de poliéster)

Podem ser fabricadas de poliamida, poliéster e polipropileno.


• As cintas de poliéster são leves e flexíveis, além de baixo custo de
aquisição, o que faz com que seja o tipo de cinta mais utilizada.
• O principal ponto de observação se refere à inspeção prévia dos
acessórios utilizados e também na proteção da amarração quanto a
cantos vivos (quinas).
• A vida útil dos acessórios também é reduzida devido a sua
fragilidade.
Lingas, laços, estropos
(slings)
Identificação da Cinta
Embora existam cores para identificar a capacidade da cinta, isso nem sempre
acontece.
O que não pode deixar de ser obedecida é a identificação através de etiqueta
que fica dentro do olhal da cinta ou em seu corpo, protegida ou não por uma
capa.
Lingas de cintas têxteis
NBR 15637-1 e2

CINTAS DE FIBRA SINTÉTICA (SYNTHETIC WEB SLINGS)


A capacidade de carga de uma cinta de fibra sintética deve ser especificada pela capacidade
de carga da cinta simples, na posição vertical.
Fator de segurança: conforme ABNT NBR 15637 e EN 1492 - 7:1 ; conforme DIN 61360 - 8:1

As cintas com capacidade de carga acima de 10 t , tais como, 15, 20, 25 e 30 também são
na cor laranja.
Lingas, laços, estropos
(slings)
Lingas, laços, estropos
(slings)
CINTAS DE MALHA METÁLICA
São usada para movimentação de cargas com
temperaturas até 300ºC e peças abrasivas ou com
bordas cortantes.
Lingas, laços, estropos
(slings)

Toda cinta deverá passar por inspeção periódica, recebendo uma


identificação de vistoria que varia de empresa para empresa.

Pode se usar braçadeira colorida de nylon ou etiquetar atrás da etiqueta de


identificação, ou colocar faixa pintada na superfície da cinta
Lingas, laços, estropos
(slings)
ESTROPO DE CABO DE AÇO
Montagem de laço com clips
• São compostos por um cabo de aço com olhais em suas extremidades.
• Os laços podem ser formados por clips.
• Na preparação de estropo com clips deve-se observar a posição de
montagem dos clips.
Lingas, laços, estropos
(slings)
ESTROPO DE CABO DE AÇO
Superlaço com olhal flamengo

O olhal já é capaz de suportar uma carga superior à carga de trabalho do


laço, a costura pode ser protegida por luva ou chumbada.
Lingas, laços, estropos
(slings)
Olhais de lingas de cabo de aço (NBR 11900-3 e NBR 13541-1)
Resistência Eficiência do
Tipo Geometria Características Restrições
Durabilidade terminal (KT)

Trançado flamengo Alta


1 - 0,9
com presilha de aço Alta

Trançado flamengo Alta Altas temperaturas


2 com presilha de Água salgada 0,9
alumínio Média Superfícies abrasivas

Trançado Média Cargas cíclicas


3 manualmente, sem 0,8
Média Rotações no laço
presilha

Cargas com risco


Alta humano
Dobrado, com
4 Altas temperaturas 0,9
presilha de alumínio Baixa Água salgada
Superfícies abrasivas
Lingas, laços, estropos
(slings)
ESTROPO DE CABO DE AÇO
Ganchos
Destinados a acoplar os olhais dos estropos, cintas ou correntes para
elevação da carga.
Lingas, laços, estropos
(slings)
Manilhas
Destinados a acoplar os olhais dos estropos, cintas ou correntes
para elevação da carga.
Manilhas
Shackles

Manilha curva Manilha reta, para correntes


Anchor shackle Chain shackle

Normas:
• Federal Specification
RR-C-271-D (EUA)
Tipo âncora com
• NBR 13545 (Brasil)
corpo alargado
Wide body shackle • EN 13889 (CE)
Tipo âncora para cintas
Web sling shackle
Acessórios de movimentação
Identificação

Corpo de manilha1 e anel de carga2:


símbolo do fabricante
grau
CMT
código de rastreabilidade

Pino de manilha:
símbolo do fabricante
grau
A identificação deve ser mantida legível durante toda vida
útil da peça
Anel de carga
NBR 13541-1, 4.4

Anel (master link)

Destinado a interligar as correntes de uma linga com mais de um ramal.


Anel de carga
NBR 13541-1, 4.4

A carga máxima de
trabalho (CMT) de qualquer
anel de carga deve ser igual Anel de carga
ou maior que a linga. principal

A CMT de qualquer anel


de carga intermediário
usado em lingas de três ou
quatro pernas deve ser igual
ou maior que 1,6 vez a
carga de trabalho de
qualquer uma das pernas
separadamente.
Anel de carga
intermediário
Anel de carga Anel de carga principal com
Master link anel de carga intermediário
Master link
Amarração vertical simples
Single leg – NBR 13541-1, 4.2.4

Fmín: força mínima de ruptura


KT: eficiência do terminal
Linga 2 pernas simétricas
NBR 13541-1 generalizada

Em todos
os casos
usar
θ ≥ 45°

Fmín: força mínima de ruptura KT: eficiência do terminal


Linga 4 pernas simétricas
NBR 13541-1 generalizada

Em todos os
casos usar
θ ≥ 45°

Fmín: força mínima de ruptura KT: eficiência do terminal


Linga cesta falsa

Fmín: força mínima de ruptura KT: eficiência do terminal


Linga cesta falsa
Linga forca única
Choker hitch

Fmín: força mínima de ruptura KT: eficiência do terminal


Linga forca dupla

Fmín: força mínima de ruptura KT: eficiência do terminal


Linga forca Dupla com
2 pernas simétricas

Fmín: força mínima de ruptura KT: eficiência do terminal


Plano de Rigging
Denominações:
Rigger – Profissional habilitado e capacitado responsável pela elaboração
do plano de rigging

Plano de rigging (Rigging Plan ou Lift Plan)


• É o projeto técnico, seguro, econômico e eficaz das operações
necessárias ao içamento, composto de informações técnicas, memórias
de cálculo, desenhos técnicos e outros documentos.
• O plano de rigging é o planejamento amplo da operação de içamento,
desenvolvido preliminarmente, que aumentará a segurança, reduzirá
imprevistos, preservará a vida, o equipamento e a carga além de otimizar
a utilização dos acessórios.
• Portanto, é desejável que todos os envolvidos tenham conhecimento
básico do que é Plano de Rigging.
Plano de Rigging
Denominações:
Supervisor de rigging – Profissional capacitado responsável pela
supervisão da execução no campo, das operações de içamento conforme o
plano de rigging.

Homem de campo ou amarrador (slinger ou rigger) – Profissional


capacitado que executará as operações que permitirão o içamento, tais
como: auxílio na preparação do guindaste, amarração e desamarração da
carga, auxílio ao supervisor e outras.

Sinaleiro (signaller) - Profissional capacitado responsável por comandar o


operador do guindaste quanto aos movimentos necessários ao içamento,
geralmente via sinais visuais. Deve ser designado apenas 1 sinaleiro para
cada etapa ou operação.

Operador de guindaste - Profissional capacitado responsável por: condução


do guindaste ao local da operação, configuração do guindaste para o
içamento e operação conforme o plano de rigging e orientações do
supervisor de rigging e sinaleiro.
Plano de Rigging
Etapas:

• Levantar as informações no campo

• Especificar, calcular e detalhar a amarração


da carga

• Determinar o peso e o CG da carga

• Fazer o projeto ou especificar as barras de


carga (balancins ou espaçadores) e
dispositivos especiais

• Manter a integridade da carga

• Definir o equipamento mais adequado para o


içamento
Plano de Rigging
Plano de Rigging
Etapas:

• Definir a configuração do
guindaste

• Dimensionar e detalhar os
olhais de içamento, batentes,
munhões, inclusive soldas

• Determinar a sequência da
operação de içamento

• Especificar a “desamarração”
da carga
Plano de Rigging
Etapas:

• Supervisionar a operação
(supervisor de rigging)

• Planejamento do transporte da
carga

• Planejar as atividades de
Segurança no Trabalho
Plano de Rigging
Plano de Rigging
Plano de Rigging

Plano de rigging – animação com


simulação de verticalização de um
vaso de pressão de 160 toneladas.
Exercícios
4) Especifique uma amarração de cinta para movimentação de um trecho de tubo de DN 24”x
6000 mm pesando 1200 kg a ser realizada por meio de caminhão munck. Indicar o tipo e o
comprimento.
Exercícios
5) O redutor apresentado abaixo pesa 800 kg e possui dois furos para montagem de parafusos
olhais distantes simetricamente do centro de gravidade do conjunto, estando espaçados em
500 mm um do outro. Especifique uma amarração por linga de cabo de aço 6x19 EIPS (dados
na tabela abaixo), indicando a quantidade, o diâmetro, o comprimento e os demais acessórios,
com as capacidades mínimas, para içamento do redutor por meio de uma talha com um moitão.
Exercícios
6) A estrutura disposta abaixo pesa 2400 kg e se configura como uma forma quadrada com
2000 mm de lados, nos pontos onde são soldados os olhais. Especifique uma amarração por
linga de cabo de aço 6x19 EIPS (dados na tabela abaixo), indicando a quantidade, o diâmetro,
o comprimento e os demais acessórios, com as capacidades mínimas, para içamento da
estrutura por meio de uma talha com um moitão. Faça um croqui com os comprimentos e
ângulos especificados.
Exercícios

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