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CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.

790/0001-95

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 16255
Primeira edição
16.12.2013

Válida a partir de
16.01.2014

Sistemas de refrigeração para supermercados —


Diretrizes para o projeto, instalação e operação

Refrigeration systems for supermarkets — Guidelines for design, installation


and operation
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

ICS 97.130.20 ISBN 978-85-07-04698-1

Número de referência
ABNT NBR 16255:2013
18 páginas

© ABNT 2013
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Sumário Página

Prefácio ...............................................................................................................................................iv
1 Escopo ...............................................................................................................................1
2 Referências normativas .....................................................................................................1
3 Termos e definições ...........................................................................................................2
4 Equipamentos frigoríficos .................................................................................................2
4.1 Seleção de expositores .....................................................................................................2
4.2 Condições de exposição ..................................................................................................2
4.3 Câmaras frigoríficas e salas de preparo ..........................................................................3
4.3.1 Frutas e verduras ...............................................................................................................3
4.3.2 Carnes e frios .....................................................................................................................3
4.3.3 Laticínios.............................................................................................................................4
4.3.4 Pescado ...............................................................................................................................4
4.3.5 Congelados .........................................................................................................................4
4.4 Sistemas de refrigeração...................................................................................................4
4.4.1 Uma unidade por expositor ...............................................................................................4
4.4.2 Uma unidade por linha de refrigeração............................................................................4
4.4.3 Sistema centralizado com compressores em paralelo...................................................5
4.4.4 Sistemas distribuídos .......................................................................................................6
4.5 Unidades condensadoras..................................................................................................6
4.5.1 Seleção do meio de condensação ....................................................................................7
4.5.2 Condensadores resfriados a ar ........................................................................................7
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4.5.3 Condensadores resfriados a água ...................................................................................7


4.5.4 Condensadores evaporativos ...........................................................................................7
4.5.5 Controle operacional do sistema de condensação ........................................................7
4.6 Degelo .................................................................................................................................8
4.6.1 Procedimentos de degelo ..................................................................................................8
4.6.2 Controle do degelo .............................................................................................................9
4.6.3 Aplicações do degelo ........................................................................................................9
4.7 Casa de máquinas ..............................................................................................................9
4.7.1 Arranjo físico ......................................................................................................................9
4.7.2 Ventilação e detecção de vazamentos ...........................................................................10
4.7.3 Tubulação ..........................................................................................................................10
5 Condicionamento de ar ...................................................................................................10
5.1 Condições internas de projeto ........................................................................................10
5.2 Cálculo da carga térmica .................................................................................................10
5.3 Projeto dos dutos de ar ...................................................................................................10
5.3.1 Dimensionamento ............................................................................................................10
5.3.2 Distribuição de ar .............................................................................................................11
5.4 Seleção do equipamento .................................................................................................11
5.5 Consumo de energia ........................................................................................................11
5.6 Recuperação de calor ......................................................................................................11

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6 Métodos de conservação de energia..............................................................................12


6.1 Generalidades...................................................................................................................12
6.2 Expositores .......................................................................................................................12
6.3 Unidades condensadoras................................................................................................13
6.4 Tubulação de fluido frigorífico ........................................................................................14
6.5 Sistemas de degelo ..........................................................................................................14
6.6 Métodos específicos de conservação de energia .........................................................14
6.6.1 Controle ambiente e operação noturna .........................................................................14
6.6.2 Prevenção de condensação sobre superfícies frias .....................................................15
6.6.3 Limitação de demanda ....................................................................................................16
6.6.4 Ciclos de operação ..........................................................................................................16
6.6.5 Rede de distribuição elétrica ..........................................................................................16
6.6.6 Água quente......................................................................................................................16
7 Planejamento instalação e construção .........................................................................17
7.1 Canaletas ..........................................................................................................................17
7.2 Sistema hidráulico ...........................................................................................................17
7.3 Sistema elétrico ................................................................................................................17
7.4 Refrigeração .....................................................................................................................17
7.5 Teste, ajuste e balanceamento ........................................................................................17
7.6 Comissionamento ............................................................................................................17
Bibliografia .........................................................................................................................................18

Tabelas
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Tabela 1 – Temperaturas indicadas na exposição dos produtos ....................................................3


Tabela 2 – Padrões de condição interna do expositor .....................................................................5
Tabela 3 – Condições de condicionamento de ar ..........................................................................15

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,
delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que
alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser
considerada responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 16255 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação
e Aquecimento (ABNT/CB-55), pela Comissão de Estudo de Refrigeração Industrial (CE-55:001.04).
O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 07, de 25.07.2013 a 25.07.2013, com o
número de Projeto ABNT NBR 16255.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope
This Standard provides guidelines for the design and installation of refrigeration equipment in
supermarkets, considering the operating conditions of the display, internal environmental conditions
and recommendations for energy conservation.
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Sistemas de refrigeração para supermercados — Diretrizes para o


projeto, instalação e operação

1 Escopo
Esta Norma apresenta diretrizes para o projeto e a instalação de equipamentos frigoríficos em
supermercados, considerando condições de operação dos expositores, condições ambientais da loja
e recomendações para conservação de energia.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 14701:2001, Transporte de produtos alimentícios refrigerados – Procedimentos e critérios


de temperatura

ABNT NBR 15374-1, Equipamento de refrigeração monobloco para câmaras frigoríficas – Parte 1:
Classificação e identificação

ABNT NBR 15374-2, Equipamento de refrigeração monobloco para câmaras frigoríficas – Parte 2:
Ensaios

ABNT NBR 15627-1, Condensadores a ar remotos para refrigeração – Parte 1: Especificação, requisitos
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de desempenho e identificação

ABNT NBR 15627-2, Condensadores a ar remotos para refrigeração – Parte 2: Método de ensaio

ABNT NBR 16069:2010, Segurança em sistemas frigoríficos

ABNT NBR 16101, Filtros para partículas em suspensão no ar – Determinação da eficiência para
filtros grossos, médios e finos

ABNT NBR 16401-1, Instalações de ar-condicionado – Sistemas centrais e unitários – Parte 1: Projetos
das instalações

ABNT NBR 16401-3, Instalações de ar-condicionado – Sistemas centrais e unitários – Parte 3:


Qualidade do ar interior

ABNT NBR ISO 23953-1, Expositores refrigerados – Parte 1: Vocabulário

ABNT NBR ISO 23953-2, Expositores refrigerados – Parte 2: Classificação, requisitos e condições de
ensaio.

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3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições das Normas citadas na Seção 2.

4 Equipamentos frigoríficos
4.1 Seleção de expositores

Os expositores devem ser projetados, construídos e ensaiados de acordo com os requisitos das
ABNT NBR ISO 23953-1 e ABNT NBR ISO 23953-2.

4.1.1 Os expositores devem obedecer aos requisitos construtivos e operacionais e, particularmente, ser
providos dos indicadores de temperatura, localizados como recomendado nas ABNT NBR ISO 23953-1
e ABNT NBR ISO 23953-2.

4.1.2 Para expositores existentes, recomenda-se atender aos requisitos da ABNT NBR ISO 23953-
2 na medida do possível, mas recomenda-se que no mínimo os requisitos relativos aos indicadores
de temperatura sejam cumpridos.

4.1.3 Os expositores devem ser selecionados para classe de temperatura correspondente aos
produtos a serem expostos e com a classe de clima que melhor represente as condições ambientes
esperadas na loja.

NOTA Para um desempenho otimizado dos expositores refrigerados, recomenda-se que as condições
ambientes da loja sejam controladas por sistema de ar-condicionado. Somente os expositores destinados
exclusivamente ao uso em ambiente permanentemente condicionado podem ser selecionados na condição
de clima 3 (temperatura de bulbo seco: 25 °C e umidade absoluta 12 g/kg).
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Os expositores devem ser selecionados para classe de temperatura correspondente aos produtos
a serem expostos e com a classe de clima que melhor represente as condições ambientes esperadas
na loja.

4.2 Condições de exposição

Entende-se por condições de exposição as temperaturas máximas de operação dos expositores


refrigerados, indicadas pelo termômetro destes, conforme ABNT NBR ISO 23953-2, exceto nos
períodos de degelo e de recuperação de temperatura (ver Tabela 1).

4.2.1 O expositor não é o equipamento para armazenamento de produto. O tempo de permanência


do produto no expositor deve ser informado pelo processador.

4.2.2 A temperatura dos alimentos perecíveis, quando do recebimento, deve obedecer aos parâmetros
dos regulamentos e legislações vigentes.

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Tabela 1 – Temperaturas indicadas na exposição dos produtos


Produto Faixa de temperatura recomendada
Carnes 0 / +2 °C
Aves 0 / + 2 °C
Embutidos + 2 / + 4 °C
Pescado 0 / + 2 °C
Pratos prontos resfriados 0 / + 2 °C
Laticínios + 4 / + 6 °C
Leite + 2 / + 4 °C
Frutas e verduras + 6 / + 8 °C
Legumes processados 0 / + 2 °C
Alimentos processados 0 / + 5 °C
Sorvetes – 15 / – 18 °C
Congelados – 15 / – 18 °C
NOTA 1 A faixa de temperatura recomendada ou de acordo com a recomendação do processador.
NOTA 2 O valor acima de temperatura corresponde ao valor médio entre a temperatura de
insuflação e a temperatura de retorno.

4.3 Câmaras frigoríficas e salas de preparo


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Além dos expositores, os supermercados devem ser dotados de câmaras frigoríficas para armazena-
mento e de salas de preparo.

A capacidade de armazenamento das câmaras depende do volume previsto de vendas e da frequência


de entrega.

As câmaras devem ser, sempre que possível, localizadas próximas umas das outras, de tal forma
que possam utilizar paredes comuns. Recomenda-se o uso de antecâmaras para acesso às câmaras
frigoríficas. As portas devem ser localizadas de forma a facilitar operações de carga e descarga
e minimizar o manuseio.

4.3.1 Frutas e verduras

O departamento de frutas e verduras deve dispor de uma câmara frigorífica projetada para operar
a aproximadamente 3 °C e 80 % de umidade relativa, e de uma sala de preparo, que deve ser mantida
a uma temperatura de aproximadamente 15 °C.

4.3.2 Carnes e frios

Uma câmara frigorífica para carnes e frios deve ser prevista. A câmara para carnes deve ser projetada
para operar a 0 °C e umidade relativa mínima de 80 %.

As salas de preparo de carnes devem ser projetadas para operação de 13 °C. Nessa área, o nível
de umidade relativa deve ser mantido suficientemente baixo, para evitar a condensação de umidade
sobre a superfície das carnes em processamento (umidade relativa típica de 65 %).

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4.3.3 Laticínios

As câmaras para laticínios devem ser projetadas para operarem a 2 °C.

4.3.4 Pescado

A área de pescado deve dispor de um gerador de gelo, de uma sala de preparo localizada na
proximidade dos expositores, projetada para operar a 15 °C, e de uma câmara de armazenamento
mantida a 0 °C e 80 % de umidade relativa.

4.3.5 Congelados

É imprescindível a presença de uma câmara de congelados para operar a – 20 °C. O piso deve ser
isolado e capaz de suportar estruturalmente o peso de transportadores.

4.4 Sistemas de refrigeração

Para proporcionar refrigeração para os expositores, as seguintes opções devem ser consideradas:

a) uma unidade condensadora por expositor, remota ou incorporada ao gabinete;

b) uma unidade condensadora por linha de refrigeração;

c) sistema centralizado com compressores em paralelo (racks);

d) sistemas distribuídos.

A ABNT NBR 16069 deve ser sempre consultada.


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4.4.1 Uma unidade por expositor

Neste arranjo, cada expositor dispõe de uma unidade condensadora própria. A unidade condensadora
pode estar incorporada ao gabinete ou instalada à distância. Os controles de temperatura e degelo
são relativamente simples, permitindo que a unidade condensadora funcione de forma a satisfazer
as condições de projeto.

Esta abordagem proporciona máxima flexibilidade em termos de localização e instalação do expositor.


Requer, no entanto, maior número de compressores, maior comprimento de tubulação, maior número
de conexões elétricas e maior atividade da manutenção.

4.4.2 Uma unidade por linha de refrigeração

Neste arranjo, uma unidade condensadora é utilizada para servir a um grupo de expositores formando
uma linha de refrigeração, ou seja, uma linha de expositores que requeira a mesma faixa de temperatura
de evaporação, conforme recomendado na Tabela 2, além do mesmo tempo e frequência de degelos.

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Tabela 2 – Padrões de condição interna do expositor


1 2 3 4 5
Condição Câmara Umidade Aproximação Temperatura
°C relativa °C de evaporação
% °C
01 10 85 10 0
02 0 85 8 –8
03 – 18 85 7 – 25
04 – 25 85 6 – 31
NOTA Os valores apresentados nesta Tabela, nas colunas 2, 3 e 4, referem-se ao valor da temperatura
do bulbo seco, da umidade relativa e da aproximação (diferença da temperatura da câmara e da
temperatura de evaporação).

NOTA As informações foram obtidas da EN 328.

Esta técnica do emprego de múltiplos evaporadores, controlados por meio do uso de temporizadores,
válvulas solenoides, combinação de termostatos e reguladores de pressão de evaporação, permite
o dimensionamento da central única de compressores e condensadores pela carga de refrigeração
simultânea.

As instalações de múltiplos evaporadores são mais complexas do que as de uma unidade condensadora
por expositor, mas esta configuração é geralmente mais eficiente em termos de consumo de energia,
com menor custo dos equipamentos e de manutenção.

Para assegurar a eficiência e a capacidade de refrigeração, os expositores e as câmaras frigoríficas


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devem ser agrupados na mesma classe de temperatura.

4.4.3 Sistema centralizado com compressores em paralelo

Este tipo de sistema de refrigeração é, geralmente, o mais eficiente em termos de consumo de energia.
Também conhecido por rack, é configurado com compressores múltiplos em paralelo, que servem um
grande número de expositores a uma determinada faixa de temperatura de evaporação. O custo inicial
geralmente é maior que as unidades individuais.

Os seguintes aspectos devem ser considerados quando da escolha de sistemas de compressores


paralelos:

a) assim como nas unidades compressoras simples, compressores paralelos são projetados para
operação total (com folga de 10 % a 15 % de capacidade de reserva) no dia mais quente do ano,
com carga máxima. Como estas condições são raras, alguns compressores serão desativados
sob condições de carga reduzida, que são as mais comuns;

b) no caso de avaria de um compressor, os restantes podem compensá-lo enquanto o compressor


defeituoso estiver sendo substituído. Um compressor defeituoso pode ser substituído sem
a parada dos outros compressores;

c) este tipo de sistema apresenta maior facilidade para o degelo por gás quente, a recuperação e
aproveitamento de calor rejeitado, a operação sob condição de pressão de condensação variável,
o sub-resfriamento mecânico e a aplicação de sistemas eletrônicos de controle de unidades
instalados em fábrica;

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d) é recomendável um trabalho especializado de montagem durante a instalação. Se ocorrer um


vazamento no sistema de refrigeração, haverá uma perda substancial de fluido frigorífico com
possível perda de produto armazenado. Para minimizar a perda de fluido frigorífico e permitir a
operação parcial do equipamento, recomenda-se a instalação de válvulas de serviço na linha de
líquido, sucção e de gás quente, de forma a permitir o isolamento do circuito defeituoso;

e) é recomendável o monitoramento dos parâmetros de operação do sistema, de forma a permitir


a ação de manutenção corretiva ou preventiva;

f) em sistemas centralizados com degelo por gás quente, cada circuito deve consumir no máximo
25 % a 30 % da carga de refrigeração total conectada;

g) em sistemas centralizados servindo predominantemente expositores do tipo fechado ou câmaras


frigoríficas, deve haver circuitos de degelo que consumam no máximo 20 % da carga total de
refrigeração;

NOTA As proporções apresentadas asseguram que um circuito em degelo tenha suficiente gás de
descarga à disposição, ao mesmo tempo em que se garante suficiente refrigeração nos demais circuitos.

h) os expositores e câmaras frigoríficas de mesma classe de temperatura devem ser conectados


ao mesmo rack de compressores. Se as temperaturas de evaporação diferirem em mais de
3 °C daquelas projetadas para o rack, normalmente utilizam-se válvulas reguladoras de pressão
de evaporação. Não é recomendável conectar um expositor com temperatura de evaporação de
– 12 °C a um rack de compressores operando a – 32 °C, pois isto causaria uma perda inaceitável
de eficiência.

4.4.4 Sistemas distribuídos


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Sistemas distribuídos são sistemas paralelos com compressores pequenos. Todas as vantagens
e desvantagens do sistema paralelo se aplicam ao sistema distribuído. Uma instalação típica apresenta
de 6 a 16 sistemas estrategicamente localizados em torno da loja, próximos à carga a eles conectada.

As razões principais para a escolha de sistemas distribuídos são: o reduzido custo de instalação
devido ao tamanho menor das linhas, tubulações mais curtas, carga de fluido frigorífico reduzido
e operação independente.

4.5 Unidades condensadoras

O dimensionamento das unidades condensadoras para sistemas de refrigeração deve ser baseado
nos itens a seguir:

a) informações do fabricante com relação à capacidade de refrigeração em função de: faixa


de temperatura de evaporação, forma de rejeição de calor (ar ou água), faixa de temperatura
de condensação e ciclo de degelo entre outros;

b) no cálculo da carga térmica, considerando fatores como: produto, iluminação, equipamentos,


infiltração de ar, transmissão de calor através das paredes e ciclo de degelo;

c) no ciclo de degelo do tipo natural (temperatura da câmara acima de 0 °C), ou do tipo forçado por
gás quente ou resistência elétrica considerando o tempo útil de funcionamento para refrigeração
da unidade condensadora, por exemplo: em 24 h de um dia, o sistema pode operar 21 h para
refrigeração e 3 h para degelo. O tempo necessário para o ciclo de degelo será definido a partir
do projeto, e ajustado pelo controle em função da utilização.

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4.5.1 Seleção do meio de condensação

São três os tipos de condensadores de uso comum: resfriados a ar, a água e evaporativos.

Devem ser executadas a manutenção preventiva e a limpeza periódica dos citados equipamentos. Tais
procedimentos permitirão o consumo de energia adequado e o aumento da vida útil do equipamento.

As condições climáticas do ar externo são encontradas na ABNT NBR 16401.

4.5.2 Condensadores resfriados a ar

Condensadores resfriados a ar devem obedecer ao estipulado na ABNT NBR 15627.

Devem ser selecionados em termos de diferença entre a temperatura saturada de condensação e


a temperatura de bulbo seco do ar que entra no condensador, o qual varia entre 10 °C a 15 °C,
dependendo da aplicação e das recomendações do fabricante.

A temperatura de condensação de projeto varia em função também das condições climáticas externas.
Os condensadores resfriados a ar são os que apresentam menores custos, inicial e de manutenção,
envolvendo maiores custos de energia em virtude de temperaturas de condensação mais elevadas.

4.5.3 Condensadores resfriados a água

Condensadores resfriados a água permitem a operação às temperaturas de condensação inferiores


àquelas dos resfriados a ar, exceto no caso de aplicações especiais, o que resulta em menor consumo
de energia. Sistemas com condensadores a água exigem o tratamento químico da água e limpeza
periódica do condensador.

Combinados a torres de resfriamento, o diferencial de temperatura (ou de aproximação) é baseado


na temperatura de bulbo úmido do ar externo.
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Deve-se observar que, em climas com grandes variações diárias da temperatura de bulbo seco, o
consumo de energia dos sistemas com condensadores resfriados a ar, a água ou evaporativos são
semelhantes.

4.5.4 Condensadores evaporativos

Os condensadores evaporativos permitem uma operação em temperatura de condensação mais


baixa, proporcionando menor consumo de energia.

Sistemas resfriados a água e evaporativos exigem um programa de tratamento da água para proteger
o equipamento da formação de incrustações e corrosão e controle do crescimento de matéria viva
(algas e fungos). Um profissional em tratamento químico da água deve ser consultado para estabelecer
e acompanhar um programa adequado às condições locais e compatíveis com os materiais utilizados
no equipamento.

4.5.5 Controle operacional do sistema de condensação

Os condensadores exigem procedimentos e/ou controle de capacidade para manter um valor adequado
na pressão de condensação para operação do sistema.

Diversos métodos podem ser utilizados para controlar a capacidade do condensador, como:

a) variação de rotação nos motores dos ventiladores ou bombas de água;

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b) válvulas de controle no circuito frigorífico;

c) condensador fracionado.

Em sistemas resfriados a água, uma válvula de controle de vazão deve ser instalada na tubulação
de saída, a fim de permitir a manutenção da pressão de condensação em níveis adequados.
Condensadores evaporativos oferecem um nível adicional de controle de capacidade, uma vez que
podem ser operados sem o sistema de distribuição de água em cargas reduzidas, operando como
condensadores a ar.

4.6 Degelo

Degelos periódicos são necessários para a remoção de neve ou gelo, pois sua acumulação nas
serpentinas afeta o desempenho térmico.

4.6.1 Procedimentos de degelo

Os métodos de degelo utilizados na refrigeração são:

a) degelo natural: para temperaturas acima de 0 °C, deve ser mantido o funcionamento do ventilador
para a circulação do ar, e deve ser interrompida a circulação do fluido frigorífico;

b) degelo forçado: pode ser feito por aspersão de solução aquosa aquecida, resistência elétrica
ou por gás quente:

— em expositores e câmaras de resfriados com temperaturas acima de 0 °C, o degelo normalmente


é feito com os ventiladores ligados, mesmo que apenas durante parte do ciclo (tempo) de degelo;

— em expositores e câmaras de resfriados com temperaturas abaixo de 0 °C e de congelados,


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o ventilador deve ser desligado;

c) geralmente o degelo é acionado por tempo, podendo também ser acionado por demanda, por
exemplo, por meio de um sensor de temperatura entre as aletas do evaporador;

d) a bandeja de coleta de água e a tubulação de drenagem devem ser aquecidas para a remoção
do gelo acumulado e permitir a drenagem.

4.6.1.1 Degelo natural

Utiliza a temperatura do ar acima de 0 °C para derreter o gelo acumulado, para isto, deve ser mantido
o funcionamento do ventilador para a circulação do ar, e interrompida a circulação do fluido frigorífico
pela parada do compressor ou pelo bloqueio da linha de líquido por meio da válvula solenoide.

4.6.1.2 Degelo elétrico

Uma ou mais resistências elétricas são utilizadas para aquecer a serpentina, a bandeja e a tubulação
de drenagem de água.

4.6.1.3 Degelo por gás quente

O fluido frigorífico no estado de vapor saturado ou superaquecido da descarga do compressor é des-


viado para o evaporador, onde aquece a serpentina, a bandeja e a tubulação de drenagem de água
promovendo o degelo. O fluido frigorífico no estado líquido deve ser enviado à linha de líquido.

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4.6.1.4 Aspersão de solução aquosa aquecida

Por meio da aspersão de solução sobre a serpentina e a bandeja de drenagem de água, é recomendável
o uso de resistência elétrica para manter o dreno desobstruído.

4.6.2 Controle do degelo

4.6.2.1 Acionamento do degelo

Existem as seguintes opções para início do degelo:

a) por tempo entre degelos, por meio do uso de um temporizador;

b) por demanda, por meio de parâmetro operacional; neste caso, o início do degelo se dá em resposta
a uma das seguintes condições:

— pressão ou temperatura de sucção;

— temperatura entre as aletas do evaporador.

4.6.2.2 Período de degelo

Existem as seguintes opções para concluir o período de degelo:

a) por tempo predeterminado;

b) por demanda, por meio de confirmação do parâmetro operacional previamente definido, como:

— pressão ou temperatura de sucção;


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— temperatura entre as aletas do evaporador.

NOTA Os sistemas que utilizam a pressão ou a temperatura para concluir o período de degelo tendem
a preservar a integridade do produto e a consumir menos energia. Estas condições têm a vantagem de
compensar variações de carga térmica e das condições do ambiente ao longo do ano, permitindo reduzir o
número de períodos de degelo e o consumo de energia em comparação ao método que utiliza o temporizador.

4.6.3 Aplicações do degelo

Refrigeradores e câmaras de frutas, verduras e de laticínios com temperatura acima de 0 °C geral-


mente utilizam degelo natural.

Refrigeradores para congelados e sorvetes devem adotar o degelo forçado.

NOTA A limpeza dos trocadores de calor e o degelo melhoram o desempenho e reduzem o consumo
de energia.

4.7 Casa de máquinas

4.7.1 Arranjo físico

Casas de máquinas devem ser projetadas levando em consideração o tamanho, a localização e a


ventilação. Os comprimentos da tubulação de ligação com refrigeradores e condensadores remotos
resfriados a ar devem ser minimizados, o mesmo ocorrendo com o ruído dentro e fora da loja. Acesso
adequado para manutenção deve ser previsto, e a entrada de pessoal não autorizado deve ser evitada.

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4.7.2 Ventilação e detecção de vazamentos

As casas de máquinas devem possuir um sistema de ventilação mecânica para remoção, se necessário,
do calor dissipado pelos equipamentos, além da diluição e exaustão do fluido frigorífico, caso haja
vazamentos, conforme as normas e legislações vigentes.

Para calcular a vazão de ar de ventilação para diluição e exaustão de vazamentos de fluidos frigoríficos,
recomenda-se consultar a ABNT NBR 16069.

4.7.3 Tubulação

O projeto e instalação da tubulação devem obedecer às normas e legislações vigentes.

5 Condicionamento de ar
O projeto de condicionamento de ar deve obedecer as ABNT NBR 16401-1, ABNT NBR 16401-2
e ABNT NBR 16401-3.

5.1 Condições internas de projeto

As condições internas de projeto devem corresponder aos valores apresentados na


ABNT NBR 16401-2.

5.2 Cálculo da carga térmica

Nos cálculos das cargas de resfriamento e aquecimento, devem ser considerados os valores constan-
tes na ABNT NBR 16401-1, com os seguintes acréscimos:
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a) calor sensível e latente dos expositores;

b) cargas resultantes de equipamentos de cocção;

c) iluminação especial das áreas de venda: vitrines e expositores;

d) ocupação;

e) qualquer característica particular do supermercado que possa afetar o sistema de condiciona-


mento de ar;

f) renovação de ar.

5.3 Projeto dos dutos de ar

5.3.1 Dimensionamento

Os dutos devem ser dimensionados de forma que as velocidades do ar no duto principal de insuflação
não ultrapassem 10 m/s e as dos ramais secundários, 7,5 m/s. Os dutos de retorno devem ser
dimensionados com base em uma velocidade máxima de 6 m/s.

O projeto dos dutos de distribuição e de exaustão de ar deve ser feito conforme a ABNT NBR 16401-1.

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5.3.2 Distribuição de ar

A distribuição e a insuflação de ar por meio de grelhas e difusores devem ser feitas em conformidade
com o cálculo da carga térmica interna e a renovação de ar necessária. Atenção especial deve ser dada
a parte frontal da loja devido à infiltração de ar pelas portas de entrada, concentração de pessoas na
área dos caixas e a outras regiões como eventos, áreas dissipadoras de calor e sistemas de admissão
e renovação de ar.

As grelhas de retorno devem estar localizadas de forma a evitar o curto-circuito de ar e garantir uma
adequada exaustão. Em casos onde expositores de múltiplas prateleiras são dispostos em oposição
um ao outro ao longo de um corredor, o ar de retorno deve ser tomado de forma a evitar a formação
de uma região fria no corredor.

Venezianas, registros e filtros de ar externo devem ser dimensionados para velocidades máximas de
2,5 m/s. A distribuição e a temperatura do ar em expositores abertos são prejudicadas pela exposição
às correntes de ar superiores a 0,2 m/s.

5.4 Seleção do equipamento

O sistema de tratamento de ar inclui serpentinas de resfriamento e de aquecimento, tomada de


ar exterior, caixa de mistura e filtros. As serpentinas de resfriamento devem ser de acordo com
a ABNT NBR 16401-3. A classe dos filtros deve estar de acordo com a ABNT NBR 16101.

Outros componentes do sistema de condicionamento de ar devem estar de acordo com a


ABNT NBR 16401-1.

5.5 Consumo de energia


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Recomenda-se que o projeto de um sistema de refrigeração e/ou aquecimento considere a possibi-


lidade de aproveitar o calor rejeitado e o frio absorvido. Desta forma, recomenda-se o uso de equi-
pamentos dedicados à função de refrigeração ou de aquecimento. No caso de refrigeração, parte
do calor rejeitado pode ser aproveitado. No caso de aquecimento, parte do frio absorvido pode ser
utilizado pelo sistema de refrigeração.

Recomenda-se que o projetista escolha o sistema de controle simultâneo de temperatura e umidade


de forma a minimizar o consumo de energia. Um sensor de vazão ou de pressão estática deve ser
instalado no duto principal de ar, a fim de desativar as serpentinas de aquecimento e resfriamento
quando o motor do ventilador estiver desligado.

5.6 Recuperação de calor

A recuperação de calor deve ser considerada em todas as unidades que rejeitem mais de 9 kW.
É possível obter aquecimento, seja da água, seja do ar aquecido, acima de 30 °C.

A recuperação de calor de sistemas frigoríficos deve ser obtida por meio de um trocador de calor, em
série, entre o compressor e o condensador, denominado trocador de recuperação de calor.

Válvula de três vias na linha de descarga, permitindo a instalação do recuperador de calor em paralelo
com o condensador, pode ser usada em casos excepcionais, devido à instabilidade de operação
do sistema e migração da carga do fluido frigorífico.

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6 Métodos de conservação de energia


6.1 Generalidades

Sistemas frigoríficos são bastante complexos. A maioria das informações está contida nos manuais
de instalação e manutenção de vários dos fabricantes, os quais indicam o meio mais eficiente de uso
do equipamento ou modelo. Tais recomendações devem ser seguidas na medida do possível, sendo
os desvios dependentes da aplicação e da área geográfica na qual o equipamento será instalado.

6.2 Expositores

6.2.1 As temperaturas dos expositores devem ser ajustadas de acordo com Tabela 1.

Não ultrapassar a capacidade máxima de armazenamento do expositor. No caso dos expositores


horizontais, manter os produtos abaixo da linha indicativa máxima de armazenamento.

Expositores sobrecarregados reduzem a qualidade do produto e aumentam o consumo de energia,


em virtude de:

a) aumento da mistura de ar da loja com o do expositor, aumentando, com isso, a carga no compressor;

b) aumento do tempo de operação do compressor;

c) aumento da temperatura do expositor;

d) aumento da perda de ar frio do expositor;

e) diminuição da temperatura do corredor;


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f) aumento das necessidades de degelo, o que exige energia adicional para remover a neve das
serpentinas.

6.2.2 Para o bom aproveitamento dos expositores, recomenda-se:

a) ordenar a disposição do produto, a fim de evitar um aumento da carga de refrigeração;

b) não empilhar produtos sobre a abertura de retorno de ar do expositor, para evitar a dissipação de
ar frio pelo corredor;

c) utilizar níveis adequados de luz nos expositores;

d) o uso de cobertura noturna, conforme recomendado pelo fabricante, pode reduzir o consumo de
energia;

e) alta concentração de expositores em uma única área da loja pode dificultar o conforto térmico nos
corredores;

f) os expositores devem ser adequados ao tipo de aplicação e ao espaço disponível, levando em


consideração o volume de vendas e o consumo de energia;

g) considerar a possibilidade de substituir o expositor obsoleto;

h) utilizar iluminação com baixo consumo de energia e produção de calor;

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i) não utilizar lâmpadas incandescentes em expositores, pois estas exigem que o refrigerador opere
por períodos mais longos para manter a temperatura dos produtos;

j) considerar a possibilidade de utilização de lâmpadas fluorescentes ou led.

6.3 Unidades condensadoras


Selecionar a unidade condensadora resfriada a ar de forma a manter a pressão de condensação em
níveis suficientemente baixos durante o verão.

Selecionar a unidade condensadora a ar com aproximação no condensador de temperatura


de condensação menos a temperatura de entrada de ar de condensação entre 13 °C e 18 °C.

Selecionar a unidade condensadora a água com aproximação no condensador de temperatura


de condensação menos a temperatura de entrada da água entre 5 °C e 8 °C.

Evitar localizar unidades em áreas confinadas ou onde a admissão de ar possa ser afetada por outras
unidades ou por ar com particulados (cinza ou poeira) em geral, o que pode determinar pressões de
condensação elevadas. Observar que, para cada 5,5 °C de aumento na temperatura de condensação,
a unidade perde entre 6 % e 10 % de capacidade.

Ajustar os controles para manter a pressão de condensação adequada, sem que ocorram paradas
frequentes e compatíveis com o dispositivo de expansão, de forma a afetar a serpentina de resfriamento.

Tal controle implica nas seguintes ações:

a) uso de válvulas reguladoras da pressão de condensação ajustadas para a menor pressão possível;

b) uso de controle da rotação do ventilador a fim de reduzir a vazão de ar pelo condensador (cuidado,
alguns motores de ventiladores não são projetados para operar a velocidades reduzidas). Lembrar
que:
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— motores monofásicos de capacitor permanente e motores trifásicos devem usar variadores


de frequência;

— motores monofásicos de polos sombreados podem usar sistemas de redução da tensão eficaz
(dimmer);

c) controles tipo liga-desliga do ventilador, ajustados para um diferencial compatível com a menor
temperatura de condensação (desliga) e a temperatura nominal de operação (liga). Nos casos em
que mais de um ventilador é usado, considerar a possibilidade de incluir um ou mais ventiladores
no controle, que devem ser separados em termos de fluxo de ar, para evitar que o ventilador
desligado gire ao contrário;

d) evitar superdimensionar os compressores. Consultar o catálogo técnico do fabricante para deter-


minar as condições operacionais que proporcionam maior economia;

e) considerar a vantagem de usar sistemas frigoríficos multiplex ou em paralelo. Em sistemas com


dois compressores, é possível desativar um deles ou reduzir o tempo de operação em até 50 %;

f) evitar misturar expositores com temperaturas de evaporação diferentes. Por exemplo, quando
expositores de sorvete operam no mesmo sistema que expositores de congelados, o consumo
de energia será superior, em virtude da operação do compressor a uma temperatura de evaporação
inferior, a fim de satisfazer as condições de temperatura do expositor de sorvetes. O mesmo
raciocínio se aplica aos expositores de frutas, verduras, de carnes, salas de preparação e outros
expositores. Considerar que a capacidade frigorífica do compressor em quilowatts de refrigeração
por quilowatt é menor a 2 °C do que a – 32 °C (ver 4.4.3).

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6.4 Tubulação de fluido frigorífico


Evitar subdimensionar tubulações de fluido frigorífico e seus acessórios, a fim de manter a perda de
carga em níveis adequados, pois valores elevados reduzem a capacidade do compressor e aumentam
o consumo de energia.

a) utilizar conexões de raios longos;

b) evitar o uso de controles de diâmetro subdimensionado na linha de sucção;

c) o dimensionamento das tubulações deve ser feito conforme recomendado pelos manuais técnicos
para o fluido frigorífico utilizado na instalação;

d) as linhas de baixa temperatura devem ser isoladas termicamente, com barreira de vapor, com
material e espessura adequados;

e) em hipótese alguma o isolamento deve ser deformado ou reduzido em sua espessura.

f) a fixação da tubulação sobre o suporte deve ser feita com material de resistência, isolamento
térmico e barreira de vapor, compatíveis com a instalação;

g) aplicar controles na linha de sucção com cuidado, a fim de evitar perda de carga excessiva e
consequente redução na capacidade do compressor.

6.5 Sistemas de degelo


Sempre que possível, utilizar o degelo natural, pois, neste caso, a redução do consumo de energia
é obtida em virtude dos seguintes fatores:

a) o compressor não opera;


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b) não é utilizada energia elétrica para o degelo.

NOTA Este procedimento só pode ser utilizado em sistemas em que o produto requer temperaturas
superiores a 0 °C.

É recomendado o acionamento do degelo por demanda e não por tempo, para compensar variações
ambientais ou de carga na loja ao longo de um período de tempo, permitindo, com isso, a redução
do número de períodos de degelo em comparação com os procedimentos iniciados por temporizador.

6.6 Métodos específicos de conservação de energia


6.6.1 Controle ambiente e operação noturna

O controle do ambiente interno em supermercados é uma necessidade em todas as instalações.

O projeto do sistema de condicionamento de ar do supermercado deve considerar as necessidades de


temperatura e umidade das diferentes áreas de venda do supermercado. Nas áreas dos expositores
dos resfriados e congelados, a principal preocupação é com a umidade do ar, que pode se transformar
em gelo ou neve entre as aletas.

Recomenda-se a condição de baixa umidade absoluta para as áreas em torno dos expositores,
conforme apresentado na Tabela 3. Em relação ao valor de conforto no ar-condicionado, permite uma
economia de energia elétrica superior a 10 % no funcionamento dos expositores, conforme referência
bibliográfica [3].

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Tabela 3 – Condições de condicionamento de ar


Ar-condicionado nas
Descrição Ar-condicionado
áreas de expositores
Classe de clima 8 0
TBS Temperatura bulbo seco, °C 24 20
Umidade relativa 55 % 50 %
Umidade absoluta, g/kg 10,2 7,3
Ponto de orvalho, °C 14,3 9,3
NOTA As condições do ar externo são obtidas na ABNT NBR 16401-1.

Para a conservação de energia e redução da demanda elétrica pelo sistema de condicionamento


de ar ambiente, recomenda-se os seguintes aspectos:

a) que o sistema de condicionamento de ar tenha controle da umidade ambiente;

b) a maior parcela de carga latente a ser removida pelo equipamento de ar-condicionado é do


ar externo. É recomendado que esta carga seja removida antes de penetrar no ambiente. Em
sistemas de condicionamento de ar que operem somente com a serpentina de refrigeração e
controle por temperatura de bulbo seco, não é possível controlar a umidade relativa interna de
forma satisfatória;

c) a melhor forma de controlar o calor sensível interno e o calor latente do ar externo, bem como
o calor latente interno, é projetando o equipamento com dois sistemas de condicionamento.
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Um sistema controla a temperatura do ponto de orvalho do ar externo a ser insuflado,


monitorando a umidade interna. O outro sistema controla a temperatura de bulbo seco do ar
interno. Recomenda-se que seja usado um sistema dedicado de tratamento de ar externo:
filtragem, refrigeração e desumidificação, controlando o ponto de orvalho de saída por meio da
leitura da umidade relativa interna. O equipamento do ar-condicionado do ambiente irá operar
por meio da temperatura de bulbo seco;

d) que o sistema de controle seja elaborado com uma lógica simples e de variáveis de psicrometria
independentes entre si. Não é recomendável controlar a temperatura e a umidade interna por
meio da temperatura de bulbo seco e da umidade relativa, pois a umidade relativa depende
da temperatura de bulbo seco. O sistema de controle pode ler a temperatura de bulbo seco e
a umidade relativa com esses dois valores por meio de um cálculo de psicrometria, ele irá obter
o valor da umidade absoluta, este sim, independente da temperatura de bulbo seco;

6.6.2 Prevenção de condensação sobre superfícies frias

O uso de isolamento térmico e resistência de aquecimento em expositores frigoríficos deve


ser dimensionado para que não haja condensação nas condições de ensaio listadas nas
ABNT NBR ISO 23953-1 e ABNT NBR ISO 23953-2.

Como os custos de energia elétrica são elevados, é necessário um controle de ligar e desligar os
aquecedores elétricos, por meio da leitura da umidade relativa do ambiente, que assegure que haja
condensação.

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6.6.3 Limitação de demanda

Limita os valores máximos de demanda elétrica, evitando que a operação exceda a demanda contra-
tada. Pode não ser possível limitar a demanda em todas as situações.

A seguir, tem-se uma relação de cargas elétricas que podem, potencialmente, ser desligadas visando
à limitação da demanda:

a) ar-condicionado:

— compressor para resfriamento;

— aquecedores elétricos de dutos;

— aquecedores elétricos em geral;

b) refrigeração:

— não é recomendável;

c) padaria:

— elementos de aquecimento elétrico em fornos;

d) diversos:

— aquecedores elétricos de água;

— ventiladores de exaustão de mais de 1 kW;

— grupos de iluminação, não críticos.

6.6.4 Ciclos de operação


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São utilizados no controle do consumo de energia elétrica pela desativação de uma carga elétrica.
O equipamento que opere de acordo com os procedimentos dos ciclos de operação proporciona
a maior economia de energia sem afetar, de forma sensível, a operação da loja.

O procedimento dos ciclos de operação pode proporcionar três funções:

a) economia de energia pela interrupção da operação de um equipamento;

b) gerenciar a demanda elétrica;

c) gerenciar o tempo de operação dos equipamentos durante períodos de carga reduzida.

6.6.5 Rede de distribuição elétrica

A rede de distribuição elétrica deve ser segmentada de forma a permitir o gerenciamento das cargas
de cada setor. A segmentação das redes elétricas deve considerar as necessidades do departamento.

6.6.6 Água quente

O aquecimento da água pode utilizar o calor rejeitado das unidades condensadoras. É possível
satisfazer a maior parte das necessidades de água quente por meio da troca de calor com o gás de
descarga de uma unidade condensadora típica.

Além disso, é importante verificar as faixas de temperatura da água na recuperação de calor.

Para temperaturas da água acima de 40 °C, a recuperação de calor é uma opção a ser avaliada.

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7 Planejamento instalação e construção


7.1 Canaletas

A disposição das canaletas para a tubulação de refrigeração deve ser feita de forma similar às da
elétrica, hidráulica e drenagem, de forma a permitir acesso para inspeção, manutenção e limpeza.
É recomendável que as linhas de refrigeração sejam as mais curtas e diretas possíveis, com um
número mínimo de conexões, com isolamento adequado, de forma a impedir condensação de vapor
de água ou a formação de gelo, o que requer um planejamento detalhado.

7.2 Sistema hidráulico

Os drenos dos expositores são direcionados para uma bandeja aquecida para coleta e evaporação
da água. Estas bandejas devem ser inspecionadas e higienizadas periodicamente. Devem ser
instalados pontos de drenagem próximos aos expositores, de forma a recolher a água proveniente
de limpeza e higienização.

7.3 Sistema elétrico

O projeto e as instalações elétricas devem obedecer às normas e legislações vigentes, com especial
atenção ao aterramento dos expositores e demais equipamentos elétricos.

7.4 Refrigeração

O projeto dos componentes de refrigeração e das tubulações de interligação deve prever os itens
de segurança, desempenho e acesso de manutenção, previstos nas instruções do fabricante e normas
e documentos legais vigentes.
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7.5 Teste, ajuste e balanceamento

É fundamental, para assegurar o desempenho e a confiabilidade de uma instalação, que esta seja
analisada e certificada, por meio de testes, ajustes e balanceamento.

7.6 Comissionamento

O processo de comissionamento acompanha todas as etapas de projeto, instalação, testes, ajustes,


balanceamento e operação, assegurando ao proprietário o atendimento de suas especificações.

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Bibliografia

[1] Portaria 2619/11 – SMS – Publicada em DOC 06/12/2011, página 23

[2] Practical Guide Refrigeration (Ashrae – Journal)

[3] Sweetser, Richard. Supermarket Relative Humidity & Display – Case Performance HPAC Heating/
Piping/ Air Conditioning Engineering (Artigo) (Fev.2000)
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