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CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.

790/0001-95

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 15834

Segunda edição
05.05.2020

Equipamento de proteção individual contra


queda de altura — Talabarte de segurança para
retenção de queda
Personal protective equipment against falls from a height — Safety lanyards
for fall arrest
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

ICS 13.340 ISBN 978-65-5659-110-0

Número de referência
ABNT NBR 15834:2020
12 páginas

© ABNT 2020
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Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................iv
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Requisitos............................................................................................................................3
4.1 Projeto e ergonomia............................................................................................................3
4.2 Materiais e construção.......................................................................................................4
4.2.1 Generalidades......................................................................................................................4
4.2.2 Cordas de fibra, fitas e fios de costura.............................................................................5
4.2.3 Cabos metálicos..................................................................................................................5
4.2.4 Correntes.............................................................................................................................5
4.2.5 Conectores...........................................................................................................................5
4.3 Pré-carga estática...............................................................................................................5
4.4 Resistência estática............................................................................................................5
4.5 Resistência dinâmica..........................................................................................................6
4.6 Resistência à corrosão por exposição à névoa salina....................................................6
5 Métodos de ensaio..............................................................................................................6
5.1 Ensaio de pré-carga estática..............................................................................................6
5.1.1 Máquina................................................................................................................................6
5.2 Ensaio de resistência estática...........................................................................................6
5.2.1 Máquina................................................................................................................................6
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5.2.2 Procedimento......................................................................................................................6
5.3 Ensaio de resistência dinâmica.........................................................................................7
5.3.1 Estrutura de ancoragem.....................................................................................................7
5.3.2 Procedimento......................................................................................................................9
5.4 Ensaio de resistência à corrosão por exposição à névoa salina.................................10
6 Marcação............................................................................................................................10
7 Manual de instruções........................................................................................................ 11
8 Embalagem........................................................................................................................12

Figuras
Figura 1 – Tipos de talabarte de segurança para retenção de queda.............................................3
Figura 2 – Procedimento de medição L1 de talabartes com laço....................................................4
Figura 3 – Características de resposta de frequência para os instrumentos de medição de
força......................................................................................................................................8
Figura 4 – Massa rígida de aço...........................................................................................................9
Figura 5 – Ensaio de comportamento dinâmico.............................................................................10
Figura 6 – Pictograma para indicação de leitura do manual de instruções................................. 11
Figura 7 – Pictograma da zona livre de queda................................................................................ 11

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as
datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 15834 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Equipamentos de Proteção Individual
(ABNT/CB-032), pela Comissão de Estudo de Cinturão de Segurança (CE-032:004.003). O Projeto de
Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 11, de 18.11.2019 a 16.01.2020.

A ABNT NBR 15834 é baseada na EN 354:2002.


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A ABNT NBR 15834:2020 cancela e substitui a ABNT NBR 15834:2010 Versão corrigida:2011, a qual
foi tecnicamente revisada.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 15834 é o seguinte:

Scope
This Document specifies the requirements, teting methods, markings, instruction manual and packing
for fixed and adjustable length safety lanyards for fall arrest. The safety lanyards for fall arrest according
this standard will be used as connectign components in fall arresting systems.

NOTE the fall arrest lanyards models can be for example, single or twins and fix or adjutables lenght.

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Equipamento de proteção individual contra queda de altura — Talabarte


de segurança para retenção de queda

1 Escopo
Esta Norma especifica os requisitos e métodos de ensaios para marcação, manual de instruções
e embalagem de talabartes de segurança para retenção de queda. Os talabartes atendidos por esta
Norma serão utilizados como componentes de união em sistema de retenção de queda.

NOTA os modelos de talabarte podem ser por exemplo, simples ou duplos e fixos ou reguláveis.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 8094, Material metálico revestido e não revestido – Corrosão por exposição à névoa salina

ABNT NBR 14629, Equipamento de proteção individual contra queda de altura – Absorvedor de energia

ABNT NBR 15837, Equipamento de proteção individual contra queda de altura – Conectores

ABNT NBR ISO 2408, Cabos de aço para uso geral – Requisitos mínimos
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ABNT NBR NM ISO 7500-1, Materiais metálicos – Calibração e verificação de máquinas de ensaio
estático uniaxial – Parte 1: Máquinas de ensaio de tração/compressão – Calibração e verificação do
sistema de medição da força

EN 818-2, Short link chain for lifting purposes – Safety – Part 2: Medium tolerance chain for chain
slings – Grade 8

3 Termos e definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
absorvedor de energia
componente ou elemento de um sistema de proteção contra queda, projetado para dissipar a energia
cinética desenvolvida durante uma queda de uma determinada altura

3.2
comprimento do talabarte de segurança para retenção de queda
comprimento total, L1, em metros, compreendido entre os dois pontos opostos do talabarte de segu-
rança para retenção de queda que suportam a carga, medido em condições de extensão a partir da
zona de contato das duas extremidades, porém sem carga [ver Figura 1 c)]

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3.3
conector
dispositivo de ligação entre componentes, que se abre e permite que o usuário monte um sistema de
proteção contra quedas e una-se direta ou indiretamente a um ponto de ancoragem

3.4
dispositivo de regulagem
elemento de um talabarte de segurança para retenção de queda previsto para tornar variável o seu
comprimento

3.5
sistema de proteção contra queda
condição que utiliza um conjunto de componentes interdependentes, destinados à proteção do usuá-
rio em caso de queda

NOTA Os cinturões de segurança e os talabartes de segurança para retenção de queda de proteção


contra queda são exemplos de componentes de sistemas

3.6
talabarte de segurança para retenção de queda
componente de conexão de um sistema de proteção contra quedas

NOTA O talabarte de segurança para retenção de queda pode ser constituído de uma corda de fibras
sintéticas, um cabo metálico, uma fita ou uma corrente.

3.7
talabarte de segurança para retenção de queda simples
talabarte de segurança para retenção de queda com um lance de material e dois terminais, um em
cada extremidade [ver Figura 1 item a)].
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3.8
talabarte de segurança para retenção de queda duplo
talabarte de segurança para retenção de queda com dois lances de material, tendo um terminal em
comum e um em cada lance [ver Figura 1 item c)]

3.9
talabarte de segurança para retenção de queda regulável
talabarte de segurança para retenção de queda, com um dispositivo de regulagem, não podendo este
dispositivo ser usado como um terminal [ver Figura 1 b)]

3.10
terminal do talabarte de segurança para retenção de queda
extremo de um talabarte de segurança para retenção de queda pronto para sua utilização

NOTA Um terminal pode, por exemplo, ser um conector, um laço encastoado, um laço costurado ou, para
cabo de aço, um laço confeccionado com um prensa cabo.

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a) Talabarte de segurança para retenção de queda simples

b) Talabarte de segurança para retenção de queda regulável


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c) Talabarte de segurança para retenção de queda duplo


NOTA Podem existir outras configurações dentro dos tipos de talabarte, além dos mostrados nesta Figura.

Figura 1 – Tipos de talabarte de segurança para retenção de queda

4 Requisitos
4.1 Projeto e ergonomia

O talabarte de segurança para retenção de queda deve ser projetado e fabricado de forma tal que:

—— nas condições de utilização previsíveis para as quais se destina, o usuário possa desenvolver
normalmente a atividade que lhe expõe a riscos, dispondo de uma proteção adequada de um
nível tão elevado quanto possível;

—— nas condições normais de utilização, não gere fatores de incômodo, desde que o equipamento
adquirido seja adequado ao tipo de trabalho previsto;

—— o usuário possa colocar-se o mais facilmente possível na posição adequada e manter-se nela
durante o tempo de utilização previsto, considerando os fatores ambientais, movimentos a rea-
lizar e posturas a adotar. Para isso, deve ser possível otimizar a adaptação de um talabarte de

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segurança para retenção de queda à morfologia do usuário, mediante qualquer meio adequado,
como elementos de ajuste ou uma variedade suficiente de tamanhos;

—— seja o mais leve possível, sem prejuízo da solidez de sua construção nem de sua eficácia;

—— depois de ter se ajustado e nas condições de utilização previstas, não possa desajustar-se, inde-
pendentemente da vontade do usuário, quando de sua utilização adequada;

—— depois da detenção, assegure uma posição correta do usuário em que ele pode, dadas as cir-
cunstâncias, esperar ajuda.

4.2 Materiais e construção

4.2.1 Generalidades

Os dois extremos de um talabarte de segurança para retenção de queda devem possuir terminações
adequadas a esta Norma. Quando o talabarte tiver terminações em laços de cordas e fitas, o compri-
mento mínimo da junção deve ser de 100 mm, e esta união costurada ou qualquer outro método deve
impedir o laço de abrir durante a sua utilização.

O comprimento L1 de um talabarte de segurança para retenção de queda simples, duplo ou regulável


com seus terminais não pode exceder 2 m em sua totalidade, medido a partir dos pontos de contato
dos terminais (ver Figura 1).

Para medição de talabartes que tenham os seus terminais compostos por laços, para obtenção de L1,
estes terminais devem ser laçados em um perfil de aço redondo maciço, com 10 mm de diâmetro. A
partir da laçada pronta e esticando manualmente o talabarte até onde for possível, mede-se levando
em consideração a zona de contato interior do perfil (ver Figura 2).
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Figura 2 – Procedimento de medição L1 de talabartes com laço

Todos os talabartes que forem utilizados em um sistema de retenção de queda devem possuir sistema
de absorvedor de energia de acordo com esta Norma e com a ABNT NBR 14629.

Um talabarte de segurança para retenção de queda pode possuir em suas extremidades várias confi-
gurações de tipos de conectores. Porém, deve ser utilizada como amostra para ensaio a versão com
o conector de maior tamanho longitudinal.

O comprimento máximo indicado pelo fabricante deve ser o comprimento ensaiado. O ensaio em seu
comprimento máximo permite a fabricação de talabartes em comprimentos menores do mesmo
modelo, sem a necessidade de novos ensaios.

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A obtenção da medida L1 deve ser feita com o absorvedor de energia intacto.

Os talabartes fabricados com fitas elásticas devem ser esticados para a obtenção de L1.

Os extremos da parte regulável do talabarte de segurança para retenção de queda devem estar dota-
dos de um batente final.

4.2.2 Cordas de fibra, fitas e fios de costura

As cordas de fibra, fitas e fios de costura dos talabartes de segurança para retenção de queda devem
ser fabricados de fibras sintéticas virgens mono ou multifilamento, adequadas para o uso previsto.

A resistência à ruptura das fibras sintéticas deve ser pelo menos de 0,6 N/tex.

Não pode ser utilizado polipropileno como matéria-prima.

4.2.3 Cabos metálicos

Os cabos metálicos para os talabartes de segurança para retenção de queda devem ser de aço e devem
estar de acordo com a ABNT NBR ISO 2408.

Os terminais do talabarte de segurança para retenção de queda devem possuir sapatilhas embutidas.

4.2.4 Correntes

As correntes devem cumprir, como mínimo, os requisitos referentes às correntes de elo de 6 mm,
estabelecidos na EN 818-2. Os elos finais, com forma oval ou similar, assim como todos os elos de
conexão, devem ser compatíveis com a corrente em todos os aspectos.
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Após a sua fabricação, submeter os talabartes de segurança para retenção de queda de correntes ao
ensaio, conforme os níveis descritos na EN 818-2.

4.2.5 Conectores

Os conectores para os talabartes de segurança para retenção de queda devem atender aos requisitos
da ABNT NBR 15837.

4.3 Pré-carga estática

Quando ensaiado conforme 5.1 o talabarte de segurança para retenção de queda, incluindo seu absor-
vedor de energia deve resistir, durante 3 min, a uma força de 2 kN (– 0 + 0,2), aplicada em seus termi-
nais, sem se rasgar ou romper. Deformação permanente máxima de 50 mm é permitida.

4.4 Resistência estática

Os talabartes de segurança para retenção de queda e seu dispositivo de regulagem, quando forem
submetidos ao ensaio, conforme descrito em 5.2, devem resistir, no mínimo, a uma força de 15 kN,
sem separação, sem rasgamento, nem ruptura de qualquer de suas partes (exceto o absorvedor).

Para os talabartes com dispositivo de regulagem, deve ser verificado o escorregamento do regulador,
que não pode exceder 50 mm.

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4.5 Resistência dinâmica

Ao submeter os talabartes de segurança para retenção de queda ao ensaio descrito em 5.3.2, a força
de frenagem (Fmáx) não pode exceder 6 kN. A distância de parada H deve ser H < (2 L1 + 1,75 m),
sendo L1 o comprimento total do absorvedor de energia intacto, incluindo o talabarte.

Os talabartes de segurança para retenção de queda não podem sofrer qualquer ruptura e devem reter
a massa de ensaio.

Para os talabartes com dispositivo de regulagem, deve ser realizado o ensaio no maior comprimento.

4.6 Resistência à corrosão por exposição à névoa salina

Quando ensaiado conforme 5.4, todos os acessórios metálicos do talabarte de segurança para reten-
ção de queda devem estar isentos de corrosão vermelha, visível a olho nu, ou outra evidência de
corrosão do metal básico.

A presença de crosta branca após o ensaio é aceitável.

5 Métodos de ensaio
5.1 Ensaio de pré-carga estática

5.1.1 Máquina

5.1.1.1 Requisitos de calibração

Os requisitos de calibração da máquina de ensaio devem estar de acordo com a


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ABNT NBR NM ISO 7500-1.

5.1.1.2 Requisitos para a velocidade de aplicação da força

Para materiais metálicos ou têxteis a velocidade de separação dos cabeçotes da máquina de ensaio
estático deve situar-se em (100 ± 10) mm/min e estar de acordo com a ABNT NBR NM ISO 7500-1.

5.1.1.3 Procedimento

Conhecendo a medida de L1, do talabarte de seguranção para retenção de queda, colocá-lo na


máquina de ensaio e submetê-lo a força de ensaio de pré-carga estática especificada entre suas duas
extremidades. Manter a força durante 3 min. Retirar o talabarte de segurança para retenção de queda
da máquina de ensaio e refazer a medição de L1, observar se é produzida uma extensão permanente.

5.2 Ensaio de resistência estática

5.2.1 Máquina

A máquina de ensaio para resistência estática deve seguir os requisitos de 5.1.1

5.2.2 Procedimento

Instalar o talabarte de segurança para retenção de queda na máquina de ensaio e submetê-lo a uma
força de tração até que sua parte ativa se estenda completamente. Elevar a força até o valor espe-

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cificado em 4.4 entre seus dois terminais. Manter a força durante (180 ± 3) s e verificar se não há
rompimento no talabarte de segurança para retenção de queda.

Quando o talabarte de segurança para retenção de queda for duplo, ele deve ser instalado na máquina
utilizando apenas dois terminais, sendo um deles o utilizado para conexão ao cinturão de segurança.
Não proceder a novo ensaio com a extremidade restante.

Quando da realização de ensaios em talabartes de segurança para retenção de queda reguláveis,


estes devem ser ajustados em 60 % do comprimento da regulagem.

Quando o talabarte de segurança para retenção de queda não possuir conector, deve ser incluído um
conector de resistência maior que 22 kN para executar este ensaio.

5.3 Ensaio de resistência dinâmica

5.3.1 Estrutura de ancoragem

A estrutura rígida de ancoragem deve ser construída de forma que a frequência natural (de vibração)
da estrutura de ensaio no eixo vertical, no ponto de ancoragem, não pode ser inferior a 100 Hz e de
forma que a aplicação de uma força de 20 kN no ponto de ancoragem não provoque uma flecha supe-
rior a 1 mm; esta deformação deve ser na fase elástica.

O ponto rígido de ancoragem deve ser um olhal com (20 ± 1) mm de diâmetro interno e (15 ± 1) mm
de diâmetro de seção transversal, ou um cilindro com o mesmo diâmetro de seção transversal.

A altura do ponto rígido de ancoragem deve ser tal que nenhuma parte do componente ou sistema da
massa submetido a ensaio golpeie o solo durante o ensaio.

5.3.1.1 Equipamento de medida de força


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O elemento de aquisição de força dinâmica deve consistir de uma célula de carga, com frequência
ressonante entre 2,0 kHz e 4,0 kHz, fundo de escala de 50 kN e capacidade para ler forças dinâmicas
em uma faixa de 1,2 kN a 20 kN, com um erro máximo de 2 %.

A taxa de aquisição de dados do sistema de medição deve ser de (1 000 ± 10) Hz. Deve-se tomar
especial cuidado para garantir que a frequência esteja conforme a Figura 3. Deve-se tomar cuidado
para garantir que a frequência da rede não interfira no sistema de aquisição de dados, o que pode ser
feito com a utilização de filtros de passagem de 60 Hz.

A taxa de aquisição de dados e a resposta em frequência do sistema devem ser calibradas eletroni-
camente, o erro de leitura de forças deve ser calibrado estaticamente e a frequência ressonante da
célula deve ser especificada pelo fabricante.

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Legenda

a = ± ¼ db ƒL = 0,1 Hz
b = + ½ db, – 1 dB (decibéis) ƒH = 60 Hz
c = + ½ db, – 3 dB (decibéis) ƒN = 100 Hz
d = – 30 db
1 declive = – 9 dB por oitava
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2 declive = – 24 dB por oitava

Figura 3 – Características de resposta de frequência para os instrumentos de


medição de força

5.3.1.2 Massa rígida de aço

A massa rígida de aço de (100 ± 1) kg, conforme o caso, deve ser conectada de maneira rígida a um
olhal de levantamento, para obter uma conexão segura.

A massa de (100 ± 1) deve ter diâmetro nominal de (200 ± 2) mm. O olhal de levantamento deve estar
situado no centro de uma de suas extremidades, permitindo-se uma posição deslocada a um mínimo
de 25 mm da borda (ver Figura 4) devido às restrições na distância horizontal impostas por determi-
nados equipamentos e procedimentos de ensaio.

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Dimensões em milímetros

Figura 4 – Massa rígida de aço

5.3.1.3 Dispositivo de desacoplamento rápido

O dispositivo de desacoplamento rápido deve ser compatível com os olhais de levantamento das
massas rígidas de aço descritas em 5.3.1.2 e deve permitir um desacoplamento da massa rígida de
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aço sem velocidade inicial.

5.3.2 Procedimento

Unir a massa de 100 kg com um conector na extremidade livre do talabarte de segurança para reten-
ção de queda, e em seguida unir a outra extremidade ao ponto de ancoragem estrutural rígido ao qual
está fixado o equipamento de medição de força. Elevar a massa até a altura máxima permitida (a partir
do repouso) em uma distância horizontal máxima de 300 mm da ancoragem estrutural. A massa deve
ser mantida por meio do dispositivo de desacoplamento rápido.

A altura total de queda (ver Figura 5), para talabartes com comprimento de 2 m, é de 4 m. Para
talabartes com L1 menor do que 2 m, a altura total de queda é aproximadamente 2 × L1.

Deixar cair a massa e medir a força máxima durante a retenção da queda. Depois da queda e com
a massa em repouso, medir o deslocamento H do ponto de acoplamento da massa no absorvedor de
energia (ver a Figura 5).

Para a realização de ensaios em talabartes com fitas elásticas, a célula de carga deve ser mantida em
sua posição vertical original, manualmente ou por um cordelete, devendo o talabarte de segurança para
retenção de queda ser elevado com a massa até que seja completamente esticado. Após atingir seu
comprimento máximo, a célula deve ser solta, permitindo o deslocamento angular gerado pela tensão
do talabarte. Deixar a massa cair e prosseguir com o ensaio conforme especificado anteriormente.

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Quando da realização de ensaios em talabartes de segurança para retenção de queda reguláveis,


estes devem ser ajustados em 60 % do comprimento referente à regulagem máxima L1 e fixados
a uma corrente (ver 4.2.4), de maneira que o comprimento total seja igual ao comprimento máximo do
talabarte.

Utilizar uma amostra para o ensaio estático e uma nova amostra para o ensaio dinâmico.

Dimensões em milímetros
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Legenda

1 célula de carga
2 massa de 100 kg

Figura 5 – Ensaio de comportamento dinâmico

5.4 Ensaio de resistência à corrosão por exposição à névoa salina


Os acessórios metálicos do talabarte de segurança para retenção de queda devem ser submetidos
ao ensaio de névoa salina, de acordo com a ABNT NBR 8094, com uma primeira exposição
de (24 -0 +0,5) h, seguida de (60 -0 +5) min de secagem, e depois uma nova exposição de (24 -0 +0,5) h.
Os acessórios metálicos a serem ensaiados podem ser retirados dos talabartes de segurança para
retenção de queda ensaiados em 5.1.

6 Marcação
A marcação sobre o talabarte de segurança para retenção de queda deve estar escrita em portu-
guês, de forma legível e indelével, por método apropriado que não afete a integridade dos materiais

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utilizados. Além disso, a marcação do talabarte de segurança para retenção de queda deve incluir as
seguintes informações:

a) meio de identificação; como, o nome do fabricante ou do fornecedor ou a marca comercial;

b) número de lote da produção do fabricante ou número de série, ou qualquer outro meio de rastre-
abilidade e data de fabricação;

c) identificação do modelo e do tipo;

d) um pictograma indicando que o usuário deve ler o manual de instruções (ver Figura 6);

“LEIA O MANUAL”

Figura 6 – Pictograma para indicação de leitura do manual de instruções

e) número e ano desta Norma, isto é, ABNT NBR 15834:2020;

f) informação sobre a zona livre de queda. Deve-se usar o pictograma mostrado na Figura 7,
informando dentro do pictograma a distância da zona livre de queda, que compreende
o ponto de ancoragem e o solo ou ponto mais provável de impacto. Entende-se como zona
livre de queda o somatório das seguintes variáveis: comprimento do talabarte, seus conectores,
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extensão do absorvedor de energia, distância entre a fixação do cinturão ao pé do usuário


(aproximadamente 1,5 m) e a distância mínima de imobilização do usuário acima do solo
(aproximadamente 1 m).

Figura 7 – Pictograma da zona livre de queda

7 Manual de instruções
As informações fornecidas pelo fabricante devem ser escritas em português, incluindo o seguinte:

a) os talabartes de segurança para retenção de queda com absorvedor de energia integrados devem
atender aos requisitos de marcação e informações da ABNT NBR 14629;

b) como conectar o talabarte de segurança para retenção de queda a um ponto de ancoragem con-
fiável e a outros componentes do sistema de proteção contra quedas;

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c) o material com que foi fabricado o talabarte de segurança para retenção de queda;

d) as limitações dos materiais do produto ou os riscos que podem afetar a sua utilização, como:
temperatura, efeito de pontos ou arestas agudas, agentes químicos, cortes e abrasões, degradação
por radiação UV e outras;

e) uma indicação de que o uso do talabarte de segurança para retenção de queda está reservado
a pessoas qualificadas que tenham recebido uma formação adequada;

f) instruções de como efetuar inspeções regulares dos talabartes de segurança, antes de sua utili-
zação, para detectar qualquer sinal de desgaste ou deterioração;

g) como limpar o produto, incluindo sua higienização, sem efeitos adversos;

h) provável duração do equipamento (obsolescência), ou a maneira pela qual a duração pode ser
determinada;

i) como proteger o produto durante o transporte;

j) significado de qualquer marcação indicada no produto;

k) identificação do modelo ou tipo do talabarte de segurança para retenção de queda;

l) número desta Norma;

m) informação de que o talabarte de segurança para retenção de queda não pode sofrer qualquer
tipo de alteração do produto original e/ou reparo;

n) informação de que o equipamento deve ser descartado após a retenção de uma queda ou em
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caso de reprovação durante as inspeções.

NOTA recomenda-se a utilização de ilustrações para facilitar o entendimento do usuário quanto ao uso
correto do talabarte de segurança para retenção de queda.

8 Embalagem
Os talabartes de segurança para retenção de queda devem ser fornecidos embalados, embora não
necessariamente fechados hermeticamente, com material que proporcione uma determinada resis-
tência à penetração da umidade.

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