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NORMA 

ABNT NBR
BRASILEIRA 15505-1

Segunda edição
20.07.2020

Turismo de aventura — Caminhada 
Parte 1: Requisitos para produto
Adventure tourism — Hiking or trekking 
Part 1: Product requirements
Exemplar para uso exclusivo - MSV Aventura Ltda Me - 10.561.005/0001-47 (Pedido 807825 Impresso: 03/09/2021)

ICS 03.200 ISBN 978-65-5659-339-5

Número de referência 
ABNT NBR 15505-1:2020
18 páginas

 © ABNT 2020
ABNT NBR 15505-1:2020
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Sumário Página

Prefácio ...............................................................................................................................................iv
Introdução ..........................................................................................................................................vii
1  Escopo ................................................................................................................................1
2  Referências normativas .....................................................................................................1
3 Termos e definições ...........................................................................................................2
4  Requisitos gerais ...............................................................................................................3
5  Líderes .................................................................................................................................4
5.1 Qualificação e quantidade de líderes ...............................................................................4
5.2  Competências do auxiliar ..................................................................................................5
6 Informações sobre o participante .....................................................................................5
6.1 Coleta do perfil ...................................................................................................................5
6.2 Análise das informações ...................................................................................................6
7  Equipamentos .....................................................................................................................6
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7.1 Disponibilidade e quantidades .........................................................................................6


7.1.1  Generalidades .....................................................................................................................6
7.1.2  Coletivo ...............................................................................................................................7
7.1.3  Individual .............................................................................................................................7
7.2  Conservação e manutenção ..............................................................................................8
8  Preparação dos participantes ...........................................................................................8
8.1  Informação ao participante ...............................................................................................8
8.1.1  Generalidades .....................................................................................................................8
8.1.2 Conhecimento de riscos e responsabilidades ................................................................9
8.2  Instrução ao participante ...................................................................................................9
9  Requisitos de segurança .................................................................................................10
9.1  Generalidades ...................................................................................................................10
9.2  Medidas de prevenção e segurança dos líderes e participantes ................................10
9.3  Comunicação .................................................................................................................... 11
9.4 Requisitos específicos para percursos autoguiados ................................................... 11
10  Gestão de riscos .............................................................................................................. 11
10.1  Generalidades ................................................................................................................... 11
10.2  Inventário de perigos e riscos ........................................................................................12
10.3  Análise e avaliação de riscos ..........................................................................................12
10.4  Tratamento de riscos .......................................................................................................12
10.5  Preparação e atendimento a emergências ....................................................................13
11  Conclusão do produto .....................................................................................................14
12  Controle do produto .........................................................................................................14
12.1  Generalidades ...................................................................................................................14
12.2  Registros ...........................................................................................................................15
12.2.1  Manutenção de um sistema de registros .......................................................................15
12.2.2 Registros de sugestões e críticas ..................................................................................15
12.2.3   Registro de incidentes ....................................................................................................15

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12.3  Procedimentos .................................................................................................................16
12.4  Revisão crítica do produto ..............................................................................................16
13 Mitigação, compensação e conservação socioambientais ..........................................17
Bibliografia .........................................................................................................................................18

Tabela
Tabela 1 – Relação de líderes, auxiliares e participantes por grupo ..............................................5
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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto 
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT 
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma.
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A ABNT NBR 15505-1 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Turismo (ABNT/CB-054), pela Comissão
de Estudo de Cicloturismo, Turismo com atividades de Caminhada e Cavalgada (CE-054:003:010). 
O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 01, de 29.01.2019 a 01.04.2019.

A ABNT NBR 15505-1:2020 cancela e substitui a ABNT NBR 15505-1:2008, a qual foi tecnicamente
revisada.

A ABNT NBR 15505, sob o título geral “Turismo de aventura ‒ Caminhada”, tem previsão de conter 
as seguintes partes:

—  Parte 1: Requisitos para produto;

—  Parte 2: Classificação de percursos.

O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte:

Scope
This Standard establishes requirements for adventure tourism with hiking products that do not involve
overnight stay, relatives to participants and leaders’ safety.

It’s important to emphasize that a tourism products design involves a product planning and development
phase that is not subject to this Standard.

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Introdução

A segurança no turismo de aventura com atividades de caminhada envolve pessoas (tanto participantes
quanto prestadores de serviços), equipamentos, procedimentos e as próprias empresas prestadoras
dos serviços, inclusive as organizações públicas. Desta forma, uma abordagem sistêmica sobre os
requisitos de serviços do produto de atividades de turismo com atividades de caminhada é altamente
recomendável, de modo a considerá-los sob seus diversos aspectos.

Assim, com o propósito de fornecer ferramentas adequadas para promover a segurança no turismo, 
a ABNT tem desenvolvido normas para estas atividades, incluindo normas que tratam das informações
a serem fornecidas aos potenciais participantes, das competências dos líderes de turismo, sejam
genéricas, sejam específicas, de sistemas de gestão da segurança e também normas que tratam dos
requisitos para serviços relacionados com o fornecimento de alguns produtos turísticos no que se
refere aos aspectos relativos à segurança e à qualidade.

O fornecimento seguro e responsável de serviços de turismo sob a forma de produtos turísticos espe-
cíficos envolve uma série de aspectos, ações e medidas planejadas, inclusive incorporando práticas
de gestão da qualidade e gestão de riscos.
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A concepção das normas de requisitos de serviços para produto turístico pode ser uma referência
inovadora para todas as organizações envolvidas com a prestação destes serviços, assim como as
normas de produtos são na indústria. Estas normas podem ser utilizadas por operadoras e por aqueles
que recebem os turistas nos destinos, que também estão envolvidos no esforço da segurança nas
atividades de turismo com atividades de caminhada, e também podem ser usadas por consumidores
para selecionar os produtos que pretendem usufruir com segurança.

A conformidade com os requisitos desta Norma, inclusive a sua demonstração, pode desempenhar
um papel importante na comunicação de uma empresa com as partes interessadas, incluindo os
participantes e potenciais participantes, as autoridades, as seguradoras, os seus concorrentes, os
seus parceiros, os seus colaboradores ou os seus investidores, e na própria confiança que estas
partes interessadas tenham.

O sucesso da gestão dos serviços depende do comprometimento de todos os níveis e funções na


organização, em especial da direção da equipe de líderes. A finalidade geral desta Norma é assegurar,
de maneira sistemática e consistente, a prática segura e responsável de atividades de turismo com
atividades de caminhada.

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Turismo de aventura — Caminhada 
Parte 1: Requisitos para produto

1  Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos para produtos de turismo com atividades de caminhada que não
envolvam pernoite, relativos à segurança dos participantes e dos líderes.

Esta Norma estabelece os requisitos para os elementos críticos relacionados com uma operação
segura da atividade de turismo com atividades de caminhada, de maneira que uma organização possa
estabelecer parâmetros de controle da qualidade e segurança, incluindo os cuidados com as questões
ambientais relacionadas à sua execução, utilizando as técnicas de gestão de riscos e incorporando
processos de controle e melhoria contínua do produto.

Esta Norma especifica os requisitos de serviços para o fornecimento de produtos turísticos 


de atividades de caminhada e foi redigida de forma a aplicar-se a todos os tipos e portes de organizações 
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e para adequar-se a diferentes condições geográficas, culturais e sociais.

Esta Norma não se aplica à concepção de produtos turísticos, o que envolve uma fase de planejamento
e desenvolvimento do produto.

Esta Norma não se aplica a produtos de turismo que incluam outras atividades relacionadas aos
serviços turísticos (como, por exemplo, traslados, refeições, hospedagens etc.) além das de turismo
com atividades de caminhada.

Esta Norma não se aplica a casos em que sejam necessários deslocamentos de acesso e de retorno
para o início e após a conclusão das atividades de turismo com atividades de caminhada.

Esta Norma se aplica a qualquer organização que ofereça produtos de turismo com atividades 
de caminhada que deseje:

 a) aumentar a satisfação e a segurança do participante por meio da efetiva aplicação desta Norma,
incluindo processos para controle e melhoria contínua do produto e a garantia da conformidade
com os requisitos do participante e requisitos regulamentares aplicáveis;

 b) demonstrar  a  capacidade  do  produto  em  assegurar  a  prática  de  atividades  de  turismo  com 
atividades de caminhada de forma segura e que atendam aos requisitos de segurança 
do participante e requisitos regulamentares aplicáveis; ou

 c) realizar uma autoavaliação da conformidade com esta Norma.

2  Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 15285, Turismo de aventura – Líderes – Competência de pessoal

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ABNT NBR 15505-2, Turismo de aventura – Caminhada – Parte 2: Classificação de percursos

ABNT NBR ISO 21101, Turismo de aventura – Sistemas de gestão da segurança – Requisitos

ABNT NBR ISO 21103, Turismo de aventura – Informações a participantes

3  Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições:

3.1   
risco
efeito da incerteza

NOTA 1 Um efeito é um desvio em relação ao esperado – positivo ou negativo.

NOTA 2 A incerteza é o estado, ainda que parcial, da deficiência de informações relativas ao entendimento
ou conhecimento de um evento, sua consequência ou probabilidade.
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NOTA 3 O risco é muitas vezes caracterizado pela referência a eventos e consequências potenciais, ou
uma combinação destes.

NOTA 4 O risco é muitas vezes expresso em termos de uma combinação das consequências de um evento
(incluindo alterações nas circunstâncias) e a probabilidade associada da ocorrência.

[ABNT NBR ISO 21101:2014, 3.10]

3.2   
organização
pessoa ou grupo de pessoas que tem suas próprias funções com responsabilidades, autoridades e
relações para alcançar seus objetivos.

NOTA O conceito de organização inclui, porém não está limitado a, um único comerciante, companhia,
corporação, firma, empresa, autoridade, parceria, caridade ou instituição, ou parte ou combinação desses,
incorporada ou não, pública ou privada.

[ABNT NBR ISO 21101:2014, 3.1]

3.3   
percurso
trajeto que se percorre do início da atividade turística até o seu término

NOTA Em alguns percursos, o local de início e de término pode ser o mesmo.

3.4   
trilha
via estreita, usualmente não-pavimentada e intransitável para veículos de passeio

3.5   
veículo de apoio (em caminhada)
veículo destinado ao apoio logístico durante a realização do percurso, exceto para remoção de
acidentados

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3.6   
acidente
incidente (3.7) que resulta em morte, doença, ferimento ou outro dano

3.7   
incidente
evento que leva a um acidente (3.6) ou que tem o potencial de levar a um acidente (3.6)

NOTA 1 O termo “incidente” inclui “quase acidente” e “acidente” (3.6).

NOTA 2 Um incidente onde nenhuma doença, ferimento, dano ou qualquer outra perda ocorra, também
pode ser chamado de “quase acidente”.

3.8   
atividade de turismo de aventura
atividade de aventura para fins turísticos que envolve um grau de instrução ou de liderança e um
elemento de risco deliberadamente aceito

NOTA Um elemento de risco aceito significa que o participante (3.11) tem um entendimento mínimo sobre
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o risco envolvido.

3.9   
fornecedor terceiro
organização externa ou indivíduo que presta serviços ao prestador de serviços de atividade de turismo
de aventura (3.8)

3.10   
líder 
condutor
pessoa competente que assume a responsabilidade pelos participantes (3.11) e é capaz de liderar e
supervisionar uma atividade designada

NOTA Uma equipe de líderes (3.10) compreende diversos líderes (3.10).

3.11   
participante
pessoa que faz parte da atividade de turismo de aventura (3.8), porém não é um membro da equipe
de líderes (3.10)

3.12   
prestador de serviços de atividade de turismo de aventura
indivíduo ou organização (3.2) que tem a responsabilidade global por todos os aspectos do forneci-
mento das atividades de turismo de aventura (3.8)

NOTA As atividades de turismo de aventura (3.8) podem ser fornecidas gratuitamente ou em troca de
pagamento.

4  Requisitos gerais
O produto turístico deve ser planejado e fornecido de maneira que a segurança dos participantes,
líderes e pessoal envolvido no fornecimento do produto e que esteja exposto a riscos seja assegurada.

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O responsável pela operação deve:

 a) assegurar que os líderes atendem aos requisitos de qualificação definidos nesta Norma;

 b) manter o registro da manutenção das competências dos líderes;

 c) assegurar que todo serviço contratado a fornecedores terceiros, que afete a qualidade 
e a segurança do produto turístico, atendam aos requisitos desta Norma e a outros que a própria
organização estabeleça;

 d) assegurar-se de maneira planejada que os recursos e meios necessários para a realização 
da atividade, que impactam a segurança, estejam disponíveis no momento e local previstos;

 e) respeitar as limitações de uso existentes para o ambiente visitado;

 f) adotar os planos de uso e zoneamento ecológico disponíveis quando o atrativo estiver em Unidade
de Conservação (UC), ou em áreas com alguma categoria de restrições ambientais.

De acordo com as características do local da operação e do próprio produto turístico oferecido, 


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o estabelecimento do número máximo de participantes por operação deve ser considerado. No plane-
jamento e operação do produto, devem ser adotadas as práticas ambientais e sociais responsáveis,
como, por exemplo, as recomendações consagradas para conduta consciente em ambiente natural.

Quando disponível, o planejamento do produto deve levar em conta a capacidade de carga do atrativo
onde se realiza a atividade.

Para produtos de turismo com atividades de caminhada, a idade mínima do participante deve ser de
12 anos. Caso a organização ofereça produtos turísticos para crianças menores de 12 anos ou para
participantes portadores de necessidades especiais, este produto dever ser objeto de um planejamento
que considere as características, procedimentos e equipamentos necessários para que a segurança
destes participantes específicos seja garantida.

Estes produtos podem requerer profissionais, equipamentos e condições específicas diferentes dos
previstos nesta Norma.

As medidas adotadas devem ser validadas, justificadas tecnicamente e documentadas.

No caso de oferecimento de produtos noturnos, seu planejamento deve ser revisto e medidas adicio-
nais devem ser consideradas para que a segurança dos participantes seja assegurada. Este planeja-
mento e as medidas adotadas devem ser documentados.

O percurso deve ser previamente estabelecido e classificado conforme a ABNT NBR 15505-2 
e deve ser do conhecimento dos líderes envolvidos na operação. O itinerário do percurso deve estar
documentado.

5  Líderes
5.1  Qualificação e quantidade de líderes

A equipe de operação, exceto no caso de percursos autoguiados (ver 9.3), deve ser constituída por
líderes que atendam aos requisitos da ABNT NBR 15285.

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A operação deve seguir a relação de líderes, auxiliares e participantes apresentada na Tabela 1.

Tabela 1 – Relação de líderes, auxiliares e participantes por grupo


Quantidade de  Quantidade mínima de líderes  Quantidade mínima 
participantes por grupo (conforme ABNT NBR 15285) de auxiliares
1 a 15 1 1
16 a 25 2 1

O responsável pela operação deve garantir a quantidade mínima de líderes e auxiliares por grupo,
conforme a Tabela 1.

A operação deve garantir que os grupos tenham no máximo 25 participantes. Caso haja mais partici-
pantes, deve ser formado outro grupo.

Esta proporção pode necessitar de um número maior de líderes de acordo com a classificação 
do percurso, segundo a ABNT NBR 15505-2, em qualquer um de seus critérios.
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Razões ambientais podem requerer a redução do tamanho máximo dos grupos de participantes.
Convém que sejam consideradas as práticas de mínimo impacto consagradas.

5.2  Competências do auxiliar

O auxiliar deve ter conhecimentos de forma a atuar como apoio ao líder. Deve conhecer no mínimo 
a região, o percurso e as rotas alternativas.

O auxiliar deve ser capaz de:

 a) instruir o participante quanto às técnicas de caminhada e uso dos equipamentos;

 b) garantir o bom andamento, ritmo e coesão do grupo;

 c) apoiar o líder em situações de emergência;

 d) ser capaz de utilizar o meio de comunicação.

6  Informações sobre o participante


6.1  Coleta do perfil

A organização deve contar com informações de cada participante. Estas informações devem conter
no mínimo:

 a) nome;

 b) telefone para contato;

 c) número do documento (CPF, carteira de identidade ou passaporte, quando os participantes forem
estrangeiros);

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 d) contato para caso de emergência;

 e) condições de saúde ou médicas específicas, como, por exemplo, relacionadas a alergias, cirurgias,
diabetes, epilepsia, problemas cardiovasculares, articulares, ósseos, musculares, respiratórios,
de depressão, fobias, euforia ou gravidez;

 f) medicamentos em uso;

 g) idade;

 h) experiência anterior com a atividade.

Em percursos onde exista a possibilidade de submersão, é necessário solicitar informação sobre as


habilidades de natação do participante.

Deve ser oferecido ao participante um seguro facultativo apropriado para a atividade.

A empresa deve recomendar ao participante que forneça informações de forma detalhada, para facilitar
o atendimento a possíveis emergências.
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A organização deve assegurar a confidencialidade das informações dos participantes, exceto nas
circunstâncias relacionadas com atendimento a emergências.

6.2  Análise das informações

A organização deve definir critérios para tratamento das informações mínimas dos participantes. 
Os critérios devem ter justificativa técnica.

A organização deve efetuar uma revisão crítica das informações fornecidas para analisar se os parti-
cipantes estão em condições de realizar as atividades, que deve ser registrada.

A organização deve assegurar que os participantes que não atendam aos critérios estabelecidos não
realizem as atividades.

A organização deve assegurar que as informações relevantes sobre o perfil dos participantes sejam
fornecidas previamente aos líderes e auxiliares envolvidos na realização da atividade.

7  Equipamentos
7.1  Disponibilidade e quantidades

7.1.1  Generalidades

A operação do produto deve assegurar que todos os líderes, os auxiliares e os participantes envol-
vidos disponham de todos os equipamentos necessários de acordo com os requisitos desta Norma.

Os participantes não podem utilizar equipamentos que não sejam devidamente inspecionados e
autorizados pela organização.

Caso a organização ofereça equipamentos para participantes do grupo, estes devem estar em con-
dições de uso. Pode ser conveniente contar-se com alguns equipamentos sobressalentes de acordo
com o histórico de uso no percurso específico.

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7.1.2  Coletivo

A operação deve ser realizada utilizando no mínimo os seguintes equipamentos:

 a) equipamento de orientação (como, por exemplo, mapa, bússola, GPS), quando aplicável;

 b) estojo de primeiros-socorros que possibilite o pronto-atendimento por um líder;

 c) caso haja veículo de apoio, meio de comunicação (como, por exemplo, radiocomunicador ou
celular) entre o grupo e este veículo.

O equipamento coletivo deve estar disponível para o grupo durante todo o percurso (se transportado
pelos líderes ou auxiliares, pelos participantes ou eventual veículo de apoio, que neste último caso
deve estar à disposição do grupo, quando este necessitar).

7.1.3  Individual

7.1.3.1  Líder ou auxiliar
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A operação deve ser realizada com o líder ou auxiliar utilizando, minimamente, os seguintes
equipamentos:

 a) meio de comunicação (como, por exemplo, radiocomunicador ou celular) que permita a comuni-
cação entre os líderes, auxiliares e veículo de apoio, quando houver;

 b) calçado fechado, apropriado para caminhada;

 c) recipiente para água (como, por exemplo, caramanhola, cantil ou bolsa de hidratação);

 d) vestimenta que assegure proteção, mobilidade e conforto na região visitada, de acordo com a
classificação do percurso, incluindo cobertura (como, por exemplo, chapéu ou boné);

 e) mochila ou outro equipamento que não seja carregado com as mãos e possibilite transportar seus
equipamentos;

 f) apito;

 g) canivete;

 h) lanterna e pilhas de reserva;

 i) relógio.

7.1.3.2  Participante

7.1.3.2.1  A operação deve ser realizada com o participante utilizando no mínimo os seguintes
equipamentos:

 a) calçado apropriado para caminhada. Recomenda-se que seja fechado;

 b) vestimenta que assegure proteção, mobilidade e conforto na região visitada, incluindo cobertura
(como, por exemplo, chapéu ou boné).

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7.1.3.2.2  Em função das características do percurso (extensão, horário de chegada, entre outras), a
organização deve assegurar que os participantes disponham de:

 a) mochila ou outro equipamento que não seja carregado com as mãos e possibilite transportar
pequenos volumes;

 b) recipiente para água (como, por exemplo, caramanhola, cantil ou bolsa de hidratação);

 c) lanterna e pilhas reservas.

7.2  Conservação e manutenção

A organização deve assegurar que os equipamentos em utilização estejam em condições de uso.

A organização deve implementar e manter um procedimento de inspeção periódica e manutenção


preventiva e corretiva. Este procedimento deve contemplar todos os equipamentos utilizados na
operação, incluindo os equipamentos dos líderes. O procedimento deve estar documentado e incluir
uma verificação sistemática e regular, e inspeção antes do uso. Deve haver registro das verificações
efetuadas.
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A organização deve dispor de um controle de conservação dos equipamentos. Os equipamentos


devem ser guardados em local arejado, livres da incidência direta do Sol e de qualquer produto
químico, e mantidos armazenados de forma organizada.

A organização deve manter um controle da manutenção, conservação e uso dos equipamentos rele-
vantes para a segurança dos participantes.

8  Preparação dos participantes
8.1  Informação ao participante

8.1.1  Generalidades

As informações preliminares a serem fornecidas aos participantes antes da venda do produto estão
definidas na ABNT NBR ISO 21103. O responsável pela operação deve ainda fornecer ou revisar as
seguintes informações antes da operação:

 a) descrição das características da atividade a ser realizada, como tempo de duração, pontos e
horários para alimentação e descanso, disponibilidade de água potável no percurso, entre outras;

 b) descrição das características de onde serão realizadas as atividades;

 c) procedimentos de mínimo impacto relativos à atividade que será realizada, as características
ambientais dos locais de prática, os principais impactos ambientais e socioculturais negativos
potenciais e as medidas de minimização, mitigação e compensação correspondentes;

 d) descrição dos cuidados com a segurança e as medidas a serem tomadas no caso de emergências;

 e) identificação dos líderes, sua qualificação e função;

 f) regras de uso específico da área, incluindo regulamentos, quando houver;

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ABNT NBR 15505-1:2020

 g) cuidados necessários relativos ao vestuário adequado para cada atividade, principalmente o tipo
de calçado, tipo de tecido das roupas, cobertura, como, por exemplo, chapéu ou boné;

 h) cuidados necessários relativos à exposição ao Sol, à chuva, ao frio, e outras precauções, incluindo
as orientações acerca do uso de protetor solar, capa de chuva, agasalho e repelente de insetos;

NOTA Por questões de conservação ambiental, recomenda-se que o responsável pela operação oriente
o participante a evitar o uso em quantidade excessiva desses produtos (protetor solar e repelente de insetos)
ou até mesmo, a proibição de seu uso em determinados locais de visitação, de acordo com regras locais.

 i) tipo do percurso a ser realizado, incluindo sua classificação de acordo com a ABNT NBR 15505-2
e detalhes particulares do percurso;

 j) pontos de apoio durante o percurso;

 k) equipamentos, alimentos e bebidas necessários que o participante deve levar para a atividade
que não sejam fornecidos pelo responsável pela operação;

 l) apresentação dos equipamentos a serem utilizados, suas funções e características pertinentes;
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 m) se o produto inclui seguro para a atividade.

O fornecimento destas informações deve ser padronizado e registrado.

Recomenda-se que seja registrado que os participantes compreenderam as informações recebidas.

8.1.2  Conhecimento de riscos e responsabilidades

A organização deve apresentar ao participante um documento que esclareça quais são os riscos, as
responsabilidades inerentes à realização daquela atividade e eventual cobertura de seguro.

Recomenda-se que o responsável pela operação ressalte o papel da autoridade do líder e do auxiliar
na realização da atividade.

A organização deve manter o registro deste procedimento.

8.2  Instrução ao participante

Pode haver casos em que a instrução aos participantes será realizada no ato da compra e casos em
que a instrução aos participantes acontecerá no local de operação.

Recomenda-se informar novamente as informações com relação à classificação do percurso, de


acordo com a ABNT NBR 15505-2, como referência.

Devem ser fornecidas as seguintes instruções aos participantes:

 a) colocação, regulagem e utilização dos equipamentos individuais necessários para a atividade a
ser realizada;

 b) forma de progressão e comunicação na operação, incluindo a necessidade de o grupo se manter


junto, evitando que algum participante se perca ou não esteja sendo supervisionado por algum
líder ou auxiliar;

 c) comportamento durante a atividade;

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ABNT NBR 15505-1:2020

 d) cuidados específicos quanto às técnicas da atividade realizada;

 e) medidas básicas a serem tomadas em casos de emergência.

Recomenda-se que seja aplicado exercício preparatório aos participantes, com a finalidade de
aquecimento.

NOTA A observação dos participantes enquanto fazem exercício preparatório pode fornecer informações
úteis sobre seu perfil e comportamento.

9  Requisitos de segurança
9.1  Generalidades

Os líderes e auxiliares devem conhecer previamente as condições gerais e eventuais alterações dos
percursos onde será realizada a atividade.

Recomenda-se que seja oferecido ao participante um seguro apropriado para a atividade.


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9.2  Medidas de prevenção e segurança dos líderes e participantes

No caso da existência de passagens estreitas, planos inclinados ou desníveis abruptos, devem ser
adotados procedimentos específicos que garantam a segurança dos envolvidos na operação antes,
durante e após a transposição do obstáculo.

Devem ser adotadas técnicas de condução e de progressão que garantam a segurança do grupo
e devem ser utilizados sistemas de segurança em locais com risco de queda, travessias de rios e
trechos aquáticos. Em trechos com possibilidade de submersão no percurso, devem ser adotados
procedimentos ou equipamentos que assegurem a flutuação.

Devem ser estabelecidos procedimentos de progressão que:

 a) incluam medidas que previnam que grupos distintos se misturem;

 b) garantam que haja um líder ou auxiliar no início e outro líder ou auxiliar no final de cada grupo;

 c) estabeleçam cuidados especiais em trechos com:

 1) fluxo intenso de veículos;

 2) obstáculos;

 3) presença de animais;

 4) locais com perigo de queda;

 5) encontros com outros grupos;

 d) prevejam as paradas para descanso;

 e) estabeleçam e controlem o ritmo de deslocamento.

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ABNT NBR 15505-1:2020

É recomendável que o posicionamento dos líderes e auxiliares dentro do grupo seja feito de forma a
manter a proporção de até dez participantes entre dois líderes ou auxiliares.

O responsável pela operação deve assegurar que existam procedimentos para os participantes que
hesitem ou desistam de realizar a atividade, em particular sobre o que afeta a segurança.

O líder pode decidir efetuar paradas para atender a eventuais necessidades de participantes, porém
devem ser realizadas de modo a não comprometer a segurança da operação.

9.3  Comunicação

Deve-se assegurar a comunicação eficaz entre os líderes e auxiliares, por meio de procedimento de
comunicação com o uso de sinais sonoros (como, por exemplo, apito), visuais, radiocomunicador, ou
outro, dependendo das características do local, entre estes e os participantes, inclusive quando se
incluem participantes estrangeiros, e entre os líderes ou auxiliares com o veículo de apoio ou base de
apoio, quando houver.

Os procedimentos de comunicação entre os participantes e líderes devem ser informados aos partici-
pantes previamente à exposição ao risco.
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9.4  Requisitos específicos para percursos autoguiados

Podem ser oferecidos produtos para percursos autoguiados, desde que sejam classificados de acordo
com a ABNT NBR 15505-2 e os seguintes limites:

—  até nível 2 no critério de grau de severidade do meio;

—  nível 1 no critério de orientação no percurso;

—  até nível 3 no critério grau técnico do percurso; e

—  até nível 2 no critério de grau de esforço físico.

Mesmo que somente um dos critérios tenha classificação superior, o percurso deve ser conduzido por
profissionais conforme os requisitos da Seção 5.

Em relação aos equipamentos, não há obrigatoriedade de disponibilidade de meio de comunicação.


Contudo, o responsável pela operação deve assegurar que haja resposta para casos de emergência
aos participantes neste tipo de percurso.

A organização deve assegurar que o percurso autoguiado esteja devidamente sinalizado e em


condições de uso.

Deve haver registro das verificações efetuadas.

10 Gestão de riscos
10.1 Generalidades

Deve-se avaliar os perigos existentes na sua operação e realizar uma análise de riscos conforme
estabelecido na ABNT NBR ISO 21101.

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ABNT NBR 15505-1:2020

10.2 Inventário de perigos e riscos

Deve ser efetuado um inventário de perigos e riscos na realização do produto, documentado, segundo
o estabelecido na ABNT NBR ISO 21101. Entre outras, as possibilidades a seguir devem ser previstas
na elaboração do inventário:

 a) aumento repentino do volume d’água devido às condições meteorológicas ou a dispositivos arti-
ficiais de controle de vazão;

 b) queda de pedras, galhos ou outros objetos durante o percurso;

 c) afogamento;

 d) hipotermia ou hipertermia;

 e) quedas;

 f) perda de equipamentos ou outros suprimentos;
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 g) um participante se perder do grupo;

 h) acidente com o líder ou auxiliar;

 i) contaminação;

 j) acidentes com animais peçonhentos;

 k) indisposição do participante;

 l) o participante desistir da atividade por motivo psicológico;

 m) desestabilização dos pisos de caminhamento;

 n) o participante sentir labirintite, vertigem ou medo de altura;

 o) incidentes devidos a mudanças climáticas.

O inventário deve ser revisado criticamente pelo menos uma vez por ano.

10.3 Análise e avaliação de riscos

Deve ser efetuada a análise e a avaliação dos riscos, conforme estabelecido na 
ABNT NBR ISO 21101.

10.4 Tratamento de riscos

Com base nos resultados da avaliação de riscos, deve ser elaborado um plano de tratamento de
riscos, documentado. O plano de tratamento deve ser revisado criticamente pelo menos uma vez 
por ano.

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ABNT NBR 15505-1:2020

10.5 Preparação e atendimento a emergências

10.5.1  Devem ser estabelecidos e mantidos planos e procedimentos para identificar o potencial de
e atender a incidentes, inclusive acidentes e emergências, bem como prevenir e reduzir as possíveis
consequências que possam estar associadas a eles. Estes planos e procedimentos devem incluir a
previsão de ações a serem executadas e as informações necessárias, de acordo com os eventos
previstos e o inventário de perigos e riscos avaliados.

Estes planos devem conter as informações necessárias para o acionamento de planos específicos
a partir de uma emergência constatada em campo ou um primeiro aviso enviado a uma pessoa
designada, conforme estabelecido na ordem de prioridades e acionamentos, de acordo com um
planejamento prévio da operação e ações de emergência.

Devem ser preparados, para as situações previstas mais críticas, identificadas na avaliação de riscos,
planos de ação em emergências documentados. Deve haver uma justificativa técnica documentada
para a seleção das situações objeto destes planos.

Exemplos das situações previstas no planejamento das ações em emergência:


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—  evacuação de pessoa em situação de risco;

—  busca de pessoas perdidas;

—  acidente com o líder;

—  prestação de primeiros socorros.

10.5.2  O planejamento de atendimento a emergências deve incluir:

 a) informações sobre a estrutura de autoridades e suas responsabilidades;

 b) informação prévia da realização de atividades a terceiros que possam iniciar uma ação de aten-
dimento a emergências. Este terceiro deve contar com orientações sobre como agir em uma
situação de emergência;

 c) análise da disponibilidade local para acionamentos e resgates;

 d) análise da disponibilidade de meios de comunicação na região e em todas as condições de


realização e do estabelecimento de medidas eficazes para a comunicação em uma situação de
emergência;

 e) identificação da estrutura disponível para atendimento a emergências na região e procedimento


para acioná-la.

10.5.3  A identificação da estrutura disponível para atendimento a emergências na região deve


assegurar que no caso de uma emergência exista:

 a) levantamento das disponibilidades de atendimento médico e hospitalar na região, inclusive em


relação a especialidades e serviços oferecidos;

 b) meios para acionamento de socorro;

 c) acesso ao resgate;

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ABNT NBR 15505-1:2020

 d) estimativa do tempo de resposta;

 e) procedimento para dar o primeiro aviso.

O participante deve ser informado previamente dos recursos e facilidades disponíveis de atendimento
a emergências nos locais de realização da atividade, inclusive do tempo previsto de resposta.

Os procedimentos previstos no planejamento de atendimento a emergências devem ser testados pelo


menos uma vez por ano, sempre que exequível. Os testes devem ser registrados.

O planejamento do atendimento a emergências deve ser revisado criticamente pelo menos anualmente
e após a ocorrência de incidentes, acidentes ou emergências.

Toda a equipe envolvida com a operação do produto deve ser capacitada para a aplicação dos planos
de atendimento em emergência, de acordo com a distribuição de responsabilidades e autoridades
previstas. 

A capacitação deve ser registrada.


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11 Conclusão do produto
Ao final das atividades de turismo, deve ser aplicado um procedimento de conclusão formal do produto
e despedida dos participantes, com a informação de que se encerra naquele ponto a aplicação dos
requisitos desta Norma. Este procedimento deve estar documentado e deve incluir a informação
aos participantes sobre como proceder para fazer reclamações e como estas reclamações serão
processadas. Deve incluir também medidas para a realização de uma avaliação do produto por
parte dos participantes. Esta avaliação pode ser efetuada mediante o uso de formulários ou outros
mecanismos de consulta. A conclusão do produto deve ser registrada.

Estes registros devem ser planejados de maneira que seja possível avaliar o desempenho dos líderes
e outro pessoal envolvido na realização do produto, as impressões dos participantes, contar com
observações gerais sobre a operação e o desempenho dos líderes, auxiliares e dos participantes,
informações sobre o estado e desempenho dos equipamentos e registros de incidentes que porventura
ocorreram, medidas e procedimentos adotados, possíveis causas, consequências e recomendações
para ações futuras. Isto pode ser feito, por exemplo, com um registro diário ou semanal, de acordo
com o fluxo dos participantes e complexidade da operação, ou mesmo a cada operação.

12 Controle do produto
12.1 Generalidades

Devem ser tomadas medidas para assegurar que a operação se desenvolva de maneira planejada e
controlada.

O líder responsável pela operação deve efetuar uma avaliação diária e regular das condições em
que esta está transcorrendo. Esta avaliação deve incluir uma apreciação geral das condições dos
participantes, acompanhamento das condições meteorológicas, condições dos equipamentos e outros
dados relevantes.

Recomenda-se que esta avaliação seja registrada (por exemplo, em um diário da operação).

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ABNT NBR 15505-1:2020

O líder responsável pela operação deve assegurar que, durante a operação, os participantes recebam
orientações sobre como proceder e sobre os aspectos críticos relativos à segurança, quando pertinente.

Quando se utilizar a subcontratação (de líderes, auxiliares ou de atividades incluídas no produto),


deve estar implementado um processo de qualificação dos fornecedores e de acompanhamento do
seu desempenho.

Deve-se assegurar que os requisitos desta Norma sejam atendidos pelos subcontratados. Deve haver
registros da qualificação e do acompanhamento da competência dos subcontratados.

A operação deve sistematicamente analisar criticamente os dados coletados, inclusive nos registros,
e implementar melhorias ou ajustes nas suas atividades.

12.2 Registros

12.2.1  Manutenção de um sistema de registros

Registros devem ser estabelecidos e mantidos para prover evidências da conformidade com requisi-
tos e da operação eficaz do fornecimento do produto. Registros devem ser mantidos legíveis, pronta-
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mente identificáveis e recuperáveis.

Os registros devem ser mantidos por um prazo compatível com as responsabilidades legais do forne-
cedor do produto.

12.2.2  Registros de sugestões e críticas

Deve ser mantido um sistema de registros de sugestões e críticas dos participantes, colaboradores e
funcionários, que inclua o seguinte:

 a) sugestão ou crítica;

 b) análise crítica da sugestão ou crítica;

 c) identificação das causas;

 d) alternativas de solução e sua viabilidade;

 e) medidas propostas;

 f) medidas tomadas;

 g) avaliação da eficácia das medidas tomadas.

Os participantes, colaboradores e funcionários devem ser informados de como as sugestões e críticas


são tratadas e deve ser dada resposta, sempre que possível, às sugestões e críticas recebidas,
informando inclusive as medidas tomadas.

12.2.3   Registro de incidentes

Deve ser mantido um registro de incidentes, incluindo os acidentes, que possibilite a rastreabilidade e
o acompanhamento das medidas e ações adotadas. O registro deve conter no mínimo as seguintes
informações:

 a) atividade;

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ABNT NBR 15505-1:2020

 b) data e hora;

 c) local (com a exatidão pertinente);

 d) envolvidos (participantes, líderes, auxiliares etc.);

 e) descrição (inclusive condições ambientais, equipamentos utilizados, circunstâncias particulares


etc., quando pertinente);

 f) causa provável;

 g) tratamento;

 h) consequências;

 i) ações corretivas;

 j) ações preventivas;

 k) responsável pelas informações;


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 l) aprovação do registro.

Recomenda-se que a organização reporte informações sobre eventuais acidentes para os órgãos
pertinentes, quando apropriado.

12.3 Procedimentos

Para a realização do produto, devem ser estabelecidos e implementados por todos que possam afetar
a segurança pelo menos os seguintes procedimentos documentados:

 a) recepção e despedida dos participantes;

 b) análise e avaliação crítica do produto;

 c) contratação e capacitação do pessoal;

 d) gestão, manutenção e conservação dos equipamentos e materiais;

 e) respostas a emergências;

 f) tratamento de sugestões e críticas.

12.4 Revisão crítica do produto

A realização do produto deve ser revisada periodicamente, verificando-se criticamente todos os


aspectos da operação. Esta verificação deve ser efetuada pelo menos uma vez por ano. A verificação
deve ser registrada.

A revisão crítica do produto deve considerar os resultados do acompanhamento da realização do


produto (por exemplo, pela realização de produtos-piloto periodicamente ou a inclusão de um revisor
em uma realização do produto), a análise crítica dos registros de incidentes e acidentes, a análise
crítica dos relatórios de atividades dos líderes e a análise crítica dos demais registros (qualificação
e acompanhamento de fornecedores, competências dos líderes e demais pessoal, reclamações de
participantes e respectivas medidas adotadas etc.).

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A revisão crítica deve resultar em uma apreciação da segurança e da satisfação dos participantes e de
eventuais medidas ou ações preventivas ou corretivas. Se necessário, devem ser estabelecidos planos
de ação para assegurar a implementação das medidas ou ações identificadas como necessárias ou
oportunas.

13 Mitigação, compensação e conservação socioambientais


O planejamento e a operação do produto com atividades de turismo devem considerar os impac-
tos ambientais e socioculturais negativos e devem ser adotadas práticas para minimizá-los. Quando
apropriado, pode-se adotar medidas para mitigá-los e compensá-los. Deve-se manter registros das
medidas planejadas e sua implementação.

A consideração dos impactos ambientais e socioculturais pode ser baseada em experiências ante-
riores, em casos similares e em aplicação de práticas consagradas, e não significa a elaboração de
estudos e pesquisas específicos de avaliação e monitoramento ambiental e sociocultural por parte do
operador.
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Quando a atividade for realizada em Unidades de Conservação (UC), o planejamento da atividade


deve considerar os planos de uso público e zoneamento ambiental da UC, quando houver.

Deve-se informar aos participantes os principais impactos ambientais e socioculturais negativos e as


medidas de minimização, mitigação e compensação correspondentes.

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ABNT NBR 15505-1:2020

Bibliografia

[1] ABNT NBR ISO 14001, Sistemas de gestão ambiental – Requisitos com orientações para uso

[2] ABNT NBR 15398, Turismo de aventura – Condutores de caminhada de longo curso –
Competências de pessoal

[3] Associação Brasileira de Normas Técnicas – Guia de Implementação da Norma Técnica 


ABNT NBR ISO 21101: Sistemas de gestão da segurança, ABNT e Sebrae, 2016

[4] Ministério do Meio Ambiente – Programa Parques do Brasil - Conduta consciente em ambientes
naturais

[5] Ministério do Meio Ambiente – Relatório Diretrizes para planejamento e gestão de visitação em
Unidades de Conservação, 2005
Exemplar para uso exclusivo - MSV Aventura Ltda Me - 10.561.005/0001-47 (Pedido 807825 Impresso: 03/09/2021)

[6] Ministério do Meio Ambiente – Relatório Promoção e Ordenamento da Visitação em Unidades de


Conservação, 2005

[7] Ministério do Turismo – Ecoturismo: Orientações básicas – Secretaria Nacional de Políticas de


Turismo – 2ª Edição, 2011

[8] Ministério do Turismo – Livro Programa Aventura Segura: Concepção, Metodologia e Resultados,
2011

[9] Ministério do Turismo – Manual de Criação e Organização de Grupos Voluntários de Busca e


Salvamento de Turismo de Aventura, 2005

[10] Ministério do Turismo – Relatório de Impactos do Programa Aventura Segura, 2011

[11] Ministério do Turismo – Relatório Diagnóstico de Regulamentação, Normalização e Certificação


em Turismo de Aventura, 2005

[12] Ministério do Turismo – Turismo de aventura: Orientações básicas – Secretaria Nacional de


Políticas de Turismo – 2ª Edição, 2011

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