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Plano de Atendimento a Emergência EFC

PRO 012161, Rev.: 12-20/06/2022 - Classificação: Uso Interno


Diretoria Emitente: Corredor Norte
Responsável Técnico: Michael Amancio, Matrícula: 01550859, Gerência de Emergência Corredor Norte
Público Alvo: Empregados Vale e de empresas contratadas da Estrada de Ferro Carajás (EFC).
Necessidade de Treinamento: ( )SIM ( X )NÃO

Resultados Esperados:

 Ter respostas rápidas e eficientes numa ocorrência de emergência, minimizando os impactos à saúde das
pessoas, ao meio ambiente e ao patrimônio público e da empresa;

 Garantir disponibilidade dos recursos necessários (material e pessoal) no menor tempo possível;

 Garantir equipe preparadas para atendimento aos cenários emergenciais identificados.

1. OBJETIVO

O PAE possui como objetivo geral de fornecer um conjunto de diretrizes, dados e informações com base
em legislações, normas e boas práticas que forneçam as condições necessárias para a adoção de
procedimentos técnico-operacionais e administrativos, de modo a proporcionar uma resposta rápida e
eficiente em situações de emergências e de crise que possam ocorrer na área de domínio da Estrada
de Ferro Carajás (EFC) e que envolvam pessoas e/ou produtos classificados como perigosos e/ou não
perigosos com potencial de danos à saúde das pessoas, ao meio ambiente e ao patrimônio público e da
empresa.
Para que seu objetivo geral seja realizável foram elencados os seguintes objetivos específicos:

a. Identificar os possíveis cenários que podem provocar impactos negativos nos meios físico, social
e/ou biótico durante a operação evidenciando os seus respectivos riscos inerentes;
b. Prevenir a ocorrência de emergências que possam gerar danos ao meio ambiente e ao público e
prever e mitigar as consequências, se porventura acontecer;
c. Identificar, controlar e extinguir as emergências, no menor espaço de tempo possível, com o
restabelecimento das atividades normais de operação do empreendimento, adotando os
procedimentos e definição de responsabilidades, visando a obtenção de ações coordenadas e
disciplinadas.
d. Definir a estratégia de acionamento do PAE, de acordo com a organização institucional da EFC;
e. Identificar as instituições governamentais de apoio em emergências;
f. Identificar os recursos para atendimento à emergência e os recursos de apoio disponíveis na área
de operação da EFC;
g. Caracterizar as ações e os procedimentos de combate, em todas as suas fases, em emergências,
de acordo com os cenários acidentais previamente identificados;
h. Caracterizar as ações e os procedimentos na fase pós-emergência;
i. Preservar a integridade física das equipes de intervenção, da comunidade, do meio ambiente e do
patrimônio e minimizar os impactos negativos decorrentes dos acidentes.

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2. REFERÊNCIAS
• Lei Federal nº 6.938/1981 - Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e
mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências
• Lei Federal nº 9.605/1998 - Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências
• Lei Federal nº 9.966/2000 - Dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição
causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição
nacional e dá outras providências
• Resolução CONAMA Nº 398/2008
• Decreto 98973/1990 - Regulamento do Transporte Ferroviário de Produtos Perigosos
• Resolução 5232/2016 da ANTT - Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte
Terrestre de Produtos Perigosos e atualizações
• NBR 7.500 - Identificação para o Transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento
de Produtos
• NBR 7.501 - Transporte Terrestre de Produtos Perigosos - Terminologia
• NBR 7.503 - Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte terrestre de Produtos Perigosos -
Características, Dimensões e Preenchimento
• NBR 9735 - Conjunto de Equipamentos para Emergências
• NBR 14.064 - Atendimento de Emergência no Transporte Terrestre de Produtos Perigosos
• NT 17/2021 CBMMA - Brigada de incêndio – Parte 1 – Brigada de incêndio orgânica
• NBR 14.619 - Transporte Terrestre de Produtos Perigosos - Incompatibilidade Química
• NBR 14.725 - FISPQ – Ficha de Identificação e Segurança do Produto Químico
• NBR 14.608 - Bombeiro Profissional Civil
• NBR 15.219 - Plano de emergência contra incêndio — Requisitos
• NBR 17.505 - Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis
• Norma Técnica P4.261 – CETESB
• POL 0019 G - Política de Sustentabilidade VALE
• PNR-000069 - Requisitos de Atividades Críticas
• PRO-027476 - Avaliação Preliminar de Riscos e Levantamento de Aspectos e Impactos
• PGS 003123 - Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos em SSMA
• PGS - 000263 - Gestão de Ocorrências Ferroviárias
• PGS - 003038 – Diretrizes para Gestão de Produtos Químicos
• PGS - 001719 – Gerenciamento de Resíduos
• PGS - 003145 – Recuperação de Áreas Degradadas – RAD
• Lei 6.546/1995 – Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do estado do Maranhão
• PNR-000066 – Gerenciamento de resposta a emergência
• PGS-004079 – Equipes e Recursos de Resposta a Emergência
• PGS-004078 – Programa de Treinamentos Exercícios Simulados

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3. DEFINIÇÕES

TERMO ABREVIAÇÃO DEFINIÇÃO


(Se aplicável)
Agências públicas Não aplicável São entidades que podem ter acesso livre à unidade
para ajudar em emergências, porém respeitando as
normas internas da empresa. São consideradas
entidades externas de apoio: Corpo de Bombeiros,
Polícia Militar, Polícia Civil, Hospitais, Defesa Civil, Órgão
Ambiental e outras que vierem a ser definidas pela
Brigada de Emergência
Alarme de Emergência Não aplicável aviso sonoro e/ou luminoso, originado por uma pessoa
ou por um mecanismo automático, destinado a alertar as
pessoas sobre a existência de uma emergência
Área Sensível: Não aplicável Área que pode ser impactada adversamente de forma
significativa, quando atingidas pelas consequências da
emergência. Dentre elas, incluem-se regiões com
populações circunvizinhas, regiões que tenham
importâncias econômicas, turísticas, recreativas, ou
ainda regiões que sejam ecologicamente relevantes e/ ou
sensíveis em termos de impactos ambientais.
Bombeiro profissional civil Não aplicável Elemento pertencente a uma empresa especializada, ou
da própria administração do estabelecimento, com
dedicação exclusiva, que presta serviços de prevenção
de incêndio e atendimento de emergência
Brigada de incêndio: Não aplicável Grupo organizado de pessoas preferencialmente
voluntários ou indicadas, treinadas e capacitadas para
atuar na prevenção e no combate ao princípio de
incêndio, abandono de áreas e primeiros socorros,
dentro de uma área preestabelecida na planta.
Centro de Controle de CECOM Local onde atividade ou sistema é centralmente
Emergência e Comunicação monitorado, direcionado e os recursos de resposta a
incidentes e emergências estão disponíveis para serem
acionados através do 0800 22850 193
Centro Operaçional Integrado COI Central de monitoramento da Estrada de Ferro Carajás
Centro de Controle de CCE Central de monitoramento operada pela Segurança
Emergência. Empresarial
Contenção Não aplicável Obstáculo construído de material natural ou artificial
buscando reter produtos perigosos, para garantir que ele
seja efetivamente impedido de se dispersar no meio
ambiente
Crise Não aplicável Situação indesejada, instável e complexa, acarretada
pela ocorrência de um evento (emergencial ou não), que
apresenta uma grave ameaça às pessoas, ao meio
ambiente, aos ativos, à reputação, aos objetivos
estratégicos e/ou às operações da Vale
Derrame Não aplicável Qualquer liberação, súbita ou não, de produto químico,
normalmente no estado líquido ou sólido, para o solo,
subsolo, água, superfícies ou atmosfera que possa
colocar em risco a integridade física das pessoas e/ ou
causar danos ambientais.
Dono da ocorrência Não aplicável Empregado definido pela matriz da classe da ocorrência,
responsável por todas as ações no atendimento à
ocorrência e por indicar o Coordenador Local.
Estrada de Ferro Carajás EFC Linha férrea composta de 892 km

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Emergência Não aplicável Toda ocorrência que foge ao controle de um processo,


sistema ou atividade, da qual possam resultar danos as
pessoas, ao meio ambiente, aos equipamentos ou ao
patrimônio próprio ou de terceiros, envolvendo atividades
ou instalações, e que requeiram o acionamento rápido de
uma Estrutura Organizacional de Resposta.
Emergência ambiental Não aplicável Desastre de início repentino ou acidente resultante de
fatores naturais, tecnológicos ou induzidos pelo homem,
ou uma combinação destes, que causam ou ameaçam
causar graves danos ambientais, bem como danos à
saúde humana e/ou aos meios de subsistência.
Equipe de Resposta Tática TRT Equipe que operacionaliza as estratégias e táticas de
resposta em campo
Equipe de Gerenciamento de IMT Equipe que apoia e provê todo o suporte necessário a
Emergência atuação do TRT, fornecendo direcionamento estratégico,
assegurando medidas de saúde e segurança para os
respondedores, além de assumir ações de gestão da
emergência, sempre que necessário.
Equipe de Resposta Regional ERR As Equipes de Resposta Regionais são equipes
independentes formadas por indivíduos numa Região
geográfica designada e coordenadas por um membro da
equipe de RE Corporativa. As ERRs devem ser
suficientemente equipadas para prestar assistência com
a resposta inicial a uma emergência significativa dentro
de suas respectivas Regiões.
Fogo classe A Não aplicável Fogo em materiais combustíveis sólidos, que queimam
em superfície e profundidade, deixando resíduos.
Fogo classe B Não aplicável Fogo em líquidos e gases inflamáveis ou combustíveis
sólidos, que se liquefazem por ação do calor e queima
somente em superfície.
Fogo classe C Não aplicável Fogo em equipamentos de instalações elétricas
energizadas.
Fogo classe D Não aplicável Fogo em metais pirofóricos.
Hazard identification and risk HIRA
assessment
Incêndio Não aplicável Situação em que o fogo não foi controlado pela utilização
de aparelhos extintores e que passa a proporções que
somente podem ser controladas por equipes de
emergência (brigadistas, bombeiros etc.)
Incident Command System ICS Metodologia estadunidense de Comando e Controle de
emergências, proposta pelo Departamento de Segurança
Nacional dos EUA (U.S. Department of Homeland
Security) e a Agência Norte-Americana de Gestão de
Emergências (Federal Emergency Management Agency -
FEMA).
Meio Ambiente Não aplicável Circunvizinhança em que uma organização opera,
incluindo água, ar, solo, recursos naturais, flora, fauna,
seres humanos e suas inter-relações.
Ponto de Encontro Não aplicável Lugar geograficamente definido e devidamente
identificado onde as pessoas se encontram após
abandono da área de trabalho, onde devem aguardar o
final da emergência ou novas instruções da Brigada
profissional.
Procedimento de Abandono de Não aplicável Prevê os passos para o abandono seguro da localidade
Área pelos empregados, contratados e visitantes de modo que
não ocorram atropelos e consequentes acidentes, o que

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pode agravar a emergência.


Procedimento de Contingência Não aplicável Prevê as ações que devem ser tomadas quando houver
acidentes com múltiplas vítimas, vazamento ou derrame
de produtos químicos, de forma que danos aos
empregados e ao meio ambiente sejam evitados ou, pelo
menos, minimizados
Procedimento de Parada de Não aplicável Prevê todas as atividades que o empregado deve
Emergência realizar, ao ouvir o sistema de comunicação de
emergência (alarme de emergência, alta voz e contatos
telefônicos, entre outros), referentes ao uso de
máquinas, equipamentos e produtos químicos por ele
utilizados.
Recursos Materiais: Sistemas e equipamentos de
combate, atendimento e salvamento que devem estar
adequadamente distribuídos pelas áreas de riscos
Plano de Emergência PAE Plano que contém as diretrizes e o conjunto de ações
para mitigar, preparar e responder às emergências que
possam resultar em danos as pessoas, meio ambiente,
aos equipamentos ou ao patrimônio próprio ou de
terceiros, envolvendo atividades ou instalações Vale.
Plano de Auxílio Mútuo PAM Pessoa jurídica de direito privativo sem fins lucrativos,
com estatuto e sede estabelecida, interligada por sistema
eletrônico de comunicação, organizada mediante plano
formal de atuação, que visa a prevenção, controle e
mitigação de emergências, coma atuação cooperativa e
de forma organizada entre as empresas e os órgãos
públicos sob a coordenação operacional do corpo de
bombeiros.
Riscos relativos à segurança, à Não aplicável É a probabilidade de ocorrerem danos à saúde e
saúde e ao meio ambiente integridade física dos trabalhadores da VALE e
contratadas, ao meio ambiente, patrimônio, multas,
interdição e/ ou suspensão de atividade, que possam ser
causados por atividades, produtos ou serviços
Rota de Fuga Não aplicável Trajeto definido projetado para fornecer aos empregados
um meio seguro e previsível de abandono do seu local
de trabalho em caso de emergência.
Resposta a Emergência RE Operações focadas em resposta a uma emergência
como definida num PRE, incluindo atividades físicas no
local e atividades de apoio às pessoas que conduzem
atividades de resposta estratégica e tática.
Rotina operacional Não aplicável Evento controlável pela própria pessoa ou equipe
envolvida que não gera riscos as pessoas ou impacto de
qualquer natureza imediato à empresa. Neste caso deve-
se informar ao CECOM para registro, porém, o plano de
emergência da unidade não é acionado.
Simulação / Exercício Não aplicável Exercício prático realizado periodicamente para manter a
equipe de emergência e força de trabalho geral em
condições de enfrentar uma situação real de emergência.

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4. CARACTERIZAÇÃO DA VALE - ESTRADA DE FERRO CARAJAS
4.1 DADOS CADASTRAIS

Este Plano aplica-se a todos as Gerências da Estrutura Organizacional da Gerência Executiva, às


Gerências de Área e Coordenações com instalações na EFC.

Razão Social: VALE S/A


Nome Fantasia: VALE - ESTRADA DE FERRO CARAJAS
CNPJ: 33.592.510/0378-21 - Filial
49.11-6-00 - Transporte ferroviário de carga 
49.12-4-01 - Transporte ferroviário de passageiros
Ramo de Atividade:
intermunicipal e interestadual 
33.15-5-00 - Manutenção e reparação de veículos ferroviários 
Endereço: Av. dos Portugueses 
Bairro: Itaqui
CEP: 65.085-582
Cidade: São Luis 
Estado: MA

Este Plano de Atendimento a Emergência abrange todas as instalações que compõem a EFC da VALE
nos Estados do Maranhão e Pará.

4.2 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

A EFC está localizada nos estados do Maranhão e Pará, respectivamente nas Regiões Nordeste e
Norte do Brasil, entre os limites geográficos definidos pelos paralelos 2°34’00” e 44°19’00” de latitude
sul e meridianos 44° 19’ 00” e 50° 08’ 00” de longitude oeste.

Convencionou-se que o ponto de partida do estaqueamento definido pela quilometragem é o quilômetro


0 (zero), localizado no início do Terminal Ferroviário Ponta da Madeira - TFPM, em São Luís no Estado
do Maranhão, e o ponto final é o quilômetro 892, no início do Terminal Ferroviário de Carajás, em
Parauapebas no Estado do Pará.

O traçado da ferrovia está disposto na direção nordeste - sudoeste. De um modo geral percorre a
planície Amazônica, passando baixadas próximas a vales e seguindo próximo ao percurso dos rios,
principalmente ao curso dos rios Pindaré e Itacaiúnas. Tem elevação de greide entre os quilômetros 420
e 570, para travessia da Serra do Tiracambu e, ao final, para acessar o altiplano de Carajás.

Toda esta estrutura está dividida administrativamente em 4 (quatro) regionais:

• Regional I: São Luis a Bacabeira


Linha tronco do km 00 ao km 81,970.

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• Regional II: Vitória do Mearim, Santa Inês, Alto Alegre e Nova Vida.
Linha tronco do km 81,970 ao km 446,111.

• Regional III: Açailândia, SPAB e Marabá.


Linha tronco do km 446,111 ao km 784,620c

• Regional IV: Marabá, Parauapebas e Ramal Ferroviário S11D.


Linha tronco do km 784,620 ao km 892 da EFC.
Ramal S11D (início no km 858 da linha tronco): km 00 ao km 101.

Abaixo segue uma descrição resumida da infraestrutura de Transporte da Estrada de Ferro Carajás
(EFC). O detalhamento das informações está presente no Capítulo 02 - Caracterização do
Empreendimento e da Região no Estudo de Análise de Riscos da Estrada de Ferro Carajás – EFC –
Operação Atual.

Composição da Estrada de Ferro Carajás 01 linha tronco e 05 ramais


Extensão total 1033,05 km
Extensão da Linha Tronco: 892,00 km
Extensão dos Ramais: 141,05 km
Ramal Bacabeira 13,80 km
Ramal Pátio de Carga 13,34 km
Ramal CDI 7,28 km
Ramal S11D 101,00 km
Ramal do Sossego 5,63 km
Nº de Terminais: 03
Nº de Entrepostos: 03
Nº de Pátios de Cruzamento: 60
Nº de Instalações Fixas da Via Permanente: 08
Nº de Locomotivas: 258
Nº de Vagões de Minério: 15.793
Nº de Vagões de Carga Geral: 2.012
Capacidade por eixo: GDT: 32,5 e GDU: 37,5
Nº total de carros de Passageiros: 39
Carros Econômicos 21
Carros Executivos 6
Carros Restaurantes 2
Carros Lanchonetes 2
Carros Especiais 2
Carros Bagageiros 2
Carros Geradores 4

4.3 PRODUTOS QUÍMICOS ENVOLVIDOS

Atualmente, a EFC está capacitada, de acordo com o relatório de acompanhamento anual das
concessões ferroviárias ANTT (2013), ao transporte ferroviário de aproximadamente 120 Milhões de TU

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(Toneladas Úteis) por ano de minério de ferro e outros produtos, limite que já está sendo atingido
atualmente.

Nos últimos 5 anos, as composições da EFC transportaram cerca de 512 milhões de (TU) de minério de
ferro proveniente da Província Mineral de Carajás, embarcado no Terminal Ferroviário de Carajás
(TFCJ), no município de Parauapebas/Pará, além de outros produtos também transportados na ferrovia.

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Quadro 1 - Produtos Transportados pela Estrada de Ferro Carajás

PRODUTO ORIGEM DESTINO Distância (KM) TU (mil) TKU (mil)

Carajás Marabá 153 349,374


Minério de ferro Carajás Açailândia 379 2.116,012
2.423.079,750
MI Carajás Rosário 378 197,338
Subtotal 910 2.662,725
Marabá P. Madeira 739 422,748
Açailândia P. Madeira 513 899,956
Ferro Gusa 2.494.563,300
Rosário P. Madeira 514 89,844
Subtotal 1.766 1.412,550
Ferro Níquel Parauapebas P. Madeira 861 58,707 50.546,727
Manganês Marabá P. Madeira 739 15,654 11.568,306
Carvão Mineral P. Madeira Parauapebas 861 101,719 87.580,059
Coque P. Madeira Açailândia 513 6,518 3.343,734
Conc. de Cobre Parauapebas P. Madeira 861 690,356 594.396,516
Contêineres Parauapebas P. Madeira 861 6,075 5.230,575
P. Madeira Marabá 739 200,147
P. Madeira P. Madeira 5 141,289
Óleo Diesel P. Madeira Carajás 892 170,564 1.895.409,404
P. Madeira Açailândia 513 369,995
Subtotal 2.149 881,996
P. Madeira Marabá 739,00 55,423
Gasolina P. Madeira Açailândia 513,00 96,728 190.493,052
Subtotal 1.252 152,151

Carajás Marabá 153 264,524


Minério de ferro Carajás Açailândia 379 2.359,246
2.478.269,430
MI Carajás Rosário 378 99,603
Subtotal 910 2.723,373
Marabá P. Madeira 739 81,959
Açailândia P. Madeira 513 1.061,763
Ferro Gusa 2.076.575,824
Rosário P. Madeira 514 32,141
Subtotal 1.766 1.175,864
Ferro Níquel Parauapebas P. Madeira 861 11,425 9.836,925
Manganês Marabá P. Madeira 739 92,464 68.330,896
Escória Açailândia P. Madeira 513 10,01 5.135,130
Carvão Mineral P. Madeira Parauapebas 861 180,166 155.122,926
Conc. de Cobre Parauapebas P. Madeira 861 840,456 723.632,616
Contêineres Parauapebas P. Madeira 861 0,87 749,070
P. Madeira Marabá 739 164,665
P. Madeira P. Madeira 5 175,672
Óleo Diesel P. Madeira Carajás 892 171,690 1.871.759,659
P. Madeira Açailândia 513 358,963
Subtotal 2.149 870,991
P. Madeira Marabá 739,00 41,222
Gasolina P. Madeira Açailândia 513,00 85,245 158.336,684
Subtotal 1.252 126,467

A lista de mercadorias manuseadas ou transportadas foi elaborada com base nas informações
fornecidas pela operação de pátios.

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Quadro 2 - Produtos Manuseados ou Transportados nas instalações fixas da EFC.

Classe
Prod. Número
Nome Apropriado de
Nome Comercial Operação Perigos ONU de Risco GE
para Embarque Risco
o (NR)
(CR)
ACETILENO,
Acetileno Armazenagem SIM 1001 2.1 239 N/A
DISSOLVIDO
ARGONIO,
Argônio Comprimido Armazenagem SIM 1006 2.2 20 N/A
COMPRIMIDO
DIÓXIDO DE
Dióxido de Carbono Armazenagem SIM 1013 2.2 20 N/A
CARBONO
Oxigênio OXIGÊNIO,
Armazenagem SIM 1072 2.2 25 N/A
Comprimido COMPRIMIDO
Gás Liquefeito do Gás Liquefeito do
Armazenagem SIM 1075 2.1 23 N/A
Petróleo (GLP) Petróleo (GLP)
Álcool Anidro /
ETANOL (ALCOOL Transporte/
Álcool Hidratado/ SIM 1170 3 33 N/A
ETÍLICO) Armazenagem
Etanol
Transporte/
Óleo Diesel ÓLEO DIESEL SIM 1202 3 30 III
Armazenagem
Transporte/
Gasolina Comum GASOLINA SIM 1203 3 33 II
Armazenagem
00 00 60 KCL
(Cloreto de N/A Transporte NÃO N/A N/A N/A N/A
Potássio)
11 52 00 46H20 MA
(Di-hidrogênio
N/A Transporte NÃO N/A N/A N/A N/A
ortofosfato de
amônio)
00 20 00 15H2O
18Ca8S SS N/A Transporte NÃO N/A N/A N/A N/A
(Superfosfato)

4.4 CARACTERIZAÇÃO DO ENTORNO

A EFC está localizada em uma área servida por várias rodovias federais e estaduais que garantem o
acesso regional a pontos específicos da sua linha tronco principal e ramais, assim como as estradas
vicinais transversais.

A linha-tronco principal, seus ramais e as instalações fixas de interesse estão localizadas nas bacias
hidrográficas do Atlântico Nordeste Ocidental e Tocantins-Araguaia, possuindo uma rede aproximada de
360 cursos d’água cruzando ou em sentido paralelo à ferrovia.

Com relação aos aspectos do Meio Biótico, a ferrovia está totalmente inserida no Bioma Amazônia,
próxima ao limite com o Bioma Cerrado, e apresenta interface direta com pelo menos 4 Unidades de
Conservação de uso sustentável e Terras Indígenas.
Ao longo de todo o seu trecho foram identificados aproximadamente 134 núcleos populacionais numa
faixa de até 1 km de distância.

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Figura 1 - Traçado geral da EFC (linha tronco e ramais), dividido por regionais, e sua relação com o
entorno.

4.5 DISTRIBUIÇÃO POPULACIONAL NO ENTORNO DA EFC:

Os núcleos urbanos e aglomerados rurais (comunidades) localizados em uma faixa com largura média
de 1km, sendo 500 m para cada lado do eixo da ferrovia.

Quadro 3 – Núcleos urbanos presentes ao longo da EFC.

Comunidade Km EFC Regional


Vila Maranhão 0 1
Sitinho 1 1
Ananadiba 6 1
Pedrinhas 8 1
Coqueiro 17 1
Periz Baixo 38 1
Periz de Cima 39 1
Beira do Campo 40 1
Gameleira 43 1
Zé Pedro 45 1
São Pedro 51 1
Ramal do Adube 53 1
São Bernardo 59 1

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Comunidade Km EFC Regional


Centrinho 60 1
Igarapé do Peixe 61 1
Cai Cocô 62 1
Carionguinho 71 1
Outeiro do Pires 72 1
Mata dos Pires 72 1
Ribeiro 78 1
Santo Antonio do Bonfim 79 1
Tingidor do Campo 82 2
Monte Belo 83 2
Santa Rosa dos Pretos 83 2
Frades 84 2
Santa Helena/Juçara 84 2
Picos I/São José dos Matos/ Jaibara dos Rodrigues 85 2
Outeiro dos Nogueiras/Jaibara dos Nogueiras 85 2
Jabará 88 2
Pedrinhas e Queluz 92 2
Queluz-Capinzal 92 2
Monge Belo 93 2
Morro do Alexandre 93 2
Pacova 97 2
Capotal 105 2
Campestre 108 2
Cariongo I, II e III 110 2
Água Branca e Preta 114 2
Boca do Mel dos Carneiros 121 2
Bubasa 124 2
Colônia Pimentel 128 2
Quindiu 131 2
Serraria 134 2
Capim Açú 135 2
Laranjeira Praxedes 137 2
Encruzi 138 2
Moitas 140 2
Todo Dia 145 2
Escondido 146 2
Boa Vista Alegre do Pindaré 149 2
Titirical 153 2
São Lourenço 153 2
Baiano 158 2
Acoque 158 2
Vila Nova 161 2
Caçoada 162 2
Floresta 162 2
Praqueú 167 2
São Vicente 171 2

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Comunidade Km EFC Regional


Coqueiro 174 2
Rita 175 2
São Benedito/ Andirobal 178 2
Vila Diamante 182 2
Cajazeira 188 2
Cutia Pelada 207 2
Piquizeiro 212 2
Olho D'água dos Carneiros 214 2
Morada Nova 223 2
Colônia Pimentel 224 2
Serrinha 230 2
Marmorana 245 2
São Miguel/Flor do dia 250 2
Bacuri 260 2
Alto Alegre 264 2
Vila Fufuca 265 2
Mineirinho 277 2
Arapapá 284 2
Três Bocas 287 2
TI Maçaranduba * 289 2
Auzilândia 294 2
Boa Vista 305 2
TI Caru 308 2
Altamira 312 2
Roça Grande 317 2
Aparizal 318 2
Tucumã 326 2
Presinha 330 2
Vila Pindaré 334 2
Presa de Porco 334 2
Vila União 343 2
Vila Concórdia 345 2
Centro de Farias 352 2
La Bote 358 2
Varig 367 2
Assentamento Verona 374 2
Nova Vida 384 2
Centro da Roça 387 2
Fazenda Minas Gerais 404 2
Vila Rio Azul 425 2
Assentamento Planalto I e Boa Esperança 455 3
Novo Oriente 457 3
Assentamento Fco Conceição 466 3
Assentamento Fco Romão 466 3
Assentamento João do Vale 473 3
Fazenda Joana D'arc 499 3

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Comunidade Km EFC Regional


Piquiá 511 3
Vila Edemar 525 3
Faz. Suzano 534 3
Faz. Ferro Gusa 534 3
Vila Palmeira 538 3
Trecho Seco 541 3
São João do Andirobal/ Andirobal 565 3
Assentamento São Jorge - MST 575 3
Davilândia 591 3
Marcolândia 600 3
Jatobazinho 608 3
Assent. Água Branca 633 3
Cabeça Gorda 652 3
Cocal 662 3
Mauricia 671 3
Capitão 678 3
Muruim 679 3
Casca Seca 686 3
TI Mãe Maria 696 3
São Félix 720 3
Espírito Santo 722 3
Vila do Feijão 723 3
N. S. Aparecida 729 3
km 07 731 3
Vila Itainópolis 785 4
Fazenda Mirandas 800 4
Vila Pamares II – MST 847 4
Vila Palmares I – MST 860 4

Variações na largura dessa faixa de mapeamento foram consideradas a fim de englobar, por exemplo, a
totalidade de um bairro inserido parcialmente na faixa de terras considerada. Foram mapeados 134
núcleos populacionais, nessa faixa de terras, conforme apresentado nas figuras supracitada.

Três dessas sedes municipais – Alto Alegre do Pindaré, Igarapé do Meio e Tufilândia estão
integralmente inseridas na faixa de 1 km. As sedes municipais de Santa Rita, Marabá e Açailândia estão
parcialmente inseridas na referida faixa de terras, mais especificamente alguns bairros destas sedes
municipais.

5. CENÁRIOS DE RISCO

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Neste capítulo está apresentada a relação dos cenários acidentais pertinentes às instalações/operações
da VALE EFC de acordo com a Análise Preliminar de Riscos (APR), , GRN e HIRA que subsidiam
para elaboração do PAE. São eles:

5.1 INSTALAÇÕES FIXAS

Cenário de risco Fonte


Incêndio/Explosão ocasionado por produto perigoso Classe 2 - Gás APR
Inflamável (GLP, Acetileno etc.) e Oxigênio
Incêndio/Explosão ocasionado por produto perigoso Classe 3 - Líquido APR
Inflamável (Óleo Diesel, Gasolina, Álcool anidro/hidratado etc.) em
instalações que possuam áreas de armazenagem e/ou grandes galerias
subterrâneas de passagens de tubulação e cabos
Incêndio/Explosão ocasionado por vapores de produto perigoso Classe 3 - APR
Líquido Inflamável (Óleo Diesel, Gasolina, Álcool anidro/hidratado etc.)
Incêndio/Explosão nas subestações de energia elétrica APR
Contaminação Ambiental (água e solo) ocasionada por vazamento de APR
produtos
Contaminação Ambiental (ar) ocasionada por emissão de particulados APR
Explosão de Caldeira – Classe 2 (GLP); APR
Incêndio na central de tratamento de resíduos, prédios administrativos e APR
oficinas
Vazamento de produto radioativo (Carbono-14 ou Césio 137), nos APR
instrumentos de medição das estações de monitoramento do ar ao longo da
EFC (11 estações) ou equipamento de Raio-X no laboratório de análise de
amostras de Fe no Terminal Ponta da Madeira em São Luis - 21 fontes
radioativas.
Perda operacional do Centro de Controle GRN/HIRA
Colapso de um dos silos de carregamento de Serra Norte GRN/HIRA
Acidente de grandes proporções na Oficina Central GRN/HIRA
Incêndio e Explosão no PIAL GRN/HIRA
Colapso de um dos Silos de Carregamento de Serra Sul GRN/HIRA

5.2 LINHA TRONCO E RAMAIS:

Cenário de risco Fonte


Contaminação ambiental ocasionada por vazamento de líquidos pós APR
descarrilamento/colisão dbo trem;
Incêndio/explosão de produto perigoso Classe 3 - Líquido Inflamável (Diesel, APR
Gasolina, Álcool Anidro/Hidratado) após descarrilamento/colisão do trem
Descarrilamento/colisão com ou sem incêndio do trem de passageiros APR
Atropelamento de pessoas ou colisão de veículos ou equipamentos APR
ferroviários na linha tronco ou ramais;
Atropelamento de animais silvestres na linha tronco ou ramais; APR
Incêndio em vegetação APR
Queda de carga (pneus, barra de trilhos, rodeiro de vagão, dormentes, peças APR
etc.);
Descarrilamento com ou sem incêndio dentro de túneis (Ramal S11D) APR
Queda parcial ou interdição da Ponte Rio Tocantins. GRN/HIRA
Interdição da via por alagamento na região do Rio Vermelho (próximo a GRN/HIRA
Marabá).

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Colisão ou soterramento de veículo ferroviário por desplacamento e/ou GRN/HIRA


queda de blocos rochosos, talude ou desmoronamento de emboques sobre a
Ferrovia.
Conflitos com comunidades na Estrada de Ferro Carajás. GRN/HIRA
Acidente ferroviário grave com o trem de combustível. GRN/HIRA
Abalroamento grave GRN/HIRA
Atropelamento de empregados ou contratados por veículos ou equipamentos GRN/HIRA
ferroviários.
Acidente grave com trem de passageiros GRN/HIRA
Supressão ou Interrupção da Viagem do Trem de Passageiros GRN/HIRA
Tombamento de trem atingindo comunidades ou edificações GRN/HIRA
Perda de contenção de Diesel durante transporte de caminhão e GRN/HIRA
abastecimento de máquinas e lancha

5.3 CENÁRIOS COMUNS A QUALQUER ATIVIDADE (IF OU LTR):

Cenário de risco Fonte


Deslizamento ou desabamento APR
Acidentes envolvendo trabalho em altura APR
Acidentes envolvendo movimentação de carga APR
Acidentes envolvendo espaço confinado APR
Acidente pessoal ou mal súbito APR
Acidentes com animais peçonhentos APR
Acidentes envolvendo trabalhos com eletricidade (choque elétrico, APR
queimadura, curto circuito, arco voltaico).

6. RESULTADOS DOS EFEITOS FÍSICOS E VULNERABILIDADE

Para a estimativa dos efeitos físicos e análise da vulnerabilidade realizados para os cenários
relacionados à grande liberação de produtos perigosos na VALE EFC, foram identificados 07 (sete)
Hipóteses Acidentais (HIP) referentes aos cenários identificados na APR. Estes cenários estão
associados à liberação de inventários de líquido inflamável, com potencial para gerarem os efeitos de
jato de fogo, incêndio em poça, explosão/incêndio em nuvem e bola de fogo. Vale lembrar que foram
separados em dois segmentos:

• LTR - Linha Tronco e Ramais; e


• IF - Instalações Físicas.

No Quadro 3, abaixo estão relacionados todos os Eventos Iniciadores relacionados para as estimativas
dos efeitos físicos e avaliação de Vulnerabilidade.
Quadro 4 - Hipóteses Acidentais da Linha Tronco e dos Ramais

Hip-01_ltr: Descarrilamento de trem contendo produtos perigosos - Classe 3 (óleo diesel, gasolina
e álcool hidratado/anidro).
Hip-02_ltr: Colisão de trem contendo produtos perigosos - Classe 3 (óleo diesel, gasolina e álcool
hidratado/anidro).
Hip-03_LTR: Perda de contenção (liberação) de produtos perigosos - Classe 3

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(Óleo diesel, gasolina e álcool hidratado/anidro).

Obs.: Os cenários de GLP considerados no estudo anterior foram desconsiderados neste EAR, pois a
VALE não transporta mais este produto na EFC.
Para a APR das Instalações Fixas, as hipóteses acidentais cujos cenários são passíveis de simulação
são apresentados no Quadro 4.

Quadro 5 - Hipóteses Acidentais das Instalações Fixas Passíveis de serem simulados

Hip-01_if: Perda de contenção de produto perigoso (liberação) – Classe 2 (Acetileno, GLP etc.).
Hip-02_if: Perda de contenção (liberação) de produtos perigosos - Classe 03 - (Óleo Diesel,
Gasolina e Álcool Hidratado/Anidro).
Hip-03_if: Ignição da Fase Vapor de Tanques, Caminhões e Vagões-Tanque.
Hip-04_if: Explosão da Caldeira.

Os dados meteorológicos foram trabalhados e estão apresentados detalhadamente no EAR VALE EFC.
Os dados meteorológicos abaixo utilizados nas simulações foram separados em dois blocos,
considerando uma distribuição entre as estações do Estado do Maranhão (São Luis e Buriticupu) e o
outro as estações do Estado do Pará (Rondon do Pará, Marabá e Parauapebas - Serra dos Carajás). O
critério para a escolha dos parâmetros foi a prevalência, isto é, foram escolhidos os valores mais
frequentes para melhor representar as condições ambientais na modelagem dos acidentes.

Quadro 6 - Resumo dos parâmetros climatológicos utilizados nos cálculos do Estudo de Análise de
Riscos

Dados Meteorológicos Valor


Temperatura Média do Ar (Maranhão/MA) 32,3ºC
Temperatura Média do Ar (Pará/PA) 24,7ºC
Temperatura do Solo (Maranhão/MA) 37,3ºC
Temperatura do Solo (Pará/PA) 29,7ºC
Umidade Relativa do Ar (Maranhão/MA) 81,5%
Umidade Relativa do Ar (Pará/PA) 81,0%
Classe de Estabilidade Atmosférica (Pasquill) (Maranhão/MA) B
Classe de Estabilidade Atmosférica (Pasquill) (Pará/PA) F
Rugosidade do Solo (Maranhão/MA e Pará/PA) 0,10
Velocidade Média do Vento (Maranhão/MA) 2,3 m/s
Velocidade Média do Vento (Pará/PA) 1,7 m/s

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Quadro 7 - Relação das distâncias vulneráveis para LTR.

Distâncias (m)

Explosão de nuvem
Incêndio Incêndio em poça Jato de fogo (bar) Bola de fogo
HIP em nuvem
MA PA MA PA MA PA MA PA
(50% LII)

MA PA 1,6 4,0 1,6 4,0 1,6 4,0 1,6 4,0 0,02 0,07 0,02 0,07 1,6 4,0 1,6 4,0

Hip-01,02,03_lt
64 149 279 194 281 195 - - - - 103 63 111 68 NH NH NH NH
r (Álcool)

Hip-01,02,03_lt
45 36 197 126 192 122 - - - - 56 37 60 39 NH NH NH NH
r (Diesel)

Hip-01,02,03_lt
244 262 211 128 207 124 - - - - 417 266 582 369 NH NH NH NH
r (gasolina)

NR- Not reached (não alcançado)


No Hazard (NH) – Sem efeitos físicos para a Hipótese Avaliada

No caso de um acidente envolvendo descarrilamento, colisão e/ou perda de contenção de vagão com
líquidos inflamáveis nas regiões de influência do Maranhão - MA e Pará - PA, os resultados indicam que
os efeitos para a (Gasolina) em incêndio em nuvem alcançariam 244m (MA) / 262m (PA) de extensão e
explosão não confinada de 266m (MA) / 369m (PA). As HIP-01, 02 e 03_LTR podem ser consideradas
as de PIOR CASO quando comparada com as demais hipóteses simuladas. Entretanto o software não
considerou nenhum sistema de contenção do derramamento do material como canaletas ou caminhos
preferenciais. Existe a possibilidade de fatalidades se houverem residências ou pessoas neste raio de
alcance. Não foram considerados possíveis efeitos dominó.
As Figuras 2, 3 e 4 ilustram uma simulação de um acidente de PIOR CASO nos Municípios de São
Luis/MA e Marabá/PA.

Figura 2 – Simulação dos efeitos para incêndio em nuvem e explosão não confinada na Linha Tronco no
Município de São Luis/MA.

Figura 3 – Simulação dos efeitos para incêndio em nuvem e explosão não confinada na Linha Tronco no
Município de Marabá/PA.

Figura 4 – Simulação dos efeitos para explosão não confinada (UVCE) para 0,02 bar e 0,07 bar na
Instalação Fixa do PIAL no Município de São Luis/MA.

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Figura 2 – Simulação dos efeitos para incêndio em São Luis-MA

Figura 3 – Simulação dos efeitos para incêndio em Marabá

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Quadro 8 – Relação das distâncias vulneráveis (continuação)

Distâncias (m)

Explosão de nuvem
Incêndio em poça Jato de fogo Bola de fogo
Incêndio em (bar)
(KW/m²) (KW/m²) (KW/m²)
HIP nuvem
(50% LII) MA PA MA PA MA PA MA PA

MA PA 1,6 4,0 1,6 4,0 1,6 4,0 1,6 4,0 0,02 0,07 0,02 0,07 1,6 4,0 1,6 4,0

Hip-01_if
11 30 - - - - - - - - 90 36 90 35 43 26 44 26
acetileno

Hip-01_if GLP 25 19 - - - - - - - - 162 70 165 71 115 71 118 73

Hip-02_if diesel 32 23 123 78 120 75 - - - - 33 25 30 18 NH NH NH NH

Hip-03_if TQ750 - - 104 70 - - - - - - 333 109 N/A N/A - - - -

Hip-03_if TQ350 - - 56 38 55 37 - - - - 197 64 197 64 - - - -

Hip-03_if TQ30 - - 32 22 32 22 - - - - 88 28 88 28 - - - -

Hip-03_if TQ15 - - - - - - - - - - 71 23 71 23 - - - -

Hip-04_if
- - - - - - - - - - 38 12 38 12 - - - -
Caldeira

NR- Not reached (não alcançado)


No Hazard (NH) – Sem efeitos físicos para a Hipótese Avaliada

Figura 4 – Simulação dos efeitos para explosão não confinada no PIAL

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Para cada Evento Iniciador é possível, a depender da sua evolução, a ocorrência de vários efeitos
físicos. Para os cenários simulados em questão, notou-se que os efeitos de Incêndio e Explosão em
Nuvem apresentaram resultados significativos. Deste modo, para este tipo de evento iniciador são
especificados os níveis de efeitos que foram utilizados para determinação da área vulnerável,
apresentados no Quadro 8, a seguir.

Quadro 9 - Níveis de Efeitos Utilizados nas Simulações

Boiling liquid expanding vapor explosion


Fonte: Diretrizes para o Gerenciamento de Riscos em Saúde, Segurança e Meio Ambiente – PGS-003123.

7. SISTEMAS DE ALERTA

No Quadro 10, a seguir, estão listados os equipamentos utilizados para alerta nas emergências.

Equipamento Descrição

Acionadores
Os acionadores manuais de alarme de incêndio estão distribuídos nos
manuais de alarme
prédios administrativos/operacionaisdas unidades da Vale
de incêndio

Detectores Os detectores automáticos de fumaça estão distribuídos nos ativos que


automáticos de são considerados críticos para a continuidade do negócio (Ex.: COI,
fumaça Oficinas)
Detectores Os detectores automáticos de fumaça estão distribuídos nos ativos que
automáticos de são considerados críticos para a continuidade do negócio (Ex.: COI,
temperatura Oficinas)
Os sinais sonoros de emergência estão distribuídos nos prédios do
Sinal sonoro de
complexo, em diversos pontos estratégicos sendo audíveis em todos os
emergência
setores onde estão instalados.
As sinalizações visuais de emergência estão distribuídas nos prédios do
Sinal visual de
complexo, em diversos pontos estratégicos, sendo visíveis em todos os
emergência
setores onde estão instalados.
Sistema de Em todas as subestações existentes no complexo e, em algumas áreas de

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arquivamento digital, o combate a incêndio através de sistema de agente


combate a incêndio
limpo, é disparado manualmente através de acionadores tipo abotoadeiras
com agente limpo
de dois tempos.

O sistema de comunicação através de rádio, conta com uma frequência


Rádios
através da faixa Help desk CCE: "Atendimento a emergência".

A comunicação de emergência também pode ser feita através de telefone


Telefones
específicos para a devida comunicação (08002806105 e ramal 111).

10. ACIONAMENTO DO FLUXO DE EMERGÊNCIA

O observador deve cumprir o PGS 002722 (ROF) nos casos de anormalidades e/ou ocorrências
detectadas durante suas atividades na ferrovia, sendo como documento mais restritivo e com limites
geográficos definidos. Para demais anormalidades e/ou ocorrências como por exemplo em prédios
administrativos e que não são atividades de manutenção e operação ferroviária, deve se cumprir o fluxo
de acionamento ao CECOM.

A partir do momento em que ocorreu a anormalidade e/ou ocorrência, o CECOM ou CCE é acionado
pelo Observador (maquinista, auxiliar ou outros) através do sistema de comunicação da locomotiva,
rádio, telefone celular e/ou 0800.

Nota: Caso o maquinista ou auxiliar sejam acometidos de lesão que os impossibilite de cumprir os
procedimentos de comunicação de emergência, este será feito pelo primeiro no local. Nestes casos, o
tempo entre a ocorrência e a comunicação da emergência irá depender do local onde ocorreu a
emergência (área urbana ou rural), podendo haver variação no tempo

10.1 ACIONAMENTO DE EMERGÊNCIA


Tabela de contatos para acionamento em caso de emergências

O QUE FAZER QUEM FAZ COMO FAZ


Acionar o CECOM em caso de Observador ou informante Acionando através do ramal
emergências em atividades que não
interno 193 ou telefone externo
são atividades de manutenção e
operação ferroviária 0800 2850 193
Acionar o (CCE – Centro de Observador ou informante Acionando através do rádio VHF
Controle de Emergência) em caso
na faixa do HelpDesk
de emergências em atividades de
manutenção e operação ferroviária

I. Na impossibilidade de entrar em contato com a CECOM e/ou CCE, avisar ao superior imediato via
celular, rádio ou ramal específico;
II. Descrever de forma mais precisa e objetiva possível a situação da emergência em andamento;
III. A comunicação deve ser clara, objetiva e breve, sendo proibidos conversa informal, alarme falso,

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IV. linguagem obscena, gíria ou brincadeira.
V. Fornecer a localização da emergência baseando-se em referências como “Ponto de Encontro” para
instalações fixas ou “através do TU (travessão único) ou Km” para a linha tronco ou ramais. Na
ausência de sinalizações identificar referências próximas ao local da ocorrência.
VI. Informar o nome e telefone de contato, relatar a situação com o máximo de detalhes, fornecer o
endereço corretamente e se possível, referências;
VII. Notificar se há vítimas de forma precisa, identificando a quantidade;
VIII. Caso o informante seja treinado e esteja preparado, fazer com que as pessoas abandonem o local
de forma segura;
IX. Não se expor a riscos desnecessários;
X. Esperar a chegada da equipe de atendimento a emergência;
XI. Só retornar ao local com a autorização da equipe de emergência;
XII. No caso de emergência com danos ambientais, deve-se avaliar a situação no local do acidente,
identificando a extensão dos danos ambientais, verificando se há existência de perigo ambiental tipo
vazamento de óleo, produtos químicos, gases, incêndios florestais, fontes de energias e informar:
a. A substância envolvida e seus riscos;
b. A extensão dos danos ambientais;
c. A presença de vítimas;
d. As medidas já adotadas para o controle; e
e. A descrição passo a passo do acidente.

10.2 CENTRAL DE COMUNICAÇÃO

A partir de iniciada a comunicação de emergência, o fluxo de comunicação deverá seguir para


acionamento dos recursos através do CECOM ou CCE da VALE EFC.

Todo acidente caracterizado como emergência nas instalações fixas deve ser comunicado ao Gerente
da Unidade, que será responsável por acionar o PAE, disponibilizar os recursos e comunicar o evento e
acionar o Comando Unificado (Grupo de Gerenciamento de Crises) dependendo do tamanho e da
gravidade da emergência.

O Comando Unificado é responsável em comunicar as emergências à diretoria e à presidência da


VALE, ao departamento de comunicação/imprensa se necessário, assim como as autoridades das
áreas de segurança, saúde e meio ambiente.

Em caso de impacto além dos limites da unidade, atingindo a comunidade no entorno:

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Equipe definida pelo Comando Unificado deve se deslocar para o local do incidente para prestar
esclarecimentos à comunidade;

Gerência da Unidade junto com departamento de comunicação/impressa deve preparar divulgação


sobre o ocorrido para esclarecimento à mídia / comunidade;

Coordenador da Emergência (gerente da unidade) deve coordenar as coletas (incluindo fotos) e análise
de amostras;

Coordenador da Emergência (gerente da unidade) deve definir estratégias de monitoramento para


acompanhar os impactos do incidente junto com a Brigada de emergência.

Coordenador da Emergência (gerente da unidade) deve preparar relatório de avaliação dos impactos
ambientais ou gravidade do acidente.

Coordenador de emergência (gerente da unidade) e gerencias devem investigar a necessidade de


assistência à comunidade e reparação de prejuízos materiais a terceiros.

Quando aplicável, gerente da unidade deve reportar o incidente e as ações tomadas aos órgãos de
controle ambiental e demais autoridades locais.

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11. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE RESPOSTA – EOR

COMANDO UNIFICADO
GRUPO DE GERENCIAMENTO PREVENÇÃO DE
RISCOS
DE CRISES

CC/CCE

RELAÇÕES JURÍDICO
INSTITUCIONAIS / RH

CONCESSÃO E CCO
ARRENDAMENTO

COMUNICAÇÃO / GESTÃO
IMPRENSA ECONÒMICA
/ SUPRIMENTOS
/ COMERCIAL

CONTROLE DE SERVIÇOS
DOCUMENTO COMPARTILHADOS

DONO DA
BRIGADA DE
OCORRÊNCIA
EMERGÊNCIA

COORDENADOR
LOCAL

SEGURANÇA SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE ELÉTRICA


EMPRESARIAL DEPARTAMENTO
MÉDICO

VIA PERMANENTE MANUTENÇÃO OPERAÇÃO ELETROELETRÔNICA


MECÂNICA

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12. PAPÉIS E RESPONSABILIDADES

12.1 COMANDO UNIFICADO


Formado por autoridades públicas, dono da ocorrência e gerente geral da área sinistrada.

a. Assumir a direção geral de todas as ações ligadas à eliminação das causas da emergência, do
controle e do combate aos seus efeitos;
b. Solicitar às Áreas da VALE e à Sede da Companhia, recursos materiais e humanos complementares
de combate a emergências;
c. Definir quem são os coordenadores de cada Grupo de Apoio;
d. Manter a Diretoria informada sobre o desenvolvimento dos trabalhos;
e. Garantir a disponibilidade de recursos corporativos;
f. Fornecer, à imprensa e à comunidade envolvida, informações relativas à emergência e as medidas
de combate e controle implementadas, assessorado pelo Grupo de Comunicação Social.
g. Garantir que os comunicados oficiais reflitam a posição acordada com as autoridades públicas;
h. Garantir que as ações estejam de acordo com as orientações das autoridades públicas;
i. Estabelecer ações de proteção através da disponibilização de recursos da companhia, externos ou
de empresas contratadas, visando garantir a segurança das populações e medidas de assistência
social a pessoas impactadas pela emergência;
j. Encerrar as Operações, com anuência dos Órgãos Ambientais;
k. Fazer a análise crítica das Ações de Emergência e coordenar a geração de um Relatório Descritivo
da Emergência;
l. Assumir a direção geral de todas as ações ligadas à eliminação das causas da emergência, do
controle e do combate aos seus efeitos;
m. Solicitar à Diretoria da Companhia, recursos materiais e humanos complementares de combate a
emergências.
n. O procedimento para evacuação da comunidade em locais vulneráveis ao acidente ocorrido deve
ser realizado pelas autoridades públicas competentes.

12.2 CECOM
O Centro de Controle de Emergência e Comunicação é operado 24h/dia e trabalha em turno de
revezamento, sendo equipado com um ramal interno 193 e do telefone com ligações gratuitas 0800-
2850 193, que recebe as ligações externas. O CECOM é o primeiro elemento de cadeia de ações a
receber a comunicação de emergência, através dos recursos disponibilizados pela VALE, tendo função
principal fazer as devidas comunicações após a ocorrência da emergência para os responsáveis
conforme fluxo de comunicação, além de manter contato permanente via telefone com o Dono da
Ocorrência no local do acidente, para receber os pedidos de ajuda e coleta de informações.

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12.3 CCE – CENTRO DE CONTROLE DE EMERGÊNCIA:
a. O Centro de Controle de Emergência é operado 24h/dia e trabalha em turno de revezamento, sendo
equipado com sistema de rádio de comunicação atuando na frequência do help desk (faixa de
emergência) em toda a EFC, que recebe os acionamentos internos de emergências em atividades
manutenção e operação ferroviária.
b. O CCE é o primeiro elemento de cadeia de ações a receber a comunicação de emergência
ferroviária, através dos recursos disponibilizados pela VALE, tendo como função principal fazer as
devidas comunicações após a ocorrência da emergência para os responsáveis conforme fluxos de
comunicação do PGS 004468, além de manter contato permanente com o Dono da Ocorrência no
local do acidente, para receber os pedidos de ajuda e coleta de informações.
c. Receber e registrar as informações iniciais do campo, coletando o máximo de detalhes da
emergência.
d. Colocar imediatamente o informante em contato com o CECOM.

12.4 RELAÇÕES COM COMUNIDADES


a. Contatar e atender as comunidades diretamente afetadas pelo emergência;
b. Avaliar a necessidade de reuniões com líderes comunitários.
c. Intermediar possíveis conflitos com a comunidade local;

12.5 RELAÇÕES INSTITUCIONAIS


a. Manter contato com autoridades local (Ex.: prefeito, polícia, bombeiro militar, secretaria de saúde)

12.6 COMUNICAÇÃO
a. Contatar os meios de comunicação, sendo atribuição exclusiva desta gerência a divulgação de
informações, notas e esclarecimentos de informações à mídia, ou a delegação de um preposto para
tais atribuições;
b. Monitorar a mídia, repercussões e necessidades de outros posicionamentos da empresa;
c. Avaliar juntamente com os demais envolvidos na ocorrência, a condução das ações de
comunicação, a repercussão junto aos públicos de interesse e próximos passos.
d. Produzir notas e aprovar com a área responsável nos casos em que houver a necessidade de
posicionamento oficial junto a imprensa.
e. Analisar em qual categoria se enquadra a emergência e quais os riscos para a imagem empresarial;

12.7 JURÍDICO
a. Coordenar o conjunto de medidas a serem tomadas junto aos órgãos judiciais, bem como
assessorar as áreas internas pertinentes e acompanhar os trabalhos no local da ocorrência,
diretamente ou através de escritórios contratados;

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b. O Jurídico será o canal de comunicação junto ao Ministério Público e Poder Judiciário (em conjunto
com a área de segurança patrimonial), assessorando a participação de prepostos e outros
representantes da empresa nos inquéritos e processos judiciais e/ou administrativos instalados por
conta da ocorrência com danos ambientais.

12.8 SUPRIMENTOS
a. Prover, acompanhar, distribuir e proceder de forma que todas as contratações ocorram no menor
tempo possível durante e após a ocorrência;
b. Efetuar a compra de recursos necessários, tais como: mangueiras, lonas, cordas, tambores etc.

12.9 GESTÃO ECONÔMICA


a. Disponibilizar recursos financeiros;
b. Organizar a documentação e abrir centro de custos/ projetos.

12.10 DONO DA OCORRÊNCIA:


a. Exercer a coordenação de todas as atividades necessárias para o controle da emergência,
permitindo a atuação integrada e organizada das diferentes equipes de controle.
b. Acompanhar a evolução da emergência e reavaliar as medidas tomadas periodicamente junto as
áreas envolvidas.
c. Manter contato permanente com o CECOM/CCE e com integrantes das equipes de controle da
emergência, para permitir a operacionalização de medidas de controle, apoio e recursos (materiais e
equipamentos) necessárias.
d. Convocar qualquer área que julgar necessária ao atendimento das emergências, mesmo que não
esteja diretamente descrita neste plano.
e. Convocar a brigada de emergência quando necessário.
f. Solicitar ao centro CECOM/CCE o acionamento de recursos externos como Prefeituras, Corpo de
Bombeiros, Defesa Civil, empresas de ônibus, entre outros, quando necessário.
g. Auxiliar as entidades externas de apoio.
h. Avaliar o relatório com causas, consequências e operações de atendimento, tomando as medidas
corretivas e preventivas cabíveis.
i. Disponibilizar alimentação, água, banheiros químicos, hospedagem ou outros recursos necessários
para o atendimento da emergência. 

12.11 COORDENADOR LOCAL

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a. Desempenhar as atribuições do Dono da Ocorrência, durante a emergência, até a chegada deste ao
local da emergência. Esta função é muito importante visto que o Dono da Ocorrência poderá estar
ausente da Unidade durante a jornada diária de operação da mesma.
b. Controlar a situação no local do acidente, permitindo a atuação integrada e organizada das
diferentes equipes de atendimento.

c. Solicitar ao operador do CCE o acionamento de recursos para a retirada de feridos ou para


deslocamento de especialistas para o local da emergência.

d. Orientar para o isolamento de área e sua evacuação dando especial atenção aos feridos, pessoas
idosas, pessoas com necessidades especiais, gestantes e crianças.

e. Manter contato permanente com o Dono da Ocorrência e com integrantes das equipes de controle
da emergência, para permitir a operacionalização de medidas de controle e apoio necessárias.

f. Certificar-se junto ao Dono da Ocorrência de que os integrantes das equipes de emergências da


Subcomissão e outros recursos externos tenham sido acionados.

g. Informar aos órgãos externos e internos que chegarem ao local à situação atual e quaisquer perigos
potenciais.

h. Providenciar a contenção visando reduzir ao máximo os efeitos decorrentes de vazamentos ou


derrames, em caso de produtos perigosos, somente se habilitado.

12.12 SEGURANÇA EMPRESARIAL


a. Garantir a presença de representante no local da emergência.
b. Executar o isolamento da área.
c. Controlar o acesso de pessoas no local da emergência, conforme determinação do Dono da
Ocorrência.
d. Assegurar a integridade física dos empregados e materiais, quanto ao risco de vandalismo durante
todo o atendimento a emergência.
e. Fazer registro fotográfico do ambiente da ocorrência.
f. Monitorar as comunidades vizinhas ao atendimento de forma tranquilizadora, comunicando ao Dono
da Ocorrência qualquer anormalidade verificada.
g. Acionar recursos externos como Polícia, Instituto de Criminalística (Perícia Técnica), Instituto Médico
Legal (IML) e delegacia de polícia local, quando necessário.
h. Fazer o controle de acesso das pessoas com recursos, tais como: máquinas fotográficas, celulares,
câmeras, evitando a divulgação indevida dos fatos.

12.13 DEPARTAMENTO MÉDICO


a. Definir e conhecer os recursos materiais disponíveis de primeiros socorros, de uso médico e sua
localização, inclusive a ambulância;

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b. Realizar as modificações e acréscimos que se fizerem necessários para manter a eficiência do plano
de emergência;
c. Comunicar aos responsáveis das empresas contratadas sobre o acidente ocorrido e outras
providências;
d. Estar treinada e habilitada para prestar atendimento de primeiros socorros;
e. Prestar atendimento às vítimas de acidentes ou mal súbito;
f. Verificar periodicamente os prestadores de serviço avaliando o cumprimento dos requisitos
estipulados neste Plano;
g. Providenciar o deslocamento da vítima para o hospital mais próximo (credenciado pelo Plano de
Saúde);
h. O hospital de apoio deve sempre ser comunicado que está sendo realizada uma remoção,
informando o problema do paciente, para que sejam agilizadas as medidas necessárias ao socorro.
i. Acompanhar a vítima até o hospital;
j. Dependendo da gravidade entrar em contato com o médico que atendeu a vítima no hospital para
obter informações sobre as condições da vítima, quando tratar-se de contratados e acompanhar o
tratamento das vítimas quando empregado VALE;
k. Caso a vítima seja fatal, o Médico do Trabalho pode auxiliar se necessário, nos procedimentos para
liberação do corpo e no contato com a família da vítima, através dos Assistentes Sociais;
l. Em todo e qualquer caso, coberto ou não por este procedimento, sempre que convocado pelo Dono
da Ocorrência, Médico Coordenador do PCMSO, o Médico do Trabalho, deve se deslocar
imediatamente para o local da ocorrência;

12.14 SEGURANÇA DO TRABALHO


a. Assegurar o cumprimento das diretrizes de Saúde e Segurança durante as atividades desenvolvidas
no atendimento e assessorar tecnicamente o Dono da Ocorrência nas ações de segurança do
trabalho;
b. Assegurar que todos os envolvidos no atendimento a ocorrência estejam utilizando os Equipamentos
de Proteção Individual indicados de acordo com o risco e exposição das tarefas;
c. Estabelecer a rota de fuga para os empregados em caso de sinistro no atendimento e dar
conhecimento a todos atendedores da rota estabelecida;
d. Auxiliar na elaboração das análises de risco necessárias no atendimento a emergência..
e. Realizar e participar dos treinamentos quanto as emergências relativas à segurança e saúde;
f. Realizar e participar dos simulados de emergências;
g. Participar das análises de causas dos acidentes e incidentes conforme PAE;
h. Comunicar imediatamente eventos emergenciais ao Eng. de Segurança.

12.15 MEIO AMBIENTE

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a. Ministrar treinamentos quanto as emergências ambientais;
b. Realizar e participar dos simulados de emergências;
c. Participar das análises de causas dos eventos conforme PAE.
d. Executar ações de meio ambiente, tanto no atendimento emergencial, quanto nas medidas de
recuperação após o acidente;
e. Fazer a avaliação ambiental das áreas afetadas pela emergência, levando em conta o impacto sobre
os diferentes meios: físicos, bióticos e antrópicos;
f. Acompanhar as ações de atendimento à emergência visando minimizar os impactos ambientais;
g. Definir as ações de emergência apropriadas à gravidade do acidente, juntamente com a empresa
especializada em atendimento a emergência;
h. Informar os órgãos ambientais (Federal / Estadual) as ocorrências;
i. Acompanhar e prestar as informações solicitadas pelos Órgãos de Controle Ambientais que optem
por realizar inspeção no local do acidente envolvendo produto perigoso;
j. Coordenar e acompanhar a implementação de medidas para recuperação das áreas afetadas e
orientar a destinação dos resíduos gerados durante a emergência;
k. Emitir relatório com as ações de aspecto ambiental do evento, contendo informações relevantes ao
atendimento, as possíveis não-conformidades identificadas e a proposição de possíveis ações
corretivas e/ou preventivas. Solicitar, se necessário, apoio da empresa especializada.

12.16 ENERGIA ELÉTRICA


a. Desligar as redes e instalações elétricas energizadas;
b. Realizar os testes de energia zero, garantindo a não existência de energia residual no local do
resgate ou combate à emergência.

Nota: Os desligamentos que envolvem baixa tensão são realizados pela equipe do CSC e os
desligamentos envolvendo alta tensão são realizados pela equipe de Força e Energia do Porto.

12.17 BOMBEIROS

a. Assessorar o Comando Unificado, fornecendo informações técnicas de SEGURANÇA E MEIO


AMBIENTE, necessárias ao atendimento da emergência;
b. Acionar e coordenar os serviços de remoção e médico-hospitalares próprios ou de terceiros, para
atendimento ao pessoal envolvido na emergência;
c. Tem a responsabilidade de atender prontamente quando diante de uma situação de emergência
adotando procedimentos e ações de controle do sinistro e acompanhar o plano de manutenção e
confiabilidade dos sistemas de prevenção e combate a incêndios de forma a garantir seu perfeito
funcionamento.
d. Avaliar os riscos e impactos decorrentes do acidente e adotar as medidas cabíveis;

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e. Assessorar o Comando Unificado, nos contatos com os órgãos públicos de SEGURANÇA E MEIO
AMBIENTE;
f. Monitorar a saúde dos trabalhadores;
g. Avaliar os riscos e impactos, e propor medidas de segurança e saúde da comunidade;
h. Orientar os participantes quanto às ações prevencionistas no desempenho de suas tarefas;
i. Assessorar na solução de problemas ligados às respectivas especialidades quando convidados pelo
Comando Unificado;
j. Gerar informações das ações tomadas no seu âmbito, durante a emergência, e remetê-las ao Grupo
de Controle de Documentos;
k. Comunicar o Departamento Médico as ocorrências envolvendo vítimas e solicitar autorização para
atendimentos externos;
l. Atendimento às vítimas;
m. Auxílio no atendimento às ocorrências ambientais.
n. Cabe aos bombeiros ser objetivo nas comunicações evitando informações desnecessárias e não
incentivando conversas longas com o interlocutor, de modo a reduzir o tempo de comunicação,
objetivando as ações imediatas das equipes de emergência.

12.18 RECURSOS HUMANOS


a. Providenciar informações (dados pessoais e funcionais) relacionadas ao (s) empregado (s) da VALE
envolvido (s) na emergência..
b. Providenciar, encaminhar e acompanhar processos de seguro de vida de acordo com o perfil de
sinistralidade.
c. Providenciar documentos e/ou informações trabalhistas de responsabilidades da área de
RH/Administração de Pessoal para atendimento às solicitações de órgãos internos e externos,
conforme determinação do Dono da Ocorrência.

12.19 INFRAESTRUTURA
a. Disponibilizar recursos de apoio, tais como (hospedagem, alimentação, transporte, tendas, água
potável, tambores para resíduos, caminhões comboio, pipa, de sucção etc.);
b. Disponibilizar em caráter preferencial os sistemas de controle (ETE, ETEQ, SAO etc.).

12.20 SOCORRO FERROVIÁRIO E/OU SOCORRO RODOVIÁRIO (OPERAÇÃO/MANUTENÇÃO)

12.21.1 Supervisor/Coordenador
a. Assumir a Coordenação Local da Emergência respeitando a ordem de preferência;
b. Prestar os primeiros socorros às vítimas de emergência, se necessário;
c. Demarcar com o auxílio da Segurança do Trabalho a área de acesso restrito ao pessoal do socorro;

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d. Manter o Dono da Ocorrência informado quanto ao tempo e recursos especiais necessários ao
atendimento.

12.21.2 Equipe
a. Ao chegar ao local da ocorrência, colocar-se à disposição do Dono da Ocorrência, só deixando o
local da emergência após a liberação deste;
b. Prestar os primeiros socorros às vítimas de emergência, se necessário;
c. Fazer as medições de explosividade ou de concentrações;
d. Dar socorro a loco ou vagões descarrilados de acordo com os procedimentos de atendimento
operacionais;
e. Prestar apoio no combate a princípio de incêndio;
f. Auxiliar na contenção, no recolhimento e na destinação de resíduos junto à Equipe de Meio
Ambiente.
g. Executar / Orientar as ações de:
h. Vedação de vazamentos;
i. Contenção de derrames;
j. Isolamento de área;
k. Destombamento do material rodante ou contêineres;
l. Recarregamento de contêineres ou de embalagens;
m. Reencarrilamento de material rodante;
n. Reparo de válvulas;
o. Reparo de vagões;
p. Transbordo de carga;
q. Prover iluminação adequada no local de emergência.

12.22 VIA PERMANENTE

12.22.1 Supervisor/Técnico:
a. Adotar as medidas quanto à sinalização do tráfego de trens na área atingida;
b. Assumir a Coordenação Local da Emergência respeitando a ordem de preferência;
c. Coordenar a equipe de recuperação da via durante a ocorrência de situação emergencial;
d. Prestar os primeiros socorros às vítimas de emergência, se necessário;
e. Informar ao Coordenador de Campo sobre a necessidade de recursos especiais necessários para
atendimento da emergência;
f. Auxiliar na contenção, no recolhimento e na destinação de resíduos junto à Equipe de Meio
Ambiente.

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12.22.2 Equipe
a. Executar a obra e reparo da via, mediante orientação do Supervisor da Via Permanente; prestar os
primeiros socorros às vítimas de emergência, se necessário.
b. Auxiliar na contenção, no recolhimento e na destinação de resíduos junto à Equipe de Meio
Ambiente;
c. Prestar apoio no combate a princípio de incêndio.

12.22.3 Operador de Auto de Linha e Máquinas de Grande Porte:


a. Fazer a comunicação imediata da situação de emergência ao CCO;
b. Avaliar junto ao CCO se o local de parada é adequado e, caso contrário e se possível, verificar,
também com o CCO, a possibilidade de deslocamento do trem até um local seguro;
c. Fazer as contenções possíveis e imediatas visando reduzir ao máximo os efeitos decorrentes de
vazamentos ou derrames;
d. Isolar a área da emergência com o material disponível no auto de linha e máquinas de grande porte
de acordo com as suas possibilidades.

12.23 MANUTENÇÃO MECANIZADA DA VIA – ENGENHARIA DA VIA PERMANENTE:


a. Prestar os serviços de socaria, alinhamento e nivelamento da via;
b. Prestar os primeiros socorros às vítimas de emergência, se necessário.
c. Auxiliar na contenção, no recolhimento e na destinação de resíduos junto à Equipe de Meio
Ambiente;
d. Realizar os serviços relativos a fornecimento de barras longas e trilhos através do estaleiro de solda
e. Prestar apoio no combate a princípio de incêndio.

12.24 ELETROELETRÔNICA
12.24.1 Supervisor/Técnico
a. Assumir a Coordenação Local da Emergência respeitando a ordem de preferência;
b. Coordenar e orientar a equipe de eletroeletrônica durante a ocorrência de situação emergencial;
c. Prestar os primeiros socorros às vítimas de emergência, se necessário;
d. Solicitar ao Coordenador de Campo os recursos especiais necessários para atendimento da
emergência.

12.24.2 Equipe de Manutenção:


a. Prestar os primeiros socorros às vítimas de emergência, se necessário;
b. Prover equipamentos de comunicações para o atendimento das necessidades do local da
ocorrência;
c. Restabelecer a sinalização/comunicação do trecho, caso tenha sido interrompida;
d. Remover os equipamentos eletrônicos instalados na linha para o trabalho da via permanente;

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e. Interromper o fluxo de alimentação de equipamentos e painéis energizados;
f. Providenciar a iluminação provisória em locais onde houver rede de distribuição elétrica;
g. Fornecer as informações dos equipamentos de bordo do trem.

13. ESTRUTURA DE ATENDIMENTO EMERGENCIAL – ESTRADA DE FERRO CARAJÁS (EFC) E


RAMAL FERROVIÁRIO S11D

A Estrada de Ferro Carajás (EFC) possui uma estrutura de sistema de atendimento a emergências
organizado da seguinte forma:
Empresa responsável: ATLÂNTICA SERVIÇOS GERAIS LTDA,
Objeto: prestação de serviços de suporte técnico especializado e operacional em resgate; resgate e
salvamentos de vítimas de acidentes; emergências médicas e ambientais; prevenção e combate a
incêndio em instalações prediais, industriais, florestais, terminais portuários e complexos de estrada de
ferro, com utilização de veículos, materiais e equipamentos; operações de comunicação; coleta de
amostra para testagem toxicológica; implantação de ações de desenvolvimento continuado,
capacitação, treinamento dos empregados VALE e contratados; inspeção de equipamentos de
prevenção e combate a incêndio; atendimento e combate as emergências nas áreas de interesse VALE.

Exemplo de cenários de atendimento: resgate em soterramento, emergências químicas, combate a


incêndios, resgate de ferragens, resgate aquático, múltiplas vítimas, resgate em altura, resgate em
espaço confinado, captura de animais silvestres e atendimento pré-hospitalar (APH).

Os recursos a serem utilizados para atendimento aos possíveis cenários emergenciais incluem recursos
humanos, estruturais, materiais e de equipamentos conforme seguem descritos.

Bases de Atendimento a Emergências: A EFC possui 11 (onze) bases de emergência em sua extensão
e 01 (uma) no Ramal Ferroviário S11D, conforme a seguir:

• 01 base na oficina central em São Luís


• 01 base no pátio de Bacabeira.
• 01 base no pátio de Vitória do Mearim.
• 01 base no pátio de Santa Inês
• 01 base no pátio de Alto Alegre do Pindaré.
• 01 base no Pátio de Nova Vida.
• 01 base no Pátio de Açailândia.
• 01 base no Pátio de São Pedro da Água Branca.
• 01 base no Pátio de Marabá.
• 01 base no Pátio de Parauapebas

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• 01 base no Pátio 5 - km 72 do Ramal Ferroviário S11D

Cabe salientar que, as Bases de Atendimento a Emergência estão equipadas com veículos
especializados para o atendimento a emergências médicas, de brigada de incêndio e ambiental. A
seguir estão listadas as estruturas mínimas de recursos humanos, viaturas das bases de emergência e
o tempo resposta (TR).
NOTA: O tempo resposta de cada base, leva em consideração a saída da equipe de resposta tática da
sua base de origem até a chegada no local da ocorrência e tem como referência os Travessões únicos
(TU) da EFC.
13.1 BASE DE EMERGÊNCIA - SÃO LUIS/MA
Localizada no km 000 da EFC, construída em alvenaria, com paredes e pisos laváveis, com sistema de
ventilação natural através de janelas e artificial através de sistema de ar condicionados e sistema de
iluminação artificial.

Abrangência: Km 000 ao km 013 da FC


Regime de trabalho: Funciona 24h em regime de turno atendendo a Convenção Coletiva de Trabalho ou
Acordo Coletivo de Trabalho da classe.

13.1.1 Recursos humanos e veículos


Recursos humanos Veículos
Bombeiro Civil I Ambulância
Bombeiro Civil II Caminhão para combate a incêndio
Bombeiro Civil Condutor

13.1.2 Tempo resposta (TR)

Km EFC da base de origem TU Referência EFC Tempo resposta


000 TU km 000 + 580 00h30min

000 TU Km 007 + 400 00h45min

000 TU Km 013 + 357 00h55min

13.2 BASE DE EMERGÊNCIA – BACABEIRA/MA


Localizada no km 039 da EFC, construída em alvenaria, com paredes e pisos laváveis, com sistema de
ventilação natural através de janelas e artificial através de sistema de ar condicionados e sistema de
iluminação artificial.

Abrangência: Km 014 ao km 105 da FC


Regime de trabalho: Funciona 24h em regime de turno atendendo a Convenção Coletiva de Trabalho ou
Acordo Coletivo de Trabalho da classe.

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13.2.1 Recursos humanos e veículos
Recursos humanos Veículos
Bombeiro civil líder Ambulância
Bombeiro Civil I Caminhão para combate a incêndio
Bombeiro Civil II Auto Rápido tipo Pick-up
Bombeiro Civil Condutor

13.2.2 Tempo resposta (TR)

Km EFC da base de origem TU Referência EFC Tempo resposta


039 TU Km 021 + 669 35min
039 TU km 029 + 771 20min
039 TU Km 035 + 757 15min
039 TU Km 045 + 627 15min
039 TU Km 053 + 662 25min
039 TU km 064 + 987 35min
039 TU km 076 + 470 50min
039 TU Km 085 + 870 01h10min
039 TU Km 094 + 262 01h20min
039 TU Km 105 + 522 01h35min

13.3 BASE DE EMERGÊNCIA – VITÓRIA DO MEARIM/MA


Localizada no km 146 da EFC, disposta em containner com estrutura metálica, de aço, rígida e
resistente
com sistema de ventilação natural através de janelas e artificial através de sistema de ar condicionados
e sistema de iluminação artificial.

Abrangência: Km 106 ao km 185 da FC


Regime de trabalho: Funciona 24h em regime de turno atendendo a Convenção Coletiva de Trabalho ou
Acordo Coletivo de Trabalho da classe.

13.3.1 Recursos humanos e veículos


Recursos humanos Veículos
Bombeiro civil líder Ambulância
Bombeiro Civil I Caminhão para combate a incêndio
Bombeiro Civil II Auto Rápido tipo Pick-up
Bombeiro Civil Condutor

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13.3.2 Tempo resposta (TR)

Km EFC da base de origem TU Referência EFC Tempo resposta


146 TU km 113 + 917 01h10min

146 TU Km 121 + 777 45min

146 TU Km 130 + 047 1h

146 TU Km 139 + 110 01h15min

146 TU km 149 + 708 15min

146 TU km 157 + 392 30min

146 TU Km 170 + 890 01h

146 TU Km 182 + 580 01h20min

13.4 BASE DE EMERGÊNCIA – SANTA INÊS/MA


Localizada no km 214 da EFC, construída em alvenaria, com paredes e pisos laváveis, com sistema de
ventilação natural através de janelas e artificial através de sistema de ar condicionados e sistema de
iluminação artificial.

Abrangência: Km 186 ao km 240 da FC


Regime de trabalho: Funciona 24h em regime de turno atendendo a Convenção Coletiva de Trabalho ou
Acordo Coletivo de Trabalho da classe.

13.4.1 Recursos humanos e veículos


Recursos humanos Veículos
Bombeiro civil líder Ambulância
Bombeiro Civil II Caminhão para combate a incêndio
Bombeiros condutor Auto Rápido tipo Pick-up

13.4.2 Tempo resposta (TR)

Km EFC da base de origem TU Referência EFC Tempo resposta


214 TU km 193 + 500 00h40min

214 TU Km 201 + 447 00h25min

214 TU Km 209 + 200 00h10min

214 TU Km 216 + 980 00h10min

214 TU Km 224 + 630 00h25min

214 TU Km 236 + 180 00h50min

214 TU Km 244 + 817 01h10min

13.5 BASE DE EMERGÊNCIA – ALTO ALEGRE/MA

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Localizada no km 264 da EFC, construída em alvenaria, com paredes e pisos laváveis, com sistema de
ventilação natural através de janelas e artificial através de sistema de ar condicionados e sistema de
iluminação artificial.

Abrangência: Km 241 ao km 335 da FC


Regime de trabalho: Funciona 24h em regime de turno atendendo a Convenção Coletiva de Trabalho ou
Acordo Coletivo de Trabalho da classe.

13.5.1 Recursos humanos e veículos


Recursos humanos Veículos
Bombeiro civil líder Ambulância
Bombeiro Civil I Auto Rápido tipo Pick-up
Bombeiro Civil II
Bombeiro Civil Condutor

13.5.2 Tempo resposta (TR)

Km EFC da base de origem TU Referência EFC Tempo resposta


264 TU Km 253 + 658 20min

264 TU Km 261 + 747 10min

264 TU Km 270 + 066 20min

264 TU Km 277 + 628 30min

264 TU Km 287 + 177 45min

264 TU Km 295 + 520 01h

264 TU km 303 + 417 01h20min

264 TU Km 310 + 177 01h30min

264 TU Km 320 + 060 01h40min

264 TU Km 327 + 842 02h

13.6 BASE DE EMERGÊNCIA – NOVA VIDA/MA


Localizada no km 384 da EFC, construída em alvenaria, com paredes e pisos laváveis, com sistema de
ventilação natural através de janelas e artificial através de sistema de ar condicionados e sistema de
iluminação artificial.

Abrangência: Km 336 ao km 445 da FC


Regime de trabalho: Funciona 24h em regime de turno atendendo a Convenção Coletiva de Trabalho ou
Acordo Coletivo de Trabalho da classe.

39 de 70
Plano de Atendimento a Emergência EFC

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13.6.1 Recursos humanos e veículos
Recursos humanos Veículos
Bombeiro civil líder Ambulância
Bombeiro Civil II Caminhão para combate a incêndio
Bombeiros condutor Auto Rápido tipo Pick-up

13.6.2 Tempo resposta (TR)

Km EFC da base de origem TU Referência EFC Tempo resposta


384 TU km 339 + 037 01h40min

384 TU km 347 + 077 01h05min

384 TU Km 359 + 177 00h45min

384 TU Km 371 + 707 00h25min

384 TU Km 381 + 025 00h15min


384 TU km 390 + 160 00h10min
384 TU Km 396 + 900 00h20min
384 TU Km 409 + 170 00h40min

384 TU Km 419 + 512 01h20min

13.7 BASE DE EMERGÊNCIA – AÇAILÂNDIA/MA


Localizada no km 513 da EFC, construída em alvenaria, com paredes e pisos laváveis, com sistema de
ventilação natural através de janelas e artificial através de sistema de ar condicionados e sistema de
iluminação artificial.

Abrangência: Km 446 ao km 594 da FC


Regime de trabalho: Funciona 24h em regime de turno atendendo a Convenção Coletiva de Trabalho ou
Acordo Coletivo de Trabalho da classe.

13.7.1 Recursos humanos e veículos


Recursos humanos Veículos
Supervisor de bombeiros Ambulância
Bombeiro civil líder Auto Rápido tipo Pick-up
Bombeiro civil II Caminhão de Emergência Ambiental
Bombeiros condutor Caminhão para combate a incêndio

13.7.2 Tempo resposta (TR)

Km EFC da base de origem TU Referência EFC Tempo resposta


513 TU km 431 + 120 01h55min

40 de 70
Plano de Atendimento a Emergência EFC

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513 TU Km 442 + 270 02h10min

513 TU Km 450 + 020 02h05min

513 TU Km 462 + 227 01h45min

513 TU km 466+287 01h35min

513 TU Km 474+274 01h20min

513 TU Km 482+540 02h05min

513 TU Km 462 + 227 01h

513 TU km 489+180 00h55min

513 TU Km 497+038 00h40min

513 TU Km 504+640 00h30min

513 TU Km 512+192 00h10min

513 TU Km 518+003 00h10min

513 TU Km 525+917 00h25min

513 TU Km 534+552 00h40min

513 TU Km 542+457 00h50min

513 TU Km 557+272 01h20min

513 TU Km 562+177 01h25min


513 TU Km 571+160 01h30min
513 TU Km 579+017 01h55min

513 TU Km 587+068 02h

13.8 BASE DE EMERGÊNCIA – SPAB/MA


Localizada no km 651 da EFC, construída em alvenaria, com paredes e pisos laváveis, com sistema de
ventilação natural através de janelas e artificial através de sistema de ar condicionados e sistema de
iluminação artificial.

Abrangência: Km 595 ao km 694 da FC


Regime de trabalho: Funciona 24h em regime de turno atendendo a Convenção Coletiva de Trabalho ou
Acordo Coletivo de Trabalho da classe.

13.8.1 Recursos humanos e veículos


Recursos humanos Veículos
Bombeiro civil líder Ambulância
Bombeiro Civil I Auto Rápido tipo Pick-up
Bombeiro Civil II Caminhão para combate a incêndio
Bombeiro Civil Condutor

13.8.2 Tempo resposta (TR)

41 de 70
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Km EFC da base de origem TU Referência EFC Tempo resposta


651 TU km 594 + 717 02h10min

651 TU Km 603 + 637 01h50min

651 TU Km 613 + 677 01h35min

651 TU Km 621 + 917 01h20min

651 TU km 629 + 677 01h10min

651 TU km 637 + 689 00h50min

651 TU Km 646 + 162 00h45min

651 TU Km 654 + 707 00h10min

651 TU Km 663 + 007 00h30min

651 TU km 671 + 093 00h45min

651 TU Km 681 + 227 01h05min

651 TU Km 688 + 870 01h25min

13.9 BASE DE EMERGÊNCIA – MARABÁ/PA


Localizada no km 738 da EFC, construída em alvenaria, com paredes e pisos laváveis, com sistema de
ventilação natural através de janelas e artificial através de sistema de ar condicionados e sistema de
iluminação artificial.

Abrangência: Km 695 ao km 795 da FC


Regime de trabalho: Funciona 24h em regime de turno atendendo a Convenção Coletiva de Trabalho ou
Acordo Coletivo de Trabalho da classe.

13.9.1 Recursos humanos e veículos


Recursos humanos Veículos
Bombeiro civil líder Ambulância
Bombeiro civil II Auto Rápido tipo Pick-up
Bombeiros condutor Caminhão de Emergência Ambiental
Caminhão para combate a incêndio

13.9.2 Tempo resposta (TR)

Km EFC da base de origem TU Referência EFC Tempo resposta


738 TU km 694 01h40min

738 TU Km 699 01h20min

738 TU Km 703 01h25min

738 TU Km 712 00h50min

738 TU Km 717 + 305 00h40min

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738 TU km 730 00h25min

738 TU km 734 + 677 00h15min

738 TU Km 742 + 340 00h15min

738 TU Km 750 + 380 00h35min

738 TU Km 761 + 637 01h00min

738 TU km 770 + 932 01h25min

738 TU Km 778 + 500 01h50min

738 TU Km 788 + 447 02h15min

13.10 BASE DE EMERGÊNCIA – PARAUAPEBAS/PA


Localizada no km 861+800 da EFC, construída em alvenaria, com paredes e pisos laváveis, com
sistema de ventilação natural através de janelas e artificial através de sistema de ar condicionados e
sistema de iluminação artificial.

Abrangência: Km 796 ao km 892 da FC


Regime de trabalho: Funciona 24h em regime de turno atendendo a Convenção Coletiva de Trabalho ou
Acordo Coletivo de Trabalho da classe.

13.10.1 Recursos humanos e veículos


Recursos humanos Veículos
Bombeiro civil líder Ambulância
Bombeiro Civil I Auto Rápido tipo Pick-up
Bombeiro Civil II Caminhão para combate a incêndio
Bombeiros condutor

13.10.2 Tempo resposta (TR)

Km EFC da base de origem TU Referência EFC Tempo resposta


861 + 800 TU km 796 + 105 03h00min

861 + 800 TU Km 807 + 272 02h40min

861 + 800 TU Km 813 + 180 02h25min

861 + 800 TU Km 819 + 280 02h10min

861 + 800 TU km 830 + 230 01h40min

861 + 800 TU km 841 + 010 01h15min

861 + 800 TU Km 852 + 917 00h45min

861 + 800 TU Km 875 + 610 00h45min

861 + 800 TU km 881 01h10min

861 + 800 TU Km 888 + 980 01h25min

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13.11 BASE DE EMERGÊNCIA – RAMAL FERROVIÁRIO S11D/PA
Localizada no km 072 do Ramal Ferroviário S11D, construída em alvenaria, com paredes e pisos
laváveis, com sistema de ventilação natural através de janelas e artificial através de sistema de ar
condicionados e sistema de iluminação artificial.

Abrangência: Km 000 ao km 101 do Ramal Ferroviário S11D


Regime de trabalho: Funciona em regime administrativo, segunda a sexta-feira das 07h às 17h.

13.11.1 Recursos humanos e veículos


Recursos humanos Veículos
Bombeiro Líder Ambulância
Bombeiros Condutores Caminhão para combate a incêndio
Bombeiro Nível II

Os recursos materiais que são utilizados para o atendimento das emergências estão distribuídos nas
Bases de Apoio e são transportados pela ferrovia ou rodovia caso haja necessidade. Os recursos
materiais transportados por ferrovia ficam sob a responsabilidade da área de emergênciae dispostos
nas bases de cada localidade..

O tempo resposta previsto de chegada da equipe de emergência e dos recursos materiais levam
A relação de equipamentos e materiais são mantidos atualizados em cada base de emergência ficando
sob responsabilidade da equipe de Brigada de Emergência e estão descritos como referência no Anexo
5 – Formulário para inventário de recursos.

Destaca-se que as bases de emergência são dotadas de turno de revezamento com efetivo em
prontidão de acordo com as possíveis necessidades, garantindo contingência adequada para primeira
resposta aos cenários de risco previamente mapeados neste documento.

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Figura 5 - Recursos materiais de resposta

14. RECURSOS ADICIONAIS DE APOIO

14.1 TREM SOCORRO FERROVIÁRIO


Além das bases citadas, a EFC possui uma estrutura montada de Trens de Socorro.
Estes equipamentos ferroviários ficam de prontidão para atender ocorrências ferroviárias e podem
auxiliar a equipe de atendimento a emergência quando for neessário, e possuem uma estrutura
montada com materiais de atendimento (bombas, geradores etc.).

Auxiliam nos procedimentos de contenção e transbordo de produtos do vagão acidentado para outro
vagão suporte e recuperação/manutenção do vagão “in loco”. Os trens de socorro possuem técnicos
fixos nas bases que ficam de prontidão para o atendimento a ocorrências ferroviárias.

Quadro 11 – Distribuição dos trens de socorro ferroviário da EFC


REGIONAL SEDE
1 São Luís
2 Santa Inês
Açailândia
3
Marabá
4 Pátio 5 – Ramal Ferroviário S11D

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Foto 1 - Trem de Socorro ferroviário de Foto 2 - Trem de Socorro ferroviário de


Açailândia São Luis

14.2 SOCORRO RODOVIÁRIO


A Estrada de Ferro Carajás possui veículos de socorro rodoviário, equipados com kit’s de
encarrilamento de vagões e ferramentas manuais, assim distribuídos conforme quadro a seguir.

Quadro 12 - Socorro Rodoviário da EFC


REGIONAL SEDE
1 São Luís

Santa Inês
2
Nova Vida

Açailândia
3
Marabá

Parauapebas
4
Ramal Ferroviário S11D

Na imagem abaixo é apresentado um dos veículos denominado socorro rodoviário. Nesta foto é
possível visualizar os materiais e equipamentos utilizados para atendimento a emergências ferroviárias.

Foto 3 - Kit do SOS Rodoviário

Quadro 13 – Relação mínima de materiais/equipamentos do Socorro Rodoviário

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Material
Macaco hidráulico de 100 ton.
Par de encarriladeiras completo
Dormentes pequenos, pranchões
Talha de 2 toneladas
Conjunto oxicorte – Pequeno
Motobomba – Pequeno
Caixa de ferramenta completa
Macaco pé mole
Alavanca com pé de cabra
Marretas
Cunhas de madeiras
Graxa (kg)
Garfo para remoção de brita
Kit Primeiro Socorros
Lanternas

15. RELAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DOS EPC´s E KITs DE EMERGÊNCIA:

15.1 KITS DE EMERGÊNCIA (DERRAMES E VAZAMENTOS DE PRODUTOS QUÍMICOS)


A EFC dispõe de kits de emergência nas bases de atendimento a emergência e nos trens socorro
(SOS).

15.2 EQUIPAMENTOS AUTÔNOMOS DE RESPIRAÇÃO:


Esses equipamentos estão disponíveis na relação de materiais/equipamentos das bases de emergência
ao longo da EFC.

15.3 MATERIAIS/EQUIPAMENTOS PARA O ATENDIMENTO DE PRIMEIROS-SOCORROS:


Esses materiais/equipamentos ficam disponíveis dentro das ambulâncias que fazem parte da estrutura
de atendimento.

16. MATERIAIS DE EMERGÊNCIA ADICIONAIS

A EFC mantém contato comercial permanente com empresa de fornecimento de material para
atendimento emergencial, que lhe permite o fornecimento imediato de recursos adicionais, além
daqueles que mantém em estoque.

Além do fornecimento de materiais para uso em emergência e equipe treinada VALE, a EFC também
mantém contrato com a empresa terceirizada, especializada em atendimento a emergências, que pode
ser acionada conforme necessidade, operando 24hs por dia.

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17. EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA NAS LOCOMOTIVAS

17.1 EQUIPAMENTOS PORTÁTEIS


Todas as locomotivas da frota da EFC estão equipadas com extintores de incêndio,
dimensionados conforme normas vigentes.

Foto 4 - Extintores localizados nas locomotivas

17.2 KITS DE EMERGÊNCIA PORTÁTIL

Os maquinistas possuem nas locomotivas bolsa com kit de emergência portátil para executar ações de
primeira resposta no local em caso de emergência, levando em consideração seu nível de capacitação.
A seguir estão listados os materiais mínimos do kit de emergência portátil.

Material
Bolsa impermeável Luva de vaqueta
Botina Sanitarista
Máscara facial Rolo de fita zebrada
Filtro para vapores orgânicos Lanterna anti-faísca
Óculos contra respingos Respiradores contra pó
Luva PVS pares Manta absorvente
Pilhas grandes

18. INTEGRAÇÃO COM OUTROS PLANOS

A Vale integra e participa do Plano de Auxílio Mútuo (PAM) do Complexo Portuário de Itaqui, na cidade
de São Luis - MA , onde o objetivo é fornecer apoio com recursos humanos, materiais e informações

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para atendimento as emergências das empresas que fazem parte da sua área de abrangência (EMAP,
Terminais externos e áreas das empresas parceiras em São Luis – MA).

19. RECURSOS NECESSÁRIOS POR CENÁRIOS DE EMERGÊNCIAS


O atendimento a emergência utiliza como diretriz os protocolos de resposta (PR) anexados a este
procedimento.

20. KIT DE PRIMEIROS SOCORROS A BORDO DO TREM DE PASSAGEIROS:

O kit de atendimento a primeiros socorros deve ser acondicionado em local apropriado, bem como o
trem de passageiro possui em um de seus carros (Carro PCD) sala climatizada e equipada, com:
Os equipamentos e materiais devem ser utilizados por pessoas treinadas para atendimento a
emergência.
1. Maca retrátil
2. Pia com água corrente
3. Cadeira de resgate
4. Prancha rígida
5. Algodão
6. Soro fisiológico
7. Bandagem triangular
8. Esparadrapo impermeável 10 cm x 4,5m
9. Rolo de atadura crepe de 15 cm de largura x 4,5 cm de comprimento
10. Rolo de atadura crepe de 10 cm de largura x 4,5 cm de comprimento
11. Rolo de atadura crepe de 20 cm de largura x 4,5 cm de comprimento
12. Luvas de procedimento (caixas)
13. Pacotes de gaze esterilizada
14. Álcool 70%
15. Seringa de 20cc sem agulha (para lavagem dos olhos)
16. Bolsa térmica (serve tanto para gelo, quanto para água morna)
17. Colar cervical reguláve
18. Tala flexível com velcro kit
19. Tala flexível moldável
20. Termômetro
21. Estetoscópio adulto
22. Aparelho de esfigmomanômetro adulto de fechamento por pinos (aparelho de pressão)
23. Compressas (tecido de algodão cru)
24. Pocket masck
25. Óculos de proteção
26. Conjunto de cinto octopus

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27. Lanterna maglife ou pelican
28. Abaixador de língua
29. Tesoura de resgate grande
30. Mascará descartável
31. Absorvente pós-parto
32. Lençol descartável com elástico em TNT
33. Lençol descartável de papel
34. Tensiometro de pulso digital

21. AÇÕES DE CONTROLE A EMERGÊNCIA

21.1 AÇÕES DO PRIMEIRO NO LOCAL


Todas as equipes da EFC, desde a Equipe de Trens (maquinista e auxiliar) até as equipes de suporte e
apoio a emergência, devem estar capacitadas em identificação de cenários.

Desta forma, o Primeiro no Local da ocorrência deve fazer uma avaliação inicial de cenário, observando
e colhendo dados dos seguintes fatores:

a. Produto envolvido na situação emergencial;


b. Existência e quantidade de vítimas e a possibilidade de prestar primeiros socorros;
c.Ocorrência de liberação de substância perigosa, dados qualitativos e quantitativos.
d. Possibilidades de bloqueio de sua fonte de alimentação e de confinamento da quantidade de
substância vazada ou com vazamento em andamento;
e. Presença de equipamentos energizados;
f. Necessidade de evacuação imediata;
g. Necessidade de isolamento imediato da área afetada;
h. Possibilidade de desdobramentos do acidente (proximidade de fontes de ignição, proximidade de
estocagens, ou de dutos, contendo produtos tóxicos ou inflamáveis);
i. Informações recebidas por alguma das equipes participantes das ações de controle da emergência
que já tenha percebido a necessidade de ser requisitado algum recurso interno específico;
j. Condições de acesso e de iluminação à área da emergência;
k.Meio impactado (ar, água, solo, vegetação) e a extensão física dos danos ambientais;
l. Comprometimento à integridade das instalações (casas, indústrias, escolas, postos de abastecimento
etc.) próximas ao local da emergência;
m. Necessidade de evacuação de áreas vizinhas;
n. Necessidade de acionamento de recursos externos.

Caso seja necessária a aproximação do vagão, contêiner ou embalagem avariada para a identificação
de informações iniciais, esta deve ser realizada de acordo com os seguintes procedimentos:

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Preservar uma distância segura, utilizando-se sempre dos EPIs necessários para emergências
disponíveis na locomotiva, tendo o vento pelas costas.

Figura 6 – Orientações de posicionamento para aproximação em situações de emergência com


produtos perigosos.

Área de segurança

½ Distância a
favor do vento

Área de
Distância a favor
isolamento ½ Distância a
do vento
inicial favor do vento

Direção do vento

a. Efetuar a identificação do produto sinalizado no vagão, contêiner ou embalagem avariada.


b. Deve-se consultar a ficha de emergência do produto, localizada junto a documentação da carga,
para identificar a substância liberada, suas respectivas características e os cuidados que devem ser
tomados.
c. Caso haja vazamento da locomotiva deve-se consultar a ficha de emergência e observar as
características e os cuidados que devem ser tomados para vazamento do produto.
d. Estar atento para a possibilidade de inalação de gases, vapores ou fumaças tóxicas.
e. Não pisar ou caminhar sobre o produto.
f. Permanecer afastado de áreas baixas (alguns gases são mais pesados que o ar e tendem a se
manter ao nível do solo).
g. Não fumar.
h. Sinalizar a área.
i. Manter as pessoas afastadas do local do evento.

Figura 7 - Identificação do produto transportado.

3
0
1
2
0
2

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30
1202
Rótulo de Risco Painel de Segurança

22. ATUAÇÃO PARA ATENDIMENTO A EMERGÊNCIA

22.1 EQUIPE DE EMERGÊNCIA


Os produtos perigosos armazenados e os transportados dispõem de sinalização obrigatória, cujos
procedimentos de atendimento a emergência seguem orientações gerais de acordo com o produto
perigoso (Número ONU) envolvido na ocorrência.

Os procedimentos adotados são alinhados com as informações presentes na FISPQ – Ficha de


Informação de Segurança de Produtos Químicos e da Ficha de Emergência da composição e ainda
serão adotados procedimentos descritos no Manual para Atendimento a Emergências da ABIQUIM –
Associação Brasileira das Indústrias Químicas.

De maneira geral, o Procedimento Geral de Ação de Controle de uma emergência deve passar por 6
(seis) etapas principais, sendo:

a. Procedimento de Avaliação;
b. Procedimento de Isolamento (Zonas de controle);
c. Procedimento de Aproximação;
d. Procedimento de Combate.
e. Procedimentos de Desocupação de Área.
f. Procedimentos de Contato com a Mídia (caso necessário, nesta etapa forneceremos informações a
pessoa autorizada de conversar com a mídia)

22.2 PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO:


Utiliza-se o sistema DECIDA para avaliação de cenários acidentais, sendo:

DETECTAR A PRESENÇA DO PRODUTO


ESTIMAR O DANO SEM INTERVENÇÃO
CONSIDERAR OS OBJETIVOS DA RESPOSTA
IDENTIFICAR OPÇÕES OPERACIONAIS
DESENVOLVER A MELHOR OPÇÃO
AVALIAR O PROGRESSO

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22.3 PROCEDIMENTO DE ISOLAMENTO (ZONAS DE CONTROLE):
Em todo e qualquer acidente envolvendo produtos perigosos, é fundamental estabelecer imediatamente
ZONAS DE CONTROLE, ou seja, áreas concêntricas a partir do local do evento (ficando o mesmo no
centro), onde a entrada e/ou permanência de pessoas nessas áreas só seja possível para efetuar
tarefas pré-determinadas e sempre utilizando nível de proteção individual (EPI) adequado ao trabalho
que irá executar.

22.3.1 ZONA 1, Zona de Exclusão ou zona quente


Esta é a zona onde a contaminação ocorre ou pode ocorrer, ou seja, é a área crítica. Todas as pessoas
que entrem nesta zona devem obrigatoriamente utilizar vestimenta de proteção adequada.

Um local de entrada e saída desta zona (check point) deve ser estabelecido na periferia da zona de
exclusão, para controlar o fluxo de pessoas e equipamentos para o interior desta zona, e vice-versa,
além de ser o local para se identificar se os procedimentos estabelecidos estão sendo seguidos.

A fronteira desta zona ou área, mais comumente conhecida como linha quente (hot line), deve
inicialmente ser estabelecida de acordo com auxílio de documentação específica sobre o produto. Esta
área deve ser indicada com a utilização de recursos de cones, cordas, fitas etc.

Posteriormente, a extensão desta área pode ser reavaliada em função da quantidade


vazada/derramada, da periculosidade do produto e da direção e intensidade do vento.

Todas as pessoas que tiverem função a desempenhar, dentro da zona de exclusão, devem portar
Equipamento de Proteção Individual – EPI, compatível com o nível de contaminação e/ou exposição
existente e com o nível de tarefa que irá desenvolver. Existem situações em que equipes com funções
diferentes, numa zona de exclusão, não necessitam do mesmo nível de proteção (por exemplo: a
equipe que irá estancar o vazamento pó de necessitar nível A de proteção, enquanto, a de resgate de
feridos apenas o nível B).

É na zona de exclusão que se desenvolvem todos os trabalhos de combate ao evento acidental.

22.3.2 ZONA2, Zona de Redução de Contaminação ou zona morna.


Esta é a zona que deve ser estabelecida entre a Zona de Exclusão e a Zona de Suporte. É uma área de
transição entre a área contaminada e a área limpa. Esta zona possui como função o desenvolvimento
de trabalhos que evitem que a contaminação da Zona de Exclusão atinja a área limpa, ou seja, evita a
transferência física de contaminantes, presentes na vestimenta de pessoas e em equipamentos, para a
área limpa.

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Nesta Zona de Redução de Contaminação devem ser implantadas as Estações de Descontaminação,
tanto para pessoas quanto para equipamentos. A Saída da Zona de Exclusão obrigatoriamente tem que
ser através da Zona de redução de Contaminação, para que as vestimentas e equipamentos sejam
descontaminadas em Estações de Descontaminação.

Deve ser estabelecida uma fronteira entre a Zona de redução de Contaminação e a Zona de Suporte,
que é conhecida como Linha de Controle de Contaminação, e como a anterior deve possuir uma
entrada controlada (check point).

As pessoas que trabalham nesta zona, não necessitam de nível de proteção tão rígido quanto o da
Zona de Exclusão (área crítica), mas também não podem sair com as roupas de proteção que utilizaram
nesta zona para a área limpa.

A extensão da Zona de Redução de Contaminação deve ser estabelecida em função da quantidade de


Estações de Descontaminação necessárias e da área de trabalho que será implementada para
realização das tarefas.

22.3.3 ZONA 3, Zona de Suporte ou zona fria.


Esta é a área considerada não contaminada (área limpa). Nesta Zona de Suporte se estabelece a
Coordenação dos trabalhos de campo, é onde fica o Coordenador Local baseado no PCM (Posto de
Comando Móvel). Nessa área, além do PCM, ficam todos os equipamentos limpos que irão ser
utilizadas, viaturas, sistema de comunicação (com as demais áreas e o exterior), ou seja, os suportes
necessários.

Somente pessoas autorizadas podem permanecer nessa área, e nela não existe necessidade de
utilização de EPI.

A melhor localização para o Posto de Comando Móvel – PCM, nessa área, depende de diversos fatores,
incluindo facilidade de acesso, direção de vento, área de trabalho disponível, entre outros.

Figura 8 – Zonas de Controle.

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23. DEFINIÇÃO DOS NÍVEIS DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA


Dependendo do nível de contaminação, da periculosidade do produto envolvido no acidente e dos
trabalhos a serem desenvolvidos, que implicam numa maior ou menor exposição aos poluentes, é
fundamental estabelecer, de imediato, os níveis de proteção requeridos em termos de Equipamentos de
Proteção Individual - E.P.I. Este tipo de equipamento é classificado em quatro níveis:

23.1 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO NÍVEL – A


consistem em macacões totalmente encapsulados, quimicamente resistentes, com ar mandado através
de respiradores autônomos (Self Contained Breathing Apparatus – SCBA). Configura o nível mais alto
de proteção para entrada em áreas de risco.

23.1.1 Critérios para seleção de equipamento Nível A


a. Deve ser utilizado quando identificada a necessidade de alto nível de proteção respiratória, pele e
olhos, em função de alta concentração na atmosfera de vapores, gases ou partículas, risco de
contato direto com o produto ou operações de espaços confinados e pouco ventilados.
b. Quando a operação envolve substâncias extremamente perigosas (Ex: dioxina, compostos de
cianeto, pesticidas concentrados, substâncias carcinogênicas, substâncias infectantes, etc.).
c. Quando o medidor de gases indicar 500 a 1000 ppm de substância não identificada.

NOTA: O uso de equipamento de proteção Nível – A requer a avaliação constante de stress físico,
principalmente aqueles provocados pelo calor excessivo devido à utilização dessas vestimentas.

Normalmente esses equipamentos são pesados e desconfortáveis, diminuindo a agilidade e a acuidade


visual, aumentando a probabilidade de acidentes, portanto, todo o cuidado é pouco.

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23.2 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO NÍVEL – B
Consistem em macacões com capuzes, quimicamente resistentes, com ar mandado através de
respiradores autônomos (MSHA/ NIOSH), luvas e botas quimicamente resistentes. Este nível de
proteção possui o mesmo nível de proteção respiratória do Nível – A, mas uma menor proteção para a
pele.

23.2.1 Critérios para seleção de equipamento Nível B


a. Deve ser utilizado quando a concentração na atmosfera da substância tóxica foi identificada e requer
alto nível de proteção respiratória, mas menor proteção para pele e olhos.
b. Quando a atmosfera conter menos que 19,5% de oxigênio.
c. Quando de operações em áreas extremamente pequenas, ficando a cabeça e o pescoço expostos a
respingos de substâncias perigosas.
d. Quando a concentração de vapores e gases, não identificados, na atmosfera, estiver na faixa de 05
a 500 ppm, mas não existir suspeita de que os vapores sejam altamente tóxicos para a pele.

NOTA: Em muitas situações a proteção Nível – B pode ser utilizada inicialmente, e após uma avaliação,
se for necessário, se passa para o Nível - A.

23.3 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO NÍVEL – C


Consistem em macacões com capuz, quimicamente resistentes, e equipamento de proteção respiratória
composto de máscara facial com filtros específicos, além de botas e luvas quimicamente resistentes.
Este nível de proteção oferece a mesma proteção para a pele do Nível – B, todavia a proteção
respiratória é limitada.

23.3.1 Critérios para seleção de equipamento Nível C


a. Deve ser utilizado quando a concentração de substâncias identificadas no ar estiver abaixo dos
limites de exposição das substâncias, e os filtros forem suficientes para proteção.
b. Quando a concentração dos contaminantes atmosféricos não excederem o Limite de Exposição
Permitido (PEL) e a concentração Imediatamente Perigosa para a Vida e a Saúde (IDLH).
c. Quando em operações em áreas pequenas, ficando a cabeça e o pescoço expostos a respingos de
substâncias perigosas, que, entretanto, não necessitem de maior proteção respiratória.
d. Quando o trabalho a ser realizado não necessitar de respiração autônoma.
e. Deve ser utilizado quando os vapores e gases registrados estiverem abaixo de 05 ppm.

NOTA: Tomar cuidado com o tempo de saturação dos filtros.

23.4 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO NÍVEL – D


Consiste basicamente em roupas de trabalho (macacões de brim) e botas. É recomendável ter por perto
máscara de fuga para situações de emergência.

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23.4.1 Critério para seleção de equipamento Nível D


a. Não existir a presença de substância perigosa no ar
b. Não existir risco de contato com substância perigosa.

24. PROCEDIMENTO DE APROXIMAÇÃO

A aproximação e passagem pelas Zonas de Controle deve ser realizada sempre pelos Pontos de
Acessos, sendo sempre levado em consideração:

a. Utilizar os equipamentos de proteção individual.


b. Posicionar-se, sempre que possível, com o vento pelas costas, observando uma biruta ou
visualizando as copas para referência.
c. Evitar qualquer tipo de contato com o produto.
d. Observar evidências de vazamentos tais como, presença de produto sobre a pista, formação de
gases ou vapores, sinais de vegetação queimada.
e. Aproximar-se cuidadosamente e verificar a existência de vítimas e solicitar socorro médico, caso
necessário.
f. Verificar a presença de população nas imediações, e avaliar se há necessidade de remoção das
mesmas para um local seguro.
g. Solicitar à autoridade com jurisdição sobre a via, o manejo do tráfego durante as ações de combate.

Figura 9– Procedimento de aproximação.

25. PROCEDIMENTOS DE COMBATE


O procedimento de combate envolve ações como:

25.1 DEFINIÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA ESTRATÉGIA DE CONTROLE


A partir da análise de produtos envolvidos em relação as suas características, tais como auto
reatividade, reatividade com água ou ar, instabilidade, polimerização, decomposição, oxidação, outras

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reações em cadeia, incompatibilidade etc. Uma vez definidas as proteções individuais de quem vai
atender a emergência (dos respondedores), a Equipe de Atendimento deve analisar os recursos
disponíveis e definir a estratégia para controlar a emergência. O Controle da emergência deve seguir
duas linhas distintas:

a. Contenção na fonte do vazamento.


b. Confinar a liberação do produto no ambiente.

Para a primeira é necessária a disponibilidade de kits de emergência específicos conforme o tipo de


produto, além de pessoal treinado e devidamente equipado para atuar junto à fonte de vazamento.

Na segunda o confinamento do produto liberado poderá precisar ser feito tanto na terra quanto em
algum corpo d’água atingido. No caso de vazamento em terra pode-se cavar uma trincheira para
armazenamento provisório de líquido derramado. No caso de sólidos, a retirada de material para
liberação da linha em local também provisório deve ser analisada. Caso haja risco de chuva em ambos
os casos deve ser providenciado cobertura da matéria com abertura de valas de drenagem, enquanto
se aguarda a chegada de outros recursos como bombas e tanques de armazenamento.

Para os vazamentos que atinjam corpos d’água, uma contenção imediata deve ser feita próxima a área
do vazamento. Outras contenções devem ser feitas prevendo as manchas fugitivas, bem como o
recolhimento e armazenamento desses produtos.

Para os produtos que apresentam características especificas quanto ao seu comportamento físico-
químico, a Equipe de Atendimento deve analisar e propor estratégias pertinentes ao controle desses
produtos, a partir da análise da Ficha de Informação de Produtos Químicos (FISPQ) e manual da
ABIQUIM ou similar.

Deve-se tomar um cuidado especial com produtos inflamáveis para evitar a ocorrência de incêndios.
Podemos citar as seguintes medidas com o intuito de prevenir incêndios:

a. Eliminação de fontes de ignição na área próxima ao derrame.


b. Aterramento dos vagões tanque e equipamentos usados na operação.
c. Usar equipamentos a prova de explosão.
d. Colocar extintores portáteis próximos aos pontos que ofereçam riscos de incêndio.
e. Resfriar os vagões tanque com neblina d’água se assim for recomendado.
f. Uso de espuma mecânica para isolamento da superfície de líquidos derramados.

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26. PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA

Para cada hipótese acidental e respectiva consequência foi estabelecido um protocolo de resposta. A
seguir estão relacionados os procedimentos gerais e específicos que podem ser detalhados nos Anexos
deste documento.

27. PROCEDIMENTO APÓS AS SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA

Esta etapa dos trabalhos de campo tem por finalidade o desenvolvimento de atividades voltadas para o
restabelecimento das condições normais das áreas afetadas pelo acidente, tanto do ponto de vista de
segurança, como ambiental. Embora estas ações sejam normalmente desenvolvidas num período pós-
emergencial, elas não podem ser esquecidas e devem contemplar, dentre outros, os seguintes
aspectos:

a. Tratamento de disposição de resíduos;


b. Restauração das áreas atingidas;
c. Monitoramento da qualidade das águas atingidas;
d. Monitoramento da qualidade do solo contaminado;
e. Recuperação dos materiais gerados pelo acidente (vagões, dormentes, trilhos etc.);
f. Elaboração de relatório dos trabalhos de campo;
g. Avaliação da operação, visando analisar eventuais falhas e aperfeiçoar o sistema de atendimento.

27.1 AVALIAÇÃO DO CONTROLE DA EMERGÊNCIA

O Dono da Ocorrência com auxílio da equipe da brigada de emergência e grupo de apoio, deve analisar
o atendimento a emergência, verificando se a situação foi controlada. Uma vez não se obtendo o êxito
no controle da emergência com os recursos disponíveis, este deve analisar em conjunto com os outros
responsáveis na área o motivo da ineficiência da resposta e verificar a necessidade de novos recursos e
de um novo combate. Caso a situação esteja sob controle devem ser tomadas medidas para controlar o
impacto ambiental e reparar os danos causados pelo acidente.

27.2 AVALIAÇÃO DA ÁREA IMPACTADA

Caso o meio ambiente seja impactado pela emergência , devem ser avaliadas ações reparadoras para o
solo e para o corpo d’água que venham a ser atingidos e estas evidências devem constar no relatório de
análise crítica.

27.3 AÇÕES DE COMBATE À ÁREA IMPACTADA

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Após serem realizadas as avaliações iniciais da área impactada, devem ser tomadas as ações visando
à diminuição do impacto ao meio ambiente em decorrência do acidente.

O produto vazado deve ser confinado e recolhido antes de atingir corpos d’água. Na impossibilidade de
confinar o produto no solo e este atingir corpos d’água, este confinamento deverá ser feito na água com
recolhimento, limpeza e armazenamento do produto vazado, bem como os materiais contaminados pelo
produto.

Para os vazamentos que atinjam corpos d’água, uma contenção imediata deve ser feita próxima à área
do vazamento. Outras contenções devem ser feitas prevendo as manchas fugitivas.

No caso do vazamento se restringir a terra pode-se reduzir o impacto cavando uma vala paralela ao
produto que está escorrendo, impermeabilizá-la com lona, plástico ou manta absorvente. Concluída esta
operação, deve ser criada uma canaleta para direcionar a corredeira para a vala de armazenamento
temporário. O produto vazado deve permanecer na vala até a chegada de outros recursos como
bombas e tanques de armazenamento para que seja feita a destinação do produto até um local
adequado.

27.4 AVALIAÇÃO DOS REPAROS NECESSÁRIOS


O Coordenador Local e o seu grupo, conjuntamente com o Grupo de Manutenção deve avaliar os danos
aos equipamentos da unidade devido ao acidente. Devem também prever os custos para reparar os
equipamentos avariados.

O Grupo de Manutenção deve executar as ações de reparos visando a continuidade operacional da


área.

Deve-se realizar a transferência de inventário quando as avaliações e estudos técnicos mostrarem que
tal atividade se faz necessária.

A transferência de uma carga líquida deve ser realizada com o auxílio de mangotes, bombas e o outro
tanque para o recebimento. Deve-se também providenciar o aterramento para neutralizar eletricidade
estática, além da retirada de possíveis fontes de ignição.

27.5 COMUNICAÇÃO DO FIM DA EMERGÊNCIA
O Dono da Ocorrência deve informar oficialmente a todos os responsáveis o fim da emergência.

27.6 GESTÃO DE RESÍDUOS

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A Coordenação de Meio Ambiente, suportado pelo grupo de manutenção, deve coordenar o
recolhimento e manuseio dos resíduos decorrentes da situação de emergência e devem ser observados
os cuidados previstos na ficha de emergência e Ficha de Informação de Segurança de Produtos
Químicos FISPQ, dos produtos, em especial com relação aos EPIs.

Todo o resíduo proveniente de emergência deve seguir as diretrizes do PRO-024196 - Programa de


Gestão de Resíduos Sólidos.

O material coletado (embalagens danificadas, vestimentas contaminadas, produto contaminado etc.)


deve ser destinado conforme os procedimentos específicos.
Caso o resíduo permaneça no local do acidente e possa colocar em risco a integridade física de
terceiros, deve ser providenciada a sua guarda enquanto estiverem expostos.

27.7 REPOSIÇÃO E LIMPEZA DE MATERIAL UTILIZADO


Como objetivo de restaurar as condições iniciais dos recursos de combate à emergência, devem ser
realizadas a limpeza e a inspeção dos materiais utilizados durante a operação. Quando não for possível
a reutilização dos equipamentos utilizados, a coordenação de Meio Ambiente em conjunto com a
brigada de emergência, deve contabilizar os materiais que necessitam de reposição e providenciar a
reposição destes.

28. LEVANTAMENTO DA SITUAÇÃO DAS VÍTIMAS

Deve ser realizado um levantamento da situação das vítimas do acidente, junto aos hospitais aos quais
estas foram encaminhadas. Este levantamento deve ser feito pelo setor de Saúde. Vale ressaltar que
deve ser feito o acompanhamento das vítimas após estas deixarem o hospital.

29. COMISSÃO DE INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE

O Coordenador Geral do PAE deve formalizar a constituição da comissão de investigação de acidente.


Após esta formalização, devem-se definir os membros da equipe para que estes possam identificar e
avaliar as causas do acidente. Todos os incidentes são reportados conforme PNR-000070
(Gerenciamento de Eventos de Saúde, Segurança, Meio Ambiente, Comunidade e Operacionais).

30. AÇÕES APÓS EMERGÊNCIA

Depois de decretado o término da emergência, em função dos impactos ocorridos à população,


empregados, fauna, flora e equipamentos torna-se necessário ações preventivas, corretivas e de
contingenciamento.

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Para a população atingida devem ser identificados e cadastrados os bens e vítimas para as
providências de ressarcimento e reparação de danos e lesões.

Para a fauna devem ser acionados especialistas para identificar, recolher, tratar, monitorar e repor ao
ambiente de origem ou similar às espécies afetadas.

Para a flora deve ser realizado estudo de impacto para determinação da área afetada, bem como as
espécies envolvidas para que seja elaborado um plano de restauração e monitoramento destas áreas.

30.1 CONTABILIZAÇÃO DAS PERDAS


Para que se tenham os valores dos custos decorrentes do acidente devem-se contabilizar os danos
materiais, pessoais e ambientais decorrentes do acidente.

30.2 COMUNICAÇÃO DA EMERGÊNCIA À IMPRENSA E À SOCIEDADE


O Dono da Ocorrência deve avaliar o que deve ser emitido de dados no âmbito da comunicação à
imprensa e a comunidade, prestando contas sobre o acidente ocorrido.

30.3 EMISSÃO DO RELATÓRIO FINAL DA EMERGÊNCIA


O Dono da Ocorrência deve emitir um relatório final da emergência estabelecendo as lições aprendidas,
visando um aprimoramento do PAE. Este relatório deve estar consolidado com análise das causas,
avaliação da atuação da brigada profissional e de todos os responsáveis, além dos custos da
emergência.

31. GERENCIAMENTO DO PLANO DE ATENDIMENTO A EMERGÊNCIA (PERIODICIDADE E


REVISÃO)
Este Plano de Atendimento à Emergência deve ser periodicamente avaliado e revisado no mínimo nos
seguintes casos:
a. Sempre que uma Análise de Risco assim o indicar.
b. Sempre que as instalações sofrerem modificações físicas, operacionais ou organizacionais capazes
de afetar os procedimentos ou sua capacidade de resposta.
c. Alteração da lista de participantes e alteração da lista de contatos.
d. A cada 02 anos, uma revisão geral.
e. Para garantir a integridade do documento, a Vale possui um sistema de controle de documentos
denominado SIPAV (Sistema de Padronização Vale), pelo qual assegura-se a padronização e
atualização do documento.

32. TREINAMENTOS DO PLANO DE EMERGÊNCIA

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O treinamento de formação de brigadista segue as normas e requisitos legais vigentes.

A unidade EFC possui um cronograma para realização dos simulados ao longo do ano, com o objetivo
de treinar toda a Brigada, testar a capacidade de resposta de todos os envolvidos e dos equipamentos
no atendimento de emergências.

A Brigada de Emergência recebe treinamentos específicos, de acordo com suas responsabilidades e


área de atuação em situações de emergência.

Todos os treinamentos (incluindo reciclagens) e simulados são planejados pela Equipe de Apoio da
unidade EFC e devem ser registrados em lista de presença. Este controle é atualizado sempre que
necessário, para inclusão de novos cenários emergenciais, mudanças no planejamento e
complementação com as datas do que foi realizado ou de emergências reais ocorridas, e no mínimo
anualmente.

Para operacionalização do plano de ação de emergência é realizado os seguintes níveis de


treinamento.

32.1 TREINAMENTO DE NÍVEL I E II - BRIGADISTAS


Público Alvo: Empregados voluntários da VALE e de suas empresas contratadas
Frequência do treinamento: Conforme NT 17/2021 CBMMA e IT 08/2019 Brigada de incêndio
Carga Horária – Conforme NT 17/2021 CBMMA e IT 08/2019 Brigada de incêndio

32.2 TREINAMENTO DE NÍVEL II – RECICLAGEM DE BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL


Público Alvo: Bombeiros Profissionais Civis
Frequência do treinamento: Conforme NBR 14608 (Bombeiro profissional civil)
Carga Horária: Conforme NBR 14608 (Bombeiro profissional civil)

O escopo do treinamento é realizado conforme instruções da NBR – 14608 – Bombeiro profissional


Civil.

32.3 TREINAMENTO DE PRIMEIROS SOCORROS


Este treinamento é destinado à Brigada voluntária, sendo ministrado pela equipe de emergência e faz
parte do conteúdo programático do curso de formação de brigada de incêndio. Fornece conhecimentos
básicos para prestação de Primeiros Socorros a um acidentado ou vítima de mal súbito. É realizado de
forma teórica e prática e inclui os respectivos procedimentos descritos neste PAE. Nele são abordados
basicamente os seguintes itens:

a. Hemorragias;
b. Ferimentos superficiais e profundos;

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c. Desmaios;
d. Queimaduras;
e. Método de respiração;
f. Massagem cardíaca;
g. Fraturas e luxações;
h. Imobilização e transporte de acidentados;
i. Intoxicação alimentar;
j. Acidentes com animais peçonhentos (cobra, aranha, maribondo etc.).

32.4 TREINAMENTO DOS PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS


Este treinamento é destinado à Brigada de Emergência, ministrado pela Equipe de Apoio da unidade e
refere-se ao conteúdo do PAE e a cada um dos procedimentos específicos elaborados pelo
Empreendimento para atuação em cada cenário emergencial.

33. PROGRAMA DE TREINAMENTOS E EXERCÍCIOS SIMULADOS:


O programa de treinamento, exercícios e simulados deve incluir um plano de 3 anos, considerando
todos os cenários identificados e envolvimento das equipes de resposta à emergência, voltado ao
desenvolvimento progressivo da capacidade organizacional, planos e cronogramas de simulados.

Este programa tem como objetivo testar o fluxo de comunicação; os recursos de comunicação; avaliar a
capacidade de resposta a emergência das equipes Vale envolvidas; analisar os procedimentos de
atendimento adotados pela equipe Vale; analisar os recursos Vale aplicados para atendimento a
emergência; avaliar as oportunidades de melhorias e avaliar os pontos fortes.

Acompanhamento e gerenciamento dos simulados pode ser verificado conforme Anexo 3_Formulário
para cronograma de simulados PAE, no qual fica disponível nas bases de emergência.

Deve ser elaborado cronograma trianual para realização dos simulados contemplando os cenários
mapeados neste documento.

Além dos cenários identificados neste documento, recomenda-se realizar simulados de abandono de
área, que são programados pela própria área e conduzidos pelos Coordenadores de rota de fuga (para
instalações fixas).

33.1 PLANEJAMENTO DOS EXERCÍCIOS SIMULADOS


O coordenador do simulado deve reunir as equipes, planejar e discutir a execução dos procedimentos
operacionais de resposta, considerando os cenários acidentais previstos e atentando para os impactos
ambientais e acidentes pessoais que possam ser causados pelo próprio exercício. O Plano do simulado

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deve conter no mínimo as seguintes informações: local, cenário acidental, ações das equipes, tempo
previsto para chegada das equipes ao local e para controle total da emergência.

Considerações sobre os riscos gerados pelo próprio simulado e o destino dos resíduos gerados durante
a realização dos mesmos.

O planejamento deve ser divulgado pelo coordenador/ responsável do simulado a todos os


participantes.
Deve-se escolher uma área/ setor diferente, a cada simulado, até completar o ciclo.

33.2 RESPONSABILIDADE PELA ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DO SIMULADO


Compete a equipe da Brigada profisisonal juntamente com a equipe de emergência planejar e executar
o simulado conforme cenário definido. Durante o simulado será avaliado as ações de cada um e uma
banca avaliadora dever ser composta por um time multifuncional.

Os relatórios do planejamento, assim como as atas de reunião do planejamento e das avaliações devem
ser arquivadas..

Após a realização de cada simulado deve ser elaborada uma avaliação denominada Avaliação Geral de
Simulado, podendo ser utilizado o Anexo 6 (Formulário para relatório de análise crítica de
simulado) deste procedimento.

33.3 AVALIAÇÃO DO SIMULADO


Após realização do exercício, o simulado deve ser analisado criticamente, com registro em impresso
próprio de cada área/ setor participante do Plano de Emergência, onde devem ser registrados os Pontos
Fortes, as Oportunidades para Melhoria e as Não Conformidades. Após a análise crítica devem ser
elaborados e implementados Planos de Ações para tratamento das Não Conformidades e dos Pontos
para Melhoria.

Os relatórios devem ser gerados com base nas informações consolidadas no campo.

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33.4 EXECUÇÃO DOS EXERCÍCIOS SIMULADOS

A Figura abaixo apresenta as etapas de realização dos exercícios simulados de resposta.

Figura 10 - Fluxograma de execução dos exercícios simulados de resposta.

INÍCIO

REGISTRO:
PLANEJAMENTO ATA DE REUNIÃO DE PLANEJAMENTO
(Definir cenário de risco
conforme cronograma local)

REGISTRO: LISTA DE PRESENÇA


/REGISTRO DE REALIZAÇÃO DO SIMULADO
REALIZAÇÃO RE
(Emitir informe via email para o
gerente executivo, gerentes,
CECOM, CCE)

REGISTRO:
RELATÓRIO DO SIMULADO
AVALIAÇÃO

FIM

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33.5 AVALIAÇÃO E AÇÕES PÓS-EMERGÊNCIAS:

Todos os exercícios de simulados realizados serão avaliados por meio do formulário “Checklist” de
Avaliações Simulados, Anexo 32_Check-list de Avaliação do Simulado.

Uma vez que o simulado ou a situação emergencial foi concluída, será elaborado um relatório contendo
descrição dos fatos relevantes, fotos, conclusão da Avaliação incluindo a efetividade do PAE e da
atuação da Brigada de Emergência, quanto ao tempo de repostas, recursos internos disponíveis, apoio
dos recursos externos e pontos de melhoria.

Caso seja necessário, um plano de ação será elaborado para melhoria de forma a minimizar os
impactos ambientais, socorro às vítimas e incomodo a vizinhança. O acompanhamento do plano de
ação é de responsabilidade do Gerente da unidade, Coordenador de Emergência e equipe de apoio.

34. CUIDADOS DE SAÚDE E SEGURANÇA:

As normas de Saúde e Segurança (S&S) da empresa devem ser cumpridas nas atividades previstas
neste Procedimento;

É obrigatório o uso de equipamentos de proteção individual (EPI) pelos empregados da EFC quando do
atendimento a emergências. A inobservância no cumprimento deste item será considerada falta grave e
sem atenuantes. A obrigatoriedade no uso destes recursos se faz necessário para evitar acidentes
pessoais, preservando assim a segurança dos empregados;

Também será obrigatório o uso de EPI por parte de terceiros que estejam em locais de atendimento a
emergência por parte da EFC, devendo ser providenciado os equipamentos para aqueles que
eventualmente não o possuam, tais como Autoridades Públicas em atividades de inspeção ou Imprensa.

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35. CONDUTA INDIVIDUAL
As condutas individuais dos empregados próprios e contratados levam em consideração a narrativa
cultural da Vale, como forma de transformação cultural.

a. Respeito à vida
b. Manter a calma em quaisquer situações
c. Zelar pela sua segurança pessoal
d. Usar o EPI
e. Ser atencioso com o público externo
f. Tentar se colocar no lugar do outro, seja familiar de um acidentado, morador da comunidade ou
jornalista. Todos têm suas razões;
g. Não fornecer qualquer informação sobre a empresa para o público externo, sem autorização
superior;
h. No momento de uma emergência, não tentar explicar o motivo ou achar o culpado junto às pessoas
externas à ferrovia;
i. Registrar e encaminhar todas e quaisquer manifestações/ solicitação do público externo para a
analista de comunicação de sua Unidade;
j. Não autorizar fotos ou filmagens nas áreas da ferrovia;
k. Não dar entrevistas em nome da empresa, mas anotar o nome do jornalista e do veículo que te
abordou e repassar para a Assessoria de Imprensa;
l. Confiar apenas em informações oficiais da empresa;
m. Manter-se informado e compartilhar com seu superior imediato sobre dúvidas, esclarecimentos,
problemas na linha e demais questões.

36. DISPOSIÇÕES GERAIS:

Este Plano deve ser revisado de 30 em 30 dias nos quadros de pessoas e entidades a serem
comunicadas em casos de emergência.

Fica sob a responsabilidade do Dono da Ocorrência a decisão de chamar recursos externos para
auxiliar no atendimento a emergência.

Todos os empregados com cargos relacionados na Estrutura de Responsabilidades do Plano de Ação


de Emergência devem conhecer e seguir suas atribuições.

Quando houver dúvidas sobre as responsabilidades não citadas explicitamente na estrutura, fica a
cargo do Dono da Ocorrência a definição dos responsáveis. Estes devem acatar e cumprir estas
definições.

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Todas as compras e/ ou contratações, relacionadas ao atendimento do acidente, devem ser feitas pela
área de Suprimentos.

O deslocamento ao local do acidente deve ser feito o mais rápido possível, mesmo que alguns recursos
necessários tenham previsão de chegada em algumas horas.

É proibido passar informações sobre o acidente a qualquer pessoa externa à ferrovia, a menos que
orientado e autorizado pela área de comunicação.

Quando abordado por pessoas externas à ferrovia (imprensa, polícia etc.), direcionar os mesmos para o
Dono da Ocorrência ou para profissional da área de Comunicação/ Imprensa.

Pessoas da empresa que não estiverem diretamente trabalhando na remoção do material ou na


ocorrência e/ ou na recuperação da via devem ficar fora da área de segurança, delimitada pela equipe
de atendimento a emergência.

37. ANEXOS

Anexo 1 - Pessoas Acionadas


Anexo 2 - Relação de Contatos dos Donos da Ocorrência
Anexo 3 - Formulário para cronograma de simulados PAE
Anexo 4 - Relação de Telefones Uteis para Emergência
Anexo 5 - Formulário para inventário de recursos
Anexo 6 - Formulário para relatório de análise crítica de simulado
Anexo 7 - Cenários de emergência PIAL
Anexo 8 - Protocolo de Resposta a Emergência_ PIAL
Anexo 9 - Protocolo de Resposta a Emergência_Acidente grave com trem de combustívels
Anexo 10 - Protocolo de Resposta a Emergência_Acidente Grave com Trem de Passageiros
Anexo 11 - Protocolo de Resposta a Emergência_Incêndio e Explosão no PIAL
Anexo 12 - Protocolo de Resposta a Emergência_Acidente de grandes proporções na Oficina Central
Anexo 13 - Protocolo de Resposta a Emergência_Atropelamento de empregados ou contratados por
veículos ou equipamentos ferroviários elaboradores
Anexo 14 - Protocolo de Resposta a Emergência_Abalroamento Grave
Anexo 15 - Protocolo de Resposta a Emergência_Tombamento de trem atingindo comunidades ou
edificações
Anexo 16 - Protocolo de Resposta a Emergência_Queda parcial ou interdição da Ponte Rio Tocantins

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Plano de Atendimento a Emergência EFC

PRO-012161, Rev.: 12 - 20/06/2022 - Classificação: Uso Interno


Anexo 17_Protocolo de Resposta a Emergência_Contaminação Ambiental (água e solo) ocasionada
por vazamento de produtos
Anexo 18_Protocolo de Resposta a Emergência_Incêndio_Explosão nas subestações de energia
elétrica
Anexo 19_Protocolo de Resposta a EmergênciaIncêndio_Explosão ocasionado por produto perigoso
Classe 2
Anexo 20_Incêndio_Explosão ocasionado por produto perigoso Classe 3_
Anexo 21_Incêndio_Explosão ocasionado por vapores de produto perigoso Classe 3
Anexo 22_Protocolo de Resposta a Emergência_Acidente pessoal ou mal súbito
Anexo 23_Protocolo de Resposta a Emergência_Acidentes com animais peçonhentos
Anexo 24_Protocolo de Resposta a Emergência_Acidentes envolvendo espaço confinado
Anexo 25_Protocolo de Resposta a Emergência_Acidentes envolvendo movimentação de carga
Anexo 26_Protocolo de Resposta a Emergência_Acidentes envolvendo trabalho em altura
Anexo 27_Protocolo de Resposta a Emergência_Acidentes envolvendo trabalhos com eletricidade
Anexo 28_Protocolo de Resposta a Emergência_Deslizamento ou desabamento
Anexo 29_Protocolo de Resposta a Emergência_Incêndio em vegetação
Anexo 30_Protocolo de Resposta a Emergência_Queda de carga
Anexo 31_Protocolo de Resposta a Emergência_Incêndio na central de tratamento de resíduos,
prédios administrativos e oficinas
Anexo 32_Check-list de Avaliação do Simulado

38 ELABORADORES

Nome Matrícula Gerência


Michael Amancio 01550859 Ger. Emergência Corredor Norte
Edenilson Lopes 01504837 Ger. Emergência Corredor Norte
Valenilson Pereira 01704080 Ger. Emergência Corredor Norte
Vagner Luis Araújo da Silva 81023209 Ger. Emergência Corredor Norte

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