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Acessibilidade em

Espaços Edificados de
Uso Público
Módulo

3 Sanitários, Banheiros e
Vestiários
Fundação Escola Nacional de Administração Pública

Presidente
Diogo Godinho Ramos Costa

Diretor de Desenvolvimento Profissional


Paulo Marques

Coordenador-Geral de Educação a Distância


Carlos Eduardo dos Santos

Rodrigo Abreu de Freitas Machado (Supervisor Técnico, 2019)

Rafaele Dib Ubaldino de Freitas (Supervisor Técnico, 2019)

Empresa 2F Arquitetura e Serviços LTDA ME (Consultoria Técnica, 2019)

Marcela Coimbra de Albuquerque (Designer Instrucional, 2019)

Sheila Rodrigues de Freitas (Coordenadora Web, 2020)

Isaac Silva Martins (Implementador Moodle,2020)

Sanny Caroline Saraiva (Produção Gráfica, 2020)

Ana Carla Gualberto Cardoso (Diagramadora, 2020)

Desenvolvimento do curso realizado no âmbito do acordo de Cooperação Técnica FUB/ CDT/ Laboratório
Latitude e Enap.

Curso produzido em Brasília, 2020.

Enap, 2020

Enap Escola Nacional de Administração Pública


Diretoria de Educação Continuada
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF

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Sumário
1. Definições gerais............................................................................ 5
2. Localização e quantificação............................................................ 5
3. Dimensionamento......................................................................... 8
4. Materiais e revestimentos........................................................... 11
5. Sanitários familiares e sanitários unissex acessíveis..................... 12
6. Sanitários coletivos...................................................................... 15
7. Vestiários..................................................................................... 17
8. Bacias sanitárias, duchas higiênicas e válvulas de descarga.......... 18
9. Barras para bacias sanitárias........................................................ 20
10. Papeleiras.................................................................................. 25
11. Mictórios e barras para mictórios............................................... 26
12. Lavatórios.................................................................................. 27
13. Barras para lavatórios................................................................ 28
14. Acessórios................................................................................. 29
15. Boxes de Chuveiros.................................................................... 31
16. Barras para chuveiros................................................................ 32
17. Banheiras.................................................................................. 32
18. Alarmes..................................................................................... 33
19. Referências................................................................................ 37

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3
Módulo
Sanitários, Banheiros e
Vestiários

1. Definições gerais
Presentes em nossas casas e em grande parte das edificações públicas, sanitários, banheiros e
vestiários são ambientes que merecem atenção desde o momento da concepção, para que todos
os seus parâmetros sejam pensados de forma a garantir o conforto, uso autônomo e seguro por
seus frequentadores.

Dica
Segundo a NBR 9050:2015, sanitário refere-se à cômodo que dispõe de bacia
sanitária, lavatório, espelho e demais acessórios. Banheiros, por sua vez, além
dos elementos do sanitário, dispõem ainda de chuveiro e/ou banheira. Já os
vestiários, referem-se à denominação dada ao cômodo para a troca de roupa,
podendo ser em conjunto com banheiros ou sanitários.

Independente da tipologia, devemos nos ater quanto à sua localização, quantidades mínimas de
unidades necessárias, dimensionamentos, materiais e revestimentos, tipos de equipamentos e
acessórios e suas respectivas alturas e posições de instalação, de modo que garantam circulação,
transferência, aproximação, alcance manual, empunhadura e ângulo visual para todos usuários.

2. Localização e quantificação
Tratando-se da localização, devemos privilegiar a implantação de sanitários, banheiros e vestiários
acessíveis:

a) nas rotas acessíveis;

b) sempre próximos à circulação principal da edificação;

c) próximas ou integradas às demais instalações sanitárias;

d) a no máximo 50 metros de distância de qualquer ponto da edificação.

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E a quantidade? Qual seria o número adequado de sanitários, banheiros e vestiários acessíveis?
Vejamos na tabela a seguir o que a NBR 9050:2015 estabelece em relação a quantificação mínima
de cada um destes espaços, em edificações de uso público:

Tabela 1: Quantificação sanitários.

SANITÁRIOS ACESSÍVEIS COM ENTRADAS INDEPENDENTES

5 % do total de cada peça sanitária, com


Edificação a ser construída no mínimo um, para cada sexo em cada
pavimento, onde houver sanitários

Um por pavimento, onde houver ou onde a


Edificação existente
legislação obrigar a ter sanitários

Espaços de uso público ou uso coletivo


No mínimo um sanitário por pavimento,
que apresentem unidades autônomas de
localizado nas áreas de uso comum do andar 
comércio ou serviços

Em estabelecimentos como shoppings,


5 % de peças sanitárias acessíveis + 1 sanitário
terminais de transporte, clubes esportivos,
acessível para cada sexo junto a cada conjunto
arenas verdes (ou estádios), locais de shows
de sanitários 
e eventos

BANHEIROS E VESTIÁRIOS

No mínimo 5 % do total de cada peça instalada acessível, respeitada no mínimo uma de cada.

Fonte: Adaptado por Franciele Fantini a partir da NBR 9050:2015.

Quando houver divisão por sexo, as peças devem ser consideradas separadamente para efeito
de cálculo.

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Os sanitários, banheiros e vestiários acessíveis devem possuir entrada
independente, de modo a possibilitar que a pessoa com deficiência, que
precisa de auxílio, possa utilizar a instalação sanitária acompanhada de uma
pessoa do sexo oposto.

Outros aspectos importantes que devemos considerar são:

a) As instalações sanitárias acessíveis que excederem a quantidade de unidades mínimas podem


localizar-se na área interna dos sanitários.

b) Em espaços de uso público ou uso coletivo que apresentem unidades autônomas de comércio
ou serviços, quando o cálculo da porcentagem de 5 % de peças sanitárias do pavimento resultar
em mais do que uma instalação sanitária ou fração, estas devem ser divididas por sexo para cada
pavimento.

c) Recomenda-se que nos conjuntos de sanitários seja instalada uma bacia infantil para uso de
pessoas com baixa estatura e de crianças.

d) Recomenda-se, para os locais de prática esportiva, terapêutica e demais usos, que os vestiários
acessíveis excedentes sejam instalados nos banheiros coletivos, ou seja, que as peças acessíveis,
como chuveiros, bacias sanitárias, lavatórios e bancos, estejam integrados aos demais.

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3. Dimensionamento
Agora que já sabemos quantos sanitários, banheiros e vestiários acessíveis devemos prever em
nossos projetos, podemos falar sobre o dimensionamento de cada peça. Como estes espaços
devem ser projetados para que sejam acessíveis? E se a edificação já estiver construída, e for
necessário incluir um sanitário acessível ou adequar um existente, quais parâmetros devo
obedecer segundo a NBR 9050:2015? Sobre estas, e outras questões, trataremos neste tópico.

Para começar, vamos falar sobre o acesso e a circulação no interior destes espaços. Para que
tenhamos um sanitário acessível, devemos considerar os parâmetros ilustrados abaixo:

a) Porta abrindo para fora com vão livre de, no mínimo, 80 cm, contendo puxador horizontal
(comprimento mínimo de 40 cm e diâmetro de 25 a 35 mm) instalado na parte interna a uma
altura de 90 cm do piso acabado. Lembrando que a maçaneta deve ser do tipo alavanca instalada
entre 80 cm e 110 cm de altura.

b) Circulação livre para giro de 360°, sendo que a área de manobra pode utilizar no máximo 10
cm sob a bacia sanitária e 30 cm sob o lavatório. Além disso, a posição da bacia sanitária deve
obedecer aos seguintes critérios: Eixo a 40 cm da face da barra horizontal lateral deixando um
espaço livre de, no mínimo, 80 cm até a parede ou barreira adjacente.

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Fig. 1: Áreas de manobra para uso da bacia sanitária.
Fonte: Adaptado por Franciele Fantini a partir da NBR 9050:2015.

Fig. 2: Áreas de transferência para uso da bacia sanitária; a) frontal, b) diagonal e c) paralela à bacia sanitária.
Fonte: Adaptado por Franciele Fantini a partir da NBR 9050:2015.

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Dica
Segundo A NBR 9050:2015, quando houver mais de um sanitário acessível,
recomenda-se que as bacias sanitárias, áreas de transferência e barras de apoio
sejam posicionadas simetricamente opostas, contemplando todas as formas
de transferência para a bacia, para atender a uma gama maior de necessidades
das pessoas com deficiência.

Tratando-se de reformas para adequação de sanitários ou edificações existentes, quando


esgotadas as possibilidades de atendimento das dimensões mínimas supracitadas, a NBR
9050:2015 apresenta a possibilidade de se trabalhar com uma redução da área de giro e maior
tolerância em relação ao avanço no lavatório, conforme Figura abaixo:

Fig. 3: Dimensão sanitário em caso de reforma.


Fonte: Adaptado por Franciele Fantini a partir da NBR 9050:2015.

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4. Materiais e revestimentos
Quando pensamos nos materiais e revestimentos de sanitários, banheiros e vestiários, o primeiro
critério é que sejam materiais regulares, antiderrapantes e laváveis. E para um sanitário acessível,
além destes critérios, quais outros devemos considerar?

Um aspecto muito importante a ser considerado na escolha dos materiais e revestimento é sua
cor e acabamento. Pensar em diferentes tons para piso e parede facilita o reconhecimento dos
planos por pessoas com baixa visão, assim como acessórios em cores contrastantes em relação
às cores de piso e paredes também podem facilitar sua localização. Um cuidado necessário é
evitar o uso de padronagem especialmente no piso, pois determinados desenhos podem causar
sensação de insegurança.

Você pode ver exemplos e maiores explicação sobre estas recomendações


no curso ACESSIBILIDADE EM ESPAÇOS DE USO PÚBLICO NO BRASIL.

Tratando-se de box para fechamento da área de chuveiro, quando existir, deve ser de material
firme e, se de vidro, deve-se ter especial atenção para sua especificação, a qual recomenda-se
ter temperado e laminado para maior segurança em caso de quebra. Outro aspecto que pode
ser considerado é o uso de películas texturizadas, para que a superfície tenha maior rugosidade
e segurança em caso de apoio acidental.

Por fim, deve-se escolher materiais e revestimentos que não possuam rebarbas e que permitam
acabamentos arredondados, os quais geram maior segurança e conforto para o uso.

Quando falamos de ralos e grelhas, devemos considerar suas instalações


ao mesmo nível do revestimento, assim como segundo a NBR 9050:2015,
esses elementos devem ser posicionados fora das áreas de manobra e de
transferência.

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5. Sanitários familiares e sanitários unissex acessíveis
Dependendo da especificidade da edificação, recomenda-se a existência de sanitários familiares
e sanitários unissex acessíveis. Esses últimos, além de possuírem entrada independente e bacias
e lavatórios conforme a norma, também precisam ter superfície para troca de roupas na posição
deitada, com dimensões mínimas de 70 cm de largura por 180 cm de comprimento e 46 cm de
altura, devendo suportar no mínimo 150 kg, com barras de apoio. A área de troca acessível, de
acordo com a NBR 9050:2015 deve ser como ilustrada a seguir:

Fig. 4: Boxe com superfície para troca de roupas na posição deitada.


Fonte: Adaptado por Franciele Fantini a partir da NBR 9050:2015.

Dica
Veja agora o vídeo temático “Sanitários acessíveis” e observe os comentários
sobre sanitários familiares, exemplos de uso de sanitários com soluções
adequadas em shopping center e presença de soluções parciais de acessibilidade
em sanitário de prédio público.

https://cdn.evg.gov.br/cursos/274_EVG/videos/modulo01_video14.mp4

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Ambiente de trocador
Sanitários familiares possuem ambientes mais integrados, geralmente têm bacias sanitárias e
lavatórios para crianças, e podem ter locais para amamentação. Sua área para troca de roupa
e higiene geralmente está pensada para bebês ou crianças pequenas, consequentemente a
superfície para troca tem dimensões menores e maior altura para o adulto que faz a troca em pé.

É importante não confundir os sanitários familiares com sanitários unissex acessíveis. Estes
últimos são sanitários para pessoas com deficiências motoras, ou deficiências múltiplas, que
podem ser crianças, adolescentes ou adultos e necessitam de auxílio de outra pessoa para sua
higiene pessoal. Suas dimensões e equipamentos devem possibilitar o conforto e a segurança
tanto da pessoa com deficiência, quanto de seu auxiliar.

Veja exemplo de solução para ambiente de trocador acessível para escola que faz parte do
“Manual de Acessibilidade Espacial para Escolas: o direito à escola acessível”, a qual reproduzimos
a seguir.

Dica
O “Manual de Acessibilidade Espacial para Escolas: o direito à escola acessível”
pode ser consultado na biblioteca do curso, mas é muito importante observar
que as soluções nele indicadas foram desenvolvidas antes da NBR 9050:2015!

Para o ambiente de trocador, mostrado na próxima imagem, foram propostas as seguintes


soluções: (1) Mesa ou maca para a troca de roupas, ou fraldas, com dimensões de 1,80 m X
0,70 m, revestida com material lavável e altura de 0,46 m (altura de uma cadeira de rodas); (2)
Barras de apoio junto à mesa; (3) Banco baixo com rodas para facilitar o trabalho do auxiliar; (4)
Lavatório, saboneteira, lixeira, papeleira e materiais para higiene devem estar próximos à maca
a fim de facilitar seu uso pelo auxiliar; (5) Boxe de chuveiro acessível e espaçoso, com vão de
entrada largo e sem degrau; (6) Barras de apoio em forma de “L” no boxe e um banco articulado
fixado à parede; (7) Chuveiro com ducha manual; (8) Posição da torneira do chuveiro de forma a
permitir seu acionamento sem molhar o auxiliar.

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Fig. 5: Ambiente de trocador.
Fonte: DISCHINGER et al, 2009, p.57.

Se você fosse fazer o projeto para um ambiente de trocador em escola,


sabendo que o manual foi publicado em forma digital pelo MEC em 2010,
quais os elementos que deveriam ser alterados, por não estar de acordo com
a NBR 9050:2015?

Resposta
As barras de apoio no lavatório não devem contornar o lavatório; as barras
de apoio acima da superfície de troca parecem ser menores do que os 80 cm
exigidos, o espelho está inclinado e o banco abaixo do chuveiro deve ser na
parede adjacente, não abaixo do mesmo. Nos casos de bacias sanitárias sem
parede ao lado, a barra de apoio deve ter um dispositivo para colocar o papel
higiênico. Você pode encontrar todas as especificações e disposições da norma
sobre a instalação, forma e dimensionamento dos equipamentos ao longo deste
módulo!

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6. Sanitários coletivos
Sanitários coletivos são aqueles pensados para uso de todos. Segundo a NBR 9050:2015, esses
devem conter:

a) Boxes “comuns”;

b) Box comum com instalação de bacia infantil para uso de pessoas com baixa estatura e crianças
(mínimo 1).

c) Box com barras de apoio para uso de pessoas com mobilidade reduzida (mínimo 1).

Os boxes comuns devem ter porta de 80 cm de vão livre podendo abrir para dentro ou para fora
(recomendada para facilitar socorro à pessoa), conforme imagens abaixo:

Fig. 6: Boxe comum com porta abrindo para (a) dentro ou para (b) fora.
Fonte: Adaptado por Franciele Fantini a partir da NBR 9050:2015.

Dica
Segundo a NBR 9050:2015, nas edificações existentes, admite-se porta com
vão livre de no mínimo 0,60 m em boxes comuns.

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O boxe com barras de apoio em forma de “L”, de 70 cm por 70 cm, ou duas barras retas de 70 cm,
no mínimo, e com o mesmo posicionamento, para uso de pessoas com redução de mobilidade,
flexibilidade, coordenação motora e percepção está representado abaixo:

Fig. 7: Boxe com duas barras de em 90° para pessoas com Mobilidade Reduzida: a) vista superior, b) vista lateral.
Fonte: Adaptado por Franciele Fantini a partir da NBR 9050:2015.

O sanitário coletivo também pode contar com um boxe acessível, para uso preferencial de
pessoas em cadeira de rodas, além daquele que já deve ocorrer com entrada independente. Para
tanto, deve garantir área de circulação, manobra e aproximação para o uso das peças sanitárias
conforme estudamos acima.

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7. Vestiários
Comuns em locais de trabalho e práticas esportivas, vestiários acessíveis devem contar com
alguns elementos importantes. O primeiro deles refere-se a cabinas individuais para troca de
roupas em posição deitada, conforme apresentado na Figura 4 deste módulo.

Dica
Segundo a NBR 9050:2105, a área de transferência deve ser garantida, podendo
as áreas de circulação e manobra estar externas às cabinas.

Além desse, é comum encontrarmos, nos vestiários, bancos, os quais devem possuir encosto,
profundidade mínima de 45 cm, largura mínima de 70 cm e serem instalados a uma altura de
46 cm do piso acabado. Para permitir eventuais aproximação e manobra, sugere-se que ele
possua altura inferior livre de 30 cm, sem qualquer saliência ou obstáculo, assim como bordas
arredondadas para maior segurança no uso.

Quando falamos de armários em vestiários, ou lockers, devemos considerar que a altura de


utilização deve estar entre 40 cm e 120 cm do piso acabado. A altura de fixação dos puxadores
e fechaduras deve estar em uma faixa entre 80 e 120 cm. A projeção de abertura das portas dos
armários não pode interferir na área de circulação mínima de 90 cm e as prateleiras, gavetas e
cabides devem possuir profundidade e altura que atendam às faixas de alcance manual e visual.

Tanto as bacias sanitárias, quanto os lavatórios, chuveiros e acessórios serão abordados em


tópicos específicos, apresentados a seguir.

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8. Bacias sanitárias, duchas higiênicas e válvulas de
descarga
Presentes em sanitários, banheiros e vestiários, bacias sanitárias e suas respectivas válvulas,
assim como as duchas higiênicas, devem obedecer a alguns critérios para que atendam aos
requisitos de acessibilidade e uso seguro e autônomo por todos.

Tratando-se do modelo de bacia sanitária, é admitido pela norma o uso de bacias convencionais,
com caixas acopladas ou suspensas, conforme imagem abaixo.

Fig. 8: Modelos de bacias sanitárias: a) convencional, b) caixa acoplada e c) bacia suspensa.


Fonte: Acervo pessoal de Carolina Pinto, 2020.

A bacia sanitária com abertura frontal NÃO é recomendada para aplicação em


banheiros acessíveis. Este modelo foi desenvolvido para uso hospitalar, de
modo que o paciente possa receber auxílio de terceiros para sua higienização
íntima.

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Fig. 9: Modelos de bacias sanitárias encontradas no mercado. Para banheiros acessíveis, prever
o uso apenas dos modelos convencionais. Apenas em áreas hospitalares ou de atendimento de
pacientes em atividades específicas deve-se prever o uso do modelo com abertura frontal.
Fonte: Acervo pessoal de Carolina Pinto, 2020.

Fig. 10: Bacia sanitária com sóculo.


Fonte: Adaptado por Franciele Fantini a partir da NBR 9050:2015.

Dica
Caso o modelo de bacia sanitária convencional ou com caixa acoplada escolhido
não alcance a altura recomendada, pode-se executar um sóculo sob a base da
bacia. Esse deve ser isento de cantos vivos e com a sua projeção avançando no
máximo 5 cm, acompanhando a base da bacia.

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Além da especificação de bacias sanitárias, recomenda-se a instalação de ducha higiênica ao
lado da bacia, dentro do alcance manual de uma pessoa sentada na bacia sanitária, dotada de
registro de pressão para regulagem da vazão de fácil manuseio e empunhadura.

Quando falamos de válvulas de descarga, por sua vez, o acionamento deve estar a uma altura
máxima de 100 cm e, para facilitar o seu uso, ser preferencialmente acionado por sensores
eletrônicos ou dispositivos equivalentes. Sua localização deve ser preferencialmente na parte
posterior da bacia, todavia admite-se diferente posição, desde que esteja dentro dos parâmetros
de alcance manual estudados.

Dica
Na impossibilidade de uso de válvula de descarga, recomenda-se que seja
colocada caixa de descarga embutida. Para estas caixas aplicam-se os mesmos
requisitos de força e altura de acionamento.

Por fim, para bacias com caixa acoplada, além dos parâmetros de alcance manual, o cabe ressaltar
que o acionamento pode ser por alavanca, sensores eletrônicos ou dispositivos equivalentes.

9. Barras para bacias sanitárias


Fundamentais para garantir segurança no uso de bacias sanitárias, todas as barras de apoio
utilizadas em sanitários e vestiários devem:

a) Resistir a um esforço mínimo de 150 kg no sentido de utilização da barra, sem apresentar


deformações permanentes ou fissuras.

b) Ter seção circular com diâmetro entre 30 mm e 45 mm, ou seção elíptica, desde que a dimensão
maior seja de 45 mm e a menor de 30 mm.

c) Estar firmemente fixadas a uma distância mínima de 40 mm entre sua base de suporte (parede,
painel, entre outros), até a face interna da barra.

d) Suas extremidades devem estar fixadas nas paredes ou ter desenvolvimento contínuo até o
ponto de fixação com formato recurvado.

Dica
Quando necessários, os suportes intermediários de fixação devem estar sob a
área de empunhadura, garantindo a continuidade de deslocamento das mãos.

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Além disso, a instalação de barras deve obedecer a alguns critérios que variam de acordo com o
modelo de bacia escolhida e a posição dela em relação ao espaço e suas paredes limites.

Bacias sanitárias com parede lateral


a) Bacia convencional com barras de apoio ao fundo e a 90° na parede lateral.

Fig. 11: Bacia convencional e suas barras de apoio – para adultos (A) e infantil (I)
Fonte: Adaptado por Franciele Fantini a partir da NBR 9050:2015

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b) Bacia suspensa com barras de apoio ao fundo e a 90° na parede lateral

Fig. 12: Bacia suspensa e suas barras de apoio para adultos (A) e infantil (I)
Fonte: Adaptado por Franciele Fantini a partir da NBR 9050:2015

c) Bacia com caixa acoplada com barras de apoio ao fundo e a 90° na parede lateral

Fig. 13: Barras para bacia com caixa acoplada para adultos (A) e infantil (I)
Fonte: Adaptado por Franciele Fantini a partir da NBR 9050:2015

Dica
A barra reta na parede do fundo pode ser substituída por uma barra lateral
articulada, desde que a extremidade da barra esteja a no mínimo 10 cm da
borda frontal da bacia. As barras articuladas devem possuir dispositivo que
evite quedas repentinas ou movimentos abruptos.

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Bacias sanitárias sem parede lateral
Na impossibilidade de instalação de barras nas paredes laterais, são admitidas barras laterais
fixas (com fixação na parede de fundo) ou articuladas (dar preferência pela barra lateral fixa),
desde que sejam observados os parâmetros de segurança e dimensionamento e que estas e seus
apoios não interfiram na área de giro e transferência.

De um modo geral, a distância entre esta barra e o eixo da bacia deve ser de 40 cm, sendo que
sua extremidade deve ultrapassar uma distância mínima de 20 cm da borda frontal da bacia.

a) Bacia convencional ou suspensa com barra de apoio reta e barra lateral fixa.

Fig. 14: Posição barra de apoio reta e barra lateral fixa para bacia convencional para adultos (A) e infantil (I)
Fonte: Adaptado por Franciele Fantini a partir da NBR 9050:2015.

b) Bacia com caixa acoplada com barras de apoio reta e lateral fixa.

Fig. 15: Bacia com caixa acoplada com barras de apoio reta e lateral fixa para adultos (A) e infantil (I)
Fonte: Adaptado por Franciele Fantini a partir da NBR 9050:2015.

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c) Bacia com caixa acoplada com barras lateral articulada e fixa.

Fig. 16: Posicionamento barras lateral articulada e fixa para adultos (A) e infantil (I)
Fonte: Adaptado por Franciele Fantini a partir da NBR 9050:2015

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10. Papeleiras
Acessórios que acompanham as bacias sanitárias, as papeleiras mais comuns de serem
encontradas são as sobrepostas, para papel higiênico em rolo ou interfolhados.

Fig. 17: Papeleiras.


Fonte: Acervo pessoal de Carolina Pinto.

Para que tenham fácil alcance, elas devem obedecer aos seguintes parâmetros:

a) Papeleiras de embutir: devem ser instaladas a uma altura de 55 cm do piso acabado até seu
eixo e afastada 20 cm da borda frontal da bacia sanitária.

b) Papeleiras de sobrepor (de rolo ou interfolhadas): devem ser instaladas a uma altura de 100
cm do piso acabado até sua borda inferior não podendo ultrapassar a borda frontal da bacia.

Dica
Nos casos de bacias sanitárias sem parede ao lado, a barra de apoio deve ter
um dispositivo para colocar o papel higiênico.

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11. Mictórios e barras para mictórios
Quando houver mictório, pelo menos um, em cada sanitário, deve seguir alguns parâmetros para
que seja acessível:

a) Ser localizado o mais próximo possível da entrada dos sanitários;

b) Deve ser prevista área de aproximação frontal para pessoa com mobilidade reduzida (P.M.R.),
com 60 cm de diâmetro contados a partir da borda frontal do mictório;

c) Deve ser equipado com válvula de mictório instalada a uma altura de até 100 cm do piso
acabado. O acionamento dessa válvula deve ser por sensor eletrônico ou dispositivos equivalentes
ou de fechamento automático, com esforço máximo de 23 N;

d) Quando utilizado o sensor de presença fica dispensada a restrição de altura de instalação.

Para maior conforto e segurança durante uso, especialmente por idosos, pessoas com mobilidade
reduzida ou em cadeira de rodas, é interessante prever a instalação de barras de apoio conforme
imagem abaixo:

Fig. 18: Mictório e suas barras.


Fonte: Adaptado por Franciele Fantini a partir da NBR 9050:2015.

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12. Lavatórios
Lavatórios são elementos que encontramos em sanitários, banheiros e vestiários, assim como,
de forma isolada, onde é necessário realizar higiene das mãos.
Tratando-se de lavatórios acessíveis, devemos obedecer aos seguintes critérios:
a) Sua instalação deve possibilitar a área de aproximação de uma pessoa em cadeira de rodas
(mínimo de 80 x 120 cm frontais, com avanço de 30 cm sob o lavatório), quando se tratar do
sanitário acessível, e garantir a aproximação frontal de uma pessoa em pé, com área livre de
diâmetro 60 cm, quando se tratar de um sanitário qualquer;
b) Deve ser instalado sem coluna ou com coluna suspensa;
c) Há ainda a opção de trabalharmos lavatório sobre tampo, dentro do sanitário ou boxe acessível.
Os tampos para lavatórios devem garantir no mínimo uma cuba com superfície superior entre 78
e 80 cm, e livre inferior de 73 cm;
d) Sua instalação não pode interferir na área de transferência para a bacia sanitária. Por outro
lado, sua área de aproximação pode ser sobreposta à área de manobra;
e) Devem garantir altura frontal livre na superfície inferior, conforme figura abaixo, e na superfície
superior de no máximo 80 cm, exceto a infantil;

Fig. 19: Instalação de lavatório.


Fonte: Adaptado por Franciele Fantini a partir da NBR 9050:2015.

Quando houver água quente devemos garantir solução que evite o contato do
usuário com o sifão ou a tubulação.

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13. Barras para lavatórios
As barras de apoio dos lavatórios podem ser horizontais e verticais. Quando instaladas, devem
ter uma barra de cada lado conforme exemplos ilustrados abaixo:

Fig. 20: Instalação de barras no lavatório para garantir aproximação e alcance


Fonte: Adaptado por Franciele Fantini a partir da NBR 9050:2015.

As barras horizontais devem ser instaladas a uma altura 78 m a 80 cm, medido a partir do piso
acabado até a face superior da barra, acompanhando a altura do lavatório. Além disso, as barras
verticais devem ser instaladas a uma altura de 90 cm do piso e com comprimento mínimo de 40
cm.

Quando se tratar de bancada com vários lavatórios, as barras de apoio devem


estar posicionadas nas extremidades do conjunto, podendo ser em apenas
uma das extremidades.

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14. Acessórios
Além dos equipamentos básicos estudados acima, é comum encontrarmos e especificarmos em
nossos projetos uma gama de acessórios que demandam certos cuidados em suas instalações,
de modo que tenham seu alcance manual facilitado sem que se tornem empecilhos.

Os acessórios para sanitários, como porta-objeto, cabides, saboneteiras e toalheiros devem ter
sua área de utilização dentro da faixa de alcance acessível estabelecida, entre 80 e 120 cm de
altura, conforme imagem abaixo:

Fig. 21: Faixa de alcance para acessórios.


Fonte: NBR 9050:2015.

Tratando-se do porta-objetos junto ao lavatório, ao mictório e à bacia sanitária, ele deve


obedecer igualmente a determinação de estar entre 80 e 120 cm de altura e, no máximo 25 cm de
profundidade, sempre em local que não gere interferência nas áreas de transferência e manobra,
assim como no uso das barras de apoio. Outro aspecto relevante é que não é recomendado
que ele seja instalado atrás de portas e seus cantos devem ser arredondados, sem superfícies
cortantes ou abrasivas.

A última atualização da NBR 9050, diferente das versões anteriores, estabeleceu que o espelho
deve ser plano, sem inclinação em relação ao substrato de instalação.

Tratando-se da instalação de espelhos, em locais onde houver pia, sua borda


inferior deve ter no máximo 90 cm e a superior 180 cm, enquanto em paredes
sem pia é recomendável que sejam instalados entre 50 cm até 180 cm em
relação ao piso acabado.

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Fig. 22: Instalação espelho.
Fonte: por Franciele Fantini a partir da NBR 9050:2015.

Analise a imagem abaixo e aponte as soluções de projeto condizentes, ou não


condizentes, com o que determina a NBR 9050:2015.

Fig. 23: a) Box adaptado a pessoas com deficiência: barras de apoio e áreas adequadas para
manobra da cadeira de rodas.
Fonte: DISCHINGER et al., 2014, p.79.

Resposta
Adequado:
- Porta do sanitário abrindo para fora;
- Uso de contraste de cores e materiais resistentes;
- Instalação de acessórios dentro da faixa de alcance.
Inadequado:
- Barras de apoio sanitário em quantidade inadequadas. Atrás da bacia devemos
possuir apenas 1 barra horizontal;
- Espelho inclinado;
- Ausência de barras nos lavatórios localizada nas paredes limite do conjunto
apresentado.

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15. Boxes de Chuveiros
Encontrados em banheiros e vestiários, boxes de chuveiros acessíveis devem considerar
primeiramente área de transferência externa ao boxe, de forma a permitir a aproximação e
entrada de cadeira de rodas, cadeiras de banho ou similar.

Segundo a NBR 9050:2015, a dimensão mínima do box de chuveiro deve ser de 90 x 95cm.

Além disso, devemos nos deter aos seguintes aspectos:

a) Portas devem ter vão livre mínimo de 90 cm e serem preferencialmente de correr sem trilho
no piso ou ainda cortinas. Caso seja de outro material, deve-se especificar um material resistente
a impacto.

b) Quando ocorrer portas de abrir, sua abertura não pode interferir na área de transferência da
cadeira de rodas para o banco.

c) Possuir banco articulado ou removível, sempre com cantos arredondados e superfície


antiderrapante impermeável para banho sentado, com capacidade de suporte de 150 kg.

d) Para acionamento do chuveiro deve-se considerar preferencialmente válvula termostática


ou monocomandos, sempre com comando por alavanca e, se misturadores, com curso de no
máximo ½ volta.

Dica
Você já pensou em seus projetos em trazer o comando de acionamento do
chuveiro para a parede próxima à porta ou acesso ao box? Essa solução facilita
a abertura do chuveiro antes da entrada no banho!

e) Além do chuveiro, devemos considerar desviador para ducha manual, sendo o comando de
fluxo (ducha/chuveiro) nesta última.

f) É permitido que a ducha exerça função de chuveiro quando essa é fixada em barra deslizante,
permitindo regulagens de alturas apropriadas às diversas necessidades dos usuários.

Dica
Segundo a NBR 9050:2015, grelhas e ralos devem ser posicionados fora das
áreas de manobra e de transferência, recomendado o uso de grelhas lineares
junto à parede oposta à área de acesso e piso com caimento de até 2% em
direção ao ralo.

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16. Barras para chuveiros
Os boxes para chuveiros devem ser providos de barras de apoio conforme imagens a seguir:

Fig. 24: Boxe para chuveiro com as duas possibilidades para instalação de barras: em “L” e
conjunto de barra horizontal e vertical e altura dos equipamentos e acessórios.
Fonte: Adaptado por Franciele Fantini a partir da NBR 9050:2015.

17. Banheiras
Quando falamos de projetos de ambientes que contam com banheiras, sejam eles banheiros,
vestiários, locais terapêuticos e até spas, hotéis, entre outros, nos deparamos com um desafio
de como tornar a banheira acessível.

Normalmente iniciamos o projeto com a especificação de um modelo de banheira existente


no mercado, seja ele com soluções adaptadas para acessibilidade (como aberturas laterais) ou
devemos pensar em alguns elementos que são fundamentais para adequar um equipamento
padrão.

Independente do modelo escolhido, deve-se considerar que a altura da banheira deve ser de no
máximo 46 cm do piso acabado e deve-se prever área de transferência para aproximação paralela
à banheira. Em caso de modelos de banheiras comuns, deve-se incluir plataforma fixa nivelada
ou plataforma móvel, sempre com superfícies antiderrapantes, sem serem excessivamente
abrasivas, para evitar o desconforto do uso sem proteção de roupas.

Tratando-se do acionamento, o uso de monocomandos ou válvulas termostáticas reduz o risco de


acidentes como queimaduras. Além disso, as válvulas dos registros devem ser do tipo alavanca
de ½ volta e estarem instaladas a uma altura de 80cm do piso acabado, na parede lateral da
banheira, oposta à plataforma.

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Para maior segurança, a banheira deve possuir barras de apoio, conforme imagem abaixo.

Fig. 25: Banheira com plataforma.


Fonte: Adaptado por Franciele Fantini a partir da NBR 9050:2015.

18. Alarmes
Fundamentais para notificações de alerta, de acordo com a NBR 9050:2015, os alarmes são
equipamentos ou dispositivos capazes de alertar sobre situações de emergência por estímulos
visuais, táteis e sonoros e devem ser aplicados em espaços confinados, como sanitários acessíveis,
boxes, cabines e vestiários isolados.

Dica
Nos quartos, banheiros e sanitários de locais de hospedagem, de instituições
de idosos e de hospitais, deve ser instalado o conjunto de telefones + alarmes
de emergência visuais, sonoros e/ou vibratórios.

Em sanitários, banheiros e vestiários acessíveis devemos obedecer às seguintes questões:

a) Deve-se prever dispositivo próximo à bacia, no boxe do chuveiro e na banheira para acionamento
por uma pessoa sentada ou em caso de queda.

b) Recomenda-se a instalação de dispositivos adicionais em posições estratégicas, como lavatórios


e portas, entre outros.

c) Deve-se instalar os pontos a 40 cm do piso acabado.

d) Os dispositivos devem ser acionados por pressão ou alavanca.

e) Devem ter cor que contraste com a da parede, de modo a facilitar o reconhecimento.

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Fig. 26: Botoeira alarme sanitário.
Fonte: Acervo pessoal de Carolina Pinto.

Dica
Após conhecermos melhor sobre parâmetros e diretrizes para sanitário,
banheiros e vestiários acessíveis, é muito importante lembrar que não basta o
banheiro ser acessível, é de fundamental importância que o caminho que leva
até este local esteja livre de barreiras arquitetônicas. Veja no módulo 1 deste
curso o capítulo 4 “Rotas acessíveis” os requisitos para garantir a existência de
rotas sem barreiras que permitam a todos usuários atingir as atividades fins
nele existentes!

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Para finalizar este módulo, faça um projeto de adaptação para o sanitário
desenhado abaixo para que o mesmo seja acessível de acordo com a NBR
9050:2015:

Fig. 27: Sanitários - a) Planta baixa; b) Vista.


Fonte: Desenhos de Paty de Avila Baccin.

Resposta
O banheiro tem condições de receber adaptações como as listadas a seguir:
- Instalação de barras de apoio para a bacia sanitária e lavatório.
- Instalação de puxador horizontal na porta.
- Melhor aproveitamento do espaço com a instalação de uma bancada junto ao
lavatório em modelo acessível à aproximação de cadeiras de rodas.
- Torneira com acionamento automático por sensor permite o uso de pessoas
com pouca mobilidade nos membros superiores ou com mobilidade reduzida.
- Instalação de espelho a 90 cm do piso, atingindo 180 cm de altura.

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Abaixo apresentamos planta e vista esquemáticas de como essas soluções ficariam aplicadas:

Fig. 28: Proposta para sanitários adaptados - a) Planta baixa; b) vista.


Fonte: Desenhos de Paty de Avila Baccin.

Dica
Agora que você terminou a leitura deste módulo, experimente fazer os
exercícios de avaliação.

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19. Referências
REFERÊNCIAS — MÓDULO 3
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 9050: Acessibilidade a edificações,
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2015. Disponível em: http://www.
abntcolecao.com.br/mpf/default.aspx?T=9BC37A821F0D. Acesso em: 26. Nov. 2018.

DISCHINGER, M.  et al.  Manual de acessibilidade espacial para escolas: o direito à escola
acessível. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2009. Disponível
em:  http://www.plataformadoletramento.org.br/guia-de-mediacao-de-leitura-acessivel-e-
inclusiva/arquivos/ManualAcessibilidadeEspacialEscolas.pdf. Acesso em: 16 mar. 2019.

DISCHINGER, M.  et al.  Promovendo acessibilidade espacial nos edifícios públicos: Programa
de Acessibilidade às Pessoas com Deficiência ou Mobilidade Reduzida nas Edificações de Uso
Público. 1.ed., atual. Florianópolis: MPSC, 2014. Disponível em:  https://documentos.mpsc.
mp.br/portal/conteudo/cao/ccf/Manual/Manual%20Acessibilidade_2014_web.pdf. Acesso em:
26 Out. 2018.
 
REFERÊNCIAS DO GLOSSÁRIO — MÓDULO 3
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 9050: Acessibilidade a edificações,
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2015. Disponível em: http://www.
abntcolecao.com.br/mpf/default.aspx?T=9BC37A821F0D. Acesso em: 26 Nov. 2018.

BRASIL. LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa


com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 26 out. 2018.

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