Você está na página 1de 21

CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.

790/0001-95

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 15577-1

Segunda edição
18.07.2018

Agregados ― Reatividade álcali-agregado


Parte 1: Guia para avaliação da reatividade
potencial e medidas preventivas para uso de
agregados em concreto
Aggregates ― Alkali-aggregate reactivity
Part 1: Guide for the evaluation of potential reactivity of aggregates and
preventive measures for its use in concrete
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

ICS 91.100.30 ISBN 978-85-07-07580-6

Número de referência
ABNT NBR 15577-1:2018
15 páginas

© ABNT 2018
Impresso por: RS - Santana do Livramento - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 15577-1:2018


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

© ABNT 2018
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser
reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
escrito da ABNT.

ABNT
Av.Treze de Maio, 13 - 28º andar
20031-901 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: + 55 21 3974-2300
Fax: + 55 21 3974-2346
abnt@abnt.org.br
www.abnt.org.br

ii © ABNT 2018 - Todos os direitos reservados

Impresso por: RS - Santana do Livramento - IMPRESSÃO


CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 15577-1:2018

Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................iv
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Classificação das estruturas frente às consequências da RAS.....................................3
5 Análise de risco de ocorrência da RAS............................................................................4
5.1 Generalidades......................................................................................................................4
5.2 Condições de exposição e dimensões da estrutura ou elemento estrutural................5
5.3 Classificação do grau de reatividade dos agregados.....................................................5
5.4 Determinação do grau de risco..........................................................................................5
6 Métodos de avaliação da reatividade de agregados........................................................6
6.1 Reação álcali-carbonato.....................................................................................................6
6.2 Reação álcali-sílica.............................................................................................................6
6.2.1 Análise petrográfica do agregado.....................................................................................6
6.2.2 Determinação da expansão em barras de argamassa pelo método acelerado............7
6.2.3 Determinação da expansão em prismas de concreto pelo método de longa duração.7
6.2.4 Determinação da expansão em prismas de concreto pelo método acelerado.............7
7 Classificação das medidas preventivas............................................................................8
8 Medidas de mitigação da expansão devida a RAS..........................................................8
8.1 Requisitos dos materiais inibidores..................................................................................9
8.2 Avaliação da eficiência de materiais inibidores da reação...........................................10
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

8.2.1 Generalidades....................................................................................................................10
8.2.2 Ensaio acelerado para confirmação da mitigação da expansão..................................10
8.2.3 Ensaio de longa duração para confirmação da mitigação da expansão..................... 11
9 Fluxogramas de decisão de uso do agregado............................................................... 11
Bibliografia..........................................................................................................................................15

Figuras
Figura 1 – Fluxograma de decisão de uso do agregado quanto a RAS........................................12
Figura 2 – Determinação do grau de reatividade do agregado......................................................13
Figura 3 – Avaliação da eficiência de materiais inibidores em mitigar a expansão devida a RAS..14

Tabelas
Tabela 1 – Classificação da estrutura.................................................................................................3
Tabela 2 – Classificação do grau de reatividade do agregado........................................................5
Tabela 3 – Grau de risco de ocorrência da RAS................................................................................6
Tabela 4 – Grau de intensidade da medida preventiva.....................................................................8
Tabela 5 – Medidas de mitigação da expansão devida a RAS.........................................................9
Tabela 6 – Requisitos de composição dos materiais inibidores...................................................10

© ABNT 2018 - Todos os direitos reservados iii


Impresso por: RS - Santana do Livramento - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 15577-1:2018

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização.


As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB),
dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais
(ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas
no tema objeto da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais
direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados
à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos.
Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas
para exigência dos requisitos desta Norma.

A ABNT NBR 15577-1 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados
(ABNT/CB-018), pela Comissão de Estudo de Requisitos e Métodos de Ensaios de Agregados
para Concreto (CE-018:200.001). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 03,
de 15.03.2018 a 13.05.2018.

Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 15577-1:2008 Versão
corrigida:2008), a qual foi tecnicamente revisada.

Esta ABNT NBR 15577, sob o título geral “Agregados – Reatividade álcali-agregado”, tem previsão
de conter as seguintes partes:
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

—— Parte 1: Guia para avaliação da reatividade potencial e medidas preventivas para uso de
agregados em concreto

—— Parte 2: Coleta, preparação e periodicidade de ensaios de amostras de agregados para concreto

—— Parte 3: Análise petrográfica para verificação da potencialidade reativa de agregados em presença


de álcalis do concreto

—— Parte 4: Determinação da expansão em barras de argamassa pelo método acelerado

—— Parte 5: Determinação da mitigação da expansão em barras de argamassa pelo método acelerado

—— Parte 6: Determinação da expansão em prismas de concreto

—— Parte 7: Determinação da expansão em prismas de concreto pelo método acelerado

O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte:

Scope
This Part of ABNT NBR 15577 establishes the requirements for the use of aggregates in concrete,
considering measures to avoid the occurrence of deleterious expansive reactions due alkali-aggregate
reaction and prescribes the sampling and test methods for the verification of these requirements.

iv © ABNT 2018 - Todos os direitos reservados

Impresso por: RS - Santana do Livramento - IMPRESSÃO


CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 15577-1:2018

This Part of ABNT NBR 15577 does not apply to the analysis and interpretation of the alkali-carbonate
reaction.

This Part of ABNT NBR 15577 complements the requirements of ABNT NBR 7211 and
ABNT NBR 15116 for the use of aggregates in Portland cement concrete.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

© ABNT 2018 - Todos os direitos reservados v


Impresso por: RS - Santana do Livramento - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Impresso por: RS - Santana do Livramento - IMPRESSÃO


CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 15577-1:2018

Agregados ― Reatividade álcali-agregado


Parte 1: Guia para avaliação da reatividade potencial e medidas
preventivas para uso de agregados em concreto

1 Escopo
Esta Parte da ABNT NBR 15577 estabelece os requisitos para o uso de agregados em concreto,
tendo em vista as medidas necessárias para evitar a ocorrência de reações expansivas deletérias
devidas à reação álcali-agregado e indica os procedimentos de amostragem e os métodos de ensaios
necessários à verificação desses requisitos.

Esta Parte da ABNT NBR 15577 não se aplica à análise e à interpretação da reação álcali-carbonato;
as referências à reação álcali-agregado referem-se sempre à reação álcali-sílica.

Esta Parte ABNT NBR 15577 complementa os requisitos das ABNT NBR 7211 e ABNT NBR 15116,
para o uso de agregados em concreto de cimento Portland.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento.
Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5735, Cimento Portland de alto-forno


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

ABNT NBR 5736, Cimento Portland pozolânico

ABNT NBR 7389-1, Agregados – Análise petrográfica de agregado para concreto – Parte 1: Agregado miúdo

ABNT NBR 9935, Agregados – Terminologia

ABNT NBR 11578, Cimento Portland composto – Especificação

ABNT NBR 12653, Materiais pozolânicos – Requisitos

ABNT NBR 13956-1, Sílica ativa para uso com cimento Portland em concreto, argamassa e pasta –
Parte 1: Requisitos

ABNT NBR 15577-2, Agregados – Reatividade álcali-agregado – Parte 2: Coleta, preparação e


periodicidade de ensaios de amostras de agregados para concreto

ABNT NBR 15577-3, Agregados – Reatividade álcali-agregado – Parte 3: Análise petrográfica para
verificação da potencialidade reativa de agregados em presença de álcalis do concreto

ABNT NBR 15577-4, Agregados – Reatividade álcali-agregado – Parte 4: Determinação da expansão


em barras de argamassa pelo método acelerado

ABNT NBR 15577-5, Agregados – Reatividade álcali-agregado – Parte 5: Determinação da mitigação


da expansão em barras de argamassa pelo método acelerado

© ABNT 2018 - Todos os direitos reservados 1


Impresso por: RS - Santana do Livramento - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 15577-1:2018

ABNT NBR 15577-6, Agregados – Reatividade álcali-agregado – Parte 6: Determinação da expansão


em prismas de concreto

ABNT NBR 15577-7, Agregados – Reatividade álcali-agregado – Parte 7: Determinação da expansão


em prismas de concreto pelo método acelerado

ABNT NBR 15894-1, Metacaulim para uso com cimento Portland em concreto, argamassa e pasta –
Parte 1: Requisitos

ABNT NBR NM 66, Agregados – Constituintes mineralógicos dos agregados naturais – Terminologia

ASTM C1260, Test Method for Potential Alkali Reactivity of Aggregates (Mortar-Bar Method)

ASTM C 1778, Guide for Reducing the Risk of Deleterious Alkali-Aggregate Reaction in Concrete

CSA A23.1/A23.2, Concrete materials and methods of concrete construction/Test methods and
standard practices for concrete

3 Termos e definições
Para efeitos deste documento aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR NM 66 e
ABNT NBR 9935, e os seguintes.

3.1
agregado potencialmente inócuo
agregado que, quando ensaiado de acordo com o estabelecido nesta Norma, resulta em informações
petrográficas que indicam a ausência ou presença pouco expressiva de fases reativas e valores
de expansão menores que os limites estabelecidos na Seção 5
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

3.2
agregado potencialmente reativo
agregado que, quando ensaiado de acordo com o estabelecido nesta Norma, resulta em informações
petrográficas que indicam a presença de fases reativas e valores de expansão maiores ou iguais
aos limites estabelecidos na Seção 5

3.3
agregado reativo
agregado deletério
agregado que reage quimicamente com a solução alcalina contida nos poros do concreto ou aquele
proveniente de fontes externas e que resulta em manifestações patológicas devidas à reação
álcali-agregado

3.4
álcalis
sais de sódio e/ou potássio, provenientes de qualquer fonte interna ou externa ao concreto, que,
quando em contato com água são solubilizáveis imediatamente ou ao longo do tempo

3.5
mitigação
abrandamento, redução ou atenuação dos efeitos da reação álcali-agregado

2 © ABNT 2018 - Todos os direitos reservados

Impresso por: RS - Santana do Livramento - IMPRESSÃO


CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 15577-1:2018

3.6
reação álcali-agregado (RAA)
reação química que ocorre em argamassas ou concretos envolvendo os íons hidroxila (OH-)
associados com os componentes alcalinos sódio e potássio, provenientes do cimento Portland
ou outras fontes, com certas fases minerais que podem estar presentes em agregados graúdos
ou miúdos, que, sob certas condições, pode causar expansão deletéria do concreto ou argamassa

NOTA Há dois tipos principais de reação álcali-agregado, a reação álcali-sílica e a reação álcali-carbonato.
A chamada reação álcali-silicato é reconhecida atualmente como u m tipo lento de reação álcali-sílica..

3.7
reação álcali-carbonato (RAC)
reação entre hidróxidos alcalinos, provenientes do cimento Portland ou outras fontes, e certos
agregados calcários dolomíticos argilosos, acompanhada de desdolomitização, que, sob certas
condições, pode causar expansão deletéria do concreto ou argamassa. A reação dos agregados
carbonáticos que resulta somente em desdolomitização, sem expansão deletéria, não é chamada
de reação álcali-carbonato

3.8
reação álcali-sílica (RAS)
reação entre hidróxidos alcalinos, provenientes do cimento Portland ou outras fontes com certas
rochas silicosas ou minerais silicosos, como opalas, cherts, quartzo microcristalino, quartzo deformado,
vidro vulcânico, vidros reciclados, e outras, presentes em alguns agregados, que gera, como produto
da reação, gel álcali-sílica, que pode causar expansão anormal e fissuração do concreto em serviço

4 Classificação das estruturas frente às consequências da RAS


A classificação de uma determinada estrutura, quanto à severidade e consequências da ocorrência
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

da RAS em situação de serviço é o primeiro passo a ser seguido para o conjunto de ações neces-
sárias para prevenção dessas manifestações patológicas. A Tabela 1 apresenta essa classificação.

Tabela 1 – Classificação da estrutura (continua)


Classificação da estrutura Consequências da RAS Exemplos
Estruturas temporárias (menor
Consequências pequenas ou que 5 anos de vida útil),
insignificantes do ponto de elementos não expostos à
Classe A
vista econômico, ambiental e umidade, elementos não
de segurança. estruturais no interior de
edifícios, canteiros de obras.
Consequências moderadas
do ponto de vista econômico,
Calçadas, calhas, telhas, muros
Classe B ambiental e de segurança
etc.
apenas se ocorrer deterioração
generalizada.

© ABNT 2018 - Todos os direitos reservados 3


Impresso por: RS - Santana do Livramento - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 15577-1:2018

Tabela 1 (conclusão)
Classificação da estrutura Consequências da RAS Exemplos
Pavimentos de concreto,
elementos de fundação, tubos,
Consequências significativas
postes, alvenarias de vedação,
do ponto de vista econômico,
tubulões, barreiras de segurança,
Classe C ambiental e de segurança
elementos pré-fabricados com
mesmo se ocorrer pequena
altos custos de reposição,
deterioração.
estradas de baixo volume de
tráfego, dormentes etc.
Grandes pontes, estádios,
hidrelétricas, estruturas de obras
Consequências sérias e de
de arte, barragens, instalações
gravidade do ponto de vista
nucleares, torres eólicas, instalações
Classe D econômico, ambiental e de
de tratamento de água, instalações
segurança mesmo se ocorrer
de tratamento de resíduos,
pequena deterioração.
túneis, elementos estruturais de
difícil inspeção ou reparo.

NOTA Os exemplos da Tabela 1 são ilustrativos e não abrangem todos os tipos de estrutura ou elementos
estruturais de concreto. Meios agressivos e manifestações patológicas de outra natureza podem contribuir
para acelerar o processo deletério iniciado pela reação álcali-agregado.

5 Análise de risco de ocorrência da RAS


Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

5.1 Generalidades

A determinação do nível de precaução e mitigação do efeito da reação álcali-agregado em determi-


nado elemento de concreto, estrutural ou não, depende da realização de uma análise de risco da ocor-
rência da RAA e, portanto, do comprometimento de seu desempenho durante a vida útil.

Caso o agregado seja destinado à preparação de concretos e argamassas para estruturas de classe A,
dispensa-se a realização de quaisquer medidas preventivas ou de mitigação e por consequência
de ensaios de determinação do grau de reatividade do agregado e, portanto, de uma análise de risco
de sua ocorrência. Para outras classes de estrutura, é necessário realizar a análise de risco.

Os fatores que concorrem para estabelecer o risco de ocorrência e comprometimento de desempenho


pela reação álcali-agregado vão além da composição do concreto, cumprindo inicialmente analisar:

a) as condições de exposição da estrutura ou do elemento de concreto ao ambiente;

b) as dimensões da estrutura ou do elemento de concreto;

c) o grau de reatividade do agregado.

O grau de risco de ocorrência da RAA é função do grau de reatividade do agregado e das condições
de exposição e das dimensões da estrutura ou elemento de concreto no qual o agregado vai ser
empregado. As medidas preventivas são função do grau de risco e da classe de estrutura. A decisão
de uso do agregado, conforme o fluxograma da Figura 1 (Seção 9), deve considerar esta análise
de risco e a intensidade das medidas preventivas e das medidas mitigadoras correspondentes.

4 © ABNT 2018 - Todos os direitos reservados

Impresso por: RS - Santana do Livramento - IMPRESSÃO


CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 15577-1:2018

5.2 Condições de exposição e dimensões da estrutura ou elemento estrutural

A água ou umidade é um componente importante para o desenvolvimento da RAA. Assim, para avaliar
o risco de ocorrência da RAA, torna-se necessário conhecer as condições de exposição da estrutura,
isto é, se o ambiente é seco, se a estrutura é enterrada, submersa, exposta à umidade ou se está em
contato direto com água ou ainda em contato com álcalis em condições de serviço. A RAA pode ocorrer
em elementos de estruturas maciças, em ambientes secos, uma vez que o concreto pode possuir
internamente umidade relativa suficiente para o desenvolvimento da reação. Para tanto, considera-se
elemento maciço aquele cuja menor dimensão da seção transversal é maior ou igual a 1 m.

5.3 Classificação do grau de reatividade dos agregados

O grau de reatividade dos agregados deve ser determinado pelos ensaios previstos na Seção 6
e pode ter influência decisiva na ocorrência da RAS, a depender dos demais fatores.

A Tabela 2 apresenta o grau de reatividade em função da expansão aos 30 dias pelo método acelerado
de barras de argamassa (ABNT NBR 15577-4) e da expansão aos 365 dias pelo método de prismas
de concreto (ABNT NBR 15577-6).

Tabela 2 – Classificação do grau de reatividade do agregado


Expansão das barras de Expansão dos prismas de
Classificação da reatividade
argamassa aos 30 dias a concreto aos 365 dias b
potencial do agregado c
% %
Potencialmente inócuo grau R0 Menor que 0,19 % Menor que 0,04 %
Potencialmente reativo grau R1 Entre 0,19 e 0,40 % Entre 0,04 e 0,12 %
Potencialmente reativo grau R2 Entre 0,41 e 0,60 % Entre 0,13 e 0,24 %
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Potencialmente reativo grau R3 Maior que 0,60 % Maior que 0,24 %


a Valores com base na experiência brasileira.
b Valores extraídos da ASTM C 1778 -16.
c Até o momento de edição desta Norma, não se dispunha de dados estatísticos suficientes para
classificar o grau de reatividade do agregado segundo o método acelerado de prismas de concreto
previsto na ABNT NBR 15577-7.

Os resultados pelo método de prismas de concreto devem ser usados para a classificação do grau
de reatividade do agregado. Caso não se disponha destes resultados, é válido considerar a base
de classificação do método acelerado de barras de argamassa (ver nota na Figura 2 da Seção 9).
Caso não se disponha de nenhum resultado de ensaio quanto ao grau de reatividade, considerá-lo
para efeito da análise de risco como grau R3.

5.4 Determinação do grau de risco

A Tabela 3 apresenta o grau de risco de ocorrência da RAS em função das dimensões e condições
da exposição da estrutura e do grau de reatividade do agregado.

© ABNT 2018 - Todos os direitos reservados 5


Impresso por: RS - Santana do Livramento - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 15577-1:2018

Tabela 3 – Grau de risco de ocorrência da RAS

Dimensões e condições de exposição Classe de reatividade do agregado


dos elementos estruturais de concreto R0 R1 R2 R3
Não maciço em ambiente seco a Desprezível Desprezível Mínimo Moderado
Maciço b em ambiente seco Desprezível Mínimo Moderado Alto
Todas as estruturas geralmente externas,
Desprezível Moderado Alto Muito alto
expostas à umidade do ar, enterradas e imersas
Todas as estruturas em contato com
Desprezível Alto Muito alto Muito alto
álcalis c em condições de serviço
a Ambiente seco corresponde ao ambiente com umidade relativa do ar menor que 60 %, geralmente
encontrado nos interiores das edificações.
b Elemento maciço é aquele cuja menor dimensão da seção transversal é maior ou igual a 1 m.
c Exemplos de estruturas expostas a álcalis em serviço incluem estruturas em contato com a água do mar,
solos contaminados, lençóis freáticos contendo sais alcalinos, entre outros.

6 Métodos de avaliação da reatividade de agregados


6.1 Reação álcali-carbonato

A reação álcali-carbonato não é tratada nesta Norma, recomendando-se sua avaliação e prevenção
conforme as CSA A23.2-14A, CSA A23.2-26A ou ASTM C 1778.

NOTA Alerta-se para o fato de que algumas rochas carbonáticas podem ser susceptíveis à reação
álcali-sílica em função da presença de minerais silicosos em sua composição.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

6.2 Reação álcali-sílica

Para conhecer o potencial reativo dos agregados a serem utilizados, deve ser realizada a avaliação
prevista em 6.2.1 a 6.2.3 e, a partir dos resultados obtidos, aplicar os critérios estabelecidos em 5.3 e
5.4 para concluir sobre o grau de reatividade do agregado e o risco da ocorrência da RAS na estrutura.

Na ausência de ensaios comprobatórios da natureza potencialmente inócua do agregado, tratá-lo


como potencialmente reativo. O mesmo se aplica à ausência de comportamento histórico em obra.
Por outro lado, quando um agregado apresentar comportamento deletério em obra, considerá-lo como
potencialmente reativo, mas se apresentar comportamento inócuo, este deve ser ensaiado, pois não
há garantias de que não seja potencialmente reativo devido à ausência de fatores que poderiam ter
ocasionado a RAS.

6.2.1 Análise petrográfica do agregado

De forma a ter a caracterização do agregado e indicações sobre seu potencial reativo, realizar a
análise petrográfica do agregado graúdo, conforme a ABNT NBR 15577-3. Tratando-se de agregado
miúdo, realizar a caracterização mineralógica conforme a ABNT NBR 7389-1.

A análise petrográfica e a caracterização mineralógica isoladas não são suficientes para avaliar a
expansão potencial deletéria devida à reação álcali-sílica, mas fornecem informações importantes
para essa avaliação.
Rochas e minerais suscetíveis à reação álcali-sílica no concreto estão listados na ABNT NBR 15577-3.

6 © ABNT 2018 - Todos os direitos reservados

Impresso por: RS - Santana do Livramento - IMPRESSÃO


CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 15577-1:2018

6.2.2 Determinação da expansão em barras de argamassa pelo método acelerado

Após a análise petrográfica do agregado, realizar o ensaio acelerado em barras de argamassa,


conforme a ABNT NBR 15577-4 e classificá-lo quanto ao grau de reatividade conforme a Tabela 2.

Quando o resultado obtido nesse ensaio indicar expansão menor que 0,19 % aos 30 dias de idade,
o agregado pode ser considerado potencialmente inócuo para uso em concreto. Caso a expansão obtida
no ensaio acelerado seja maior que ou igual a 0,19 % aos 30 dias de idade, o agregado é considerado
potencialmente reativo. A confirmação deste resultado é obtida por meio do ensaio de longa duração
dos prismas de concreto (ABNT NBR 15577-6), prevalecendo o seu resultado em caso de divergência.

NOTA 1 Verificou-se que alguns granitos-gnaisses e metabasaltos são deletérios em serviço, embora
tenham apresentado, pelo método preconizado pela ASTM C 1260, valor de expansão abaixo do especificado
naquela Norma (falso negativo). A ABNT NBR 15577-4 foi adaptada da ASTM C1260 para as condições
brasileiras.

NOTA 2 Verificou-se, em muitos casos, que agregados que apresentaram no ensaio acelerado pela
ABNT NBR 15577-4, expansões maiores que o limite máximo preconizado (0,19 %), exibiram expansões
menores que 0,04 % no ensaio com prismas de concreto.

6.2.3 Determinação da expansão em prismas de concreto pelo método de longa duração

A determinação da reatividade potencial do agregado por meio do método dos prismas de concreto com
a dosagem padronizada deve ser realizada de acordo com o preconizado pela ABNT NBR 15577-6.

Se o resultado obtido nesse ensaio indicar expansão menor que 0,04 % na idade de um ano, o agre-
gado é considerado potencialmente inócuo para uso em concreto.

Se o resultado obtido no ensaio com prismas de concreto indicar expansão maior ou igual a 0,04 %
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

na idade de um ano, o agregado é classificado como potencialmente reativo.

NOTA 1 No momento de edição desta Norma não havia dados suficientes para a classificação deta-
lhada do grau de reatividade, de acordo com a experiência brasileira, de maneira que deve ser considerada
a classificação da Tabela 2, que teve por base a ASTM C 1778.

NOTA 2 Este método de ensaio avalia a expansão devida à reação álcali-agregado em prismas de concreto
na dosagem-padrão. Quando utilizado na investigação de combinações de agregados miúdos e graúdos
em dosagens diferentes, não se aplica o limite máximo de 0,04 % há um ano, utilizado para classificar
um agregado como potencialmente inócuo. Para esta finalidade, não se dispõe de dados estatísticos que
permitam assegurar a prevenção da RAS.

6.2.4 Determinação da expansão em prismas de concreto pelo método acelerado

A determinação da reatividade potencial do agregado por meio do método acelerado dos prismas
de concreto deve ser realizada de acordo com o preconizado pela ABNT NBR 15577-7.

Se o resultado obtido nesse ensaio indicar expansão menor que 0,03 % na idade de 20 semanas,
o agregado é considerado potencialmente inócuo para uso em concreto.

Se o resultado obtido no ensaio com prismas de concreto indicar expansão maior ou igual a 0,03 %
na idade de 20 semanas, o agregado é classificado como potencialmente reativo.

NOTA No momento de edição desta Norma, não havia dados suficientes para classificação detalhada do
grau de reatividade, de acordo com a experiência brasileira e tão pouco pela Norma Rilem Recommended
Test Method AAR-4.1, que serviu de base para a elaboração da norma brasileira.

© ABNT 2018 - Todos os direitos reservados 7


Impresso por: RS - Santana do Livramento - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 15577-1:2018

7 Classificação das medidas preventivas


A intensidade de uma medida preventiva da RAS é função do risco associado de sua ocorrência
bem como da classe de importância da estrutura no que diz respeito às consequências ou danos
ambientais, econômicos e de segurança.

A Tabela 4 apresenta a classificação da intensidade das medidas preventivas.

Tabela 4 – Grau de intensidade da medida preventiva

Classe de estrutura
Risco de ocorrência
Classe A Classe B Classe C Classe D
Desprezível MP 0 MP 0 MP 0 MP 0
Mínimo MP 0 MP 0 MP 1 MP 2
Moderado MP 0 MP 1 MP 2 MP 3
Alto MP 0 MP 3 MP 4 MP 4
Muito alto MP 0 MP 4 MP 4 MP 4

A Tabela 4 mostra que não há necessidade de medida preventiva quando o risco de ocorrência da
RAS for desprezível ou para estruturas de classe A, independentemente do grau de risco avaliado.
Para as demais classes de estrutura, a intensidade da medida preventiva depende do grau de risco
de ocorrência da RAS.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

8 Medidas de mitigação da expansão devida a RAS


As medidas de mitigação da expansão provocadas pela reação de álcalis com agregados poten-
cialmente reativos abrangem a limitação de álcalis no concreto e o uso de materiais inibidores ade-
quados, ou ambos. Quando materiais inibidores forem usados, estes devem apresentar determinados
requisitos ou características que levem à mitigação da expansão, comprovada pelos métodos de
ensaio previstos na ABNT NBR 15577-5 ou ABNT NBR 15577-6.

As medidas de mitigação mostradas na Tabela 5 são função da intensidade das medidas preventivas
observadas na Tabela 4.

8 © ABNT 2018 - Todos os direitos reservados

Impresso por: RS - Santana do Livramento - IMPRESSÃO


CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 15577-1:2018

Tabela 5 – Medidas de mitigação da expansão devida a RAS


Grau de
intensidade
Opção 1 Opção 2 Opção 3
da medida
preventiva
MP 0 Nenhuma ação é necessária
Utilizar cimentos:
●● CP II-E ou CP II-Z, conforme Usar uma das
Limitar o teor de álcalis a ABNT NBR 11578, ou medidas mitigadoras
do concreto a valores
MP 1 ●● CP III, conforme a previstas na ação
menores que 2,4 kg/m3
ABNT NBR 5735, ou preventiva de grau
de Na2O equivalente.
●● CP IV, conforme de intensidade 2.
ABNT NBR 5736.
Usar uma das
Utilizar cimento CP III,
Utilizar cimento CP IV com medidas mitigadoras
com no mínimo 60 %
MP 2 no mínimo 30 % de pozolana, previstas na ação
de escória, conforme
conforme ABNT NBR 5736. preventiva de grau
ABNT NBR 5735.
de intensidade 3.
Utilizar materiais Utilizar materiais inibidores, Usar uma das
inibidores comprovando comprovando a mitigação da medidas mitigadoras
MP 3 a mitigação da reatividade reatividade potencial pelo previstas na ação
potencial pelo ensaio ensaio de prismas de concreto preventiva de grau
acelerado. aos dois anos. de intensidade 4.
Utilizar materiais Utilizar materiais inibidores,
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

inibidores comprovando comprovando a mitigação da


MP 4 a mitigação da reatividade reatividade potencial pelo Trocar o agregado.
potencial pelo ensaio ensaio de prismas de concreto
acelerado. aos dois anos.

8.1 Requisitos dos materiais inibidores

A Tabela 6 apresenta os requisitos de composição dos materiais inibidores.

© ABNT 2018 - Todos os direitos reservados 9


Impresso por: RS - Santana do Livramento - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 15577-1:2018

Tabela 6 – Requisitos de composição dos materiais inibidores


Material inibidor Requisitos da composição
Cimentos Portland com teores de escória granulada de alto-forno
suficientes para mitigar as expansões de argamassas com agregados
Cimento Portland
potencialmente reativos a níveis inferiores a 0,19 % aos 30 dias, quando
tipo CP II E e CPIII
ensaiados de acordo com a ABNT NBR 15577-5, ou menores que 0,04 %
em dois anos, quando ensaiados de acordo com a ABNT NBR 15577-6.
Cimentos Portland com teores de materiais pozolânicos suficientes para
mitigar as expansões de argamassas com agregados potencialmente
Cimento Portland
reativos a níveis inferiores a 0,19 % aos 30 dias, quando ensaiados de
tipo CPII-Z e CPIV
acordo com a ABNT NBR 15577-5, ou menores que 0,04 % em dois
anos, quando ensaiados de acordo com a ABNT NBR 15577-6.
Sílica ativa, metacaulim e materiais pozolânicos, com composição que
Sílica ativa e
atenda, respectivamente, às ABNT NBR 13956-1, ABNT NBR 15894-1 e
metacaulim ou outros
ABNT NBR 12653. Os teores necessários dessas adições normalizadas
materiais pozolânicos
devem ser suficientes para promover a mitigação das expansões a
em combinação com
níveis inferiores a 0,19 % aos 30 dias, quando ensaiados de acordo com
qualquer tipo de
a ABNT NBR 15577-5, ou menores que 0,04 %, em dois anos, quando
cimento Portland
ensaiados de acordo com a ABNT NBR 15577-6.

NOTA Em obras especiais de concreto-massa, como é o caso das barragens, podem ser usados outros
materiais, ou misturas de materiais como inibidores da reação álcali-agregado, tendo em vista a grande
necessidade de se reduzir a retração térmica do concreto nesse caso e, portanto, de controlar o desen-
volvimento do calor de hidratação do cimento, sendo desejável alcançar elevadas deformações em função
do proporcionamento dos materiais, o que diferencia essas estruturas das convencionais.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

8.2 Avaliação da eficiência de materiais inibidores da reação

8.2.1 Generalidades

A mitigação da expansão ocasionada pela reação álcali-sílica pode ser conseguida pela combi-
nação entre materiais cimentícios inibidores de expansão a serem utilizados na obra e o agre-
gado potencialmente reativo, já avaliado pelo procedimento estabelecido na ABNT NBR 15577-4
ou ABNT NBR 15577-6.

A eficiência desses materiais cimentícios deve ser comprovada pelo método acelerado em barras
de argamassa, conforme a ABNT NBR 15577-5, ou pelo método dos prismas de concreto, conforme
a ABNT NBR 15577-6. A depender do grau de reatividade dos agregados, os cimentos Portland
inibidores sozinhos (ver Tabela 6) podem não ser suficientes para se chegar aos níveis de mitigação
de expansão previstos em 8.2.2 ou 8.2.3. Nesse caso, pode-se trocar o cimento, trocar o agregado ou
utilizar adições normalizadas que podem ser incorporadas à mistura, que deve ser ensaiada variando
os teores dos materiais inibidores da reação, até que se chegue à comprovação da sua eficiência
quanto à capacidade de inibir as expansões deletérias.

8.2.2 Ensaio acelerado para confirmação da mitigação da expansão

A comprovação da mitigação da reação é obtida quando o resultado do ensaio acelerado em barras


de argamassa for menor que 0,19 % aos 30 dias, conforme a ABNT NBR 15577-5.

10 © ABNT 2018 - Todos os direitos reservados

Impresso por: RS - Santana do Livramento - IMPRESSÃO


CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 15577-1:2018

8.2.3 Ensaio de longa duração para confirmação da mitigação da expansão

A comprovação da mitigação da reação é obtida quando o resultado do ensaio de longa duração


em prismas de concreto, preparados com os materiais inibidores da reação e o agregado reativo,
for menor que 0,04 % aos dois anos, conforme a ABNT NBR 15577-6.

NOTA Este método de ensaio avalia a expansão devida à reação álcali-sílica em prismas de concreto na
dosagem-padrão, apenas variando o cimento, com eventual uso de adições normalizadas. Quando utilizado
na investigação de combinações de agregados miúdos e graúdos em dosagens diferentes, não se aplica
o limite máximo de 0,04% aos dois anos para comprovar a eficiência da mitigação da expansão. Para tal
finalidade, não se dispõe ainda de dados estatísticos que permitam assegurar a prevenção da RAS.

9 Fluxogramas de decisão de uso do agregado


Para a decisão de uso do agregado, a primeira ação diz respeito à definição da classe da estrutura.
Na sequência, nos casos necessários, é feita a análise de risco de ocorrência da RAS. A classificação
desse grau de risco, a depender das condições ambientais e dimensões da estrutura e do grau de
reatividade do agregado, indica a intensidade das medidas necessárias para prevenção da RAS.
Definida a intensidade da ação preventiva, devem-se adotar as medidas de mitigação adequadas,
conforme resume o fluxograma da Figura 1.

O fluxograma da Figura 2 mostra a sequência de ensaios de determinação do grau de reatividade


do agregado, ao passo que o fluxograma da Figura 3 apresenta as etapas para alcançar a mitigação
eficiente da expansão de agregados potencialmente reativos com uso de materiais inibidores.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

© ABNT 2018 - Todos os direitos reservados 11


Impresso por: RS - Santana do Livramento - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 15577-1:2018

Análise de risco da ocorrência da RAS

Condições de exposição da estrutura


Dimensão
Grau de reatividade do agregado

Classificação do grau de risco (ver Tabela 3)

Desprezível Mínimo Moderado Alto Muito alto

Classificação da intensidade da medida preventiva em


função da classe de estrutura (ver Tabela 4)

MP 0 MP 1 MP 2 MP 3 MP 4
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Medidas de mitigação (ver Tabela 5)

Medida mitigadora Não Trocar


eficiente? agregado

Sim

Execução da Obra

Figura 1 – Fluxograma de decisão de uso do agregado quanto a RAS

12 © ABNT 2018 - Todos os direitos reservados

Impresso por: RS - Santana do Livramento - IMPRESSÃO


CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 15577-1:2018

Determinação do grau de reatividade


do agregado

Análise petrográfica do agregado


(ver ABNT NBR 15577-3)

Ensaio pelo método acelerado das barras de


argamassa (ver ABNT NBR 15577-4)

Sim Expansão em Não


30 dias
< 0,19 %

Ensaio pelo método acelerado a 60 °C dos


prismas de concreto (ver ABNT NBR 15577-7)

Sim Expansão em Não


20 semanas
< 0,03 %
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Ensaio pelo método de longa duração dos


prismas de concreto (ver ABNT NBR 15577-6)

Sim Expansão em Não


1 ano
< 0,04 %

Agregado potencialmente reativo


Agregado potencialmente
inócuo (ver classificação do grau de
reatividade na Tabela 2)

Figura 2 – Determinação do grau de reatividade do agregado

NOTA A linha contínua deve ser preferencialmente seguida. Quando a linha estiver tracejada, aumentar
a classe de reatividade do agregado em um nível, de acordo com a Tabela 2.

© ABNT 2018 - Todos os direitos reservados 13


Impresso por: RS - Santana do Livramento - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 15577-1:2018

Avaliação da eficiência de materiais cimentícios


em mitigar expansões devidas à RAS

Ensaio pelo método acelerado das barras de


argamassa (ver ABNT NBR 15577-5)

Sim Expansão em Não


30 dias
< 0,19 %

Ensaio pelo método de longa duração dos


prismas de concreto (ver ABNT NBR 15577-6)

Sim Expansão em Não


2 ano
< 0,04 %

Trocar o cimento ou;


Mitigação eficiente Adicionar/aumentar o teor de adições
normalizadas ou trocar o agregado
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

Figura 3 – Avaliação da eficiência de materiais inibidores em mitigar a expansão devida a RAS

NOTA Quando se dispuser de resultados de longa duração, estes prevalecem sobre os resultados pelo
método acelerado.

14 © ABNT 2018 - Todos os direitos reservados

Impresso por: RS - Santana do Livramento - IMPRESSÃO


CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95

ABNT NBR 15577-1:2018

Bibliografia

[1]  ABNT NBR 7211, Agregados para concreto – Especificação

[2]  ABNT NBR 15116, Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil – Utilização
em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural – Requisitos
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

© ABNT 2018 - Todos os direitos reservados 15


Impresso por: RS - Santana do Livramento - IMPRESSÃO

Você também pode gostar